Período Simples em Inglês
Período Simples em Inglês
Período Simples em Inglês
PROPÓSITO
Compreender o funcionamento de elementos da sentença é um dos passos essenciais para
aprender a língua inglesa – compreensão que deve vir embasada pela análise sintática, pelo
entendimento da transitividade verbal e pelo bom uso da concordância.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nosso tema com uma breve contextualização sobre os constituents da língua.
A perspectiva pedagógica tradicional também percebe o léxico e a gramática como duas áreas
distintas do estudo da língua. É importante, porém, que a gramática e o léxico não sejam vistos
como dois polos. Halliday (1994) propõe uma perspectiva léxico-gramatical do estudo da
língua.
SINTAGMA
O estudo gramatical deve, na verdade, abarcar três dimensões gramaticais conhecidas como:
(MORFO)SINTAXE
SEMÂNTICA
O estudo semântico na linguística investiga o significado das palavras, ou seja, a relação delas
com os objetos que designam.
PRAGMÁTICA
Análise do uso concreto da linguagem pelos falantes da língua nos seus diversos contextos.
Estuda a relação existente entre o significado das palavras, os interlocutores e o contexto.
Essas três dimensões se sobrepõem. Com isso, uma mudança em uma delas acarreta
alterações em outra. Para melhor compreensão, podemos fazer as seguintes perguntas:
FORMA (ACCURACY)
How is it formed?
Como é formada?
SENTIDO (MEANINGFULNESS)
When/Why is it used?
Quando/Por que é usada?
A partir dessas perguntas, fica evidente que, ao lidarmos com a forma, por exemplo, estamos
interessados em saber como dada estrutura gramatical é construída (sua morfologia e
sintaxe). Por sua vez, ao lidarmos com a semântica, queremos saber o que certa estrutura
gramatical da língua inglesa significa e qual a contribuição de sentido que ela exerce quando é
utilizada.
MORFOLOGIA
SINTAXE
Estudo da forma estrutural, da formação e da classificação de palavras, a partir da sua
função na frase ou no período.
O tempo verbal past progressive, também conhecido como past continuous (She was buying),
sinaliza uma ação em progresso no passado. O seu sentido também pode ser lexical (uma
definição em um dicionário). Por exemplo, o sentido do phrasal verb bump into significa
encontro ao acaso.
Além disso, o estudo pragmático procura informar o uso de diferentes versões da mesma
estrutura, como a escolha entre os exemplos:
PHRASAL VERB
COMENTÁRIO
Conclui-se, dessa maneira, que, ao aprender inglês, estudantes brasileiros precisam saber não
somente como uma estrutura é formada e o que ela significa, mas também por que os falantes
de inglês escolhem uma forma em detrimento de outra, quando ambas possuem relativamente
o mesmo sentido lexical ou gramatical.
O QUE SIGNIFICA SABER UMA PALAVRA EM
INGLÊS?
Ao considerarmos a palavra woman, as informações necessárias para atestar que sabemos o
que ela significa incluiriam:
Ortografia
w-o-m-a-n
Pronúncia
/ˈwʊmən/
Saberia que alguns dos derivados mais comuns de woman são womanly, businesswoman e
congresswoman. Também seria do seu conhecimento que as collocations mais usuais com
woman são: grown woman, professional woman, a woman of the world.
COLLOCATION
Maneira como as palavras se combinam dentro de um idioma para produzir fala e escrita
mais naturais. Por exemplo, em inglês, diz-se strong wind (vento forte) e heavy rain (chuva
pesada), mas não seria usual, talvez nem compreensível, dizer heavy wind ou strong rain.
Sua ortografia;
Fonte:Shutterstock
COMO IDENTIFICAR OS VERBOS EM INGLÊS?
Os verbos são de extrema importância em um período (sentence). Eles expressam aquilo que o
sujeito faz ou descrevem uma condição ou o estado do sujeito. São elementos dinâmicos que:
Fonte:Shutterstock
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Agrupam-se a preposições e/ou advérbios para criar eventos idiomáticos conhecidos como
phrasal verbs;
Fonte:Shutterstock
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INDICAÇÕES SEMÂNTICAS
Verbos expressam algo que o sujeito faz ou descrevem uma condição do sujeito. Tal definição
semântica dos verbos é mais ampla do que a tradicional: aquilo que descreve ações, como
drive, go, play. No estudo de inglês como língua adicional, explicar o que um verbo é ou o que
faz pode parecer ineficaz, uma vez que as indicações semânticas oferecem informações
limitadas na identificação de palavras como os verbos.
INDICAÇÕES MORFOLÓGICAS
Os morfemas podem ser classificados em:
FREE MORPHEMES
Fazem parte desse grupo palavras como rain, usual, study ou grace, uma vez que são unidades
de sentido completo e não dependem de outras unidades. Elas não precisam ser anexadas a
outros morfemas para possuírem sentido completo.
BOUND MORPHEMES
Fazem parte desse grupo os sufixos, como -ful, -ment ou -er, ou, até mesmo, os marcadores
(inflexões) como -s (para o plural), que demandam anexação a outras unidades para fazer
sentido. Já que elas não precisam ocorrer por si próprias ou funcionar somente como partes
estanques de palavras, são chamadas de morfemas presos.
Com certa frequência, free e bound morphemes podem ocorrer na mesma palavra:
MORFEMAS
lifestyles
life
style
s
unchangeable
un
change
able
SAIBA MAIS
Nesse exemplo, able, como sufixo, é um bound morpheme. Porém, note que a palavra able
também pode ser um adjetivo, significando capaz, caso em que o consideraríamos um free
morpheme.
DERIVATIONAL MORPHEMES
Os morfemas derivacionais podem vir no começo (prefixos) ou no fim (sufixos) de palavras.
Mais de um morfema derivacional pode ser anexado a uma palavra.
Exemplo:
Disagreement
dis + agree + ment
-ment: sufixo que modifica a classe gramatical da palavra para substantivo que se refere a uma
ação ou um meio.
A anexação de um sufixo derivacional, em geral, modifica a classe gramatical de uma palavra
(trend - trendy). Em algumas ocorrências, a anexação de um sufixo derivacional modifica
somente o sentido de uma palavra, mas não altera sua classe gramatical (economic -
economical). Já os prefixos derivacionais modificam somente o sentido de uma palavra, porém
nunca alteram sua classe gramatical (essential - nonessential).
É grande a importância do ensino dos derivacionais morfológicos para que os alunos de inglês
como língua adicional possam reconhecer os afixos mais comuns e suas funções. O ensino de
morfemas derivacionais evita que o aluno de inglês precise memorizar longas listas de
vocabulário.
INFLECTIONAL MORPHEMES
Em contraste com os derivational morphemes, os inflectional morphemes fazem parte de um
grupo de oito morfemas gramaticais que adicionam pouco ou nenhum conteúdo, mas servem a
funções gramaticais como marcação de plural ou tempo. Inflectional morphemes alteram a
forma de uma palavra sem alterar a classe gramatical à qual pertence ou seu sentido:
phone → phones
work → worked
Em relação aos verbos, os inflexional morphemes que facilitam sua identificação são:
A posição dos verbos em uma sentença é, assim como a maioria dos elementos em inglês,
geralmente fixa. Em sentenças afirmativas, por exemplo, o verbo se posiciona sempre após o
sujeito.
TERMINOLOGIA SENTENCIAL
Na gramática da língua inglesa, o período simples (simple sentence) contém, pelo menos, um
sujeito e um verbo com ter sentido próprio sem depender de outro elemento. O exemplo They
are still married pode funcionar sozinho como uma sentença completa, ao passo que a oração
although they live apart seria um fragmento da sentença completa. Em inglês, encontramos
cinco tipos básicos de padrões de sentenças:
Antes de avançarmos nessa explicação, é importante citar mais uma estrutura: o modo (mode
ou mood), que indica a posição do falante na ação verbal. Essa pessoa pode estar expressando
um fato, um desejo ou uma possibilidade, dando uma ordem, fazendo uma pergunta ou ainda
propondo uma condição.
Progressive
(progressivo)
Perfect
(perfeito)
Esses dois aspectos podem se combinar, formando o perfect progressive, ou também estar
ausentes, o que caracteriza os tenses em sua forma simple: simple present e simples past.
Fazendo parte da construção desses aspectos, ou seja, dando suporte aos verbos principais,
são usados, respectivamente, os verbos auxiliares to be (no progressive tense) e to have (no
perfect tense).
Quando o verbo to have se junta a um verbo principal, o aspect apresentado é o perfect, que
descreve a relação entre uma ação ou um evento anterior e um evento ou uma ação posterior.
Uma locução verbal no aspecto perfeito (perfect verbal phrase) é constituída de um verbo
auxiliar to have, no presente ou no passado, seguida da forma de particípio passado (terminada
em -ed) do verbo principal.
Veja os exemplos.
TENSE + ASPECT
O cruzamento de tense e aspect fica mais claro na tabela a seguir:
Perfect
Simple Perfect Progressive
progressive
to have + been +
to have + to be + present
present
ø past participle (verb
participle (verb + -
participle + -ing)
ing)
was/were
hid had hidden hiding had been hiding
Past
worked had worked was/were had been working
working
VERIFICANDO O APRENDIZADO
D) A presença do sujeito e do verbo (oração) com sentido próprio, sem depender de outra
oração.
GABARITO
O período simples (simple sentence) tem, pelo menos, sujeito e verbo, formando uma oração de
valor independente, em contraposição ao período composto, que tem duas ou mais orações de
valor equivalente. Objetos direto e indireto podem, ou não, estar presentes no período simples,
mas não são essenciais. O morfema diz respeito à formação das palavras, e não de períodos.
Os free morphemes são unidades completas de sentido, não dependem de outros elementos
para serem compreendidos. Já os bound morphemes precisam se apoiar em outros elementos
para denotar sentido completo.
ATENÇÃO
Em línguas como inglês, em que verbos precedem os objetos, os verbos auxiliares geralmente
vêm antes dos verbos, as preposições precedem seus objetos, e as orações relativas aparecem
depois dos substantivos que elas modificam.
LINEARITY
Abarca o fato de que palavras e morfemas de qualquer sentença na língua inglesa têm a
necessidade de serem produzidos em algum tipo de sequência, pois seria impossível a
produção de todos de uma só vez. A estrutura básica S-V-O é um exemplo de linearidade.
HIERARCHY
Dá conta da insuficiência ao especificarmos as palavras e os morfemas de uma sentença em
inglês, apontando sua ordem linear. A hierarquia indica que é necessário pensar que alguns
grupos de palavras funcionam em conjunto. Tais grupos, por sua vez, contribuem com outros
grupos e, por fim, para a estrutura geral da sentença. Por conseguinte, na sentença The old
woman drank some juice, podemos observar que três palavras do sintagma nominal (noun
phrase) – the, old, woman – funcionam em conjunto como sujeito. O restante da sentença –
drank some juice – funciona em conjunto como predicado. Dentro do predicado, temos o verbo
drank, enquanto as palavras some juice formam um object noun phrase, um objeto formado por
noun phrase.
CATEGORIALITY
Aponta que algumas palavras e alguns grupos de palavras funcionam de maneira
gramaticalmente similar, ao passo que outras palavras e outros grupos de palavras se
comportam de maneira gramaticalmente diferente. As palavras podem ser similares em sua
posição ou em suas inflexões. Por exemplo, um substantivo contável, como woman ou car,
pode sofrer flexão de plural, ou seja, segundo a categoriality, ele pode constar como singular ou
plural. Além disso, pela mesma propriedade, pode funcionar como sujeito ou como objeto.
Verbos transitivos como drink, eat ou buy ocorrem em conjunto com o sujeito e o objeto, e
podem sofrer flexões para indicar tempo passado (drank, ate, bought). Tais verbos e
substantivos são categorias lexicais (tradicionalmente chamados de parts of speech).
SINTAGMA
É uma unidade básica sintática formada por uma palavra nuclear ou por um grupo de
palavras organizadas em torno de um núcleo em relações de dependência e de ordem. O
núcleo do sintagma é seu elemento fundamental, é o que o define, o que o classifica.
Além das propriedades básicas da sintaxe, há as categorias dos sintagmas, que se dividem em:
NOMINAL
VERBAL
ADJETIVAL
ADVERBIAL
PREPOSICIONAL
O sintagma nominal (noun phrase) tem como núcleo um substantivo (noun). Geralmente, é
representado pelo sujeito e pelos complementos verbais da oração.
O sintagma verbal (verb phrase) constitui o predicado da oração, e seu núcleo é o próprio verbo.
O sintagma adverbial (adverbial phrase) é formado pelo advérbio e por seus modificadores.
PREDICATIVOS
Esquema 1
De acordo com Celce-Murcia e Larsen-Freeman (1983), a seta indica que S (sentence) pode ser
analisada/desdobrada de duas maneiras indicadas nas duas linhas dentro das chaves { }.
(SM)N S’
No primeiro caso, S é modificada para incluir um ou mais sentence modifiers, os modificadores
opcionais, informados como sm (os parênteses indicam a não obrigatoriedade deste
constituinte) e uma estrutura central representada aqui por S’.
Por enquanto, iremos limitar o termo sentence modifier a palavras como maybe, yes, no,
certainly. Tais palavras são conhecidas como sentential adverbs, uma vez que modificam uma
sentença por inteiro. O símbolo (sm) possui um n sobrescrito, uma vez que permite a geração
de um número infinito de sentence modifiers.
SUBJ PRED
Na segunda possibilidade de análise, S pode ser dividido em sujeito (SUBJ) e predicado (PRED).
Na orientação a seguir, um cruzamento das duas análises anteriores, podemos evidenciar o
fato de que S’ também pode ser expandido como sujeito ou predicado.
Esquema 2
S’ → SUBJ PRED
Uma representação mais gráfica destas regras é feita através de um gráfico em forma de
árvore. Utilizando a sentença Certainly the teacher works on Saturdays, podemos observá-lo:
Os triângulos abaixo de SUBJ e PRED indicam que ainda não completamos a análise destes
constituintes e podemos aplicar outras regras para completar o gráfico.
Esquema 3
SUBJ → NP
Aqui, o sujeito (SUBJ) é reescrito como noun phrase (NP). Logo, ele poderá assumir o
desenvolvimento das duas possibilidades do esquema 4.
Esquema 4
‐
Antes de explicarmos a primeira linha, vamos identificar a segunda. Nela, pro designa um
pronome. Logo, o NP pode ser substituído por um pronome: I, you, he, she etc.
Já a primeira linha é mais complexa, uma vez que permite que NP seja expandido infinitamente.
(Ainda assim, vemos que, minimamente, o noun phrase pode ser apenas um substantivo/noun,
como book, beans ou Carla.) Porém, se analisarmos tal desdobramento com um passo a passo,
ele não fica tão assustador.
(determinante)
(adjetivo)
noun
(sintagma preposicional)
Assim, opcionalmente, NP pode se apresentar com as demais partes daquela primeira linha
das chaves. Vamos desdobrá-la:
(det)3 N
Um substantivo com até três determinantes o All her other relatives.
antecedendo.
(AP) N
A lovely tender kiss.
Um substantivo precedido de adjective phrase.
(PrepP)
Um substantivo seguido de um prepositional A woman of dignity.
phrase.
Exemplo 1
Exemplo 2
(det)2 (AP) N(-pl)
Exemplo 3
(AP) N(-pl)
PREDETERMINANTES
Como this, that e os possessivos (my, his etc.).
DETERMINANTES-BASE
Como os artigos (a, the) e os demonstrativos (this, that etc.).
PÓS-DETERMINANTES
Quantificadores, como six, e os termos de referência comparativa, como other.
Uma vez que os determinantes modificam substantivos, eles são frequentemente restritos em
relação ao número e/ou contabilidade dos substantivos principais com os quais podem
ocorrer. Em outras palavras, existem determinantes que acontecem somente com um tipo
específico de substantivo, como:
Fonte:Shutterstock
SUBSTANTIVOS CONTÁVEIS
SUBSTANTIVOS INCONTÁVEIS
Fonte:Shutterstock
Fonte:Shutterstock
ATENÇÃO
Alguns determinantes, como os seguintes, podem, obviamente, ocorrer com qualquer tipo de
substantivo comum e, por essa razão, não são restritos ao número do substantivo principal: the,
my, her.
A notação com o asterisco, dessa e de outras frases ou expressões, indica que se trata de
construção agramatical.
Ainda sobre a locução prepositiva no esquema 4, ela representa locuções prepositivas que não
possuem relação de predicado com o substantivo principal. Por exemplo, the city of Rio das
Ostras, a woman of bravery, three ounces of liquid.
A regra 5 nos permite desenvolver qualquer sintagma adjetivo (AP, adjective phrase) que
possamos ter escolhido como parte da análise do noun phrase na regra 4:
Esquema 5
Fonte:Shutterstock
A expansão da sentença para Certainly the rather rich teacher works on Saturdays (Certamente, o
professor muito rico trabalha aos sábados), que inclui a regra 5, tem a seguinte representação:
Esquema 6
PrepP → Prep NP
Uma vez que NP já havia sido analisada/expandida no diagrama 4, podemos voltar um passo e
aplicar novamente a regra de desenvolvimento de NP sempre que houver uma locução
preposicional.
Esquema 7
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Prepositional phrase.
B) Predicate.
C) Verb phrase.
D) Noun phrase.
A)
A)
B)
B)
C)
C)
D)
D)
GABARITO
1. Analise a frase A short, sharp shock is usually sufficient. Que conceito é representado pela
porção sublinhada?
No trecho sublinhado, não há verbo. Logo, não pode ser predicado nem verb phrase (e sua
própria configuração estaria mais próxima do ser sujeito da frase, por oposição ao predicado).
Tampouco apresenta preposição para ser um prepositional phrase. Ao mesmo tempo, a locução
apresenta a forma det (AP) N, configurando, assim, um noun phrase.
2. Após analisarmos a sentença Certainly the teacher works on Saturdays usando as regras de
1 a 4, indique o correto diagrama completo:
A alternativa B não está certa, principalmente porque works on Saturday é predicado, e não
sujeito. A alternativa C está errada, pois the é determinante, e teacher é noun (substantivo). Sem
dizer que o sujeito não poderia ser um sentence modifier (sm). A alternativa D está errada, pois
nem teacher nem the teacher podem ser classificados como sentence modifiers (sm).
VERBOS TRANSITIVOS
Verbos transitivos são aqueles seguidos de um objeto. Lembremos que o termo gramatical
objeto designa um substantivo, pronome ou uma locução substantiva que recebe a ação do
verbo. Compare as frases a seguir:
A B
VERBOS INTRANSITIVOS
Os verbos intransitivos não carecem de ser seguidos por um objeto. Verbos intransitivos
podem formar uma sentença somente com o sujeito:
Não precisamos dizer que a menina chorou um choro, o que seria até um pleonasmo.
Poeticamente, seria possível escrever que ela chorou um choro doído, mas, nesse caso, o
objeto foi inventado pelo poeta com um intuito imagético, literário. A frase “A menina chorou”
não parece incompleta como Eles enviaram /They have sent ou Carlos comprou/ Carlos has
bought.
Os verbos intransitivos podem também ser seguidos por outro elemento que não seja um
objeto, como é o caso de advérbios:
PLEONASMO
OBJETOS
Quando há dois objetos, um deles é chamado de direct object e o outro de indirect object.
O objeto direto é a pessoa ou coisa que recebe a ação do verbo. Em Paula kicked the ball,
o objeto direto é the ball, pois é o elemento que recebe a ação do verbo kick. Já em Paula
kicked the ball to her sister, temos dois objetos. Há simultaneamente um objeto direto (the
ball) e um objeto indireto (to her sister). Podemos descrever o objeto indireto como a
pessoa ou coisa que é secundariamente afetada pela ação do verbo.
VERBOS BITRANSITIVOS
Verbos que possuem mais de um objeto são chamados de bitransitivos. Em inglês, eles são
denominados ditransitive verbs.
Quando o objeto indireto acompanha um objeto direto, ele é geralmente precedido da partícula
to, mas também pode ser precedido pela partícula for.
Também é possível inverter a ordem dos objetos. Nesses casos, as partículas to e for são
dispensadas:
Todas as sentenças vistas até aqui utilizam locuções substantivas como objetos, e não object
pronouns. Analise a tabela abaixo e, ao fazê-lo, pense sobre a ordenação das palavras.
a. to her
wrote a text
Kamala teachers
b. her
wrote a text
Kamala teachers
c. wrote it to them
Kamala
Nas sentenças a e b, podemos observar duas opções na ordenação dos objetos direto e
indireto quando eles são locuções substantivas. A sentença c aponta que, ao transformar as
locuções substantivas em pronomes, a opção preferida é geralmente a de objeto direto
pronominal seguido pelo objeto indireto pronominal.
Porém, ao perguntarmos What is she eating? e respondermos She is eating cereal, o elemento
cereal é um objeto.
E.G
A expressão e.g. é abreviação do latim exempli gratia, que significa “por exemplo”. É uma
forma comum no inglês (como o nosso “por ex.”).
CONCORDÂNCIA
A concordância pode ser definida como a relação entre dois elementos gramaticais, de modo
que, se um dos elementos contém uma particularidade ( e.g. plurality), o outro elemento
também deve conter a mesma particularidade.
As flexões verbais da língua inglesa (exceto o verbo to be) somente realizam distinção de
número na terceira pessoa do singular. Por isso, as sentenças (1) e (2) são gramaticais, ao
passo que (3) e (4) são agramaticais.
PRINCÍPIOS DE CONCORDÂNCIA
A regra que versa sobre a necessidade de um verbo se relacionar diretamente em número com
o sujeito pode ser chamada de concordância gramatical (grammatical concord). No estudo da
língua inglesa, as dificuldades aparecem quando há um conflito entre este e dois outros
princípios de concordância:
NOTIONAL CONCORD
PROXIMITY CONCORD
Este tipo de concordância se refere à relação entre o verbo e o sujeito de acordo com a ideia de
número, em vez da presença factual de um marcador gramatical que propõe tal ideia. Portanto,
na sentença The government have closed their offices, a partícula The government é tratada
como uma ideia de plural, que é demonstrada pelo verbo no plural have, mas também pelo
pronome their.
Tais princípios e suas interações serão ilustrados a seguir em áreas em que a concordância
pode causar problemas de interpretação.
Com isso, nesses casos, o plural é mais aceitável que o singular, pois consideramos as reações
individuais dos membros do grupo.
SAIBA MAIS
Ambos, no e any, possuem uso em massa e contável.
Em ambas as sentenças, o verbo está no singular. Porém, na segunda sentença, pode ser
transformado em plural, caso o verbo no plural seja necessário.
Any e none são usados como pronomes e também têm sentido de singular e plural.
Na última frase, a concordância gramatical nos faz perceber que none tem sentido singular;
porém a concordância notional solicita um verbo no plural. Has, portanto, é mais
convencionalmente correto, mas have é mais idiomático na fala.
I’ve invited Paula and Marcia but neither (of them) has replied; in fact, I doubt if either (of
them) is coming.
I’ve invited Paula and Marcia but neither (of them) have replied; in fact, I doubt if either (of
them) are coming.
Caso uma locução preposicional com um complemento plural siga uma construção finita, o
verbo no plural é mais aceito (não devido à notional concord, mas por conta da regra de
proximidade):
O mesmo princípio de proximidade pode levar ao uso da concordância de plural com as
partículas indefinidas each, every, everybody, anybody e nobody, que, por sua vez, são de outro
modo singular e sem ambivalência:
ATENÇÃO
Outros casos de attraction podem surgir com substantivos singulares de qualquer quantidade:
Those kind/sort/type of parties are fun!
DICA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) I’ve invited Paula and Marcia but neither has replied./ No money have been spent.
B) Some of the money is missing./ Each of the cars in the street are new.
C) Two in five take pills to sleep./ I’ve invited the older and the younger sister but neither have
replied.
D) Everyone have done the homework as expected./ Somebody has forgotten to turn off the TV.
GABARITO
Os objetos diretos das frases são an award, a chocolate cake, the ball e a different book. E os
objetos indiretos são [to] the outstanding student, [for] her daughter, [to] his teammate e [to] her
young students.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos a identificar e descrever conceitos gerais de sintaxe e morfologia da língua
inglesa. Para isso, é importante relembrar as três dimensões gramaticais: forma, uso e sentido.
No caso dos verbos, por exemplo, vimos que é possível identificá-los quanto a suas orientações
semânticas, morfológicas e estruturais (posição). Vimos também as diferenças entre modo,
tempo verbal/temporalidade e aspecto.
DECAPUA A. Grammar for teachers: a guide to American English for native and non-native
speakers. Nova York: Springer Science+ Business Media, 2008.
JACOBS R. A. English Syntax: a grammar for English language professionals. Nova York: Oxford
University Press, 1995.
QUIRK R.; GREENBAUM, S.; LEECH, G.; SVARTVIK, J. A grammar of contemporary English.
Essex: Longman Group, 1972.
EXPLORE+
Para compreender a gramática da língua inglesa de maneira mais prática, sugiro a leitura
de Practical English Usage, de Michael Swan
Para saber mais sobre as diferenças entre tempo verbal, aspecto e modalidade, você
poderá encontrar dicas preciosas na página do ELT Concourse.
O artigo científico On case concord: the syntax of switch-reference clauses, de José
Camacho, pode ajudar a compreender melhor as questões de concordância.
English Grammar;
Chomp Chomp.
CONTEUDISTA
Bruno Andrade
CURRÍCULO LATTES