Resumo Método Científico

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Abordagens científicas e corriqueiras ao conhecimento

 O método científico é empírico e exige observação sistemática e controlada.


 Os cientistas adquirem maior controle quando fazem um experimento; em um experimento, os pesquisadores manipulam variáveis
independentes para determinar seu efeito sobre o comportamento.
 As variáveis dependentes são medidas do comportamento usadas para avaliar os efeitos de variáveis independentes.
 A publicação científica é imparcial e objetiva; a comunicação clara de construtos ocorre com o uso de definições operacionais.
 Instrumentos científicos acurados e precisos; mensurações físicas e psicológicas devem ser válidas e fidedignas.
 Uma hipótese é uma tentativa de explicar um fenômeno; as hipóteses testáveis têm conceitos (definições operacionais) definidos de forma
clara, não são circulares e referem-se a conceitos que possam ser observados.
 A abordagem científica ao conhecimento é empírica, em vez de intuitiva. A abordagem empírica enfatiza a observação direta e a
experimentação como um modo de responder questões.
 Uma definição operacional explica um conceito unicamente em termos dos procedimentos observáveis usados para produzi-lo e mensurá-
lo.
 A acurácia refere-se à diferença entre o que um instrumento diz ser verdade e o que se sabe ser verdade. As medições podem ser feitas em
diferentes graus de precisão. Uma medida do tempo em décimos de segundo não é tão precisa quanto uma medida em centésimos de
segundo.
 Os psicólogos buscam descrever fatos e relações entre variáveis; com frequência, os pesquisadores usam a abordagem nomotética e análise
quantitativa.

Descrição

 A ciência, de um modo geral, e a psicologia, em particular, desenvolvem descrições de fenômenos usando a abordagem nomotética.
Usando a abordagem nomotética, os psicólogos tentam estabelecer generalizações amplas e leis gerais que se apliquem a uma população
diversa. Para alcançar esse objetivo, os estudos psicológicos costumam envolver grandes números de participantes.
 Os pesquisadores tentam descrever o comportamento “médio”, ou típico, de um grupo. Essa média pode ou não descrever o
comportamento de qualquer indivíduo no grupo. Os pesquisadores que usam a abordagem nomotética compreendem que existem
diferenças importantes entre os indivíduos; eles tentam, contudo, enfatizar as similaridades em vez das diferenças. Os pesquisadores
simplesmente tentam descrever como os organismos são em geral, com base no comportamento médio de um grupo de organismos
diferentes.
 Alguns psicólogos, notavelmente Gordon Allport (1961), afirmam que a abordagem nomotética é inadequada – indivíduos singulares não
podem ser descritos por um valor médio. Os pesquisadores que usam a abordagem idiográfica estudam o indivíduo, em vez de grupos.
Esses pesquisadores acreditam que, embora os indivíduos ajam em conformidade com leis ou princípios gerais, a singularidade dos
indivíduos também deve ser descrita. Uma forma importante de pesquisa idiográfica é o método do estudo de caso.
 Dependendo da sua pergunta de pesquisa, os pesquisadores decidem se devem descrever grupos de indivíduos ou o comportamento de um
indivíduo.

Previsão

 As relações correlacionais permitem que os psicólogos prevejam o comportamento ou os acontecimentos, mas não permitem que os
psicólogos infiram o que causa essas relações.
 A descrição de fatos e suas relações proporcionam a base para a previsão, o segundo objetivo do método científico. Muitas questões
importantes em psicologia exigem previsões. Por exemplo: será que a perda precoce de um dos pais torna uma crian- ça especialmente
vulnerável à depressão? Crianças que são excessivamente agressivas são propensas a ter problemas emocionais quando adultas? Os
acontecimentos estressantes da vida levam a mais doenças físicas?
 Uma correlação ocorre quando duas medidas diferentes das mesmas pessoas, situações ou coisas variam juntas – ou seja, quando
determinados escores em uma variável tendem a ser associados a determinados escores em outra variável. Quando isso ocorre, diz-se que
os escores “covariam”. Por exemplo, sabe-se que o estresse e a doença estão correlacionados; quanto mais situações estressantes as
pessoas passam na vida, mais propensas elas serão a ter doenças físicas.

Explicação

 Os psicólogos entendem a causa de um fenômeno quando são satisfeitas as três condições necessárias para a inferência causal: covariação,
uma relação de ordem temporal e a exclusão de causas alternativas plausíveis.
 O método experimental, no qual os pesquisadores manipulam variáveis independentes para determinar seu efeito sobre variáveis
dependentes, estabelece a ordem temporal e permite uma determinação mais clara da covariação.
 As causas alternativas plausíveis para uma relação são excluídas se não houver variáveis confundidoras no estudo.
 Os pesquisadores buscam generalizar os resultados de um estudo para descrever diferentes populações, situações e condições.
 Os pesquisadores geralmente fazem experimentos para identificar as causas de um fenômeno. A pesquisa experimental difere da pesquisa
descritiva e preditiva (correlacional) por causa do elevado grau de controle que os cientistas buscam nos experimentos. Os cientistas
estabelecem três condições importantes para fazer uma inferência causal: covariação de eventos, uma relação de ordem temporal e a
exclusão de causas alternativas plausíveis
 Na pesquisa aplicada, os psicólogos fazem pesquisas para mudar as vidas das pessoas para melhor. Para pessoas que sofrem de transtornos
mentais, essa mudança pode ocorrer por meio da pesquisa sobre técnicas terapêuticas, por exemplo. Todavia, os psicólogos aplicados estão
envolvidos em muitos tipos diferentes de intervenções, incluindo aquelas que visam melhorar a vida de estudantes em escolas, empregados
no trabalho e indivíduos na comunidade.
 Por outro lado, pesquisadores que fazem pesquisa básica buscam primeiramente entender o comportamento e os processos mentais. As
pessoas muitas vezes descrevem a pesquisa básica como “procurar o conhecimento por si só”. A pesquisa básica costuma ocorrer em
situações laboratoriais, com o objetivo de testar uma teoria sobre um fenômeno.

Construção e testagem de teorias científicas

 As teorias são explicações propostas para as causas de fenômenos, e variam em seu escopo e nível de explicação.
 Uma teoria científica é um conjunto de proposições organizadas de forma lógica, que define fatos, descreve relações entre os fatos e
explica a sua ocorrência.
 As variáveis intervenientes são conceitos usados em teorias para explicar por que as variáveis independentes e dependentes estão
relacionadas.
 As teorias científicas bem-sucedidas organizam o conhecimento empírico, orientam a pesquisa oferecendo hipóteses testáveis e
sobrevivem a testes rigorosos.
 Os pesquisadores avaliam teorias julgando a sua consistência interna, observando se os resultados postulados ocorrem quando a teoria é
testada e observando se a teoria faz previsões precisas com base em explicações parcimoniosas.

Definição: uma teoria é um conjunto de proposições, organizado de maneira lógica, que serve para definir fatos, descrever relações entre esses fatos e
explicar a ocorrência desses fatos.

Alcance: as teorias diferem na amplitude dos fatos que buscam explicar, de fenômenos bastante específicos (p.ex., memória do tipo flashbulb) a
fenômenos complexos (p.ex., amor).

Funções: uma teoria organiza o conhecimento empírico de estudos anteriores e orienta pesquisas futuras, sugerindo hipóteses testáveis.

As boas teorias são:

Lógicas: fazem sentido e possibilitam fazer previsões logicamente.


Precisas: as previsões sobre o comportamento são específicas, ao invés de gerais.
Parcimoniosas: a explicação mais simples para um fenômeno é a melhor.

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