Vasculatura Do Coração

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Vasculatura do coração

Os vasos sanguíneos do coração compreendem as artérias coronárias e veias cardíacas,


que conduzem o sangue que entra e sai da maior parte do miocárdio. O endocárdio e
parte do tecido subendocárdico imediatamente externo ao endocárdio recebem
oxigênio e nutrientes por difusão ou por microvascularização diretamente das câmaras
do coração.
Os vasos sanguíneos do coração, normalmente integrados ao tecido adiposo,
atravessam a superfície do coração logo abaixo do epicárdio. Às vezes, partes dos
vasos estão entranhadas no miocárdio. Os vasos sanguíneos do coração são afetados
pela inervação simpática e parassimpática.

Irrigação arterial do coração.


As artérias coronárias, os primeiros ramos da aorta,
irrigam o miocárdio e o epicárdio.
As artérias coronárias direita e esquerda originam-se dos
seios da aorta correspondentes na região proximal da
parte ascendente da aorta, imediatamente superior à
valva da aorta, e seguem por lados opostos do tronco
pulmonar.
As artérias coronárias suprem os átrios e os ventrículos;
entretanto, os ramos atriais costumam ser pequenos e
não são facilmente observados no coração de cadáver. A
distribuição ventricular de cada artéria coronária não é
bem delimitada.
A artéria coronária direita (ACD)
origina- se do seio da aorta direito da
parte ascendente da aorta e passa
para o lado direito do tronco
pulmonar, seguindo no sulco
coronário. Próximo de sua
origem, a ACD geralmente
emite um ramo do nó sinoatrial
ascendente, que irriga o nó
SA. A ACD então desce no sulco
coronário e emite o ramo marginal
direito, que irriga a margem direita do coração enquanto segue em direção ao ápice
do coração, porém sem alcançá-lo. Após emitir esse ramo, a ACD vira para a esquerda
e continua no sulco coronário até a face posterior do coração.
Na face anterior da cruz do coração — a junção dos septos interatrial e interventricular
entre as quatro câmaras cardíacas — a ACD dá origem ao ramo do nó atrioventricular,
que irriga o nó AV. Os nós SA e AV são parte do complexo estimulante do coração.
O domínio do sistema arterial coronário é definido pela artéria que dá origem ao ramo
interventricular (IV) posterior (artéria descendente posterior). O domínio da artéria
coronária direita é mais comum (aproximadamente 67%); a artéria coronária direita dá
origem ao grande ramo interventricular posterior, que desce no sulco IV posterior em
direção ao ápice do coração. Esse ramo irriga áreas adjacentes de ambos os ventrículos
e envia ramos interventriculares septais perfurantes para o septo IV. O ramo terminal
(ventricular esquerdo) da ACD continua por uma curta distância no sulco coronário.
Assim, no padrão mais comum de distribuição, a ACD supre a face diafragmática do
coração.

A artéria coronária esquerda (ACE) origina-se do seio da aorta esquerdo da parte


ascendente da aorta, passa entre a aurícula esquerda e o lado esquerdo do tronco
pulmonar e segue no sulco coronário. Em cerca de 40% das pessoas, o ramo do nó SA
origina-se do ramo circunflexo da ACE e ascende na face posterior do átrio esquerdo
até o nó SA. Quando entra no sulco coronário, na extremidade superior do sulco IV
anterior, a ACE divide-se em dois ramos, o ramo IV anterior e o ramo circunflexo.

O ramo IV anterior segue ao longo do sulco IV até o ápice do coração. A seguir, faz a
volta ao redor da margem inferior do coração e costuma fazer anastomose com o
ramo IV posterior da artéria coronária direita. O ramo IV anterior supre partes
adjacentes de ambos os ventrículos e, através de ramos IV septais, os dois terços
anteriores do SIV. Em muitas pessoas, o ramo IV anterior dá origem ao ramo lateral
(artéria diagonal), que desce sobre a face anterior do coração.

O ramo circunflexo da ACE, menor, acompanha o sulco coronário ao redor da margem


esquerda do coração até a face posterior do coração. O ramo marginal esquerdo do
ramo circunflexo acompanha a margem esquerda do coração e supre o ventrículo
esquerdo. Na maioria das vezes, o ramo circunflexo da ACE termina no sulco coronário
na face posterior do coração antes de chegar à crux cordis (cruz de Has), mas em
aproximadamente um terço das pessoas, ele continua como um ramo que segue
dentro do sulco IV posterior ou adjacente a ele.

Circulação colateral coronariana. Os ramos das artérias coronárias geralmente são


considerados artérias terminais funcionais (artérias que irrigam regiões do miocárdio
que não têm anastomoses suficientes com outros grandes ramos para manter a
viabilidade do tecido em caso de oclusão). Entretanto, há anastomoses entre ramos
das artérias coronárias, subepicárdicos ou miocárdicos e entre essas artérias e os vasos
extracardíacos como os vasos torácicos.
Existem anastomoses entre as terminações das artérias coronárias direita e esquerda
no sulco coronário e entre os ramos IV ao redor do ápice em cerca de 10% dos
corações aparentemente normais. O potencial de desenvolvimento dessa circulação
colateral é provável na maioria dos corações, se não em todos.

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