Teste e Correção

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Grelha de correção

Exame de Recurso de Finanças Públicas


– 2.º Ano Turma B Dia

1 – Canais de transmissão: de uma crise financeira estrita para uma crise de


dívida soberana; desta ainda, para uma crise de dívida monetária (o Euro em
crise).

2 – Depois de uma período inicial de medidas de estímulo orçamental, e em face


das dificuldades crescentes de financiamento de certas economias europeias,
foram aprovados na UE pacotes de assistência financeira em relação à Irlanda,
Grécia, Portugal e Chipre (parcialmente também em relação à Espanha). Estes
pacotes foram enquadrados pelos mecanismos provisórios entretanto criados, o
FEEF, e bem assim sujeitos às regras estatutárias do FMI (dado que este também
se assumiu como financiador). Subordinação da assistência financeira ao
princípio da condicionalidade estrita: aprovação de memorandos de
entendimento, nos quais os Estados assistidos se comprometeram a um conjunto
de medidas de consolidação orçamental, reformas estruturais (v.g. mercados de
trabalho) e de recapitalização da banca.

3 – Certas empresas públicas, por estarem numa relação de especial dependência


em relação ao Estado, e por força da aplicação das novas regras de contabilidade
nacional (SEC 2010), são objeto de reclassificação, o que implica a sua integração
do perímetro do OE (cf. nºs. 4 e 5 do artigo 2.º da LEO) – subordinação às regras
orçamentais e às regras de execução e contabilísticas aplicáveis às entidades que
integram as Administrações Públicas.

4 – Défice nominal corresponde à diferença entre receitas efetivas e despesas


efetivas. Défice estrutural traduz o défice ajustado das medidas extraordinárias e
de medidas de natureza cíclica. Implica uma operação técnica que consiste em
filtrar no défice nominal, a componente estrutural do saldo (o saldo obtido numa
situação em que a economia se encontra no seu PIB potencial). Esta opção
metodológica está consagrada no artigo 20.º da LEO (concretizando o disposto
no Tratado Orçamental) e justifica-se pela necessidade de medir o saldo,
considerando o ciclo da economia.

5 – Essencialmente os encargos com as PPP. Cf. artigo 13.º/3, al. f), e als. k) e l)
do n.º 1 do artigo 37.º da LEO.
Poderiam invocar-se também os planos de resgaste, mas desde que se precisasse
tratarem-se de garantias, e não de formas diretas de financiamento ou de injeção
de liquidez nos balanços dos bancos (neste caso, o Estado é financiador e detém
pois sobre os bancos um ativo financeiro).

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