Brasil - Sistema de Instrução Militar Do EB - 2019 PDF

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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

SISTEMA DE INSTRUÇÃO
MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO

(SIMEB)

2019
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

SISTEMA DE INSTRUÇÃO
MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO

(SIMEB)

2019
PORTARIA Nº 147-COTER, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2018.
EB: 64322.021533/2018-11

Aprova o Sistema de Instrução Militar do Exér-


cito Brasileiro (SIMEB), Edição 2019 e dá ou-
tras providências.

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da atribuição que


lhe confere o inciso II do art. 11 do Regulamento do Comando de Operações Terrestres
(EB10-R-06.001), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 242, de 28 de
fevereiro de 2018, e de acordo com o que estabelece os art. 5º e 44 das Instruções
Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército (EB10-IG-01.002), aprovadas pela
Portaria do Comandante do Exército nº 770, de 7 de dezembro de 2011, resolve:

Art. 1º Aprovar o Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB),


Edição 2019, que com esta baixa.

Art. 2º Revogar o Programa-Padrão PPB/1 – Planejamento, Execução e Controle


da Instrução Militar, aprovado pela Portaria nº 21-EME, de 13 de maio de 1981.

Art. 3º Revogar o Anexo C - Modelo de PAB e Exemplo e Anexo D - Modelo de


PAA e Exemplo, ao PPB/1, aprovados pela Portaria nº 76-EME, de 3 de dezembro de
1985.

Art. 4º Revogar as alterações ao PPB/1, aprovadas pela Portaria nº 111-EME, de


12 de novembro de 1996.

Art. 5º Revogar o Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB),


Edição 2012, aprovado pela Portaria nº 9-COTER, de 19 de dezembro de 2011.

Art. 6º Determinar que esta Portaria entre em vigor em 1º de janeiro de 2019.

Gen Ex JOSÉ LUIZ DIAS FREITAS


Comandante de Operações Terrestres

(Publicada no Boletim do Exército nº 50, de 14 de dezembro de 2018)


FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Pag

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade...........................................................................................1 - 1
1.2 Objetivo............................................................................................. 1 - 1
1.3 Considerações Gerais........................................................................1 - 1

CAPÍTULO II - PREMISSAS
2.1 Missão do Exército............................................................................ 2 - 1
2.2 Missão do COTER............................................................................. 2 - 1
2.3 Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)............................... 2 - 1
2.4 O Ensino Profissional no Exército...................................................... 2 - 2
2.5 Objetivo do SIMEB............................................................................ 2 - 3
2.6 Considerações Gerais....................................................................... 2 - 3
2.7 Bases da Concepção do Sistema de Instrução Militar....................... 2 - 4
2.8 Orientação Geral do SIMEB ............................................................. 2 - 8
2.9 O Preparo da Força Terrestre voltado para o Emprego da Tropa....... 2 - 8
2.10 Objetivos da Instrução Militar............................................................. 2 - 9
2.11 Estrutura do Sistema de Instrução Militar........................................ 2 - 11
2.12 Direção de Instrução....................................................................... 2 - 14
2.13 Observações de Caráter Geral........................................................ 2 - 15

CAPÍTULO III - METODOLOGIA PARA A INSTRUÇÃO MILITAR


3.1 Considerações Iniciais....................................................................... 3 - 1
3.2 Programa-Padrão de Instrução Militar............................................... 3 - 1
3.3 Definição dos Objetivos Individuais de Instrução (OII)....................... 3 - 2
3.4 Elementos de Definição do OII (Áreas Cognitiva e Psicomotora).......3 - 3
3.5 Objetivos Intermediários.....................................................................3 - 4
3.6 Características...................................................................................3 - 5
3.7 O Caráter Prático da Instrução.......................................................... 3 - 8
3.8 Desenvolvimento da Mentalidade Coletiva Militar..............................3 - 9
3.9 Emprego do Tempo Disponível........................................................3 - 10
3.10 Preservação dos Agrupamentos Operacionais Constituidos...........3 - 11
3.11 Planejamento Da Instrução Militar....................................................3 - 15
3.12 Acompanhamento, Orientação e Controle da Instrução Individual...3 - 30
3.13 Atuação no Domínio Afetivo..............................................................3 - 36

CAPÍTULO IV – O ANO DE INSTRUÇÃO


4.1 Considerações Iniciais........................................................................4 - 1
4.2 O Ano de Instrução..............................................................................4 - 1

CAPÍTULO V – PREPARO DE TROPAS PARA MISSÕES DE PAZ


5.1 Instrução Individual.............................................................................5 - 1
5.2 Objetivos da Instrução Individual........................................................5 - 2
5.3 Instrução Individual Básica (IIB).........................................................5 - 6
5.4 Instrução Individual de Qualificação (IIQ)...........................................5 - 7
5.5 Instrução Individual de Requalificação e Nivelamento (IIRN).............5 - 9
5.6 Curso de Formação de Cabos (CFC).................................................5 - 9
5.7 Curso de Formação de Sargentos Temporários (CFST)...................5 - 11
5.8 Cabo Especialista Temporário..........................................................5 - 11
5.9 Habilitação Especial..........................................................................5 - 11
5.10 Capacitação Técnica e Tática do Efetivo Profissional.....5 - 11
5.11 Estágios............................................................................................5 - 13
5.12 Centros de Instrução (CI) e Centros de Adestramento (CA).............5 - 14

CAPÍTULO VI – ADESTRAMENTO
6.1 Finalidade.......................................................................................... 6 - 1
6.2 Objetivos............................................................................................ 6 - 1
6.3 Considerações Gerais........................................................................ 6 - 1
6.4 Execução do Adestramento............................................................... 6 - 2
6.5 Adestramento Básico..........................................................................6 - 6
6.6 Planejamento do Programa de Adestramento Básico (PAB)............6 - 17
6.7 Execução do PAB..............................................................................6 - 21
6.8 Adestramento Avançado...................................................................6 - 26
6.9 Adestramento para Operações de Garantia da Lei e da Ordem.......6 - 33
6.10 Mapa de Adestramento.....................................................................6 - 34
6.11 Adestramento na Mobilização..........................................................6 - 36
6.12 Relação de Programas Padrão de Adestramento............................6 - 36
6.13 Operações de Adestramento Conjunto.............................................6 - 38
6.14 Centros de Adestramento.................................................................6 - 42
6.15 Exercícios com Nações Amigas........................................................6 - 45

CAPÍTULO VII – SIMULAÇÃO DE COMBATE


7.1 Generalidades....................................................................................7 - 1
7.2 Simulação Construtiva........................................................................7 - 2
7.3 Simulação Virtual................................................................................7 - 5
7.4 Simulação Viva...................................................................................7 - 6
7.5 Diretriz para Planejamento de Exercícios com os Simuladores de
Apoio de Fogo (SIMAF)......................................................................7 - 6

CAPÍTULO VIII – INSTRUÇÃO MILITAR DE ELEMENTOS DE NATUREZA


DIVERSA
8.1 Organizações Militares não Operacionais..........................................8 - 1
8.2 Tiros de Guerra e Escolas de Instrução Militar...................................8 - 2
8.3 Polícia do Exército e de Guarda.........................................................8 - 3
8.4 Artilharia Antiaérea.............................................................................8 - 3
8.5 Engenharia de Construção e de Engenharia Cartográfica.................8 - 5
8.6 Pelotões Especiais de Fronteira.........................................................8 - 5
8.7 Guerra Eletrônica................................................................................8 - 7
8.8 Artilharia de Campanha......................................................................8 - 8
8.9 Comando de Operações Especiais...................................................8 - 10
8.10 Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN)...........8 - 11
8.11 Instrução de Tropas Blindadas e Mecanizadas................................8 - 11
8.12 Operações Psicológicas....................................................................8 - 21
CAPÍTULO IX - SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO E NO SERVIÇO
9.1 Finalidade............................................................................................9 - 1
9.2 Objetivo...............................................................................................9 - 1
9.3 Considerações Iniciais........................................................................9 - 1
9.4 Atribuições dos Comandos Militares de Área......................................9 - 2
9.5 Rabdomiólise......................................................................................9 - 3
9.6 Valorização da Vida e Prevenção ao Suicídio.....................................9 - 5
9.7 Recomendações Especiais de Segurança da Tropa no Transporte
em Viaturas Militares...........................................................................9 - 6
9.8 Prevenção e Combate a Incêndios.....................................................9 - 7
9.9 Prevenção de Acidentes com Motocicletas.........................................9 - 7
9.10 Segurança Biomédica na Instrução Militar..........................................9 - 8

CAPÍTULO X – SISTEMAS DE APOIO À INSTRUÇÃO MILITAR


10.1 Finalidade..........................................................................................10 - 1
10.2 Sistemas de Apoio à Instrução Militar................................................10 - 1
10.3 Gestão do Preparo da Força Terrestre (GPREPFTER).....................10 - 1
10.4 Sistemática de Acompanhamento Doutrinário e Lições Aprendidas
(SADLA)............................................................................................10 - 2
10.5 Sistema de Validação dos Programas-Padrão e Cadernos de Instru-
ção (SIVALI-PP/CI)............................................................................10 - 5
10.6 Portal do Preparo...............................................................................10 - 6

CAPÍTULO XI – PLANEJAMENTO DE RECURSOS PARA A INSTRUÇÃO


11.1 Finalidade..........................................................................................11 - 1
11.2 Tipos de Recursos..............................................................................11 - 1
11.3 Levantamento e Solicitação das Necessidades.................................11 - 2
11.4 Sistema de Apoio ao Planejamento (SAP).........................................11 - 4
11.5 Prescrições Diversas.........................................................................11 - 5

CAPÍTULO XII – RELATÓRIOS


12.1 Considerações Iniciais......................................................................12 - 1
12.2 Tipos de Relatórios de Instrução.....................................................12 - 1
12.3 Estrutura dos Relatórios de Instrução.............................................12 - 2

CAPÍTULO XIII – MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E DESMO-


BILIZAÇÃO DE MILITARES TEMPORÁRIOS
13.1 Finalidade........................................................................................13 - 1
13.2 Objetivos.........................................................................................13 - 1
13.3 Considerações Iniciais....................................................................13 - 2
13.4 Instrução Militar de Mobilização......................................................13 - 2
13.5 Exercícios de Adestramento da Reserva Mobilizável......................13 - 3
13.6 Tipos de Exercícios.........................................................................13 - 5
13.7 Atribuições para os Exercícios de Mobilização.............................13 - 10
13.8 Desmobilização de Pessoal Temporário.......................................13 - 11

CAPÍTULO XIV – ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O APOIO AÉREO DA


AVIAÇÃO DO EXÉRCITO, APOIO NAVAL DA MARINHA DO BRASIL E
APOIO AÉREO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
14.1 Apoio da Aviação do Exército no Preparo da Força........................14 - 1
14.2 Apoio Naval da Marinha do Brasil....................................................14 - 8
14.3 Apoio da Força Aérea Brasileira......................................................14 - 9

ANEXO A
Medidas de Gestão das Frotas de Viaturas.................................................... A - 1

ANEXO B
Procedimentos para Concessão de Produtos de Geoinformação.................. B - 1

ANEXO C
Modelos de Relatórios.................................................................................... C - 1

ANEXO D
Modelo de Relatório Quantitativo de Acidentes na Instrução e no Serviço..... D - 1
ANEXO E
Modelo do Relatório Qualitativo de Acidentes na Instrução e no Serviço........ E - 1

ANEXO F
Sistema Operacional Terrestre....................................................................... F - 1
SIMEB
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADE
- A presente edição do Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB)
destina-se a orientar e a coordenar o planejamento, a execução e o controle das
atividades relacionadas ao preparo da Força Terrestre, contendo esclarecimen-
tos e detalhes, com maior caráter de permanência no tempo e necessários à
execução das atividades de instrução.

1.2 OBJETIVO
- Regular o desenvolvimento da Instrução Militar (IM), consideradas as caracte-
rísticas:
1.2.1 de cada Comando Militar de Área (C Mil A); e
1.2.2 dos elementos vinculados ao Comando de Operações Terrestres (COTER)
para fins de acompanhamento do preparo operacional e do planejamento do
emprego, particularmente as Forças de Emprego Estratégico (FEE).

1.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS


1.3.1 O SIMEB constitui-se num importante instrumento pelo qual o COTER
exerce a orientação, a coordenação e o controle do Preparo Operacional da
Força Terrestre (FTer). Além disso, contém os esclarecimentos e os detalhes
julgados necessários à execução das atividades de instrução.
1.3.2 Os Programas-Padrão (PP) constituem-se em instrumentos fundamentais
para o acionamento da Instrução Militar e definem o modo ideal de conduzi-la.
No entanto, torna-se imperativo promover uma constante otimização do custo e
do benefício da atividade-fim, conciliando diversos fatores, tais como: a duração
dos períodos de instrução, a evolução qualitativa dos contingentes incorporados,
a racionalização dos recursos financeiros e a redução do desgaste do material.
1.3.3 O Programa de Instrução Militar (PIM) regula as atividades que serão rea-
lizadas no ano em curso, sendo elaborado anualmente.
1.3.4 Para facilitar a consulta, esta edição compila os conteúdos do Programa
Padrão de Instrução (PPB/1) e da edição do SIMEB 2012, organizando-se em
capítulos, sendo cada um deles referente a uma atividade, e no qual constarão
as orientações gerais, conceitos doutrinários e observações específicas.

1-1
SIMEB

1-2
SIMEB
CAPÍTULO II
PREMISSAS

2.1 MISSÃO DO EXÉRCITO


2.1.1 A missão norteia todas as atividades do EB e está orientada, primordial-
mente, pela Constituição Federal e pela Lei Complementar nº 97, de 9 de junho
de 1997, alterada pela Lei Complementar nº 117, de 2 de setembro de 2004 e nº
136, de 25 de agosto de 2010.
2.1.2 As políticas e as estratégias implementadas pelo Comandante Supremo
das Forças Armadas, bem como as estratégias e doutrinas elaboradas pelo Mi-
nistério da Defesa, condicionam o detalhamento da Missão.
2.1.3 De acordo com a Concepção Estratégica do Exército, a Missão do Exército
é: “Contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucio-
nais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais, cooperando
com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social. Para isto, preparar a For-
ça Terrestre, mantendo-a em permanente estado de prontidão”.

2.2 MISSÃO DO COTER


- O COTER, como Órgão de Direção Operacional do Exército, Órgão Central do
Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT) e do Sistema de Doutrina Militar
Terrestre (SIDOMT), tem por missão orientar e coordenar o preparo e o emprego
da Força Terrestre (F Ter), bem como elaborar e manter atualizada a Doutrina Mi-
litar Terrestre (DMT) no nível tático, em conformidade com as diretrizes estratégi-
cas do Comandante do Exército (Cmt Ex) e do Estado-Maior do Exército (EME).

2.3 SISTEMA OPERACIONAL MILITAR TERRESTRE (SISOMT)


2.3.1 Para atender ao Projeto de Transformação da Força Terrestre, o COTER
verificou a necessidade de implementar e implantar várias atividades em suas
chefias para modernizar, de acordo com as novas tecnologias, as capacidades
de comando e controle, de informações operacionais, de preparo e de emprego
com o objetivo de proporcionar tropas para pronto emprego em todos os C Mil A.
2.3.2 A Portaria nº 270-EME, DE 18 JUL 16, criou o Programa de Modernização
do Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT), determinando que o CO-
TER, como Órgão Central do SISOMT, estabeleça e operacionalize todas as
ações pertinentes ao referido programa.
2.3.3 O SISOMT é estruturado pelo Sistema de Preparo (SISPREPARO), Siste-
ma de Emprego (SISEMP), Sistema de Prontidão (SISPRON) e o Sistema
de Informações Operacionais Terrestres (SINFOTER), os quais estão integra-

2-1
SIMEB
dos, possuindo interdisciplinaridade entre si.
2.3.4 MODELAGEM DO SISOMT (conforme o Anexo F).
2.3.5 O SISPREPARO é apoiado, também, pelo Sistema de Simulação do Exér-
cito Brasileiro (SSEB), sendo responsável pelas atividades de preparo da F Ter.
Caberá a esse sistema planejar, coordenar e controlar, em estreita ligação com
os C Mil A as preparações orgânica e completa. A execução desses dois níveis
de preparação caracteriza-se pela realização dos Módulos Didáticos de Adestra-
mento (MDA), previstos para os anos de instrução considerados.
2.3.6 De acordo com a modelagem do SISOMT, o SISPREPARO ligar-se-á com
o Sistema de Educação e Cultura do Exército (SECEx), para estabelecer integra-
ção com os currículos escolares.
2.3.7 O SISPREPARO contará, também, com a Sistemática de Acompanhamen-
to Doutrinário e Lições Aprendidas (SADLA) do Centro de Doutrina do Exército
(C Dout Ex), que visa aproveitar tudo o que possa interferir positivamente na pre-
paração e/ou na realização dos diversos trabalhos por meio das Lições Aprendi-
das (Lç Aprd) e Melhores Práticas (Mlh Prat).

2.4 O ENSINO PROFISSIONAL NO EXÉRCITO


2.4.1 O Ensino Profissional no Exército é realizado por meio de dois sistemas
distintos, porém integrados: o Sistema de Ensino Militar e o Sistema de Instrução
Militar do Exército Brasileiro (SIMEB).
2.4.2 O Sistema de Ensino Militar é voltado, em sua maior dimensão, para for-
mar, aperfeiçoar, especializar e ampliar os conhecimentos profissionais dos mi-
litares de carreira. Paralelamente, forma os oficiais da reserva das Armas, do
Serviço de Intendência e do Quadro de Material Bélico. Esse sistema possui
uma estrutura técnica especializada na atividade de ensino e é coordenado pelo
Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx).
2.4.3 O Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB) é voltado
para o adestramento da Força Terrestre como instrumento de combate, para a
formação das praças temporárias e para a adaptação de técnicos civis à vida
militar. Esse sistema é coordenado pelo Comando de Operações Terrestres
(COTER).
2.4.4 O ensino profissional é, portanto, conduzido em duas estruturas com ca-
racterísticas fundamentalmente diferentes. De um lado, uma estrutura especiali-
zada em ensino, que prepara os quadros (permanente e da reserva), dotada de
apoio técnico, com capacidade de fixação de experiência e, consequentemente,
com flexibilidade para absorver novas técnicas e para modernizar métodos e
processos. De outro lado, uma estrutura não especializada que, além de pre-
parar o pessoal temporário, deve também participar da preparação da própria
F Ter. Caracteriza-se, portanto, uma estrutura voltada para operações militares.
2-2
SIMEB
2.4.5 Esta diferença fundamental, aliada à importância da tarefa final de criar o
instrumento terrestre de guerra, determina que o Sistema de Instrução Militar,
envolvendo os C Mil A, tenha acionamento específico, acompanhamento e con-
trole atentos, para que a ausência de especialização técnica tenha as compen-
sações necessárias.

ENSINO PROFISSIONAL DO EXÉRCITO


SISTEMA OBJETO BÁSICO ESTRUTURA
Pessoal de Carreira DECEX
ENSINO
ESPECIALIZADA
MILITAR Quadros da Reserva EE
Pessoal Temporário COTER
NÃO
INSTRUÇÃO
C Mil A ESPECIALIZADA
MILITAR Instrumento Terrestre de Guerra
OM

2.5 OBJETIVO DO SIMEB


- Regular o desenvolvimento da Instrução Militar (IM), em conformidade com as
diretrizes do Comandante do Exército e do Estado-Maior do Exército.

INSTRUÇÃO MILITAR
É a parte do preparo militar de caráter predominantemente prático, que visa à formação do líder
em todos os escalões, à capacitação dos combatentes e ao adestramento das frações constituí-
das em todos os níveis. Deve permitir o cumprimento de todos os objetivos previstos na Política
de Instrução Militar, constantes da Política Militar Terrestre.

2.6 CONSIDERAÇÕES GERAIS


2.6.1 O SIMEB, traduzido neste documento, é o sistema de alto nível da atividade
de Preparo da Força Terrestre, de caráter normativo e doutrinário, que estabe-
lece os fundamentos e a sistemática da Instrução Individual e do Adestramento.
2.6.2 O Programa de Instrução Militar (PIM) é o documento decorrente do SI-
MEB, de periodicidade anual, por meio do qual o Comandante de Operações
Terrestres, observando a realidade da conjuntura, principalmente a orçamentá-
ria, orienta o planejamento do ano de instrução e assegura a coordenação e a
avaliação das atividades.
2.6.3 Os Programas-Padrão (PP) constituem-se em instrumentos fundamentais
para o acionamento da IM e definem o modo ideal de conduzi-la. No entanto, tor-
na-se imperativo promover uma constante otimização do custo e do benefício da
atividade fim, conciliando diversos fatores, tais como: a duração dos períodos de
instrução, a evolução qualitativa dos contingentes incorporados, a racionaliza-
ção na aplicação dos recursos financeiros e a redução do desgaste do material.

2-3
SIMEB
2.7 BASES DA CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE INSTRUÇÃO MILITAR
2.7.1 O Sistema de Instrução Militar é desenvolvido a partir da identificação dos
níveis de capacitação operacional que devem ser atingidos na preparação da
Força Terrestre como um todo e das organizações militares (OM) que o integram.
2.7.2 Os níveis de capacitação operacional estão vinculados a três conceitos
básicos:
2.7.2.1 Operacionalidade;
2.7.2.2 Eficiência Operacional; e
2.7.2.3 Poder de Combate.
2.7.3 OPERACIONALIDADE
2.7.3.1 É a capacidade que uma OM operacional adquire para atuar como um
todo integrado, a fim de cumprir as missões previstas em sua base doutrinária
e inerentes a sua natureza e escalão, para as quais foi organizada, dotada de
pessoal, instruída, adestrada e equipada. A operacionalidade da F Ter é um dos
fatores fundamentais para a Estratégia da Dissuasão.
2.7.3.2 A expressão operacionalidade sugere forte impressão profissional e, so-
bretudo, uma conotação que relaciona a atividade militar com a fundamental
preocupação com a guerra. A palavra encerra aspectos essenciais da profissão
militar e, consequentemente, das responsabilidades que os soldados têm pe-
rante a Nação e como argumento para preservação de seus valores históricos,
morais e sociais.
2.7.3.3 Em função do seu significado, a expressão vincula-se à essencialidade
da organização. Situa-se como qualidade básica e intrínseca que deve ser bus-
cada e mantida para que a F Ter conserve a sua capacidade de evoluir quando
necessário, para níveis de capacitação operacional mais elevados e para empre-
go como instrumento eficaz. Sem operacionalidade, a F Ter estaria desvirtuada
em sua própria essência e destinação.

OPERACIONALIDADE
É a qualidade fundamental de uma Organização Militar que, a partir de um nível adequado, ga-
rante-lhe a possibilidade de ser transformada em eficaz instrumento de combate, para cumprir
missões previstas no Quadro de Organização, sendo expressa pelo grau de quantificação, orde-
nação e preparação dos recursos materiais e humanos que a integram.

2.7.3.4 Primordialmente, a operacionalidade de uma OM deverá definir-lhe as


condições físicas necessárias, a partir das quais possa ser preparada para cum-
prir as missões que lhes forem destinadas. Estas condições refletem possibili-
dades da organização considerada, isto é, a organização existe como tal e está
estruturada de forma que, em função de um trabalho profissional subsequente,
2-4
SIMEB
terá condições de apresentar um desempenho adequado como instrumento de
combate:
2.7.3.4.1 Possibilidades operacionais:
- de manobra; e
- de fogo.
2.7.3.4.2 Possibilidades de durar na ação
- apoio ao combate; e
- apoio administrativo.
2.7.3.5 São componentes da operacionalidade os fatores orgânicos que configu-
ram a OM e lhe dão funcionalidade:

PREPARAÇÃO ORGÂNICA
É o nível mínimo de adestramento que confere à OM condições satisfatórias para funcionar inte-
gralmente como organismo, configurando o desempenho coletivo suficiente para caracterizar a
sua OPERACIONALIDADE.

2.7.3.6 O nível de operacionalidade de uma organização poderá ser afetado por


condicionantes restritivas:
2.7.3.6.1 Sistema de conscrição;
2.7.3.6.2 Restrições conjunturais; e
2.7.3.6.3 Restrições estruturais.
2.7.3.7 Em síntese, a operacionalidade corresponde a uma adequada quantifica-
ção, ordenação e preparação de recursos físicos - materiais e humanos - dispo-
níveis. Define uma situação, estado ou potencialidade mensurável ou avaliável e
corresponde a um nível de preparação física de uma OM para execução de sua
atividade-fim.
2.7.3.8 O Sistema de Ensino Profissional, no qual se insere o SIMEB, concorrerá
para a concretização da operacionalidade da F Ter promovendo:
2.7.3.8.1 A Preparação Individual; e
2.7.3.8.2 A Preparação Orgânica.

2-5
SIMEB
2.7.3.9 A operacionalidade é a qualidade fundamental de uma OM que a partir de
um nível adequado, garante-lhe a possibilidade de ser transformada em eficaz
instrumento de combate. Abaixo de um nível mínimo aceitável de quantificação,
ordenação e preparação de homens, equipamentos e suprimentos, a OM ficaria
de tal forma reduzida em sua potencialidade que caracterizaria uma comprome-
tedora perda da substância que lhe justificou a existência. Esta situação invalida
o trabalho profissional exercido sobre a organização, impedindo qualquer resul-
tado objetivo.
2.7.4 EFICIÊNCIA OPERACIONAL
2.7.4.1 A dinamização dos recursos físicos de uma OM, a partir de sua platafor-
ma básica de operacionalidade, dentro de prazos adequados e por intermédio
de métodos, processos e técnicas apropriadas (administrativas e operacionais)
elevará o nível de sua capacitação operacional, caracterizando um crescente
aprimoramento de sua capacidade de executar tarefas de combate para as quais
está destinada.

EFICIÊNCIA OPERACIONAL
É a capacidade técnico-administrativa da OM para desempenhar, adequadamente e com eco-
nomia, as atividades e ações correspondentes às missões que lhe são atribuídas em quadro de
organização, dinamizando os recursos materiais e humanos que definem seu nível de operacio-
nalidade.

2.7.4.2 São componentes da eficiência operacional os fatores dinamizadores da


OM como instrumento de combate:

2.7.4.3 A operacionalidade expressa um estado, situação ou potencialidade; a


eficiência operacional, diferentemente, está identificada com o desempenho co-
letivo da OM.
2.7.4.4 O desenvolvimento da eficiência operacional resulta de um trabalho pro-
fissional que só obterá resultados objetivos a partir da prévia concretização de
um nível adequado de operacionalidade. Esta nova qualidade da OM, a efici-
ência operacional, se aprimora com base em recursos físicos adequadamente
quantificados, ordenados e preparados, e será degradada na medida em que as
organizações forem mutiladas em sua estrutura organizacional, tenham perdas
2-6
SIMEB
em efetivos, armamentos, bem como possuam equipamentos sem os adequa-
dos níveis de disponibilidade.
2.7.4.5 A organização deve executar tarefas, fazê-las cada vez melhor, com
maior desenvoltura, com maior economia de meios e de tempo, o que só será
conseguido com maior desenvolvimento do adestramento. Busca-se, não sim-
plesmente a preparação orgânica da OM, mas sua preparação completa.

PREPARAÇÃO COMPLETA

É o nível adequado de adestramento que confere à OM condições de eficiência para cumprir to-
das as missões de combate fundamentais à sua natureza e escalão, configurando o desempenho
coletivo indispensável para caracterizar a sua eficiência operacional.

2.7.5 PODER DE COMBATE


2.7.5.1 A eficiência operacional, por ser desenvolvida fora do campo de batalha,
não poderá significar a certeza da eficácia na guerra. Para que ela possa preva-
lecer sob tensões e pressões do combate, deverá ser conduzida e suportada por
dois fatores indispensáveis:
2.7.5.1.1 o valor profissional do comandante; e
2.7.5.1.2 o valor moral da tropa.
2.7.5.2 A eficiência operacional (desenvolvida a partir de um nível adequado de
operacionalidade), o valor profissional do comandante e o valor moral da tropa,
gerarão o Poder de Combate que, afinal, será a qualidade última do instrumento
militar de guerra.

PODER DE COMBATE
É a capacidade global de uma Organização para desenvolver o combate, expressando o grau de
eficácia que se lhe pode atribuir para opor-se ao inimigo.
É resultante de três fatores:
- A eficiência operacional atingida;
- O valor profissional do comandante;
- O valor moral da tropa.

2.7.5.3 O poder de combate não é um valor intrínseco da OM, como é a opera-


cionalidade. É qualidade extrínseca e relativa, pois não poderá ser gerada para
guerra, mas especificamente para uma determinada guerra, caracterizados o
inimigo e o ambiente operacional onde a organização será empregada. Quando
for necessária a obtenção do poder de combate, o adestramento deverá promo-
ver a consolidação do valor profissional dos quadros, do valor moral da tropa e
ultimar a Preparação Específica da organização, complementando sua Prepa-
ração Completa.

2-7
SIMEB

PREPARAÇÃO ESPECÍFICA
É o nível complementar de adestramento que confere à OM condições de eficácia para cumprir
missões de combate previstas para serem conduzidas em uma campanha ou operação, definidos
especificamente o inimigo e ambiente operacional, configurando o desempenho co-letivo neces-
sário ou desejado para caracterizar o seu Poder de Combate.

2.7.6 CORRELAÇÃO (níveis de capacitação operacional e níveis de adestra-


mento)
2.7.6.1 O adestramento desenvolve-se progressivamente em 3 níveis de prepa-
ração: orgânica, completa e específica.
2.7.6.2 A cada nível de capacitação operacional corresponde um nível de ades-
tramento.

NÍVEL DE CAPACITAÇÃO OPERACIONAL NÍVEL DE ADESTRAMENTO


Operacionalidade Preparação Orgânica
Eficiência Operacional Preparação Completa
Poder de Combate Preparação Específica

2.7.6.3 Os níveis de capacitação operacional dependem não só do adestramen-


to, mas também do pessoal, do material e da estrutura organizacional.

2.8 ORIENTAÇÃO GERAL DO SIMEB


- A IM visa o adestramento da F Ter e está voltada para:
2.8.1 ADESTRAMENTO PARA AS OPERAÇÕES DE DEFESA EXTERNA
2.8.1.1 O principal objetivo da Instrução Militar é adestrar a Força Terrestre para
cumprir missões de Defesa Externa.
2.8.1.2 Ao término do Ano de Instrução, todas as OM Operacionais deverão ter
cumprido os objetivos de adestramento previstos para o período.
2.8.2 ADESTRAMENTO PARA AS OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA
ORDEM
- A IM deverá ser conduzida de modo a assegurar, o mais cedo possível, o ades-
tramento da Força Terrestre para a realização de Operações de Garantia da Lei
e da Ordem (Op GLO).

2.9 O PREPARO DA FORÇA TERRESTRE VOLTADO PARA O EMPREGO DA


TROPA
2.9.1 A essência do Preparo da Força Terrestre é o Emprego. Para tanto, conti-
nuamente, devem ser atualizadas as hipóteses de emprego nos diversos cená-
rios existentes.
2-8
SIMEB
2.9.2 Os Manuais, Cadernos de Instruções e Programas-Padrão oferecem uma
gama de possibilidades para os Comandantes de OM adaptarem as instruções
para suas tropas conforme suas necessidades.
2.9.3 É oportuno identificar as características das tropas para, respeitando-se a
individualidade do grupo, escolher o melhor método de instrução, o tempo ne-
cessário para se atingir os objetivos propostos e o padrão mínimo exigido.
2.9.4 Assim, o vínculo entre o Preparo e o Emprego é tão forte quanto estreito,
de tal sorte que os Comandos em todos os níveis tenham a confiança que es-
tão aptos a responder às demandas que recaem sobre a Força, no mais curto
prazo possível, o que, em síntese, caracteriza o conceito de Prontidão da Força
Terrestre.

2.10 OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO MILITAR


- No quadro de preparação da F Ter, a Instrução Militar, na sua principal e mais
genérica meta, deve participar da criação do instrumento terrestre de guerra
adequado à Nação Brasileira. Considerando os níveis de capacitação operacio-
nal buscados, esta meta desdobra-se em objetivos específicos:
2.10.1 HABILITAR PARA A RESERVA OS CONTINGENTES INCORPORADOS
2.10.1.1 É encargo anual que decorre do sistema de conscrição e da Lei do Ser-
viço Militar. Os conscritos incorporados devem ser transformados em soldados
e graduados mobilizáveis, isto é, capazes de serem integrados na estrutura de
emprego da F Ter, em caso de mobilização.
2.10.1.2 Nas OM Operacionais, este objetivo é buscado juntamente com o de
qualificar o pessoal temporário para ocupar os cargos que lhes correspondem
na OM. Reconstituindo seus efetivos devidamente qualificados, a Organização
ficará em condições de:
2.10.1.2.1 Promover a sua Preparação Orgânica, buscando a concretização de
sua operacionalidade.
2.10.1.2.2 Se necessário e por intermédio da prorrogação do tempo de serviço
militar inicial, desenvolver a sua Preparação Completa e, se for o caso, Específi-
ca, buscando níveis mais elevados de capacitação operacional.
2.10.2 APRIMORAR E MANTER ELEVADOS OS PADRÕES INDIVIDUAIS DOS
QUADROS
2.10.2.1 O Exército, constituído com base na conscrição, sem características de
força profissional, para manter-se na plataforma da operacionalidade, em condi-
ções de, quando necessário, buscar níveis mais elevados de capacitação opera-
cional, precisa de Quadros altamente profissionalizados.
2.10.2.2 A formação, o aperfeiçoamento, a especialização e a extensão de co-

2-9
SIMEB
nhecimentos dos quadros permanentes serão desenvolvidos no Sistema de En-
sino do Exército. O aprimoramento e a manutenção dos padrões individuais dos
quadros são objetivos que devem merecer toda a atenção da Instrução Militar
e estão no contexto do desenvolvimento do valor profissional do comandante.
2.10.3 PARTICIPAR DA OBTENÇÃO DO NÍVEL ADEQUADO DA CAPACITA-
ÇÃO OPERACIONAL DAS OM
- A Instrução Militar deverá promover, por meio do adestramento, a preparação
orgânica da OM, para possibilitar a concretização de sua operacionalidade. Gra-
dualmente, promoverá a preparação completa da OM, para o desenvolvimento
de sua eficiência operacional e, quando for o caso, a preparação específica, para
a obtenção do poder de combate.
2.10.4 PARTICIPAR DO DESENVOLVIMENTO E DA CONSOLIDAÇÃO DO VA-
LOR PROFISSIONAL DOS COMANDANTES EM TODOS OS NÍVEIS
2.10.4.1 O valor profissional dos Comandantes deverá ser desenvolvido por in-
termédio da Instrução Militar, que proporciona oportunidades, em todos os ní-
veis, para o exercício da ação de comando e a prática da liderança militar em
situações assemelhadas ao combate.
2.10.4.2 A liderança militar tem características e peculiaridades especiais e é in-
dispensável, tanto na paz quanto na guerra, devendo ser estabelecida em todos
os escalões, pois é o catalisador que impulsiona a OM para o cumprimento de
suas missões.
2.10.4.3 A liderança deve ser estabelecida e mantida nos tempos de paz e nor-
malidade, porque não se pode improvisá-la, nem se pode contar com aquela
surgida, por acaso, durante o combate (liderança emergente). É na F Ter, a
capacidade de um comandante, em qualquer nível, para exercer o comando
de seus subordinados, persuadindo-os à ação ou reação, impulsionando-os ou
revigorando o impulso de cada um no cumprimento do dever, desenvolvendo
entre eles o espirito de corpo, mantendo-os disciplinados e conservando-os, a
despeito de circunstâncias adversas, com moral elevado.
2.10.4.4 A Instrução Militar, se corretamente conduzida, pode constituir-se em
um notável vetor de desenvolvimento de lideranças.

LIDERANÇA MILITAR
A liderança militar consiste em um processo de influência interpessoal do líder militar sobre seus
liderados, na medida em que implica o estabelecimento de vínculos afetivos entre os indivíduos,
de modo a favorecer o logro dos objetivos da organização militar em uma dada situação.

2.10.5 DESENVOLVER E CONSOLIDAR O VALOR MORAL DA TROPA


- O valor moral da tropa, suporte da eficiência operacional e viga mestra do
poder de combate, deverá ser desenvolvido por intermédio de uma Instrução
2-10
SIMEB
Militar conduzida de maneira enérgica e consolidado pelo exercício da liderança
dos Comandantes, em todos os níveis, e da atuação na área afetiva de apren-
dizagem.

2.11 ESTRUTURA DO SISTEMA DE INSTRUÇÃO MILITAR


- Desdobramento do conceito de Instrução Militar
2.11.1 A INSTRUÇÃO INDIVIDUAL
2.11.1.1 Os quadros formados pelo Sistema de Ensino Militar são destinados às
OM onde deverão ocupar os cargos que lhes correspondam na estrutura opera-
cional e ainda promover a Instrução Militar.
2.11.1.2 A OM, com suas responsabilidades acrescidas pela preocupação de
manter estes quadros (particularmente o pessoal permanente) com elevado pa-
drão individual, terá também de preparar o pessoal temporário combatente que
recebe por força de conscrição ou de mobilização.
2.11.1.3 A ideia de qualificação dos temporários e todo o esforço complementar
para manter os quadros em adequado padrão profissional, define uma atividade
de ensino tecnicamente idêntica àquela que ocorre no DECEx. Por isto caracte-
riza esforços e dificuldades semelhantes e determina o primeiro desdobramento
do conceito genérico de Instrução Militar:

INSTRUÇÃO INDIVIDUAL
É a atividade fundamental do processo de formação que objetiva a habilitação do homem para o
desempenho das funções correspondentes aos cargos militares, tornando-os capaz de ser inte-
grado nos diversos agrupamentos que constituem a OM.

2.11.1.4 Com relação ao pessoal temporário, a preparação ocorre em dois ní-


veis:
2.11.1.4.1 Instrução Individual Básica (IIB), que visa preparar o combatente bá-
sico, isto é, o soldado ambientado e habilitado para iniciar a instrução de qualifi-
cação militar ou preparar o reservista de segunda categoria.
2.11.1.4.2 Instrução Individual de Qualificação (IIQ), que visa preparar o comba-
tente mobilizável, isto é, o cabo e soldado aptos a ocupar na OM cargos que lhes
correspondem ou preparar o reservista de primeira categoria.
2.11.2 O ADESTRAMENTO
2.11.2.1 Além dos problemas relacionados à formação do pessoal temporário,
deve ser criado, na tropa, o instrumento terrestre de guerra. A participação nesta
responsabilidade define um problema típico que corresponde à transformação
dos diversos agrupamentos que conformam a OM de emprego - com seus ho-
mens, equipamentos e armamentos - em elementos de combate.

2-11
SIMEB
2.11.2.2 Essa transformação, além da obtenção dos padrões coletivos de de-
sempenho, corresponde também a um esforço de integração social do grupo: de
ajustamento psicológico dos homens a seus superiores, companheiros e subor-
dinados; de obtenção de suportes coletivos, como o Espírito de Corpo, de forma-
ção do caráter coletivo, de acompanhamento e manutenção do moral individual
e de seus reflexos sobre o moral da tropa, tudo isto, finalmente, transcendendo
a simples cuidados técnicos-didáticos e representando o fundamental exercício
da Liderança Militar.
2.11.2.3 Sem essa ação concomitante não existirá o instrumento desejado, com
capacidade de executar uma atividade coletiva, revelando o desempenho ade-
quado a despeito das tensões e pressões que acompanham o combate. É vital
para o Exército, portanto, que o instrumento terrestre de guerra seja criado pela
imitação do combate.
2.11.2.4 Por representar uma tarefa técnico-didática específica, cuja complexi-
dade exige planejamento, direção e execução com acompanhamento e avalia-
ção de resultados segundo critérios especiais, a tarefa determina o segundo
desdobramento do conceito genérico de Instrução Militar.

ADESTRAMENTO
É a atividade final da instrução militar na tropa que objetiva a formação dos diversos agrupamen-
tos de homens, com seus equipamentos e armamentos (frações, subunidades, unidades e gran-
des unidades) para a eventualidade de emprego como instrumento de combate, ao qual estão
destinados por organização.

2.11.2.5 O adestramento, a partir de seu conceito, exige ainda considerações


particulares.
2.11.2.5.1 Quanto ao nível de execução
a) Adestramento Básico
- O universo de conhecimentos para a formação de soldados, graduados, oficiais
subalternos e, mesmo, capitães está contido nos três grupamentos de níveis
mais baixos (frações, subunidades e unidades). Além disto, a imitação do com-
bate nestes escalões não pode prescindir da participação da tropa, pois, sem
ela, haverá uma perda significativa em seus efeitos, podendo ser minimizado
com o emprego das simulações viva e virtual.

ADESTRAMENTO BÁSICO
É o adestramento que visa capacitar frações, subunidades e unidades, como um todo, ao empre-
go em operações de combate. O desempenho coletivo desejado é obtido através de exercícios
de campanha.

b) Adestramento Avançado

2-12
SIMEB
- O adestramento, a níveis de Grandes Unidades e comandos superiores, ca-
racteriza a combinação de emprego de unidades adestradas e a integração e
interrelacionamento de comandos e estados-maiores. Nesta atividade, é pos-
sível prescindir-se, eventualmente, da participação de tropa. O combate pode
ser imitado sem que tropas estejam necessariamente envolvidas, usando para
isso a simulação construtiva (Jogo de Guerra), Exercício de Posto de Comando,
exercício na carta etc.
- A natureza do adestramento e suas decorrências em termos de necessidades
de recursos financeiros, materiais e de áreas de instrução, determinam novo
conceito particular:

ADESTRAMENTO AVANÇADO
É o adestramento que visa capacitar as Grandes Unidades e Grandes Comandos como um todo
ao emprego em operações de combate. O desempenho coletivo desejado é obtido através de
exercícios de combinações de armas, quadros e serviços e de atividades de Comando e dos
Estados-Maiores.

2.11.2.5.2 Quanto à oportunidade de execução


a) Adestramento Anual
- O adestramento anual é aquele que se realiza em cada ano de instrução bus-
cando a concretização da operacionalidade da OM e procurando a continuidade
da experimentação e desenvolvimento da doutrina e o aprimoramento profissio-
nal dos quadros permanentes.
b) Adestramento de Mobilização e de Prorrogação do Tempo de Serviço Militar
Inicial
- É o adestramento subsequente à mobilização ou conduzido durante a prorroga-
ção do tempo de serviço inicial de um contingente incorporado, buscando níveis
de eficiência operacional mais elevados e, se necessário, a obtenção do poder
de combate para atender a uma necessidade operacional específica da Força
Terrestre.
2.11.2.5.3 Quanto à finalidade
a) Adestramento orientado para o material
- É aquele que, em qualquer nível, objetiva o desempenho coletivo eficaz de um
agrupamento em relação ao emprego de seu material orgânico (equipamento,
armamento, viatura etc.) e à execução adequada de suas atividades técnicas.
- A avaliação do desempenho coletivo está baseada, primordialmente, na opera-
ção eficiente do material ou na execução da atividade técnica, qualquer que seja
o terreno ou situação do inimigo.
b) Adestramento Tático
2-13
SIMEB
- É aquele que, em qualquer nível, objetiva o desempenho coletivo eficaz de um
agrupamento em relação aos seus procedimentos em combate e ao efeito tático
de suas ações.
- Diferentemente do adestramento orientado para o material, o adestramento
tático deve levar em conta a situação tática (missão, inimigo, terreno, meios etc.)
e de outros fatores externos (condições meteorológicas, ambiente operacional
etc.) que condicionam as operações.

2.12 DIREÇÃO DE INSTRUÇÃO


2.12.1 O Sistema de Instrução Militar está configurado aproveitando a própria
estrutura organizacional da Força Terrestre. Desse modo, as responsabilidades
em relação às atividades de instrução estão escalonadas ao longo da cadeia de
comando, desde o Grande Comando até a OM que é o escalão de execução,
por excelência.
2.12.2 Os Grandes Comandos e as Grandes Unidades executam, ainda, a orien-
tação, o acompanhamento e o controle das atividades de instrução. Esse contro-
le deverá ser feito de forma simples, sem onerar os escalões subordinados com
encargos burocráticos dispensáveis.
2.12.2.1 A orientação da instrução será feita por intermédio de diretrizes e reuni-
ões periódicas que, tratando dos assuntos como a instrução individual e o ades-
tramento, buscarão a homogeneidade de interpretação e o estabelecimento de
ênfases e esforços adequados.
2.12.2.2 O acompanhamento das diversas atividades e, fundamentalmente, a
avaliação dos resultados obtidos em todos os níveis com responsabilidades de-
finidas no planejamento e execução da instrução militar exigem uma progra-
mação de visitas e inspeções que, efetivamente, obtenha a correção de erros,
distorções e omissões.
2.12.3 Cabe-lhes, também, implementar ações que busquem a racionalização
e simplificação de procedimentos permitindo, em qualquer situação, atingir os
objetivos que caracterizam o adestramento.
2.12.4 A Direção de Instrução de uma OM é composta pelo comandante, seu
estado-maior e comandantes de subunidade e deverá planejar e executar a Ins-
trução Militar da OM, buscando atingir os objetivos impostos. O Comandante,
Chefe ou Diretor é o Diretor de Instrução da OM. Cabe-lhe, assessorado pelo
Chefe da 3ª Seção (S/3), orientar o planejamento e fiscalizar a execução da ins-
trução, corrigindo os erros e as distorções que porventura ocorram.

DIREÇÃO DE INSTRUÇÃO = Comandante + Of EM + Cmt SU

2.12.4.1 A coordenação da instrução na OM é conduzida pelo S/3 a fim de que

2-14
SIMEB
os objetivos sejam alcançados de forma harmônica, equilibrada e consentânea
com prazos, segurança e interesses conjunturais.
2.12.4.2 O comandante de subunidade é o responsável pela programação se-
manal e execução das atividades de instrução. Deve ser o chefe de uma equipe
de educadores, a qual, através de ação continua, do exemplo constante e do
devotamento à instrução, envidará todos os esforços necessários à consecução
dos objetivos de instrução e dos referentes aos atributos da área afetiva.

2.13 OBSERVAÇÕES DE CARÁTER GERAL


2.13.1 CAPACITAÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
- A efetividade da F Ter, como instrumento de combate, está baseada na capaci-
tação de suas tropas. Para uma tropa estar capacitada é preciso:
2.13.1.1 preparo físico-mental e espírito de corpo;
2.13.1.2 preparo profissional;
2.13.1.3 preparo logístico e organizacional; e
2.13.1.4 busca permanente da excelência operacional.
2.13.2 EXCELÊNCIA OPERACIONAL
- Uma tropa que, em face do perigo real, combate em cada centímetro do ter-
reno, nunca se amedronta com receios imaginários, é disciplinada, não perde a
confiança em seus chefes nem deixa de respeitá-los, conta com poderes físicos
fortalecidos pela privação e pelo exercício, conhece e segue seus princípios de
gestão e possui comandantes criativos, inovadores, ousados, perseverantes e
determinados, em todos os níveis, é uma tropa imbuída de excelência operacio-
nal.
2.13.3 PADRÃO DO COMBATENTE TERRESTRE
2.13.3.1 O princípio pelo qual se deve conduzir um exército é estabelecer um
padrão de preparo militar que todos devem atingir. Esse padrão será obtido ao
exigir dos combatentes elevados índices de conhecimento profissional, preparo
físico, preparo mental, abnegação, vontade de lutar, espírito de corpo, crença na
profissão e paixão pelo que realiza.
2.13.3.2 O Padrão do Combatente é um objetivo a atingir, em permanente desa-
fio a ser superado.
2.13.3.3 Os Comandantes Militares de Área deverão estabelecer e padronizar
procedimentos para controle e acompanhamento da obtenção do Padrão do
Combatente Terrestre, observado o ambiente operacional de atuação e as pecu-
liaridades das OM enquadradas.
2.13.4 LIDERANÇA MILITAR

2-15
SIMEB
- Com suas características e peculiaridades especiais, é indispensável, tanto na
paz como na guerra, devendo ser estabelecida e praticada em todos os esca-
lões, aproveitando-se, ao máximo, todas as atividades de instrução, com ênfase
para o Adestramento Básico, Marchas e Estacionamentos, TFM, Ordem Unida,
Patrulhas e Instrução Peculiar de Qualificação.
2.13.5 CULTURA MILITAR
2.13.5.1 As atividades culturais no âmbito do Exército devem ser direcionadas
para dar suporte à atividade fim, pois o desaparecimento do acervo ou o desin-
teresse pela cultura militar representam indiscutível risco para a preservação da
identidade da Instituição e do País, e, portanto, para a segurança nacional.
2.13.5.2 Para o cumprimento de sua missão constitucional, a Força necessi-
ta estar equipada, adestrada, motivada e coesa. As ações culturais devem ser
conduzidas para incidir favoravelmente sobre a motivação e união da tropa,
fortalecendo-as, e para consolidar a imagem da Instituição junto à população.
Os públicos interno e externo devem ser estimulados a conhecer os feitos da
História Militar Brasileira. Deve ser incentivado o culto aos símbolos da Pátria e
aos heróis nacionais.
2.13.5.3 Além das ações voltadas para a preservação do patrimônio cultural ma-
terial, devem ser planejadas e conduzidas atividades que preservem o patri-
mônio cultural imaterial, entendido o composto pelas tradições, a memória, os
valores morais, culturais e históricos, as datas cívicas memoráveis, os feitos e
as personalidades consagradas na História do Brasil, e outras manifestações da
cultura militar, dentre elas o linguajar, a música, e “causos” militares.
2.13.6 CERIMONIAL MILITAR
- Tem por objetivo desenvolver a disciplina, a coesão e o espírito de corpo, pela
execução de movimentos que exigem energia, precisão e marcialidade. As for-
maturas gerais permitem aos Comandantes, em todos os níveis, verificar a apre-
sentação de seus comandados e exercer liderança sobre eles.
2.13.7 SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO
- Deve ser obtido o mais alto índice de segurança na instrução (Prevenção de
Acidentes de Instrução), evitando-se, porém, que o excesso de zelo prejudique
a obtenção dos reflexos desejados.
2.13.8 ÉTICA PROFISSIONAL MILITAR
2.13.8.1 Os Comandantes, Chefes e Diretores, em todos os níveis e escalões da
hierarquia, deverão ministrar a todos os seus subordinados sessões de instrução
de Ética Profissional Militar.
2.13.8.2 A ética profissional militar, conforme expresso no Estatuto dos Militares,
deve ser debatida e exemplificada da forma mais direta e franca possível.

2-16
SIMEB
2.13.9 OUTRAS
2.13.9.1 Somente a fiel observância, em todos os níveis, das prescrições meto-
dológicas do SIMEB conduz à aquisição de habilidades e reflexos indispensá-
veis ao militar e ao adestramento dos diversos grupamentos.
2.13.9.2 A leitura dos manuais do Ministério da Defesa, do Exército Brasileiro e
dos PP é fundamental para o perfeito entendimento do SIMEB e para a confec-
ção de documentos relacionados com a Instrução Militar da Força Terrestre.

2-17
SIMEB

2-18
SIMEB
CAPÍTULO III
METODOLOGIA PARA A INSTRUÇÃO MILITAR

3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS


3.1.1 A instrução individual, que objetiva a preparação do combatente básico e
formação do combatente mobilizável, será orientada pelos seguintes fundamen-
tos metodológicos:
3.1.1.1 A instrução será voltada para o desempenho, fundamento para o qual o
instruendo é treinado executando tarefas relacionadas com as funções relativas
ao cargo que se destina, sob as condições específicas deste cargo e funções,
previstos nas respectivas Bases Doutrinárias, até que demonstre o nível de ha-
bilidade estabelecido pelos padrões mínimos exigidos.
3.1.1.2 O caráter prático da instrução, como forma de orientá-la na direção do
desempenho individual desejado.
3.1.1.3 A mentalidade coletiva militar desenvolvida adequadamente nos diferen-
tes agrupamentos, como embasamento para consolidação da Força Terrestre.
3.1.1.4 A racionalização do emprego do tempo disponível, como forma de obter
rapidez e flexibilidade na condução da instrução.
3.1.1.5 Preservação dos agrupamentos constituídos da OM, como meio de pro-
porcionar condições para a criação dos suportes coletivos.
3.1.2 A instrução individual deverá ser orientada para o desempenho em com-
bate. O desempenho do combatente se caracteriza pelo resultado das ações
realizadas na execução das tarefas ligadas a sua missão. O bom desempenho
deverá ser buscado e avaliado pela instrução militar conduzida para objetivos
claramente definidos, em conformidade com as possibilidades de emprego.

3.2 PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO MILITAR


3.2.1 A forma de impulsionar a instrução, mediante a perseguição de objetivos
definido no âmbito de sua execução funcional prática, caracteriza a metodologia
que se aplica à instrução individual e expressa no conteúdo dos Programas-
-Padrão, e outros/eventuais documentos regulatórios.
3.2.2 O método empregado na produção dos programas-padrão de instrução
militar pode ser resumido na caracterização de suas principais etapas de elabo-
ração:
3.2.2.1 Exame e descrição meticulosa de cada cargo militar, considerando os
respectivos QCP.

3-1
SIMEB
- Questionários e entrevistas com o pessoal militar especialista nos diversos
assuntos a fim de proporcionar a obtenção de uma descrição real para cada car-
go militar, expressando todas as atividades e responsabilidades do combatente
para desempenhar as funções de seu cargo, em quaisquer situações.
3.2.2.2 Determinação do universo de conhecimentos correspondente a cada car-
go descrito, com base em capacidades
- Os conhecimentos indispensáveis a cada cargo devem ser arrolados em fun-
ção de sua descrição, o que assegura objetividade, evita lacunas e elimina os
conhecimentos desnecessários ou dispensáveis.
3.2.2.3 Nucleamento dos conhecimentos
- Através de um estudo analítico, devem ser determinados os núcleos de integra-
ção dos conhecimentos necessários, desdobrando-se em assuntos que, por sua
vez, são ordenados em matérias.
3.2.2.4 Estabelecimento das ações terminais
- As ações terminais são tarefas que, realizadas corretamente pelo combatente,
caracterizam o desempenho individual adequado nas atividades e responsabi-
lidades do cargo que deverá ocupar. A partir destas tarefas, podem ser defini-
dos os Objetivos Individuais de Instrução (OII) que constituem os critérios de
acionamento da atividade ensino-aprendizagem e resumem a própria essência
metodológica da Instrução Individual.

3.3 DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS INDIVIDUAIS DE INSTRUÇÃO (OII)


3.3.1 Os OII relacionados aos CONHECIMENTOS (área cognitiva) e HABILIDA-
DES (área psicomotora) correspondem aos comportamentos que o instruendo
deve exibir como resultado do processo ensino-aprendizagem a que foi sub-
metido. Os OII referentes a estas áreas são definidos para cada assunto (ou
conjunto limitado de assuntos afins), expressando um comportamento terminal
identificado por três elementos:

TAREFA A SER
TAREFA SER
EXECUTADA
EXECUTADA

OII
OII CONDIÇÕES DE
CONDIÇÕES DE
EXECUÇÃO
EXECUÇÃO

PADRÃO MÍNIMO
PADRÃO MÍNIMO

3.3.2 Os OII relacionados a ATITUDES (área afetiva) correspondem aos atri-

3-2
SIMEB
butos a serem exibidos pelos instruendos independentemente de assuntos ou
matérias ministradas. Os OII referentes à área afetiva são definidos para cada
atributo, expressando a manifestação de valores julgados importantes para o
Exército Brasileiro, identificada por três elementos:

- A atuação na área afetiva está relacionada com o Objetivo Parcial Formação do


Caráter Militar (FC) e será tratado nos próximos parágrafos.

3.4 ELEMENTOS DE DEFINIÇÃO DO OII (ÁREAS COGNITIVA E PSICOMO-


TORA)
- A instrução desenvolvida com o fim de preparar pessoal para ocupar cargos
militares e, consequentemente, para o desempenho das funções que lhes são
inerentes, exige que os OII sejam relacionados com os requisitos necessários ao
exercício destas funções.
3.4.1 TAREFA
3.4.1.1 A tarefa sintetiza a aplicação prática de conhecimentos e habilidades
que coloca o instruendo próximo do que lhe seria exigido em combate ou em
situações de vida militar. O que implica, dentre outras tarefas, em treinamento
físico militar.
3.4.1.2 Como elemento orientador, expressa o padrão-mínimo que o instruendo
deve adquirir durante a instrução.
3.4.1.3 Como elemento de verificação de desempenho, é a indicação precisa do
que o instruendo deve ser capaz de fazer ao término da atividade de instrução.
3.4.1.4 Como o OII deve caracterizar um comportamento terminal, a tarefa que
nele se insere será a resposta à pergunta: “Afinal, nesta determinada área de
aprendizagem, o que o instruendo necessita saber fazer? Quais as tarefas es-
senciais que realmente necessitará cumprir?”
3.4.2 CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO
3.4.2.1 As condições de execução indicam as circunstâncias em que a tarefa
deve ser executada para que esta se aproxime do realismo, que ocorre em com-
3-3
SIMEB
bate ou em uma situação da vida militar.
3.4.2.2 É por excelência um elemento de orientação. Os condutores da instru-
ção, instrutores e monitores, deverão interpretá-los e aplicá-los com objetividade
e realismo. Sempre que possível, deverão buscar a execução em ambiente si-
mulado.
3.4.3 PADRÃO MÍNIMO
3.4.3.1 O padrão mínimo, ou padrões mínimos, sintetiza o que terá de ser exigi-
do do instruendo para que fiquem caracterizados os conhecimentos, habilidades
e destrezas mínimas necessárias para o combatente.
3.4.3.2 Como elemento de orientação, é a indicação do quão bem o instruendo
deverá executar tarefas. Como elemento de verificação, é o critério de avaliação
do desempenho individual.

3.5 OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS


3.5.1 A simplicidade de certos assuntos e do respectivo OII permite que o pro-
cesso ensino-aprendizagem empregado no seu desenvolvimento alcance dire-
tamente o desempenho individual desejado. Outros assuntos, porém, envolvem
um complexo de conhecimentos, habilidades e destrezas que exigem desen-
volvimento parcelado. Outros assuntos, ainda, compreendem conhecimentos,
habilidades e destrezas que só poderão ser plenamente desenvolvidos através
de uma prática progressiva. Os OII relativos a estes assuntos não podem ser
imediatamente atingidos, senão através da consecução de objetivos intermediá-
rios que constituem passos, em termos de aprendizagem, para que o instruendo
seja capaz de alcançar os padrões de desempenho estabelecidos.
3.5.2 O Objetivo Intermediário é estabelecido para a programação, preparação
e orientação da instrução necessária para conduzir os instruendos em direção
a determinado OII. Os Programas-Padrão apresentam alguns objetivos inter-
mediários como sugestão. O instrutor da matéria ou chefe da instrução é parte
fundamental na determinação de objetivos intermediários para melhor orientar a
instrução.
3.5.3 Os objetivos intermediários são, frequentemente, necessários para dar res-
posta sobre “o quê” e “como” ensinar em cada sessão de instrução. Deverão
definir uma tarefa singular, elementar e simples e podem conter condições de
execução e padrão de desempenho como os OII.
3.5.4 O processo de definição dos Objetivos Intermediários, sempre orientados
para o OII, resulta de um estudo e interpretação da matéria, do assunto e do
próprio OII:
3.5.4.1 análise da matéria propriamente dita e de outras matérias que permitam
integração;

3-4
SIMEB
3.5.4.2 análise do assunto a que se refere o OII;
3.5.4.3 análise do OII;
3.5.4.4 subsídios fornecidos pelos Objetivos Intermediários sugeridos no PP;
3.5.4.5 experiência profissional do instrutores e do responsável pela Grupamen-
to de instrução; e
3.5.4.6 bibliografia disponível.

3.6 CARACTERÍSTICAS
- A instrução voltada para o desempenho é uma instrução por objetivos, estes
definidos por tarefas que caracterizam o desempenho adequado para o exercí-
cio das competências relacionadas às das funções de um cargo previamente
descrito.
3.6.1 OBJETIVOS GERAIS DA INSTRUÇÃO INDIVIDUAL
- São objetivos que devem ser atingidos ao final de cada fase do período de ins-
trução individual. Definem o coroamento da instrução individual:
3.6.1.1 Preparar o combatente básico; e
3.6.1.2 Formar o combatente mobilizável.
3.6.2 OBJETIVOS PARCIAIS
3.6.2.1 São objetivos definidos por áreas do processo ensino-aprendizagem
(cognitiva, psicomotora) e pela natureza didática dos assuntos. A consecução do
conjunto de objetivos parciais caracteriza a concretização dos objetivos gerais.
3.6.2.2 Note-se que os objetivos parciais não são objetivos de matéria, mas re-
lacionam-se com conjuntos de assuntos que se integram em uma de mesma na-
tureza didática. A matéria é a ordenação de assuntos afins, independentemente
de sua natureza didática.

3-5
SIMEB
3.6.3 OBJETIVOS DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL (OII)
- O OII define o desempenho individual desejado e está relacionado a um assun-
to ou conjunto limitado de assuntos afins. Caracteriza um comportamento termi-
nal. A realização de cada OII contribuirá para a consecução de um determinado
objetivo parcial.
3.6.4 OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS
3.6.4.1 Os objetivos intermediários definem tarefas singulares, elementares e
simples, constituindo, em termos de aprendizagem, passos para que o instruen-
do seja capaz de alcançar os padrões de desempenho estabelecidos nos OII.
Um ou alguns poucos objetivos intermediários constituirão os objetivos de uma
sessão de instrução, orientando, deste modo, a programação de um determina-
do assunto.
3.6.4.2 Embora as sessões de instrução estejam relacionadas com um ou mais
objetivos intermediários, é importante que, em todas elas, fique bem claro e evi-
dente o OII ao qual a sessão de instrução se relaciona.
3.6.5 INSTRUÇÃO CENTRADA NO INSTRUENDO
3.6.5.1 Na instrução orientada para o desempenho, os instruendos praticam ta-
refas relacionadas com as funções relativas ao cargo a que se destina, sob as
condições específicas destes cargos e funções até que demonstrem o nível de
habilidade estabelecido pelos padrões mínimos exigidos.
3.6.5.2 A importância da instrução está na obtenção do desempenho do instruen-
do e não, propriamente, no esforço do instrutor em ministrá-la.

3-6
SIMEB

3-7
SIMEB
3.7 O CARÁTER PRÁTICO DA INSTRUÇÃO
3.7.1 CONCEPÇÃO
3.7.1.1 O combatente é um executante de tarefas e deve aprender a fazê-las
bem e com desembaraço. A preocupação com o desempenho conduz, necessa-
riamente, à utilização de demonstrações iniciais e à apresentação ao instruendo
de situações em que ele aprenda fazendo. Os aspectos cognitivos de aprendi-
zagem devem ser suportes para a obtenção de resultados predominantemente
psicomotores ou de aplicação prática de conhecimentos.
3.7.1.2 A instrução orientada para o desempenho aciona o instruendo e volta-se
centrada para ele, dando-lhe o tempo e o apoio que necessita para aprender.
Como decorrência da ênfase dada ao “aprender fazendo”, o instrutor tem condi-
ções de acompanhar continuamente a aprendizagem daqueles que estão sendo
instruídos e, consequentemente, pode dar eficiência à instrução. Isto reduz a
necessidade de esperar pelos resultados de uma verificação final. Em razão da
natureza ativa da instrução, os instruendos também recebem um vigoroso fluxo
de indicações de como estão progredindo.
3.7.2 ORIENTAÇÃO PARA A INSTRUÇÃO PRÁTICA
3.7.2.1 Na instrução orientada para o desempenho, as palestras só são utilizadas
quando indispensáveis - A maior parte do tempo deverá ser dedicada ao que se
pode chamar de prática controlada de uma tarefa. As palestras devem ser curtas
e sempre seguidas de aplicação prática. Tal procedimento é a garantia de que
os instruendos serão capazes de realizar as tarefas exigidas em suas missões.
3.7.2.2 A instrução deve ser desenvolvida em ambiente simulado, semelhante
àquele em que será exigido o exercício das funções de cada cargo militar - Os
OII contêm as indicações básicas para identificação do ambiente adequado. As
condições de execução dos objetivos intermediários deverão descrever de ma-
neira objetiva, o ambiente dentro do qual a instrução deverá desenvolver-se (ca-
racterísticas locais ou de terreno, oportunidade, situação, duração, presença de
ações adversas, grau de complexidade das ações etc.).
3.7.2.3 O instruendo deve manipular e operar os equipamentos reais, sempre
que possível - Os simuladores, simulacros e outros meios auxiliares são recur-
sos eficientes e econômicos para iniciá-lo e desenvolver suas habilidades e
destrezas. Seu desempenho, porém, só poderá ser objetivamente avaliado em
condições materialmente caracterizadas.
3.7.2.4 As habilidades só serão assimiladas e consolidadas pela prática repetiti-
va de tarefas específicas, isto é, pelo treinamento - O desempenho será eviden-
ciado não apenas pelo saber fazer, mas pelos reflexos adquiridos e pelo desem-
baraço em fazer as coisas. A alma da profissionalização é a perícia.
3.7.2.5 Cada sessão de instrução não deve constituir-se numa atividade estan-

3-8
SIMEB
que, limitada a um assunto determinado e apenas voltada para seus objetivos
específicos - Deverá ser uma oportunidade para aplicação de conhecimentos,
habilidades e destrezas desenvolvidas em sessões anteriores, promovendo a
integração e consolidação da Aprendizagem.

3.8 DESENVOLVIMENTO DA MENTALIDADE COLETIVA MILITAR


3.8.1 CONCEPÇÃO

MENTALIDADE COLETIVA
É o conjunto de procedimentos de determinado agrupamento de militares, considerados em seus
postos e graduações, que, em face da atividade profissional comum que exercem e da imposição
de sua correta execução, se traduz por formas adequadas de pensar, de julgar e de agir.

- O desenvolvimento da mentalidade coletiva militar situa-se num contexto da


área afetiva e exige um tratamento muito especial. Nesse sentido, o planejamen-
to e a execução da instrução individual deverão proporcionar a oportunidade e
assegurar as condições para a obtenção de resultados importantes neste cam-
po.
3.8.2 ASPECTOS FUNDAMENTAIS
- Na atividade de instrução, deverão ser desenvolvidos, de modo particular, os
seguintes aspectos que conformam a mentalidade coletiva militar:
3.8.2.1 Espírito de Arma, Quadro ou Serviço - proporcionando o desenvolvimen-
to máximo das características que devam possuir no combate moderno, como
elementos de emprego, como elementos de apoio ao combate ou como elemen-
tos de apoio logístico, enfatizando as boas práticas, os valores e as tradições.
3.8.2.1.1 Nas unidades de Arma Base, a consciência de cumprimento da missão,
custe o que custar.
3.8.2.1.2 Nas unidades mecanizadas e blindadas, a consciência de que o veícu-
lo que as equipam constituem o instrumento essencial para o cumprimento das
missões para as quais estão constituídas.
3.8.2.1.3 Nas unidades paraquedistas, o espírito de corpo que capacite o com-
batente à ação individual eficiente quando submetido às grandes pressões exis-
tentes no campo de batalha, entre o lançamento e a reorganização.
3.8.2.1.4 Nas unidades de selva, o espírito de corpo que capacite o combatente
a enfrentar os problemas de operações altamente descentralizadas sob as con-
dições hostis do ambiente operacional de selva.
3.8.2.1.5 Nas unidades de apoio ao combate, a convicção de que o êxito na ba-
talha depende da responsável meticulosidade, precisão e oportunidade do apoio
prestado e a necessidade de transmitir ao elemento apoiado um elevado grau de

3-9
SIMEB
confiança no apoio que lhe é proporcionado.
3.8.2.1.6 Nas unidades logísticas, o espírito de prestação de serviços, corres-
pondendo ao orgulho de prestá-lo, a resiliência e com alta qualidade técnica, a
despeito das dificuldades existentes e do esforço que representam.
3.8.2.2 Mentalidade de comunicações - a partir da consciência da necessidade
de manter as ligações a todo custo e proporcionar consciência situacional aos
comandantes.
3.8.2.3 Mentalidade de manutenção - criando rotinas e demais reflexos em todos
os níveis, necessários para a permanente disponibilidade de qualquer tipo de
material.

3.9 EMPREGO DO TEMPO DISPONÍVEL


3.9.1 CONCEPÇÃO
3.9.1.1 Na instrução convencional, a extensão do assunto a ser ministrado é
determinada em relação ao que o instrutor pode apresentar em um período de
tempo previamente estabelecido.
3.9.1.2 Inversamente, na instrução orientada para o desempenho, o tempo ne-
cessário é determinado em relação à extensão do assunto e do número e com-
plexidade dos objetivos intermediários estabelecidos para que seja atingido o OII
que se tenha em vista.
3.9.1.3 Conclusivamente, o que importa é o desempenho e não o maior ou me-
nor número de horas consumido ou destinado à atividade de instrução. No pro-
cesso ensino-aprendizagem, o tempo não é fator de avaliação de seu rendimen-
to. É importante que se verifique os pontos onde há a possibilidade de haver
sobreposição de esforços, com consequente perda de tempo.
3.9.2 RACIONALIZAÇÃO DO EMPREGO DO TEMPO DISPONÍVEL
3.9.2.1 Os programas-padrão apresentam uma estimativa de carga horária por
matéria, cabendo à direção de instrução da OM distribuí-la pelos diversos assun-
tos. As previsões de cargas horárias poderão ser modificadas tendo em vista os
recursos disponíveis na OM, as características e a capacidade de aprendizagem
do instruendo, bem como outros fatores que, porventura, possam interferir no
desenvolvimento da instrução.
3.9.2.2 Na previsão do tempo necessário para a concretização dos OII deve-se
conservar a flexibilidade que permita:
3.9.2.2.1 Atingir os objetivos com rapidez, mas sem prejuízo do desempenho
desejado. Os instruendos que rapidamente atingirem um determinado objetivo
de instrução podem ser empregados como monitores para ajudar os retardatá-
rios (o que é uma forma de instrução sob “monitoria”) ou continuar seu próprio

3-10
SIMEB
aperfeiçoamento em outras áreas.
3.9.2.2.2 Reprogramar ou complementar a instrução para garantir a consecução
dos objetivos não atingidos nos prazos inicialmente estimados, mesmo antes
das semanas previstas para eventuais recuperações de instruções.
3.9.2.2.3 A importância da instrução está no desempenho do instruendo e não,
propriamente, no número de horas destinado ou consumido em sua execução.

3.10 PRESERVAÇÃO DOS AGRUPAMENTOS OPERACIONAIS CONSTITUI-


DOS
3.10.1 GRUPAMENTOS DE INSTRUÇÃO
- Um grupamento de instrução corresponde ao conjunto de instruendos que es-
tão sendo formados para o exercício dos mesmos cargos militares ou cargos
correlatos ou afins.
- Os instruendos de cada grupamento de instrução são submetidos às mesmas
atividades e perseguem os mesmos OII no universo das mesmas matérias e
assuntos.
- Cada grupamento de instrução pode ser organizado em uma ou diversas “es-
colas” ou “turmas” de acordo com o seu efetivo e conveniência da execução da
instrução.
- Determinados grupamentos de instrução poderão ter suas atividades centrali-
zadas em uma determinada subunidade. Outros serão descentralizados, sendo
a instrução conduzida no âmbito das subunidades e frações.
3.10.1.1 A Instrução Individual Básica (IIB) se desenvolve em um só grupamento
de instrução, isto é, todos os soldados perseguem os mesmos OII das mesmas
matérias e assuntos, embora a instrução se desenrole no âmbito das subunida-
des e frações.
3.10.1.2 Na Instrução Individual de Qualificação (IIQ), tanto quanto possível, as
matérias necessárias à formação de cabos e soldados para ocuparem cargos
afins são reunidos de modo a permitir que a instrução possa ser programada
para cada grupamento de instruendos que, posteriormente, serão designados
para o exercício de funções correlatas. Estas são as matérias relativas à “instru-
ção peculiar” de um grupamento de instrução específico. A “instrução comum”
abrange matérias que serão ministradas indistintamente a todos os grupamentos
de instrução.
3.10.1.3 Em cada OM, serão organizados tantos grupamentos de instrução
quantos necessários para atender os seus encargos de formação de cabos e
soldados para ocuparem os cargos previstos na organização e, eventualmente,
para os de outras OM, conforme determinado pelo escalão superior.

3-11
SIMEB
3.10.2 ESTRUTURA DE INSTRUÇÃO E ESTRUTURA OPERACIONAL
- A instrução individual será conduzida no âmbito da Organização Militar, cuja
estrutura está voltada para operações militares e, portanto, não configurada para
qualquer atividade que promova a aprendizagem. Este fato exige a conciliação
de duas necessidades:
3.10.2.1 Organizar a estrutura de execução da instrução sobre a estrutura ope-
racional da OM, realizando as adaptações indispensáveis; e
3.10.2.2 Impedir que a estrutura de instrução descaracterize a estrutura opera-
cional da OM.
3.10.2.2.1 A Estrutura de Instrução
a) A Direção de Instrução
- A direção de instrução é exercida pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OM,
assessorado pelo S3 e auxiliado pelos Cmt SU pelos demais oficiais do seu
Estado-Maior.
b) Escolas de Instrução
- As subunidades e Curso de Formação de Cabos (CFC) e estágios constituem
escolas de instrução. Cada escola de instrução tem a responsabilidade de exe-
cutar a instrução relativa a um ou mais grupamentos de instrução. Os grupamen-
tos de instrução de grandes efetivos poderão ser repartidos por mais de uma
escola de instrução.
c) Turmas de Instrução
- São constituídas por um número adequado de instruendos de um mesmo gru-
pamento de instrução, reunidos para a atividade ensino-aprendizagem. Reco-
menda-se que o efetivo não ultrapasse o valor de um pelotão.
3.10.2.2.2 Preservação da estrutura operacional
a) Em princípio, as turmas de instrução deverão corresponder às frações orgâni-
cas das subunidades, preservando os agrupamentos constituídos da OM, como
meio de proporcionar condições para criação dos suportes coletivos desde a
execução da instrução individual. Cada escola de instrução deve conduzir a ins-
trução de seus próprios elementos, salvo daqueles pertencentes a determinados
grupamentos de instrução que, por conveniência, serão reunidos em turmas de
outras subunidades.
b) Por ocasião da incorporação de um contingente, o comando da OM deverá ter
a preocupação de mobiliar provisoriamente os cargos vagos de acordo com as
habilitações e aptidões dos recrutas identificadas pelo sistema de recrutamento
e seleção do Exército. Esta providência preliminar atenderá a duas finalidades
fundamentais:

3-12
SIMEB
1) imediata reconstituição das frações e subunidades orgânicas através da orde-
nação do pessoal incorporado; e
2) composição dos grupamentos de instrução para a execução da IIQ.
c) Na fase da IIB, o recruta será acompanhado pela equipe de instrução visando:
1) confirmar as habilitações e aptidões para o cargo a que, inicialmente, se pre-
tende destiná-lo; e
2) observar os candidatos potenciais para o CFC, considerando, particularmen-
te, os atributos Responsabilidade, Iniciativa e Liderança.
3.10.2.3 Em função deste acompanhamento, reajustamentos deverão ser reali-
zados, deslocando-se os recrutas para os cargos em que cujo exercício revela-
rem maior aptidão.
3.10.2.3.1 Ao final da IIB, os grupamentos de instrução já estarão constituídos,
de modo tão definitivo quanto possível, para início da IIQ.
3.10.2.3.2 Na fase da IIQ, o processo de acompanhamento do recruta terá pros-
seguimento nas subunidades e no CFC, com base no controle da consecução
dos OII.
3.10.2.3.3 Eventuais reajustamentos poderão ainda ser realizados de modo que,
ao fim do período de instrução individual, o recruta possa ser qualificado coeren-
temente com suas aptidões e desempenho. Neste instante, o comando da OM
poderá designar definitivamente o combatente para o exercício de determinado
cargo, estruturando a organização para iniciar seu adestramento.
3.10.2.4 A formação do pessoal para cargos exercidos no âmbito de uma guar-
nição, equipe ou grupo exige um tipo de treinamento que se reveste de caracte-
rísticas especiais e deve atender aos seguintes pressupostos:
3.10.2.4.1 tornar o instruendo capaz de executar, individualmente, as atividades
diretamente relacionadas as suas funções dentro da guarnição, equipe ou grupo;
3.10.2.4.2 tornar o instruendo capaz de integrar a guarnição, equipe ou grupo,
capacitando-o a realizar as suas atividades funcionais em conjunto com os de-
mais integrantes destes agrupamentos; e
3.10.2.4.3 possibilitar ao instruendo condições de substituir, temporariamente,
quaisquer componentes da guarnição, da equipe e do grupo.

3-13
SIMEB

3-14
SIMEB
3.11 PLANEJAMENTO DA INSTRUÇÃO MILITAR
3.11.1 PLANEJAMENTO NO ÂMBITO DA OM
3.11.1.1 Generalidades
- O planejamento da Instrução Militar é responsabilidade da Direção de Instrução
da Organização Militar, e será desenvolvido levando em consideração as seguin-
tes condicionantes:
3.11.1.1.1 Diretrizes do Escalão Superior
- Normalmente expressarão:
a) prazos para atingir determinados objetivos; e
b) ênfases em determinados objetivos.
3.11.1.1.2 Características e peculiaridades da OM
3.11.1.1.3 Recursos Disponíveis:
- instrutores e monitores;
- áreas e instalações de instrução;
- meios auxiliares de instrução;
- recursos financeiros, munição e combustíveis; e
- outros recursos.
3.11.1.1.4 Restrições e Limitações
3.11.1.1.5 Tempo disponível
3.11.1.2 Programa de Instrução Individual
3.11.1.2.1 Além dos programas referentes à IIQ e IIQ, a Direção de Instrução ela-
borará o Programa de Instrução de Quadros. Eventualmente, a OM poderá ter o
encargo de executar determinados Estágios, para os quais elaborará programas
de instrução específicos.
3.11.1.2.2 Os Programas de Instrução deverão ser documentos sintéticos, con-
tendo apenas os principais aspectos que orientarão a Instrução Individual:
a) seleção dos OII a serem trabalhados (se for o caso);
b) orientação quanto à interpretação de OII (se for o caso);
c) quadro de desenvolvimento da instrução; e
d) condições gerais de execução.
3.11.1.3 Seleção dos OII
- Os OII são marcos para os quais deve ser orientada a instrução individual.
3-15
SIMEB
Assim a programação da instrução deverá ser feita em termos de OII, indicados
numa sequência lógica.
3.11.1.3.1 Na IIQ, todos os OII constantes do PPB/2 (PREPARAÇÃO DO COM-
BATENTE BÁSICO) deverão ser trabalhados; isto é, todos deverão ser atingidos
pelo instruendo. A Direção de Instrução fará uma criteriosa seleção dos OII a
serem trabalhados, elegendo aqueles que mais nitidamente caracterizem o com-
portamento terminal (ou comportamentos terminais) que deve corresponder a
cada assunto ou conjunto limitado de assuntos afins.

O comportamento terminal expressa o conhecimento aplicado, habilidade, destreza


ou atitude que o instruendo, afinal, deve evidenciar para caracterizar um desempenho
individual necessário para o exercício de determinado cargo militar.

- Os OII que a Direção de Instrução não considerar como terminais serão utiliza-
dos como objetivos intermediários, pelos instrutores.
3.11.1.3.2 A Direção de Instrução poderá, quando julgar imprescindível, intro-
duzir modificações nos elementos de definição dos OII selecionados, a fim de
aprimorá-los e melhor atender às características e peculiaridades da OM.
- Eventualmente, também poder-se-á definir um OII diferente daqueles contidos
nos PP, se considerá-lo como relacionado com um comportamento terminal im-
portante para o exercício do cargo militar.
3.11.1.3.3 Quando não houver programa-padrão específico para orientar a exe-
cução de determinadas atividades de instrução (instrução de quadros, estágios
etc.), os OII deverão ser criteriosamente definidos pela Direção de Instrução
responsável por sua programação.
3.11.1.3.4 Orientação quanto à interpretação dos OII
a) A interpretação dos OII, em princípio, deve ser realizada no nível Escola de
Instrução (Comandante de Subunidade, Diretor de CFC e Estágios).
b) Caso a Direção de Instrução julgue necessário, os Programas de Instrução
poderão conter orientações quanto à interpretação de determinados OII, definin-
do assim:
1) os Objetivos Intermediários que deverão ser alcançados;
2) o Processo de Instrução mais adequado; e
3) a carga horária necessária para alcançar os objetivos intermediários levanta-
dos, e os respectivos OII.
3.11.1.3.5 Quadro de Desenvolvimento da Instrução
a) O Quadro de Desenvolvimento da Instrução regula a progressão da instrução,
consubstanciando sua programação geral. Basicamente, é um cronograma de
3-16
SIMEB
concretização dos OII, orientando os Comandantes de Subunidades e Diretor do
CFC para o planejamento da instrução no nível Escola de Instrução, e elabora-
ção da programação semanal.
b) Para cada fase do período de instrução individual e para cada grupamento
de instrução deverá ser elaborado um quadro. Na sua elaboração deverão ser
levados em conta os seguintes fatores:
1) imposições e condições de execução estabelecidas pelo escalão superior em
suas diretrizes;
2) sequência lógica de concretização dos OII;
3) prazos necessários ou impostos para concretização de determinados OII;
4) tempo disponível;
5) características e peculiaridades da OM;
6) coordenação com a programação de outros grupamentos de instrução; e
7) Atividades diversas relacionadas ou não com a instrução:
- tempo para recuperação da instrução;
- atividades administrativas;
- serviços de escala;
- encargos diversos, formaturas, solenidades etc.; e
- feriados.
c) Na programação da fase, a Direção de Instrução deverá antecipar todos os
fatores que possam interferir na sua execução, de tal modo que o quadro de
desenvolvimento da instrução represente um planejamento exequível e flexível
para fazer face a eventuais óbices.

3-17
SIMEB

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3.11.1.3.6 Condições Gerais de Execução
a) O Programa de Instrução Individual (da IIQ, IIQ, CFC, Instrução de Quadros
ou Estágio) deverá regular as condições gerais de sua execução, estabelecen-
do, normalmente:
b) Organização dos grupamentos de instrução e responsabilidades das escolas
de instrução (Subunidades e CFC).
c) Regime de Trabalho:
1) horário de instrução;
2) duração dos tempos de instrução; e
3) tempos de instrução destinados a determinadas atividades.
c) Prescrições Diversas.
3.11.1.3.7 A Diretriz Semanal de Instrução (DSI).
a) A DSI é um documento baixado pela Direção de Instrução da OM, regulando:
1) distribuição de meios;
2) designação de locais e áreas de instrução;
3) condições particulares de execução; e
4) atividades diversas.
b) A DSI poderá ser substituída por documento cobrindo período maior (Quinze-
nal, Mensal) e, se desnecessário, poderá não ser elaborado.
3.11.2 PLANEJAMENTO NO ÂMBITO DA SUBUNIDADE
3.11.2.1 Generalidades
3.11.2.1.1 Cabe ao Diretor da Escola de Instrução, (Cmt SU, Diretor do CFC,
Diretor de Estágios etc.) garantir a eficiência da instrução ministrada, para as
turmas de instrução sob a sua responsabilidade. Para tal, deverá, em princípio,
interpretar os OII determinados pelo Programa de Instrução da OM, e estabe-
lecidos nos respectivos Programas-Padrão, para os instrutores e monitores que
lhe são subordinados.
3.11.2.1.2 Esta tarefa, sempre que possível, deverá ser realizada, aproveitando-
-se a experiência do instrutor da matéria, o qual deverá assessorar conveniente-
mente seu Cmt SU ou Diretor de CFC quando da interpretação dos OII.
3.11.2.1.3 Cabe ainda à direção da Escola de Instrução a responsabilidade pela
programação semanal.
3.11.2.2 Interpretação dos OII
3.11.2.2.1 A interpretação dos OII deverá ser realizada, em termos gerais, antes
3-20
SIMEB
do início da fase, quando do recebimento do Programa de Instrução da Unidade
e em detalhes, quando da elaboração da Programação Semanal pela direção
da Escola de Instrução. A interpretação em detalhes poderá ser delegada ao
instrutor da matéria.
3.11.2.2.2 A interpretação dos OII contidos nos Programas-Padrão é realizada
pela análise dos elementos que os caracterizam (tarefas, condições, padrões
mínimos), da matéria e dos assuntos a ele relacionados, concluindo pelos se-
guintes aspectos:
a) processo(s) de instrução mais adequado(s) para atingir cada OII com o máxi-
mo de eficiência;
b) necessidade ou não de estabelecer objetivos intermediários; e
c) determinação da carga horária necessária para atingir cada OII.
3.11.2.3 Identificação dos objetivos intermediários
3.11.2.3.1 Para cada OII selecionado, poderá ser necessário, ou não, estabele-
cer objetivos intermediários para melhor atingir o OII. Os OII indicados nos PP
que não tenham sido selecionados serão considerados objetivos intermediários.
3.11.2.3.2 Os objetivos intermediários, quando estabelecidos, deverão ser or-
ganizados dentro de uma sequência lógica e progressiva, identificando aqueles
que são pré-requisitos de outros. Ver exemplo na página 3-22. Os objetivos in-
termediários poderão constituir-se em objetivos de cada sessão de instrução que
deverá ser programada para levar o instruendo ao OII.

3-21
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3-23
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3.11.2.3.3 A última sessão de instrução programada terá normalmente por obje-
tivo, verificar o desempenho do instruendo em termos de realização do padrão
mínimo definido no OII.
3.11.2.3.4 Alguns OII poderão ser verificados no desenvolvimento da instrução,
dispensando a programação de uma sessão especial. Outros OII serão verifica-
dos através da conduta e procedimento do instruendo em diferentes situações
como definidas no próprio OII.
3.11.2.4 Determinação da Carga Horária
3.11.2.4.1 A partir da interpretação dos diferentes OII, o Cmt SU, Diretor de CFC,
de Estágios etc, estimará a carga horária necessária para desenvolver cada OII.
3.11.2.4.2 Será conveniente que cada sessão de instrução seja dimensionada
para ser conduzida em um “tempo de instrução” (de 45 a 60 minutos).
3.11.2.4.3 Estipuladas as cargas horárias para a consecução de cada OII, é
necessário confrontá-las com a disponibilidade de tempo, fazendo-se os reajus-
tamentos necessários.
3.11.2.5 Programação semanal de instrução
3.11.2.5.1 Considerações Gerais
a) A programação semanal é consubstanciada através do Quadro de Trabalho
Semanal (QTS). Normalmente, o S3 é o encarregado da programação semanal
da instrução de quadros.
b) O QTS regula a execução da instrução na semana considerada. Em princípio,
será elaborado um QTS para cada grupamento de instrução que funciona na
subunidade, CFC ou Estágio.
c) Quando conveniente, o Quadro de Trabalho pode referir-se a um período dife-
rente, abrangendo uma quinzena, mês ou mesmo a fase completa de instrução.
3.11.2.5.2 Elaboração
- O QTS é um documento sintético que, basicamente, indica as atividades de
instrução e os respectivos horários que deverão ser conduzidas por cada turma
de Instrução de um Grupamento de Instrução. É elaborado considerando as in-
formações contidas nos seguintes documentos:
a) programa de instrução individual;
b) DSI da OM; e
c) interpretação dos OII.
3.11.2.6 Considerações diversas
- Os instrutores e monitores, para bem preparar e orientar a instrução individual
de seus homens, deverão:
3-24
SIMEB
3.11.2.6.1 Consultar os seguintes documentos:
a) O Quadro de Trabalho Semanal, com antecedência adequada, para identifi-
car:
1) a matéria e OII a ser buscado;
2) o objetivo da sessão de instrução; e
3) data, horário, local, uniforme, turma de instrução e outros dados.
b) O Programa-Padrão, para identificar o OII trabalhado e a relação de assunto
a que se refere.
3.11.2.6.2 Buscar, junto à direção da escola de instrução, orientação específica
quanto à interpretação do OII buscado.
3.11.2.6.3 Sugerir medidas, visando o aperfeiçoamento do planejamento reali-
zado.
3.11.2.6.4 Informar claramente aos instruendos, os objetivos a serem alcança-
dos em cada sessão de instrução. O instruendo, por sua vez, deverá ser elemen-
to ativo e participante do processo ensino-aprendizagem a que será submetido.
Para isto, deve conhecer os objetivos da instrução programada. A Direção de
Instrução, comandantes de subunidade e instrutores deverão utilizar de todos
os meios para dar ampla difusão do desempenho que se espera do instruendo.
a) Junto ao QTS poderá ser afixada a descrição dos OII que serão buscados na
semana.
b) Os comandantes de subunidade poderão anunciar os OII que deverão ser
atingidos na jornada.

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3.11.3 PLANEJAMENTO DA INSTRUÇÃO DE QUADROS
3.11.3.1 A instrução de quadros abrangerá basicamente as seguintes atividades:
3.11.3.1.1 programação específica de assuntos;
3.11.3.1.2 ação permanente dos chefes e comandantes;
3.11.3.1.3 participação das atividades da tropa;
3.11.3.1.4 participação no adestramento.
3.11.3.2 O Quadro de Desenvolvimento da Instrução de Quadros será elaborado
levando em conta:
3.11.3.2.1 diretrizes e instruções dos Grandes Comandos e Grandes Unidades;
e
3.11.3.2.2- necessidades, peculiaridades e características da OM.
3.11.3.3 No período de instrução individual, deverá ser prevista, no mínimo, uma
hora semanal para assuntos de programação específica. Nas atividades de par-
ticipação da instrução da tropa, oficiais e sargentos deverão satisfazer os objeti-
vos estabelecidos, particularmente:
3.11.3.3.1 marchas e estacionamentos (condições e padrões estabelecidos nos
PP);
3.11.3.3.2 tiro (condições e padrões exigidos pelo TAT - IGTAEx e IRTAEx); e
3.11.3.3.3 treinamento físico (condições e padrões exigidos pelo TAF).
3.11.3.4 No período de adestramento, será dada ênfase à participação dos qua-
dros nos exercícios táticos programados e na respectiva instrução preliminar.
Em princípio, não deverão ser programados estágios na fase de adestramento
básico.

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SIMEB

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SIMEB
3.12 ACOMPANHAMENTO, ORIENTAÇÃO E CONTROLE DA INSTRUÇÃO
INDIVIDUAL
3.12.1 RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO DE INSTRUÇÃO DA OM
3.12.1.1 O acompanhamento, orientação e controle da instrução individual, no
âmbito da Organização Militar, deverão constituir uma ação objetiva. O apelo
desnecessário à documentação elaborada, tal como relatórios, fichas, mapas
e gráficos, tende a se transformar em mera formalidade e, normalmente, não
promove efeitos adequados de acompanhamento e controle.
3.12.1.2 A ação de presença da Direção de Instrução nas atividades em curso
constitui a forma mais prática e eficaz de acompanhamento, orientação e con-
trole da instrução:
- observação e ação pessoal imediata e cerrada;
- verificação frequente dos registros da instrução; e
- análise dos documentos de instrução das subunidades, CFC e estágios.
3.12.1.3 Direção de Instrução da OM
- Deve preocupar-se, particularmente, com:
3.12.1.3.1 a consecução equilibrada dos OII pelas diversas Escolas de Instru-
ção, principalmente quando mais de uma delas é responsável por turmas de um
mesmo Grupamento de Instrução;
3.12.1.3.2 a consecução de determinados OII nos prazos previstos no Quadro
de Desenvolvimento da Instrução; e
3.12.1.3.3 aplicação dos fundamentos metodológicos da Instrução Individual em
seus aspectos básicos:
- caráter prático-objetivo;
- orientação para o desempenho; e
- atuação na área afetiva.
3.12.1.4 Escolas de Instrução
- O comandante de subunidade e diretores de CFC e estágio são os condutores
da execução da instrução. Cabe-lhes acompanhar, orientar e controlar perma-
nentemente a atividade, preocupando-se, particularmente com:
a) a preparação e execução das sessões de instrução;
b) a aplicação dos fundamentos metodológicos da instrução individual em todos
os seus aspectos;
c) a realização dos Objetivos Intermediários previstos para as sessões de ins-
trução;
3-30
SIMEB
d) a consecução dos OII nos prazos previstos no Quadro de Desenvolvimento
da Instrução;
e) o registro da instrução; e
f) a atuação na área afetiva.
3.12.2 RESPONSABILIDADES DA GU ENQUADRANTE
3.12.2.1 A Grande Unidade enquadrante da OM orientará o planejamento e exe-
cução da Instrução Militar através de:
- diretrizes de instrução; e
- reuniões programadas de Comando ou de Direção de Instrução das OM.
3.12.2.2 As Diretrizes de Instrução expressarão, normalmente:
- orientação para a instrução de quadros, particularmente nos aspectos referen-
tes aos assuntos que deverão ter programação específica; e
- ênfases e prazos para atingir determinados OII.
3.12.2.3 O acompanhamento e controle da instrução deverão ser exercidos com
o mínimo de encargos para a OM:
- análise de documentos de instrução baixados pela OM subordinada;
- análise dos relatórios de instrução;
- visitas programadas; e
- inspeções.
3.12.3 AVALIAÇÃO DA INSTRUÇÃO
- A avaliação da instrução é feita através da verificação do desempenho individu-
al do instruendo em termos de realização satisfatória dos OII.
3.12.3.1 Verificação dos OII
3.12.3.1.1 Na avaliação dos OII relacionados com conhecimentos, habilidades
e destrezas, o instrutor considerará o desempenho do instruendo na execução
das tarefas, dentro das condições estipuladas e tendo em vista a consecução do
padrão mínimo requerido. A avaliação será feita na última sessão de instrução
programada para os assuntos relativos ao OII considerado. Alguns OII poderão
ser verificados no desenvolvimento da instrução, e outros poderão ser verifica-
dos através da conduta e procedimento do instruendo em diferentes situações
como definidas no próprio OII.
3.12.3.1.2 A avaliação dos OII relacionados com a área afetiva (atitudes e atri-
butos) implica na observação contínua do instruendo no decorrer do Ano de
Instrução. Na fase de Instrução Individual Básica (IIB), é importante a avaliação

3-31
SIMEB
dos atributos, particularmente, RESPONSABILIDADE, LIDERANÇA e INICIATI-
VA para a seleção dos candidatos ao CFC.

O êxito da instrução será evidenciado quando todos os instruendos atingirem o padrão


mínimo previsto para todos os OII previstos.

3.12.3.2 Registro da Avaliação da Instrução


3.12.3.2.1 O desempenho alcançado pelo instruendo em cada OII será registra-
do em uma ficha individual cujos modelos são apresentados em cada PP: Básico
(PPB), de Qualificação (PPQ) e de Estágios (PPE).
a) Durante o desenvolvimento da Fase de Instrução Individual Básica (IIB), o ins-
trutor utilizará no momento oportuno, a Ficha de Controle da Instrução Individual
Básica (FIB). Nesta ficha, o instrutor registrará os resultados de avaliação do de-
sempenho do instruendo em relação aos OII indicados no PP, para cada matéria.
b) Durante o desenvolvimento da fase de Instrução Individual de Qualificação
(IIQ), o instrutor utilizará, no momento oportuno, a Ficha de Controle da Instru-
ção Individual de Qualificação (FIQ).
c) Ao final de cada fase do período de instrução individual, o comandante de
subunidade (ou diretor do CFC ou estágio) com os instrutores apreciarão os OII
relativos à área afetiva alcançados pelos instruendos, registrando-os na Ficha de
Avaliação de Atributos (FAAT).
3.12.3.2.2 Os PP Básico (PPB) indicam um conjunto de atributos que deverão
ser desenvolvidos durante a IIQ, desde o primeiro dia de instrução. Os PP de
Qualificação (PPQ) preveem, além dos atributos já estabelecidos para a IIQ,
outros OII da área afetiva para serem alcançados durante a IIQ.

Os instruendos que não atingirem o padrão mínimo estabelecido para cada atributo, ao
término de cada fase ou período de instrução, deverão ser objeto de atenção especial
por parte do comandante da subunidade e demais instrutores.

3.12.3.2.3 Avaliação da Instrução no CFC


- O sistema de avaliação para o CFC compreende uma avaliação durante o cur-
so e outra ao seu término.
a) A avaliação realizada no decorrer do CFC consiste na verificação do desem-
penho do instruendo. Para isto, o instrutor deverá acompanhá-lo na concreti-
zação dos OII de sua matéria. Durante o desenvolvimento do curso, o instrutor
registrará o desempenho verificado na Ficha de Controle de Instrução de Cabos
(FCIC). Esta avaliação é de habilitação. Será considerado apto (aprovado) o
instruendo que satisfizer a todos os OII previstos, inclusive os relativos à área
afetiva.

3-32
SIMEB
b) Os instruendos que alcançarem todos os OII relacionados na FCIC serão
submetidos a uma Verificação Final (VF), ao final do curso. O grau obtido pelo
instruendo nesta verificação é apenas classificatório (classificar o candidato den-
tro do grupamento de instrução). Na VF poderão ser utilizados um ou mais tipos
de provas (prática, escrita, oral). Os graus da VF serão atribuídos em uma escala
de O a 10.
c) No final do Curso, o Diretor do CFC deverá elaborar um conceito sintético
sobre cada um dos instruendos, considerando, basicamente, os dados decorren-
tes da avaliação dos objetivos da área afetiva. Os conceitos serão submetidos
à aprovação da direção de instrução da OM e publicados em Boletim Interno,
juntamente com o resultado final de curso.
d) Os instruendos aprovados serão qualificados (ou requalificados, se soldado
engajado), na QM correspondente ao grupamento de instrução que frequenta-
ram no curso. Estarão aptos à promoção à graduação de cabo, considerados
três aspectos:
- os cargos para os quais foram formados;
- os claros existentes; e
- a ordem de classificação dos aprovados, dentro do grupamento de instrução.
e) Os instruendos aprovados e eventualmente não promovidos, poderão ocupar,
a título precário, os cargos correspondentes a cabos, considerado o grupamento
de instrução do qual participaram.
f) O instruendo reprovado deverá receber uma avaliação do diretor do CFC so-
bre a sua habilitação para o desempenho ou não das funções relativas aos car-
gos de soldado na QM do grupamento de instrução que frequentou.
g) No decorrer do curso, os instruendos desligados por qualquer motivo retorna-
rão à instrução individual de qualificação ministrada aos soldados, sempre que
possível, dentro da QM que frequentavam no CFC para que, ao final do período,
sejam qualificados juntamente com os soldados e considerados mobilizáveis. Os
soldados engajados permanecerão na QM em que já haviam sido qualificados.
3.12.3.2.4 Avaliação da instrução de soldados
a) O instruendo, que atingir todos os OII constantes da FIB, alcançará a situação
de combatente básico. Se licenciado, será o Reservista de Segunda Categoria.
b) O instruendo, que atingir todos os OII constantes da FIQ (previamente sele-
cionados pela Direção de Instrução), alcançará a situação de combatente mobi-
lizável. Será qualificado na QM correspondente ao grupamento de instrução que
frequentou e poderá ser designado para os cargos para os quais foi formado,
estando apto a participar do adestramento da OM. Quando licenciado, será o
Reservista de Primeira Categoria.

3-33
SIMEB
c) Os instruendos, que não atingirem os OII, não serão qualificados. Deverão ser
observados durante o período de adestramento, nos aspectos em que se mos-
traram deficientes, com vistas a uma posterior qualificação, ficando esta avalia-
ção final a critério da direção de instrução.
3.12.3.2.5 Avaliação da Instrução de Estágios
a) A avaliação realizada no decorrer de um estágio consiste na verificação do
desempenho do estagiário. Para isto, o instrutor deverá acompanhá-lo na con-
cretização dos OII de sua matéria.
b) Durante o desenvolvimento do estágio, o instrutor registrará o desempenho
verificado na Ficha de Controle de Instrução de Estagiário (FIE).
c) Em estágio, não há a preocupação de eliminação ou inabilitação de estagiá-
rios. A FIE será o instrumento de verificação dos critérios de seleção do estagiá-
rio e de avaliação do resultado global do estágio.
d) Eventualmente, um estagiário poderá ser inabilitado por não demonstrar o
desempenho exigido nos diferentes OII que deveria atingir, o que representará,
mais do que um insucesso individual, uma falha de seleção ou resultado de uma
deficiência acidental.
3.12.4 REGISTRO DA INSTRUÇÃO
3.12.4.1 O registro da instrução será realizado com finalidade objetiva, consti-
tuindo a reunião de dados e informações dos quais resultem providências ou
ações práticas. Poderá resumir-se:
- Fichas de Controle da Instrução Individual; e
- Quadro de Trabalho Semanal.
3.12.4.2 Qualquer outro instrumento de registro que a Direção de Instrução jul-
gar conveniente adotar, deverá ter um fim claramente prático, isto é, que não
venha a ser um mero documento para arquivo ou um gráfico apenas informativo.
3.12.4.3 Fichas de Controle da Instrução Individual
3.12.4.3.1 Cada instruendo deverá ter o seu desempenho registrado em uma
ficha de controle individual:
- FIB - Ficha de Controle da Instrução Individual Básica.
- FIQ - Ficha de Controle da Instrução Individual de Qualificação.
- FCIC - Ficha de Controle de Instrução de Cabos.
- FIE - Ficha de Controle de Instrução de Estagiário.
- FAAT - Ficha de Avaliação de Atributos.

3-34
SIMEB
3.12.4.3.2 As Fichas de Controle da Instrução Individual são os documentos bá-
sicos de registro da instrução que dispensam qualquer outro instrumento com
esta finalidade.
3.12.4.3.3 A Ficha de Controle da Instrução Individual consolida informações que
permitem à Direção de Instrução:
a) habilitar o instruendo para o exercício de determinadas funções ou para ocu-
parem determinados cargos ao final de cada fase do período, de curso ou de
estágio sem a necessidade de realização de exames, testes, provas etc.
b) Acompanhar o desenvolvimento da instrução; a qualquer momento pode-se
proceder a um levantamento quantitativo, percentual ou nominal, dos instruen-
dos que atingiram ou não determinados OII.
c) Levantar dados estatísticos que permitam avaliar e validar os programas de
instrução.
3.12.4.3.4 O registro da avaliação do desempenho do instruendo em sua respec-
tiva ficha é responsabilidade do instrutor.
3.12.4.3.5 As Fichas de Controle da Instrução Individual devem acompanhar o
instruendo quando transferido de fração, subunidade e, mesmo, unidade.
3.12.4.4 Quadro de Trabalho Semanal (QTS)
- O QTS é um documento de programação, mas, ao mesmo tempo, é um registro
de instrução.
a) Para cada sessão de instrução conduzida e que tenha atingido os respectivos
objetivos intermediários, o instrutor responsável rubricará, simplesmente, o QTS,
na casa de “Observações” correspondente.
b) O instrutor responsável registrará no QTS, ou no seu verso, as alterações
que, porventura, não permitiram que os objetivos intermediários da sessão de
instrução fossem alcançados.
c) O comandante de subunidade, diretor de CFC ou estágio deverá lançar no
QTS sua decisão ou providências necessárias para recuperação complementar
ou reprogramação da instrução que tenha sido assinalada como não tendo atin-
gido seus objetivos.
3.12.5 RELATÓRIOS DE INSTRUÇÃO
3.12.5.1 Ao final do Período de Instrução Individual, a Direção de instrução da
OM deverá consolidar em um só documento o relato das atividades de instrução
conduzidas no Período:
3.12.5.1.1 Instrução Individual Básica (IIQ);
3.12.5.1.2 Instrução Individual de Qualificação de Soldados (IIQ);

3-35
SIMEB
3.12.5.1.3 Instrução Individual de Qualificação de Cabos (CFC);
3.12.5.1.4 Instrução Individual em Estágios; e
3.12.5.1.5 Instrução Individual de Quadros.
3.12.5.2 O relatório deverá abordar de forma sintética todos os aspectos infor-
mativos e a experiência que possa ser útil na programação futura da instrução:
3.12.5.2.1 Resultados obtidos em termos numéricos ou percentuais dos ins-
truendos que alcançaram os objetivos gerais da instrução do período, CFC ou
estágios. Deverá ser feita referência específica aos resultados alcançados nas
seguintes atividades:
a) Treinamento Físico (TAF);
b) Tiro com armas portáteis (TAT); e
c) Marchas e Estacionamentos.
3.12.5.2.2 Fatores que concorreram para o bom êxito da instrução.
3.12.5.2.3 Fatores que dificultaram a execução da instrução.
3.12.5.3 Uma síntese do relatório do período será incluído no Relatório Anual da
Organização Militar.

3.13 ATUAÇÃO NO DOMÍNIO AFETIVO


3.13.1 EMBASAMENTO AFETIVO DO COMBATENTE
- Os soldados profissionais têm estado sob a influência de um fator muito im-
portante para a preparação de suas forças militares: a opinião pública na era da
informação. As características que esse fenômeno adquiriu nas últimas décadas,
de intensidade, de extensão, de rapidez e magnitude de efeitos sobre uma na-
ção e, por isso mesmo, de importância para qualquer empreendimento nacional,
particularmente para o mais sério e trágico de todos que é a guerra, devem con-
dicionar, marcantemente, a qualificação individual do combatente, bem como o
adestramento da Força Terrestre em todos os níveis.
3.13.1.1 Preparação individual do combatente
3.13.1.1.1 A formação e a consolidação de atitudes, valores e ideias em cada
combatente, capazes de preservá-lo de influências e dúvidas que se formam
em seu redor, dizem respeito, à base de sua formação. Base importante que,
em última análise, dar-lhe-á as condições de sobrevivência moral e psicológica,
mantendo acesa a sua chama de luta, quando for o caso.
3.13.1.1.2 Justamente esse aspecto da aprendizagem relacionado com o domí-
nio afetivo, sendo de importância capital para a formação do combatente mo-
derno, é o mais difícil de ser transformado em efeitos convenientes, de forma

3-36
SIMEB
sistemática e eficaz.
3.13.1.1.3 O problema que se apresenta para a Força Terrestre brasileira pode
ser resumido da seguinte forma: determinados valores morais, profissionais e
espirituais devem ser consolidados no combatente, com um embasamento ini-
cial para a sua qualificação técnico-militar, de modo a vinculá-lo, solidamente, à
Nação Brasileira, a qual serve como soldado.
3.13.1.1.4 Na tropa, por não existir estrutura de ensino especializada, é preciso
que os comandantes de todos os níveis tenham a indicação dos procedimentos
adequados e práticos, capazes de provocar os resultados desejados.
3.13.1.1.5 Dentro dessa área afetiva na formação do combatente, dois aspectos
avultam de importância: a formação do seu caráter militar e o desenvolvimento
da mentalidade adequada a sua atividade profissional.
3.13.1.2 Formação do caráter militar
3.13.1.2.1 A composição do caráter militar inclui fatores inatos e fatores adqui-
ridos que se apresentam como atitudes de aceitação de valores julgados im-
portantes para a Força Terrestre brasileira; esses fatores, portanto, devem ser
consolidados ou desenvolvidos sob a influência do ambiente do quartel e das
atividades militares, bem como do correto relacionamento entre companheiros e
entre superiores e subordinados.
3.13.1.2.2 Os instrutores e monitores de tropa (comandantes dos diversos esca-
lões) devem ter sempre presente que o treinamento, o exemplo, o permanente
acompanhamento e a preocupação de convencer, de persuadir, de motivar, de-
vem obter a conscientização necessária para iniciar a formação e o desenvolvi-
mento do caráter militar do combatente, de vital importância para a eficiência da
própria unidade à qual pertence.
3.13.1.2.3 Com essa ideia geral, os PP Básicos (PPB), de Qualificação (PPQ)
e de Adestramento (PPA), apresentam objetivos de instrução individual da área
de atitudes (atributos da área afetiva), diretamente vinculados com a formação
do caráter; essa preocupação, portanto, deve ser iniciada com a preparação do
combatente básico e somente terminará com a conclusão do Ano de Instrução.
3.13.1.2.4 A orientação dada pelos PP, complementada por conjuntos audiovisu-
ais para cada atributo relacionado, que asseguram uma abordagem correta do
problema, em toda a Força Terrestre brasileira, além de apresentarem:
a) instruções para a operação;
b) orientação metodológica;
c) sugestões para palestras subsequentes; e
d) roteiro do audiovisual.

3-37
SIMEB
3.13.1.2.5 Para a obtenção de resultados práticos nesse sentido, ainda, deve
ser considerado que o caráter militar do homem relaciona-se com o consenso de
valores desenvolvido no agrupamento.
3.13.1.2.6 Sendo aceito pela maioria dos integrantes de uma OM, determinado
valor incorpora-se à consciência coletiva e gera, em cada integrante, uma com-
pulsão para os procedimentos adequados à atividade militar.
3.13.1.2.7 O caráter coletivo (caráter militar coletivo) inclui, portanto, valores mo-
rais, éticos e profissionais convenientes ao Exército, como Instituição Nacional,
e a sua F Ter, e terá de ser cuidadosa e diligentemente formado, desenvolvido e
consolidado ao longo de toda a preparação do combatente.

CARÁTER COLETIVO
Conjunto de valores aceitos pela maioria dos integrantes de um agrupamento, capaz de conferir
a esse agrupamento como um todo, reações coletivas semelhantes em termos de procedimentos
e sentimentos.

3.13.1.2.8 Esse esforço para a formação e consolidação do caráter militar do


combatente, caracteristicamente do domínio afetivo da aprendizagem, está inti-
mamente ligado ao exercício de liderança militar e deve se orientar por critérios
rigorosos e integrados, para que produza os efeitos que correspondam, com
precisão, ao interesse do Exército Brasileiro.
3.13.1.3 Desenvolvimento da mentalidade adequada à atividade militar
3.13.1.3.1 A atividade profissional de um combatente, aliada à preocupação de
bem exercê-la e de executá-la corretamente, gera um conjunto de procedimen-
tos adequados, caracterizados por formas comuns de pensar, de julgar e de agir.
3.13.1.3.2 Essa atividade profissional pode, entretanto, ser considerada de di-
versas formas, desde uma visão ampla até referir-se de modo mais restrito, a
aspectos particulares e definidos.
3.13.1.3.3 A atividade do “militar do Exército”, por exemplo, apresenta uma
grande amplitude mas, indiscutivelmente, caracteriza para o Exército Brasileiro,
como Instituição Nacional, um interesse no sentido de que se gerem formas co-
muns e adequadas de pensamento, de julgamento e de ação; as atividades de
um “militar de unidade blindada”, de um “militar de infantaria”, de um “militar de
logística” etc, representam aspectos restritos, mas, por raciocínio análogo ao do
primeiro exemplo, revelam interesse semelhante ao Exército, em relação a sua
Força Terrestre.
3.13.1.3.4 Esses procedimentos comuns e adequados a determinadas ativida-
des profissionais caracterizam mentalidades coletivas que, tal como o caráter
militar, devem ser desenvolvidas e consolidadas em cada combatente, rigorosa-
mente dentro dos interesses de cada atividade.

3-38
SIMEB

MENTALIDADE COLETIVA MILITAR


Conjunto de procedimentos de determinado agrupamento de militares, considerados em seus
postos e graduações, que, em face da atividade profissional comum que exercem e da imposição
de sua correta execução, se traduz por formas adequadas de pensar, de julgar e de agir.

3.13.1.3.5 Dentro desse conceito, é preciso que a Direção de Instrução, em to-


dos os níveis, se conscientize que nada poderá ser mais melancólico, para o
Exército Brasileiro, do que a visão de seus militares sem mentalidade adequada
às tarefas e responsabilidades relacionadas com a Arma e com o Serviço ao qual
pertencem.
3.13.2 Profissionalização dos Quadros Permanentes
3.13.2.1 Papel fundamental da instrução dos quadros
3.13.2.1.1 A profissionalização do soldado de carreira, de qualquer posto ou gra-
duação, deve ter um sentido amplo; é necessário que a busca desse propósito
seja iniciada, também, com a formação do embasamento afetivo capaz de criar
os suportes morais, éticos e espirituais sobre os quais ele será habilitado nos
aspectos técnico-militares.
3.13.2.1.2 Mas importante que isso, entretanto, é a necessidade desses supor-
tes manterem o profissional fortemente vinculado à Nação e aos seus valores
eternos. Sem essa preocupação, a profissionalização terá uma orientação alta-
mente alienante e estará decretando a possibilidade de entrar em colapso, face
aos envolvimentos psicológicos aos quais estão sujeitos os soldados de uma
sociedade moderna e democrática, com meios de comunicação de massa e sua
influência na formação da opinião pública.
3.13.2.1.3 A atividade-fim do Exército Brasileiro caracteriza-se pelo envolvimento
de sua Força Terrestre em um processo de imitação do combate e, consequen-
temente, pela preparação para a eventualidade de empregá-la como força militar
através dessa imitação cada vez mais aprimorada e próxima da realidade. Essa
tarefa exige uma dedicação exclusiva, dominante, e, sobretudo, com alta quali-
dade técnico-profissional, dos quadros permanentes.
3.13.2.1.4 Além disso, esses quadros permanentes, por representarem os co-
mandos militares enquadrantes em todos os níveis da Força Terrestre, devem
ser capazes de conduzir, com sucesso, o difícil processo de criação e manuten-
ção do embasamento afetivo no pessoal enquadrado.
3.13.2.1.5 Aí estão caracterizados, portanto, os objetivos gerais e responsabili-
dades que cabem à instrução dos quadros, no aperfeiçoamento e na manuten-
ção dos padrões do pessoal de carreira, em relação à consolidação do caráter
militar.
3.13.2.1.6 Concluindo: o militar de carreira deve ser densamente profissionaliza-
do, para que possa conduzir com eficácia a formação individual do combatente
3-39
SIMEB
e promover a imitação do combate.
3.13.2.2 O exercício da liderança militar
3.13.2.2.1 Na instrução dos quadros permanentes, a liderança militar, vinculada
a um conceito conveniente à F Ter, deve ser estudada, discutida, exaustivamen-
te pesquisada em exemplos históricos e atuais, analisados e criticados no con-
texto de problemas e da ação de comando nos diversos escalões.
3.13.2.2.2 É preciso que o estudo da liderança militar na F Ter caracterize as
peculiaridades, a amplitude adequada e os objetivos específicos desta ação em
relação a qualquer outro tipo de liderança militar ou civil.
3.13.2.2.3 Esse conceito conveniente, que servirá ao desenvolvimento da apti-
dão dos quadros permanentes para a criação do embasamento afetivo necessá-
rio ao combatente moderno, será o seguinte:

LIDERANÇA MILITAR NA FORÇA TERRESTRE


É a Capacidade de um comandante militar, em qualquer nível, exercer o comando de seus su-
bordinados, persuadindo-os à ação ou à reação, impulsionando-os ou revigorando o impulso de
cada um ao cumprimento do dever, desenvolvendo entre eles o espírito de corpo, mantendo-os
disciplinados e conservando-os, a despeito de circunstâncias adversas, com o moral elevado.

3.13.3 SUPORTES COLETIVOS DOS AGRUPAMENTOS


3.13.3.1 Características do adestramento
3.13.3.1.1 Este documento já caracterizou que o adestramento é a atividade que
procura transformar os diversos agrupamentos de homens da organização mili-
tar, com seus equipamentos e armamentos, em instrumentos de combate, capa-
zes de atuar eficazmente no cumprimento das missões que lhes são atribuídas.
3.13.3.1.2 É, portanto, através do adestramento que a Força Terrestre se apro-
ximará e chegará a sua atividade-fim, tornando-se capaz tanto de imitar como
de participar do combate. Em relação ao embasamento afetivo ligado à qualifi-
cação individual do combatente, todavia, o problema do adestramento apresen-
ta importantes peculiaridades; são bem mais complexas as dificuldades para a
criação de suportes psicológicos coletivos, que permitam a transformação de
homens qualificados técnica, moral e psicologicamente, em um conjunto coeso
que possa corresponder, coletivamente, a uma sólida peça de emprego no qua-
dro de uma batalha.
3.13.3.1.3 Serão vistas essas peculiaridades do adestramento, em relação à
área afetiva da aprendizagem. Os agrupamentos que conformam os diversos
níveis da organização militar operacional (frações, subunidades, unidades e
grandes unidades) devem ser empregados como força militar para a execução
de missões específicas, por meio de uma perfeita concorrência funcional e hie-
rárquica; o adestramento, criando essa força militar com uma atividade peculiar
3-40
SIMEB
de instrução, permite a clara identificação de alguns aspectos estranhos à pre-
paração individual do combatente:
a) o adestramento exige integração social do grupo;
b) o adestramento deve promover o ajustamento de cada homem aos seus su-
periores, subordinados e demais companheiros;
c) no interesse do adestramento, o caráter militar de cada integrante deverá ser
transformado em caráter coletivo;
d) o adestramento deve buscar o aprimoramento técnico-militar até atingir pa-
drões satisfatórios de desempenho coletivo; e
e) a imitação do combate e a preparação para este, exige que, durante o ades-
tramento, sejam desenvolvidos suportes psicológicos coletivos.
3.13.3.1.4 Toda essa atividade deve ser desenvolvida concorrentemente, e o
agrupamento adestrado, ao término de seu treinamento, terá de se apresen-
tar técnica ou taticamente capaz, com essa capacidade incrustada em suportes
psicológicos que o tornarão infenso a qualquer tipo de interferências exógenas
destruidoras.
3.13.3.1.5 Somente o exercício correto da liderança militar em todos os níveis,
durante a atividade de adestramento, será capaz de obter esse importante resul-
tado. De que servirá para a Força Terrestre, face às características do combate
moderno em relação à guerra psicológica adversa, uma tropa técnica e tatica-
mente adestrada sem esses suportes psicológicos que a farão, em verdade,
sobreviver como força militar com poder de combate?
3.13.3.2 Espírito de corpo e moral da tropa
- Dentro dessa preocupação básica do adestramento, entre outros suportes co-
letivos, a criação e o acompanhamento do espírito de corpo e do moral da tropa,
avultam de importância e merecem destaque.
3.13.3.3 O Espírito de Corpo
3.13.3.3.1 É fundamental que seja criado entre os integrantes de um agrupamen-
to, paulatinamente, ao longo de seu próprio processo de adestramento - mesmo
antes dele, se a instrução individual for conduzida no âmbito dos agrupamentos
da OM - uma crescente consciência de valor coletivo.
3.13.3.3.2 O desenvolvimento dessa consciência poderá ser iniciado a partir de
alguns fatores já existentes e disponíveis como, por exemplo, a tradição militar
do Exército Brasileiro ou, especificamente, as tradições históricas da unidade
adestrada.
3.13.3.3.3 Esses elementos históricos e tradicionais deverão ser, meticulosa-
mente aproveitados, no sentido de criar um envolvimento e uma identificação

3-41
SIMEB
dos integrantes do agrupamento, gerando uma espécie de responsabilidade his-
tórica.
3.13.3.3.4 É possível que essa consciência surja da própria atividade de ades-
tramento e outras atividades paralelas, especialmente selecionadas ou aprovei-
tadas para produzirem o efeito desejado.
3.13.3.3.5 Um forte Espírito de Corpo atua como uma força agregadora que im-
pede a dissolução do agrupamento militar, a despeito de influências deletérias
de toda ordem.
3.13.3.3.6 A fração, a subunidade, a unidade e a grande unidade, qualquer des-
ses agrupamentos submetidos às pressões e tensões do combate, com forte
espírito de corpo, adquirem a capacidade de resistência ao desgaste, sobrevive
como força militar a qualquer tipo de sacrifício e poderá, sempre, renovar-se no
ímpeto de buscar o sucesso da ação.
3.13.3.3.7 A consciência do valor coletivo e a identificação do homem com essa
ideia produzem sobre todos uma irresistível compulsão à ação e à reação, supe-
rior às eventuais debilidades individuais.
3.13.3.3.8 O desenvolvimento do Espírito de Corpo deverá ser objeto de atenção
específica dos comandantes em todos os níveis, pela importância caracterizada
na preparação coletiva, não podendo, de modo algum, surgir de forma espontâ-
nea e natural. É preciso que esse suporte seja criado, desenvolvido e acompa-
nhado, com orientação dos escalões responsáveis de Direção de Instrução nas
GU e Unidades.
3.13.3.3.9 Além do planejamento e acompanhamento adequado, deverá ocorrer
o estímulo ao estudo do fenômeno, no âmbito dos quadros permanentes, com o
respaldo científico disponível.
3.13.3.3.10 O Estado-Maior do Exército considera o seguinte conceito para o es-
pírito de corpo, a partir do qual deve ser estudado o fenômeno para a orientação
de seu desenvolvimento.

ESPÍRITO DE CORPO
Consciência de valor coletivo existente entre integrantes de uma mesma organização militar, que
os liga à própria organização e os compele à união e à solidariedade, constituindo-se em impor-
tante força agregadora que sustenta a disciplina e o moral.

3.13.3.4 O Moral da Tropa


3.13.3.4.1 O estado de espírito de um combatente considerado individualmente,
em relação as suas atividades, ao seu trabalho e as suas responsabilidades, re-
presenta algo de grande importância para uma organização militar. Esse estado
de espírito, designado por moral individual, resulta de pensamentos, opiniões e
ideias que um homem possa ter em determinado momento, capaz de influenciar
3-42
SIMEB
sua vontade de cumprir o dever militar e de cooperar na consecução dos propó-
sitos da organização à qual pertence.
3.13.3.4.2 Com a convivência, na vida em comum e nas atividades militares em
geral e no adestramento em particular, o moral individual dentro de um agrupa-
mento, atua como que sujeito ao princípio dos vasos comunicantes. O nível final,
pela mútua e múltipla influência entre os indivíduos resultará em uma média.
Esse nível final é fortemente influenciado, num ou noutro sentido, pelo moral
individual dos militares em funções de comando ou de responsabilidade.
3.13.3.4.3 O fenômeno do moral militar não teria importância para a Força Ter-
restre se correspondesse a um processo automático e inexorável, que não per-
mitisse acompanhamento ou condução. O moral individual, no entanto, é pas-
sível de modificação nos dois sentidos: pode ser deteriorado, com a diminuição
da vontade de um combatente para o cumprimento do dever militar e de coope-
ração para a consecução dos objetivos do seu agrupamento; além disso, pode,
também, ser recuperado, com o consequente aumento de vontade e de disposi-
ção para a ação, reação ou cooperação.

O moral militar deve ser apreciado sob dois aspectos: moral individual e moral da tropa.

3.13.3.4.4 O acompanhamento do processo de formação do moral resultante,


dentro do grupo, e a possibilidade de mantê-lo nos níveis desejáveis, caracteri-
za, assim, um importantíssimo suporte coletivo para a ação militar. Esse estado
de espírito, apreciado coletivamente em determinada OM e que resulta do moral
individual de seus componentes, define o que se designa como moral da tropa.

MORAL INDIVIDUAL MORAL DA TROPA


Estado de espírito de um militar, resultante de
seus pensamentos, opiniões e ideias, capaz de Estado de espírito, apreciado coletivamente
influenciar sua vontade de cumprir o dever mi- em determinada OM, resultante do moral in-
litar e de cooperar na consecução dos propósi- dividual de seus componentes.
tos da organização à qual pertence.

3.13.3.4.5 A Força Terrestre necessita manter sua tropa com o moral elevado,
para que o adestramento atinja os padrões aceitáveis de desempenho coletivo e
assegure aos agrupamentos da OM, condições para enfrentarem a ação psico-
lógica adversa, seja na preparação orgânica anual ou na preparação específica
para fazer face a problemas de conjuntura, sem sofrerem, também, a influência
desanimadora das restrições de recursos eventualmente existentes.
3.13.3.4.6 Nada poderá desequilibrar de modo mais definitivo um confronto mili-
tar do que a vantagem de moral da tropa, entre os contendores, o que vale dizer,
da supremacia do espírito de luta e da vontade de vencer. Em uma expressão já
estudada neste documento: vantagem de poder de combate.

3-43
SIMEB
3.13.4 ORIENTAÇÃO GERAL PARA A INSTRUÇÃO MILITAR
- A Instrução Militar, considerados seus efeitos gerais sobre a coletividade mili-
tar, deverá assegurar a obtenção de alguns resultados importantes no domínio
afetivo da aprendizagem, conformando o embasamento para a consolidação da
Força Terrestre ativa e de sua reserva, além de sustentação para os níveis ade-
quados de operacionalidade.
3.13.4.1 Desenvolver o espírito de corpo
3.13.4.1.1 nas unidades, como importante suporte psicológico para o combaten-
te, fundamentando-os nas tradições, que deverão ser cuidadosamente recolhi-
das e dadas a conhecer aos militares que as integram; e
3.13.4.1.2 nas Brigadas (Grupamentos), como necessidade para a consolidação
da organização da Força Terrestre, fundamentando-o no crescente entrosamen-
to das unidades integrantes.
3.13.4.2 Desenvolver mentalidade coletiva
3.13.4.2.1 de cada arma ou serviço, proporcionando o desenvolvimento máximo
das características que devam possuir no combate moderno, como elementos
de emprego, de apoio ao combate ou de apoio logístico;
3.13.4.2.2 de unidades motorizadas, mecanizadas e blindadas, a partir da cons-
ciência de que os veículos que as equipam se constituem em instrumentos es-
senciais para o cumprimento das missões para as quais estão constituídas;
3.13.4.2.3 de comunicações, a partir da consciência, em todos os escalões, da
necessidade de emprego e das possibilidades dos equipamentos disponíveis; e
3.13.4.2.4 da manutenção, criando rotinas e demais reflexos em todos os níveis,
necessários para a permanente disponibilidade de qualquer tipo de material.
3.13.4.3 Desenvolver um espírito de coesão no Exército, particularmente nos
quadros efetivos, como necessidade para o fortalecimento da instrução, no de-
sempenho de seu papel no quadro nacional.

ESPÍRITO DE COESÃO

Forte consciência dentro do Exército, a respeito da ligação ética que deve existir entre os milita-
res que o integram.

3-44
SIMEB

3-45
SIMEB

3-46
SIMEB
CAPÍTULO IV
O ANO DE INSTRUÇÃO

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


- O presente capítulo tem por finalidade apresentar os fundamentos do Ano de
Instrução, seu planejamento e sua execução.
4.2 O ANO DE INSTRUÇÃO
4.2.1 O ANO DE INSTRUÇÃO
- A fim de atender as peculiaridades da instrução em cada C Mil A, o Ano de
Instrução deve ser adaptado à realidade e às particularidades de cada G Cmdo,
GU e Unidade.
- Seguindo diretrizes estabelecidas pelo COTER, o Ano de Instrução será pla-
nejado em cada C Mil A, podendo ter variações de acordo com a Concepção
Estratégica, a vocação estratégica de cada área e a vocação específica de cada
OM em tempo de paz. Basicamente, o planejamento do Ano de Instrução será
dividido em duas grandes fases, que são subdivididas em períodos e subperío-
dos, como abaixo:
4.2.1.1 Período da Instrução Individual
4.2.1.1.1 Fase Básica (Instrução Individual Básica - IIB) - preparação do Com-
batente Básico.
4.2.1.1.2 Fase de Qualificação (Instrução Individual de Qualificação - IIQ) - for-
mação do Combatente Mobilizável.
4.2.1.2 Período de Adestramento (Adst)
4.2.1.2.1 Fase de Adestramento Básico - capacitar frações, subunidades e uni-
dades ao emprego em operações de combate.
a) Subfase de Adestramento Básico de Pelotões;
b) Subfase de Adestramento Básico de Subunidades;
c) Subfase de Adestramento Básico de Unidades; e
d) Subfase de Adestramento em GLO (poderá ser antecipada para o final da IIB).
4.2.1.2.2 Fase de Adestramento Avançado - capacitar grandes unidades e gran-
des comandos ao emprego em operações de combate.
4.2.2 PROGRAMAS EXECUTADOS
4.2.2.1 Durante o ano de instrução, são desencadeados nos corpos de tropa,

4-1
SIMEB
programas de instrução que possuem peculiaridades e objetivos diferenciados
entre si. Os programas podem ser sucessivos ou simultâneos, dependendo do
grau de necessidade da conclusão de um para o início do outro. Entre os princi-
pais programas estão:
4.2.2.1.1 Instrução Individual (II);
4.2.2.1.2 Capacitação Técnica e Tática do Efetivo Profissional (CTTEP);
4.2.2.1.3 Adestramento;
4.2.2.1.4 Programa de Aplicação e Conservação de Padrões (PACP);
4.2.2.1.5 Desmobilização de Militares Temporários;
4.2.2.1.6 Instrução Individual de Requalificação e Nivelamento (IIRN); e
4.2.2.1.7 Outros que sejam voltados para a adaptação ou formação de oficiais e
sargentos temporários.
4.2.2.2 O conteúdo de cada programa de instrução, normalmente, estará contido
em documento específico denominado Programa-Padrão (PP). No caso de tal
documento ainda não ter sido editado, diretrizes específicas serão emanadas
pelos Comandos responsáveis.
4.2.3 PROGRAMA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL
- O Programa de Instrução Individual desenvolve-se durante o Período de Ins-
trução Individual e destina-se a habilitar o conscrito para o desempenho das
funções correspondentes ao cargo que vai ocupar no QCP da OM, tornando-o
capaz de ser integrado aos diversos grupamentos que constituem a Organiza-
ção Militar.
4.2.4 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA E TÁTICA DO EFETIVO PRO-
FISSIONAL (CTTEP)
4.2.4.1 O Programa da CTTEP desenvolve-se desde o período destinado à pre-
paração intelectual e física da OM para o início do Ano de Instrução, devendo ser
intensificado no início dos períodos de adestramento. Visa à manutenção e ao
aprimoramento dos conhecimentos Técnico e Táticos já adquiridos pelo Efetivo
Profissional (EP), deixando-o em estado permanente de pronta resposta, asse-
gurando à OM um elevado nível de eficiência organizacional e técnica.
4.2.4.2 Este programa, desenvolvido ao longo de todo o ano de instrução, é o
instrumento nas mãos dos Comandantes para manter o efetivo profissional em
estado permanente de treinamento, bem como, quando necessário, suprir as
necessidades da realização de treinamentos específicos com estes militares.
4.2.5 PROGRAMA DE ADESTRAMENTO
- O Programa de Adestramento desenvolve-se durante o Período de Adestra-

4-2
SIMEB
mento e destina-se a capacitar a OM ao cumprimento das missões previstas em
sua Base Doutrinária. O Período de Adestramento é a fase mais importante do
Ano de Instrução. O foco do Programa deve estar voltado para o adestramento
das frações constituídas.
4.2.6 PROGRAMA DE APLICAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PADRÕES (PACP)
- O PACP é realizado nas OM não operacionais, onde não ocorrem o adestra-
mento. Visa à aplicação e à conservação de padrões pelos militares do EV e
do EP, possuindo, assim, um caráter eminentemente prático. Seu planejamento
e supervisão estão a cargo dos C Mil A, que poderão delegar essa missão às
Regiões Militares.
4.2.7 PROGRAMA DE DESMOBILIZAÇÃO DE MILITARES TEMPORÁRIOS
(PDMT)
- A instrução para a desmobilização de militares temporários é uma atividade de
vital importância no processo de preparação do futuro reservista. Esse programa
deve ser estabelecido com vistas a proporcionar as melhores condições para o
reingresso à vida civil.
- Poderá ser atendido pelo Programa Soldado-Cidadão, Programa de Inclusão
Digital ou de Multiplicadores de Tecnologias Sociais, ou por outros de iniciativa
do Comandante de OM, GU ou G Cmdo.
4.2.8 PROGRAMA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DE REQUALIFICAÇÃO E NI-
VELAMENTO (IIRN)
- O Programa de IIRN ocorre no mesmo período da IIB e destina-se a preparar
os Cb/Sd que foram transferidos de outras OM ou que mudaram suas funções
no QCP.

Def Ext

Principais Períodos, Fases e Subfases da Instrução Militar (IM) ao longo do Ano de Instrução.

4-3
SIMEB

4-4
SIMEB
CAPÍTULO V
INSTRUÇÃO INDIVIDUAL

5.1 INSTRUÇÃO INDIVIDUAL


5.1.1 FUNDAMENTOS
5.1.1.1 A Instrução Individual é a atividade fundamental do processo de forma-
ção que objetiva a habilitação do militar para o desempenho das funções corres-
pondentes aos cargos militares, tornando-o capaz de ser integrado aos diversos
agrupamentos que constituem a OM. Por conseguinte, a Direção de Instrução
deverá atribuir um caráter eminentemente prático às instruções, de forma a faci-
litar, por parte dos instruendos, a absorção imediata dos conhecimentos a serem
adquiridos para a capacitação pessoal.
5.1.1.2 O Cmt OM é o responsável pelas orientações, acompanhamento e con-
trole da instrução individual. Com o seu Estado-Maior, deve realizar a inspeção
da instrução individual, seja por meio de sistema de oficinas ou de visitas inopi-
nadas aos locais da instrução.
5.1.1.3 Os Cmt G Cmdo Op e GU deverão fazer inspeções, prioritariamente,
voltadas ao adestramento da tropa, tais como Apronto Operacional, Instrução
Preliminar e Exercícios de Campanha, deixando a cargo dos Cmt OM subordi-
nadas as inspeções do período de instrução individual.
5.1.1.4 A Instrução Individual é conduzida durante as Fases Básica (IIB) e de
Qualificação (IIQ). Os Comandantes de OM devem dedicar especial atenção à
instrução dos recrutas, particularmente durante a IIB. Não obstante, a CTTEP
tem prioridade sobre a instrução do Efetivo Variável.
5.1.1.5 A Instrução Individual Básica (IIB) é destinada, exclusivamente, aos sol-
dados recrutas.
5.1.1.6 O Efetivo Variável (EV) e os Soldados do NB, que encontram-se no pri-
meiro engajamento, que realizarão o Curso de Formação de Cabos (CFC) cons-
tituem o universo-alvo da Instrução Individual de Qualificação (IIQ). Esta fase
da Instrução Individual poderá ser realizada já dentro das frações constituídas,
ministrada pelos próprios comandantes de frações e seus auxiliares em todos
os níveis, com caráter eminentemente prático, adiantando a fase e ampliando a
fase do adestramento.
5.1.1.7 Quando a OM reunir as condições necessárias e a cargo dos Cmt en-
volvidos na cadeia de comando, os recrutas poderão ser centralizados em uma
mesma SU, facilitando o desenvolvimento das instruções individuais e permitin-
do que as demais SU sejam constituídas somente por efetivo NB, concorrendo
para a constante condição de prontidão da OM, por meio das SU profissionais,
5-1
SIMEB
as quais terão maior facilidade para realizar as atividades da CTTEP e do PAB.
5.1.1.8 Na IIQ, as instruções comuns devem ser conduzidas, sempre que pos-
sível, de forma centralizada para o Curso de Formação de Cabos (CFC) e o
Curso de Formação de Soldados (CFSd). Ainda, deve-se encorajar que a IIQ
seja realizada dentro das frações constituídas, o que vai permitir maior interação
entre o instruendo e a sua destinação funcional, ela poderá mesclar-se com o
adestramento, favorecendo a aprendizagem e o espírito de corpo.
5.1.2 GENERALIDADES
5.1.2.1 A Instrução Individual deve assegurar a obtenção da qualificação do com-
batente mobilizável e de padrões coletivos necessários ao Adestramento.
5.1.2.2 Por tratar-se de atividade fundamental ao processo de formação do sol-
dado, a Direção da Instrução deverá exercer rigoroso controle da instrução do
EV, verificando se os OII previstos estão sendo alcançados e providenciando a
recuperação daqueles que não foram atingidos satisfatoriamente.
5.1.2.3 As sessões de Instrução Individual devem colocar o soldado em situ-
ações semelhantes às que ocorrerão no desempenho de suas atividades. Os
exercícios devem simular, sempre que possível, uma situação de combate ou de
apoio ao combate, com uma visão bem próxima da realidade.
5.1.2.4 Os PPB e PPQ apresentam carga horária estimada por matéria, cabendo
à Direção da Instrução distribuí-la pelos diversos OII, obedecidas as prescrições
dos escalões superiores. A grade de tempo poderá ser alterada em função de
diversos fatores, em particular daqueles que dizem respeito à rapidez com que
os recrutas atinjam, individualmente, os padrões estabelecidos para os OII, bem
como a ocorrência de atividades não previstas no calendário de instrução.
5.1.2.5 O mais importante na instrução é o desempenho do instruendo, e não,
propriamente, o número de horas destinadas ou consumidas em sua execução.
5.1.2.6 A Direção da Instrução deverá conduzir, em período anterior à Seleção
Complementar, no contexto da CTTEP, um Estágio para os Oficiais, Subtenentes
e Sargentos da OM, destinado à preparação e nivelamento dos quadros para o
Ano de Instrução, com ênfase nos fundamentos, na metodologia e na segurança
da Instrução Militar.
5.1.2.7 Sempre que possível, os recrutas deverão compor um grupamento de
instrução durante o período de instrução individual comum, centralizando meios
e o pessoal envolvido na instrução.

5.2 OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO INDIVIDUAL


5.2.1 OBJETIVOS GERAIS
- São os que devem ser atingidos ao final de cada fase do Período de Instrução

5-2
SIMEB
Individual.
5.2.1.1 Objetivos Gerais da IIB
5.2.1.1.1 Preparar o Soldado para iniciar a instrução em qualquer qualificação
militar.
5.2.1.1.2 Formar o reservista de segunda categoria, também chamado “comba-
tente básico”.
5.2.1.1.3 Desenvolver o valor moral dos instruendos.
5.2.1.2 Objetivos Gerais da IIQ
5.2.1.2.1 Formar o Cabo e o Soldado, aptos a ocuparem cargos afins, de deter-
minada QMP ou QMG.
5.2.1.2.2 Formar o reservista de primeira categoria.
5.2.1.2.3 Prosseguir no desenvolvimento do valor moral dos instruendos.
5.2.1.2.4 Prosseguir no estabelecimento de vínculos de liderança entre coman-
dantes e comandados.
5.2.2 OBJETIVOS PARCIAIS DA INSTRUÇÃO INDIVIDUAL
5.2.2.1 São definidos por áreas do processo ensino-aprendizagem (cognitiva-
-psicomotora-afetiva) e pela natureza didática dos assuntos.
5.2.2.2 Ao ser atingido o conjunto de objetivos parciais, caracteriza-se a conse-
cução dos Objetivos Gerais.
5.2.2.3 Os Objetivos Parciais não são objetivos de matérias, mas relacionam-se
a conjuntos de assuntos da mesma natureza.
5.2.2.4 Objetivos Parciais da IIB:
5.2.2.4.1 ambientar o Soldado à vida militar;
5.2.2.4.2 iniciar a formação do caráter (FC) militar do Soldado;
5.2.2.4.3 iniciar a criação de hábitos (CH) adequados à vida militar;
5.2.2.4.4 obter padrões (OP) de procedimentos adequados à vida militar;
5.2.2.4.5 adquirir conhecimentos (AC) básicos indispensáveis ao Soldado;
5.2.2.4.6 obter reflexos na execução de técnicas (Tec) e táticas (Tat) individuais
de combate;
5.2.2.4.7 desenvolver habilitações técnicas (HT) necessárias ao Soldado;
5.2.2.4.8 obter padrões adequados de ordem unida (OU); e
5.2.2.4.9 Iniciar o desenvolvimento da capacidade física (CF) do Soldado.

5-3
SIMEB
5.2.2.5 Objetivos Parciais da IIQ:
5.2.2.5.1 completar a formação individual do Soldado e formar o Cabo;
5.2.2.5.2 aprimorar a formação do caráter (FC) militar do futuro Cabo e do Sol-
dado;
5.2.2.5.3 prosseguir na criação de hábitos (CH) adequados à vida militar;
5.2.2.5.4 prosseguir na obtenção de padrões (OP) de procedimentos adequados
à vida militar;
5.2.2.5.5 adquirir conhecimentos (AC) básicos necessários ao desempenho de
funções relativas a cargos específicos;
5.2.2.5.6 desenvolver habilitações técnicas (HT) necessárias ao desempenho de
funções relativas a cargos específicos;
5.2.2.5.7 aprimorar os reflexos necessários à execução de técnicas (Tec), táticas
(Tat) e procedimentos individuais de combate necessários ao desempenho de
funções relativas a cargos específicos;
5.2.2.5.8 aprimorar os padrões de ordem unida (OU) obtidos na IIB; e
5.2.2.5.9 prosseguir no desenvolvimento da capacidade física (CF) do Cabo e
do Soldado.
5.2.2.6 Compreensão dos Objetivos Parciais da Instrução Individual
5.2.2.6.1 Formação do Caráter (FC)
a) A formação do caráter militar consiste no desenvolvimento de atributos da
área afetiva e em atitudes voltadas para a aceitação de valores julgados neces-
sários para que um indivíduo se adapte às exigências da vida militar, incluindo-
-se aí aquelas peculiares às situações de combate.
b) Essa atuação na área afetiva se fará por meio da contínua ação de comando
dos oficiais e dos graduados, que deverão, em todas as situações, dar o exem-
plo daquilo que se deseja, e, ainda, pela Instrução Militar que, conduzida de ma-
neira correta e enérgica, possibilitará aos instruendos vencerem suas naturais
limitações e dificuldades.
c) Os objetivos estabelecidos nos Programas-Padrão (PP), para a atuação na
área afetiva (desenvolvimento de atributos), estão diretamente relacionados com
este objetivo parcial.
5.2.2.6.2 Criação de Hábitos (CH)
a) Os hábitos significam disposição permanente à execução de determinados
procedimentos adequados à vida militar, adquiridos e consolidados pela frequen-
te repetição.
b) A consolidação de hábitos existentes e a criação e o desenvolvimento de no-
5-4
SIMEB
vos hábitos deverão ser executados durante todo o Ano de Instrução.
5.2.2.6.3 Obtenção de Padrões (OP)
a) Os padrões de procedimento são definidos pelo conjunto de ações e rea-
ções adequadas ao militar, diante de determinadas situações das quais deve
conduzir-se.
b) A assimilação destes padrões permitirá a perfeita integração do militar às ati-
vidades da vida diária do aquartelamento.
5.2.2.6.4 Aquisição de Conhecimentos (AC)
a) Deve ser entendida como a assimilação de conceitos, dados e ideias neces-
sárias à formação do militar.
b) Esse objetivo será atingido por meio de efetiva ação dos instrutores e monito-
res, mormente durante as sessões de instrução, devendo ser consolidado pela
prática (o saber fazer).
5.2.2.6.5 Desenvolvimento de habilitações técnicas (HT)
- As habilitações técnicas correspondem aos conhecimentos e às habilidades in-
dispensáveis ao manuseio de materiais de emprego militar (MEM), assim como
à operação dos equipamentos empregados pela Força Terrestre.
5.2.2.6.6 Obtenção de reflexos na execução de técnicas (Tec) individuais de
combate
a) Uma técnica individual de combate caracteriza-se por um conjunto de habili-
dades que proporcionam a consecução de um determinado propósito militar de
forma vantajosa para o combatente.
b) Para ser desenvolvida ou aprimorada, não há necessidade de se criar uma si-
tuação tática (hipótese do inimigo, variações do terreno e imposições de tempo).
5.2.2.6.7 Obtenção de reflexos na execução de táticas (Tat) individuais de com-
bate
a) Uma tática individual de combate caracteriza-se por um conjunto de procedi-
mentos com efeito tático, ou seja, aqueles que respondem a uma situação em
que se tem uma missão a cumprir e um inimigo a combater, sendo consideradas
as variações do terreno e o tempo disponível.
b) As atividades de instrução voltadas para esse objetivo parcial deverão aumen-
tar, progressivamente, a capacidade de solucionar os problemas impostos por
situações táticas diferentes e cada vez mais complexas, capacitando o instruen-
do à tomada de decisões no nível que lhe for adequado.
5.2.2.6.8 Obtenção de padrões de Ordem Unida (OU)
- A Ordem Unida (OU), atividade de natureza essencialmente militar, constitui im-
5-5
SIMEB
portante referência da situação da disciplina. Por meio da OU, obtêm-se padrões
coletivos de uniformidade, sincronização e garbo militar, podendo-se, também,
avaliar o desenvolvimento de alguns atributos dos militares integrantes da tropa
que a executa, tais como o entusiasmo profissional, a cooperação e o autocon-
trole.
5.2.2.6.9 Capacidade física (CF)
a) O desenvolvimento da capacidade física visa habilitar o indivíduo ao cumpri-
mento de missões de combate.
b) É obtida pela realização do treinamento físico militar (TFM) de forma sistemá-
tica, gradual e progressiva. Também concorrem para esse objetivo atividades
como as pistas de aplicações militares, as marchas a pé e os acampamentos e
bivaques, que aumentam a rusticidade e a resistência, qualidades que possibili-
tam “durar na ação” em situações de esforços físicos prolongados e de estresse.

5.3 INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA (IIB)


- A IIB inicia-se, imediatamente, após a incorporação em todas as OM, e deve ser
desenvolvida em até 9 semanas de instrução, podendo ser desenvolvida em SU
de EV, de forma centralizada.
5.3.1 ORIENTAÇÃO
- Será orientada pelos Programas-Padrão Básico.
5.3.2 OM DE EMPREGO PECULIAR
- As OM de Emprego Peculiar são organizações militares com vocação para
emprego em área de operações com condições especiais de ambiente ou que
aplique técnica que necessite de equipamento adicional ou treinamento especia-
lizado. Nestas OM, a IIB será complementada por instrução adicional caracterís-
tica do tipo da tropa ou do ambiente operacional.
5.3.3 PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO
5.3.3.1 A IIB deverá ser cuidadosamente planejada, montada e executada, de
forma a se alcançarem os Objetivos de Instrução Individual (OII) propostos.
5.3.3.2 É importante ressaltar que, nesse período, já deve haver grande preocu-
pação com a segurança nas instruções, bem como com a proteção ambiental.
5.3.3.3 Há de se buscar elevados padrões de preparação da instrução individual,
privilegiando a presença nos Campos de Instrução, tanto quanto possível, sen-
do importante a execução de 1 acampamento para os recrutas. As sessões de
instrução deverão ser planejadas de sorte a privilegiar a presença constante dos
combatentes em atividades no campo.
5.3.3.4 Ao término da IIB, deverá ser realizado um acampamento com, no míni-
mo, 5 jornadas, no qual será verificado se os OII das matérias ministradas foram
5-6
SIMEB
atingidos pela realização de pistas e oficinas de instrução.
5.3.4 AVALIAÇÃO
5.3.4.1 Ao longo da IIB, os OII das matérias ministradas deverão ser verificados
em atividades no campo (jornadas de serviço em campanha), sempre que pos-
sível. Todas as oficinas montadas para o acampamento deverão ser testadas
pela Equipe de Instrução (avaliar as condições de segurança, pertinência, aten-
dimento dos objetivos e o tempo de execução), sob a fiscalização dos Cmt SU e
coordenação do S3 da OM.
5.3.4.2 Será também a fase em que a Direção de Instrução iniciará a avaliação
do caráter militar dos soldados recém-incorporados, levando em consideração
os Atributos da Área Afetiva, todos definidos no PPB/2.
5.3.4.3 Findo a fase de Instrução Individual Básica, caberá à Direção de Instru-
ção, por intermédio do Cmt do Grupamento de Instrução, publicar em BI a con-
clusão da atividade, garantindo ao conscrito a condição de combatente básico,
apto ao Certificado de Reservista de 2ª Categoria.

5.4 INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DE QUALIFICAÇÃO (IIQ)


5.4.1 A Instrução de Qualificação (IIQ) deve ser desenvolvida em até 11 sema-
nas de instrução, lembrando que o adestramento em GLO (PAB GLO) poderá
ser antecipado para o início dessa fase de acordo com a demanda de cada C
Mil A.
5.4.2 Nas OM operacionais, terminada a IIQ, o combatente estará pronto para
participar do Adestramento Básico na Unidade.

ORGANIZAÇÃO MILITAR OPERACIONAL


É aquela que pertence à estrutura de emprego da Força Terrestre, onde o conceito de Adestra-
mento tem o seu sentido completo.

5.4.3 As OM que necessitam planejar instruções para a ocupação de cargos


que exijam conhecimentos adicionais técnicos ou especializados deverão seguir,
inicialmente, as orientações contidas nas Normas Reguladoras da Qualificação,
Habilitação, Condições de Acesso e Situação das Praças (Portaria nº 148-EME,
de 17 DEZ 1998, e Portaria nº 123-EME, de 21 DEZ 1999, publicadas nos BE
nº 53, de 31 DEZ 1998, e nº 01, de 7 JAN 2000, respectivamente) para poste-
riormente se planejar nas atividades previstas em Programas-Padrão de Quali-
ficação.
5.4.4 SISTEMÁTICA DE FUNCIONAMENTO
- Os PP da série QUEBEC (PPQ) são únicos para os cabos e soldados de uma
mesma qualificação militar. Isto permite o nivelamento da formação de ambos a
partir de patamar mais elevado.
5-7
SIMEB
5.4.5 PLANEJAMENTO
5.4.5.1 A IIQ é destinada à Defesa Externa e é voltada para a formação do com-
batente mobilizável, ou seja, para a qualificação do conscrito ao desempenho
das funções referentes ao cargo que vai ocupar na fração a que pertence.
5.4.5.2 As sessões de instrução deverão ser planejadas de sorte a privilegiar a
presença constante dos combatentes em atividades de campanha.
5.4.5.3 A IIQ deverá estar vinculada à CTTEP, particularmente na condução da
Instrução Peculiar. O soldado recruta obterá seus conhecimentos no âmbito de
uma fração elementar, sendo instruído e orientado pelo Comandante daquela
fração, por outros graduados e também pelos soldados antigos.
5.4.5.4 Durante a IIQ, deverá, também, ser conduzido o Curso de Formação de
Cabos (CFC).
5.4.5.5 Nos casos das QM de difícil formação ou de pequeno efetivo, a quali-
ficação poderá ser realizada de forma centralizada (numa SU da OM ou numa
OM da guarnição) e/ou antecipada, de acordo com a Diretriz da Direção de Ins-
trução. A antecipação visa disponibilizar, o quanto antes, os Recursos Humanos
imprescindíveis à vida administrativa da OM.
5.4.6 DESENVOLVIMENTO
5.4.6.1 A Instrução Comum deverá ser conduzida, o máximo possível, de forma
centralizada.
5.4.6.2 A IIQ deverá ser encerrada com um acampamento de, pelo menos, cinco
jornadas. Cabe ao Cmt de OM estabelecer, os OII criteriosamente, para este
acampamento e a forma como os objetivos serão avaliados. As instruções pro-
gramadas nesta oportunidade deverão ser conduzidas com atividades diurnas e
noturnas.
5.4.6.3 A ênfase na segurança da instrução e na proteção do meio ambiente
deverá ser mantida nesta fase.
5.4.6.4 Todas as pistas montadas para o acampamento deverão ser testadas
pela Equipe de Instrução (avaliar as condições de segurança, pertinência, aten-
dimento dos objetivos e o tempo de execução), sob a fiscalização dos Cmt SU e
coordenação do S3 da OM.
5.4.6.5 O Tiro das Armas Coletivas, conforme as IRTAEx, deverá ser realizado,
no âmbito das frações constituídas, juntamente com a CTTEP. Esta atividade
constitui uma oportunidade singular de integração e prática das atividades ine-
rentes ao desempenho coletivo das pequenas frações.
5.4.7 REQUALIFICAÇÃO
- A Requalificação deverá iniciar o quanto antes, com vistas a proporcionar o

5-8
SIMEB
melhor adestramento possível.
5.4.8 CAPACITAÇÃO PECULIAR À VOCAÇÃO DA OM
- Nessa fase, a cargo da Direção da Instrução, o soldado poderá aprender e ser
habilitado a uma capacitação peculiar à vocação da OM, por exemplo: a pilotar
embarcações, a operar máquinas, que embora não estejam relacionadas à ma-
triz doutrinária da OM, relacione-se à uma vocação de emprego, como é o caso
das OM que apoiam anualmente a comunidade em calamidades públicas.

5.5 INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DE REQUALIFICAÇÃO E NIVELAMENTO (IIRN)


5.5.1 As OM possuidoras, em seus respectivos QCP, de elevados percentuais de
cabos e soldados NB podem recompletar seus efetivos com militares remaneja-
dos de outras OM. Caso esses militares não estejam qualificados para os cargos
de destinação, será necessário requalificá-los. As OM realizarão a IIRN na fase
da Instrução Individual.
5.5.2 Quando militares da mesma OM mudam suas funções no QCP, faz-se
necessário a realização de suas requalificações. Mesmo que já qualificados, é
normal que cabos e soldados oriundos de outras OM apresentem diferentes ní-
veis de conhecimentos e habilidades. Disso decorre a necessidade da instrução
de nivelamento.
5.5.3 A IIRN destina-se a permitir que sejam mobiliados os cargos das frações de
EP com militares qualificados.
5.5.4 Neste período de instrução serão realizadas a:
5.5.4.1 requalificação de Cb e Sd;
5.5.4.2 cursos de Cb para os Sd EP, cumprindo a legislação vigente;
5.5.4.3 estágios de adaptação ao ambiente operacional, para Oficiais, Subtenen-
tes, Sargentos, Cabos e Soldados;
5.5.4.4 estágios de operação de equipamentos e viaturas de dotação da OM
para oficiais, ST e Sgt; e
5.5.4.5 treinamento específico para a obtenção de habilitação especial.

5.6 CURSO DE FORMAÇÃO DE CABOS (CFC)


5.6.1 Além das instruções comuns e peculiares previstas em Programas-Padrão,
o Curso de Formação de Cabos (CFC) tem a função de desenvolver a liderança
e a capacidade do comando de pequenas frações, tornando o Sd apto a substi-
tuir, eventualmente, o 3º Sgt no desempenho de diversos cargos.
5.6.2 Os Cmt OM e os militares envolvidos na instrução do CFC devem ter espe-
cial atenção com o desenvolvimento das atividades do Curso, evitando os exces-
sos, principalmente, no tratamento psicológico e físico dispensado aos alunos.
5-9
SIMEB
Não se deve confundir rigidez com sobrecarga e privações, características de
cursos específicos como, por exemplo, do Cb Comandos.
5.6.3 No caso de QMG com pequeno efetivo a ser formado, entre cabos e solda-
dos, admite-se que todos os militares sejam matriculados no CFC desta QMG,
não funcionando a IIQ para os soldados. Ao término do curso, aqueles que atin-
girem os níveis estipulados serão considerados aprovados e aqueles que não
estiverem aptos à promoção, deverão ter publicado a inaptidão para a promoção
e a qualificação na respectiva QM como soldado.
5.6.4 Ao final do CFC, será declarado apto à promoção a cabo o soldado que
tiver alcançado Nota Final de Curso (NFC) superior a 5,0.
5.6.5 A formação dos cabos deverá, também, observar os seguintes aspectos:
5.6.5.1 em princípio, os candidatos deverão ser voluntários;
5.6.5.2 os selecionados constituirão um grupamento especial denominado Curso
de Formação de Cabos (CFC);
5.6.5.3 o nível de conhecimento dos candidatos, entre os que atingiram todos
os OII na fase anterior, deverá ser avaliado pela Direção de Instrução, de forma
semelhante e objetiva;
5.6.5.4 deverá ser atribuída maior importância à avaliação dos conhecimentos
de natureza profissional-militar auferidos durante a IIB, atribuindo-se uma segun-
da prioridade aos conhecimentos gerais; e
5.6.5.5 em toda oportunidade em que houver um destaque, positivo ou negativo,
que caracterize a manifestação ou a falta de algum dos atributos que se quer
avaliar, o oficial ou sargento que presenciar ou tomar conhecimento do fato de-
verá transmiti-lo à Direção de Instrução.
5.6.6 CLASSIFICAÇÃO
- O PPQ/2 estabelece normas a serem observadas para fins de Classificação
Final de curso, devendo ser respeitadas as prescrições abaixo:
5.6.6.1 Os instruendos do CFC serão, também, avaliados por meio de uma Ficha
de Conceito (FC), a ser preenchida com as observações realizadas durante o
curso, contendo os atributos da área afetiva estabelecidos no PPB/2. A avalia-
ção de cada atributo será expressa em um grau que deve variar de 0 (zero) a 10
(dez), sendo que o grau abaixo de 4 (quatro), em quaisquer dos atributos avalia-
dos da área afetiva, inabilitará o militar à promoção a cabo.
5.6.6.2 A Nota de Conceito (NC) será obtida por meio da média aritmética de
todos os atributos da FC com aproximação decimal.
5.6.6.3 O resultado final do CFC será expresso pela Nota Final de Curso (NFC),
obtida por meio de média aritmética da Nota de Verificação Final (NVF) e da

5-10
SIMEB
Nota de Conceito (NC), com aproximação centesimal [NFC = (NVF + NC) / 2].
As NFC, dessa forma elaboradas, serão submetidas à aprovação da Direção
de Instrução e publicadas em Boletim Interno, devendo constar a classificação
individual dentro de cada QMG/QMP.
5.6.6.4 Para fins de promoção, a Direção da Instrução providenciará a publica-
ção em BI de uma relação geral, contendo a classificação de todos os conclu-
dentes, com aproveitamento, dos CFC realizados no corrente Ano de Instrução
e nos anos anteriores.

5.7 CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS TEMPORÁRIOS (CFST)


5.7.1 Cada OM formará os seus próprios sargentos temporários, selecionando
os candidatos entre os cabos e soldados engajados que tenham frequentado o
CFC com aproveitamento, conforme as normas em vigor.
5.7.2 Quando a relação de custo benefício indicar, observadas as diretrizes do
EME e dos C Mil A, admite-se a centralização da formação dos sargentos tempo-
rários de determinadas especializações, em OM diferente daquela onde o militar
serve.

5.8 CABO ESPECIALISTA TEMPORÁRIO


5.8.1 A Port nº 610-Cmt Ex, de 23 SET 11, publicada no BE nº 39, de 30 SET 11,
regula, no âmbito do Exército, o Serviço Militar Especialista Temporário (Sv Mil
Esp Tmpr).
5.8.2 A Port nº 59-EME, de 4 MAIO 12, aprova as habilitações e/ou profissões
de interesse do Exército para a convocação de Cabo Especialista Temporário
(CET).

5.9 HABILITAÇÃO ESPECIAL


- As OM que necessitam planejar instruções para a ocupação de cargos que exi-
jam conhecimentos adicionais técnicos ou especializados deverão seguir, inicial-
mente, as orientações contidas nas Normas Reguladoras da Qualificação, Ha-
bilitação, Condições de Acesso e Situação das Praças (Portaria nº 148-EME, de
17 DEZ 1998, e Portaria nº 123-EME, de 21 DEZ 1999, publicadas nos BE nº 53,
de 31 DEZ 1998, e nº 01, de 7 JAN 2000, respectivamente) para posteriormente
se planejar nas atividades previstas em Programas-Padrão de Qualificação.

5.10 CAPACITAÇÃO TÉCNICA E TÁTICA DO EFETIVO PROFISSIONAL


5.10.1 CONCEITO
5.10.1.1 Denomina-se Efetivo Profissional (EP) o grupamento composto pelos
quadros de oficiais, subtenentes, sargentos e pelos Cb/Sd do Núcleo-Base (NB).
A Capacitação Técnica Tática do Efetivo Profissional (CTTEP) é tão importante
5-11
SIMEB
quanto à IIB, cabendo ao Cmt OM programar as instruções de modo a aprimorar
e manter os padrões do EP e, concomitantemente, formar o recruta da OM.
5.10.1.2 A CTTEP é um programa de instrução militar, sob a direção do Coman-
dante de OM que visa ao desempenho individual de manutenção de padrões
e ao desempenho coletivo eficaz dos diferentes agrupamentos, em relação ao
emprego de seu material orgânico e aos seus procedimentos de combate.
5.10.2 EXECUÇÃO
5.10.2.1 A Instrução Militar do EP deve ter prioridade sobre a formação do Efeti-
vo Variável (EV). O objetivo maior é aumentar as competências da Força Terres-
tre, por meio do seu pessoal profissional, adequando-o às novas características
do combate moderno.
5.10.2.2 Caberá à direção da instrução impor essa prioridade, de forma que a
CTTEP seja a atividade mais importante da Instrução Militar na OM.
5.10.2.3 A direção da Instrução Militar deverá realizar um planejamento da Ins-
trução Militar do EP de forma a dividir os assuntos a serem tratados de forma di-
ferenciada aos diferentes agrupamentos do EP, dentre: os Oficiais/ST/Sgt e dos
Cb/Sd, mas com o objetivo final de aumentar as capacidades da Força Terrestre.
5.10.2.4 O planejamento dos tempos de instrução é bastante flexível na CTTEP,
podendo ser previsto rodízio dos efetivos para participação em atividades julga-
das importantes pela Direção da Instrução Militar.
5.10.2.5 Durante a realização da CTTEP deverá, sempre que possível, ser pre-
servada a integridade das frações. Sempre que houver atividades que envolvam
efetivos maiores, como representações, por exemplo, devem ser escaladas fra-
ções constituídas. A escala de serviço deve ser adaptada, de forma que, a cada
dia, a Subunidade, o Pelotão, a Seção ou o Grupo sejam escalados, por inteiro,
de serviço.
5.10.2.6 Em cada período/fase do ano de instrução em que ocorre a CTTEP,
poderá ser planejado exercício com prática no terreno, de forma a avaliar a ca-
pacidade adquirida.
5.10.2.7 O término da CTTEP, normalmente coincide com o início do Programa
de Adestramento Básico (PAB), podendo ser flexível na sua duração, conforme
a programação imposta pela Direção da Instrução.
5.10.2.8 O planejamento da CTTEP das OM deverá ser consolidado no C Mil A
e enviado ao COTER.
5.10.2.9 O desenvolvimento de atributos da área afetiva deverá ser objeto de
permanente preocupação no desenrolar da CTTEP.

5-12
SIMEB
5.11 ESTÁGIOS
5.11.1 Estágio é um período determinado de Instrução Individual, em que um
grupo de militares, reunidos por critérios definidos, é submetido a um processo
de ensino-aprendizagem, tendo em vista ampliar conhecimentos, destrezas e
habilidades, receber orientação para atividades específicas e ambientar-se em
relação à vida militar ou a algum trabalho a realizar. Constitui-se, portanto, numa
atividade didático-pedagógica complementar a determinado curso, destinada a
desenvolver a capacitação profissional e cultural.
5.11.2 Nos Estágios, as avaliações da aprendizagem não serão realizadas com
o intuito de eliminar os estagiários com desempenho insuficiente, mas de apre-
ciar o resultado global e os critérios de seleção. Eventualmente, um estagiário,
que não evidenciar o desempenho exigido nos diferentes OII, poderá ser inabi-
litado, mas antes deverá ser feita a tentativa de recuperação do instruendo, por
meio de sessões de instrução complementares.
5.11.3 Dentro das atividades de instrução, executadas no âmbito dos Grandes
Comandos, incluem-se os Estágios de Orientação, os Estágios de Instrução, os
Estágios de Adaptação e Serviço e os Estágios Básicos de Sargentos Tempo-
rários. Estes estágios serão planejados e executados pela Direção de Instrução
das OM de acordo com a legislação em vigor, os Programas-Padrão específicos,
a orientação do COTER, constante do PIM, e as diretrizes dos C Mil A.
5.11.4 Os Estágios de Área são propostos pelos C Mil A, com o objetivo de aten-
der às necessidades da Instrução Militar e da difusão de técnicas, com vistas
à complementação de especializações ou ampliação de conhecimentos, des-
trezas e habilidades. Podem, ainda, ter como objetivo fornecer orientação para
atividades específicas ou ambientação em relação a algum trabalho que será
realizado.
5.11.4.1 Propostos pelos C Mil A, estes Estágios são regulados pelo COTER no
PIM. Poderão gerar despesas de pessoal nas cotas dos C Mil A e deverão ser
orçados no ano A-1.
5.11.4.2 Na realização destes Estágios, deverão ser empregados os Oficiais e
Sargentos especialistas nos assuntos tratados, disponíveis nas áreas dos Gran-
des Comandos. Estes militares serão empregados nas ações iniciais, isto é, nos
Estágios de 1º Nível, encargo dos C Mil A. Os militares que concluírem os Está-
gios de 1º Nível serão empregados como instrutores dos Estágios de 2º Nível,
encargos das Divisões de Exército e das Brigadas. Finalmente, os concludentes
dos Estágios de 2º Nível serão os instrutores dos Estágios de 3º Nível, encargos
das Unidades.
5.11.4.3 Nos Estágios de Área serão também empregados os meios do Ensino a
Distância. Estes Estágios serão desenvolvidos mediante pedidos do COTER ao
DEP e, prioritariamente, abordarão as inovações que necessitam ser divulgadas

5-13
SIMEB
na Instrução Militar. Observação: Deve-se evitar a proliferação de Estágios de
Área desnecessários ou de custo-benefício desfavorável. Na regulação destes
estágios, o COTER deverá considerar, como fator determinante, a existência dos
recursos necessários ao seu funcionamento.
5.11.5 As OM que possuírem especialistas (Oficiais e Sargentos com cursos
de especialização ou notoriamente habilitados em determinado assunto) não
enviarão seu pessoal para os Estágios de 1º e 2º Níveis, devendo realizar, em-
pregando estes militares como instrutores, os estágios de 3º Nível. Exemplo: a
OM que possua Oficial com o Curso de Educação Física não deverá deslocar
pessoal para estágios, de 1º e 2º níveis, da matéria Treinamento Físico Militar,
programados pelos escalões superiores, a não ser que esteja prevista a divulga-
ção de modificações nos regulamentos ou de inovações tecnológicas até então
desconhecidas.

5.12 CENTROS DE INSTRUÇÃO (CI) E CENTROS DE ADESTRAMENTO (CA)


- Para fins de instrução e adestramento da tropa, os CI e CA poderão empregar
meios de simulação de combate, devidamente orientados pela legislação em
vigor, sob coordenação do COTER.

5-14
SIMEB
CAPÍTULO VI
ADESTRAMENTO

6.1 FINALIDADE
- Orientar o planejamento, a execução, o controle e a avaliação do adestramen-
to da Força Terrestre.

6.2 OBJETIVOS
6.2.1 Padronizar o desenvolvimento das atividades de adestramento no âmbito
da F Ter, com o intuito de otimizar:
6.2.1.1 a distribuição de recursos para o Adestramento;
6.2.1.2 a coordenação de ações que envolvam mais de um C Mil A; e
6.2.1.3 a avaliação da operacionalidade das GU e U.
6.2.2 Priorizar objetivos de adestramento (OA) compatíveis com os Planos de
Campanha e com a disponibilidade de recursos.

6.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS


6.3.1 O Adestramento visa capacitar a tropa a ser empregada em duas situa-
ções: uma prioritária, identificada com a missão precípua do Exército, em mis-
sões clássicas de sua base doutrinária, chamadas de Defesa Externa, e a outra,
em missões relacionadas à Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
6.3.2 O adestramento é desenvolvido em duas fases:
6.3.2.1 Programa de Adestramento Básico (PAB): capacitar frações, SU e U,
podendo ser planejado pelo próprio Cmt ou pelo Escalão Superior.
6.3.2.2 Programa de Adestramento Avançado (PAA): capacitar GU e Cmdo su-
periores ao emprego em Op.
6.3.3 O adestramento em Operações de Defesa Externa deve ser priorizado em
relação ao de GLO, em que pese a ênfase recebida pelo segundo.
6.3.4 O Adestramento ocupa parcela importante do Ano de Instrução e, dife-
rentemente da Instrução Individual que o precede, devendo priorizar o EP. No
entanto, o EV, sempre que possível, também deve participar do adestramento.

6-1
SIMEB

ADESTRAMENTO

É a atividade final da instrução militar na tropa que objetiva a capacitação dos


diversos agrupamentos, com seus equipamentos e armamentos (Frações,
Subunidades, Unidades, Grandes Unidades e Cmdo superiores) para a even-
tualidade de emprego como instrumento de combate.

6.4 EXECUÇÃO DO ADESTRAMENTO


6.4.1 PREMISSAS
6.4.1.1 Aspectos conjunturais e as vocações prioritárias de emprego poderão in-
fluir no adestramento da tropa, comprometendo a sua realização. A minimização
desses efeitos poderá ser obtida, considerando-se o seguinte:
6.4.1.1.1 deve-se priorizar o adestramento das pequenas frações em relação
aos escalões mais altos, o que significa que entre a possibilidade de se realizar
1 MDA de SU ou 3 de Pel deve-se optar pela segunda alternativa;
6.4.1.1.2 no âmbito da F Ter, o adestramento deve observar a seguinte ordem
de prioridade:
a) GU e OM das Forças de Emprego Estratégico e Módulos Especializados;
b) Forças de Prontidão Operacional; e
c) GU e OM das Forças de Emprego Geral.
6.4.1.1.3 deve-se buscar a otimização dos Exc Cmp por meio de exercícios inte-
grados, conforme o PP de Adestramento (dupla ação, ações sucessivas, ações
simultâneas e de participação);
6.4.1.1.4 deve-se priorizar a participação do EP nos exercícios táticos;
6.4.1.1.5 o Adestramento Básico, até o nível SU, inclusive, requer, necessaria-
mente, a realização de exercícios de campanha;
6.4.1.1.6 sempre que possível, o Adestramento do nível U deverá ser realizado
nas mesmas condições do Adestramento das pequenas frações, ou seja, por
meio de exercícios de campanha; e
6.4.1.1.7 o Adestramento Avançado deve priorizar os trabalhos de Estado-Maior
das U e GU, o funcionamento do sistema de C² e a integração entre as diversas
funções de combate. Em virtude das restrições de toda ordem e, coerentemen-
te com a sua destinação, poderá ser desenvolvido por meio de exercícios de
quadros, ou seja, sem tropa no terreno, nas seguintes modalidades: Exercício
no Terreno (ET), Exercício de PC, Exercício na Carta ou Simulação Construtiva
(Jogos de Guerra).
6.4.1.2 Unidades Amv e de Av, apoiando-se mutuamente, deverão procurar con-

6-2
SIMEB
duzir o PAB de suas OM Op, fazendo coincidir os Exc Ades das tripulações com
os Exc das OM Amv.
6.4.2 MÓDULO DIDÁTICO DE ADESTRAMENTO (MDA)
- O Adestramento será desenvolvido em Módulos Didáticos de Adestramento de
acordo com os PP de Adestramento. O MDA, que corresponde a cada exercício
tático programado, compõe-se das seguintes etapas: Instrução Preliminar, Exer-
cício Propriamente Dito e Análise Pós-Ação.
6.4.2.1 Instrução Preliminar
- A instrução preliminar integra o adestramento básico e tem como objetivo a pre-
paração dos comandantes e da tropa para os exercícios que serão realizados.
Deverá ser desenvolvida por meio das seguintes atividades:
6.4.2.1.1 Revisão Doutrinária
- Estudo dos fundamentos doutrinários referentes à operação de combate que
é objeto do exercício de campanha a se realizar. Essa revisão destina-se, prin-
cipalmente, aos Quadros e será fundamentada nos manuais de campanha e
em outras publicações oficiais que contenham a doutrina em vigor. Parte dessa
revisão poderá ser conduzida para toda a tropa com o auxílio de um “caixão de
areia”.
6.4.2.1.2 Estudo de Caso Esquemático
- Após a revisão doutrinária e ainda com os Quadros, deve ser explorado um
caso esquemático, empregando-se “caixão de areia”, modelado em uma escala
que permita abordar o emprego das Subunidades e das pequenas frações.
6.4.2.1.3 Ambientação
a) A ambientação é a apresentação do tema tático que será aplicado no exercício
de campanha programado. É fundamental o entendimento de todos os partici-
pantes sobre o que será feito.
b) Em um exercício de Unidade, a ambientação deverá ser, inicialmente, voltada
ao Estado-Maior da OM, aos Capitães e aos Oficiais Subalternos. Na sequência,
cada Comandante de Subunidade fará a ambientação para sua tropa, explican-
do o que fará a Unidade como um todo e enfatizando a missão específica de sua
Subunidade.
6.4.2.1.4 Prática Coletiva Fora de Situação e Demonstração
a) A prática coletiva é um exercício preparatório, fora de situação, destinado ao
treinamento tático até o escalão Subunidade, no qual as técnicas individuais e
coletivas são executadas em ritmo inicialmente mais lento, até serem bem ab-
sorvidas e poderem ser feitas na velocidade normal. Esse exercício poderá ser
conduzido com frente e profundidade reduzidas e será um ensaio dos momen-

6-3
SIMEB
tos mais críticos do exercício de campanha que se irá realizar. Nessa ocasião,
deve ser seguida, preferencialmente, a mesma situação tática do exercício de
campanha.
b) A demonstração é um outro tipo de instrução que pode ser empregada para
auxiliar o adestramento das pequenas frações. Nela serão recordados aspectos
técnicos e táticos, individuais e coletivos das diversas frações e sistemas ope-
racionais.
c) O Tiro de Combate Avançado (TCA) e a escola de fogo de instrução, regula-
dos nas IRTAEx (EB70-IR-01-002, Caderno I), poderão ser executados durante
a instrução preliminar ou durante o próprio Exc Cmp programado.
d) A execução do tiro real não deverá condicionar a escolha do terreno para a
execução do exercício de campanha. Deve, assim, prevalecer a necessidade de
escolher-se o terreno mais adequado à situação tática criada em função do OA
a ser alcançado.
e) É conveniente lembrar que todas as Armas necessitam implementar prepa-
rações técnicas extensas para que possam alcançar seus objetivos de adestra-
mento. Trata-se do Adestramento de Sistemas, que ocorrerá principalmente nas
U Bld, U Art, U Eng, U Com e U Ae. Os integrantes de um BE Cmb, por exemplo,
não irão aprender a operar seus equipamentos durante os exercícios de campa-
nha do Adestramento Básico. O adestramento de sistemas deverá ter sido reali-
zado durante a Capacitação Técnica e Tática do Efetivo Profissional que, nestes
momentos, deverá estar integrada à Instrução de Qualificação.
f) O adestramento será o coroamento destes trabalhos. Antes do exercício de
campanha previsto, os aspectos fundamentais do adestramento de sistemas de-
verão ser recordados por intermédio da prática coletiva fora de situação.

“A habilidade de pessoal para cargos exercidos no âmbito de uma guarnição, equipe ou


grupo exige um tipo de treinamento que se reveste de características especiais, uma
vez que deve atender aos seguintes pressupostos:
- tornar o instruendo capaz de executar, individualmente, as atividades diretamente
relacionadas às suas funções dentro da guarnição, equipe ou grupo;
- tomar o instruendo capaz de integrar a guarnição, equipe ou grupo, capacitando-o a
realizar as suas atividades funcionais em conjunto com os demais integrantes daquelas
frações; e
- possibilitar ao instruendo condições de substituir, temporariamente, quaisquer compo-
nentes da guarnição, equipe ou grupo.”

6.4.2.2 Exercício Propriamente Dito


6.4.2.2.1 Quando realizados com tropa no terreno, destinam-se ao treinamento
coletivo por intermédio da imitação do combate, visando à consecução de um ou
mais objetivos de adestramento.
6-4
SIMEB
6.4.2.2.2 No PAB de Pelotão e Subunidade, os Comandantes de Unidade devem
empregar, ao máximo, os Observadores, Controladores e Avaliadores (OCA)
para as diversas frações, Pelotões e Subunidades que participam do exercício,
empregando os oficiais e sargentos das Subunidades que não estejam envolvi-
das diretamente no exercício para cumprir essas missões. Dessa forma, os OCA
também estarão se adestrando pela observação e participação no exercício da
outra Subunidade.
6.4.2.2.3 Os Exercícios Táticos podem ser desenvolvidos nas seguintes moda-
lidades: Exercício no Terreno, Exercício de Campanha, Manobra no Terreno,
Exercício de PC, Exercício na Carta ou Exercícios de Simulação Construtiva
(Jogos de Guerra).
6.4.2.2.4 A duração dos Exercícios de Campanha deverá ser dimensionada de
maneira a explorar, ao máximo possível, a oportunidade de integrar OA, execu-
tando transmissão de ordens, reconhecimentos, deslocamentos táticos, desdo-
bramentos e emprego das frações no terreno, não devendo, portanto, condicio-
nar-se aos dias úteis da semana. Dessa forma, o COTER sugere que a duração
mínima para um exercício de campanha de Pel seja de 3 jornadas e o de SU/U,
de 5 jornadas.
- O Manual de Campanha Exercícios Táticos (C105-5) contém orientações para
a organização e a condução de exercícios de Adestramento.
6.4.2.3 Análise Pós-Ação (APA)
6.4.2.3.1 É parte integrante do adestramento e tem por objetivos:
a) permitir a participação dos próprios elementos avaliados no processo de bus-
ca dos ensinamentos colhidos no exercício;
b) apontar, às forças avaliadas, procedimentos e técnicas operacionais que de-
verão ser retificados para o aperfeiçoamento de seu adestramento; e
c) identificar as “lições aprendidas”, evitando a repetição dos erros.
6.4.2.3.2 Deve sempre ser levado em consideração que a APA constitui-se em
elo entre o adestramento e a avaliação. Ela deve ser conduzida por meio de um
diálogo franco e produtivo entre os participantes da ação e não tem o objetivo de
julgar sucessos ou fracassos.
6.4.2.3.3 É um instrumento do qual se beneficiam todos os integrantes da fração,
cujo objetivo principal é evitar repetições dos erros e não o levantamento de res-
ponsabilidades pela sua ocorrência.
6.4.2.3.4 O Objetivo da APA é verificar “o que aconteceu”. Concentra-se no “por
que aconteceu” e no “como corrigir os erros” para os exercícios seguintes.
6.4.2.3.5 O processo é completamente interativo, devendo a tropa executante e
os observadores (OCA) identificar e corrigir suas próprias deficiências.
6-5
SIMEB
6.4.2.3.6 Assim, da interação entre o comando aplicador e os executantes deve
surgir a solução mais adequada para o cumprimento da missão imposta.
6.4.3 ORDEM DE MARCHA
6.4.3.1 Os exercícios de Ordem de Marcha deverão anteceder os exercícios de
campanha, pois se constituem em excelentes instrumentos de treinamento e de
verificação da ordenação, quantificação e preparação dos efetivos e materiais
da Organização Militar.
6.4.3.2 Uma OM em Situação de Ordem de Marcha (SOM) está preparada, com
todos os recursos necessários a sua existência fora da guarnição, e em condi-
ções de deslocar-se e desempenhar qualquer missão.
6.4.3.3 Uma OM deve permanecer sempre em Situação de Apronto Operacional
(SAO), isto é, sem modificar suas atividades normais, permanecer em condições
de passar, no mais curto prazo, à SOM. A passagem de SAO para SOM carac-
teriza o Apronto Operacional da OM.
6.4.4 CONTROLE E AVALIAÇÃO POR ESCALÃO OU SISTEMA OPERACIO-
NAL
6.4.4.1 O controle e a avaliação do Adestramento Básico é encargo do próprio
escalão ou do escalão enquadrante da tropa adestrada. Os Cmt G Cmdo/GU
devem coordenar o adestramento de suas OM subordinadas, observando a re-
lação de OA e de missões de combate do Programa de Instrução Militar (PIM),
de forma a assegurar a consecução do adestramento completo do ciclo previsto.
6.4.4.2 Os Cmt OM, igualmente, devem realizar o planejamento, acompanhar a
execução e avaliar o adestramento de suas SU e frações por meio do Mapa de
Adestramento, de forma a assegurar a consecução do adestramento completo.

6.5 ADESTRAMENTO BÁSICO


6.5.1 CONSIDERAÇÕES
6.5.1.1 O Adestramento Básico, que abrange as atividades de treinamento co-
letivo para o combate, de acordo com a base doutrinária da OM, desenvolve-se
até o nível Unidade. Constitui-se na mais importante oportunidade de desenvol-
vimento da Liderança Militar, quando os oficiais e sargentos praticam as ativida-
des inerentes ao Comando de suas frações e ao cargo que desempenham, num
ambiente de imitação da guerra.
6.5.1.2 O Adestramento Básico deve ser entendido como o processo de capa-
citação operacional que permitirá à OM alcançar a almejada condição de eficaz
instrumento de combate a serviço da Força Terrestre.

6-6
SIMEB

ADESTRAMENTO BÁSICO
É o treinamento militar que visa capacitar frações, subunidades e unidades, como um todo, ao seu
emprego operacional.

6.5.1.3 O Adestramento Básico tem prioridade sobre o Adestramento Avançado.


6.5.1.4 O desempenho coletivo final desejado é obtido nos exercícios de cam-
panha. Um exercício de campanha nível Unidade não terá êxito se as frações e
Subunidades não tiverem cumprido seus respectivos OA.
6.5.1.5 O Adestramento Básico recebe parcela dos recursos financeiros e físicos
(combustível e ração operacional) da rubrica Recursos-Padrão, os quais são
quantificados de acordo com as características de cada OM.
6.5.1.6 Os MDA nível Pel e SU, nesta ordem, devem ser priorizados em relação
aos MDA nível Unidade. Como tal, para ele devem convergir os esforços da OM
como um todo, sejam administrativos, logísticos, incluindo pessoal, e operacio-
nal, a fim de assegurar as melhores condições para execução da capacitação
das pequenas frações e do desenvolvimento da liderança dos comandantes nos
diferentes níveis.
6.5.1.7 O Adestramento Completo de uma OM operacional, ou seja, o cumpri-
mento integral da relação de OA (previstos no respectivo PPA) e missões de
combate (não incluídas no PPA, mas constantes da base doutrinária), corres-
pondente a sua vocação operacional dentro do grupo de emprego a que perten-
ce. Poderá ser desenvolvido em um período de 1, 2 ou 3 anos (ciclo de adestra-
mento anual, bienal ou trienal).
6.5.1.8 O Adestramento Básico das OM que tiverem participação, com tropas
e meios, em ações nos Exercícios de Adestramento Conjunto poderá ser reo-
rientado pelos respectivos Cmt GU enquadrantes, de modo a alcançar os OA
específicos.
6.5.1.9 Sempre que possível, a GU enquadrante deverá apoiar, conduzir e ava-
liar o Exc tático nível U.
6.5.2 CICLOS DE ADESTRAMENTO BÁSICO
6.5.2.1 Normalmente, as OM Op não executam a Preparação Completa em um
único ano de instrução. Executam a Preparação Orgânica, que se caracteriza
pela realização dos exercícios de adestramento previstos para um determinado
ano. Ela deverá demonstrar a capacidade de uma OM e de suas subunidades e
frações para atuarem, de maneira integrada, em uma situação de combate.
6.5.2.2 A Preparação Completa de uma OM Op será alcançada ao longo de um
período denominado Ciclo Plurianual de Adestramento, regulado no PIM, que le-
vará em conta a necessidade de manter-se níveis adequados de adestramento,
que não comprometam a evolução da capacitação operacional da Força Terres-

6-7
SIMEB
tre, e os recursos disponíveis.

A Preparação Completa é o somatório das Preparações Orgânicas cumpridas durante


os adestramentos anuais, em cada ciclo.

6.5.2.3 Aos Comandos das Grandes Unidades cabe fazer o controle dos exercí-
cios de adestramento de suas OM, de modo que, no período estipulado, tenham
executado a sua Preparação Completa.
6.5.2.4 Os Comandos das Grandes Unidades têm, ainda, a incumbência de pla-
nejar, organizar e aplicar, sempre que isto for viável, os exercícios de adestra-
mento que serão feitos pelas OM subordinadas, no nível Unidade.
6.5.2.5 Em face de uma crise, caracterizado o inimigo e o ambiente operacional,
contra o qual e onde a Força Terrestre será empregada, faz-se a Preparação Es-
pecífica. Deste modo, obtém-se o Poder de Combate necessário para enfrentar
a ameaça apresentada.
6.5.2.6 Caso seja decretada a Mobilização, os efetivos mobilizados serão sub-
metidos a um PIM específico para esta situação, que será regulado pelo COTER.
6.5.2.7 Proposta de Ciclo Plurianual de Adestramento.
6.5.2.7.1 Ciclo Anual: Forças de Emprego Estratégico e Módulos Especializados.
6.5.2.7.2 Ciclo Bienal: Forças de Emprego Geral e Forças de Prontidão Opera-
cional; e
6.5.2.7.3 Ciclo Trienal: Forças de Emprego Geral (Fx Fron)
6.5.3 OBJETIVOS DO ADESTRAMENTO BÁSICO
6.5.3.1 Da Preparação Orgânica
6.5.3.1.1 Possibilitar às Unidades, Subunidades e Frações a concretização da
sua operacionalidade e ao desenvolvimento acumulado de experiência opera-
cional na execução de missões de combate, de modo que, ao final do Ciclo Plu-
rianual de Adestramento, tenham cumprido todos os OA fundamentais as suas
naturezas e escalões.
6.5.3.1.2 Criar, desenvolver e manter o valor profissional dos Quadros.
6.5.3.1.3 Desenvolver laços de liderança entre os Comandantes, em todos os
níveis, e as tropas por eles comandadas.
6.5.3.1.4 Iniciar o desenvolvimento do valor moral da tropa e o espírito de corpo
da OM.
6.5.3.2 Da Preparação Completa e Específica
6.5.3.2.1 Possibilitar às Unidades, Subunidades e Frações atingirem os níveis
6-8
SIMEB
adequados de Eficiência Operacional e de Poder de Combate de acordo com as
necessidades operacionais definidas, atuais ou futuras.
6.5.3.2.2 Consolidar nos Quadros a capacidade de comando em situações de
combate.
6.5.3.2.3 Concretizar o valor profissional dos comandantes em todos os níveis.
6.5.3.2.4 Consolidar o valor moral da tropa e o espírito de corpo da OM.
6.5.4 CONCEPÇÃO
6.5.4.1 O Adestramento Básico é progressivo e se divide em três subfases: pe-
lotão, subunidade e unidade.
6.5.4.2 Os Programas-Padrão de Adestramento (PPA) das diversas armas, qua-
dros e serviços regulam os Objetivos de Adestramento (OA) que devem ser atin-
gidos.
6.5.4.3 O PIM estabelecerá, para cada ano do ciclo de adestramento, a relação
dos OA e missões da base doutrinária que deverão ser alvo do adestramento
das OM. Alinhado com esta relação, caberá à Direção da Instrução da OM com-
por o mapa de adestramento das suas frações e SU.
6.5.4.4 Apesar de as subfases do Adestramento Básico serem sequenciais, é ad-
mitido, em virtude da carência de material de emprego militar das OM, distância
do Campo de Instrução e outras condicionantes, que a cronologia seja altera-
da para se aproveitar as oportunidades. Destarte, uma SU poderá concluir seu
adestramento, enquanto outra ainda não iniciou o de seus pelotões. Tal decisão
é da Direção da Instrução da OM, que deverá informar ao seu escalão superior.
6.5.4.5 O Adestramento das subunidades de Comando e Apoio deve ser orien-
tado da seguinte forma:
6.5.4.5.1 durante a subfase pelotão - voltado à parte técnica, em complemento
à fase de qualificação; frações poderão integrar o adestramento dos Pel Fuz/Pel
Fuz Bld/Pel Fuz Bld/Pel C Mec/Pel CC.
6.5.4.5.2 durante a subfase subunidade - voltado, principalmente, para o apoio
logístico e de fogo a ser realizado por suas frações, integrando o adestramento
das demais Subunidades; e
6.5.4.5.3 durante a subfase unidade - adestrar a sua estrutura de comando, de
apoio logístico e de fogo, inclusive com a realização do tiro real das armas cole-
tivas orgânicas da subunidade.
6.5.5 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DO ADESTRAMENTO BÁSICO
- O Adestramento Básico deve ser orientado e desenvolvido com base nos se-
guintes fundamentos metodológicos:
6.5.5.1 participação de tropa;
6-9
SIMEB
6.5.5.2 imitação do combate;
6.5.5.3 cumprimento das missões de combate fundamentais ao escalão e natu-
reza da tropa empregada;
6.5.5.4 integração do adestramento de tropas de naturezas diferentes;
6.5.5.5 reunião de experiência operacional;
6.5.5.6 prática da ação de comando e da liderança militar em situações de trei-
namento para o combate; e
6.5.5.7 realização de instrução preliminar como parte integrante do próprio ades-
tramento.
6.5.6 PARTICIPAÇÃO DA TROPA
6.5.6.1 Esta é uma condição indispensável para que se concretize o Adestra-
mento Básico, pois só assim se poderá capacitar os diversos agrupamentos para
atuarem como instrumento de combate.
6.5.6.2 O alvo maior desta participação é o Efetivo Profissional da OM e, parti-
cularmente, os Quadros.
6.5.6.3 A participação da tropa não significa que o adestramento deva voltar-
-se para os conscritos ou se preocupar com os mesmos em termos individuais.
Esta atividade, entretanto, deve considerá-los como participantes indispensá-
veis, sem os quais a imitação do combate não atingiria a consecução dos OA
propostos.
6.5.7 IMITAÇÃO DO COMBATE
6.5.7.1 Os exercícios de campanha são instrumentos normalmente empregados
para a realização do Adestramento Básico. Para a execução de um exercício de
campanha deverá ser criada, no terreno, uma situação de combate entre dois
partidos. Um deles representado por tropa e material, podendo o seu oponente
ser apenas figurado. Tudo deve estar sob o controle de um diretor de exercício
e seus auxiliares (árbitros, observadores de conduta e chefe da força oponente).
6.5.7.2 Os exercícios de campanha devem revestir-se do máximo realismo, para
tornarem-se a imitação do combate. Alguns aspectos devem ser observados
para que isto ocorra:
6.5.7.2.1 deve ser criado um quadro tático coerente, possibilitando o emprego da
tropa de modo doutrinariamente correto;
6.5.7.2.2 é conveniente caracterizar o inimigo terrestre, o inimigo aéreo e o inimi-
go naval (este último, se for o caso), mencionando seu valor, possibilidades, ar-
mamentos, dispositivo, reforços, últimas atividades observadas, apoio de fogos,
reforços e outras informações julgadas necessárias;

6-10
SIMEB
6.5.7.2.3 é conveniente que o inimigo esteja representado por uma Força Opo-
nente (For Op), isto é, um agrupamento com efetivo compatível, devidamen-
te orientado e treinado sobre os procedimentos ou ações a realizar. Como um
exemplo simplificado, poder-se-ia dizer que a uma companhia, que ataca uma
posição sumariamente organizada, seria anteposto um pelotão corretamente
instalado no terreno;
6.5.7.2.4 não deve ser aplicada qualquer “equação de tempo”, pois isto diminui
o realismo do exercício;
6.5.7.2.5 nos exercícios de campanha, deve-se buscar um regime de operações
continuadas, atuando-se durante a noite sem interrupção das ações, utilizando
ou não equipamentos de visão noturna;
6.5.7.2.6 a arbitragem, sempre que for viável, deve estender-se até aos menores
escalões (grupos de combate e similares);
6.5.7.2.7 nos escalões menores, as correções devem ser feitas no momento em
que o erro for verificado. Aprender pelo erro não é o melhor processo de treina-
mento. No pequeno escalão, pouco adianta, na APA, apontar erros a um indiví-
duo exausto que nada mais poderá fazer para corrigir os equívocos cometidos;
6.5.7.2.8 os árbitros e observadores devem estar convenientemente instruídos
para fazerem as verificações, correções e anotações necessárias. Devem agir
com rigor e energia, mas também com seriedade e disciplina;
6.5.7.2.9 a arbitragem correta e a For Op eficiente formam a dupla que garante
o êxito do exercício;
6.5.7.2.10 os comandantes, em todos os escalões, devem viver a mesma situa-
ção da tropa, inclusive o Posto de Comando da Unidade;
6.5.7.2.11 todas as ações, próprias da situação considerada, devem ser desen-
volvidas, inclusive as relativas ao trabalho de comando, apoio ao combate e
apoio logístico; e
6.5.7.2.12 sempre que possível, deverá ser executado o tiro real e algum traba-
lho com explosivos, após serem tomadas todas as medidas de segurança. Mes-
mo estando um pouco “fora de situação” (devido à restrição de munições ou ne-
cessidade de se fazer o tiro dentro de um polígono), estas atividades contribuem
para o realismo dos exercícios de campanha. Até o nível Unidade, a imitação do
combate só poderá ser feita com a participação da tropa.

6-11
SIMEB

6.5.8 MISSÕES DE COMBATE FUNDAMENTAIS AO ESCALÃO E NATUREZA


DA TROPA
6.5.8.1 As missões de combate fundamentais de uma Unidade são aquelas pre-
vistas em sua Base Doutrinária. Dela serão, também, deduzidas as missões das
subunidades e frações subordinadas.
6.5.8.2 A execução de exercícios de campanha, baseados nestas missões de
combate, desenvolverão no escalão adestrado o desempenho coletivo neces-
sário para que execute operações típicas de seu escalão e natureza, como tam-
bém para que possa participar de operações de maior vulto, conduzidas pelos
escalões superiores.

DESEMPENHO COLETIVO
É definido como a capacidade técnica e/ou tática de uma determinada tropa para executar as
missões de combate correspondentes a sua organização.

6.5.8.3 De cada missão de combate fundamental, surge um Objetivo de Adestra-


mento (OA), que se caracteriza por três elementos:
6.5.8.3.1 a tarefa a ser executada;
6.5.8.3.2 as condições de execução; e
6.5.8.3.3 o padrão mínimo.
6.5.8.4 Os OA são descritos em fichas dos Programas-Padrão de Adestramento
(PPA) e possuem uma referência numérica para facilitar a sua identificação.
6.5.8.5 A tarefa a ser executada é caracterizada pela missão de combate propria-
mente dita e define as finalidades didáticas do adestramento a ser feito, que, em
linhas gerais, são as seguintes:
6.5.8.5.1 promover numa determinada tropa o desempenho coletivo necessário
para executar determinada operação; e
6.5.8.5.2 possibilitar ao escalão superior, empregar aquela tropa em operações
de maior envergadura, porém da mesma natureza.

6-12
SIMEB
6.5.8.6 As condições de execução descrevem os principais aspectos a serem
considerados na preparação do exercício de campanha correspondente à mis-
são de combate e incluem:
6.5.8.6.1 um quadro tático, com uma situação geral e a caracterização do inimi-
go;
6.5.8.6.2 o desenvolvimento do exercício, com as principais ações a realizar;
6.5.8.6.3 as características da zona de ação, com a indicação dos fatores que
orientarão a escolha da região onde ocorrerá o exercício;
6.5.8.6.4 os incidentes que ocorrerão na situação criada, que indicarão à arbitra-
gem e à For Op as ações que deverão ser executadas, para provocar determina-
da reação na tropa em adestramento.
6.5.8.6.5 a periodicidade dos exercícios de campanha, que estará expressa no
PIM de acordo com o Ciclo Plurianual de Adestramento.
6.5.8.7 O padrão mínimo a ser alcançado é definido por dois indicadores:
6.5.8.7.1 pelo desempenho coletivo da tropa, demonstrado pela execução corre-
ta das ações que caracterizam o cumprimento da missão de combate; e
6.5.8.7.2 pelas tarefas críticas relacionadas com a missão de combate, que são
as ações a serem executadas corretamente pelo comando do escalão conside-
rado e pelos comandos, em todos os níveis, a ele subordinados.
6.5.8.8 O padrão mínimo definido para o OA constituirá a base para a avaliação
do adestramento.
6.5.9 INTEGRAÇÃO DO ADESTRAMENTO
6.5.9.1 Objetivo
6.5.9.1.1 A integração do adestramento tem como objetivo realizar o treinamento
tático e técnico dos diversos agrupamentos no mais curto prazo e com um nú-
mero mínimo de exercícios de campanha.
6.5.9.1.2 Os PP de Adestramento (PPA) valem-se amplamente da concepção da
integração do adestramento, indicando os exercícios de campanha integrados
e os respectivos OA. Na reunião de coordenação dos C Mil A, cada GU fará a
coordenação do adestramento básico das OM Op subordinadas, possibilitando
a integração.
6.5.9.2 Concepção
- Um exercício de campanha integrado é aquele no qual ocorre uma das seguin-
tes situações:
6.5.9.2.1 mais de um agrupamento é adestrado, valendo-se do mesmo quadro
tático e com cada um agindo em benefício do adestramento dos demais;

6-13
SIMEB
6.5.9.2.2 o agrupamento em adestramento executa mais de uma missão de
combate; ou
6.5.9.2.3 os agrupamentos são adestrados no quadro de adestramento do es-
calão superior.
6.5.9.3 Exemplos de exercícios de campanha integrados
6.5.9.3.1 Exercícios de dupla ação
a) Estes exercícios caracterizam-se pela existência de dois partidos oponentes,
dispostos no terreno, vivendo um mesmo quadro tático.
b) Exemplo: uma FT BIB, em operações ofensivas, sendo retardada por um Esqd
C Mec, a cavaleiro de um eixo de progressão.
c) Estes exercícios serão organizados por Direções de Exercício que disporão
de arbitragem devidamente instruída, em condições de intervir na disputa, deci-
dindo sobre os resultados dos combates simulados.
d) Os partidos oponentes têm relativa liberdade de ação, sendo sancionados
quando atuarem fora de regras preestabelecidas, quando contrariarem princí-
pios doutrinários, ou quando agirem de modo visivelmente equivocado.
e) Estes exercícios são conduzidos com mais facilidade quando se dispõe de
Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático (DSET).
6.5.9.3.2 Exercícios de ações opostas
a) Caracterizam-se pela existência de dois partidos oponentes, dispostos no ter-
reno e vivendo um mesmo quadro tático. Não chegam a ser exercícios de dupla
ação, pois os oponentes não são livres, devendo agir segundo determinações
da Direção do Exercício.
b) Exemplo: uma tropa executa um ataque noturno para conquistar e manter
uma elevação onde outra está instalada defensivamente; a tropa que defende a
posição realiza um retraimento sob pressão, por ordem da Direção do Exercício.
c) Nestes exercícios deverão exigir arbitragens devidamente instruídas, em con-
dições de intervir, determinando as ações a realizar e decidindo sobre a correção
e eficácia das mesmas.
d) Cada partido atua como a For Op do outro.
e) Estes exercícios são mais apropriados ao adestramento dos pequenos esca-
lões, pois são difíceis de controlar nos escalões mais elevados.
6.5.9.3.3 Exercícios de ações sucessivas
a) Nestes exercícios, o agrupamento em adestramento cumpre missões de com-
bate numa sequência lógica, de acordo com a evolução da situação tática.
b) O exercício é coordenado por direção apoiada por arbitragem, que deve es-
6-14
SIMEB
tender-se até as pequenas frações.
c) Deve existir uma For Op, que poderá utilizar sinais convencionados, como
bandeirolas, foguetes coloridos e outros artifícios, para simular situações táticas.
Exemplo: uma bandeirola vermelha significa um canhão AC em posição.
d) Exemplo de exercício de ações sucessivas: uma FT BIB realiza um ataque
coordenado, rompe a posição defensiva inimiga e prossegue no aproveitamento
do êxito.
e) Este tipo de exercício pode ser aplicado a todos os escalões.
6.5.9.3.4 Exercícios de ações simultâneas
a) São aqueles nos quais o agrupamento em adestramento contém elementos
de naturezas diferentes, porém atuando no mesmo partido e vivendo a mesma
situação tática.
b) Exemplo: Um BI Mtz realiza a transposição imediata de um rio obstáculo,
apoiado por uma Cia E Cmb.
c) Assim como os citados anteriormente, estes exercícios carecem de direção
apoiada por arbitragem, bem como de uma For Op.
6.5.9.3.5 Exercícios do tipo participação
a) A participação dos escalões subordinados num exercício de campanha do
escalão superior é o exemplo mais normal de exercício do tipo participação.
b) Se o elemento subordinado não tiver realizado o adestramento naquela mis-
são de combate, objeto do exercício de campanha que será executado, deverá
ser enfatizada a instrução preliminar correspondente.

O Adestramento - caracterizando um fecundo esforço para a imitação do combate - é


a única maneira de profissionalizar os Quadros e de manter viva a Organização Militar.

6.5.10 REUNIÃO DE EXPERIÊNCIA OPERACIONAL


6.5.10.1 O instrumento utilizado
6.5.10.1.1 Em tempo de paz, o adestramento é o instrumento disponível para
preservar e ampliar a experiência operacional da Força Terrestre, pois oferece
oportunidades para testar a doutrina de emprego, bem como as técnicas do
material, os procedimentos de apoio logístico e a estrutura organizacional das
diversas OM Op.
6.5.10.1.2 O adestramento será conduzido de modo a permitir a reunião de ex-
periência operacional, proporcionando:
a) às OM Op, a capacidade para cumprir com eficiência as missões de combate
6-15
SIMEB
previstas em suas bases doutrinárias; e
b) ao Efetivo Profissional, a manutenção e o aprimoramento dos padrões de
desempenho em combate.
6.5.10.2 A coleta e o registro de experiências
6.5.10.2.1 As experiências operacionais adquiridas no adestramento deverão
ser coletadas e registradas, para que possam ser posteriormente divulgadas.
Para que seja possível a coleta e o registro das experiências operacionais, as
seguintes ações devem ser realizadas:
a) a avaliação, a análise pós-ação e o relatório do adestramento;
b) a elaboração e permanente atualização de documentos de orientação, tais
como normas gerais de ação (operacionais e logísticas) e normas de comando
para os diversos escalões;
c) a sistemática reunião de dados médios para o planejamento de operações
militares (DAMEPLAN);
d) o confronto entre a doutrina e a prática, verificando os aspectos falhos ou
conflitantes que necessitam ser modificados;
e) o acompanhamento do desempenho dos armamentos, munições e equipa-
mentos de todos os tipos; e
f) o registro dos avanços tecnológicos de interesse para as operações militares.
6.5.10.2.2 As Instruções Reguladoras da Sistemática de Acompanhamento
Doutrinário e Lições Aprendidas (EB70-IR-10.007), aprovadas pela Portaria nº
104-COTER, de 19 de dezembro de 2017, estabelecem a sistemática para a
coleta e registro de experiências que possam ser aproveitadas para o preparo e/
ou emprego da F Ter.
6.5.10.3 Produto final
- Todos os dados devem ser relatados aos escalões superiores por intermédio de
propostas e sugestões, visando a atualização e o aprimoramento dos documen-
tos doutrinários e didáticos.
6.5.11 EXERCÍCIO DA AÇÃO DE COMANDO E DA LIDERANÇA MILITAR
6.5.11.1 Os exercícios de campanha devem ser planejados e conduzidos bus-
cando imitar as dificuldades impostas pelas situações reais de combate.
6.5.11.2 A experiência mostra que o adestramento oferece, em cada exercício
realizado, inúmeras oportunidades para que os Quadros exerçam a ação de
comando e estabeleçam laços de liderança com os seus subordinados, em situ-
ações assemelhadas ao combate.
6.5.11.3 Os exercícios de campanha são, ainda, um excelente vetor para promo-

6-16
SIMEB
ver a integração dos agrupamentos em adestramento e o ajustamento de cada
indivíduo aos seus comandantes, subordinados e camaradas.
6.5.11.4 Por estas razões, o adestramento não pode ser encarado apenas como
um meio para desenvolver técnicas e táticas individuais e coletivas. A transfor-
mação de uma tropa em instrumento de combate exige que seja desenvolvido
o valor profissional dos comandantes, em todos os escalões, e o valor moral de
cada integrante desta tropa. Para que isto ocorra, é necessário que nos exercí-
cios de campanha sejam observados os seguintes procedimentos:
6.5.11.4.1 os comandantes em todos os níveis vivam as mesmas dificuldades da
tropa, lembrando-se sempre que o bom exemplo é o mais eficiente vetor da lide-
rança. Por intermédio do bom exemplo, são construídas as bases de confiança
e credibilidade, fundamentais para que se desenvolva a liderança e para que, a
partir dela, surjam a disciplina, a coesão e o espírito de corpo das OM Op.
6.5.11.4.2 os exercícios de campanha sejam conduzidos em “regime de opera-
ções continuadas”, semelhante ao que ocorrerá no combate real;
6.5.11.4.3 seja consumida, por todos, a alimentação fornecida pelo apoio logís-
tico previsto para o exercício;
6.5.11.4.4 sejam usados, sempre que estiverem disponíveis e forem adequados
à situação, os equipamentos de dotação da tropa em adestramento;
6.5.11.4.5 seja realizado o tiro real e o emprego de explosivos, sempre que for
possível. O tiro real nestas situações é importante para que se adquira confian-
ça no armamento, que estará sendo operado em situações diferentes daquelas
existentes nos estandes e polígonos de tiro;
6.5.11.4.6 a arbitragem conduza o exercício exigindo os procedimentos corretos
e apontando os erros no momento em que forem cometidos, ao invés de relatá-
-los apenas na crítica final; e
6.5.11.4.7 o exercício de campanha seja realizado, preferencialmente, em terre-
no de difícil transitabilidade e sob condições climáticas adversas.

6.6 PLANEJAMENTO DO PROGRAMA DE ADESTRAMENTO BÁSICO (PAB)


6.6.1 O planejamento do adestramento básico de uma OM Op é responsabilida-
de da Grande Unidade (GU) que a enquadra. Este planejamento é definido por
um Programa de Adestramento Básico (PAB) e por um Plano de Avaliação (PAv).
6.6.2 O PAB deve resultar de um trabalho integrado entre o planejador e o exe-
cutante. Nele são considerados os seguintes fatores:
6.6.2.1 as diretrizes do COTER relativas ao adestramento básico, expressas no
PIM;
6.6.2.2 as necessidades de adestramento impostas pela conjuntura regional e
6-17
SIMEB
expressas na Diretriz do C Mil A;
6.6.2.3 os OA que deverão ser atingidos para completar o Ciclo Plurianual de
Adestramento, definido pelo PIM;
6.6.2.4 os recursos financeiros, combustíveis e munições disponíveis - o PAB
será executado com os “recursos padrão” que o COTER enviará às OM Op; e
6.6.2.5 a existência, distância e limitações dos campos de instrução utilizáveis.
6.6.3 A conciliação destes fatores origina o “Contrato de Objetivos”, que é firma-
do em uma Reunião de Comando na qual o Comandante Superior, após analisar
e discutir as propostas apresentadas pelas OM subordinadas, determina tarefas
exequíveis e adequadas ao adestramento básico, enquanto os Comandantes
das OM Op comprometem-se com o planejamento do escalão superior e assu-
mem o compromisso de executar integralmente o PAB.

CONTRATO DE OBJETIVOS
É o compromisso entre a autoridade responsável pelo planejamento do adestramento em deter-
minado nível e seus comandantes executantes, resultantes da conciliação das necessidades de
adestramento e disponibilidade de recursos de toda ordem, das facilidades existentes e das dificul-
dades estruturais e conjunturais, para obtenção da certeza de consecução dos objetivos fixados
para a atividade.

6.6.4 ELABORAÇÃO DO PAB


6.6.4.1 Tendo sido efetuado o Contrato de Objetivos, o Cmt da GU determina
ao seu Chefe da 3ª Seção a consolidação do PAB. Este documento deve ser
sintético, contendo os principais aspectos que orientarão o adestramento anual
das OM Op subordinadas.
6.6.4.2 Constará de uma Capa, com dados que sintetizam o conteúdo do Pro-
grama e de vários Quadros de Adestramento Anual, onde estarão programados
os exercícios de campanha, em todos os níveis (U, SU e Frações), a serem
realizados pelas OM Op subordinadas, os OA geradores de cada exercício, as
participações ou integrações e as respectivas semanas de execução, dentro do
ano de instrução.
6.6.4.3 Integrarão também o PAB, um Quadro de Encargos e Cooperação e um
Quadro de Distribuição de Recursos, onde aparecerão os locais ou regiões dos
exercícios, as cooperações previstas e os recursos disponíveis.
6.6.4.4 O PAB deve ter o seu esforço principal voltado para o escalão Subunida-
de. O adestramento dos elementos de comando, de serviço e de apoio, deverá
ser conduzido por integração nos exercícios das SU e da U.
6.6.5 DOSAGEM DOS EXERCÍCIOS DE CAMPANHA
6.6.5.1 A preparação orgânica será conduzida por intermédio do adestramento

6-18
SIMEB
anual, constituído por um número conveniente de módulos didáticos de adestra-
mento, que estarão regulados, em cada nível, no PIM e que serão selecionados
de acordo com:
6.6.5.1.1 as missões de combate características aos diversos tipos de OM Op e
expressas nas respectivas Bases Doutrinárias;
6.6.5.1.2 as operações básicas de combate descritas no Manual de Campanha
C 100-5, OPERAÇÕES, e estabelecidas como objetivos de adestramento nos
PP de Adestramento (PPA); e
6.6.5.1.3 as necessidades impostas pela garantia dos poderes constitucionais,
da lei e da ordem e pela participação em Forças de Paz.
6.6.6 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PLANEJAMENTO DOS EXERCÍCIOS DE
CAMPANHA
6.6.6.1 Adestramento Anual
6.6.6.1.1 No PAB estarão programados os MDA que deverão ser cumpridos em
determinado ano pelas Unidades, Subunidades e pequenas frações. Para que
se obtenha a Preparação Orgânica das OM Emp Ge e a Preparação Completa
das OM Emp Estr, o adestramento anual deverá conter um número mínimo de
OA a serem atingidos em cada nível.
6.6.6.1.2 O COTER estabelecerá, no PIM, estes objetivos mínimos, que poderão
ser acrescidos de outros, a critério dos Comandos Militares de Área, desde que
haja recursos para tal.
6.6.6.1.3 Visando à racionalização e uma consequente economia de meios, os
exercícios de campanha deverão ser planejados de modo que se atinja mais de
um OA em cada um deles.
6.6.6.2 Importância do calendário dos exercícios
6.6.6.2.1 Um calendário bem elaborado é peça fundamental para que seja possí-
vel o apoio mútuo e a integração do adestramento das diversas OM Op. Possibi-
lita, ainda, a verificação e o acompanhamento do PAB pelos escalões superiores
e permite a coordenação da utilização dos campos de instrução disponíveis.
6.6.6.2.2 O calendário determinará, também, a duração adequada de cada MDA,
evitando o encurtamento dos exercícios por intermédio de “equações do tempo”
e outros artifícios que possam contribuir para diminuir o realismo que deve ser
procurado no adestramento.
6.6.6.3 Integração do adestramento
6.6.6.3.1 É indispensável que o comando superior planeje a integração dos exer-
cícios de campanha dos elementos subordinados, prevendo exercícios de ações
simultâneas, de ações opostas e de dupla ação.

6-19
SIMEB
6.6.6.3.2 Além da integração do adestramento, o PAB deverá prever a participa-
ção de militares de uma OM nos exercícios de outra. Assim, por exemplo, Ofi-
ciais de Artilharia poderão participar dos exercícios dos batalhões e regimentos,
atuando como Oficiais de Ligação (O Lig) ou Observadores Avançados (OA).
6.6.6.4 Escolha da Região do Exercício
6.6.6.4.1 A escolha da região do exercício fica bastante condicionada à disponi-
bilidade de áreas adequadas.
6.6.6.4.2 Normalmente, esta escolha ficará ao encargo do Comandante da OM
Op. Porém, a GU deverá assumir esta responsabilidade, sempre que for ne-
cessário, para superar dificuldades locais, ou para coordenar a distribuição de
campos de instrução e outras áreas específicas.
6.6.6.4.3 Recomenda-se que os exercícios de campanha sejam realizados o
mais próximo possível da sede da OM Op.
6.6.6.5 Apoio da GU à execução dos exercícios
- A GU deverá apoiar as OM Op subordinadas de quatro maneiras:
6.6.6.5.1 Na Montagem dos Exercícios de Campanha
- O Comando da GU, por intermédio de seu Oficial de Operações, deverá mon-
tar, avaliar e arbitrar os exercícios de campanha de nível Unidade realizados
pelas OM Op subordinadas. Em algumas regiões, as grandes distâncias a serem
percorridas poderão constituir-se em obstáculos insuperáveis, que impedirão a
realização deste trabalho. No entanto, para desenvolver um quadro tático mais
adequado aos exercícios de campanha integrados ou quando as OM subordina-
das estiverem aquarteladas em guarnições próximas, o comando da GU trará a
si esta responsabilidade.
6.6.6.5.2 No Apoio com Figuração Inimiga
- Nos exercícios nível Unidade, torna-se difícil para a OM Op constituir uma fi-
guração inimiga, pois isto significa ter que empregar seus próprios meios, com
prejuízo de sua organização. O comando da GU poderá determinar a passagem
de elementos de outras OM à disposição da primeira para tal fim.
6.6.6.5.3 No Apoio em Arbitragem
- É sempre conveniente que a GU, empregando seus oficiais e elementos das
OM subordinadas, realize a arbitragem dos exercícios de campanha nível Uni-
dade previstos no PAB. Isto possibilita o adestramento dos Estados-Maiores das
Unidades e uma avaliação mais correta do desempenho da tropa executante.
6.6.6.5.4 No Apoio em Material
- Muitas vezes, se as OM Op não possuem todo o material previsto nos respecti-
vos quadros de dotação, a GU poderá organizar um “Plano de Apoio Mútuo” en-
6-20
SIMEB
tre elas. Deste modo, a execução do PAB será viabilizada em melhores circuns-
tâncias, possibilitando a realização de exercícios de campanha mais completos.
O empréstimo de material tem, no entanto, o grave inconveniente de apressar o
seu desgaste, principalmente dos itens mais sensíveis e, por isto, este procedi-
mento não poderá ser adotado de modo permanente.

6.7 EXECUÇÃO DO PAB


- O PAB resulta de objetivos de adestramento selecionados, nos quais foram
conciliados os recursos e meios disponíveis com as necessidades de ades-
tramento. Trata-se de organizar um programa objetivo e exequível. Cabe aos
Comandantes de GU proporcionar o apoio previsto, a orientação necessária,
o acompanhamento da execução e a montagem e avaliação dos exercícios de
campanha de nível Unidade, cabendo ao Comandante da OM Op encargos aná-
logos em relação aos seus escalões subordinados, devendo assumir o compro-
misso de cumprir o PAB integralmente.
6.7.1 EXECUÇÃO DOS MDA
6.7.1.1 Como já visto anteriormente, a instrução preliminar será executada antes
do exercício de campanha, de acordo com uma programação que estabelecerá
as atividades que serão desenvolvidas pelos quadros e pelas diversas subunida-
des e frações envolvidas. Poderá ser incluída a realização dos tiros de combate
avançados e das escolas de fogo de instrução, conforme estiver regulado nas
IRTAEx.
6.7.1.2 Os exercícios de campanha serão conduzidos segundo o tema tático
concebido para atingir os OA estabelecidos. Sua duração deverá permitir o cum-
primento das missões de combate nas condições de execução estabelecidas no
PP.
6.7.1.3 O exercício de campanha deverá buscar a imitação do combate e deverá
revestir-se do maior realismo possível. Para que isto ocorra é preciso que:
6.7.1.3.1 o inimigo seja corretamente caracterizado por uma figuração treinada;
6.7.1.3.2 as ações sejam conduzidas em regime de operações continuadas,
levando a tropa executante a uma situação de cansaço e tensão que seriam
inerentes a uma situação de combate real. É necessário que o cumprimento
da missão de combate seja concretizado dentro dos prazos estabelecidos pela
Direção de Exercício e que sejam cobrados os procedimentos corretos em todos
os escalões;
6.7.1.3.3 haja uma correta e intensa exploração do sistema de comunicações de
campanha e guerra eletrônica;
6.7.1.3.4 o acionamento da tropa executante seja feito por intermédio de ordens
fragmentárias, ordens verbais e informações, evitando-se a documentação do

6-21
SIMEB
tipo escolar;
6.7.1.3.5 as atividades logísticas sejam executadas “em situação”; deve-se trei-
nar, além do ressuprimento das classes I e III, o remuniciamento em combate,
mesmo que seja de forma simulada, empregando-se cunhetes lastrados;
6.7.1.3.6 haja o correto planejamento do apoio de fogo e, no mínimo, a simula-
ção do seu desencadeamento a pedido;
6.7.1.3.7 sejam executados os trabalhos de comando em todos os escalões;
6.7.1.3.8 seja buscada a participação de elementos de outras armas, principal-
mente de Artilharia, Engenharia e Comunicações, como também da Marinha e
da Aeronáutica;
6.7.1.3.9 seja preparado um quadro de incidentes, que será desencadeado pela
figuração inimiga; isto exigirá da tropa executante reações adequadas; e
6.7.1.3.10 que a arbitragem seja feita até o menor escalão possível e que atue
de modo permanente e enérgico, impedindo o prosseguimento de ações erra-
das, que possam comprometer o esforço realizado.
6.7.2 AÇÕES TÁTICAS COMUNS ÀS OPERAÇÕES BÁSICAS
6.7.2.1 São as seguintes:
6.7.2.1.1 vigilância, segurança e reconhecimento;
6.7.2.1.2 substituição por ultrapassagem, acolhimento e em posição;
6.7.2.1.3 ligação tática; e
6.7.2.1.4 infiltração tática.
6.7.2.2 Estas ações táticas, mesmo não estando estabelecidas especificamente
como objetivos de adestramento, devem ser praticadas no quadro dos exercí-
cios de campanha programados.
6.7.3 APA
6.7.3.1 Os exercícios de campanha serão apreciados em função dos padrões
mínimos estabelecidos nos objetivos de adestramento. Independente das tare-
fas que lhe tenham sido atribuídas no Plano de Avaliação (P Av), os Comandan-
tes, em todos os escalões, têm a responsabilidade de avaliar o desempenho
coletivo das tropas que comandam e o desempenho individual de cada um de
seus subordinados.
6.7.3.2 Com base nesta avaliação e ao final de cada exercício, farão uma análise
objetiva sobre o trabalho executado, ressaltando os erros e acertos e, sobretudo,
analisando suas causas e os reflexos sobre o desempenho coletivo desejado.
6.7.3.3 No nível fração, ela deve ser imediatamente executada, ainda na área do
exercício. No nível Unidade e Subunidade deve ser orientada para os quadros,
6-22
SIMEB
visando desenvolver a sua experiência profissional, abordando-se os aspectos
técnicos e táticos e, principalmente, aqueles relativos à liderança em combate.
Se necessário, o Comandante orientará individualmente aqueles subordinados
que apresentarem falhas específicas.
6.7.4 APRONTO OPERACIONAL
6.7.4.1 Apronto operacional é a condição de prontidão de uma OM Op relacio-
nada com a sua capacidade para emprego imediato em missões de combate.
Caracteriza-se pela disponibilidade dos equipamentos, armamentos (individuais
e coletivos) e das diversas classes de suprimento. Caracteriza-se, ainda, pela
disponibilidade e possibilidade de emprego imediato de viaturas sobre rodas,
blindados, aeronaves e outros meios de transporte e/ou combate orgânicos ou
não. Relaciona-se finalmente à prontidão de seu pessoal no que diz respeito ao
efetivo existente e a disposição física e anímica para entrar em combate.
6.7.4.2 Os exercícios de campanha deverão ser sempre antecedidos de um
apronto operacional, que se constitui em eficiente instrumento de verificação
da ordenação, quantificação e prontidão do pessoal e do material da OM Op. A
Situação de Apronto Operacional (SAO) é aquela que permite à OM Op perma-
necer em condições de passar, no mais curto prazo, à uma Situação de Ordem
de Marcha (SOM), sem modificar totalmente a sua rotina.
6.7.4.3 As Unidades, Subunidades e frações deverão deslocar-se para os exer-
cícios de campanha em ordem de marcha (prontas para o cumprimento da mis-
são recebida). Isto já faz parte da imitação do combate que se pretende fazer no
adestramento.
6.7.5 PLANO DE AVALIAÇÃO (P Av)
6.7.5.1 A avaliação do adestramento, assim como os exercícios de campanha
realizados, deverá estar focada nos objetivos de adestramento, observando-se
a seguinte relação:

- Deste modo, os padrões mínimos coletivos, fixados no OA e correspondentes


a cada missão de combate, impulsionam o adestramento e servem de base à
avaliação. Tanto os exercícios de campanha quanto a avaliação estarão focados
no OA.
6.7.5.2 O Comandante, em todos os escalões, tem a responsabilidade de avaliar
os exercícios de campanha executados pela tropa que comanda. Para isto, de-
verá avaliar o desempenho coletivo de sua tropa como um todo e, também, o de
6-23
SIMEB
cada uma das OM ou frações subordinadas.
6.7.5.3 A avaliação tem como objetivos:
6.7.5.3.1 verificar o nível de preparação (orgânica ou completa) da tropa, visan-
do atingir a operacionalidade;
6.7.5.3.2 identificar as deficiências existentes, a fim de corrigi-las;
6.7.5.3.3 aprimorar o adestramento; e
6.7.5.3.4 orientar a realização da APA a ser conduzida após cada exercício de
campanha.
6.7.5.4 A avaliação deverá ser conduzida mediante um P Av, que complementa
o PAB. Este plano terá uma concepção bastante simples, já que os OA ofere-
cem todas as indicações para a avaliação. Ele deverá abordar o processo a ser
empregado, os recursos necessários (pessoal e material), os agrupamentos a
serem avaliados nos diversos escalões e os critérios de avaliação.
6.7.5.5 Processos de Avaliação
- A avaliação de determinado escalão envolve, normalmente, a apreciação das
ações conduzidas pela organização como um todo e de seus elementos dire-
tamente subordinados para permitir uma visão global da atuação integrada de
seus órgãos e sistemas.
6.7.5.5.1 A avaliação sucessiva na qual os Pelotões/Seções, as Subunidades e
a Unidade são avaliados separada e sucessivamente, havendo um acompanha-
mento cerrado de todas as fases do adestramento básico. Este processo permite
correções à medida que as falhas forem sendo verificadas e requer um número
menor de árbitros, que poderão ser os próprios Oficiais e Sargentos da OM Op,
cujas Subunidades não estejam sendo avaliadas naquele momento. Em princí-
pio, a avaliação do escalão Unidade deverá ser feita pelo comando enquadrante.
6.7.5.5.2 A avaliação simultânea, quando, em uma só oportunidade, durante a
realização de um determinado exercício de campanha, forem avaliados todos
os escalões. Este processo exigirá uma arbitragem bem maior, que deverá ser
organizada com pessoal oriundo do comando enquadrante e de outras OM Op.
Este processo é o mais apropriado para a avaliação do escalão Unidade, pois
permite uma melhor apreciação do funcionamento integrado do trabalho do Es-
tado-Maior, das peças de manobra, do apoio logístico, do apoio de fogo, das
comunicações de campanha e de todos os demais subsistemas.
6.7.5.6 Quanto aos recursos necessários (pessoal e material) o aspecto mais
importante a ser verificado é a quantidade, qualidade e preparação do pessoal a
ser empregado na avaliação.
6.7.5.6.1 Sempre que possível, a arbitragem deverá ser executada desde as
frações elementares.
6-24
SIMEB
6.7.5.6.2 Os árbitros deverão ser preparados doutrinariamente, ambientados
quanto ao exercício de campanha que será executado, orientados sobre os cri-
térios de avaliação e instruídos sobre a maneira de atuar junto aos elementos
arbitrados.
6.7.5.6.3 No que diz respeito ao material a ser empregado, deve-se pensar nos
meios necessários ao estabelecimento de uma Rede Rádio exclusiva para a
arbitragem, possibilitando ligações com a direção do exercício, entre si e com a
figuração inimiga.
6.7.5.6.4 Ainda quanto ao material, será feito o levantamento dos itens que pos-
sibilitarão o acionamento do quadro de incidentes, aspecto fundamental para a
verificação da reação dos comandantes e da tropa diante de situações inopina-
das.
6.7.5.7 O P Av deverá determinar também que agrupamentos serão avaliados.
Um determinado agrupamento deverá ser avaliado como um todo, pois só assim
será possível obter uma visão global da atuação integrada dos seus diversos
órgãos e sistemas. Exemplificando, não se pode avaliar uma Cia Fuz verificando
o desempenho de um de seus Pelotões, ou avaliar um GAC por intermédio de
uma de suas Baterias.
6.7.5.8 Os critérios de avaliação deverão ser estabelecidos com base nos pa-
drões mínimos coletivos estabelecidos nos OA que estiverem sendo trabalhados
no PAB. As tarefas críticas relacionadas a cada OA devem servir de guia para
o estabelecimento dos critérios de avaliação; entretanto, convém que seja dado
um tratamento mais detalhado a eles, tornando a avaliação mais objetiva. Uma
lista de verificação com o desdobramento de cada tarefa crítica orientará melhor
a avaliação. No quadro abaixo, mostra-se o desdobramento de uma tarefa crítica
relacionada a um Pel Fuz no ataque.

Tarefa crítica: Transpor a LP na hora certa e com a formação adequada.


Desdobramento em ações a realizar:
- O Cmt Pel reconheceu o Itn da P Atq até a LP?
- Avaliou o tempo de deslocamento?
- Utilizou Itn coberto e abrigado?
- Desdobrou o Pel antes da LP?
- Progrediu numa formação adequada?
- Ligou-se à tropa em contato?
- Transpôs a LP na hora certa?
- A transposição foi efetuada na formação correta e em boa ordem?
- O movimento foi feito com rapidez?

6-25
SIMEB
6.7.5.9 Este desdobramento deverá conduzir a uma avaliação de cada tarefa
crítica. A apreciação do conjunto de tarefas críticas assim desdobradas deverá
permitir uma avaliação final do desempenho coletivo da OM Op, no cumprimento
de determinada missão de combate.
6.7.5.10 A avaliação final deverá ser conclusiva e expressa como suficiente ou
insuficiente.
6.7.6 RELATÓRIO DE ADESTRAMENTO
6.7.6.1 Ao final do período de adestramento, a direção da instrução da OM or-
ganizará o Relatório de Adestramento, abordando as atividades conduzidas no
período e ressaltando os aspectos e experiências que possam ser úteis na ela-
boração de futuros PAB e no preenchimento dos Boletins do Sistema de Avalia-
ção da Capacitação Operacional da Força Terrestre.
6.7.6.2 Deverão ser relatados:
6.7.6.2.1 os exercícios de campanha realizados em todos os níveis;
6.7.6.2.2 os resultados alcançados (suficiente ou insuficiente);
6.7.6.2.3 os fatores que contribuíram para o êxito do adestramento;
6.7.6.2.4 os fatores que dificultaram o adestramento; e
6.7.6.2.5 outras informações julgadas úteis.
6.7.7 DURAÇÃO DO ADESTRAMENTO BÁSICO
- Será regulada, anualmente, no PIM.

6.8 ADESTRAMENTO AVANÇADO


6.8.1 CONSIDERAÇÕES
6.8.1.1 O Adestramento Avançado abrange as atividades de treinamento coletivo
para o combate a partir do escalão Grande Unidade. Constitui-se na mais impor-
tante oportunidade de verificar a capacitação operacional atingida pelo módulo
de combate básico da F Ter (Bda), num ambiente de imitação da guerra, quando
deverá ser enfatizado o adestramento dos sistemas em relação ao adestramento
dos escalões, particularmente o C2, Logístico e Ap F.
6.8.1.2 As Operações Conjuntas, coordenadas pelo MD, normalmente com parti-
cipação de 1 Comando Militar de Área, como Força Terrestre Componente (FTC)
ou Comando Conjunto, devido ao calendário do MD, poderão ser desenvolvidas
fora do Período de Adestramento Avançado (PAA), apesar do escalão e da na-
tureza da atividade.
6.8.1.3 O Adestramento Avançado deverá contemplar Exercícios de Defesa Ex-
terna e Exercícios de Garantia da Lei e da Ordem.

6-26
SIMEB
6.8.2 CICLOS PARA A MONTAGEM E EXECUÇÃO DE EXERCÍCIOS
- O ciclo para montagem dos Exercícios de Adestramento Avançado é anual, ou
seja, o planejamento, os reconhecimentos necessários e a execução deverão ter
início e fim no mesmo ano.
6.8.3 OBJETIVOS GERAIS
6.8.3.1 Capacitar os Grandes Comandos e as Grandes Unidades, como um
todo, ao emprego em operações de combate.
6.8.3.2 Exercitar e testar o planejamento operacional da F Ter.
6.8.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
6.8.4.1 Desenvolver a capacidade de emprego integrado dos Grandes Coman-
dos, das Grandes Unidades e dos Comandos de Apoio Logístico.
6.8.4.2 Exercitar a ação de comando e a capacidade de liderança dos Quadros
em todos os níveis.
6.8.4.3 Promover a integração de Comandos e Estados-Maiores em todos os
níveis.
6.8.4.4 Preservar e ampliar a experiência operacional da Força Terrestre.
6.8.4.5 Adquirir experiência para planejar e executar preparações específicas da
Força Terrestre, que serão desencadeadas quando se fizer necessário.
6.8.4.6 Desenvolver a capacidade de planejar e executar Operações Conjuntas
e Combinadas.
6.8.4.7 Testar as funções de combate: Comando e Controle; Manobra; Logística;
Inteligência; Fogos; e Proteção.
6.8.5 CONDICIONANTES
6.8.5.1 Os C Mil A deverão planejar o desenvolvimento do Adestramento Avan-
çado em Operações de Defesa Externa de suas DE e GU, de forma isolada ou
integrada, no contexto de um Plano de Campanha, ainda que este não seja afeto
a sua área de responsabilidade, mas com possibilidade de emprego real de tro-
pa em reforço, como é o caso dos CML, CMSE, CMNE e CMP.
6.8.5.2 O COTER acompanhará o desenvolvimento do Adestramento Avançado
em Operações de Defesa Externa, desde o planejamento e levantamento das
necessidades de recursos financeiros e físicos, até a sua execução.
6.8.5.3 Durante o Período de Adestramento Avançado poderão ser, eventual-
mente, realizadas as seguintes atividades:
6.8.5.3.1 continuação do Adestramento Básico;
6.8.5.3.2 realização de competições de instrução; e

6-27
SIMEB
6.8.5.3.3 recuperação de instruções.
6.8.6 FUNDAMENTOS DO ADESTRAMENTO AVANÇADO
6.8.6.1 Considerações gerais
6.8.6.1.1 O Adestramento Avançado deve ser desenvolvido por meio de exercí-
cios táticos, estratégico-operacionais e de apoio logístico, nos quais se busca re-
alizar as atividades de Estado-Maior e a combinação de Armas e Serviços. Este
é o adestramento das Brigadas, Divisões de Exército e escalões mais elevados.
6.8.6.1.2 No Adestramento Avançado, os exercícios terão as seguintes denomi-
nações:
a) Exercício na Carta (Quadros);
b) Exercício no Terreno (Quadros);
c) Jogo de Guerra (Quadros);
d) Exercício de Campanha (Tropa);
e) Exercício de Grande Comando (Tropa);
f) Exercício de Forças Combinadas ou Conjuntas (Tropa); e
g) Exercício de Apoio Logístico (Quadros).
6.8.6.1.3 O Exercício de PC é sempre realizado em integração com algum dos
exercícios executados pelos Quadros. Por exemplo, pode-se realizar um Jogo
de Guerra com os comandos das GU e U instalados em seus PC no terreno.
Nestas situações busca-se, além do adestramento dos Estados-Maiores, a veri-
ficação do funcionamento do sistema de comando e controle.
6.8.6.2 A Imitação do Combate no Adestramento Avançado
6.8.6.2.1 No planejamento e execução dos exercícios com tropa realizados no
PAA, deve-se observar os mesmos princípios preconizados para os exercícios
de campanha do PAB.
6.8.6.2.2 Mesmo nos exercícios executados apenas com os Quadros, a imitação
do combate deve, igualmente, ser buscada e, para isto, os seguintes aspectos
deverão merecer especial atenção:
a) elaboração de um cenário estratégico-operacional e de situações táticas co-
erentes e completas;
b) caracterização de um oponente com todos os elementos de seu poder nacio-
nal, particularmente o militar, configurando-se, preferencialmente, uma hipótese
de emprego (HE);
c) dimensionamento das condições de tempo e espaço, de acordo com o cenário
elaborado, proporcionando continuidade e duração adequadas à execução do

6-28
SIMEB
exercício e caracterizando uma área de operações de amplitude compatível com
o escalão empregado; e
d) desenvolvimento completo das ações necessárias à realização do exercício,
que simulará uma campanha, como um todo ou em parte (planejamento do sis-
tema de comando e controle, da mobilização, da concentração estratégica, do
apoio logístico e das ações de combate propriamente ditas).
6.8.6.3 Níveis dos Exercícios do Adestramento Avançado
6.8.6.3.1 Os Exercícios do Adestramento Avançado poderão ser conduzidos em
dois níveis: o tático e o estratégico-operacional.
6.8.6.3.2 O primeiro será realizado pelas Brigada e suas OM subordinadas, nor-
malmente sob a orientação e supervisão das Divisões de Exército ou, em casos
especiais, dos Comandos Militares de Área. Poderão ser Exercícios de Quadros
ou com Tropa (na Carta, no Terreno, Jogo-de-Guerra e de Campanha).
6.8.6.3.3 O segundo será realizado por mais de uma Brigada, normalmente inte-
grando uma Divisão de Exército, sob a orientação e supervisão de um Comando
Militar de Área, que estará ou não executando o exercício de acordo com diretriz
do Comando de Operações Terrestre. Poderão ser exercícios de Quadros ou
com Tropa (na Carta, no Terreno, Jogo de Guerra e de Grande Comando). Po-
derá haver a participação de Quadros da Marinha e Aeronáutica, bem como de
Unidades Navais ou Aéreas (Exercícios Combinados ou Conjuntos).
6.8.6.3.4 Os Exercícios Combinados ou Conjuntos também ocorrerão quando
uma ou mais Brigadas do Exército estiverem adestrando-se em exercícios pla-
nejados, orientados e supervisionados por Grandes Comandos da Marinha ou
Aeronáutica. Poderá ser um exercício tático ou estratégico-operacional.
6.8.6.4 Etapas dos Exercícios do Adestramento Avançado
6.8.6.4.1 Em princípio, os Exercícios do Adestramento Avançado serão realiza-
dos em quatro etapas (normalmente, uma a cada ano de instrução), nas quais
um mesmo tema tático ou estratégico-operacional será desenvolvido. Caso se
prenuncie alguma crise, com possibilidade de emprego da Força Terrestre, ou al-
gum outro motivo determine esta necessidade, a duração das etapas poderá ser
modificada e isto será regulado pelo COTER. Em relação às GU consideradas
prioritárias será observado o mesmo procedimento.
a) 1ª Etapa: Concepção, reconhecimentos, planejamento detalhado e orçamen-
tação.
b) 2ª Etapa: Exercício na Carta ou no Terreno (Quadros).
c) 3ª Etapa: Exercício de PC com aplicação de Jogo de Guerra (Quadros).
d) 4ª Etapa: Exercício de Campanha, de Grande Comando ou Combinado/Con-
junto (Tropa).
6-29
SIMEB
6.8.6.4.2 Os Exercícios de Apoio Logístico (EAL), quando realizados, serão le-
vados a efeito paralelamente aos Exercícios de Grande Comando e terão como
objetivo apoiá-los, como um todo ou em parte, em sua 4ª Etapa.
6.8.6.4.3 Nos anos em que não forem realizados exercícios com tropa no PAA,
as atividades das OM Op poderão ser reguladas dentro das seguintes alterna-
tivas:
a) Ampliação do Adestramento Básico.
b) Realização de competições de instrução, com provas que verifiquem o Ades-
tramento Básico.
c) Recuperação de instruções que tiverem sido prejudicadas devido ao engaja-
mento das OM Op em ações subsidiárias, de apoio ao desenvolvimento nacional
ou à defesa civil.
6.8.7 PLANEJAMENTO DO ADESTRAMENTO AVANÇADo
6.8.7.1 Planejamento nível COTER/Comandos Militares de Área
6.8.7.1.1 Pelo vulto dos recursos necessários, não se pode fazer, ao mesmo
tempo e com todos os Comandos Militares de Área, Divisões e Brigadas, Exer-
cícios de Grande Comando ou Exercícios de Campanha.
6.8.7.1.2 Em consequência, surge a necessidade de coordenar os PAA dos
Grandes Comandos, Divisões de Exército e Brigadas, tornando-os exequíveis.
Dessa forma, são visualizadas as seguintes necessidades fundamentais:
a) escalonar ao longo do tempo o adestramento dos Comandos Militares de
Área, Divisões de Exército e Brigadas; e
b) dar tratamento diferenciado àquelas GU consideradas prioritárias pelo Esta-
do-Maior do Exército.
6.8.7.1.3 No planejamento do PAA é preciso, ainda, considerar a distribuição ge-
ográfica e o valor das tropas subordinadas a cada Comando Militar de Área. As-
sim, nas situações em que as GU estiverem dispersas, existindo entre elas gran-
des distâncias, agravadas por comunicações precárias, será complexo executar
um Exercício de Grande Comando promovendo-se a concentração estratégica
das Divisões e Brigadas. Nestes casos as Brigadas farão, isoladamente, seus
Exercícios de Campanha sob a supervisão das Divisões ou, em casos especiais,
dos Comandos Militares de Área. Nas áreas onde as Brigadas estiverem mais
próximas umas das outras, assistidas por uma boa rede de ferrovias e rodovias,
já se torna possível a realização de um Exercício de Grande Comando, junta-
mente com um Exercício de Apoio Logístico.
6.8.7.1.4 O COTER estabelecerá no PIM, de acordo com a conjuntura, a condi-
ção na qual cada C Mil A deverá ser prioritariamente preparado para cumprir as
Missões Constitucionais do Exército, isto é, se deverá enfatizar as Operações
6-30
SIMEB
destinadas à defesa da Pátria ou as destinadas à garantia dos poderes constitu-
cionais, da lei e da ordem.
6.8.7.1.5 O COTER coordenará, por intermédio do PIM, o Adestramento Avan-
çado dos C Mil A, divisões e brigadas. No início de cada ano, será realizada uma
Reunião de Contrato de Objetivos na qual se decidirá o que, efetivamente, será
executado, em função dos recursos destinados à Instrução Militar.
6.8.7.1.6 Os C Mil A, após o Contrato de Objetivos, reajustarão seus planeja-
mentos e farão todo o empenho para cumprir o que ficou decidido.
6.8.7.1.7 Os Comandos Militares de Área terão a seu cargo o planejamento,
montagem e preparação dos Exercícios de Grande Comando, devendo estabe-
lecer as condições gerais de execução, para as 4 etapas do Exercício.
6.8.7.1.8 Deverão ser estabelecidos os padrões coletivos desejados, capazes de
configurar um objetivo de adestramento, particularmente em relação ao desem-
penho dos Estados-Maiores e dos documentos de operações que serão exigidos
em determinados prazos.
6.8.7.1.9 Nos exercícios de grande comando devem ser testados os sistemas de
comando e controle e de comunicações e guerra eletrônica, buscando-se o seu
desenvolvimento e aprimoramento.
6.8.7.1.10 As OM Op que tiverem participação nestes exercícios poderão ser
orientadas de modo que, no adestramento básico, realizem uma programação
adequada, executando os MDA que lhes confiram condições para participar em
boas condições do PAA.
6.8.7.1.11 O COTER poderá utilizar os Exercícios de Grande Comando para tes-
tar os Planos de Emprego da Força Terrestre no nível Estratégico-Operacional.
6.8.7.2 Planejamento no nível Grande Unidade
6.8.7.2.1 Os PAA das GU também serão alvo de Contrato de Objetivos entre o
COTER e os Comandos Militares de Área. O que for contratado constará do PIM.
6.8.7.2.2 As GU poderão executar o PAA em duas situações:
- isoladamente, executando um Exercício de Campanha com suas OM Op su-
bordinadas, sob a supervisão do escalão imediatamente superior; e
- integrando um Exercício de Grande Comando.
6.8.7.2.3 Em ambos os casos a preparação da GU deverá incluir uma revisão
doutrinária feita pelos estados-maiores em todos os níveis. Note-se que os exer-
cícios de quadros funcionarão como instrução preliminar do PAA, já que prepa-
ram os estados-maiores para a etapa seguinte.
6.8.7.2.4 A orientação para o PAB das OM Op subordinadas deverá fazê-las
atingir objetivos de adestramento que lhes proporcionem as melhores condições
6-31
SIMEB
para que participem do PAA com eficiência, mas sem impedir que cumpram o
previsto no ciclo plurianual do adestramento básico.
6.8.7.3 Orientação sobre a obtenção e aplicação de recursos
6.8.7.3.1 No ano em que for executado o PAA, é fundamental que se faça a
orçamentação daquilo que for planejado para as etapas subsequentes. O Co-
mando Militar de Área remeterá ao COTER as suas necessidades, conforme as
orientações contidas no PIM.
6.8.7.3.2 O valor da tropa empregada no exercício será proporcional aos re-
cursos efetivamente destinados a sua realização. É importante trabalhar com
planejamentos flexíveis que possam ser reajustados após o Contrato de Obje-
tivos estabelecido entre o COTER e os comandos militares de área, como já foi
mencionado.
6.8.7.3.3 Os recursos disponíveis para a execução da Instrução Militar deve-
rão ser geridos de forma a concentrá-los naquelas atividades que não possam
prescindir de apoio, considerando as prioridades adequadas e a sequência da
execução.
6.8.7.3.4 A orientação geral para emprego dos recursos pode ser definida da
seguinte forma:
a) restringir gastos na execução da Instrução Individual e da Capacitação Técni-
ca e Tática do Efetivo Profissional;
b) orientar a maior parte dos recursos para a execução do PAB; e
c) destinar recursos suficientes para a execução do PAA.
6.8.7.3.5 A Instrução Individual e a Capacitação Técnica e Tática do Efetivo
Profissional, em princípio, serão executadas com “recursos-padrão” e recursos
não específicos, exceto munições, disponíveis em suas dotações orçamentárias
anuais.
6.8.7.3.6 Os cursos e estágios, de todo tipo, necessitam de estimativa de custos
e propostas aos Órgãos Gestores para serem apoiados.
6.8.7.3.7 O PAB será executado com “recursos-padrão” que o COTER enviará
às OM Op.
6.8.8 EXECUÇÃO DO ADESTRAMENTO AVANÇADO
6.8.8.1 O Adestramento Avançado encerra o ano de instrução. Durante as sema-
nas que lhe são destinadas, realizam-se os exercícios previstos, de acordo com
o que ficou decidido no Contrato de Objetivos.
6.8.8.2 Tanto os Grandes Comandos, quanto as Grandes Unidades, em princí-
pio, executarão o PAA, conforme previsto no PIM.
6.8.8.3 Caso seja necessário modificações nos OA, isto será informado pelo
6-32
SIMEB
COTER, no PIM ou por intermédio de diretriz específica.
6.8.8.4 O acompanhamento dos exercícios do PAA será feito pelos oficiais de-
signados pelo Comandante do mais elevado escalão envolvido. Esta autoridade
conduzirá, pessoalmente, a avaliação e a APA dos trabalhos realizados.

6.9 ADESTRAMENTO PARA OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA OR-


DEM
6.9.1 CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS
6.9.1.1 A F Ter, no cumprimento da missão constitucional de Garantia da Lei e
da Ordem, poderá ser empregada, isoladamente ou em conjunto com as demais
Forças Armadas, em ambiente urbano ou rural.
6.9.1.2 O emprego de tropa poderá ocorrer com ou sem a decretação de uma
das salvaguardas constitucionais.
6.9.1.3 O conhecimento integral dos fundamentos legais das Op GLO, dos pro-
cedimentos técnicos e táticos e das Regras de Engajamento e Normas de Con-
duta, bem como o seu treinamento, conduzirá o emprego da tropa dentro dos
aspectos legais, facilitando as ações empreendidas.
6.9.1.4 O modo de atuação da tropa em Operações de Polícia Judiciária Militar
e contra delitos transfronteiriços e ambientais na faixa de fronteira terrestre será
semelhante ao emprego em GLO. Entretanto, há de se destacar que se tratam
de duas operações distintas.
6.9.1.5 O Adestramento Básico em GLO realiza-se após a IIB. Na oportunidade,
a CTTEP deverá ser interrompida para que as atividades se desenvolvam no
âmbito das frações constituídas, nas mesmas condições que o PAB de Defesa
Externa. Em razão das características especiais deste tipo de operação, nor-
malmente com emprego descentralizado das pequenas frações, nível Pelotão,
o PAB GLO poderá ser realizado nos níveis Pel ou SU, a ser definido pelo mais
alto escalão de comando executante.
6.9.1.6 O Adestramento Avançado em GLO deverá restringir-se aos trabalhos
de EM, podendo ser desenvolvido por meio de Exercícios de PC ou Exercícios
na Carta, apoiados, ou não, por meios informatizados. É desejável que os exer-
cícios sejam embasados nos cenários peculiares de cada Área de Segurança
Integrada e que os planos de operações sejam retificados ou ratificados por meio
de reconhecimentos no terreno.
6.9.1.7 Considerando, excepcionalmente, as demandas operacionais das res-
pectivas áreas de responsabilidade de segurança integrada e, mediante aprova-
ção do COTER e inserção no Contrato de Objetivos, o Adestramento Avançado
em Op GLO por meio de exercícios com tropa no terreno poderá ser desenvolvido
em qualquer período do Ano de Instrução, exceto PAB, devendo ser considerado

6-33
SIMEB
que o EV só poderá ser empregado após o PAB GLO. Nesta situação, quando
realizado somente com o EP e fora do PAA, poderá fazer parte da CTTEP.
6.9.2 CONDICIONANTES DO PREPARO
6.9.2.1 Os C Mil A deverão atentar, na implementação da instrução relativa à
GLO, para os seguintes aspectos: concepção de emprego em GLO, fundamen-
tos legais do emprego da tropa, limites de ação da tropa, emprego dos sistemas
operacionais, integração de meios e de órgãos destinados à GLO, segurança
orgânica, segurança nas comunicações, operações psicológicas, comunicação
social, procedimentos, técnicas e táticas em GLO e uso proporcional da força.
6.9.2.2 Os estágios de área sobre GLO deverão abordar os assuntos acima
citados, além daqueles que os C Mil A julgarem apropriados, em razão das pe-
culiaridades locais.
6.9.2.3 As Regras de Engajamento deverão ser, exaustivamente, estudadas e
praticadas, por meio de demonstrações e prática controlada de conduta da tropa
frente às diversas situações hipotéticas ou de possível ocorrência em um quadro
de Op GLO.
6.9.2.4 Nas OM Inf, Cav, Art e Eng, o EV a ser qualificado em QM logístico-
-técnicas (00, 08,09,10 e 11) deverá integrar uma das frações constituídas para
desempenhar, como recompletamento, as funções comuns ao combatente de
GLO ou, como reforço, a suas funções específicas de destinação no QC da OM.
6.9.2.5 Em todas as OM, independentemente de sua natureza (combatente, téc-
nico ou logística), a constituição das frações, onde se desenvolverá a preparação
específica e o adestramento, deve manter a maior fidelidade possível ao QO.

6.10 MAPA DE ADESTRAMENTO


6.10.1 O Mapa de Adestramento tem por finalidade balizar o planejamento de
todos os exercícios que serão realizados no Ano de Instrução, desde o PAB
GLO até o PAB de Unidade. Possibilita uma visualização dos OA geradores e
dos realizados por participação e integração. Assegura, também, a continuidade
no planejamento dos exercícios anuais da Unidade e a certeza da realização de
todos os OA durante o Ciclo de Adestramento.
6.10.2 As OM deverão confeccionar o seu Mapa de Adestramento, no qual de-
vem constar todos os MDA a serem cumpridos no ano A, devendo dar entrada
na GU enquadrante até 30 dias antes do início do Período de Adestramento. A
identificação dos MDA é feita por um grupo de caracteres alfanuméricos com até
3 caracteres.
6.10.3 O primeiro caractere é representado por um número e indica a natureza
do MDA.

6-34
SIMEB

1 DEFESA EXTERNA
2 GARANTIA DA LEI E DA ORDEM

6.10.4 O segundo caractere é representado por uma letra maiúscula do alfabeto,


separada do primeiro por hífen, e indica o nível do MDA.

A FRAÇÃO
B SUBUNIDADE
C UNIDADE

6.10.5 O terceiro caractere é representado por um número diferente de “zero”,


separado do segundo por hífen, e que indica o número do MDA dentro do nível
em execução.
MODELO DO MAPA DE ADESTRAMENTO DE OM
OA Descrição do
MDA Fração/SU Data Tipo Exc Obs
Gerador Exc
1º/1º Esqd C 10-12
1-A-1
Mec Rlz Rec de SET
121.02 eixo e área; Ações
2º/1º Esqd C 14-16
1-A-2 121.03 Estb PIR; Rtd Sucessivas
Mec SET
121.04 Ini e Aclh no
3º/1º Esqd C LAADA. 19-21
1-A-3
Mec SET
1º/1º Esqd C
111.01 Mec Def um ponto
sen-sível; Estb
2º/1º Esqd C 16-18
2-A-13 111.02 PBCE e Rlz Participação
Mec OUT
escoltas de
111.03 3º/1º Esqd C comboio.
Mec
1º Esqd C 20-24
1-B-1
120.04 Mec Rlz uma F Cob OUT
2º Esqd C Avçd em Op Ações Participação
1-B-2
120.05 Mec Ofs, devendo Simultâneas do Pel AC/
Rec eixos e EsqdCAp
120.06 3º Esqd C áreas.
1-B-3 3-7 NOV
Mec

1º Esqd C
2-B-4
Mec
Def um ponto
2º Esqd C Ações
2-B-5 110.01 sensível e
Mec Simultâneas
110.04 interditar uma
área.
3º Esqd C
2-B-6
Mec

6-35
SIMEB
6.11 ADESTRAMENTO NA MOBILIZAÇÃO
6.11.1 Em face da escalada de uma crise, as OM a serem ativadas, criadas ou
completadas pela mobilização serão submetidas a um Programa de Instrução
Militar, que será regulado pelo COTER.
6.11.2 Os Exercícios de Adestramento da Mobilização são aqueles desencade-
ados com o objetivo de planejar e executar a mobilização do pessoal da reserva
e do material de emprego militar (MEM), necessários às operações de combate,
considerando as diversas HE.
6.11.3 Anualmente, o COTER coordenará, por intermédio de diretrizes específi-
cas, os exercícios a serem realizados pelos C Mil A e RM.
6.11.4 Os Exercícios de Adestramento da Mobilização recebem as seguintes
denominações:
6.11.4.1 Exercício de Mobilização de OM Op
- É aquele em que é realizada a mobilização de Subunidades, integradas por
Oficiais, Graduados e Soldados (1ª Categoria) da reserva. Este exercício deve
ser feito simultaneamente a um exercício de campanha da OM, de modo que os
reservistas possam dele participar.
6.11.4.2 Exercício de Mobilização da Força de Defesa Territorial
- É aquele onde é realizada a mobilização de um Batalhão de Guarda Territo-
rial, integrado por Oficiais, Graduados, Soldados (2ª Categoria) e Atiradores da
reserva. Este exercício, normalmente será planejado e conduzido pela Região
Militar, com o apoio de uma ou mais OM Op.
6.11.4.3 Exercício de Força de Mobilização
- Tem como objetivo realizar o adestramento de mobilização determinado pela
Diretriz Estratégica de Mobilização (SIPLEX 5).
6.11.5 O Programa estabelecerá instruções particulares para OM destinadas a
atuar no Teatro de Operações e na Zona de Defesa.

6.12 RELAÇÃO DE PROGRAMAS PADRÃO DE ADESTRAMENTO

SIGLA EDIÇÃO /
NOME PORTARIA BE Obs
CÓDIGO ANO

Adst Básico
59-EME /
PPA - ART /1 nas unidades 1ª / 1981 49/1981 Em vigor
17NOV81
de Art - GAC

PPA-BAC
106-COTER /
EB70- Adst BAC 2ª / 2018 41/2018 Em vigor
20SET18
-PP-11.006

6-36
SIMEB

SIGLA EDIÇÃO /
NOME PORTARIA BE Obs
CÓDIGO ANO

PPA-BFE
105-COTER /
EB70- Adst BFE 2ª / 2018 41/2018 Em vigor
20SET18
-PP-11.003

Adst
Básico nas 59-EME /
PPA - CAV/1 1ª / 1981 49/1981 Em vigor
unidades de 17NOV81
Cav-RCMec

Adst Básico
71-EME / 07 Out
PPA - CAV/2 nas unidades 1ª / 1982 43/1982 Em vigor
82
de Cav - RCB

Adst Básico
23-EME / 09 Mai
PPA - CAV /3 nas unidades 1ª / 1983 21/1983 Em vigor
83
de Cav - RCC

Adst Básico
12-EME / 17 Mar
PPA - COM /1 do B Com Ex 1ª / 1994 13/1994 Em vigor
94
- 1ª Ed

Adst Básico
97-EME / 27 Dez
PPA - COM /2 do B Com Div 1ª / 1993 01/1994 Em vigor
93
- 1ª Ed

Adst Básico
98-EME / 27 Dez
PPA - COM /3 nas Cia de 1ª / 1993 01/1994 Em vigor
93
Com - 1ª Ed

Adst Básico
nas unidades 59-EME / 17 Nov
PPA - ENG /1 1ª / 1981 49/1981 Em vigor
de Eng- BE- 81
Comb

Adst Básico
02-EME / 04 Jan
PPA - ENG /2 nas unidades 1ª / 1983 01/1983 Em vigor
83
de Eng – Cia

Adst GLO -
PPA – GLO O Adst em Op 1ª / 2004 72-EME / 08 Jul 05 28/2005 Exp 2005/2006
de GLO

Instr de Adst
PPA-INF/1
Básico nas
EB70- 1ª / 2012 11- OTER/06Jun12 25/2012 Em vigor
Unidades de
-PP-11.009
Inf BI e BI Mtz

Adst Básico
01-EME / 04 Jan
PPA - INF /2 nas unidades 1ª / 1983 01/1983 Em vigor
83
de Inf - BIB

6-37
SIMEB

SIGLA EDIÇÃO /
NOME PORTARIA BE Obs
CÓDIGO ANO
Adst Básico
nas unidades 73-EME / 23 Dez
PPA - INF /3 - 02/1982 Em vigor
de Inf-BI 81
PQDT
Adst Básico
nas unidades 03-EME / 17 Jan
PPA - INF /4 1ª / 1990 05/1990 Em vigor
de Inf de 90
Selva-BIS
Adst Básico
PPA - INF /5 nas unidades 1ª / 2009 67-EME / 16 Jul 09 29/2009 Em vigor
de Inf de Mth
Adst Básico
nas unidades 69-EME / 06 Out
PPA - LOG /1 1ª / 1982 43/1982 Em vigor
de Apoio Log- 82
-Blog
PPA-OpPsc
Adst Btl Op 107-COTER /
EB70- 2ª / 2018 41/2018 Em vigor
Psc 20SET18
-PP-11.008

6.13 OPERAÇÕES DE ADESTRAMENTO CONJUNTO


6.13.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
6.13.1.1 As Operações de Adestramento Conjunto (Op Adst Cj) são programa-
das pelo MD e realizadas sob a coordenação e supervisão do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e celebradas, por meio de Contratos de
Objetivos, pelos respectivos Comandos Operacionais das Forças Armadas: Co-
mando de Operações Navais (Com Op Nav), Comando de Operações Terrestres
(COTER) e Comando de Preparo (COMPREP) da Força Aérea Brasileira.
6.13.1.2 As Operações de Adestramento Conjunto são concebidas com base
em Planejamentos Estratégico, Operacional e Tático, a fim de permitir, mesmo
que parcialmente, a sua validação ou revisão, conforme preconizado pela Siste-
mática de Planejamento Estratégico de Emprego Conjunto das Forças Armadas
(SisPEECFA).
6.13.1.3 As Operações de Adestramento Conjunto são compostas por duas ati-
vidades principais, quais sejam, o adestramento dos Estados-Maiores Conjuntos
nos níveis operacional/tático e o adestramento de tropas e meios, em ações con-
sideradas importantes, pelo aspecto da interoperabilidade, para o Planejamento
Estratégico de Emprego Conjunto das Forças Armadas (PEECFA) em questão.
6.13.1.4 As Operações de Adestramento Conjunto têm os seguintes objetivos:
6.13.1.4.1 adestrar o EM do Comando do Teatro de Operações (CT Op) e os EM
das Forças Componentes (F Cte) nas Operações Conjuntas (Op Cj);
6-38
SIMEB
6.13.1.4.2 aperfeiçoar a doutrina conjunta, particularmente o Processo de Plane-
jamento Conjunto (PPC);
6.13.1.4.3 adestrar os diversos Comandos participantes e respectivas tropas em
ações críticas de combate, de apoio ao combate e de apoio logístico, singulares
ou conjuntas;
6.13.1.4.4 adestrar as diversas funções de combate, de modo a viabilizar a in-
teroperabilidade entre eles, inclusive entre os níveis estratégico, operacional e
tático, e entre as Forças;
6.13.1.4.5 levantar as necessidades para o cumprimento da missão do CT Op,
previstas no Plano Estratégico de Emprego Conjunto das Forças Armadas (PE-
ECFA); e
6.13.1.4.6 realizar Ações Cívico-Sociais (ACISO) e intensificar a presença do
Estado Brasileiro, particularmente das FA, na região da Operação.
6.13.1.5 O COTER acompanha as atividades da Força Terrestre nas Operações
de Adestramento Conjunto por intermédio dos integrantes de suas chefias e do
Centro de Doutrina do Exército (C Dout Ex).
6.13.2 ORIENTAÇÕES GERAIS
6.13.2.1 As Chefias e o C Dout Ex do COTER participarão das atividades de
planejamento dos exercícios, eventos em que serão levantadas as principais
condicionantes para o preparo e execução da Operação, a cargo da SC3.3/SC3/
CHOC/EMCFA-MD, das Reuniões do Grupo de Planejamento (RGP) e das Reu-
niões de Planejamento de Adestramento (RPA), além de mobiliar a Direção do
Exercício Setorial EB (DIREX EB).
6.13.2.2 O Comando Operacional Ativado (Cmdo Op Atv), responsável pelo pla-
nejamento e execução da Op Adst Cj, e considerando as Instruções para a re-
alização das operações de adestramento do Chefe do Estado-Maior Conjunto
das Forças Armadas (CEMCFA), a previsão de alocação de recursos financeiros
para as operações de adestramento e as necessidades de adestramento das
Forças de Emprego Estratégica (FEE), a cargo do COTER, deverá:
6.13.2.2.1 indicar os representantes do Cmdo que participarão da RGP;
6.13.2.2.2 planejar e executar a referida operação, empregando um Estado-
-Maior Conjunto;
6.13.2.2.3 planejar o apoio logístico ao Comando Conjunto e às forças adjudica-
das, baseado na doutrina vigente;
6.13.2.2.4 emitir as Diretrizes de Planejamento para os Comandantes de Forças
Componentes subordinadas;
6.13.2.2.5 ouvido o COTER, apresentar ao MD os Planos de Campanha ou de

6-39
SIMEB
Operações, bem como as propostas de adjudicação de meios correspondentes;
6.13.2.2.6 elaborar os Planos de Campanha ou de Operações;
6.13.2.2.7 conduzir as operações militares e as ações próprias à execução dos
planos, em consonância com as diretrizes e os planos estratégicos pertinentes;
6.13.2.2.8 realizar a Análise Pós-Ação (APA) das operações de adestramento,
apresentar ao EMCFA e informar ao COTER;
6.13.2.2.9 providenciar pronta comunicação ao EMCFA e ao COTER das infor-
mações necessárias ao acompanhamento e à eventual coordenação das ações;
6.13.2.2.10 estabelecer ligações e operar os meios de C² em proveito do Cmdo
Cj, utilizando o programa C² em Combate (Cmb), ferramenta de acompanha-
mento da operação para o COTER e de apoio à consciência situacional do Co-
mandante do Exército Brasileiro, por intermédio do COTER;
6.13.2.2.11 operar o Sistema de Planejamento Operacional Militar (SIPLOM) e
realizar a migração de dados do C² Cmb para o SIPLOM e vice-versa;
6.13.2.2.12 quando determinado, na Diretriz da Operação (Dtz Op), o Sumário
Diário de Situação (SDS) deverá ser remetido ao MD, ao Cmdo Op Atv, assim
como para o COTER.
6.13.2.2.13 realizar o planejamento administrativo da operação, em coordenação
com a CHOC (Chefia de Operações Conjuntas), do EMCFA e com o COTER,
no que couber, remetendo a documentação do exercício, conforme os prazos
estabelecidos pelo MD;
6.13.2.2.14 compor o Estado-Maior Combinado do Teatro de Operações (EMC/
TO) com o apoio do COTER, no que couber;
6.13.2.2.15 propor a estrutura e composição do EM Cj/TO;
6.13.2.2.16 confeccionar e remeter o Plano de Campanha do TO e os Planos
Táticos recebidos das Forças Componentes, conforme os prazos estabelecidos
pelo MD; e
6.13.2.2.17 confeccionar o relatório final da operação, abordando as ações crí-
ticas das diversas funções de combate empregadas, aspectos positivos, opor-
tunidades de melhoria, lições aprendidas, sugestões e a lista de necessidades
correspondente.
6.13.2.3 O COTER poderá utilizar os sistemas de simulação de combate para re-
presentar a participação de Comandos cujas tropas não possam estar presentes
na área da operação, integrantes da Força Terrestre Componente (FTC), viabi-
lizando o adestramento do maior número de Cmdo/EM de Unidades possíveis.
6.13.2.4 Os C Mil A que cederem tropas adjudicadas para a Op deverão orientar
o adestramento de suas GU e U participantes, inclusive as Forças de Emprego
6-40
SIMEB
Estratégicos (FEE), no sentido de prepará-las, ao longo do Ano de Instrução,
para a execução das operações.
6.13.2.5 Os recursos a serem alocados pelo COTER, para as atividades conjun-
tas, destinam-se a todos os eventos conjuntos, podendo-se destacar os plane-
jamentos estratégicos, operacionais e táticos, planejamento do adestramento,
adestramento de comando e controle, seminários, reuniões de coordenação de
atividades conjuntas e a operação de adestramento. Neste contexto, os recursos
serão, em princípio, assim direcionados:
6.13.2.5.1 Comando de Operações Terrestres:
a) aquisição de passagens comerciais, quando não houver disponibilidade de
transporte pela FAB;
b) pagamento de diárias, de acordo com a legislação em vigor. Os militares que
participarem com tropa, em princípio, receberão indenização de representação,
a cargo do C Mil A;
c) horas de voo (HV): o COTER repassará diretamente ao COLOG os recursos
financeiros referentes ao pagamento das HV a serem empregadas na operação
de adestramento conjunto, coerente com a estimativa de consumo feita pelo
Cmdo Op Atv;
d) suprimento Classe (Cl) I (Quantitativo de Subsistência - QS): o COTER re-
passará diretamente ao COLOG os recursos financeiros referentes ao ressarci-
mento do QS consumido na operação de adestramento conjunto, coerente com
a estimativa de consumo feita pelo Cmdo Op Atv;
e) suprimento Cl III (Óleo Diesel - OD, Gás e óleos lubrificantes): o COTER
repassará diretamente ao COLOG os recursos financeiros referentes ao res-
sarcimento do suprimento consumido na operação de adestramento conjunto,
coerente com a estimativa de consumo feita pelo Cmdo Op Atv; e
f) suprimento Cl VIII (saúde): o COTER repassará diretamente ao DGP os recur-
sos financeiros referentes ao ressarcimento do suprimento consumido na opera-
ção de adestramento conjunto, coerente com a estimativa de consumo feita pelo
Cmdo Op Atv.
6.13.2.5.2 Comando Militar de Área:
a) alojamento, alimentação e transporte local dos participantes da Op Adst Cj, de
acordo com o planejamento do adestramento;
b) concentração operacional, alojamento, transporte local, atuação na Área Ope-
racional (A Op) e reversão das tropas não orgânicas ao C Mil A considerado ou
de fora da A Op; e
c) atendimento das necessidades de toda ordem, inclusive aquelas relacionadas
à estrutura dedicada à execução da Op Adst Cj.
6-41
SIMEB
6.14 CENTROS DE ADESTRAMENTO
6.14.1 CONCEPÇÃO
6.14.1.1 No Plano Estratégico do Exército (PEEx 2016-2019), o OEE 5 define:
implantar um novo e efetivo Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT) e
atribui ao COTER a responsabilidade pelo Projeto SISOMT, que apresenta a
estrutura do SISPREPARO, voltado para as atividades de Preparo da Força.
6.14.1.2 A Diretriz para o Programa de Modernização do Sistema Operacional
Militar Terrestre - SISOMT, do Comandante de Operações Terrestres, de 18 de
outubro de 2016, estabelece as condições gerais para a execução do Programa
e apresenta as concepções do SISPREPARO.
6.14.1.3 Para que sejam atendidas as concepções do SISPREPARO, propõe-se
a implementação de ações orientadas para a estruturação dos Centros de Ades-
tramento (CA), com o objetivo final de definir as tropas a serem adestradas com
apoio dos CA, voltados ao Preparo da Força Terrestre.
6.14.2 DESCRIÇÃO
6.14.2.1 O Centro de Adestramento (CA) é uma organização militar peculiar,
com a missão de adestrar tropas dentro da doutrina vigente, centralizando meios
necessários ao preparo, contando com especialistas, estruturas, simuladores e
outros meios disponíveis.
6.14.2.2 O CA tem como principal missão coordenar o adestramento de tropas,
centralizando meios necessários ao preparo. Dessa forma, o CA deve reunir
meios de simulação, estar próximo aos Campos de Instrução, que permitam
desdobrar pelo menos 1 Batalhão/Regimento e seus apoios e estar próximo aos
Centros de Instrução (CI), a fim de complementar e integrar atividades da instru-
ção individual e do adestramento.
6.14.2.3 O CA utilizará vários processos para apoiar o adestramento das tropas,
tais como: a concentração da tropa, a preparação inicial, a distribuição de ma-
terial com ajustes e calibragem, a preparação dos Observadores, Controladores
e Adestradores (OCA), o adestramento propriamente dito, sob os Objetivos de
Adestramento (OA) e a Análise Pós-Ação (APA). Sendo assim, de todos os pro-
cessos mencionados, o mais relevante é o Adestramento, pois finaliza o ciclo do
preparo e deixa a tropa em condições de ser empregada.
6.14.2.4 A avaliação da tropa deve ser conduzida pelo seu Comandante. As-
sim, o CA deve oferecer o suporte ao Cmt da tropa para a sua avaliação e, não
realizá-la como um processo independente.
6.14.2.5 Os CA pederão apoiar os adestramentos da maioria das tropas, consi-
derando as características, missão e localização dos diversos Comando Militar
de Área (C Mil A) e de seus Grandes Comandos Operacionais e de suas Grande
Unidades. Algumas OM, por estarem isoladas ou distantes dos CA, continuarão
6-42
SIMEB
realizando o adestramento sem o apoio ou, em determinados casos, com apoio
eventual do CA.
6.14.2.6 Com base nas legislações que regulamentam a Instrução Militar, os C
Mil A e os ODS irão definir as atividades de adestramento de suas OM com apoio
dos CA, tudo em coordenação com o COTER. Esse processo dar-se-á ao longo
das videoconferências do Pré-Contrato de Objetivos Operacionais e na Reunião
do Contrato de Objetivos.
6.14.2.7 O vínculo entre os CA e o COTER deverá ser realizado por meio do Ca-
nal Técnico-Operacional, o que facilitará o acompanhamento e a coordenação
das atividades relacionadas ao preparo da Força Terrestre. Esse vínculo permiti-
rá ao ODOp, entre outras atividades, participar da seleção dos seus comandan-
tes e de seus oficiais e sargentos, que serão nomeados instrutores e monitores,
respectivamente.
6.14.2.8 Os CA deverão ter a capacidade de adestrar nos exercícios de uma
Subunidade (SU) por vez, incluindo as funções de combate existentes na OM e
na Bda enquadrante.
6.14.2.9 O Adestramento Tático compreende os exercícios de adestramento tá-
ticos, os quais são divididos em exercícios de simulação virtual e exercícios de
simulação viva, estabelecidos por meio de metodologia específica, a ser apro-
vada pelo COTER.
6.14.2.10 Os exercícios de adestramento táticos serão realizados por tipo de
unidade, atendendo assim os objetivos de adestramento de FT SU Bld, Esqd C
Mec, Cia Inf Mec, dentre outros.
6.14.2.11 Os CA deverão enviar relatórios das atividades realizadas à Chefia
do Preparo/COTER até 30 dias após o término do exercício de adestramento
efetuado.
6.14.2.12 As alterações das datas previstas para os exercícios de adestramento
com apoio dos CA deverão ser autorizadas previamente pelo COTER.
6.14.2.13 Qualquer outra atividade de apoio ao preparo ou ao ensino, que en-
volvam os CA deverão ser de conhecimento e ter a aprovação pelo COTER,
mediante solicitação da OM ou GU apoiada.
6.14.2.14 O COTER realizará videoconferências com os CA, na última semana
de cada mês, sempre que possível, nas quais serão debatidos os exercícios
realizados no mês vigente, os ensinamentos colhidos, as oportunidades de me-
lhorias, os exercícios previstos para o mês seguinte e outras coordenações ne-
cessárias.
6.14.2.15 Os CA participarão da Reunião de Coordenação do Preparo da Força
Terrestre e da Reunião do Contrato de Objetivos Operacionais.

6-43
SIMEB
6.14.2.16 Todas as atividades com simuladores de combate deverão ter previsão
orçamentária no Contrato de Objetivos Operacionais do COTER.
6.14.2.17 Os CA participam do processo de avaliação nos exercícios de ades-
tramento, contudo a responsabilidade pelos níveis de operacionalidade é dos
comandantes das tropas adestradas.
6.14.3 LOCALIZAÇÕES ATUAIS E FUTURAS DOS CENTROS DE ADESTRA-
MENTO
6.14.3.1 Centro de Adestramento - Sul (CA-Sul), em Santa Maria-RS (em fase
de implantação).
6.14.3.2 Centro de Adestramento - Leste (CA-Leste), no Rio de Janeiro-RJ (por
reestruturação do Centro de Avaliação do Adestramento do Exército (CAAdEx).
6.14.3.3 Centro de Adestramento - Norte (CA-Norte), em Manaus-AM (em estu-
do).
6.14.3.4 Centro de Adestramento - Núcleo Central (CA-Nu Central), em Formo-
sa-GO (em estudo).
6.14.4 AÇÕES PARA OS CENTROS DE ADESTRAMENTO
6.14.4.1 Centro de Adestramento- Sul (CA-Sul)
6.14.4.1.1 O CA-Sul coordenará as atividades de adestramento do Simulador de
Adestramento de Comando e Estado-Maior (SIMACEM) - Jogos de Guerra, do
Simulador de Apoio de Fogo (SIMAF), dos simuladores virtuais de adestramento
de tropa e da simulação viva utilizada no terreno pela tropa.
6.14.4.1.2 Deverá trabalhar em conjunto e, complementarmente, com o Centro
de Instrução de Blindados (CI Bld).
6.14.4.1.3 As principais tropas que poderão ser apoiadas pelo CA-Sul são: a 1ª
Bda C Mec, 2ª Bda C Mec, 3ª Bda C Mec, 6ª Bda Inf Bld, 8ª Bda Inf Mtz, 14ª Bda
Inf Mtz, 15ª Bda Inf Mec, 5ª Bda C Bld, tropas do CMO e os Estabelecimentos de
Ensino (AMAN, ESA, EsAO, EASA, ECEME, dentre outros).
6.14.4.1.4 As principais estruturas que poderão apoiar o CA-Sul são: CIBld, SI-
MAF, SIMACEM, Polígono de Tiro para Carros de Combate do Barro Vermelho,
Campo de Instrução Barão de São Borja (CIBSB), em Saicã, e Campos de Ins-
trução de Santa Maria (CISM).
6.14.4.1.5 O CA-Sul estará destinado a realizar a preparação de tropas para
operações de Defesa da Pátria, particularmente, operações que envolvam for-
ças blindadas e mecanizadas.
6.14.4.2 Centro de Adestramento-Leste (CA-Leste)
6.14.4.2.1 O CA-LESTE coordenará as atividades de simulação viva, os exer-
cícios de adestramento para Comandantes e Estado-Maior - Jogos de Guerra,
6-44
SIMEB
dos exercícios de adestramento com tropas no Simulador de Apoio de Fogo em
Resende (SIMAF - Resende) e as atividades da Simulação Virtual dessa modali-
dade de simulação em suas instalações. Esse CA deverá possuir capacidade de
mobilidade para realizar o adestramento de tropas valor subunidade (SU), inclu-
sive em apoio ao CA-Sul. O COTER regulará no PIM as atividades e as tropas
que serão apoiadas por ele.
6.14.4.2.2 Deverá apoiar o adestramento das tropas e Estabelecimentos de En-
sino (EE) com as três modalidades de simulação (virtual, viva e construtiva);
6.14.4.2.3 Deverá coordenar as atividades de adestramento com o Centro de
Instrução em Campinas/SP; com o Simulador de Apoio de Fogo (SIMAF) em
Resende/RJ (simulador compartilhado com o ensino); e com o SIMACEM (simu-
lação construtiva), simulador compartilhado com o ensino, na Vila Militar do Rio
de Janeiro/RJ.
6.14.4.2.4 As principais tropas que poderão ser apoiadas pelo CA-Leste: GUEs/9ª
Bda Inf Mtz; 4ª Bda Inf L (Montanha); Bda Inf Pqdt; 11ª Bda Inf L; 12ª Bda Inf L
(AMV); C Op Esp; C Av Ex; 1ª Bda A A Ae; tropas do CMNE e os Estabelecimen-
tos de Ensino (AMAN, ESA, EsAO, EASA, ECEME e outros).
6.14.4.2.5 As principais estruturas que poderão apoiar o CA-Leste são: Campo
de Instrução de Gericinó (Rio de Janeiro/RJ), Campo de Instrução da AMAN
(Resende/RJ), SIMAF- Resende, Campo de Instrução da Fazenda Chapadão
(Campinas/SP), Campo de Instrução da ESA, dentre outros.
6.14.4.2.6 Esse CA, no Rio de Janeiro, terá por escopo a preparação de tropas
para operações de Defesa da Pátria, particularmente, em Operações em Am-
biente Urbano.
6.15 EXERCÍCIOS COM NAÇÕES AMIGAS
6.15.1 A Portaria nº 025-EME, de 3 de fevereiro de 2015, que aprovou a Diretriz
para Exercícios Combinados Internacionais, com a participação do Exército Bra-
sileiro, determinou que a coordenação dos Exercícios Combinados será de res-
ponsabilidade do COTER, quando realizados no Brasil, e do Exército da nação
hospedeira, quando realizados no exterior.
6.15.2 Em qualquer caso, as medidas necessárias à participação do efetivo do
Exército Brasileiro no planejamento, preparação, execução e avaliação do Exer-
cício Combinado ficarão a cargo do COTER, em coordenação com o C Mil A de
interesse e sob orientação do EME.
6.15.3 O PIM anualmente abordará os Exercícios Combinados com as Nações
Amigas, elencando o seu planejamento e atribuindo as responsabilidades.

6-45
SIMEB

6-46
SIMEB
CAPÍTULO VII
SIMULAÇÃO DE COMBATE

7.1 GENERALIDADES
7.1.1 O Sistema de Simulação do Exército Brasileiro (SSEB) engloba o conjunto
de recursos humanos, instalações, sistemas e equipamentos de simulação em-
pregados no adestramento, treinamento, instrução, ensino militar e no suporte à
tomada de decisão.
7.1.2 O COTER é o órgão central de integração, planejamento, execução e con-
trole do SSEB.
7.1.3 Conforme a estruturação do SSEB são atribuições do COTER: coordenar,
padronizar, executar e supervisionar os programas de instrução e adestramento
aplicados aos diferentes escalões da Força Terrestre nas três modalidades de
simulação: construtiva, virtual e viva.
7.1.3.1 A simulação construtiva caracteriza-se como a modalidade na qual estão
envolvidos agentes simulados, caracterizados por elementos de tropa que as-
sumem um personagem virtual (entidades), atuando em sistemas simulados e
com efeitos simulados. É empregada no adestramento de Cmt e EM de G Cmdo
e GU, em operações de guerra e de não guerra, em exercícios denominados
Jogos de Guerra (JG).
7.1.3.2 A simulação virtual caracteriza-se como a modalidade na qual são en-
volvidos agentes reais, caracterizados por operadores humanos, atuando em
sistemas simulados, ou gerados em computador e com efeitos simulados. Subs-
titui sistemas de armas, veículos, aeronaves e outros equipamentos e possibilita
submeter tropas e/ou indivíduos em treinamento, em um ambiente virtual, a con-
dições de elevado grau de realismo, considerando-se os efeitos dos armamen-
tos/equipamentos, sem o comprometimento da integridade física do pessoal e
do material, ou o consumo de suprimentos.
7.1.3.3 A simulação viva caracteriza-se como a modalidade na qual agentes re-
ais, caracterizados por operadores humanos, operando sistemas reais (armas,
viaturas ou equipamentos), no ambiente real (terreno), com efeitos dos simula-
dos. Emprega emissores e receptores laser, bem como outros recursos tecnoló-
gicos para a obtenção dos efeitos dos engajamentos conduzidos pelos agentes.
7.1.4 Por intermédio do PIM, o COTER coordena as atividades de simulação
militar nas três modalidades.
7.1.5 No presente SIMEB serão definidas as orientações gerais e instruções,
bem como as metodologias para o planejamento e aplicação das atividades/
programas de instrução/adestramento de simulação definidos no PIM.
7-1
SIMEB
7.2 SIMULAÇÃO CONSTRUTIVA
7.2.1 Atualmente, o COTER emprega o sistema de simulação construtiva para o
adestramento de Cmt e EM G Cmdo e GU em operações de guerra e não guerra.
7.2.2 A infraestrutura para a aplicação dos JG será proporcionada pelo COTER,
apoiado em Centros de Adestramento que, remotamente, por meio dos sistemas
de comunicações militares, realizarão o suporte aos G Cmdo/GU a serem ades-
trados que estarão desdobrados em Postos de Comando, preferencialmente nas
regiões das respectivas sedes.
7.2.3 COORDENAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO E APLICAÇÃO DOS JG
7.2.3.1 Os cenários e as ordens de operações (O Op) do Escalão Superior (Esc
Sp) ao escalão a ser adestrado são de responsabilidade do C Mil A, aplicador
do exercício, a ser realizado em coordenação com o COTER, em decorrência
de especificidades técnicas do sistema de simulação em uso. Para atender essa
necessidade, serão realizadas reuniões preparatórias:

Atividade Período Participantes Finalidade


Relatores dos JG Definição de cenário
1ª Reu Plj Durante a Reu Coor do COTER e E3 dos (meios e terreno) e dos
(Presencial) Prep F Ter Cmdo aplicadores do objetivos de adestra-
JG mento
Apresentação de pro-
2ª Reu Plj A cargo do Relator/CO-
Relator e E3 do Cmdo posta de Pl Op/O Op do
(Videoconferência) TER e do Cmdo Aplica-
Aplicador do JG Esc Sp e de Quadro de
dor do JG (até D - 90)
Eventos

A cargo do Relator/CO- Apresentação da Doc do


3ª Reu Plj Relator e E3 do Cmdo
TER e do Cmdo Aplica- Exc e coordenações ad-
(Videoconferência) Aplicador do JG
dor do JG (até D - 60) ministrativas

Finalização da Doc do
A cargo do Relator/CO-
4ª Reu Coor JG Relator e E3 do Cmdo Exc e
TER e do Cmdo Aplica-
(Videoconferência) Aplicador do JG coordenações adminis-
dor do JG (até D - 30)
trativas

7.2.3.2 Preferencialmente, os objetivos de adestramento (OA) do exercício de-


vem ser orientados para o adestramento nas situações de provável emprego da
GU e G Cmdo considerados.
7.2.3.3 Deverá ser formulado um Quadro de Eventos, contendo a sequência de
ações do exercício, definindo como e quando será realizada cada tarefa para
cumprir os objetivos de adestramento.
7.2.3.4 Orientações Complementares para aplicação dos JG.
7.2.3.4.1 Em face das Lições Aprendidas com a aplicação remota dos Exercícios

7-2
SIMEB
de Adestramento com Simulação de Posto de Comando (Jogos de Guerra), o
COTER verificou a necessidade de maior racionalização dos meios que estão
propostos no atual Caderno de Instrução (CI) de Simulação Construtiva.
7.2.3.4.2 Assim, considera-se que a Equipe de Controladores da DIREx, presen-
te no Centro de Simulação remotamente desdobrado, poderá atuar com plena
efetividade, sendo constituída com efetivo menor que o indicado no CI referen-
ciado.
7.2.3.4.3 A referida equipe, preferencialmente constituída por militares possuido-
res do Curso de Aperfeiçoamento (EsAO), poderá ser assim constituída, em uma
configuração básica:
a) 2 oficiais controladores de Manobra, preferencialmente, 1 Of de infantaria e 1
Of de cavalaria;
b) 1 oficial para Apoio de Fogo e AAAe;
c) 1 oficial para Mobilidade, Contramobilidade e Proteção; e
d) 1 oficial para Logística.
7.2.3.5 Os integrantes da DIREx deverão ser solicitados pelo Comando Aplica-
dor ao COTER que coordenará junto ao C Mil A do local de desdobramento do
Centro de Simulação.
7.2.3.6 No caso dos exercícios remotos, o comando aplicador deverá prever 1
oficial, preferencialmente com curso de estado-maior (QEMA), para chefiar a
equipe e conduzir os trabalhos no local de desdobramento do centro de simula-
ção, como representante do comando aplicador do exercício.
7.2.3.7 Os controladores dos partidos, genericamente definidos como Azul e
Vermelho, constituídos preferencialmente por militares com curso de aperfeiçoa-
mento (EsAO), deverão apresentar a seguinte configuração básica:
7.2.3.7.1 2 oficiais controladores de Manobra, preferencialmente 1 Of de Inf e 1
Of de Cav;
7.2.3.7.2 1 oficial para Apoio de fogo e AAAe;
7.2.3.7.3 1 oficial para Mobilidade, Contramobilidade e Proteção; e
7.2.3.7.4 1 oficial para Logística.
7.2.3.8 No caso de aplicação de exercício de ação simples, as tarefas dos con-
troladores do partido vermelho preferencialmente deverão ser desempenhadas
pelos próprios controladores da DIREx.
7.2.3.9 No Jogo de Guerra remoto, além do desdobramento junto ao Centro de
Simulação, o comando aplicador deverá planejar o desdobramento de integran-
tes da DIREx, também, junto ao Posto de Comando, onde se encontra a GU a
ser adestrada, especialmente com os assessores/especialistas não incluídos na
7-3
SIMEB
equipe de controladores/operadores (como exemplo, SFC: especialistas em Op
Info, DQBRN, Defesa Cibernética etc.).
7.2.3.10 Diariamente, deverá ser realizada uma reunião, por videoconferência,
entre o Cmdo adestrado e os respectivos controladores, especialmente de Ma-
nobra, com a finalidade de coordenar os trabalhos a serem realizados e para
ampliação da consciência situacional dos Cmt e respectivos controladores.
7.2.3.11 Para cada OM participante do exercício, deverá haver 1 operador, nível
sargento, que será disponibilizado pelo comando apoiador do local de desdobra-
mento remoto do Centro de Simulação, mediante coordenação do COTER, por
solicitação encaminhada pelo comando aplicador.
7.2.3.12 As mensagens, contendo comandos e ordens a serem remetidas pelo
Comando a ser adestrado para a DIREx, no desempenho das atribuições de
Escalão Superior do Comando considerado, ou provenientes dela para o re-
ferido Comando, deverão ser enviadas de acordo com as IECOM específicas
do exercício, observando-se a redundância dos meios disponibilizados (internet,
C2COP, VOIP, RITEx etc.), atendendo às diretrizes do comando aplicador.
7.2.3.13 Em relação à organização do exercício, a cargo do comando aplicador,
para fins de expedição de comandos, ordens e diretrizes para os comandos
que estão sendo adestrados (SFC, incluindo-se a Força Oponente - For Op), a
DIREx também poderá acumular a representação de escalões superiores que
tenham sido considerados no cenário planejado pelo comando aplicador, não
sendo portanto necessário constituí-los e mobiliá-los com acréscimo desneces-
sário de pessoal.
7.2.3.14 Os pedidos de Ap Ae, de ARP, de Ap F e outros, da parte do Comando
que estiver sendo adestrado, poderão ser gerenciados, portanto, pela DIREx.
7.2.3.15 Durante a realização do exercício, caberá à DIREx, manter a carta de
situação atualizada, no ambiente do Centro de Simulação.
7.2.3.16 Os controladores/operadores que operam o sistema de simulação são
os “olhos” dos respectivos comandantes, com a “visão do terreno”, durante todo
o Jogo de Guerra. Assim, a fim de proporcionar a perfeita consciência situacio-
nal dos respectivos comandantes, os controladores deverão ser continuamente
orientados para comunicarem aos respectivos Comandantes de Batalhão/Gru-
po/Regimento, de imediato, pelos canais de C2 estabelecidos pelo comando
aplicador, todas as ações verificadas no ambiente de simulação, no curso das
operações.
7.2.3.17 A Célula Branca é a responsável pela expedição dos Problemas Mili-
tares Simulados (PMS), conforme a Matriz de Eventos do exercício planejado,
devendo coordenar continuamente com a Direção do Exercício quanto à oportu-
nidade do desencadeamento dos PMS.

7-4
SIMEB
7.2.3.18 O lançamento dos PMS poderá ocorrer por ação da For Op, por ordem
do Escalão Superior ou por interferência direta da DIREx no cenário.
7.2.3.19 A For Op poderá atuar no contexto de um Exercício de Dupla Ação ou
de Ação Simples, conforme o planejamento definido pelo comando aplicador.
7.2.3.20 Por fim, considera-se que a realização dos Jogos de Guerra, especial-
mente os realizados com o desdobramento remoto do Centro de Simulação,
implica na participação e apoio de outros C Mil A e, assim, a previsão desses
apoios deve necessariamente ser considerada em A-1, durante a elaboração do
Contrato de Objetivos.

7.3 SIMULAÇÃO VIRTUAL


7.3.1 A Simulação Virtual, no apoio ao adestramento tático de frações ou na
capacitação de indivíduos (integrantes dos quadros ou ocupantes de funções
críticas), será implementada especialmente nos Centros de Adestramento e nos
Centros de Instrução, respectivamente, por meio da aplicação de metodologias
aprovadas pelo COTER.
7.3.2 Para a formulação de metodologias de aplicação de simuladores em ati-
vidades de instrução e/ou adestramento devem ser claramente definidos os se-
guintes aspectos:
7.3.2.1 especificação dos objetivos de instrução (OI) e/ou adestramento (OA);
7.3.2.2 identificação do grupamento de instrução;
7.3.2.3 especificação das estruturas e pessoal empenhados na aplicação da ati-
vidade; e
7.3.2.4 definição do quadro de atividades, por tempos de instrução.
7.3.3 Os programas de instrução aplicados pelos Centros de Instrução na capa-
citação individual devem ter a aprovação do COTER.
7.3.4 ATIVIDADES DO SIMULADOR DE APOIO DE FOGO (SIMAF)
7.3.4.1 As atividades no SIMAF-Resende serão coordenadas entre o CA-LESTE
e a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), considerando-se os exercí-
cios de adestramento com tropas definidos no PIM, pelo COTER, e as atividades
escolares da AMAN.
7.3.4.2 O CA-SUL coordenará a realização dos exercícios de adestramento do
SIMAF-Santa Maria, considerando-se os exercícios de adestramento com tropas
definidos no PIM, pelo COTER.
7.3.4.3 As metodologias para a aplicação de exercícios de adestramento tático
de frações com apoio dos SIMAF constarão em um caderno de instrução de
simulação virtual de apoio de fogo, a ser expedido pelo COTER.

7-5
SIMEB
7.4 SIMULAÇÃO VIVA
7.4.1 A Simulação Viva deverá ser aplicada até o nível Força-Tarefa Subunidade,
incluídos os elementos de apoio.
7.4.2 As metodologias para a aplicação de exercícios de adestramento tático de
frações com apoio de simulação viva constam do caderno de instrução de simu-
lação viva, a ser expedido pelo COTER.

7.5 DIRETRIZ PARA PLANEJAMENTO DE EXERCÍCIOS COM OS SIMULA-


DORES DE APOIO DE FOGO (SIMAF)
7.5.1 Com a finalidade de melhor aproveitar as potencialidades dos simulado-
res e atender de forma mais adequada aos objetivos específicos de cada fra-
ção, serão realizados 4 diferentes tipos de exercícios de simulação: Exercício
de Adestramento de Pelotão de Morteiro Pesado, Exercício de Adestramento
de Observadores dos GAC, Exercício de Adestramento de GAC e Exercício de
Planejamento e Coordenação de Fogos nível Brigada ou Superiores.
7.5.2 A coordenação dos diferentes tipos de exercício será realizada por meio de
videoconferência, em data a ser marcada, na qual deverão participar os Chefes
das 3ª Seções de todas as OM e das Grandes Unidades participantes dos diver-
sos tipos de exercícios que ocorrerão durante o ano.
7.5.3 EXERCÍCIO DE ADESTRAMENTO DE PELOTÃO DE Mrt P
7.5.3.1 Efetivo

Subsistema Função Posto/Grad Total


Cmt Pel 1º Ten 1
Cmdo
Adj Pel 2º Sgt 1
Chefe da Central de Tiro 3º Sgt 1
Controle e Direção de Tiro
Calculador da Central de Tiro Cb 2

Comunicações Rádioperador Sd 3

Observação Observador Avançado 3º Sgt 2

Comandante da Linha de Fogo 2º Sgt 1

Chefes de Peça 3º Sgt 4


Linha de Fogo C1 - Cb
Serventes (C1, C2, C3 e C4) 16
C2, C3, C4 - Sd

Motorista Cb/Sd 1

TOTAL - - 32

7-6
SIMEB
7.5.3.2 Planejamento do Exercício
7.5.3.2.1 O exercício tem características técnicas, possibilitando o aprimoramen-
to do adestramento dos subsistemas empregados no apoio de fogo, particular-
mente, os seguintes: comunicações, direção e controle de tiro, linha de fogo e
observação.
7.5.3.2.2 Na semana de aplicação do exercício, será realizado o adestramento
de 2 Pel Mrt P. Cada pelotão constituído será adestrado no período de 2 dias
consecutivos.
7.5.3.2.3 Cada exercício será desenvolvido em 3 fases.
a) 1ª Fase - Preparação: Preparação do exercício em S-1, incluindo a sensoriza-
ção dos morteiros; inserção de dados no sistema e escrituração da documenta-
ção de acompanhamento do exercício por parte da equipe SIMAF; e treinamento
a distância das frações, a cargo das Unidades, com o objetivo de rever procedi-
mentos e técnicas necessárias ao exercício.
b) 2ª Fase - Aplicação do Exercício: Destinada à aplicação efetiva do exercício
com a presença da tropa em adestramento nas instalações do SIMAF. Compre-
ende a adaptação ao sistema de simulação, ao treinamento por subsistemas e
treinamento conjunto, a saber:
1) Adaptação: a tropa usuária será dividida dentro de seus subsistemas (comu-
nicações, direção e controle de tiro, linha de fogo e observação) e realizará uma
adaptação ao sistema de simulação, cuja finalidade é dirimir dificuldades que
possam interferir no desenvolvimento e resultado do exercício. Ao final, será
realizada uma verificação inicial da fração por meio da execução de uma missão
de tiro completa com os subsistemas integrados.
2) Treinamento por Subsistemas: tem por finalidade intensificar e otimizar o trei-
namento de determinado subsistema, permitindo uma ação pontual da Equipe
SIMAF sobre o mesmo e impedindo que falhas de outros subsistemas compro-
metam o dinamismo da atividade.
3) Treinamento Conjunto: visa aprimorar a interação entre os subsistemas e atin-
gir os objetivos de adestramento do pelotão. Ao final, será executada a verifica-
ção final, uma missão de tiro completa com todos os subsistemas integrados,
tendo as mesmas características da verificação inicial. Pretende-se, assim, men-
surar a evolução no desempenho da tropa usuária.
c) 3ª Fase - Consolidação do exercício e relatórios: compreende a consolidação
e tabulação dos dados obtidos durante o exercício, a confecção de relatórios, a
manutenção e a atualização do sistema de simulação.

7-7
SIMEB
7.5.3.3 Quadro de Trabalho

PRIMEIRO Pel Mrt P SEGUNDO Pel Mrt P


DATA HORA ATIVIDADE DATA HORA ATIVIDADE
D -1 - Concentração D+1 - Concentração
07:30 07:30
Ambientação Ambientação
08:30 08:30
08:30 08:30
Adaptação Adaptação
10:30 10:30
10:30 10:30
Verificação Inicial Verificação Inicial
D 11:30 D+2 11:30
12:30 Treinamento por Subsis- 12:30
Treinamento por Subsistema
16:00 tema 16:00
Preparação da Equipe Preparação da Equipe
16:00 16:00
SIMAF e SIMAF e
17:00 17:00
Mdd Adm para a tropa Mdd Adm para a tropa
07:30 Treinamento por Subsis- 07:30
Treinamento por Subsistema
10:30 tema 10:30
10:30 10:30
Treinamento Conjunto Treinamento Conjunto
11:30 11:30
12:30 12:30
Treinamento Conjunto Treinamento Conjunto
14:00 14:00
D+1 14:10 D+3 14:10
Verificação Final Verificação Final
15:10 15:10
Preparação da Equipe Preparação da Equipe
15:10 15:10
SIMAF e SIMAF e
16:00 16:00
Mdd Adm para a tropa Mdd Adm para a tropa
16:00 16:00
Análise Pós-Ação Análise Pós-Ação
17:00 17:00
Regresso / Início da consoli-
D+2 - Regresso D+4 -
dação dos dados

7.5.4 EXERCÍCIO DE ADESTRAMENTO DE OA DOS GAC


7.5.4.1 Efetivo

Subsistema Função Posto / Grad Total


Observação Observador Avançado 1º/2º Tenente 3 por GAC

7.5.4.2 Planejamento do Exercício


7.5.4.2.1 O exercício técnico que possibilita o aprimoramento e o adestramento
dos observadores dos GAC, ao longo de 5 jornadas.

7-8
SIMEB
7.5.4.2.2 Participarão os Observadores Avançados (OA) dos GAC não contem-
plados com Exercício de Adestramento em 2018.
7.5.4.2.3 Cada GAC deverá designar 3 observadores avançados para participar
do exercício.
7.5.4.2.4 A execução e o número de participantes poderão sofrer alteração em
função dos recursos disponibilizados.
7.5.5 EXERCÍCIO DE ADESTRAMENTO DE GAC
7.5.5.1 Efetivo

Subsistema Função Posto/Grad Total


Cmt OM TC 01
Cmdo S3 Maj 01
Cmt Bia O Cap 02
Adj S3 1º Ten 01
Chefe dos Calculadores 2º Sgt 01
Controle e Direção
Calculador Horizontal Cb 01
de Tiro
Calculador Vertical Cb 01
Calculador Sd 02
Aux Com 3º Sgt 01
Rádio Operador
Comunicações (02 Sd nos Postos de Obser-
Sd 06
vação, 02 Sd na C Tir e 02 Sd
na LF)
Observador Avançado / Oficial
1º/2º Ten 02
Observação de Reconhecimento / Adj S2
Cabo Observador Cb 02
Comandante da Linha de
1º Ten 02
Fogo (CLF)
Linha de Fogo Chefes de Peça (CP) 3º Sgt 04
C1 - Cb
Serventes (C1, C2, C3 e C4) 16
C2, C3, C4 - Sd
Enc Mat ST 01
Aux Enc Mat Cb/Sd 04
Logística Aux Rancho 3º Sgt 01
Cozinheiro / Taifeiro Cb/Sd 04
Mot Cb/Sd 06
TOTAL – – 59

7-9
SIMEB
7.5.5.2 Planejamento do Exercício
7.5.5.2.1 O exercício tem por característica ser predominantemente técnico, pos-
sibilitando o aprimoramento e adestramento dos subsistemas empregados no
apoio de fogo, particularmente, os seguintes: comunicações, direção e controle
de tiro, linha de fogo e observação.
7.5.5.2.2 O exercício será desenvolvido em 3 fases:
a) 1ª Fase - Preparação: preparação do exercício em S-1, incluindo o transporte
e a sensorização dos obuseiros, a inserção de dados no sistema e o treinamento
à distância das frações, a cargo dos GAC, objetivando rever procedimentos e
técnicas necessárias ao exercício.
b) 2ª Fase - Aplicação do Exercício: destinada à aplicação efetiva do exercício
com a presença da tropa em adestramento nas instalações do SIMAF. Com-
preende adaptação ao sistema de simulação, treinamento por subsistemas e
treinamento conjunto, a saber:
1) Adaptação: o GAC será dividido dentro de seus subsistemas (comunicações,
direção e controle de tiro, linha de fogo e observação) e realizará uma adapta-
ção ao sistema de simulação, cuja finalidade é dirimir dificuldades que possam
interferir no desenvolvimento e resultado do exercício. Ao final, será realizada
uma verificação inicial da fração por meio da execução de uma missão de tiro
completa com os subsistemas integrados.
2) Treinamento por Subsistemas: tem por finalidade intensificar e otimizar o
treinamento de determinado subsistema, permitindo uma ação mais pontual da
Equipe SIMAF sobre o mesmo e impedindo que falhas nos outros subsistemas
comprometam o dinamismo da atividade.
3) Treinamento Conjunto: visa aprimorar a interação entre os subsistemas e atin-
gir os objetivos de adestramento do GAC como um todo. Ao final, será execu-
tada a verificação final, uma missão de tiro completa com todos os subsistemas
integrados e mesmas características da verificação inicial. Pretende-se, assim,
mensurar a evolução no desempenho da tropa usuária.
c) 3ª Fase - consolidação do exercício e relatórios: Compreende a consolidação
e tabulação dos dados obtidos durante o exercício, a confecção de relatórios, a
manutenção e atualização do sistema de simulação.

7-10
SIMEB
7.5.5.3 Quadro de Atividades

Exercício de Adestramento de Grupo de Artilharia de Campanha

DATA HORA ATIVIDADE DATA HORA ATIVIDADE

D -1 - Concentração 07:30
Treinamento conjunto
11:30
07:00
Ambientação
08:00 12:30
Treinamento conjunto
D+2 16:00
08:00
Adaptação
10:00 Preparação da Equipe
16:00
10:00 SIMAF e
Verificação Inicial 17:00
D 11:30 Mdd Adm para a tropa

12:30 Treinamento por Subsis- 07:30


Treinamento conjunto
16:00 tema 10:00

Preparação da Equipe 10:00


16:00 Verificação Final
SIMAF e 11:30
17:00
Mdd Adm para a tropa Preparação da Equipe
12:30
07:30 Treinamento por Subsis- D+3 SIMAF e
14:30
11:30 tema Mdd Adm para a tropa

12:30 Treinamento por Subsis- 14:30


Análise pós-açāo
15:00 tema 16:00

D+1 15:00 16:00


Treinamento Conjunto Medidas complementares
16:00 17:00

Preparação da Equipe Regresso da tropa / Início


16:00 D+4 - da consolidação do Exer-
SIMAF e
17:00 cício pela Equipe SIMAF
Mdd Adm para a tropa

7.5.5.4 Considerações Gerais


- É necessário realizar a instalação dos sensores nos obuseiros antes do início
do exercício propriamente dito. Para tanto, os GAC devem designar uma equipe
com a finalidade de se realizar o transporte e a operação das peças.

7-11
SIMEB
7.5.6 EXERCÍCIO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS
7.5.6.1 Efetivo

Órgão Função OM Efetivo Especificação


Diretor do Exercício 1 Of Gen Cmt AD
Coordenador do Exe Cmdo AD
1 Of Sup E3 AD
Ap F
Coordenador da
DIREX SIMAF 1 Of Sup Instr Ch SIMAF
Simulação
Coordenador Manobra
Cmdo Bda 1 Of Sup E3 Bda
GU
Operador C2 Cmdo AD 1 Sgt -
OCA CCAF Bda Cmdo AD 1 Of Sup -
Equipe OCA GAC não partici-
OCA CCAF U 4 Cap Aperfeiçoados
pante AD
Cmt Bda 1 Of Gen Cmt Bda
Bda
E3/E2 1 Of Sup E2 Bda
CAF – Cmt GAC Orgâ-
PC Bda / CCAF 1 Of Sup Cmt GAC
nico Bda GAC Orgânico
O Lig (Adj CAF) Bda 1 Cap O Lig 4 ou 5
Operador C2 1 Sgt -
S3/S2 U 3 Cap S3 ou S2 OM
Cmt Pel Mrt P Btl ou Reg 3 Ten -

PC U / CCAF Cmt SU 3 Cap Cmt SU


(Das 3 U em 1º O Lig 1, 2 e 3 (CAF U) GAC Orgânico 3 Cap -
Escalão) AO Art Bda 3 Ten -
AO Mrt P 3 Sgt OA Mrt P
Btl ou Reg
Operador C2 3 Sgt -
S3 GAC Orgânico Bda 1 Of Sup S3 GAC Bda
Adj S3 1 Ten -
Central de Tiro GAC Orgânico
GAC Orgânico Chefe dos Calcula- Bda 1 Sgt -
dores
Operador C2 1 Sgt -
S3 GAC AD 1 Of Sup S3 GAC AD
Adj S3 1 Ten -
Central de Tiro
Chefe dos Calcula- GAC AD
GAC AD 1 Sgt -
dores
Operador C2 1 Sgt -
AAAe Elemento de DAAe Bia AAAe Bda 1 Ten -

7-12
SIMEB

Órgão Função OM Efetivo Especificação


12 CB /
Apoio Motoristas OM participantes -
Sd
TOTAL 57 militares

7.5.6.2 Planejamento do Exercício


- O exercício tem por característica ser predominantemente tático, possibilitan-
do a interação entre os participantes da função de combate fogos e integrando
as ações da função de combate movimento/manobra com o apoio de fogo dos
diversos níveis.
7.5.6.3 Quadro de Trabalho

PRAZO EVENTO Rsp OBJETIVO


Permitir que a Equi-
Envio da Proposta da O Op, Esquema de Mano-
pe SIMAF insira os
D-45 bra e Plano de Apoio de Fogo dos participantes em G Cmdo
dados no cenário do
todos os níveis (DE, Bda e U) para a Eqp SIMAF.
exercício.

Coordenar os encar-
D-30 Reunião de Coordenação Logística da atividade. G Cmdo
gos logísticos

Permitir a inserção
Envio da metodologia do exercício e documentos
dos dados relaciona-
D-30 necessários a sua aplicação (PMS e baremas) ao G Cmdo
dos a cada PMS no
SIMAF.
simulador.

Permitir a realização
D-10 Conclusão da montagem dos cenários. SIMAF de ajustes e a execu-
ção de ensaios.

Treinamento da apli-
cação do exercício
Ensaio da aplicação do exercício (utilizando-se das
D-7 G Cmdo nas instalações do si-
instalações do SIMAF).
mulador por parte da
direção do exercício.

Adestramento das
D a D+4 Execução do Exercício. G Cmdo
tropas usuárias.

Indicar possíveis
problemas técnicos
Relatório da Equipe SIMAF (destinado ao G Cmdo do simulador (ao
D+30 que participou do exercício, ao seu G Cmdo enqua- SIMAF COTER), os pontos
drante e ao COTER). fortes, as oportunida-
des de melhoria e as
lições aprendidas.

7-13
SIMEB

7-14
SIMEB
CAPÍTULO VIII
INSTRUÇÃO MILITAR DE ELEMENTOS DE NATUREZA DIVERSA

8.1 ORGANIZAÇÕES MILITARES NÃO OPERACIONAIS


8.1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
8.1.1.1 OM não operacional é aquela que não pertence à estrutura de emprego
da F Ter, portanto, não está prevista para ser empregada diretamente em com-
bate, tendo, pois, outra destinação, e à qual o conceito de Adestramento não se
aplica.
8.1.1.2 Os C Mil A são responsáveis pela direção geral da Instrução Militar das
OM não operacionais, podendo delegar esta atribuição para as Regiões Milita-
res.

ORGANIZAÇÃO MILITAR NÃO OPERACIONAL


É aquela que não pertence à estrutura de emprego da Força Terrestre e à qual o conceito de
Adestramento não se aplica.

8.1.2 CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO


8.1.2.1 Nas OM cujos quadro de cargos (QC) não exijam qualificações militares
para os conscritos incorporados, a Instrução Individual limitar-se-á à Fase da IIB,
e os soldados farão jus ao Certificado de Reservista de 2ª Categoria. Os C Mil A
podem determinar que alguns assuntos deixem de ser ministrados.
8.1.2.2 No caso de Contingentes, a instrução de soldados recrutas limitar-se-á à
IIB e será ministrada em OM formadoras de reservistas de 1ª categoria.
8.1.2.3 Quando os QC exigirem qualificação militar para os conscritos incorpo-
rados, a Instrução Militar será desenvolvida ao longo de todo o período de Ins-
trução Individual (IIB e IIQ), e os cabos e soldados farão jus ao Certificado de
Reservista de 1ª Categoria.
8.1.2.4 Como as OM não operacionais não realizam o Adestramento, ao término
da Instrução Individual, os cabos e soldados desempenharão suas funções no
âmbito da organização militar. Desse modo, deverá ser realizado um Programa
de Aplicação e Conservação de Padrões (PACP), devendo ter uma carga horária
mínima de 4 horas semanais.
8.1.2.5 O PACP será regulado por diretrizes da RM, quando receber delegação
do C Mil A para tal, e planejado, organizado e executado pela OM, visando aos
seguintes objetivos:
8.1.2.5.1 aprimorar padrões de desempenho;

8-1
SIMEB
8.1.2.5.2 desenvolver o caráter militar;
8.1.2.5.3 criar hábitos adequados;
8.1.2.5.4 desenvolver a capacidade física;
8.1.2.5.5 desenvolver habilitações; e
8.1.2.5.6 desenvolver padrões de ordem unida.
8.1.2.6 A instrução do EP deverá ser programada conforme a orientação do pro-
grama da CTTEP, com as adaptações necessárias à natureza de cada OM.

8.2 TIROS DE GUERRA E ESCOLAS DE INSTRUÇÃO MILITAR


8.2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
8.2.1.1 Os Tiros de Guerra (TG) são Órgãos de Formação da Reserva (OFR),
localizados em municípios que não possuem OM. Destinam-se à formação do
Combatente Básico de Força Territorial e são de responsabilidade das Regiões
Militares, a quem cabe planejar, coordenar e controlar todas as atividades.
8.2.1.2 As Escolas de Instrução Militar têm a mesma destinação e subordinação
dos Tiros de Guerra e funcionam em escolas de nível médio.
8.2.1.3 O COTER, de acordo com o Regulamento para os Tiros de Guerra e Es-
colas de Instrução Militar (R-138), tem a responsabilidade de orientar o preparo
dos TG para o emprego nos planejamentos de Defesa Territorial, Garantia da Lei
e da Ordem, Defesa Civil e Ação Comunitária.
8.2.2 CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO
8.2.2.1 A instrução nos TG e EsIM tem por objetivos:
8.2.2.1.1 formar o reservista de 2ª Categoria (Combatente Básico de Força Ter-
ritorial);
8.2.2.1.2 colaborar para estimular a permanência do jovem em seu município;
8.2.2.1.3 tornar o atirador um pólo difusor do civismo, da cidadania e do patrio-
tismo;
8.2.2.1.4 preparar reservistas aptos a desempenhar tarefas limitadas, na paz e
na guerra, nos quadros de Defesa Territorial e na Garantia da Lei e da Ordem,
Ação Comunitária e Defesa Civil;
8.2.2.1.5 preparar cidadãos esclarecidos, interessados nas aspirações e reali-
zações de sua comunidade e integrados à realidade nacional, para lidar com
problemas locais, visando à formação de futuros líderes comunitários;
8.2.2.1.6 cooperar na formação da mão de obra em regiões culturalmente extra-
tivistas; e

8-2
SIMEB
8.2.2.1.7 dispor de contigentes mobilizáveis em regiões estrategicamente im-
portantes da Amazônia, cujos custos contraindiquem a criação de Organizações
Militares da Ativa.
8.2.2.2 A instrução das EsIM deverá ser conduzida de acordo com o PPB-5/3 Es-
cola de Instrução Militar (EsIM), ajustado para os objetivos e os limites de carga
horária impostos para o funcionamento desses OFR.
8.2.2.3 A Portaria nº 002-COTER, de 4 MAR 16, estabelece a Diretriz Específica
de Instrução para os Tiros de Guerra (BE Nº 11, de 18 MAR 16).
8.2.2.4 Os relatórios atinentes aos TG e EsIM serão elaborados pelas RM e
analisados pelos C Mil A, não devendo ser remetidos ao COTER. Observações
relevantes referentes ao preparo e ao emprego deverão ser inseridas nos rela-
tórios do C Mil A ao COTER.

8.3 POLÍCIA DO EXÉRCITO E DE GUARDA


8.3.1 ORIENTAÇÃO DOS PROGRAMAS-PADRÃO
- Os C Mil A regularão a Instrução Militar desses elementos, adequando-a às
peculiaridades de emprego regional, com base nos Programas-Padrão respec-
tivos.
8.3.2 OM DE POLÍCIA DO EXÉRCITO
8.3.2.1 Instrução Individual - Deverá ser completa (IIB e IIQ)
8.3.2.2 Adestramento
8.3.2.2.1 Básico
- Deverá ser desenvolvido segundo um PAB que considere as peculiaridades e
as restrições impostas pela conjuntura da área.
8.3.2.2.2 Avançado
- As OM de PE deverão ser consideradas e incluídas, na medida de suas dispo-
nibilidades, nos exercícios programados para os GCmdo e as GU.
8.3.3 OM DE GUARDA
8.3.3.1 Instrução Individual - Deverá ser completa (IIB e IIQ)
8.3.3.2 Instrução subsequente
- Deverá ser desenvolvida por intermédio de um Programa de Aplicação e Con-
servação de Padrões (PACP), regulado pelo Grande Comando enquadrante,
preparado e executado na OM.

8-3
SIMEB
8.4 ARTILHARIA ANTIAÉREA
8.4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
- A instrução das OM da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª Bda AAAe) seguem
as diretrizes do COTER, tendo o seu adestramento conjugado com o Sistema de
Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA).
8.4.2 CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO
8.4.2.1 A IIB e a IIQ deverão ser completas, sendo a supervisão e a inspeção
dos citados período são encargos das GU, às quais se encontram subordinadas
as Bia AAAe.
8.4.2.2 Para que as OM de AAAe possam cumprir suas missões com uniformi-
dade e eficiência, a 1ª Bda AAAe difundirá diretrizes de instrução para todas as
OM, para fins de planejamento e utilização dos simuladores, aproveitamento das
horas de voo das Anv de baixa e alta performance, orientação técnica às OM
AAAe, centralização de exercícios de adestramento e de apoio logístico (quando
possível), manutenção e controle de munição e distribuição adequada de alvos
aéreos e birutas.
8.4.2.3 As Artilharias Divisionárias (AD) deverão supervisionar a instrução de
qualificação e o adestramento das Bia AAAe subordinadas às GU do Grande
Comando Operacional enquadrante, conforme os requisitos previstos no PPA-
-Art/2 Adestramento Básico nas OM AAAe.
8.4.3 ADESTRAMENTO
8.4.3.1 As OM da 1ª Bda AAAe, dotadas do sistema Radar SABER e Msl IGLA,
tendo em vista a dualidade de emprego no TO e na ZA, poderão ter o adestra-
mento complementado com objetivos previstos no PPA das Bia AAAe de Bda Inf/
Cav.
8.4.3.2 As Bia AAAe das Bda Inf/Cav seguem as diretrizes de instrução do CO-
TER, por intermédio das Grandes Unidades às quais estão subordinadas.
8.4.3.3 As Diretrizes de Instrução (DI) da 1ª Bda AAAe regularão o planejamento
da utilização dos simuladores do Msl Ptt IGLA, do aproveitamento das horas de
voo das Anv de baixa (turbo-hélices) e alta performance (jato) destinadas pelo
COMDABRA, bem como dos encargos de inspeção.
8.4.3.4 O canal técnico se estende às atividades peculiares da AAAe, tais como:
sanar dúvidas referentes aos sensores (radares) quanto à composição dos meios
(Can/ Msl); orientar a melhor forma de emprego desses meios; otimizar suas
possibilidades apresentando sugestões ou difundindo experiências observadas
em determinada OM; e realizar ligações com o SISDABRA, para fins de ades-
tramento operacional das OM, empregando os meios aéreos da Força Aérea.
8.4.3.5 Nos exercícios de adestramento de DE, que possuam GAAAe na suas
8-4
SIMEB
áreas de responsabilidade, sempre que possível, deverão ser estabelecidas as
ligações entre a 1ª Bda AAAe e as Bia AAAe das GU, respeitando-se a subordi-
nação operacional.
8.4.3.6 Os exercícios operacionais das OM de AAAe têm como maior escalão
presente a 1ª Bda AAAe que, por intermédio de seu Centro de Operações An-
tiaéreas Principal (COAAe P), estabelece o sistema de controle e alerta das Def
AAe, ligando-as com a Defesa Aeroespacial.

8.5 ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO E DE ENGENHARIA CARTOGRÁFICA


8.5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
8.5.1.1 As OM de Engenharia de Construção (E Cnst) e de Engenharia Cartográ-
fica (E Cart) enquadradas pelo Corpo de Exército têm missão e emprego defini-
dos no Teatro de Operações (TO), pertencendo, assim, à estrutura de emprego
da Força Terrestre (FTer).
8.5.1.2 A partir de 2002, deverá ser utilizado, em caráter experimental, o PPA
Eng/3 Adestramento Básico nas Unidades de Engenharia de Construção.
8.5.2 ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO
8.5.2.1 Os C Mil A, por intermédio dos Gpt Eng, regularão a Instrução Militar dos
B E Cnst, adequando-a às particularidades de emprego regional e aos Planos de
Trabalho autorizados, tendo como base o Programa-Padrão respectivo.
8.5.2.1.1 Instrução Individual - Deverá ser completa (IIB e IIQ).
8.5.2.1.2 Adestramento - Deverá ser desenvolvido segundo um Programa que
considere as peculiaridades da OM e as restrições impostas pela conjuntura
vigente.
8.5.3 CENTRO DE GEOINFORMAÇÃO
- A Companhia de Comando e Apoio do Centro de Geoinformação e do Centro
de Cartografia Automatizada do Exército constitui núcleo da Cia E Cart / Ex Cmp.
Tendo em vista a inexistência de Ex Cmp organizado na estrutura de paz da
FTer, as OM de E Cart deverão desenvolver integralmente a IIB e, após o término
da Instrução Individual, um PACP.

8.6 PELOTÕES ESPECIAIS DE FRONTEIRA


8.6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
8.6.1.1 A missão de um Pelotão Especial de Fronteira (PEF) não se limita ao
campo da atividade militar (combate), mas deve incluir, necessariamente, ati-
vidades ligadas à sobrevivência (vida) e à execução de serviços diversos (tra-
balho) em favor da OM e da comunidade civil em redor e/ou nas imediações do
aquartelamento. Esses campos conjugados promovem a PROTEÇÃO neces-
8-5
SIMEB
sária ao PEF e ao seu entorno. Assim, a missão do PEF pode ser expressa em
quatro palavras: VIDA, COMBATE TRABALHO E PROTEÇÃO.
8.6.1.2 O cumprimento integral da missão do PEF somente pode se concretizar
por meio da dosagem equilibrada e harmônica do esforço a ser desenvolvido
em cada atividade básica acima citada. Prioritariamente, o PEF tem de estar
apto para o cumprimento de sua missão de natureza essencialmente militar -
COMBATE. As outras duas missões - VIDA e TRABALHO - são missões que
assinalam o seu caráter de OM de natureza especial e destinam-se à melhoria
da qualidade de vida e das condições de trabalho de toda a comunidade.
8.6.1.3 Como Fração destacada, normalmente empregada isoladamente em
área de selva, o PEF deve estar apto a cumprir as seguintes missões de COM-
BATE: vigiar pontos ou frentes limitadas; reconhecer área, frente, eixo fluvial ou
terrestre, dentro de sua área de atuação; defender suas instalações contra a
ação de Forças Adversas e controlar a utilização do campo de pouso do PEF;
controlar as pistas de pouso na sua área; realizar as medidas de controle no
solo, constantes das Normas de Segurança de Defesa Aérea (NOSDA), como
por exemplo, a defesa aérea realizando as medidas de policiamento do espaço
aéreo, obrigando alguma aeronave interceptada a pousar na pista dos pelotões
e realizando a vigilância aérea.
8.6.1.4 As missões atinentes à VIDA deverão ser cumpridas com atividades nos
seguintes campos: saúde (educação preventiva, tratamento, prevenção de aci-
dentes, entre outras); educação (funcionamento das escolas, inclusão dos inte-
ressados no sistema EAD do Colégio Militar de Manaus (CMM), programas como
o Educação de Jovens e Adultos (EJA) e outros); lazer (esporte, organização de
competições, reuniões comunitárias etc); alimentação (trabalhos na produção de
alimentos); sobrevivência (atividades de caça e pesca); e esperança (trabalhos
de profissionais da área de saúde, como psicólogos, ação de comando, desen-
volvimento da religiosidade e outros).
8.6.1.5 Para a execução das missões referentes a TRABALHO, o PEF deve atu-
ar nos seguintes campos: serviços, com o funcionamento de oficinas de carpin-
taria, marcenaria, serralheria e outras; tecnologia, atuando no funcionamento e
manutenção do sítio de antenas, das placas solares, dos conversores e das ba-
terias do CENSIPAM etc; construção, atuando na evolução dos PEF, de acordo
com seu Plano Diretor; Manutenção, trabalhando na preservação do patrimônio
distribuído ao PEF; e agropecuária, relacionado à produção de alimento, com
intensa ligação com o item VIDA.
8.6.2 CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO
8.6.2.1 A IIB e a IIQ deverão ser completas e conduzidas, a princípio, nas Unida-
des sedes dos PEF.
8.6.2.2 O adestramento e CTTEP a cargo dos PEF.

8-6
SIMEB
8.6.2.3 Deverá ser utilizado, em caráter experimental, até o ano de 2020,
o Programa-Padrão de Instrução do Pelotão Especial de Fronteira (EB70-
-PP-11.013), aprovado pela Portaria nº 101-COTER, de 23 NOV 17.
8.6.3 ASSUNTOS QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL PARA OS PEF
8.6.3.1 Realização anual dos tiros previstos na IRTAEx, com armamento indivi-
dual e coletivo.
8.6.3.2 TFM, lutas e OU.
8.6.3.3 instrução geral: Estatuto dos Militares (E1), RISG (R1), RCont (R2) e
RDE (R4).
8.6.3.4 Patrulha, Orientação e Vigilância.
8.6.3.5 Plano de Defesa do PEF, Guarda do Quartel e Evacuação de Pessoal.
8.6.3.6 Primeiros Socorros.
8.6.3.7 Reconhecimento e Identificação de Aeronaves (civis e militares).
8.6.3.8 Fiscalização de aeronaves que forem obrigadas a pousar, quando da
realização de policiamento do espaço aéreo pelo COMDABRA.
8.6.3.9 Sobrevivência na Selva.

8.7 GUERRA ELETRÔNICA


8.7.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
8.7.1.1 Por ainda não haver um PP específico para a qualificação e o adestra-
mento do combatente de Guerra Eletrônica, o 1º Batalhão de Guerra Eletrônica
(1º BGE) deverá seguir as diretrizes estabelecidas pelo Comando de Comunica-
ções e Guerra Eletrônica (CCOMGEX) e coordenados pelo COTER.
8.7.1.2 Os conhecimentos básicos para o planejamento tático de GElt encon-
tram-se descritos nos Capítulos 3 e 4 do manual C 34-1 (Emprego da Guerra
Eletrônica).
8.7.2 PECULIARIDADES DE EMPREGO
8.7.2.1 A limitação de meios operacionais de outras OM GE, como por exemplo o
9º BComGE, condiciona o 1º BGE a prestar apoio para todos os C Mil A, em seus
planejamentos para o PAA, bem como para as diversas hipóteses de emprego.
8.7.2.2 Para o aproveitamento adequado das possibilidades da OM, o apoio deve
ser solicitado por intermédio do COTER e previsto no Contrato de Objetivos.
8.7.2.3 Dessa forma, eventuais pedidos de missões recebidos, equivocadamen-
te, pelo 1º BGE, diretamente dos Comandos Militares de Área, deverão ser en-
caminhados, de imediato, ao Comando de Operações Terrestres, para o neces-
sário processamento.
8-7
SIMEB
8.7.3 CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO
8.7.3.1 A Instrução Individual deverá ser completa. O Adestramento deverá ser
desenvolvido segundo um Programa de Adestramento que considere as peculia-
ridades da Unidade e as restrições impostas pela conjuntura vigente.
8.7.3.2 A participação nas Operações Conjuntas, coordenadas pelo Ministério
da Defesa, é uma excelente oportunidade para aprimorar o adestramento do 1º
BGE, devendo ser aproveitada ao máximo.
8.7.4 SOLICITAÇÃO DE APOIO
8.7.4.1 Visando ao aproveitamento adequado das possibilidades do 1º BGE, o
seu apoio deve ser solicitado pelos C Mil A, por intermédio do COTER, que coor-
denará com o CComGEx, utilizando-se o Pedido de Missão de Guerra Eletrônica
(PMGE).
8.7.4.2 Eventuais pedidos de missões, encaminhados diretamente ao CCOM-
GEx, deverão ser desconsiderados.

8.8 ARTILHARIA DE CAMPANHA


8.8.1 ARTILHARIA DE CAMPANHA DE TUBOS
8.8.1.1 A fim de orientar o planejamento e a execução do adestramento nas
unidades de Artilharia de Campanha, as Artilharias Divisionárias (AD) deverão
propor ao COTER, por intermédio das DE e em coordenação com os Cmt Bda,
os seguintes aspectos da Instrução Militar nas OM de Artilharia de Campanha
das Bda:
8.8.1.1.1 instrução específica da Arma, na fase da IIQ;
8.8.1.1.2 adestramento da função de combate Fogos, no PAB, incluindo-se aí os
objetivos de adestramento a serem cumpridos; e
8.8.1.1.3 dentro do quadro de adestramento por função de combate, mediante
coordenação do Cmt DE, que acertará os entendimentos necessários juntamen-
te com os Cmt Bda, deverá planejar, em época oportuna, em uma única região
a ser proposta à DE, a realização do “Exercício de Fogos de Artilharia”, com a
participação, em princípio, de duas Bia O de cada OM Art orgânica da AD ou
das Bda. É de todo conveniente que oficiais das armas-base participem desse
exercício, principalmente na fase de planejamento de fogos. A inserção desse
exercício no “Quadro de Adestramento” não impede a criação de situação tática
que oriente a sua realização.
8.8.1.2 Oficiais de Art (O Lig e OA) deverão participar dos exercícios de adestra-
mento das SU e Unidades das Armas Base.
8.8.1.3 As Artilharias Divisionárias, em coordenação com as Brigadas, realizarão
inspeções técnicas nos Grupos de Artilharia de Campanha e nas Baterias de
8-8
SIMEB
Artilharia Antiaérea das Brigadas.
8.8.1.4 As OM de Artilharia, tendo em vista as restrições de munição, deverão
explorar, ao máximo, o uso de simuladores e dispositivos de subcalibre no ades-
tramento dos diversos subsistemas.
8.8.1.5 Os adestramentos nos SIMAF, de Santa Maria/RS e de Resende/RJ,
deverão ser solicitados pelos C Mil A ao COTER e incluídos no Contrato de Obje-
tivos. O ODOp regulará anualmente no PIM, as atividades e as tropas que serão
apoiadas por esse tipo de simulador.
8.8.2 ARTILHARIA DE CAMPANHA DE MÍSSEIS E FOGUETES
8.8.2.1 A fim de orientar o planejamento e a execução do adestramento nos Gru-
pos de Mísseis e Foguetes (GMF), o Comando de Artilharia de Exército (Cmdo
Art Ex) - Forte Santa Bárbara - deverá propor, ao COTER, os seguintes aspectos
da Instrução Militar:
8.8.2.1.1 os Programas-Padrão para fase da IIQ;
8.8.2.1.2 os Programas-Padrão para o CFST;
8.8.2.1.3 os Programas-Padrão para o CFC;
8.8.2.1.4 os Estágios de Adaptação para Oficiais Temporários;
8.8.2.1.5 os Programas-Padrão para Adestramento do GMF;
8.8.2.1.6 o adestramento do Sistema de Mísseis e Foguetes no PAB a serem
cumpridos pelas OM integrantes do Sistema (GMF, C Log Msl Fgt, Bia BA e Bia
Cmdo);
8.8.2.1.7 participação em Op Cj, empregando Oficiais de Ligação junto às de-
mais Forças, visando à capacitação e ao adestramento nas terefas necessárias
às Operações Conjuntas, tais como: coordenção do espaço aéreo, coordenação
de fogos, Comando e Controle e busca de alvos;
8.8.2.1.8 dentro do quadro de adestramento, mediante coordenação do COTER
junto aos C Mil A, planejar, em época oportuna, em região(ões) de interesse do
COTER, a realização do Exercício de Fogos de Artilharia, com a participação,
em princípio, de uma Bia MF de cada GMF; incluindo o planejamento e a exe-
cução do transporte estratégico para as regiões de interesse por parte do C Log
Msl Fgt. É de todo conveniente que oficiais das armas-base participem desse
exercício, principalmente na fase de planejamento. A inserção desse exercício
no “Quadro de Adestramento” não impede a criação de situação tática que orien-
te a sua realização; e
8.8.2.1.9 para os deslocamentos estratégicos dos GMF considerar os diversos
modais de transporte, incluindo a atividade no contrato de objetivos do COTER.
8.8.2.2 A instrução continuará funcionando, em caráter experimental, até que
8-9
SIMEB
sejam aprovados os Programas-Padrão das QM atinentes às funções dentro das
guarnições do sistema ASTROS.
8.8.2.3 Os adestramentos nos Simuladores do Centro de Instrução de Artilharia
de Mísseis e Foguetes, Formosa-GO, deverão ser coordenados com os GMF e
incluídos no Contrato de Objetivos.
8.8.2.4 A formação e a capacitação dos motoristas das viaturas do Sistema AS-
TROS deverão ser conduzidas com o emprego de pistas que demonstrem as
capacidade e limitações das das viaturas.
8.8.2.5 Os motoristas das viaturas ASTROS deverão passar por aperfeiçoamen-
tos semestrais.
8.9 COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
8.9.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
8.9.1.1 O Comando de Operações Especiais (COpEsp) deve estar em condições
de atuar em qualquer parte do Território Nacional, a qualquer momento, e com
prazos exíguos para o início da operação.
8.9.1.2 A 3ª Cia F Esp é subordinada ao CMA e vincula-se ao COpEsp para fins
de orientação técnica e doutrinária. Na hipótese de emprego do COpEsp na Área
Amazônica, os planejamentos do GU deverão considerar o reforço da 3ª Cia F
Esp, desde que autorizado pelo CMA.
8.9.2 CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO
8.9.2.1 A instrução individual será ministrada em módulos e direcionada para
grupos específicos, conforme o universo a ser incorporado ou reengajado.
8.9.2.2 A IIB e a IIQ para o EV da B Adm/COpEsp, Btl Ap Op Esp, 1º BAC, CI
Op Esp e do Pel PE, e a Instrução Individual de Requalificação e Nivelamento
(IIRN), para os soldados do núcleo base, serão realizadas de acordo com o pre-
visto para todas as OM do Exército.
8.9.2.3 No 1º BAC, as instruções para os candidatos ao Curso de Formação de
Cabos Comandos (CFCC), será diferenciada no Treinamento Físico Militar, em
especial, com as instruções de natação.
8.9.2.4 O CFCC será desenvolvido no 1º BAC com a realização de instrução
semelhante a um CFC normal, complementado por assuntos específicos de uma
tropa tipo Comandos, inclusive com a realização de exercícios com característi-
cas especiais.
8.9.2.5 A Capacitação Técnica e Tática do Efetivo Profissional (CTTEP) e o
Adestramento transcorrerão de forma simultânea ao longo de todo o ano de
instrução.
8.9.2.6 O adestramento para o salto livre operacional (SLOP), para operações
8-10
SIMEB
aquáticas e para missões contraterror, será realizado em princípio por frações
constituídas.
8.9.2.7 O Centro de Instrução de Operações Especiais (CI Op Esp) será a Uni-
dade encarregada de ministrar o Curso de Ações de Comandos (CAC), o Cur-
so de Forças Especiais (CFEsp) e Estágios Gerais relacionados às Operações
Especiais, habilitando os recursos humanos para o desempenho dos cargos e
funções existentes no COpEsp. O CI Op Esp deverá, também, desenvolver pes-
quisas técnicas e doutrinárias de interesse da Força Terrestre, em proveito das
Operações Especiais, sob a coordenação da seção de doutrina do COpEsp e do
CDout/COTER.
8.9.3 EMPREGO
- O emprego do COpEsp ocorrerá conforme o estabelecido em diretriz específica
do COTER, visando atender as seguintes premissas básicas:
8.9.3.1 mobilidade estratégica e pronta-resposta: reação ampliada;
8.9.3.2 eficiência e eficácia em diversos ambientes operacionais; e
8.9.3.3 flexibilidade, versatilidade e mobilidade de suas estruturas.

8.10 DEFESA QUÍMICA, BIOLÓGICA, RADIOLÓGICA E NUCLEAR (DQBRN)


8.10.1 Será realizada, ao longo do ano de instrução, a condução de instruções
para proporcionar o preparo básico e intermediário em DQBRN com os seguin-
tes objetivos:
8.10.1.1 garantir a sobrevivência do pessoal diante de Perigos QBRN, além de
permitir que os elementos de emprego prossigam na realização de suas ativida-
des e tarefas sem perda significativa do poder de combate; e
8.10.1.2 fornecer os conhecimentos básicos para frações não especializadas
que poderão contribuir com a realização das atividades e tarefas de DQBRN,
permitindo a estruturação de forças modulares com limitada capacidade orgâni-
ca em DQBRN, incrementando a proteção oferecida pelo nível básico.
8.10.2 As instruções serão ministradas pelo 1º Btl DQBRN para frações, valor
pelotão. Anualmente, o COTER regulará as tropas que serão capacitadas.

8.11 INSTRUÇÃO DE TROPAS BLINDADAS E MECANIZADAS


8.11.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
8.11.1.1 O Exército Brasileiro vem renovando e reestruturando sua frota blindada
por meio da aquisição de Material de Emprego Militar (MEM), como as VBCC
Leopard 1 A5 BR, para mobiliar os RCC, as VBC AAe Gepard 1 A2, para as Bia
AAAe AP e as VBTP-MR Guarani para BI Mec e RC Mec; ou por meio da mo-
dernização de MEM, como as VBTP M113 BR, para os BIB e os RCB; aquisição
8-11
SIMEB
das VBE PC M-577 A2 e VBE Soc M88 A1; a reestruturação da artilharia de
campanha com a criação do Comando de Artilharia do Exército, a aquisição da
VBC OAP M-109A5+ e a aquisição da VBL Lince inicialmente para os RC Mec e
o sistema ASTROS para os Grupos de Mísseis e Foguetes.
8.11.1.2 Os novos blindados, além de agregarem capacidade operativa às Bda,
também demandam uma reestruturação da sistemática da instrução militar, tanto
na parte individual quanto no adestramento, a fim de preparar as tropas blinda-
das.
8.11.1.3 É fundamental que seja dada a devida importância à qualificação e à
manutenção da capacitação técnica e tática, com foco na especificidade, conti-
nuidade e progressividade da instrução individual.
8.11.1.4 A instrução militar das tropas blindadas e mecanizadas continuará fun-
cionando, em caráter experimental, até que sejam aprovados os PPQ das QM
atinentes às funções dentro das guarnições blindadas/mecanizadas, com o ob-
jetivo de aprimorar a formação dos militares e capacitá-los ao uso adequado dos
novos materiais.
8.11.1.5 As OM Bld e Mec deverão conduzir a instrução individual dos integran-
tes das guarnições por meio da Seção de Instrução de Blindados (SIB). Em
coordenação com o COTER, o CI Bld deverá manter o canal técnico operacional
com todas as SIB.
8.11.1.6 Nos Grupos de Mísseis e Foguetes (GMF) a capacitação de pessoal
e a instrução individual de integrantes das Guarnições dos sistemas de armas
ocorrerão no Centro de Instrução de Artilharia de Mísseis e Foguetes (C I Art Msl
Fgt) e nos próprio Grupos.
8.11.2 SEÇÃO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS (SIB)
8.11.2.1 Conceito
- É uma estrutura nas OM Bld e Mec, que conta com pessoal experiente, inte-
grante das diversas frações subordinadas, com objetivo de assessorar e con-
duzir a instrução militar voltada para a instrução técnica e tática das viaturas
blindadas (VB) orgânicas.
8.11.2.2 Composição
8.11.2.2.1 É composta por oficiais e sargentos, preferencialmente especializa-
dos nos cursos e estágios conduzidos pelo CI Bld, sendo os responsáveis pela
multiplicação dos conhecimentos, das técnicas, táticas e procedimentos (TTP)
padronizados, estando subordinados, para fins de planejamento da instrução,
ao S/3 da OM.
8.11.2.2.2 O efetivo de militares da SIB é variável e deve ser ajustado de acordo
com as necessidades, limitações e peculiaridades das missões de cada OM Bld

8-12
SIMEB
e Mec. Não haverá aumento de vagas em QCP para a composição das SIB.
8.11.2.2.3 A SIB deve contar, preferencialmente, com instalações próprias em
ambiente que favoreça a condução da instrução militar, contando com simu-
ladores e outros meios disponíveis. Não sendo possível contar com estruturas
próprias, deve-se buscar, dentro da OM, o local mais adequado para este fim.
8.11.2.3 Missão
8.11.2.3.1 Assessorar o Ch 3ª Seção da OM Bld e Mec no planejamento na exe-
cução, na avaliação da instrução individual, focada na qualificação e capacitação
da tropa.
8.11.2.3.2 Assessorar o Ch 3ª Seção da OM Bld e Mec nas modificações a se-
rem introduzidas nas diversas fases do ano de instrução destinado às guarni-
ções das VB no âmbito da OM.
8.11.2.3.3 Apresentar sugestões para atualização dos documentos básicos de
instrução (PP inclusive), enviando as sugestões ao CI Bld, se for o caso.
8.11.2.3.4 Avaliar, continuadamente, o conteúdo do material didático utilizado na
instrução militar da OM, nos assuntos referentes a blindados.
8.11.2.3.5 Capacitar e certificar os operadores das VB da OM.
8.11.2.3.6 Multiplicar o conhecimento técnico adquirido durante os cursos e es-
tágios do CI Bld, auxiliando na qualificação técnica das guarnições de viaturas
blindadas das OM.
8.11.2.3.7 Manter atualizado o conhecimento sobre equipamentos e viaturas -
blindados ou não, nacionais ou internacionais - e que tenham relevância para
o cenário do combate blindado, utilizando-se dos periódicos publicados pelo CI
Bld.
8.11.2.3.8 Divulgar novas técnicas e os meios auxiliares de instrução propostos
pelo CI Bld.
8.11.2.3.9 Atuar como canal de ligação técnica entre a tropa blindada, o COTER
e o CI Bld através do canal SIBNet.
8.11.2.3.10 Coordenar as atividades de tiro real do armamento coletivo da OM.
8.11.2.3.11 Avaliar e certificar as frações constituídas, de modo a auxiliar na ob-
tenção de elevado grau de adestramento da tropa.
8.11.2.3.12 Dentro de suas possibilidades e peculiaridades, apoiar as SU nas ati-
vidades de campanha e nos exercícios de simulação, assessorando os Cmt SU
e o S/3 da OM; e avaliando e orientando as guarnições das viaturas blindadas.
8.11.2.3.13 Centralizar pessoal especializado, meios auxiliares de instrução e
técnicas de instrução visando aumentar a qualidade das instruções que deman-
dem conhecimento específico.
8-13
SIMEB
8.11.2.3.14 Padronizar e atualizar procedimentos técnicos e táticos sobre blinda-
dos dentro do âmbito de sua OM.
8.11.2.3.15 Planejar, coordenar e conduzir as atividades de tiro real, seguindo as
determinações do S/3 da OM.
8.11.3 Organização
- O foco da instrução militar é o adestramento para a Defesa Externa. O alto nível
do adestramento somente será atingido com adequada e eficaz instrução indivi-
dual prévia e contínua. Assim, as OM Bld e Mec deverão dar especial atenção:
8.11.3.1 à capacitação e à qualificação dos integrantes das guarnições Bld e
Mec;
8.11.3.2 à manutenção e ao aprimoramento de padrões de desempenho dos
integrantes das guarnições Bld e Mec; e
8.11.3.3 ao CFC e ao CFSd do EV nas demais QM.
8.11.4 BATALHÃO DE INFANTARIA BLINDADO (BIB)
8.11.4.1 Os BIB deverão adequar a instrução militar à modernização da VBTP
M113-BR.
8.11.4.2 Os BIB deverão envidar esforços para obter uma SU 100% EP ou com o
máximo de EP possível. Essa SU deverá buscar a manutenção e aprimoramento
dos padrões de desempenho dos integrantes das guarnições Bld.
8.11.4.3 Os BIB deverão designar uma SU para conduzir a capacitação e quali-
ficação dos integrantes das guarnições Bld. Esta SU organizará e conduzirá os
trabalhos da SIB.
8.11.4.4 Os BIB deverão designar outra SU para coordenar a condução das ins-
truções do período de instrução individual e de garantia da lei e da ordem.
8.11.4.5 A CCAp conduzirá o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.4.6 O preparo das tropas blindadas deve buscar a constituição de Forças-
-Tarefas Carros de Combate - Fuzileiro Blindado (FT CC - Fuz Bld) e a integra-
ção com as diversas funções de combate.
8.11.4.7 Os BIB devem organizar uma SU Fuz Bld ECD constituir FT com os
RCC, devendo buscar mantê-la ao longo de todo ano de instrução.
8.11.4.8 A SIB dos BIB deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos sobre
as instruções dos MEM com o COTER, o CI Bld e as SIB dos RCC e dos RCB.
8.11.5 BATALHÃO DE INFANTARIA MECANIZADO (BI Mec)
8.11.5.1 Os BI Mec deverão envidar esforços para obter uma SU 100% EP ou
com o máximo de EP possível. Essa SU deverá buscar a manutenção e aprimo-

8-14
SIMEB
ramento dos padrões de desempenho dos integrantes das guarnições Bld.
8.11.5.2 Os BI Mec deverão designar uma SU para conduzir a capacitação e
qualificação dos integrantes das guarnições Mec. Esta SU organizará e condu-
zirá os trabalhos da SIB.
8.11.5.3 Os BI Mec deverão designar outra SU para coordenar a condução das
instruções do período de instrução individual e de garantia da lei e da ordem de
sua OM.
8.11.5.4 A CC Ap conduzirá o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.5.5 A SIB dos BI Mec deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos sobre
as instruções da VBTP-MSR Guarani com o COTER, o CI Bld e demais OM do-
tadas de VBTP-Guarani.
8.11.6 REGIMENTO DE CARROS DE COMBATE (RCC)
8.11.6.1 Os RCC deverão envidar esforços para obter uma SU 100% EP ou com
o máximo de EP possível. Essa SU deverá buscar a manutenção e aprimora-
mento dos padrões de desempenho dos integrantes das guarnições CC.
8.11.6.2 Os RCC deverão designar uma SU para conduzir a capacitação e qua-
lificação dos integrantes das guarnições CC. Esta SU organizará e conduzirá os
trabalhos da SIB.
8.11.6.3 Os RCC deverão designar outra SU para coordenar a condução das
instruções do período de instrução individual e de garantia da lei e da ordem.
8.11.6.4 O Esqd CAp conduzirá o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.6.5 O preparo das tropas deve buscar a constituição de Forças-Tarefas Car-
ros de Combate - Fuzileiro Blindado (FT CC - Fuz Bld) e a integração com as
diversas funções de combate.
8.11.6.6 Os RCC devem organizar um Esqd CC ECD constituir FT com os BIB,
devendo buscar mantê-la ao longo de todo ano de instrução.
8.11.6.7 A SIB dos RCC deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos sobre as
instruções dos MEM com o COTER, CIBld e as SIB dos RCB e dos BIB.
8.11.7 REGIMENTO DE CAVALARIA BLINDADO (RCB)
8.11.7.1 Os RCB deverão envidar esforços para obter um Esqd CC e um Esqd
Fuz Bld 100% EP ou com o máximo de EP possível. Esses Esqd deverão buscar
a manutenção e aprimoramento dos padrões de desempenho dos integrantes
das guarnições CC e Fuz Bld.
8.11.7.2 Os RCB deverão designar uma SU para conduzir a capacitação e qua-
lificação dos integrantes das guarnições Bld. Esta SU organizará e conduzirá os
trabalhos da SIB, que deverá contar com especialistas nas VBCC, dos Esqd CC;
e nas VBTP, dos Esqd Fuz Bld.
8-15
SIMEB
8.11.7.3 Os RCB deverão designar outra SU para coordenar a condução das
instruções do período de instrução individual e de garantia da lei e da ordem.
8.11.7.4 Os RCB devem organizar dois Pel Fuz Bld ECD constituir FT com os
Esqd CC, devendo mantê-los ao longo de todo ano de instrução.
8.11.7.5 O Esqd C Ap conduzirá o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.7.6 A SIB dos RCB deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos sobre
as instruções dos MEM com o COTER, o CI Bld e as SIB dos RCC e dos BIB.
8.11.8 REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO (RC Mec)
8.11.8.1 Os RC Mec deverão envidar esforços para obter uma SU 100% EP ou
com o máximo de EP possível. Essa SU deverá buscar a manutenção e aprimo-
ramento dos padrões de desempenho dos integrantes das guarnições.
8.11.8.2 Os RC Mec deverão designar uma SU para conduzir a capacitação e
qualificação dos integrantes das guarnições Mec. Esta SU organizará e condu-
zirá os trabalhos da SIB.
8.11.8.3 Os RC Mec deverão designar outra SU para coordenar a condução das
instruções do período de instrução individual e de garantia da lei e da ordem.
8.11.8.4 O Esqd C Ap conduzirão o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.8.5 A SIB dos RC Mec deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos so-
bre as instruções com o COTER, o CI Bld e as SIB dos outros RC Mec, e se for
o caso, com os BIMec.
8.11.9 GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA AUTOPROPULSADO (GAC
AP)
8.11.9.1 Os GAC AP deverão adequar a instrução militar à aquisição da VBCO-
AP M109 A5+ BR e VBCOAP M109 A5 e desfazimento das VBCOAP M108.
8.11.9.2 Os GAC AP deverão envidar esforços para obter uma SU 100% EP ou
com o máximo de EP possível. Essa SU deverá buscar a manutenção e aprimo-
ramento dos padrões de desempenho dos integrantes das guarnições Bld.
8.11.9.3 Os GAC AP deverão designar uma SU para conduzir a capacitação e
qualificação dos integrantes das guarnições Bld. Esta SU organizará e conduzirá
os trabalhos da SIB.
8.11.9.4 Os GAC AP deverão designar outra SU para coordenar a condução das
instruções de instrução individual e de garantia da lei e da ordem.
8.11.9.5 A Bia Cmdo conduzirá o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.9.6 A SIB dos GAC deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos sobre as
instruções dos MEM com o COTER, CI Bld e outras OM Bld.

8-16
SIMEB
8.11.10 BATALHÃO DE ENGENHARIA DE COMBATE BLINDADO (BE Cmb Bld)
8.11.10.1 Os BE Cmb Bld deverão envidar esforços para obter dois Pel Eng Cmb
Bld 100% EP ou com o máximo de EP possível. Esses Pel deverão buscar a
manutenção e aprimoramento dos padrões de desempenho dos integrantes das
guarnições Bld.
8.11.10.2 Os Btl Eng Cmb Bld deverão designar uma SU para conduzir a capa-
citação e qualificação dos integrantes das guarnições Bld. Esta SU organizará e
conduzirá os trabalhos da SIB.
8.11.10.3 Os Btl Eng Cmb Bld deverão designar outra SU para coordenar a con-
dução das instruções do período instrução individual e de garantia da lei e da
ordem.
8.11.10.4 A CCAp poderá conduzir o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.10.5 A SIB dos BE Cmb Bld deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos
sobre as instruções dos MEM Bld que operam com o COTER, o CI Bld e as SIB
das demais OM Bld.
8.11.11 ESQUADRÃO DE CAVALARIA MECANIZADA (Esqd C Mec)
8.11.11.1 Os Esqd C Mec deverão envidar esforços para obter um Pel C Mec
100% EP ou com o máximo de EP possível. Esse Pel deverá buscar a ma-
nutenção e aprimoramento dos padrões de desempenho dos integrantes das
guarnições Bld.
8.11.11.2 Os Esqd C Mec deverão designar um Pel C Mec para conduzir a capa-
citação ou a qualificação dos integrantes das guarnições Bld. Este Pel organiza-
rá e conduzirá os trabalhos da SIB.
8.11.11.3 Os Esqd C Mec deverão designar outro Pel para coordenar a condução
das instruções do período de instrução individual e de garantia da lei e da ordem.
8.11.11.4 A Seç Cmdo conduzirá o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.11.5 A SIB dos Esqd Mec deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos
com o COTER, o CI Bld e as SIB dos RC Mec e, (SFC), BI Mec.
8.11.12 BATERIA DE ARTILHARIA ANTIAÉREA AUTOPROPULSADA (Bia
AAAe AP)
8.11.12.1 As Bia AAAe AP deverão envidar esforços para obter uma Seç AAAe
100% EP ou com o máximo de EP possível. Essa Seç deverá buscar a ma-
nutenção e aprimoramento dos padrões de desempenho dos integrantes das
guarnições Bld.
8.11.12.2 As Bia AAe AP deverão designar uma Seção para conduzir a capacita-
ção e a qualificação dos integrantes das guarnições Bld. Esta Seção organizará
e conduzirá os trabalhos da SIB.
8-17
SIMEB
8.11.12.3 As Bia AAe AP deverão designar outro Pel para coordenar a condução
das instruções do período de instrução individual e de garantia da lei e da ordem.
8.11.12.4 A Seç Log poderá conduzir o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.12.5 A SIB das Bia AAe AP deverá buscar o intercâmbio de conhecimentos
sobre as instruções dos MEM com o COTER, o CI Bld e as SIB das outras OM
Bld.
8.11.13 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA (Cia Eng
Cmb Mec)
8.11.13.1 As Cia Eng Cmb Mec deverão envidar esforços para obter um Pel Eng
Cmb Mec 100% EP ou com o máximo de EP possível. Esse Pel deverá buscar a
manutenção e aprimoramento dos padrões de desempenho dos integrantes das
guarnições Mec.
8.11.13.2 As Cia Eng Cmb Mec deverão designar um Pel Eng Cmb Mec para
conduzir a capacitação ou qualificação dos integrantes das guarnições Bld. Este
Pel organizará e conduzirá os trabalhos da SIB.
8.11.13.3 As Cia Eng Cmb Mec deverão designar outro Pel para coordenar a
condução das instruções do período de instrução individual e de garantia da lei
e da ordem.
8.11.13.4 A Seç Cmdo conduzirá o CFC e CFSd do EV nas demais QM.
8.11.13.5 A SIB dos Cia Eng Cmb Mec deverá buscar o intercâmbio de conheci-
mentos sobre as instruções dos MEM Bld que operam com o COTER, o CI Bld e
as SIB dos RC Mec, BI Mec.
8.11.14 ANO DE INSTRUÇÃO DA OM Bld E Mec
8.11.14.1 Batalhão de Infantaria Blindado
8.11.14.1.1 A capacitação, a manutenção e o aprimoramento de padrões de de-
sempenho dos integrantes das guarnições Bld ocorrerão paralelamente ao perí-
odo básico e de qualificação do EV.
8.11.14.1.2 Os BIB deverão buscar no adestramento a integração de uma FT
CC-Fuz, tanto nos exercícios no terreno quanto nos exercícios de simulação.
8.11.14.2 Batalhão de Infantaria Mecanizado
8.11.14.2.1 O ano de instrução das SU Mec deverá ser adaptado ao recebimento
do material e à formação das guarnições e do pessoal de apoio à manutenção
da VB Guarani.
8.11.14.2.2 A CTTEP será conduzida com foco no emprego da VB Guarani nas
suas diversas missões e, principalmente, na capacitação para os cargos de co-
mandante de VB, motorista e atirador.

8-18
SIMEB
8.11.14.2.3 A capacitação, a manutenção e aprimoramento de padrões de de-
sempenho dos integrantes das guarnições Mec ocorrerão paralelamente ao pe-
ríodo básico e de qualificação do EV.
8.11.14.3 Regimento de Carros de Combate
8.11.14.3.1 A capacitação, a manutenção e aprimoramento de padrões de de-
sempenho dos integrantes das guarnições Bld ocorrerão paralelamente ao perí-
odo básico e de qualificação do EV.
8.11.14.3.2 Todo o EV que integra as guarnições Bld das VBCCC Leopard 1 A5
BR deverá ser qualificado na função de Auxiliar do Atirador, durante o serviço mi-
litar obrigatório. Não deverá ser realizada a formação multifuncional nesta etapa
da qualificação.
8.11.14.3.3 Para a realização da IIQ Peculiar (atirador de CC), podem ocorrer
duas situações de execução:
- no mesmo ano do CFC Atdr CC; e
- no ano posterior ao CFC Atdr CC.
8.11.14.3.4 A formação do Mot CC se dará através de treinamento específico
para habilitação à condução de viatura blindada, posterior à qualificação como
Atdr CC.
8.11.14.3.5 A fim de priorizar o consumo eficaz da munição 105 mm em condi-
ções de restrição orçamentária, a prioridade na execução do tiro da VBC deverá
ser do EP que realmente integre a guarnição CC.
8.11.14.3.6 Os RCC deverão buscar no adestramento a integração de uma FT
CC-Fuz, tanto nos exercícios no terreno como nos exercícios de simulação.
8.11.14.4 Regimento de Cavalaria Blindado
8.11.14.4.1 A capacitação, a manutenção e o aprimoramento de padrões de de-
sempenho dos integrantes das guarnições Bld ocorrerão paralelamente ao perí-
odo básico e de qualificação do EV.
8.11.14.4.2 Todo o EV que integra as guarnições Bld das VBCC deverá ser qua-
lificado na função de Auxiliar do Atirador, durante o serviço militar obrigatório.
Não deverá ser realizada a formação multifuncional nesta etapa da qualificação.
8.11.14.4.3 Para a realização da IIQ Peculiar (atirador de CC), podem ocorrer
duas situações de execução:
- no mesmo ano do CFC Atdr CC; e
- no ano posterior ao CFC Atdr CC.
8.11.14.4.4 A formação do Mot CC se dará através de treinamento específico
para habilitação à condução de viatura blindada, posterior à qualificação como
8-19
SIMEB
Atdr CC.
8.11.14.5 Regimento de Cavalaria Mecanizado, Esquadrão de Cavalaria Meca-
nizado e Companhia de Engenharia Mecanizada
- A capacitação, a manutenção e o aprimoramento de padrões de desempenho
dos integrantes das guarnições Bld ocorrerão paralelamente ao período de ins-
trução individual do EV.
8.11.14.6 Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado
8.11.14.6.1 O ciclo de instrução dos GAC AP deverá ser adaptado ao recebimen-
to do material e à formação das guarnições da VBCOAP M109 A5+ BR.
8.11.14.6.2 A CTTEP será conduzida com foco no emprego da VBCOAP M109
A5+ BR, em suas missões específicas.
8.11.14.6.3 A capacitação, a manutenção e aprimoramento de padrões de de-
sempenho dos integrantes das guarnições Bld ocorrerão paralelamente ao perí-
odo de instrução individual do EV.
8.11.14.7 Batalhão de Engenharia de Combate Blindado
8.11.14.7.1 A capacitação, a manutenção e aprimoramento de padrões de de-
sempenho dos integrantes das guarnições Bld ocorrerão paralelamente ao perí-
odo de instrução individual do EV.
8.11.14.7.2 Os BE Cmb Bld deverão buscar no adestramento a integração em
uma FT CC-Fuz, tanto nos exercícios no terreno quanto nos exercícios de simu-
lação.
8.11.14.8 Bateria de Artilharia Antiaérea Autopropulsada
8.11.14.8.1 O ciclo de instrução das Bia AAAe AP deverá ser adaptado à forma-
ção das guarnições e do pessoal de manutenção do Gepard.
8.11.14.8.2 A CTTEP será conduzida com foco no emprego do Gepard, em suas
missões específicas e, principalmente, na requalificação do EP para os cargos
de Motr e Atdr da VBC AAe.
8.11.14.8.3 A formação dos Cb (motorista e atirador) da Gu Gepard caracteriza-
-se pelo alto nível de complexidade, tendo em vista a tecnologia embarcada na
VCB AAe. A formação destes militares deve permitir a compreensão das carac-
terísticas da tática e das operações das Forças-Tarefas Blindadas. A adaptação
dos motoristas da VBC AAAe deverá ser realizada pela SIB dos RCC da mesma
guarnição ou da mesma Bda.
8.11.14.8.4 O CFC Gu Gepard englobará a formação multifuncional aos Sd EP
integrantes das turmas de remuniciamento que, após o 1º engajamento, realiza-
rão a IIQ peculiar de Atirador ou de Motorista, quando estarão prontos para ocu-
par suas funções dentro da VBC AAe e serem promovidos à graduação de Cb.
8-20
SIMEB
8.11.14.8.5 O período destinado ao CFC Atdr VBC AAe Gepard, em princípio,
será de 15 semanas de instrução. Após a qualificação como Atdr VBC AAe, há 4
semanas de treinamento específico para a habilitação de motorista de VBC AAe
Gepard.
8.11.14.8.6 A instrução do CFC do Atirador Gepard deverá ser a mesma realiza-
da na EsACosAAe e na formação do 3º Sgt Chefe da VBC AAe, tendo em vista
à cumulatividade no desempenho das duas funções (Ch Pç e Atdr).
8.11.15 CICLO DE INSTRUÇÃO
8.11.15.1 Instrução progressiva do EP/EV da Gu VBC CC
8.11.15.1.1 Primeiro ano: CFSd (Auxiliar de Atirador).
8.11.15.1.2 Segundo ano: CFC (Atirador) e Trn Epcf de Mot.
8.11.15.1.3 Terceiro ano: CFST (Cmt CC).
8.11.15.2 Instrução progressiva do EP da Gu VB Guarani.
- Primeiro engajamento: IIQ Peculiar Cb Motr e Sd Atdr.
8.11.15.3 Instrução progressiva do EP/EV da Gu VBC AAe
8.11.15.3.1 Primeiro ano: CFSd (Remuniciador - Remn).
8.11.15.3.2 Segundo ano: CFC (Atirador Gepard) e Trn Epcf de Mot.
8.11.15.3.3 Terceiro ano: CFST (Ch Pç Gepard).
8.11.16 ADESTRAMENTO
8.11.16.1 As OM deverão buscar manter o adestramento das SU EP como prio-
ridade no ano de instrução, valendo-se do apoio dos meios de simulação além
dos exercício de campanha.
8.11.16.2 O adestramento das Gu Gepard e da Bia AAAe AP estará condiciona-
do à disponibilidade de material e à vigência de Contrato de Suporte Logístico,
bem como a formação completa de militares na manutenção do material.
8.11.17 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
8.11.17.1 As Bia AAAe AP integrantes das Bda Bld deverão enviar ao COTER,
no final do período de instrução, um relatório contendo sugestões e observações
julgadas pertinentes, quanto ao processo de formação continuada das Gu Ge-
pard e ao emprego doutrinário das VBC AAe em apoio às FT Bld.
8.11.17.2 As Organizações Militares que receberem a VB Guarani deverão enviar
ao COTER, no final do período de instrução, um relatório contendo sugestões e
observações julgadas pertinentes, quanto ao processo de formação continuada
das Gu Guarani e ao emprego doutrinário das VB Guarani.

8-21
SIMEB
8.12 OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS
8.12.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
8.12.1.1 O 1º Batalhão de Operações Psicológicas (1º B Op Psc) é uma tropa de
emprego estratégico, devendo estar em condições de atuar em qualquer parte
do Território Nacional, a qualquer momento, e com prazos exíguos para o início
das operações.
8.12.1.2 O 1º B Op Psc é subordinado ao Comando de Operações Especiais (C
Op Esp) e vincula-se ao Comando de Operações Terrestres (COTER) que é o
órgão central do Sistema de Operações Psicológica (SiOPEx). O 1º B Op Psc
executará a realização de modos didáticos de adestramento previstos durante
o ano de instrução, atendendo a criação do projeto SISPREPARO, baseado e
estruturado pelo Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB) e
apoiado pelo Sistema de Simulação do Exército Brasileiro (SSEB).
8.12.2 CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO
8.12.2.1 O adestramento das frações de Operações Psicológicas ocorrerá ao
longo do ano de instrução, concomitantemente às operações realizadas pelos
Destacamentos de Operações Psicológicas.
8.12.2.2 As instruções serão realizadas com o objetivo de proporcionar o preparo
visando o emprego em ações futuras, em operações sistemáticas e exploratórias,
devendo atender as seguintes premissas básicas:
8.12.2.2.1 mobilidade estratégica e pronta resposta;
8.12.2.2.2 eficiência e eficácia em diferentes ambientes operacionais; e
8.12.2.2.3 flexibilidade, versatilidade e mobilidade de suas estruturas.
8.12.3 PREPARO
8.12.3.1 Os destacamentos/elementos de Op Psc do 1º B Op Psc deverão
buscar no adestramento as condições necessárias à realização de Operações
Psicológicas no nível tático.
8.12.3.2 As Op Psc realizam tarefas para conquistar efeitos desejados, com
ações nas dimensões Física, Humana e Dimensional.
8.12.3.3 As Op Psc estão enquadradas ao ambiente operacional de amplo
espectro, a fim de atuar de forma integrada às outras capacidades relacionadas à
informação das Operações de Informação dos C Mil A, dispondo de flexibilidade,
adaptabilidade, modularidade, elasticidade e sustentabilidade (FAMES).

8-22
SIMEB
CAPÍTULO IX
SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO E NO SERVIÇO

“No planejamento das atividades militares deve-se adotar as seguintes prioridades:


1º Segurança;
2º Segurança; e
3º Segurança.”

9.1 FINALIDADE
- Sistematizar procedimentos, responsabilidades e atribuições que propiciem o
desenvolvimento e a execução de ações relacionadas à prevenção de acidentes
de instrução e no serviço que envolvam o emprego dos meios orgânicos e/ou
sob custódia do Exército Brasileiro.

9.2 OBJETIVO
- Enfatizar a importância da necessidade de que todos os militares, direta ou indi-
retamente, envolvidos na Instrução Militar (IM) e no Serviço (Sv), tomem conhe-
cimento das normas que tratam sobre Segurança na IM e no Sv, em vigor no EB.

9.3 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


9.3.1 Este Capítulo é de conhecimento obrigatório e serve para orientar todos os
escalões de Comando em relação às medidas preventivas a serem adotadas no
desenvolvimento da IM. Antes de iniciar o Ano de Instrução, os Cmt, Ch e Dir OM
deverão prever instrução sobre o assunto para todo seu efetivo.
9.3.2 As medidas de segurança apresentadas neste Capítulo, nos Cadernos de
Instrução, nos Manuais Técnicos de cada equipamento e em outras publicações,
não devem ser consideradas como medidas restritivas à execução da IM ou do
Sv, mas sim como um meio de realizar todas as atividades previstas, no mais
alto nível de segurança possível. Tais medidas são de caráter genérico e não
dispensam recomendações constantes das publicações específicas.
9.3.3 A Atividade Militar caracteriza-se pela seriedade. Nesta condição, é inacei-
tável qualquer tipo de amadorismo, brincadeira, trote ou qualquer outra atitude
que ofenda, denigra e humilhe a integridade física e mental do militar subordina-
do ou sob a responsabilidade do instrutor.
9.3.4 Todo militar que tenha obrigação funcional de manipular ou manusear ma-
teriais perigosos e executar técnicas de risco, tudo ligado ao cargo que ocupa,
deve comportar-se como perito responsável em seu nível e em seu universo de
ação.
9-1
SIMEB
9.3.5 Designar, em BI, o Oficial e o Sargento de Prevenção de Acidentes da OM
e, por indicação dos respectivos Cmt SU, o Oficial e o Sargento de Prevenção
de Acidentes de cada SU e, quando for o caso, da base administrativa, conforme
previsto no item L, do artigo 23, do Regulamento Interno e dos Serviços Gerais
(RISG) - R1.
9.3.6 Determinar que sejam ministradas palestras sobre prevenção de acidentes
na instrução e em outras atividades de risco para todo efetivo pronto da OM, sob
a coordenação do S3 e sob o controle do Oficial de Prevenção de Acidentes de
Unidade (O Prv Acdt U), conforme previsto no item LI, do RISG.
9.3.7 O Oficial de Prevenção de Acidentes, assessor do Comandante nesses
assuntos, deverá confeccionar o Programa de Prevenção de Acidentes de Ins-
trução, com o objetivo de estabelecer ações e procedimentos de prevenção de
acidentes, adequados às características da OM, conforme artigo 74 do RISG.
Esse programa deve ser aprovado pelo Comandante e divulgado na OM, com a
publicação em BI dos militares que tomaram ciência. Merecem especial atenção
as ações nos campos da motivação, educação e supervisão, que possam elimi-
nar ou reduzir a probabilidade de ocorrência de acidentes.
9.3.8 Todas as atividades de instrução exigem cuidados especiais, particular-
mente aquelas em que o nível de risco é maior. Assim, no desenvolvimento da
IM, qualquer aspecto relacionado com a segurança do pessoal, do material e
das instalações deverá ser previamente avaliado para que se possa estabelecer,
oportunamente, as medidas preventivas, incluindo a suspensão da atividade,
mesmo que já tenha sido iniciada. Em razão das recorrências nos últimos anos,
deve ser dada especial atenção às atividades próximas de massa d’água, des-
locamentos de viaturas, atividades que envolvam esforços físicos prolongados e
manuseio com armamento.

9.4 ATRIBUIÇÕES DOS COMANDOS MILITARES DE ÁREA


9.4.1 Estabelecer um sistema de controle de acidentes nas áreas de respon-
sabilidade, de modo a permitir uma análise crítica e proativa, com adoção de
medidas preventivas necessárias para evitar acidentes.
9.4.2 Remeter ao COTER o Programa de Prevenção de Acidentes na Instrução,
até trinta dias, antes do início do Ano de Instrução.
9.4.3 Apresentar ao COTER sugestões de medidas a serem incluídas no Ca-
derno de Prevenção de Acidentes na Instrução, em qualquer período do ano de
instrução, caso julgue necessário.
9.4.4 Enviar, mensalmente ao COTER, até o dia 10 do mês subsequente, a
consolidação do Relatório Quantitativo de Acidentes na Instrução e no Serviço
(Anexo D), devendo enviar com a máxima urgência o Relatório Qualitativo de
Acidentes na Instrução e no Serviço (Anexo E), caso o acidente resulte em óbito,

9-2
SIMEB
múltiplas vítimas, perda significativa de material e/ou grave impacto para a ima-
gem da Força Terrestre, confeccionados pelas OM subordinadas. Esses relató-
rios servirão para alimentar o banco de dados e fornecer subsídios para reforçar
as orientações sobre medidas preventivas contra acidentes na IM e no Sv.
9.4.5 Implementar o previsto na Diretriz para a Identificação de Fatores Contri-
buintes de Acidentes (IFCA) na Instrução Militar e no Serviço (EB10-D-06.001),
aprovada pela Portaria n° 1.166, de 27 de julho de 2018, quando ocorrer aciden-
te que dele resulte em óbito, múltiplas vítimas, perda significativa de material e/
ou grave impacto para a imagem da Força Terrestre.
9.4.6 Difundir, às OM subordinadas, as experiências colhidas dos acidentes de
instrução comunicados, bem como, os “ALERTAS” difundidos no Portal do Pre-
paro (site do COTER), fruto do Registro de Acidentes confeccionado pelo Oficial
Identificador de Fatores Contribuintes, conforme previsto na Diretriz do IFCA.
9.4.7 Orientar que todas as OM subordinadas tenham o conhecimento deste
Capítulo e dos anexos, e que seus respectivos Cmt estabeleçam instruções de
Prevenção de Acidentes na Instrução e no Serviço, antes do início do ano de
instrução, com a publicação em BI dos militares da OM que participaram e to-
maram ciência.

9.5 RABDOMIÓLISE
9.5.1 A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial que decorre da destrui-
ção de células musculares esqueléticas (miólise), com liberação de substâncias
intracelulares para a circulação sanguínea, o que pode provocar danos em al-
guns órgãos do corpo, principalmente nos rins e no coração.
9.5.2 A rabdomiólise pode ser causada por diferentes fatores, como: exercício
físico intenso e em excesso, distúrbio térmicos, traumas por compressão e quei-
maduras, doenças genéticas e metabólicas (Ex: hipotireoidismo, cetoacidose,
deficiência de carnitina, distrofia muscular de Duchenne, Doença de McArdle e
deficiência de lactato desidrogenase), infecções e inflamações, medicamentos
e toxinas (Ex: estatinas como atorvastatina, rosuvastatina e pravastatina, fárma-
cos, álcool, esteroides e anabolizantes), uso de suplementos alimentares e aci-
dentes com animais peçonhentos. Porém, no meio militar, está mais relacionada
com a atividade física intensa em condições climáticas desfavoráveis, aliado à
desidratação e à falta de repouso recuperador, sendo também conhecida com
rabdomiólise devida ao exercício.
9.5.3 APRESENTAÇÃO CLÁSSICA DA RABDOMIÓLISE
9.5.3.1 mialgia (dores musculares em qualquer parte do corpo) em intensidades
variáveis;
9.5.3.2 mioglobinúria (evidenciada clinicamente pelo escurecimento da urina);

9-3
SIMEB
9.5.3.3 elevações nos níveis séricos (quantidade no sangue) das enzimas mus-
culares;
9.5.3.4 Insuficiência Renal Aguda (IRA); e
9.5.3.5 desequilíbrio eletrolítico (perda ou excesso de minerais necessários ao
equilíbrio global do organismo).
9.5.4 O estudo da Rabdomiólise e das medidas de prevenção da síndrome de-
vem receber atenção especial por parte da Direção da Instrução, devendo incluir
o assunto no programa de instrução individual e no programa de nivelamento
de conhecimento da CTTEP, de maneira a capacitar os instrutores e monitores
para:
9.5.4.1 planejar as instruções de forma a tomar os cuidados necessários para
não correr riscos da sua incidência;
9.5.4.2 planejar os tempos de instrução de modo que seja possível realizar um
repouso recuperador entre instruções com alto índice de esforço físico;
9.5.4.3 adequar os níveis de exigência física em função da modificação das con-
dições meteorológicas durante as jornadas de instrução;
9.5.4.4 observar, rigorosamente, as orientações do Manual de Campanha EB20-
-MC-10.350 - Treinamento Físico Militar, quanto ao regime de hidratação durante
as atividades físicas;
9.5.4.5 explorar o assunto nas instruções (principalmente suas causas e efeitos);
9.5.4.6 capacitar o efetivo profissional a fim de identificar os sintomas da doença
para, se for o caso, tomar as providências cabíveis, tempestivamente; e
9.5.4.7 multiplicar as informações, de forma a prevenir a sua ocorrência.
9.5.5 Ressalta-se a importância do médico militar fazer o diagnóstico da doença
e iniciar a terapêutica precocemente para evitar a ocorrência e a progressão da
insuficiência renal aguda (IRA) e a necessidade de diálise, controlar os distúrbios
eletrolíticos e prevenir a ocorrência do infarto agudo do miocárdio (IAM). Isto é
fundamental. Ressalta-se também a importância do planejamento minucioso da
evacuação do militar.
9.5.6 O Cmt OM deverá providenciar a divulgação do Programa de Prevenção
e Controle da Rabdomiólise Induzida por Esforço Físico e pelo Calor, aprovado
pela Portaria nº 129 Cmt Ex, de 11 MAR 10, valendo-se de todos os meios dis-
poníveis para atingir o maior número de militares, esclarecendo sobre os riscos
do uso de drogas lícitas e ilícitas e suplementos alimentares, visando à melhoria
do desempenho físico, com publicação dos militares da OM que tomaram conhe-
cimento do programa.
9.5.7 O Cmt OM deverá envidar esforços, por meio de instrução e/ou outros

9-4
SIMEB
meios disponíveis e eficazes, na transmissão de conhecimentos para a tropa
sobre as Normas para Procedimento Assistencial em Rabdomiólise no âmbito
do Exército (EB30-N-20.001). Esse assunto deverá ser de conhecimento obriga-
tório de todos os militares de saúde, orgânicos a OM e/ou à disposição. Deverá,
ainda, incentivar as boas práticas de treinamento militar e segurança da instru-
ção, com foco na prevenção da doença.
9.5.8 Para maiores esclarecimentos, o sítio da Diretoria de Saúde (DSau) (http://
www.dsau.eb.mil.br/) poderá ser consultado, pois contém informações detalha­
das e atualizadas sobre o assunto.

9.6 VALORIZAÇÃO DA VIDA E PREVENÇÃO AO SUICÍDIO


9.6.1 A Proteção à vida é uma diretriz a ser observada para evitar acidentes
fatais, provocados ou não, no âmbito das OM. Os Cmt das OM e a direção da
instrução devem adotar medidas preventivas para evitar acidentes e tentativas
de suicídio.
9.6.2 A Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social (DCIPAS),
Órgão Técnico-Normativo do Departamento-Geral do Pessoal (DGP), nos temas
relacionados ao Sistema de Assistência Social do EB, vem tomando iniciativas
para capacitar militares da área de saúde e responsáveis pela administração de
pessoal das OM, Organizações Militares de Saúde (OMS) e Estabelecimentos
de Ensino (EE) no trato da prevenção dos acometimentos mentais ou comporta-
mentais que concorrem para a tentativa ou consumação do suicídio. Essas ativi-
dades, reunidas no Programa de Valorização da Vida (PVV), pretendem oferecer
curso de saúde mental e palestras preventivas em todo o Brasil, por intermédio
das Seções de Serviço de Assistência Social (SSAS) das Regiões Militares. Nes-
se contexto, é imprescindível que os Cmt OM estimulem a participação de seus
militares nessas atividades.
9.6.3 É fundamental o papel dos comandantes das pequenas frações em acom-
panhar as atividades dos subordinados e apoiá-los a lidarem com as situações
de vulnerabilidades decorrentes da associação de um ou mais fatores de risco
ao suicídio. A identificação precoce do problema e o encaminhamento a um es-
pecialista é a melhor forma para proteger a vida.
9.6.4 Seguem algumas sugestões a serem implantadas nas OM, que podem
auxiliar na prevenção dessa problemática:
9.6.4.1 incentivo à prática desportiva;
9.6.4.2 atividades do serviço de assistência religiosa que reforcem a espirituali-
dade;
9.6.4.3 instruções de primeiros socorros, com ênfase na prevenção ao uso de
drogas;

9-5
SIMEB
9.6.4.4 estímulo ao diálogo entre comandantes de fração e seus subordinados
(exercício de liderança e vínculo institucional);
9.6.4.5 atividades que incentivem a socialização do grupo, como forma de au-
mentar o senso de camaradagem e o espírito de corpo (Ex: competições de
instrução, desportivas e atitudes baseadas em valores positivos); e
9.6.4.6 incentivo às atividades de lazer e culturais desvinculadas do uso ou abu-
so de substâncias psicoativas.

9.7 RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS DE SEGURANÇA DA TROPA NO


TRANSPORTE EM VIATURAS MILITARES
9.7.1 Ao longo dos últimos anos, o Exército Brasileiro tem adquirido novos mate-
riais de emprego militar, particularmente viaturas, o que aumentou a capacidade
de transporte da Força Terrestre.
9.7.2 Em escala proporcional, a quantidade de acidentes com viaturas milita-
res tem sido expressiva, com decorrente aumento de afastamentos e perdas
humanas. A maior parte dos acidentes pode ser evitada e relacionam-se à inob-
servância de procedimentos de segurança constantes nas normas reguladoras
e constantes do Caderno de Instrução de Prevenção de Acidentes de Instrução
(CI 32/1).
9.7.3 As recomendações abaixo não substituem a importância da leitura e co-
nhecimento do CI 32/1, mas são procedimentos que, ao serem observados, po-
derão salvar vidas:
9.7.3.1 conforme a resolução do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN
nº 551, de 17 de setembro de 2015, a utilização do cinto de segurança fica fa-
cultativa, nos veículos de uso bélico, nas situações de preparo e emprego das
Forças Armadas e no cumprimento de suas missões constitucionais, devendo,
no entanto, o comandante, em todos os níveis, agir de forma a minimizar risco
nestas situações. Em deslocamentos administrativos, o cinto de segurança deve
ser de uso obrigatório;
9.7.3.2 conhecer detalhadamente o veículo, principalmente as viaturas recente-
mente adquiridas. Caberá aos comandantes treinar e avaliar a habilitação dos
motoristas para as viaturas destinadas, com especial atenção para as pesadas
e blindadas;
9.7.3.3 planejar os deslocamentos, de forma a executá-los, sempre que possí-
vel, durante o dia;
9.7.3.4 fiscalizar para que os motoristas não dirijam cansados, sob efeito de be-
bidas alcoólicas ou outras substâncias que venham a prejudicar seus reflexos.
Os chefes de viatura enquadram-se na mesma situação e são corresponsáveis
por esta fiscalização; e

9-6
SIMEB
9.7.3.5 antes de tudo, lembrar que o motorista e o chefe de viatura são respon-
sáveis pelas vidas que transportam. A missão só é considerada cumprida, na sua
plenitude, após o retorno do pessoal e material em segurança.

9.8 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS


9.8.1 A prevenção a incêndios envolve uma série de providências e cuidados,
cuja aplicação e desenvolvimento visam evitar o aparecimento de um princípio
de incêndio, ou pelo menos limitar a propagação do fogo caso ele surja. Verifica-
-se que a causa material da maioria absoluta dos incêndios é sempre acidental,
ou seja, o resultado de falhas humanas.
9.8.2 A adoção de medidas preventivas preservará a segurança e a tranquilidade
das pessoas nos seus locais de serviço e nas instalações militares. Para que isto
se torne realidade, é preciso que todos tomem consciência da necessidade da
participação ativa na aplicação das medidas de segurança. Não se trata apenas
de proteger o patrimônio, mas também e, sobretudo, de resguardar a vida hu-
mana.
9.8.3 Cabe à OM consolidar o planejamento das medidas preventivas para a
prevenção e combate a incêndios, a ser consolidado por meio do Plano de Pre-
venção e Combate a Incêndios (PPCI), previsto nas Instruções Gerais (IG) 10-15
para prevenção e combate a incêndios nas OM do Exército.
9.8.4 A direção da instrução deverá prever instruções práticas, se possível, com
a presença de bombeiros militares especialistas, de forma a capacitar equipes
de combate a incêndios nas OM.
9.8.5 As OM devem atentar para a correta utilização das instalações elétricas
das OM, observando-se a capacidade dimensionada (previsão de carga), a fim
de garantir a segurança das pessoas, o funcionamento adequado da instalação
física e a conservação dos bens.
9.8.6 As áreas militares, particularmente os Campos de Instrução/Áreas de Ins-
trução, próximas a regiões ocupadas, devem ser alvo de medidas preventivas
de combate a incêndios, como aceiros, em especial nos períodos de estiagem.

9.9 PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MOTOCICLETAS


9.9.1 A prevenção de acidentes com motocicletas deve ser alvo de especial aten-
ção dos Cmt, Dir e Ch, tendo em vista o elevado número de acidentes fatais e/
ou debilitantes, particularmente entre os militares mais jovens.
9.9.2 Campanhas de prevenção e estágios de Prevenção de Acidentes com Mo-
tocicletas (EPAM), com publicação em BI dos militares participantes, devem ser
realizadas, anualmente, logo no início do ano de instrução.

9-7
SIMEB
9.10 SEGURANÇA BIOMÉDICA NA INSTRUÇÃO MILITAR
- Estão sendo reguladas no PIM, em caráter de implantação, as medidas de
controle biomédico na IM.

9-8
SIMEB
CAPÍTULO X
SISTEMAS DE APOIO À INSTRUÇÃO MILITAR

10.1 FINALIDADE
- Estabelecer orientações gerais para o funcionamento dos Sistemas de Apoio à
Instrução Militar.

10.2 SISTEMAS DE APOIO À INSTRUÇÃO MILITAR


10.2.1 GESTÃO DO PREPARO DA FORÇA TERRESTRE (GPrepFTer).
10.2.2 SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO DOUTRINÁRIO E LIÇÕES
APRENDIDAS (SADLA) da F Ter.
10.2.3 SISTEMA DE VALIDAÇÃO DOS PROGRAMAS-PADRÃO E CADERNOS
DE INSTRUÇÃO (SIVALI-PP/CI).
10.2.4 PORTAL DO PREPARO.

10.3 GESTÃO DO PREPARO DA FORÇA TERRESTRE (GPrepFTer)


10.3.1 O Sistema de Acompanhamento e Validação da Operacionalidade (SIS-
TAVOP) foi desativado. A nova ferramenta será chamada de Gestão do Preparo
da Força Terrestre (GPrepFTer).
10.3.2 Este sistema de gestão terá o objetivo de facilitar e auxiliar a execução
das atividades relativas às instruções militares, para que assim, alimentando a
base de dados do sistema com informações reais, seja possível gerar relatórios
para a análise e apreciação das autoridades competentes, auxiliando na tomada
de decisões do Alto Comando do Exército.
10.3.3 Outra possibilidade é a de integração com os demais sistemas corporati-
vos do Exército, como o Sistema Integrado de Gestão e Logística - SIGELOG, o
SISBOL, sistemas do DGP e do EME, entre outros.
10.3.4 A intenção é que esse sistema possibilite, entre várias funcionalidades,
gerar o Cronograma de Instrução Anual, constante no Programa de Instrução
Militar (PIM) do COTER; realizar confecção dos Quadros de Trabalho das ati-
vidades de instrução das OM; realizar o controle e publicação de Teste de Ava-
liação Física (TAF); realizar o controle e publicação de Teste de Aptidão no Tiro
(TAT); realizar o controle e publicação de Marchas, preparar Planos de Segu-
rança e preparar relatórios. Dessa forma, as informações poderão atender aos
diversos níveis hierárquicos com o detalhamento necessário a cada um, pois os
comandantes diretos serão capazes de obter informações de cada militar do seu
efetivo.

10-1
SIMEB
10.3.5 Os gestores de mais alto nível conseguirão obter informações menos
detalhadas, no entanto, mais estratégicas como o percentual de tropa de deter-
minada região ou comando apta para o emprego, por exemplo.
10.3.6 O novo sistema terá ainda uma funcionalidade de alerta capaz de, com
base nos dados alimentados, informar a necessidade de ações por parte dos
envolvidos em determinada atividade e gerar relatórios previstos no SIMEB.

10.4 SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO DOUTRINÁRIO E LIÇÕES


APRENDIDAS (SADLA)
10.4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
10.4.1.1 Os Cmt, Ch e Dir de OM deverão incentivar a utilização da Sistemática
de Acompanhamento Doutrinário e Lições Aprendidas (SADLA) em todos os ní-
veis, contribuindo para o aumento da capacidade operativa da Força Terrestre
(F Ter).
10.4.1.2 Conhecer a SADLA e saber como utilizá-la são objetivos a serem alcan-
çados na CTTEP.
10.4.2 ESTRUTURA DA SADLA
10.4.2.1 A SADLA é o processo que reúne os conhecimentos militares disponí-
veis por meio das experiências doutrinárias oriundas da instrução individual e
coletiva, dos exercícios de adestramento e do emprego da Força em operações
militares, visando a evolução contínua da Doutrina Militar Terrestre (DMT). A SA-
DLA busca aproveitar tudo o que possa interferir positivamente no preparo e/ou
emprego, por meio das Lições Aprendidas (Lç Aprd) e Melhores Práticas (Mlh
Prat).
10.4.2.2 O Comando de Operações Terrestres (COTER), como órgão central
da SADLA, gerencia a sistemática por meio de estrutura própria, ligando-se ao
Estado-Maior do Exército (EME) para tratar dos assuntos que julgar pertinentes.
10.4.2.3 A SADLA tem a seguinte estrutura:
10.4.2.3.1 Órgão Indutor: Estado-Maior do Exército, o Órgão de Direção Geral
(ODG);
10.4.2.3.2 Órgão Central: Comando de Operações Terrestres, o Órgão de Dire-
ção Operacional (ODOp);
10.4.2.3.3 Gestor: o Centro de Doutrina do Exército (C Dout Ex)/ COTER; e
10.4.2.3.4 Integrantes: os Órgãos de Direção Setorial (ODS); as demais chefias
do ODOp; os Grandes Comandos (G Cmdo), as Grandes Unidades (GU); as
Organizações Militares (OM); os estabelecimentos de ensino; os centros de ins-
trução; os oficiais de doutrina e lições aprendidas (ODLA); os oficiais de ligação
no exterior; e os autores de contribuições individuais.
10-2
SIMEB
10.4.3 CONCEITOS BÁSICOS
10.4.3.1 Dado: representação de fato ou situação por meio de documento, foto-
grafia, gravação, relato, carta topográfica e outros meios, ainda não submetidos
à metodologia para a produção do conhecimento.
10.4.3.2 Conhecimento de Interesse da Doutrina (CID): dado de caráter técnico-
-operacional, decorrente do exercício da profissão militar (experiências individu-
ais ou coletivas), de relatórios, das atividades de instrução, de adestramento e,
principalmente, de situações de emprego da F Ter, que deve ser submetido à
análise para identificar uma lição aprendida ou uma melhor prática.
10.4.3.3 Elementos Essenciais de Informações Doutrinárias (EEID): questões
objetivas formuladas pelos órgãos condutores da doutrina aos integrantes do
Sistema de Doutrina Militar Terrestre (SIDOMT) para serem pesquisadas e res-
pondidas pontualmente, por meio de documentos usuais, ou, incluídas nos re-
latórios e sumários previstos em calendários de eventos. Visam a direcionar a
coleta de informações doutrinárias.
10.4.3.4 Lições Aprendidas (Lç Aprd): produtos do processo de coleta e análise
dos CID que possam colaborar com a DMT. As Lç Aprd pressupõem inovação da
doutrina em vigor.
10.4.3.5 Metodologia: conjunto de práticas recomendadas para realizar determi-
nada tarefa, acompanhado, na maioria das vezes, por material de treinamento,
programas de capacitação, planilhas e ferramentas de diagramação.
10.4.3.6 Procedimentos: métodos que orientam, de forma não prescritiva, o
modo de executar missões, funções e tarefas.
10.4.3.7 Técnicas: ações padronizadas e detalhadas que prescrevem o modo
de realizar tarefas específicas, relacionadas ao manuseio, à manutenção e à
utilização de armamento e equipamentos.
10.4.3.8 Melhores Práticas (Mlh Prat): produtos do processo de coleta e análi-
se dos CID que estão relacionados a técnicas, procedimentos ou metodologias
identificados como sendo a “melhor forma de atuar” em determinado contexto.
10.4.4 OFICIAL DE DOUTRINA E LIÇÕES APRENDIDAS (ODLA)
10.4.4.1 Os ODLA são os assessores dos Cmt, Ch ou Dir nos assuntos relacio-
nados à SADLA, devendo orientar e incentivar a coleta de CID no âmbito das
OM. Toda OM deverá possuir um ODLA, sendo sua designação publicada em
Boletim Interno da OM.
10.4.4.2 A função de ODLA deve ser exercida, nas OM operativas, preferencial-
mente, pelo oficial responsável pela seção de operações. Nas OM não operati-
vas, deve ser desempenhada, preferencialmente, por oficial que exerça ativida-
de correspondente à chefia da seção de operações ou de seção relacionada à

10-3
SIMEB
doutrina.
10.4.4.3 As OM do Exército, de nível GU ou superior, devem designar, preferen-
cialmente, um oficial do Quadro de Estado-Maior da Ativa (QEMA) e as OM de
nível Unidade e Subunidade, um oficial intermediário aperfeiçoado.
10.4.4.4 As atribuições dos ODLA são:
10.4.4.4.1 orientar os militares da OM quanto à coleta de CID em todas as situa-
ções, especialmente nas seguintes:
- na fase de conclusão de missão em nação estrangeira;
- na fase de conclusão dos períodos de instrução individual e de adestramento;
- ao término de operação ou exercício; e
- durante atividades ou eventos especiais.
10.4.4.4.2 divulgar a SADLA, no âmbito do escalão considerado, por intermédio
de instruções de quadros e/ou quaisquer outros meios disponíveis (formaturas,
reuniões etc);
10.4.4.4.3 incentivar militares quanto ao acesso ao Portal de Lições Aprendidas;
10.4.4.4.4 orientar as Análises Pós-Ação (APA), em todos os escalões;
10.4.4.4.5 manter-se atualizado quanto aos assuntos relacionados à SADLA,
acessando periodicamente o Portal de Lições Aprendidas, verificando novos
conteúdos, legislações e orientações; e
10.4.4.4.6 incluir os EEID nos documentos relacionados à atividade militar de
interesse, bem como divulgá-los nas reuniões preparatórias, incentivando co-
mentários e debates.
10.4.5 FUNCIONAMENTO DA SADLA
10.4.5.1 A SADLA está dividida em três fases: coleta, análise e difusão.
10.4.5.2 Coleta: fase inicial da sistemática, caracterizada pela apresentação de
CID, com possíveis repercussões para o aprimoramento ou a ratificação da dou-
trina.
10.4.5.3 Análise: fase intermediária da sistemática, caracterizada pelo tratamen-
to do CID até sua homologação (como lição aprendida ou melhor prática) ou seu
arquivamento.
10.4.5.4 Difusão: fase final da sistemática, caracterizada pela divulgação das Lç
Aprd ou Mlh Prat.
10.4.5.5 O registro do CID deve ser realizado:
10.4.5.5.1 pelo preenchimento de formulário no Portal de Lições Aprendidas,
gerenciado pelo C Dout Ex/COTER; ou por meio de relatórios originados de par-
10-4
SIMEB
ticipações em missões no exterior, seminários, simpósios, exercícios no terreno,
exercícios de simulação de combate ou operações reais.
10.4.5.6 Os militares devem, preferencialmente, informar a intenção de registrar
novo CID ao ODLA de suas OM, permitindo que este participe do processo, con-
tribua na redação do CID.
10.4.5.7 Os Cmt, Ch ou Dir exercem papel fundamental na aplicação das Lç Aprd
e das Mlh Prat difundidas nas OM.

10.5 SISTEMA DE VALIDAÇÃO DOS PROGRAMAS-PADRÃO E CADERNOS


DE INSTRUÇÃO (SIVALI-PP/CI)
10.5.1 OBJETIVOS
10.5.1.1 O Sistema de Validação de Programas-Padrão (PP) e Cadernos de
Instrução (CI) destina-se a manter esses documentos permanentemente atuali-
zados com a evolução da doutrina militar terrestre.
10.5.1.2 O Sistema de Validação dos Programas-Padrão e Cadernos de Instru-
ção (SIVALI-PP/CI) tem por objetivo coletar e interpretar dados decorrentes da
aplicação dos Programas-Padrão e Cadernos de Instrução que possibilitem o
contínuo aperfeiçoamento e atualização destes documentos de instrução.
10.5.1.3 Com este fim, o Sistema deverá realizar:
- a avaliação dos PP/CI, isto é, a determinação de seu nível de eficiência (fun-
cionalidade);
- a validação dos PP/CI, isto é, a determinação de seu nível de eficácia (aciona-
dor de resultados adequados); e
- a atualização e aprimoramento dos PP/CI.
10.5.2 FINALIDADES
10.5.2.1 Coletar dados decorrentes da aplicação dos PP e CI.
- Consiste no processamento automático de dados fornecidos diretamente pelos
usuários dos PP e CI.
10.5.2.2 Identificação dos problemas
- Realizada após a análise quantitativa e qualitativa dos dados colhidos e pro-
cessados.
10.5.2.3 Reformução dos PP/CI
- Implementar as modificações doutrinárias que exijam atualização na Ins-
trução Militar.
10.5.3 Os militares, em geral, e, em particular, os oficiais de operações, instru-
tores e monitores, são responsáveis pelo levantamento das necessidades de
10-5
SIMEB
modificações nos PP e CI. Os Comandantes, em todos os níveis, deverão in-
centivar a participação de todos os usuários de PP e CI na busca constante do
aperfeiçoamento desses documentos.

COLETA DE IDENTIFICAÇÃO DE REFORMULAÇÃO


DADOS PROBLEMAS DOS PP/CI

10.5.4 REMESSA DAS NECESSIDADES DE ELABORAÇÃO E ATUALIZAÇÃO


- No corpo dos Relatórios de Instrução, em especial do Relatório de Informações
Doutrinárias (RIDOP), ou a qualquer tempo, por DIEx, aproveitando o princípio
da oportunidade.
10.5.5 ELABORAÇÃO E ATUALIZAÇÃO
10.5.5.1 Periodicamente, o COTER, ouvindo os C Mil A, selecionará os PP e CI
que serão elaborados ou atualizados, de acordo com a Diretriz de Elaboração e
Atualização de PP e CI (EB70-D-11.001), aprovada pela Portaria nº 3-COTER,
de 3 de outubro de 2014.
10.5.5.2 As propostas de elaboração e atualização de PP e CI deverão observar
os preceitos contidos nas IG para elaboração dos Publicações Padronizadas
(EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770,
de 7 de dezembro de 2011.

10.6 PORTAL DO PREPARO


10.6.1 O Portal do Preparo é uma ferramenta baseada na rede internacional de
computadores (Internet) que proporciona atividades colaborativas e de treina-
mento a distância de interesse ao Preparo da Força Terrestre.
10.6.2 FINALIDADES
10.6.2.1 Disponibilizar as atualizações do PIM do ano corrente;
10.6.2.2 Viabilizar os trabalhos colaborativos de elaboração e atualização de
Cadernos de Instrução e Programas-Padrão de Instrução por meio da Internet;
10.6.2.3 Proporcionar etapa a distância aos Estágios Setoriais a cargo do CO-
TER; e
10.6.2.4 Dar suporte às atividades e eventos da Chefia do Preparo da Força
Terrestre.
10.6.3 A Seção de Suporte ao Preparo (SSP), da Divisão de Planejamento e
Gestão (DPG), da Chefia do Preparo da Força Terrestre, é responsável pela ad-
10-6
SIMEB
ministração e coordenação das atividades desenvolvidas na plataforma.
10.6.4 O acesso ao Portal do Preparo é realizado no endereço da rede mundial
de computadores: http://www.portaldopreparo.eb.mil.br, com os dados de identi-
ficação do militar cadastrados em sua ficha do SiCaPEx.

10-7
SIMEB

10-8
SIMEB
CAPÍTULO XI
PLANEJAMENTO DE RECURSOS PARA A INSTRUÇÃO

11.1 FINALIDADE
11.1.1 Apresentar o processo de atendimento das necessidades de recursos
financeiros, combustível operacional e ração operacional destinados às ativida-
des de preparo da F Ter.
11.1.2 Orientar o uso do Sistema de Apoio ao Planejamento (SAP), disponível
na intranet do COTER, no cadastramento das atividades a serem realizadas no
âmbito do C Mil A, visando quantificar e especificar os seguintes recursos neces-
sários ao preparo:
11.1.2.1 orçamentários destinados à capacitação operacional da Força Terrestre
e à formação e adestramento da reserva mobilizável;
11.1.2.2 combustível operacional (gasolina e óleo diesel); e
11.1.2.3 ração operacional.

11.2 TIPOS DE RECURSOS


11.2.1 RECURSOS-PADRÃO
11.2.1.1 São recursos previamente definidos pelo COTER e de repasse automá-
tico, sem a necessidade de solicitação, cujos valores são calculados com base
no efetivo de conscritos, na natureza e no tipo de OM.
11.2.1.2 Destinam-se ao atendimento das seguintes atividades de instrução:
11.2.1.2.1 IIB, IIQ, IIRN, CFST, CFC e estágios/atividades que visem à adapta-
ção do EV às peculiaridades de emprego da OM ou do ambiente operacional em
que ela se situa;
11.2.1.2.2 CTTEP e outras atividades voltadas para o aprimoramento do EP;
11.2.1.2.3 Adestramento em GLO e em defesa externa, nível Pel/SU/U.
11.2.2 RECURSOS ESPECÍFICOS
11.2.2.1 São recursos destinados a atender as necessidades dos C Mil A, das
Forças de Emprego Estratégico (FEE) e Módulos Especializados para as ati-
vidades de preparo específico de interesse da Força Terrestre, que devem ser
acordados, anualmente, no Contrato de Objetivos do COTER.
11.2.2.2 Contemplam as seguintes rubricas:
11.2.2.2.1 estágios setoriais previstos no PIM;

11-1
SIMEB
11.2.2.2.2 estágios de interesse dos C Mil A (estágios de área);
11.2.2.2.3 adestramento específico das FEE;
11.2.2.2.4 adestramento avançado (GLO e Def Ext);
11.2.2.2.5 exercícios táticos com apoio de Sistema de Simulação de Combate
(Jogo de Guerra), nível GU/G Cmdo;
11.2.2.2.6 exercícios de adestramento da Reserva Mobilizável;
11.2.2.2.7 Manutenção da Infraestrutura de Apoio à Instrução Militar (MIAIM);
11.2.2.2.8 adestramentos conduzidos pelos Centros de Adestramentos;
11.2.2.2.9 compromissos internacionais; e
11.2.2.2.10 campos (áreas) de instrução.
11.2.3 OUTROS RECURSOS
11.2.3.1 As Operações Conjuntas e de Intensificação da Presença na Faixa de
Fronteira são realizados com recursos descentralizados pelo Ministério da De-
fesa.
11.2.3.2 As experimentações doutrinárias são conduzidas pelo C Dout Ex e rea-
lizadas com recursos do EME.

11.3 LEVANTAMENTO E SOLICITAÇÃO DAS NECESSIDADES


11.3.1 RECURSOS-PADRÃO
- Os recursos-padrão não necessitam ser solicitados, uma vez que serão repas-
sados automaticamente até o início da atividade a que se destinam.
11.3.2 RECURSOS ESPECÍFICOS
11.3.2.1 Os recursos específicos serão repassados pelo COTER diretamente às
OM operacionais. O planejamento das necessidades será efetuado pelo C Mil
A, levando em consideração as especificidades operacionais e organizacionais
de cada OM.
11.3.2.2 As obras de construção ou reformas de grande porte não estão enqua-
dradas na rubrica da MIAIM. Portanto, nesses casos, os projetos deverão ser
orçados pela Comissão Regional de Obras (CRO) ou Seção Regional de Obras
(SRO) de jurisdição e encaminhados à Diretoria de Obras Militares (DOM), por
intermédio das Fichas Modelo 18 (OM) e 20 (RM), utilizando o Sistema Unificado
de Projetos e Obras (OPUS).
11.3.2.3 Os “limites” dos recursos físico-financeiros das diversas rubricas, a se-
rem descentralizados no ano “A”, serão estabelecidos e divulgados pelo CO-
TER, antecedendo o Contrato de Objetivos em “A-1”.

11-2
SIMEB
11.3.2.4 Os C Mil A deverão analisar e consolidar no SAP (versão web) as ne-
cessidades de recursos específicos das suas OM, GU e G Cmdo, estabelecendo
uma ordem de prioridade para o atendimento de cada evento. A MIAIM deverá
ser cadastrada especificando o tipo de trabalho a ser realizado na instalação, por
exemplo: “manutenção da Pista de Pentatlo Militar”.
11.3.2.5 Os recursos financeiros serão repassados via SIAFI por intermédio de
Notas de Crédito (NC), e o combustível será repassado pelo COLOG aos Ór-
gãos Controladores (OC) até dois meses antes do início de cada atividade a ser
contemplada com o aporte de recursos. Os C Mil A deverão realizar seus plane-
jamentos detalhados para “A” em “A-1”.
11.3.2.6 As OM poderão solicitar ao COTER, via mensagem SIAFI, eventuais
mudanças de finalidade no emprego dos recursos repassados, bem como trans-
posições ou mudanças na natureza de despesas.
11.3.2.7 Os recursos financeiros destinados aos Exercícios de Mobilização se-
rão repassados pelo COTER nas ND 33.90.15, 33.90.30, 33.90.33 e 33.90.39.
Os recursos financeiros destinados ao pagamento do pessoal mobilizado, ND
31.90.12, serão repassados pela SEF/CPEx diretamente às OM executantes,
por intermédio de Requisição de Pagamento Complementar de Militar da Ativa
(RPCMA).
11.3.2.8 As necessidades de recursos financeiros na ND 31.90.12, destinadas
ao pagamento da gratificação de representação devem seguir a Portaria nº 927
- Cmt Ex, de 1º AGO 17.
11.3.3 COMBUSTÍVEL OPERACIONAL
11.3.3.1 O combustível operacional é o suprimento Classe III (gasolina e óleo
diesel) solicitado pelo COTER e descentralizado pelo COLOG às OM para aten-
der às demandas de Preparo e Emprego da Força Terrestre. Contempla, normal-
mente, as seguintes atividades:
11.3.3.1.1 Instrução Individual;
11.3.3.1.2 CTTEP;
11.3.3.1.3 PAB e PAA das GU e G Cmdo Op;
11.3.3.1.4 Exercícios de Mobilização;
11.3.3.1.5 Jogos de Guerra com Apoio de Sistema de Simulação;
11.3.3.1.6 Estágios Setoriais do COTER e de Área;
11.3.3.1.7 Adestramentos realizados pelos Centros de Adestramento; e
11.3.3.1.8 Exercícios Combinados com Nações Amigas (compromissos interna-
cionais).

11-3
SIMEB
11.3.3.2 A distribuição do Comb Op é realizada por meio dos órgãos controlado-
res (OC).
11.3.3.3 A Chefia do Preparo do COTER realizará os levantamentos das neces-
sidades do combustível padrão, da mesma forma que calculará as necessidades
de recursos financeiros padrão e as necessidades de rações operacionais pa-
drão. Esses recursos não precisam ser solicitados ao COTER, pelos C Mil A, e
atendem as fases da IIB, IIQ, CTTEP e PAB.
11.3.3.4 Os recursos para as Experimentações Doutrinárias serão gerenciados
pelo C Dout Ex e patrocinados pelo EME.
11.3.3.5 Os recursos para as Operações de Adestramento Conjunto e de Em-
prego de Tropa no cumprimento das missões constitucionais serão gerenciados
pela Chefia do Emprego do COTER e patrocinadas pelo Ministério da Defesa ou
por outros órgãos (destaques).
11.3.3.6 O COLOG informará ao COTER o saldo remanescente de combustível
depois que realizar repasse para um dos OC, a pedido do ODOp.
11.3.4 RAÇÕES OPERACIONAIS
11.3.4.1 Cabe ao COTER controlar o nível de rações destinadas às atividades
de instrução e adestramento das OM operacionais e estabelecer as prioridades
de atendimento.
11.3.4.2 As rações operacionais adotadas pela F Ter são as seguintes:

TIPO EFETIVO PROVISIONADO EMPREGO


- 1 refeição;
- reserva individual durante manobras, instru-
Rç Op Adst (RA) 1 militar, por 6 horas.
ção militar, operações e ações subsidiárias de
curta duração.
- 1 refeição e 1 café da manhã ou ceia;
- empregada quando o militar não puder utilizar
Rç Op Emerg outro tipo de alimentação; e
1 militar, por 12 horas.
(R3) - reserva individual para operações diversas
e deslocamentos motorizados de média dura-
ção.

- 1 café da manhã, 2 refeições e 1 ceia;


- empregada quando o militar não puder utilizar
Rç Op Cmb (R2) 1 militar, por 24 horas. outro tipo de alimentação; e
- operações diversas, deslocamentos motori-
zados e manobras militares de longa duração.

11.4 SISTEMA DE APOIO AO PLANEJAMENTO (SAP)


11.4.1 Aplicativo online de gestão dos recursos físico-financeiros do COTER.
Possibilita cadastrar os eventos previstos para serem realizados com recursos
11-4
SIMEB
específicos, de acordo com o PIM, detalhando as condições de execução, os
meios empregados e as necessidades em recursos financeiros, combustível
operacional, rações operacionais, munição e horas de voo.
11.4.2 O link de acesso ao SAP está disponível na intranet do COTER no en-
dereço http://intranet.coter.eb.mil.br, seção “Links Interessantes”. Também está
disponível um tutorial de orientação para o uso do SAP.

11.5 PRESCRIÇÕES DIVERSAS


11.5.1 Atividades de instrução como competições desportivas ou competições
de instrução, demonstrações de instrução, inspeções de instrução (se for o
caso), PCI e PCE, entre outras, deverão ser executadas com os recursos-padrão
distribuídos para a IIB, IIQ e o Adestramento Básico.
11.5.2 Os recursos distribuídos pelo COTER destinam-se, exclusivamente, às
atividades que visam à capacitação operacional da Força Terrestre. Portanto,
não devem subsidiar a execução de atividades administrativas.
11.5.3 A necessidade de recursos financeiros e combustível operacional de uma
OM que participará de um exercício ou operação, enquadrada por uma Força
pertencente a outro C Mil A, deverá ser registrada no SAP desse C Mil A. Tal
fato ocorre particularmente na participação das FEE em eventos no CMA, CMN,
CMO e CMS.
11.5.4 Os recursos-padrão da IIB, da IIQ, da CTTEP e do PAB serão distribuídos
diretamente para as OM. Uma cópia do quadro de repasses será remetida aos
C Mil A.

11-5
SIMEB

11-6
SIMEB
CAPÍTULO XII
RELATÓRIOS

12.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


12.1.1 Os relatórios são documentos necessários aos processos de avaliação
da Instrução Militar da F Ter, ao registro e aproveitamento dos ensinamentos
colhidos e à validação e evolução da Doutrina Militar Terrestre (DMT).
12.1.2 É fundamental que os relatórios transmitam com precisão, os principais
óbices (estruturais e circunstanciais) à consecução dos objetivos propostos, bem
como os fatores de êxito, propondo, ao final, medidas de melhoria a serem im-
plementadas.
12.1.3 A confecção dos relatórios é uma excelente oportunidade a ser explorada
pela Direção da Instrução, para multiplicar o conhecimento de experiências exi-
tosas, sistematizar práticas inovadoras e corrigir rumos equivocados.

12.2 TIPOS DE RELATÓRIOS DE INSTRUÇÃO


- Os relatórios abaixo deverão ser elaborados e remetidos ao COTER pelos C
Mil A, após análise e consolidação dos relatórios de seus subordinados, confor-
me o calendário de obrigações do PIM e até 30 dias após o término das seguin-
tes atividades:
a) Relatório da Fase de Instrução Individual Básica;
b) Relatório da Fase de Instrução Individual de Qualificação;
c) Relatório da Capacitação Técnica e Tática do Efetivo Profissional (CTTEP);
d) Relatório do Programa de Adestramento Básico (PAB), níveis Pelotão (PAB/
Pel), Subunidade (PAB/SU) e Unidade (PAB/U);
e) Relatório do Programa de Adestramento Básico de Garantia da Lei da Ordem
(PAB/GLO);
f) Relatório de Exercício Tático com Apoio de Simulação de Combate, nível
GU/G CmdoOp;
g) Relatório de Exercício de Mobilização de Reservistas;
h) Relatório do Programa de Adestramento Avançado (PAA);
i) Relatório da Instrução dos Tiros de Guerra (TG) e Escola de Instrução Militar
(EsIM); e
j) Relatório de outras atividades relacionadas ao Preparo da F Ter (Ex: Estágios
de Área), a critério dos respectivos C Mil A.
12-1
SIMEB
12.3 ESTRUTURA DOS RELATÓRIOS DE INSTRUÇÃO
12.3.1 Os modelos constantes do anexo “C” do presente plano contém uma
estrutura básica, podendo ser incluído outras informações necessárias a uma
melhor elucidação do evento a que se refere.
12.3.2 Cada relatório deve abordar um aspecto específico, constituindo-se em
um documento modular, de fácil consulta e divulgação aos elementos interessa-
dos.

12-2
SIMEB
CAPÍTULO XIII
MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E DESMOBILIZAÇÃO
DE MILITARES TEMPORÁRIOS

13.1 FINALIDADE
- Estabelecer a orientação geral para o planejamento e a execução da Mobiliza-
ção e Desmobilização de Pessoal no âmbito da Força Terrestre.

13.2 OBJETIVOS
13.2.1 Criar uma mentalidade de mobilização, com vistas a conscientizar os mi-
litares sobre a importância do potencial de mobilização militar para assegurar a
capacidade dissuasória e operacional da F Ter e sua relevância no contexto da
Estratégia Nacional de Defesa, proporcionando à tropa os conhecimentos indis-
pensáveis a uma mobilização eficaz.
13.2.2 Adestrar os integrantes do Sistema de Mobilização do Exército (SIMOBE)
na prática da mobilização de pessoal, que permita, em curto prazo, a ampliação
da estrutura militar da F Ter.
13.2.3 Reciclar os reservistas, reforçando, não somente as técnicas e táticas
militares, mas, principalmente, os conceitos comportamentais relacionados com
as virtudes e atitudes militares.
13.2.4 Preparar o militar a ser desmobilizado das fileiras do Exército, com a
aquisição ou o aperfeiçoamento de habilitações profissionais, para o reingresso
na vida civil.
13.2.5 Proporcionar aos reservistas, por intermédio do Programa de Desmobi-
lização do Militar Temporário (PDMT), a possibilidade de comprovar as habili-
tações e os ensinamentos adquiridos no Exército que sejam aproveitados na
iniciativa privada.
13.2.6 Estabelecer parâmetros referentes aos custos de mobilização e de des-
mobilização.
13.2.7 Levantar as principais dificuldades e os óbices que possam vir a interferir
nos planejamentos da fase de preparo e de execução da mobilização terrestre.
13.2.8 Propor modificações nas estruturas existentes e nas sistemáticas atuais
em uso, em face dos meios existentes para apoiar uma HE considerada.
13.2.9 Validar a Doutrina de Mobilização Militar Terrestre.

13-1
SIMEB
13.3 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
13.3.1 A Mobilização Nacional é entendida como um processo pelo qual toda a
Nação se prepara para um conflito armado, tendo, portanto, um caráter nacional.
Está regulamentada pelo Sistema Nacional de Mobilização (SINAMOB).
13.3.2 A mobilização de pessoal deve ser baseada na Lei do Serviço Militar e
nas Instruções Reguladoras da Mobilização dos Recursos Humanos (IR 20-20).
13.3.3 O planejamento para o emprego do pessoal mobilizado deve estar pronto
desde o tempo de paz, bem como a definição de recursos e efetivos necessários
a atender o emprego da F Ter.
13.3.4 A desmobilização de militares temporários compreende o conjunto de
medidas adotadas pelo Exército que visa preparar para a vida civil os oficiais
temporários, sargentos temporários, cabos e soldados engajados, podendo ser
estendido aos Cb e Sd do EV que, por força de dispositivos legais ou em decor-
rência da necessidade do serviço, não venham a ter prorrogado o seu tempo de
permanência no serviço ativo.
13.3.5 A criação de mecanismos para que o militar temporário tenha condições,
ainda durante o serviço ativo, de participar de atividades de formação e de capa-
citação profissional civil, possibilita aos comandantes, em todos os níveis, solu-
ções simples e criativas com resultados efetivos para a F Ter.
13.3.6 As medidas supracitadas não atingem aos militares técnicos temporários,
que já possuem habilidades específicas de interesse da Força Terrestre, e por-
tanto não há necessidade de prepará-los para o retorno à vida civil.
13.3.7 Seguindo determinação do Estado-Maior do Exército, o COTER orienta
todos os escalões de comando da F Ter para que controlem e avaliem os encar-
gos de mobilização de recursos humanos nos respectivos Comandos e Orga-
nizações militares subordinadas, por ocasião das inspeções e visitas técnicas.

13.4 INSTRUÇÃO MILITAR DE MOBILIZAÇÃO


13.4.1 COMANDOS MILITARES DE ÁREA
- Os C Mil A devem promover a capacitação dos respectivos Estados-Maiores
para a aplicação dos conceitos do Sistema de Mobilização do Exército (SIMOBE)
permitindo-lhes elaborar as Listas de Carências de Recursos Humanos (LCRH)
e Logísticos (LCRL), por ocasião dos planejamentos estratégicos e operacio-
nais, seguindo as orientações do MD, do EME e do COTER.
13.4.2 REGIÕES MILITARES
13.4.2.1 As RM, como órgãos responsáveis por planejar e desencadear as ações
de mobilização previstas no SIMOBE, devem promover a capacitação dos seus
Estados-Maiores, dos Escalões de Pessoal e Logístico e Seções Mobilizadoras,

13-2
SIMEB
com o intuito de manter atualizados os procedimentos, rotinas, ordens e instru-
ções, de acordo com a legislação em vigor.
13.4.2.2 A instrução sobre o Serviço Eletrônico de Recrutamento Militar e Mobi-
lização (SERMILMOB Web) e o funcionamento do Sistema de Mobilização dos
Recursos Humanos (S Mob RH) devem estar focadas na atualização e na con-
fiabilidade dos bancos de dados disponíveis.
13.4.2.3 Por ocasião das visitas e inspeções técnicas às OM e Seções Mobili-
zadoras, nas suas áreas de responsabilidade, as Seções Mobilizadoras Regio-
nais devem instruí-las quanto à correção nos procedimentos de incorporação,
licenciamento, inserção de dados no SERMILMOB Web, confecção do diário de
mobilização e medidas administrativas a serem adotadas por ocasião dos Exer-
cícios de Adestramento da Reserva Mobilizável.
13.4.3 O Cmt OM deverá, antes do licenciamento, mandar realizar palestras
para o efetivo a ser licenciado, enfocando os seguintes assuntos: Deveres dos
Reservistas, Conceitos Básicos de Mobilização e Desmobilização Nacional, Pre-
paro, Decretação e Execução da Mobilização Militar; Considerações e Concei-
tuações dos Exercícios de Mobilização de Recursos Humanos e o Exercício de
Apresentação da Reserva (EXAR-Net). Na oportunidade, deverá, também, res-
saltar a possibilidade de uma eventual mobilização para participar de Exercícios
de Adestramento da Reserva Mobilizável (Exe Ades Res Mob).

13.5 EXERCÍCIOS DE ADESTRAMENTO DA RESERVA MOBILIZÁVEL


13.5.1 O COTER orienta que o planejamento e a execução dos Exercícios de
Adestramento da Reserva Mobilizável sejam coordenados entre os C Mil A, as
RM e as GU, em forma de rodízio trienal entre as Regiões Militares, com a finali-
dade de estabelecer responsabilidade com relação aos seguintes itens:
13.5.1.1 convocação pelas seções mobilizadoras da Região (coordenação e
complemento de carências) e das guarnições da OM executante e do Posto de
Recrutamento e Mobilização (PRM) enquadrante de TG;
13.5.1.2 transporte dos convocados para o local de apresentação;
13.5.1.3 transporte da tropa para o local do exercício no terreno;
13.5.1.4 fornecimento de fardamento e munição;
13.5.1.5 funcionamento da Junta de Inspeção de Saúde Especial na Mobilização
(Mob) e na Desmobilização (Dmob); e
13.5.1.6 OM apoiadoras em material e viaturas.
13.5.2 Os Exercícios de Adestramento da Reserva Mobilizável deverão estar
inseridos nos exercícios no terreno das GU, previstos para o Ano de Instrução,
conforme as orientações contidas no art. 201 das lnstruções Reguladoras de

13-3
SIMEB
Mobilizacão de Recursos Humanos (IR20-20), aprovadas pela Portaria n° 131-
EME, de 07 DEZ 07 e da Diretriz para a Execução dos Exercícios de Mobilização
no Âmbito do Exército (Port nº 179-EME, de 10 AGO 15).
13.5.3 O planejamento dos Exc Mob é tratado na Reunião de Contrato de Objeti-
vos Operacionais com a definição das operações e das missões a serem execu-
tadas, para fins de levantamento das necessidades e recursos para o ano A+1.
13.5.4 Para fins de planejamento administrativo, a OM executante do exercício
de mobilização deve considerar os seguintes aspectos:
13.5.4.1 alojamento dos reservistas mediante liberação dos militares de uma SU;
13.5.4.2 material de intendência, de comunicações e viaturas, por fornecimento
pela RM ou por empréstimo de outras OM;
13.5.4.3 fardamento, por antecipação do suprimento a ser distribuído, no ano
A+1, pela RM;
13.5.4.4 Suprimento Classe I, II e V (Mun) fornecidos pelo COLOG, por intermé-
dio das RM; e
13.5.4.5 pagamento de pessoal, mediante Requisição de Pagamento Comple-
mentar de Militar da Ativa (RPCMA) a ser remetida ao Centro de Pagamento do
Exército (CPEx)/Secretaria de Economia e Finanças(SEF).
13.5.5 O COTER disponibilizará para as OM e RM executantes dos exercícios, o
combustível (óleo diesel e gasolina), rações operacionais e os recursos financei-
ros (ND15, 30, 33 e 39) da Ação 4450, até 60 dias antes do início da convocação
dos reservistas, devidamente planejados no Contrato de Objetivos do COTER.
13.5.6 Os suprimentos Classe I, II e V (Mun) para os Exc Mob farão parte do
Contrato de Objetivos Logísticos (COL), cuja Diretoria de Abastecimento (D
Abst) detalhará e coordenará o apoio às OM com as respectivas RM.
13.5.7 A aplicação dos recursos financeiros, de responsabilidade do COTER,
para a execução do exercício de mobilização deverá observar a seguinte priori-
dade:
13.5.7.1 passagens e diárias para o deslocamento e o funcionamento da Junta
de Inspeção de Saúde Especial (JISE) na guarnição que não possua OM de
Saúde;
13.5.7.2 locação de veículos ou compra de passagens para o transporte dos
convocados;
13.5.7.3 higienização dos uniformes usados no exercício;
13.5.7.4 serviço de corte de cabelo;
13.5.7.5 gastos com concessionárias (água, luz e telefone);

13-4
SIMEB
13.5.7.6 confecção de impressos e material de comunicação social;
13.5.7.7 material necessário à instrução e ao tiro real;
13.5.7.8 manutenção e preparação das instalações (alojamentos e banheiros);
13.5.7.9 manutenção das viaturas e do material de comunicações a serem utili-
zados no exercício no terreno; e
13.5.7.10 recuperação do equipamento individual e coletivo da OM.
13.5.8 O Sistema de Mobilização de Recursos Logísticos (SMobRL) é apoiado
por diversos sistemas corporativos existentes no EB, dentre os quais merecem
destaque o Sistema de Cadastro de Mobilização (SICAMOB), o Sistema de Ma-
terial do Exército (SIMATEx), o Sistema de Catalogação do Exército (SICATEx),
o Sistema de Dotação (SISDOT), o Sistema de Controle Físico (SISCOFIS) e o
Sistema de Gerenciamento de Mobilização e Logística do MD (APOLO).
13.5.9 A realização de Exercícios de Adestramento da Reserva Mobilizável ocor-
rerá no ciclo Trienal, sendo que a distribuição será por RM.
13.5.9.1 O exercício de mobilização tem por finalidade atender o princípio da
elasticidade da Força Terrestre. Desta forma, terá prioridade a execução de
exercício para a mobilização de reservistas de primeira categoria para mobiliar
SU de unidade operacionais.
13.5.9.2 A mobilização de forças de defesa territorial deverá ser executada em
um cenário de combate de resistência (ambiente de selva), de apoio aos órgãos
governamentais, ou cenário de pacificação.
13.5.9.3 Os exercícios de mobilização devem ser realizados junto com os exercí-
cios de Adestramento Básico de Unidade ou no Período de Adestramento Avan-
çado (PAA) da GU, participando do exercício no terreno.
13.5.10 O COTER regulará anualmente, no PIM, as atividades e as tropas que
irão executar os Exercícios de Adestramento da Reserva Mobilizável.

13.6 TIPOS DE EXERCÍCIOS


13.6.1 EXERCÍCIO DE MOBILIZAÇÃO DA FORÇA DE DEFESA TERRITORIAL
(EDT)
13.6.1.1 Exercício planejado e conduzido por DE/RM/GU, orientado pelos C Mil
A, com mobilização de reservistas de 2ª categoria e da reserva de 1ª e 2ª clas-
ses, a fim de compor uma ou mais Companhias de Guarda Territorial.
13.6.1.2 Destina-se a testar o Planejamento de Defesa Territorial dos C Mil A,
elaborado, normalmente, pelas RM.
13.6.1.3 À guisa de treinamento, os exercícios de Op GLO de C Mil A/DE/RM/
GU poderão ser aproveitados para a execução do EDT, desde que a tropa mobi-
13-5
SIMEB
lizada seja empregada em suas missões específicas (PSE).
13.6.2 Exercício de Mobilização de OM Operacional
13.6.2.2 Exercício planejado pelos Cmdo enquadrantes e executado por OM
Operacionais, orientado pelos C Mil A, com mobilização de reservistas de 1ª
categoria e da reserva de 2ª classe, afim de compor uma ou mais SU/Pel de OM
Op.
13.6.2.2 A OM executante deverá direcionar a reciclagem da instrução para as
missões planejadas pelo escalão enquadrante no exercício no terreno.
13.6.2.3 Destina-se a avaliar a capacidade de recompletamento imediato das
OM Operacionais.
13.6.3 EXERCÍCIO DE MOBILIZAÇÃO DA FORÇA DE RESISTÊNCIA (EFR)
- Exercício de Mobilização de OM Operacionais, voltado para a validação da
Doutrina e dos Plane-jamentos referentes à IP 100-3 (BASES PARA MODERNI-
ZAÇÃO DA DOUTRINA DE EMPREGO DA FORÇA TERRESTRE - DOUTRINA
GAMA), particularmente nos aspectos relativos à mobiliza-ção de pessoal para
compor a Força de Resistência.
13.6.4 EXERCÍCIO DE MOBILIZAÇÃO DA FORÇA DE MOBILIZAÇÃO (EFM)
- Exercício planejado e executado por uma Divisão de Exército (DE), orientado
pelos C Mil A, com mobilização de militares da reserva de 1ª classe, a fim de
compor o Comando de uma Brigada e os Cmdo de OM valor Btl. Considerando
a natureza da mobilização dos Recursos Humanos, exclusivamente de oficiais,
sua aplicação é mais adequada nos Jogos de Guerra.
13.6.5 EXERCÍCIO DE ADESTRAMENTO DE GRANDE COMANDO LOGÍSTI-
CO (Exe Adst G Cmdo Log)
13.6.5.1 Exercício planejado pelos C Mil A e executado por uma RM dentro do
contexto Operação de Adestramento Conjunto.
13.6.5.2 Visa avaliar a capacidade de mobiliar um Cmdo RMTO e Comandos de
Bases Logísticas (Ba Log).
13.6.6 EXERCÍCIO DE APRESENTAÇÃO DA RESERVA (EXAR)
13.6.6.1 Exercício de mobilização que consiste apenas na apresentação dos
reservistas para atualização dos dados pessoais.
13.6.6.2 É planejado e conduzido pela Diretoria do Serviço Militar.
13.6.7 PRESCRIÇÕES COMUNS AOS EXERCÍCIOS DE MOBILIZAÇÃO
13.6.7.1 Cada exercício compreenderá duas fases:
- 1ª fase: Preparo (Planejamento, Determinação de Carências, Seleção e Con-
vocação); e
13-6
SIMEB

- 2ª fase: Execução (Apresentação, Instrução, Exercício no Terreno e Desmobi-


lização).
13.6.7.2 Pessoal
13.6.7.2.1 A convocação deverá ser feita com uma majoração da ordem de 50%
para os soldados; de 70% para os graduados e de 100% para os oficiais, de
forma a compensar possíveis faltas na apresentação ou incapacidade física de-
tectada na inspeção de saúde, exceção feita ao pessoal pertencente às Qua-
lificações Militares (QM) cuja reserva mobilizável seja considerada pelas RM
como pequena nas respectivas zonas de mobilização. Estas deverão ter sua
majoração estipulada em 100% do efetivo previsto do elemento mobilizado, in-
dependentemente do posto ou graduação.
13.6.7.2.2 Os claros porventura existentes, particularmente de oficiais (Cel, TC,
Maj e Cap) e de praças (ST, 1º e 2º Sgt), deverão ser preenchidos com militares
da ativa.
13.6.7.2.3 A fim de abreviar o período de atualização da Instrução Militar, os re-
servistas deverão pertencer, preferencialmente, às turmas licenciadas nos anos
A-1, A-2, A-3 e A-4, considerando-se “A” o ano do exercício, nas proporções
aproximadas de 50%, 25%, 15% e 10%, respectivamente.
13.6.7.2.4 O pessoal convocado para o Exercício de Mobilização terá assegu-
rado o retorno ao cargo, função ou emprego que exercia ao ser convocado, nos
termos do art.196 do RLSM e do art. 472 do Decreto Lei Nr 5.452, de 1º de maio
de 1943 (CLT).
13.6.7.2.5 Remuneração de Pessoal
a) Os militares da Reserva Remunerada, quando mobilizados, continuarão a
receber seus proventos normais. Os outros direitos remuneratórios previstos em
Lei serão regulados, oportunamente.
b) O reservista mobilizado fará opção pelos vencimentos com base nas prescri-
ções contidas na LSM e no RLSM. Caso opte pelos vencimentos devidos ao mi-
litar da ativa, deverá receber remuneração proporcional aos dias de mobilização
nos respectivos postos ou graduações para os quais foram convocados.
13.6.7.3 Instrução
13.6.7.3.1 A reciclagem da instrução visa permitir, em curto prazo, que os mobi-
lizados sejam:
a) readaptados à vida militar;
b) capacitados ao exercício de tarefas fundamentais inerentes ao militar em
combate; e

13-7
SIMEB
c) preparados para o desempenho de cargos que lhes são afetos no QO da OM.
13.6.7.3.2 Os Objetivos Individuais de Instrução, constantes dos PP das séries
BRAVO e QUEBEC, deverão ser selecionados a fim de atingir os objetivos da
reciclagem e cumprir as missões previstas para o exercício.
13.6.7.3.3 As condições físicas dos convocados devem ser permanentemente
avaliadas e consideradas.
13.6.7.3.4 O exercício de campanha deverá ser conduzido no quadro de uma
situação hipotética.
13.6.7.4 Logística
13.6.7.4.1 Saúde
a) As atividades relativas às inspeções de saúde deverão ser pautadas rigoro-
samente nas Instruções Ge-rais para a Inspeção de Saúde de Conscritos das
Forças Armadas (IGISC) e nas Instruções Reguladoras das Perícias Médicas no
Exército (IR30-33).
b) As Inspeções de Saúde deverão ser realizadas, obrigatoriamente, por uma
Junta de Inspeção de Saúde Especial (JISE) nomeada pela Região Militar. A
JISE utilizará o Sistema Informatizado de Perícias Mé-dicas (SIPMED), disponí-
vel na internet, seguindo as orientações da Diretoria de Saúde.
c) No SIPMED, as Juntas deverão utilizar, no campo grupo geral, a finalidade
“Mobilização da Reserva não Remunerada”, e no campo parecer, deverão ser
exarados os seguintes pareceres, de acordo com as condições do reservista:
- Apto A;
- Incapaz B1;
- Incapaz B2; e
- Incapaz C.
d) Os membros da JISE responsáveis pelas inspeções deverão ser extrema-
mente criteriosos durante o exame físico, haja vista que não contará com exa-
mes complementares, como subsídio à emissão dos pareceres.
e) Deverão ser previstas a prestação de apoio médico e a evacuação, prioritaria-
mente, para hospitais militares.
13.6.7.4.2 Transporte
a) Deverá ser efetuado, preferencialmente, em viaturas militares durante o perí-
odo do exercício.
b) O convocado deverá ser ressarcido do valor da passagem, em meio de trans-
porte terrestre, de sua re-sidência até a OM de vinculação ou para o Centro de
Reunião e vice-versa.
13-8
SIMEB
c) Poderão ser utilizados meios de transporte locados necessários aos exercí-
cios.
13.6.7.4.3 O fardamento e a munição deverão ser solicitados às Regiões Mili-
tares pela OM executante em A-1, para inserção no Contrato de Objetivos Lo-
gístico junto ao COLOG, podendo ser fornecido aos mobilizados o suprimento
disponível naquela OM.
13.6.7.4.4 O recompletamento de material de campanha, de comunicações e
equipamento individual necessários deverão ser solicitados às Regiões Milita-
res, sob a forma de empréstimo.
13.6.7.4.5 As OM, em princípio, concederão dispensa total da instrução e do
serviço a um efetivo de militares igual ao de convocados, de forma que não haja
acréscimo na quantidade de etapas de alimentação.
13.6.7.4.6 Atividades de Comunicação Social e Relações Públicas

VEÍCULO DE
DATA PÚBLICO ALVO EVENTO
COMUNICAÇÃO
Palestras sobre mobi-
Até D-30 Público Interno Palestra
lização
Matéria reportando e
População dos Muni- - Rádio e jornais
D-15 esclarecendo a reali-
cípios Tributários - Faixas
zação do Exc Mob
Informação e difusão
População da Região
D-1 da importância do Exc Folder
do Exc Cmp
- ACISO, sfc.
Palestra de
Término do Reservistas - Palestra
mobilização e
Exercício Mobilizados - Pesquisa
pesquisa de opinião

13.6.7.5 Prescrições Diversas


13.6.7.5.1 Durante todo o exercício, será adotado o regime de internato, exceção
feita ao Exercício da Força de Mobilização (EFM) e da Força de Resistência (F
Res).
13.6.7.5.2 Especial atenção deverá ser dada à desmobilização dos reservistas.
13.6.7.5.3 A apresentação do reservista convocado para o exercício será regis-
trada e considerada como enquadrada pela legislação em vigor e o dispensará,
no respectivo ano, da apresentação no EXAR.
13.6.7.5.4 Os elementos convocados para o exercício que, sem justificativa, dei-
xarem de comparecer incorrerão no pagamento de multa prevista na LSM e no
RLSM.
13.6.7.5.5 Os C Mil A deverão remeter ao COTER, até 30 dias após o término de

13-9
SIMEB
cada exercício, um relatório sobre seu desenvolvimento.
13.6.7.5.6 Sugere-se que os Cmt OM que realizaram Exc Mob enviem ofício ao
empregador, agradecendo a liberação do empregado e enaltecendo, quando for
o caso, a participação do reservista no referido exercício.
13.6.7.5.7 O COLOG poderá propor, mediante coordenação com o COTER, a
realização de exercícios de mobilização de recursos logísticos (Exc Mob RL) em
complemento aos Exc Mob Recursos Humanos.

13.7 ATRIBUIÇÕES PARA OS EXERCÍCIOS DE MOBILIZAÇÃO


13.7.1 ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
13.7.1.1 Coordenar as atividades para operacionalização dos Exercícios de Mo-
bilização de Recursos Humanos.
13.7.1.2 Receber do COTER os relatórios referentes aos Exercícios de Mobili-
zação e analisá-los, a fim de implementar melhorias no Sistema de Mobilização
do Exército.
13.7.2 COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES (COTER)
13.7.2.1 Expedir, por intermédio de portaria, pelo menos dois meses antes do
início do período do exercício de mobilização, as Diretrizes específicas que re-
gularão as medidas necessárias para cada exercício.
13.7.2.2 Assessorar o EME no tocante ao adestramento da reserva mobilizável
e sua regulamentação.
13.7.2.3 Regular, no Programa de Instrução Militar a realização dos exercícios
de adestramento da reserva mobilizável, conforme as orientações do EME.
13.7.2.4 Analisar e remeter ao EME os relatórios dos exercícios de mobilização.
13.7.2.5 Acompanhar o planejamento e a execução dos exercícios.
13.7.2.6 Provisionar as OM/UG executantes com os recursos financeiros (ND15,
30, 33 e 39) e o combustível operacional necessários à realização do exercício.
13.7.2.7 Confirmar junto ao COLOG, DGP e SEF a realização dos exercícios de
mobilização previstos no PIM, detalhando, quando possível, os efetivos a serem
mobilizados e as OM executantes.
13.7.3 COMANDOS MILITARES DE ÁREA (C Mil A)
13.7.3.1 Inserir no SAP o planejamento dos exercícios de mobilização previstos
no PIM, a fim de serem consolidados no Contrato de Objetivos.
13.7.3.2 Elaborar a Diretriz particular regulando a atividade de instrução e a pre-
paração da tropa mobilizada no exercício em sua Área.
13.7.3.3 Acompanhar o planejamento e a execução dos exercícios em sua Área.
13-10
SIMEB
13.7.3.4 Remeter, de acordo com o calendário estabelecido pelo Órgão de Dire-
ção Operacional e os Órgãos de Direção Setorial respectivos, as necessidades
para a realização dos exercícios de mobilização, particularmente quanto aos
itens que se seguem:
13.7.3.4.1 ao Comando Logístico suprimentos Cl I, II e V.
13.7.3.4.2 ao Departamento-Geral do Pessoal recursos financeiros para pa-
gamento de diárias e transporte, quando for o caso.
13.7.3.4.3 ao COTER
- Recursos financeiros para aquisição de material de consumo e de prestação de
serviços (exceto para o EXAR) nas atividades de mobilização e de instrução; e
- Combustível.
13.7.4 COMANDO LOGÍSTICO (COLOG)
- Provisionar às OM executantes com os suprimentos solicitados.
13.7.5 DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL (DGP)
13.7.5.1 Provisionar às RM com os recursos financeiros para pagamento do
transporte dos reservistas, por ocasião da convocação e desmobilização, quan-
do estes residirem fora da guarnição da OM executante.
13.7.5.2 Acompanhar e expedir orientações para o uso do SERMILMOB, por in-
termédio da Diretoria de Serviço Militar, nos exercícios mobilização dos recursos
humanos.
13.7.5.3 Orientar, por intermédio da Diretoria de Saúde, a execução de perícias
médicas com o SIPMED pela Junta de Inspeção de Saúde Especial (JISE).
13.7.6 SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS (SEF)
- Provisionar às OM/UG, por intermédio do CPEx, com os recursos financeiros
necessários ao pagamento do pessoal mobilizado.
13.7.6 REGIÕES MILITARES (RM)
13.7.6.1 Coordenar os trabalhos de convocação dos reservistas e executar o
apoio dos recursos logísticos necessários aos exercícios.
13.7.6.2 Elaborar a Diretriz particular, regulando a mobilização de recursos hu-
manos e logísticos.

13.8 DESMOBILIZAÇÃO DE PESSOAL TEMPORÁRIO


13.8.1 PROGRAMA DE DESMOBILIZAÇÃO DE MILITARES TEMPORÁRIOS
(PDMT)
13.8.1.1 Período

13-11
SIMEB
- No ano em que o militar, por força de dispositivo legal, ou por necessidade do
serviço, vier a deixar o serviço ativo.
13.8.1.2 Atividades
- Voltadas para a qualificação dos recursos humanos, podendo, ou não, utilizar
convênio com instituições civis especializadas.
13.8.1.3 Horário de realização das atividades
- Durante parte do expediente diário da OM.
13.8.1.4 Local de realização das atividades
- A ser definido pelo Cmdo OM, sob Coor do Cmt da Guarnição (quando for o
caso).
13.8.1.5 Participantes do programa
- Todos os militares que estejam no último período de engajamento, por força de
lei ou por interesse do serviço, e os Cb e Sd do EV, que desejarem, a critério do
Cmt OM, exceto os militares técnicos temporários.
13.8.1.6 Despesas com o programa
13.8.1.6.1 Não há previsão de serem distribuídos recursos financeiros da F Ter
para a realização do PDMT. Os diversos escalões de comando deverão, quando
da operacionalização das parcerias necessárias à realização das atividades do
PDMT, procurar reduzir, ao máximo, os custos repassados aos participantes do
programa, a quem caberá arcar com estes no seu próprio interesse. Um dos
exemplos dessa busca por economia pode ser o uso das instalações da OM.
13.8.1.6.2 Os estados e municípios, quando devidamente motivados, poderão
dispor de mecanismos que contribuam para diminuir os custos de realização dos
cursos previstos no PDMT.
13.8.1.7 Comprovantes da participação no PDMT
- Por ocasião do licenciamento do militar participante do programa, será forneci-
do a ele um documento com as seguintes informações:
13.8.1.7.1 Desempenho no Curso de Qualificação de Soldado e/ou de Cabo (re-
sultados, qualificação obtida, matérias cursadas, carga horária e aproveitamento
final).
13.8.1.7.2 Funções e cargo(s) desempenhados durante o seu tempo de perma-
nência no serviço ativo e a correspondência com as atividades civis.
13.8.1.7.3 Comprovante da habilitação técnica obtida pela conclusão de curso,
em estabelecimento de ensino e/ou instituição profissionalizante, reconhecido
pelos órgãos governamentais competentes.
13.8.1.8 Responsabilidade
13-12
SIMEB
13.8.1.8.1 A responsabilidade de planejar e coordenar o PDMT é do Cmt OM,
sendo seu executor o Chefe da 3ª Seção, que irá viabilizá-lo, considerando os
meios disponíveis e as demais atividades nas quais a OM esteja engajada.
13.8.1.8.2 O Programa de Desmobilização de Militares Temporários, elaborado
pelo Cmt da OM, deverá ser encaminhado ao escalão superior, para fins de co-
nhecimento e aprovação.
13.8.2 PROJETO SOLDADO-CIDADÃO (PSC)
13.8.2.1 O “Projeto Soldado-Cidadão” é um programa de governo que tem por
finalidade oferecer capacitação técnico-profissional básica aos jovens brasileiros
durante a prestação do Serviço Militar, visando proporcionar melhores condições
para a inserção no mercado de trabalho, por intermédio de cursos de formação
profissionalizante.
13.8.2.2 O público alvo a ser atingido deve ser constituído por militares de perfil
socioeconômico carente e que necessitem de formação profissional básica que
os habilite à inserção no mercado de trabalho, no momento de seu licenciamento
das fileiras do Exército.
13.8.2.3 O Programa é conduzido pelo COTER. Para tanto, fixa os efetivos dos
Estados a serem contemplados, realiza a distribuição e o acompanhamento dos
recursos financeiros e a execução do PSC e determina o período de realização
dos cursos.
13.8.2.4 São empregadas organizações militares selecionadas, que designam
oficiais coordenadores estaduais com as seguintes atribuições:
13.8.2.4.1 levantar os cursos de interesse. Os cursos profissionalizantes escolhi-
dos devem proporcionar empregabilidade, com rápida inserção no mercado de
trabalho e/ ou geração de renda;
13.8.2.4.2 distribuir as vagas, por município/OM; e
13.8.2.4.3 realizar a contratação e acompanhamento dos cursos.
13.8.2.5 Os coordenadores estaduais empregam coordenadores locais (por
Guarnição e/ou OM), para a distribuição de vagas e acompanhamento dos cur-
sos.
13.8.3 AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS
13.8.3.1 COTER e C Mil A: buscar parcerias, em nível nacional ou regional, com
entidades de ensino e instituições profissionalizantes qualificadas no preparo de
mão de obra.
13.8.3.2 Cmdo RM, DE e Bda: estabelecer contatos e formalizar parcerias com
os diversos estabelecimentos de ensino e instituições profissionalizantes exis-
tentes em suas áreas de atuação, visando à operacionalização de cursos de

13-13
SIMEB
preparação de mão de obra.
13.8.3.3 Cmdo OM:
13.8.3.3.1 Buscar parcerias, em nível local, com entidades de ensino e institui-
ções profissionalizantes qualificadas no preparo de mão de obra.
13.8.3.3.2 Elaborar e implementar um programa de desmobilização de militares
temporários, de forma a proporcionar-lhes as melhores condições para o retorno
à vida civil, com a devida aprovação do escalão superior.
13.8.3.3.3 Fazer constar em Boletim Interno todas as atividades relacionadas
com o PDMT, desde que não interfiram no funcionamento e na segurança da
OM.

13-14
SIMEB
CAPÍTULO XIV
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O APOIO AÉREO DA
AVIAÇÃO DO EXÉRCITO, APOIO NAVAL DA MARINHA DO BRASIL
E APOIO AÉREO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA

14.1 APOIO DA AVIAÇÃO DO EXÉRCITO NO PREPARO DA FORÇA


14.1.1 CONCEITOS
14.1.1.1 Aviação do Exército (Av Ex) - é o conjunto de todas as OM envolvidas
diretamente com o apoio, a logística e a operação de aeronaves do Exército.
14.1.1.2 Apoio da Aviação do Exército - é o apoio prestado por aeronave da Av
Ex à Força Terrestre com fins de emprego, de preparo, logísticos, técnicos e
administrativos. Este tipo de apoio representa parte do esforço aéreo alocado
anualmente pelo COLOG à Av Ex. A outra parte do esforço aéreo alocado é des-
tinada ao preparo da Av Ex.
14.1.1.3 Preparo da Av Ex - são todas as atividades de preparo técnico, de ades-
tramento e de ensino dos aeronavegantes da Av Ex, nas quais as OM Av Ex
adquirem e mantêm as condições de segurança para apoioar a Força Terrestre.
Estão incluídas nestas atividades a formação, especialização e aperfeiçoamento
dos especialistas da Av Ex e a manutenção adequada das aeronaves e dos ma-
teriais de Av Ex, dentre outras.
14.1.1.4 Hora de Voo (HV) - é o tempo transcorrido entre o acionamento e o corte
dos motores de uma aeronave.
14.1.1.5 Esforço Aéreo (Esf Ae) - é o número de HV estabelecidas para cada
órgão responsável pelo desenvolvimento de determinada atividade aérea.
14.1.1.6 Habilitação Técnica (HT) - na Av Ex, a HT é utilizada para designar
manobras e técnicas especiais, determinado manuseio de materiais bélicos e,
também, para a operação de equipamentos militares que o aeronavegante, ou
qualquer outro especialista na área de aviação, deve estar habilitado a executar,
de acordo com a sua qualificação e exigências da função exercida. Para que o
aeronavegante esteja em condições de operar com segurança, deve-se seguir
as condições e periodicidade previstas nos Programas e Normas Operacionais
do CAvEx.
14.1.1.7 Pedido de Missão Aérea (PMA) - é o documento pelo qual as OM, bi-
mestralmente, seguindo o canal de comando, discriminarão suas necessidades
de apoio da Av Ex, a serem analisadas e priorizadas pelo Comando Militar de
Área/ Órgão de Direção Geral/ Órgão de Direção Setorial (C Mil A/ODG/ODS),
as quais serão encaminhadas ao COTER.

14-1
SIMEB
14.1.1.8 Pedido de Missão Aérea Extraordinária (PMAE) - é o documento pelo
qual as OM, seguindo o canal de comando, com antecedência mínima de sete
dias úteis para entrada do pedido no COTER, se houver excepcionalidade que
exija a missão, discriminará sua(s) necessidade(s) de apoio da Av Ex, a ser(em)
analisada(s) pelo COTER.
14.1.1.9 Ordem para Emprego da Aviação do Exército (OEAvEx) - é o documen-
to confeccionado pelo COTER ou por um C Mil A (se houver B Av Ex di-
retamente subordinado, mas exclusivamente relacionado aos pedidos das suas
OM subordinadas), que autoriza a execução do PMA.
14.1.1.10 Ordem para Emprego Extraordinário da Aviação do Exército (OEEA-
vEx) - é o documento confeccionado pelo COTER ou por um C Mil A (se
houver B Av Ex diretamente subordinado, mas exclusivamente relacionado aos
pedidos das suas OM subordinadas), que autoriza a execução do PMAE.
14.1.2 DISTRIBUIÇÃO DO ESFORÇO AÉREO DA AVIAÇÃO DO EXÉRCITO
14.1.2.1 Os C Mil A, ODG e ODS remeterão ao COTER, anualmente, uma pre-
visão de suas necessidades de HV, por modelo de aeronave, para o ano “A+1”,
para atender aos PMA.
14.1.2.2 Após consolidar e analisar as demandas dos C Mil A, ODG e ODS, o
COTER informará ao COLOG o quantitativo de HV necessárias para atender à
F Ter no ano “A+1”.
14.1.2.3 Após receber do COLOG o quantitativo global de HV autorizadas para
o ano “A+1”, o COTER realizará a análise e remeterá ao C Av Ex e aos C Mil
A, com B Av Ex diretamente subordinados, a distribuição do Esf Ae para o ano
“A+1”. Nesta distribuição estarão discriminadas as HV para a Av Ex apoiar a F
Ter e, também, as HV para o preparo da Av Ex.
14.1.2.4 Durante a Reunião de Contrato de Objetivos, os C Mil A/ODG/ODS
detalharão com o COTER os exercícios/atividades prioritárias com apoio da Av
Ex para o preparo da F Ter no ano “A+1”, considerando a previsão já realizada
no item 14.1.2.1.
14.1.2.5 Após a Reunião de Contrato de Objetivos, os C Mil A/ODG/ODS conso-
lidarão os Pedidos de Missão Aérea (PMA) das suas OM subordinadas e envia-
rão ao COTER bimestralmente.
14.1.2.6 Os prazos das atividades citadas serão estabelecidos no Anexo A do
PIM.
14.1.2.7 A distribuição do Esf Ae da Av Ex, em princípio, deverá obedecer às
seguintes prioridades:
- 1ª) treinamento de HT e de emergências nas aeronaves.
- 2ª) emprego em operações de G Cmdo Op/Op Conjuntas e preparo.

14-2
SIMEB
- 3ª) adestramento das tropas especiais do Exército e das Forças de Emprego
Estratégico em conjunto com a Av Ex.
- 4ª) formação, especialização e aperfeiçoamento dos alunos dos Estabeleci-
mentos de Ensino (EE).
14.1.3 ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE OS PMA E PMAE
14.1.3.1 Deverá ser evitado o PMA ou PMAE em missões:
14.1.3.1.1 que não sejam voltadas para a atividade-fim;
14.1.3.1.2 nas quais a presença do meio aéreo não seja absolutamente indis-
pensável; e
14.1.3.1.3 quando não estiver em consonância com a doutrina vigente.
14.1.3.2 Os C Mil A e os G Cmdo Op deverão prever a participação e buscar o
assessoramento, pelo canal de comando, do C Av Ex ou dos B Av Ex, desde as
fases iniciais, nos planejamentos de exercícios e planos operacionais que envol-
vam o apoio da Av Ex.
14.1.3.2.1 Em princípio, a fração mínima de apoio da Av Ex é a Seção de Heli-
cópteros (Seç He), exceto em missões de natureza exclusivamente administra-
tiva.
14.1.3.2.2 As missões aéreas, que requeiram o cumprimento de técnicas espe-
ciais, como Rappel, Mc Guire, Helocasting, Fast Roping, Penca etc, não serão
priorizadas, exceto quando forem realizadas em conjunto com as tropas de em-
prego especial ou EE de formação de tropas de emprego especial.
14.1.3.3 As missões aéreas que requeiram lançamento de paraquedistas só se-
rão autorizadas, pelo COTER, em situações esporádicas e excepcionais, em
razão do helicóptero não ser o meio mais adequado para o lançamento de pa-
raquedistas.
14.1.3.4 As missões aéreas que requeiram o cumprimento de técnicas desco-
nhecidas da Av Ex deverão ser solicitadas com antecedência maior que o PMA,
com prévia consulta ao C Av Ex ou aos B Av Ex sobre a viabilidade técnica do
apoio. Para maiores esclarecimentos, deverá ser realizada consulta à Divisão
de Aviação e Segurança do COTER que fornecerá orientações a respeito deste
assunto.
14.1.3.5 Os PMA serão atendidos no período de maio a dezembro do ano “A”. O
período de janeiro a abril é destinado ao preparo técnico das tripulações dos B Av
Ex, para que estejam em condições de apoiar o Exército de maio a dezembro.
Apoios necessários para o período de janeiro a abril deverão ser solicitados via
PMAE. A autorização para o apoio ocorrerá após análise criteriosa do COTER,
assessorado pelo C Av Ex e/ou C Mil A com B Av Ex diretamente subordinado;

14-3
SIMEB
14.1.3.6 O(s) PMA e o(s) PMAE remetidos ao COTER, após a análise de fatores
operativos, técnicos ou logísticos, poderão sofrer alterações para fins de apro-
vação e autorização;
14.1.3.7 Os apoios da Av Ex em missões de emprego do Exército terão priori-
dade sobre os apoios da Av Ex em missões de preparo do Exército, salvo situa-
ções excepcionais determinadas pelo COTER. Consequentemente, a qualquer
momento, poderá ser cancelado um apoio da Av Ex previsto em Ordem para
Emprego da Aviação do Exército (OEAvEx) que se enquadre nesta situação; e
14.1.3.8 Todos os apoios tratados na Reunião de Contrato de Objetivos deverão
ser enviados por PMA, bimestralmente, seguindo os passos constantes no Ane-
xo A do PIM.
14.1.3.9 Qualquer alteração sobre natureza da missão, Esf Ae, modelo de ae-
ronave e local de apoio, previsto em PMA, PMAE, OEAvEx ou OEEAvEx, será
autorizada somente pelo COTER.
14.1.3.10 Para fins de planejamento, deverão ser seguidas as orientações e
formulários existentes na página da intranet do COTER.
14.1.3.11 Os prazos das atividades citadas estão estabelecidos no Anexo A do
PIM.
14.1.4 APOIO DE BATALHÃO DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO DIRETAMENTE
SUBORDINADO A COMANDO MILITAR DE ÁREA
14.1.4.1 O COTER distribuirá HV para cada C Mil A com B Av Ex diretamente
subordinado. Estas HV são destinadas ao atendimento das necessidades de
preparo e de emprego do C Mil A.
14.1.4.2 As OMDS/ C Mil A com B Av Ex subordinado poderão solicitar àquele C
Mil A apoio da Av Ex. Este apoio deverá ser na área de atuação do C Mil A com B
Av Ex subordinado. O processo para este pedido será definido pelo C Mil A com
B Av Ex subordinado.
14.1.4.3 Os demais C Mil A/ODG/ODS deverão encaminhar seus pedidos de
apoio ao COTER.
14.1.5 ATRIBUIÇÕES
14.1.5.1 COTER
14.1.5.1.1 Regular os processos e procedimentos específicos.
14.1.5.1.2 Receber dos C Mil A/ODG/ODS as necessidades de HV, por modelo
de aeronave, para fins de PMA, para atender ao Esf Ae necessário para o ano
“A+1”.
14.1.5.1.3 Receber, diretamente do C Av Ex, as necessidades de HV para o pre-
paro de todas as Unidades Aéreas (UAe).

14-4
SIMEB
14.1.5.1.4 Consolidar e analisar as necessidades de HV da Av Ex para o ano
“A+1”.
14.1.5.1.5 Enviar ao COLOG o quantitativo de HV necessárias para atender à F
Ter em “A+1”.
14.1.5.1.6 Estabelecer, juntamente com os C Mil A/ODG/ODS, os exercícios/
atividades prioritárias para o apoio da Av Ex em “A+1”, durante a Reunião de
Contrato de Objetivos.
14.1.5.1.7 Distribuir o Esf Ae da Av Ex para o ano “A”.
14.1.5.1.8 Informar a distribuição do Esf Ae ao C Av Ex e aos C Mil A com B Av
Ex diretamente subordinado.
14.1.5.1.9 Analisar os PMA e os PMAE, assessorado pelo C Av Ex ou B Av Ex,
subordinado ao C Mil A.
14.1.5.1.10 Elaborar e distribuir as OEAvEx e OEEAvEx.
14.1.5.1.11 Analisar e processar pedidos de alteração de PMA e PMAE.
14.1.5.1.12 Acompanhar as informações referentes ao Esf Ae distribuído e às
OEEAvEx no Sistema Aviação do Exército (SisAvEx).
14.1.5.2 C Mil A/ ODG/ ODS
14.1.5.2.1 Informar ao COTER as suas necessidades de HV para o ano “A+1”.
14.1.5.2.2 Encaminhar os PMA ao COTER.
14.1.5.2.3 Redistribuir as OEAvEx e as OEEAvEx recebidas aos elementos su-
bordinados.
14.1.5.2.4 Analisar os PMAE recebidos.
14.1.5.2.5 Encaminhar os PMAE ao COTER, se for o caso, para análise e, se
possível, aprovação e confecção da OEEAvEx.
14.1.5.2.6 Informar ao COTER a necessidade de cancelamento de qualquer mis-
são aérea constante do PMA.
14.1.5.2.7 Levantar, juntamente com OM subordinadas, as necessidades de
apoio da Av Ex em “A +1”, a fim de serem apresentadas ao COTER na Reunião
de Contrato de Objetivos.
14.1.5.2.8 Observar todas as orientações do COTER.
14.1.5.2.9 Regular para as OM sob seu comando a execução do previsto neste
capítulo.
14.1.5.3 C Mil A com B Av Ex diretamente subordinado
14.1.5.3.1 Receber e analisar as demandas de apoio da Av Ex por parte de suas

14-5
SIMEB
OMDS, a serem atendidas pelo B Av Ex diretamente subordinado.
14.1.5.3.2 Autorizar os apoios do B Av Ex diretamente subordinado.
14.1.5.3.3 Informar, bimestralmente, ao COTER, a previsão de apoio do B Av Ex
diretamente subordinado, contendo, por data, a quantidade e modelo de
aeronave, local de operação com detalhamento sucinto da operação.
14.1.5.3.4 Assessorar o COTER na elaboração dos PMA e PMAE envolvendo as
OM Av Ex subordinadas ao C Mil A.
14.1.5.3.5 Quando necessário, analisar e encaminhar as OEAvEx e OEEAvEx
enviadas pelo COTER, assessorado pelo B Av Ex diretamente subordinado.
14.1.5.3.6 Informar ao COTER a necessidade de cancelamento de qualquer mis-
são aérea constante em OEAvEx ou OEEAvEx.
14.1.5.4 Comando de Aviação do Exército
14.1.5.4.1 Consolidar, estudar e propor diretamente ao COTER as necessidades
de HV para o ensino e para os treinamentos específicos de todas as UAe para
o ano “A+1”.
14.1.5.4.2 Assessorar o COTER na elaboração das OEAvEx e OEEAvEx.
14.1.5.4.3 Participar, efetivamente, dos planejamentos das Operações Aeromó-
veis ou do emprego isolado de aeronaves, executados pela F Ter.
14.1.5.4.4 Assessorar a OM participante das missões aéreas no planejamento
dos apoios prestados por meios aéreos da Av Ex.
14.1.5.4.5 Informar, diretamente ao COTER, com antecedência, as eventuais
alterações na execução da missão aérea autorizada na OEAvEx e OEEAvEx,
particularmente, nas mudanças de datas, localidades, modelo e quantidade de
aeronave.
14.1.5.4.6 Informar, diretamente ao COTER, o cancelamento de qualquer mis-
são aérea constante da OEAvEx e OEEAvEx, por motivos logísticos internos ou
operacionais da Av Ex.
14.1.5.4.7 Informar às OM Av Ex as HV distribuídas para o preparo da Av Ex.
14.1.5.4.8 Supervisionar as OM Av Ex no que diz respeito aos lançamentos das
informações sobre Esf Ae no SisAvEx.
14.1.5.4.9 Supervisionar, por meio do Sis Av Ex, o consumo das HV distribuídas
às UAe pelo COTER.
14.1.5.4.10 Propor ao COTER mudanças das informações constantes do Sis Av
Ex.
14.1.5.5 Batalhões de Aviação do Exército

14-6
SIMEB
14.1.5.5.1 Receber do C Av Ex as HV distribuídas.
14.1.5.5.2 Assessorar a OM participante das missões aéreas no planejamento
dos apoios prestados por meios aéreos da Av Ex, quando designado para tal.
14.1.5.5.3 Participar dos planejamentos das Operações Aeromóveis ou do em-
prego isolado de aeronaves, executado pela Força Terrestre, quando designado
para tal.
14.1.5.5.4 Planejar, coordenar e executar todo o apoio administrativo às UAe.
14.1.5.5.5 Informar diretamente à Av Ex o cancelamento de qualquer missão
aérea constante da OEAvEx e OEEAvEx, além de cumprir as normas do escalão
superior.
14.1.5.5.6 Manter as informações atualizadas no Sis Av Ex em até três dias
úteis, após o voo ou após a missão.
14.1.5.5.7 Controlar o consumo de HV distribuídas.
14.1.5.5.8 Após receber a OEAvEx e OEAvEx, estabelecer contato telefônico
com a OM apoiada para coordenações necessárias.
14.1.5.6 Organização Militar Apoiada
14.1.5.6.1 Confeccionar o PMA ou o PMAE.
14.1.5.6.2 Encaminhar o PMA ou o PMAE ao C Mil A/ODS para fins de proces-
samento.
14.1.5.6.3 Receber do escalão superior as OEAvEx e OEEAvEx.
14.1.5.6.4 Planejar, coordenar e executar todo o apoio administrativo às UAe.
14.1.5.6.5 Ao ser contactada pela OM Av Ex para a execução de missão aérea,
realizar as coordenações necessárias.
14.1.5.6.6 Informar diretamente à Av Ex o cancelamento de qualquer missão
aérea constante do PMA e OEEAvEx, além de cumprir as normas do escalão
superior.
14.1.5.7 Prescrições Diversas
14.1.5.7.1 Informações complementares estarão disponíveis na intranet do CO-
TER, no link da Divisão de Aviação e Segurança.
14.1.5.7.2 Os modelos de formulários de necessidade de HV para o ano “A+1”,
de PMA e de PMAE estarão disponíveis na intranet do COTER, no link da Divi-
são de Aviação e Segurança.
14.1.5.7.3 As atribuições do CIAvEx serão as mesmas do item 14.1.5.6, no que
for aplicável.

14-7
SIMEB
14.2 APOIO NAVAL DA MARINHA DO BRASIL
14.2.1 CONCEITOS
14.2.1.1 Missão Conjunta (Mis Cj) - é a missão que se caracteriza pelo empre-
go coordenado de embarcações da Marinha do Brasil ou aeronaves da Força
Aérea Brasileira para operações, exercícios, adestramento e atividades adminis-
trativas, sem que haja, no escalão considerado, a constituição de um Comando
único.
14.2.1.2 Organização Militar Apoiada (OM apoiada) - é a Organização Militar que
solicitou apoio da outra Força.
14.2.1.3 Organização Militar Apoiadora (OM apoiadora) - é a Organização Militar
da Marinha ou Força Aérea que apoia uma OM do Exército.
14.2.2 APOIO DA MARINHA
14.2.2.1 Considerações Iniciais
14.2.2.1.1 A Força Terrestre poderá contar com o Apoio Naval na realização de
seus exercícios de Adestramento.
14.2.2.1.2 Este apoio poderá ser realizado pelo transporte (Trnp) de tropa (Tr) ou
Material (Mat) e, também, pelo Apoio de Fogo Naval (Ap F Nav).
14.2.2.1.3 O COTER consolidará e estudará as necessidades do apoio da Mari-
nha ao Exército, bem como estabelecerá as prioridades de apoio.
14.2.2.1.4 Os prazos e o calendário de obrigações relacionadas ao apoio da
Marinha estão estabelecidos no Anexo A do PIM.
14.2.2.2 Atribuições para a Solicitação de Apoio à Marinha do Brasil (C Mil A/
ODG/ODS)
14.2.2.2.1 Elaborar as Solicitações de Missões Conjuntas (SMC), que deverão
conter:
a) o tipo de apoio pretendido (Trnp Mat , Tr ou Ap F Nav);
b) período, área ou porto envolvido;
c) unidade participante e sua organização;
d) necessidade de adestramento preparatório;
e) necessidade de participação da MB nos Plj da tropa terrestre; e
f) efetivo de pessoas, nº e tipo de Vtr; Eqp a embarcar, peso e volume, entre
outros dados julgados relevantes.
14.2.2.2.2 Os C Mil A remeterão as SMC ao COTER e, após recebido o Plano de
Missões Conjuntas (PMC), deverão:

14-8
SIMEB
a) realizar as ligações necessárias para a coordenação junto ao Distrito Naval
(DN) correspondente.
b) estabelecer, ou delegar às OM apoiadas, contato com o DN ou OMMB encar-
regada da missão, para coordenação de detalhes, utilizando-se dos meios de
ligação disponíveis.
c) o Comando de Operações Navais (Com Op Nav) orienta para que seja feito
um contato preliminar com o DN ou OM de Marinha, antes da confecção da
SMC, para verificar a viabilidade técnica do apoio solicitado (se a carga e pes-
soal a serem transportados estão compatíveis com a embarcação solicitada, por
exemplo).
14.2.3 COTER
14.2.3.1 Receber a documentação remetida pelos C Mil A, ODG e ODS, con-
solidá-la e remetê-la ao Comando de Operações Navais (Com Op Nav), para
aprovação.
14.2.3.2 Informar aos C Mil A/ODG/ODS as SMC aprovadas pelo Com Op Nav
(PMC).
14.3 APOIO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
14.3.1 GENERALIDADES
- Por razões diversas, a capacidade atual de apoio por parte da FAB encontra-se
limitada. Assim, é imperioso que haja um planejamento meticuloso e com base
em critérios bem definidos, no qual as missões aéreas solicitadas sejam aquelas
que não poderiam serem cumpridas por outro meio.
14.3.2 Conceitos
14.3.2.1 Solicitação de Missão Conjunta (SMC) - é o documento elaborado pe-
las OM para discriminar suas necessidades de missões conjuntas com a Força
Aérea. Deve ser encaminhado ao C Mil A/ ODG/ ODS/ Brigada de Infantaria Pa-
raquedista/ Comando de Operações Especiais, seguindo o canal de comando,
para consolidação, análise e priorização por parte deste, baseado nas orien-
tações do COTER. As SMC dos C Mil A/ ODG/ ODS/ Brigada de Infantaria Pa-
raquedista/ Comando de Operações Especiais são encaminhadas ao COTER,
em “A”, a fim de serem consolidadas, analisadas e remetidas ao Estado-Maior
da Aeronáutica (EMAER).
14.3.2.2 Plano de Missões Conjuntas (PMC) - é o documento aprovado pelo
EMAER em “A”, no qual constam as Missões Conjuntas do Exército que serão
executadas em “A+1”.
14.3.2.3 Solicitação de Missão Conjunta Extraordinária (SMCE) - é o documento
elaborado pelo C Mil A/ ODG/ ODS/ Brigada de Infantaria Paraquedista/ Coman-
do de Operações Especiais, a qualquer tempo, contendo as necessidades de
14-9
SIMEB
missões aéreas extraordinárias junto à Força Aérea, desde que haja excepcio-
nalidade que justifique a demanda.
14.3.2.4 Tipos de Missões Aéreas - Conforme item 14.3.5.6 do número 14.3.5
Prescrições Diversas.
14.3.3 ATRIBUIÇÕES
14.3.3.1 COTER
14.3.3.1.1 Regular os processos e procedimentos específicos.
14.3.3.1.2 Receber, consolidar e analisar as SMC para o ano “A+1”, oriundas
dos C Mil A/ODG/ODS/ Brigada de Infantaria Paraquedista/ Comando de Ope-
rações Especiais.
14.3.3.1.3 Consolidar e remeter ao EMAER, para aprovação, as SMC para aten-
der a demanda do EB.
14.3.3.1.4 Informar aos C Mil A/ODG/ODS/Brigada de Infantaria Paraquedista/
Comando de Operações Especiais as missões autorizadas pelo EMAER, cons-
tantes do PMC.
14.3.3.1.5 Participar das reuniões de coordenação previstas no COMAE e no
COMPREP.
14.3.3.1.6 Analisar as Solicitações de Missões Conjuntas Extraordinárias reme-
tidas pelos C Mil A/ODG/ODS/Brigada de Infantaria Paraquedista/Comando de
Operações Especiais e, se for o caso, encaminhá-las ao EMAER para fins de
aprovação.
14.3.3.1.7 Estabelecer os contatos necessários com o COMAE e COMPREP, a
fim de coordenar a execução do PMC e, se for o caso, possíveis ajustes.
14.3.3.2 C Mil A/ODG/ODS/Brigada de Infantaria Paraquedista/Comando de
Operações Especiais
14.3.3.2.1 Regular para as OM, sob seu comando, a execução do previsto no
presente capítulo.
14.3.3.2.2 Participar das reuniões de coordenação previstas pelo COTER para
tratar sobre as missões de interesse, por meio de um representante, quando
julgar conveniente.
14.3.3.2.3 Receber, consolidar, analisar e priorizar as SMC dos escalões su-
bordinados para o ano “A+1” e, na sequência, encaminhar o produto final ao
COTER.
14.3.3.2.4 Informar às OM subordinadas as missões autorizadas e constantes
do PMC.
14.3.3.2.5 Analisar as solicitações extraordinárias recebidas e, se for o caso,

14-10
SIMEB
encaminhá-las ao COTER.
14.3.3.2.6 Em casos de extrema necessidade, solicitar ao COTER o ajuste ou
troca de missões já aprovadas em PMC. Quando for o caso, o solicitante deverá
atentar para que não haja discrepância entre o que já havia sido aprovado pelo
PMC e a nova solicitação (finalidade da missão, trechos similares em termos
de distância, passageiros e carga a ser transportada, entre outros). As trocas
se configurarão como missões extraordinárias (apresentadas após a aprovação
do PMC) e somente serão atendidas mediante a troca por uma missão pré-
-aprovada, pertencente ao C Mil A/ODG/ODS/Brigada de Infantaria Paraquedis-
ta/Comando de Operações Especiais. Existe, ainda, a possibilidade indenização
da missão aérea a ser cumprida pela FAB.
14.3.3.2.7 Informar ao COTER, de imediato, o cancelamento ou o cumprimento
parcial das missões aéreas aprovadas pelo PMC, se for o caso. Incluem-se as
missões canceladas ou interrompidas pela FAB.
14.3.3.3 Organização Militar Apoiada
14.3.3.3.1 Planejar as Linhas de Ação alternativas para todas as SMC, pois,
eventualmente, mesmo constando nos PMC, a missão poderá ser cancelada
pela FAB.
14.3.3.3.2 Encaminhar ao escalão enquadrante as SMC necessárias para o ano
“A+1”. O prazo será determinado pelo escalão enquadrante.
14.3.3.3.3 Solicitar missões conjuntas extraordinárias, se necessário, e encami-
nhá-las ao escalão enquadrante.
14.3.3.3.4 Receber do escalão enquadrante as missões autorizadas e constan-
tes do PMC.
14.3.3.3.5 Ao ser contactada pela OM apoiadora da FAB para a execução de
missão aérea, realizar as coordenações necessárias. Nesta oportunidade de-
verão ser fornecidos dados como o plano de carregamento e embarque, peso e
volume de cargas, entre outros, conforme a missão solicitada.
14.3.3.3.6 Informar, diretamente, à OM apoiadora a necessidade de cancela-
mento de qualquer Missão constante do PMC, além de cumprir as normas do
escalão superior.
14.3.4 NÍVEIS DE PRIORIDADE
- Na SMC deverá ser informado o devido nível de prioridade às demandas apre-
sentadas, conforme os conceitos descritos abaixo:
14.3.4.1 PRIORIDADE NÍVEL 1: Missões essenciais para a Força. Impactam
diretamente no cumprimento de sua missão constitucional (Ex: atendimento aos
PEF, missões Aet, outras).

14-11
SIMEB
14.3.4.2 PRIORIDADE NÍVEL 2: Missões importantes para a Força. Impactam
o adestramento e a rotina operacional das Organizações Militares componentes
da Força (Ex: transporte de tropa para exercícios operacionais, outras).
14.3.4.3 PRIORIDADE NÍVEL 3: Missões de suporte da Força. Impactam a par-
te administrativa e o apoio da Força (Ex: transportes administrativos, outras).
14.3.5 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
14.3.5.1 Nos casos de Emprego da Força Terrestre onde haja a necessidade
de apoio da FAB, as solicitações deverão adotar outro procedimento, conforme
descrito abaixo:
14.3.5.1.1 O C Mil A/ODG/ODS/Brigada de Infantaria Paraquedista/Comando de
Operações Especiais encaminharão suas solicitações, consubstanciadas em um
Plano de Trabalho, ao COTER (Chefia de Emprego). O Plano de Trabalho deve-
rá conter as informações necessárias, incluindo a data, o efetivo, o material a ser
transportado e a finalidade da missão.
14.3.5.1.2 A Chefia de Emprego do COTER analisará a solicitação e a encami-
nhará ao MD.
14.3.5.1.3 Após autorização por parte do MD, caberá à FAB estabelecer as con-
dições de atendimento da missão.
14.3.5.2 O planejamento das missões aéreas deverá basear-se em demandas a
serem atendidas, e não calcado em HV.
14.3.5.3 Recomenda-se designar um oficial responsável, em cada C Mil A/ODG/
ODS/ Brigada de Infantaria Paraquedista/ Comando de Operações Especiais,
para ser o contato direto com a Divisão de Aviação e Segurança do COTER para
tratar de questões de missões aéreas.
14.3.5.4 Informações complementares a este anexo, incluindo o modelo de for-
mulário de SMC para “A+1”, estarão disponíveis na intranet do COTER, no link
da Divisão de Aviação e Segurança.
14.3.5.5 O transporte de estrangeiros, civis ou militares, que não integram via-
gens curriculares programadas pelas Escolas de Altos Estudos das Forças Ar-
madas Brasileiras, somente poderão viajar com autorização do Estado-Maior da
Aeronáutica ou do Gabinete do Comandante da Aeronáutica (ICA 4-1/2014, Item
3.5, letra “c”).
14.3.5.6 Tipos de Missões Aéreas
- Para fins de Solicitação de Missão Conjunta junto à Força Aérea, devem ser
considerados os seguintes tipos de missões aéreas.

14-12
SIMEB

Missão Sigla Características


Missão aérea destinada a buscar, detectar, localizar, identifi-
car, acompanhar, neutralizar ou destruir submarinos inimigos, a
Antissubmarino AS fim de prover a defesa de linhas de comunicações marítimas,
de áreas de interesse das operações navais e de outras áreas
relevantes.
Missão aérea destinada a executar a introdução de Forças para-
Assalto quedistas seus equipamentos, prioritariamente por lançamento
Aeroterrestre Ass Aet e eventualmente por meio de pouso, com a finalidade de con-
quistar uma região de significativa importância no terreno para a
consecução dos objetivos das Forças Singulares.
Missão aérea destinada a atacar inimigos na superfície terrestre
ou marítima, conhecendo-se previamente seu valor, localização,
Ataque Atq
estrutura, expectativa de danos e prováveis defesas, a fim de
obter sua neutralização ou destruição.
Missão com o propósito de controlar e dirigir aeronaves para
Controle Aéreo
CAA alvos de superfície previamente localizados e identificados, a fim
Avançado
de neutralizá-los ou destruí-los.
Missão aérea destinada a proporcionar alarme antecipado em
Controle e Alarme
CAV voo contraincursões aéreas, bem como o controle de aeronaves
em Voo
amigas envolvidas em operações aéreas militares.
Missão que tem por finalidade retirar, de uma determinada re-
gião, tropas terrestres ou forças paraquedistas e seus equipa-
Exfiltração Aérea Exft Ae
mentos e colocá-los em local seguro ou de origem, após a reali-
zação de um Assalto Aeroterrestre ou de uma Infiltração Aérea.
Missão aérea destinada a infiltrar tropas ou Forças Especiais
no território inimigo, a fim de realizar ações específicas ou vi-
Infiltração Aérea Infl Ae
sando facilitar ou apoiar o emprego futuro e maciço das Forças
de combate.
Missão aérea destinada à investigação sistemática ou não
de área marítima de interesse, a fim de detectar, localizar, iden-
Patrulha Marítima PATMAR
tificar, acompanhar, neutralizar ou destruir objetivos marítimos
de superfície.
Posto de Comuni- P Com- Missão aérea destinada a garantir o fluxo de informações às
cação no Ar -AR Forças amigas envolvidas em operações militares.
Missão aérea destinada a transferir combustível para aeronaves
Reabastecimento
REVO em voo, a fim de ampliar a autonomia das aeronaves recebe-
em Voo
doras.
Reconhecimento Missão aérea destinada a obter conhecimentos a partir de pla-
Rec Ae
Aéreo taformas aéreas.
Missão aérea destinada a localizar alvos de oportunidade na su-
Reconhecimento
Rec A perfície, em uma área ou rota, a fim de neutralizá-los ou destruí-
Armado
-los.
Missão aérea destinada a movimentar pessoal e material, a
Transporte Aéreo
TAL fim de atender a necessidades logísticas e de ligação de Forças
Logístico
Militares ou de interesse governamental.

14-13
SIMEB

14-14
SIMEB
ANEXO A
MEDIDAS DE GESTÃO DAS FROTAS DE VIATURAS

A.1 Mecânico em função de mecânico - não deve haver mecânicos ocupando


cargos na administração da OM se houver falta de mecânico nas oficinas.
A.2 Cada viatura deve ter um responsável pela manutenção de 1º escalão
- nas condições ideais, cada viatura deve ter um motorista a ela atribuído. Na
falta deles, militares do efetivo profissional da OM devem receber o encargo de
fiscalizar a execução da manutenção de 1º escalão (padrinho de viatura).
A.3 Mecânicos, motoristas e operadores devem ser qualificados e especia-
lizados - se a OM não tem mecânicos e operadores em quantidade suficiente
e ainda não foi contemplada com qualificações gerenciadas pela Diretoria de
Material (D Mat), deve buscar aumentar esses efetivos, qualificando e especiali-
zando seus quadros em estabelecimentos civis locais/regionais ou em parcerias
com a rede de assistência técnica de cada marca das viaturas de sua frota.
A.4 Atenção especial aos motoristas e chefes de viatura - o componente
humano está presente na maioria das causas de acidentes com viaturas, que
sempre deixam prejuízos materiais, com impactos diretos para o sistema de ma-
nutenção. Quando ceifam vidas, são ainda mais contundentes. Ter motoristas
bem formados, permanentemente treinados e conscientes de sua elevada res-
ponsabilidade é parte fundamental da aquisição da capacidade operacional de
cada OM e relaciona-se diretamente com a integridade física de cada militar da
Unidade. Da mesma forma, o chefe de viatura deve receber instrução específica
e deve ser ele o responsável para fiscalizar o cumprimento das normas de segu-
rança e direção defensiva pelo motorista, em qualquer deslocamento.
A.5 Inspeção do material - inspeções, quando praticadas segundo o estabele-
cido pela norma técnica vigente (T9-1100 / Inspeções do Material Bélico Distribu-
ído à Tropa), permitem ao comando, em todos os níveis, conhecer o material de
dotação de sua tropa, o seu estado de conservação, as faltas, as necessidades
de manutenção, a capacitação e existência de mecânicos e auxiliares, manu-
ais, ferramentas, equipamentos e instalações apropriadas, fornecendo subsí-
dios consistentes para a efetiva AÇÃO DE COMANDO. As inspeções devem
ser sistematicamente executadas por todos os escalões de comando, de forma
planejada ou inopinada, e gerar consequências para a melhoria do sistema de
manutenção. Da mesma forma, deve ser valorizada e estimulada a inspeção re-
alizada pelo Comandante da Guarda da OM nas saídas e chegadas de viaturas
do aquartelamento.
A.6 Manutenção como parte obrigatória do adestramento/emprego - as ma-
A-1
SIMEB
nutenções antes, durante e após o uso na instrução e no emprego da tropa de-
vem constar das ordens de instrução/operações, incorporando definitivamente,
no usuário do material, a mentalidade de que o exercício/operação só termina
quando o material nele empregado estiver com sua manutenção executada e
recolhido às garagens e reservas.
A.7 Jornada semanal de manutenção do material - a jornada semanal dedica-
da à manutenção deve efetivamente ocorrer e envolver todo o efetivo da OM na
manutenção do material de dotação, individual e coletivo. As viaturas, pelo seu
alto valor e relevância na operacionalidade das frações, devem receber especial
atenção.
A.8 Conservar mais significa consertar menos - é uma prática, quase uma
filosofia de manutenção, que ensina a privilegiar a manutenção preventiva. Uma
frota com a manutenção preventiva, executada com critério, sempre apresenta
baixos índices de quebra prematura de componentes.
A.9 Plano de Manutenção Preventiva - as operações de manutenção preven-
tiva e suas frequências estão reguladas no Manual Técnico T 9-2810 (Manuten-
ção Preventiva das Viaturas Automóveis do Exército) e nos manuais técnicos
dos fabricantes, sendo que, na vigência das garantias contratuais, as prescri-
ções destes têm prioridade sobre o manual militar. Motoristas e mecânicos de-
vem obedecer ao que prescrevem os manuais das viaturas, tanto na operação
como manutenção, sendo obrigatória a sua leitura e cobrança por parte dos su-
periores imediatos. O Plano de Manutenção Preventiva é documento obrigatório
em qualquer fração que tenha viaturas em sua carga.
A.10 Registro da frota no SISCOFIS - os créditos para atender ao Plano de
Manutenção Preventiva de 1° Escalão são repassados automaticamente para
cada OM, sem necessidade de pedido, tendo como base a frota de viaturas da
OM registrada no Sistema de Controle Físico (SISCOFIS). Dados incorretos ge-
ram repasses incorretos e causam distorções para a gestão da frota pela DMat.
A.11 “Diagonal de uso” da frota - os gestores das frotas de cada OM devem
ter a preocupação de empregar as viaturas de mesmo modelo com a mesma
intensidade. Para tanto, devem estabelecer uma “diagonal de uso”, mantendo as
quilometragens e desgastes em cada grupo de viatura relativamente semelhan-
tes. Os grupos são basicamente constituídos em UTILIZAÇÃO (viaturas em uso
normal, conforme as ações da vida vegetativa da OM), MANUTENÇÃO (viaturas
realizando a manutenção preventiva e/ou corretiva) e GIRO TÉCNICO (viaturas
que rodam o mínimo necessário para preservar o funcionamento dos componen-
tes eletrônicos, sistema de lubrificação e sistema elétrico).
A.12 Manutenção de viatura indisponível ou com baixa frequência de uti-
lização - o aumento do número de veículos nas OM tem levado à prática de
“deixar parada” a viatura que apresente qualquer pane e empregar outra simi-
lar. Essa prática é tanto mais nociva quanto mais tempo a viatura indisponível
A-2
SIMEB
permanecer nessa condição. Os gestores da manutenção devem ser intoleran-
tes com essa situação e exigir a pronta reparação do material indisponível pelo
fornecedor, quando em garantia, pelos executores da manutenção da OM ou
pela OM Log Mnt de apoio. Da mesma forma, viaturas com baixa frequência
de uso devem ser ligadas ao menos três vezes por semana, terem seus pneus
calibrados, filtros separadores de água e cilindros de ar comprimido drenados e
realizarem pequenos deslocamentos, permitindo o funcionamento de todos os
seus sistemas e a verificação de suas condições. Este procedimento é especial-
mente importante para evitar o acúmulo de água e a formação de “borras” no
sistema de alimentação/injeção de combustível dos veículos, situação que pode
comprometer seriamente este sistema. Recomenda-se que o combustível não
permaneça por mais de 60 dias nos tanques das viaturas, devendo ser consumi-
do e renovado dentro deste período.
A.13 Gestão adequada dos recursos para a manutenção - as necessidades
de manutenção corretiva devem ser levantadas por equipes especializadas de
mecânicos das OM Log Mnt das GU/G Cmdo e, após priorização nesses esca-
lões, serem registradas no Sistema de Contrato de Objetivos Logísticos (SIS-
COL). O Contrato de Objetivos Logísticos (COL) é o contrato, celebrado anual-
mente, que define os créditos orçamentários descentralizados pelo COLOG, em
favor do DECEx, Regiões Militares e BaApLogEx. Após a assinatura do COL, o
controle das ações logísticas e eventuais ajustes são feitos através do SISCOL.
Os recursos recebidos devem ser aplicados de forma criteriosa e oportuna na
manutenção do material para o qual foi solicitado no SISCOL. Mudanças nesse
procedimento e falta de tempestividade caracterizam má gestão e geram perda
da eficácia do recurso;
A.14 Guarda das viaturas - sabe-se que a velocidade na aquisição de viaturas
foi muito maior do que a capacidade do Exército em adequar e/ou construir, em
grande número de OM, oficinas compatíveis às necessidades de manutenção
e garagens para manter os veículos sob condições ideais de proteção. É im-
portante, entretanto, que mesmo sem estas condições, o Comandante da OM
busque, dentro do limite de suas possibilidades, acondicioná-las em local o mais
protegido possível, não só das ações danosas do clima, como também de ações
criminosas realizadas por pessoas. A preocupação e as medidas voltadas para
a segurança das viaturas, enquanto permanecem estacionadas, deve ser se-
melhante às adotadas para o armamento, sugerindo-se inclusive que haja um
“pronto” diário.
A.15 Projetos de adequação/construção de instalações de guarda, manu-
tenção, abastecimento, lavagem e lubrificação de viaturas - Todas as OM
devem ter estes projetos registrados no OPUS e, sempre que possível, já licita-
dos. Tal iniciativa permitirá ao Sistema de Obras Militares possuir a exata quan-
tificação dos recursos necessários e sua pronta destinação, quando recebidos.

A-3
SIMEB
A.16 Gestão de suprimentos, insumos para a manutenção - os gestores de
suprimento para manutenção devem ser minuciosos na elaboração dos editais
para a aquisição de insumos, ferramentais e peças de reposição. Ao redigir um
edital, deve-se visualizar a obtenção de peças genuínas (aquelas que são homo-
logadas pela montadora/fabricante do veículo). Ninguém entraria em um avião,
caso soubesse que as peças utilizadas na manutenção não foram genuínas!!
Por que não ter a mesma preocupação com a segurança e a confiabilidade das
viaturas? A redação criteriosa do edital e um processo licitatório bem conduzido,
entretanto, não são suficientes para que se tenha a certeza do recebimento de
itens de qualidade. Antes da homologação, deverão ser realizadas diligências
técnicas nos possíveis ganhadores do certame, certificando-se de sua credibili-
dade e da qualidade dos produtos oferecidos. É preciso, ainda, que os responsá-
veis na OM, em receber estas peças e insumos dos fornecedores, tenham condi-
ções técnicas de identificar a procedência e a qualidade dos itens recebidos, sob
o risco receber materiais de má qualidade e não recomendados pelo fabricante.
Da mesma forma, deve-se evitar a compra de itens de baixa mortalidade e a
formação de níveis de estoque elevados não compatíveis com as demandas e
com os planos de manutenção das viaturas.
A.17 Gestão de serviços terceirizados - devido à complexidade de alguns
sistemas mecânicos e eletrônicos das novas viaturas, relação custo/benefício,
disponibilidade de equipamentos, ferramentais, mecânico militar capacitado,
bem como outros fatores específicos de cada OM, alguns procedimentos de
manutenção poderão ser terceirizados. A D Mat descentraliza recursos com esta
finalidade. A mesma preocupação com a qualidade descrita acima, para os com-
ponentes e insumos, deverá ser seguida, toda vez que a OM optar em realizar
um serviço terceirizado.
A.18 Postos de Lavagem e Lubrificação das OM - tradicionalmente, nas OM,
estas instalações não recebem o tratamento e o valor que deveriam possuir. Di-
ferentemente das frotas mais antigas, que requeriam troca de componentes, re-
apertos e regulagens frequentes, os veículos modernos vêm apresentando cada
vez menor necessidade de intervenções. Neste sentido, para que uma viatura
cumpra o seu ciclo de vida esperado, cresce de importância o gerenciamento e
a execução da “manutenção de posto” (inspeção de componentes e sistemas,
verificação e troca de fluidos, troca de filtros, calibragem de pneus, engraxa-
mento dos pontos de lubrificação e outros procedimentos recomendados pelos
respectivos fabricantes). Para os procedimentos de lavagem é fundamental que
sejam utilizados somente produtos de Ph neutro. Produtos como o óleo diesel e
“solupan”, que agridem a pintura, os componentes de borracha e plásticos, como
o encapamento dos fios elétricos, devem ser proibidos. Também deve ser proi-
bida a lavagem de motores com jateamento de água, pelo potencial dano que
poderá ser causado, tanto ao motor, quanto aos componentes eletrônicos. Desta
forma, os Postos de Lavagem e Lubrificação devem receber especial atenção
das OM e, se possível, estarem sob a responsabilidade de um mecânico expe-
A-4
SIMEB
riente, permanentemente orientando e fiscalizando os trabalhos de manutenção
de 1º escalão realizados pelos motoristas e guarnições nesta instalação, bem
como realizando o correto tratamento e descarte de resíduos, conforme normas
de preservação ambiental.
A.19 Postos de Combustível das OM - a qualidade do combustível é um dos
fatores mais importantes para a manutenção do motor de um veículo em per-
feito estado de funcionamento. Tal afirmativa cresce de importância na medida
em que a frota do Exército vem sendo renovada, com veículos equipados, com
motores gerenciados eletronicamente e possuidores de componentes que re-
duzem a emissão de poluentes, adequando-se às legislações cada vez mais
exigentes relacionadas ao assunto. Por outro lado, os combustíveis utilizados
no Brasil vêm sofrendo aperfeiçoamentos para também se adequarem às exi-
gências ambientais, mas que os tornam, via de regra, mais sensíveis ao tempo
de armazenamento e à absorção de água. A gestão dos combustíveis pelas OM
que possuem este encargo deve ser a mais criteriosa e profissional possível,
tendo influência direta na operacionalidade, confiabilidade e economia de recur-
sos com manutenções onerosas e muitas vezes desnecessárias nos sistemas
de injeção dos veículos.
A.20 Valorização do componente humano do Sistema de Manutenção do
EB - há imprescindibilidade na atenção a esses profissionais, que muitas ve-
zes têm elevada carga de trabalho, num ambiente árido, pouco atrativo, pouco
valorizado e muito exigido. Investimentos em capacitação, equipamentos e ade-
quação de instalações podem melhorar as condições de trabalho, prestigiando e
motivando os militares que compõem a estrutura de manutenção da OM.

A-5
SIMEB

A-6
SIMEB
ANEXO B
PROCEDIMENTOS PARA CONCESSÃO DE
PRODUTOS DE GEOINFORMAÇÃO

B.1 A Diretoria de Serviço Geográfico (DSG) possui 5 Organizações Militares


Diretamente Subordinadas (OMDS), relacionadas a seguir:
a. 1º Centro de Geoinformação (1º CGEO), em Porto Alegre-RS;
b. 2º Centro de Geoinformação (2º CGEO), em Brasília-DF;
c. 3º Centro de Geoinformação (3º CGEO), em Olinda-PE;
d. 4º Centro de Geoinformação (4º CGEO), em Manaus-AM; e
e. 5º Centro de Geoinformação (5º CGEO), no Rio de Janeiro-RJ.

B.2 Cada OMDS possui a responsabilidade de suprir os produtos cartográficos


de região a qual pertence. Tais áreas são denominadas de Áreas de Suprimento
Cartográfico (ASC), que estão assim distribuídas:
a. 1º CGEO: Região Sul (PR, SC e RS);
b. 2º CGEO: Região Centro-Oeste (DF, GO, MS, MT, TO e Triângulo Mineiro);
c. 3º CGEO: Região Nordeste (AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN e SE);
d. 4º CGEO: Região Norte (AC, AM, AP, PA, RO e RR); e
e. 5º CGEO: Região Sudeste (ES, MG (sem Triângulo Mineiro), RJ e SP).

B-1
SIMEB
B.3 As Organizações Militares da Força Terrestre podem solicitar suas deman-
das de cartas topográficas (no formato e tipo de papel do seu interesse), bem
como imagens de satélites, aos Centros de Geoinformação de acordo com as
respectivas ASC. A solicitação de produtos deve ser feita, preferencialmente,
pelo número do Mapa-Indice da Carta (MI ou MIR) - visualizar a figura do mapa-
-índice abaixo - ou pelo seu nome/ escala. Casos especiais devem ser remetidos
à DSG, como por exemplo: confecção de produtos geoespaciais temáticos e
especiais, download de área extensa de Imagem de Satélite.

B.4 O processo de suprimento de produtos de geoinformação, de acordo com as


Instruções Reguladoras para Suprimento de Produtos Cartográficos no Âmbito
do Exército Brasileiro (IR 13-05), segue o fluxo a seguir:

B-2
SIMEB
FLUXOGRAMA DO SUPRIMENTO DE PRODUTOS CARTOGRÁFICOS

B.5 A DSG disponibiliza os seus produtos cartográficos (Cartas Topográficas)


do Sistema Cartográfico Nacional (SCN), nas escalas 1:250.000; 1:100.000;
1:50.000 e 1:25.000 no Banco de Dados Geográficos do Exército (BDGEx)
- Versão Mediador, hospedado no Geoportal do Exército Brasileiro (http://
geoportal.eb.mil.br/mediador) e os produtos de escalas maiores - Não SCN,
assim como as imagens de satélite e produtos temáticos e especiais, no Banco
de Dados Geográficos do Exército - Versão Operações (BDGExOp), por meio da
homepage: bdgexop.eb.mil.br (disponível apenas para EB Net).

B-3
SIMEB
B.6 Todo cidadão brasileiro poderá ter acesso ao BDGEx Versão Mediador,
por meio do Geoportal do Exército Brasileiro (http://www.geoportal.eb.mil.br/),
conforme figura abaixo:

B.7 O interessado pode realizar seu cadastro no BDGEx de forma livre. Após
clicar no link do BDGEx, na página do Geoportal, é disponibilizada a página de
entrada ao Banco de Dados. Nesta página, clicar no botão “Cadastre-se” e será
disponibilizado a opção de preenchimento do formulário, conforme figura abaixo:

B-4
SIMEB
B.8 Após clicar no botão “Clique aqui e preencha o formulário”, o interessado
deve preencher o fomulário apresentado, conforme figura abaixo:

B.9 As credenciais de acesso ao BDGEx são definidas neste formulário por meio
do e-mail e senha cadastrados.

B.10 Todo usuário que se cadastra no BDGEx, recebe automaticamente o Nível


de Acesso 2.

B.11 Os níveis de acesso, publicados na Política de Acesso do BDGEx, no


Geoportal do Exército Brasileiro, estão assim distribuídos:

- Nível 1: acesso como visitante (usuário consegue baixar os produtos em


1:250.000 e os metadados de todos os produtos);

- Nível 2: usuário consegue baixar todos os produtos nas escalas 1:250.000 e


1:100.000, além dos metadados de todos os produtos;

- Nível 3: usuário consegue baixar todos os produtos, em todas as escalas, com


exceção dos produtos vetoriais e Modelos Digitais de Superfície (MDS), nas
B-5
SIMEB
escalas 1:50.000 e 1:25.000. O acesso a este nível será concedido mediante
a remessa e análise da documentação exigida para mudança de nível de
acesso (Termo de Uso do BDGEx, Cópia da Identidade e DIEX de solicitação
(militares) e Termo de Uso do BDGEx, Cópia da Identidade, CPF, Comprovante
de Residência e carta de Solicitação (usuários civis); e

- Nível 4: usuário tem acesso a todos os produtos. Este nível é privativo às


funções de S2, S3, E2 e E3, Chefes das Seções de Imagens dos Comandos
Militares e integrantes do Centro de Inteligência do Exército, para Organizações
Militares das Forças Armadas equivalentes a Grandes Comandos ou Grandes
Unidades e para Órgãos Públicos (realizar contato prévio com a Gerência do
BDGEx, na DSG (Tel. 61 3415-4188) para acertar os termos do compartilhamento
dos dados). O acesso a este nível é concedido mediante a remessa e análise
da documentação exigida para mudança de nível de acesso (Termo de Uso do
BDGEx, Cópia da Identidade e DIEX de solicitação (militares) e Termo de Uso
do BDGEx, Cópia da Identidade, CPF, Comprovante de Residência e carta de
Solicitação (usuários civis), conforme figuras abaixo:

B-6
SIMEB

B-7
SIMEB

NÍVEL DE
REQUISITOS /OBSERVAÇÕES
ACESSO
- Não é realizado cadastro no sistema e o acesso ao BDGEx é feito cmo visitante
NÍVEL 1
externo.
- Cadastro no BDGEx por meio do formulário disponível na página, na aba “Ca-
NÍVEL 2 dastre-se”.
- Não é necessário envio de documentos comprobatórios.
1) Cadastro no BNGEx conforme descrito anteriormente, se ainda não estiver
cadastrado.
2) Envio do Termo de Uso devidamente preenchido e assinado.
3) Envio das cópias dos seguintes documentos:
a) CPF (obrigatório para todos os usuários);
b) Documento de identificação (obrigatório para todos os usuários); e
c) Comprovante de residência (somente para os profissionais autônomos).
4) Envio de DIEx, ofício ou carta de solicitação conforme o tipo de usuário:
a) Militares do Exército
- DIEx - destinado à Diretoria de Serviço Geográfico, assinado pelo Diretor, Che-
NÍVEL 3 fe ou Comandante da OM, anexando o Termo de Uso e a cópia da identidade,
com as identificações de acesso (nome, CPF, email) e o nível desejado.
b) Funcionários de instituções públicas ou privadas ou militares de outras forças
Armadas
- Ofício assinado pela chefia do setor de geoprocessamento ou pelo diretor da
instituição, anexando os documentos acima citados.
c) Profissionais autônomos
- Carta de Solicitação de Acesso devidamente preenchida e assinada, anexando
os documentos acima citados. A carta no formato .odt, .doc ou .pdf
5) A remessa dos documentos poderá ser feita também por meio do seguinte
endereço e-mail: [email protected]
1) Permitido somente para Órgãos Públicos (realizar contato prévio com a Ge-
rência do BDGEx, na DSG (Tel. 61 3415-4188) para acertar os termos do com-
partilhamento dos dados), ou para Organizações Militares das Forças Armadas
equivalente a Grandes Comandos ou Grandes Unidades.
2) Cadastro no BDGEx conforme descrito anteriomente, se ainda não estiver
cadastro.
3) Envio do Termo de Uso devidamente preenchido e assinado.
4) Envio das cópias dos seguintes documentos (obrigatório para todos os usuá-
rios, militares e/ou civis): CPF e documento de identificação;
NÍVEL 4
5) Envio de DIEx ou ofício, anexando os documentos acima citados, conforme o
tipo de usuário, especificando a aplicação e identificando os servidores a serem
atualizados:
a) Militares do Exército
- DIEx - destinado à Diretoria de Serviço Geógráfico, assinado pelo Diretor, Che-
fe ou Comandante da OM, com as idetificações de acesso (nome, cpf, email) e o
nível desado (privativo para as funções de S2, S3, E2 e E3, Chefes das seções
de imagens dos comandos militares e integrantes do Centro de Inteligência do
Exército. Casos especiais serão estudados pela DSG).

B-8
SIMEB

NÍVEL DE
REQUISITOS /OBSERVAÇÕES
ACESSO

b) Funcionários de instituções públicas ou militares de outras Forças Armadas:


- Ofício assinado pelo diretor da instituição, indicando até dois profissionais: no
caso de funcionários de instituições públicas, os mesmos devem trabalhar no
setor de geoprocessamento e no caso de militares de outras Forças Armadas,
NÍVEL 4
deverão ocupar funções compatíveis às exigidas aos militares do EB. Casos
especiais serão estudados pela DSG.
6) A remessa dos documentos poderá ser feita também por meio do seguinte
endereço de e-mail: [email protected]

Definições:
* Nível de acesso: parâmetro atribuido a cada usuário que permite controlar quais as operações
que poderão ser realizadas no sistema.
* Produtos: produtos previstos nas Especificações Técnicas para Produtos de Conjuntos de Da-
dos Geoespaciais (ET-PCDG) disponíveis para o nível de acesso correspondente.
* Escalas: escalas numéricas dos produtos disponíveis para o nível de acesso correspondente.
* Ações: operações disponíveis de acesso correspondente.
* Requisitos\Observações: informações sobre os requistos minimos do usuário ou documentação
necessária para fazer do nível correspondente.
Os documentos comprobatórios devem ser enviados para à DSG, conforme as infomações a
seguir:
Diretor: Gen Brig PEDRO PAULO Levi Mateus Canazio
Endereço: Quartel General do Exército - Bloco “F” - 2º Piso - SMU - CEP: 70530-901 - Brasília –
DF; Fax: (61) 3415-5549
E-mail: [email protected]; Site: http://www.dsg.eb.mil.br

B-9
SIMEB

B-10
SIMEB
ANEXO C
MODELOS DE RELATÓRIOS

C.1 MODELO DE RELATÓRIO DE INSTRUÇÃO MILITAR

Armas nacionais
Cabeçalho (conforme EB 10 – IG – 01.002)

RELATÓRIO DO PERÍODO DE INSTRUÇÃO (BÁSICA, OU DE QUALIFICA-


ÇÃO, OU DA CTTEP, OU DO PAB GLO OU DO PERÍODO DE ADESTRAMEN-
TO BÁSICO OU AVANÇADO)

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS (a critério do C Mil A/DE/RM/BDA/OM)

2. PONTOS FORTES

3. OPORTUNIDADES DE MELHORIA

4. EFETIVO MATRICULADO E CONCLUDENTE DO PERÍODO (para o PAB/


Pel e PAB/SU, detalhar número de frações previstas e número de frações que
realizaram a atividade).

5. EFETIVO QUE REALIZOU O TAF E A QUANTIDADE DE CONCEITOS ACI-


MA DE “B” NO PERÍODO

6. EFETIVO QUE REALIZOU O TAT E A QUANTIDADE DE CONCEITOS ACI-


MA DE “B” NO PERÍODO

7. QUANTIDADE DE OBJETIVOS DE ADESTRAMENTO REALIZADOS E OS


PREVISTOS

8. DOCUMENTOS QUE PRECISAM SER ATUALIZADOS OU ALTERADOS


(Ex: manuais de campanha, cadernos de instrução, diretrizes, programas-pa-
drão deinstrução, PIM, distribuição de tempo e carga-horária, entre outros).

9. ACIDENTES NA INSTRUÇÃO

10. PRÁTICAS DE INSTRUÇÃO CONSAGRADAS QUE POSSAM SER ÚTEIS


NO ÂMBITO DA FORÇA TERRESTRE

11. MEDIDAS PROPOSTAS PARA MELHORIA DO SIMEB E PIM

C-1
SIMEB
C.2 MODELO DE RELATÓRIO DO EXERCÍCIO TÁTICO COM APOIO DE SI-
MULAÇÃO DE COMBATE

Armas nacionais
Cabeçalho (conforme EB 10 – IG – 01.002)
RELATÓRIO DO EXERCÍCIO TÁTICO COM APOIO DE SISTEMA
DE SIMULAÇÃO
(Comando Aplicador)

1. PARTICIPANTES DO EXERCÍCIO

PARTICIPANTES
OM (GU/G Cmdo)
Of Sgt Cb/Sd
Efetivos adestrados (Cmt e EM)
Efetivo de controladores
Efetivo de operadores
Efetivos em apoio

2. CARTAS
a. Cartas utilizadas (MI)
b. Problemas levantados
c. Atualizações necessárias
d. Necessidade de novas folhas

3. APLICAÇÃO DE RECURSOS
a. Destinação dos recursos

DADOS ND R$ DESTINAÇÃO RECURSOS


ND30
ND33
Recursos Repassados
ND39
ND52

b. Necessidade de acréscimo de recursos com justificativa

C-2
SIMEB
4. SISTEMA
a. Necessidade de aperfeiçoamento do Sistema
b. Qualificação de controladores e operadores
c. Sugestões de novas ferramentas para o Sistema
d. Oportunidade de melhorias por função de combate

5. EXECUÇÃO
a. Instalações físicas
b. Cronograma de atividades.
c. Local do exercício (se for remoto especificar onde ficou o Posto de Comando).
d. Período do exercício
e. Objetivos do Adestramento
f. Atividades de planejamento, preparação e execução do exercício

6. OBSERVACÕES DOUTRINÁRIAS
a. Tipos de Operações realizadas
- Operação realizada (citar por exemplo: Foi realizado uma marcha para o com-
bate, com ataque de oportunidade e ataque coordenado, empregando duas
briga­ das e um RCMec realizando flanco-guarda.)
b. Lições aprendidas durante o exercício
- Descrever as observações sobre fatos realizados que necessitam ser difundi-
dos para a Força Terrestre (SFC).
c. Observações para evolução doutrinária
- Descrever as observações sobre o QCP e QDM das OM tipo envolvidas e so-
bre ações que não estão previstas na doutrina e precisam ser reguladas, ou so-
bre aspectos previstos na doutrina e que devem ser melhorados ou modificados
decorrentes de fatos ocorridos no Exercício de Simulação (SFC).

7.CONCLUSÃO
a. Sucinta, de forma a apresentar a opinião do Comando aplicador sobre a vali-
dade do Exercício.
b. Apresentar sugestões para a realização no ano seguinte, como mudanças de
data, modificação de modelo de exercício e outros.
c. Outras julgadas pertinentes.

C-3
SIMEB
C.3 MODELO DE RELATÓRIO DE EXERCÍCIO DE MOBILIZAÇÃO

Armas nacionais
Cabeçalho (conforme EB 10 – IG – 01.002)

RELATÓRIO DO EXERCÍCIO DE MOBILIZAÇÃO

1. FINALIDADE

2. REFERÊNCIAS

3. OBJETIVOS

4. QUADRO RESUMO DA MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS


POSTO
CONVOCADOS NECESSIDADES APRESENTADOS INCORPORADOS
GRAD
Ten
3º Sgt
Cb
Sd
Atdr (sfc)
Total

5. PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES
a. Planejamento
b. Pessoal
c. Saúde e Perícias Médicas
d. Pagamento
e. Instrução
f. Resultado do Tiro de Instrução Básico
g. Logística
h. Transporte
i. Aplicação dos Recursos Financeiros
j. Comunicação Social

C-4
SIMEB
ANEXO D
MODELO DE RELATÓRIO QUANTITATIVO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO
E NO SERVIÇO

Armas nacionais
Cabeçalho (conforme EB 10 – IG – 01.002)

RELATÓRIO QUANTITATIVO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO


E NO SERVIÇO

C Mil A ___________
Mês/ano

TIPO ACIDENTE (1) Quantidade Observação


Acidente com viatura sem vítima, mas com graves da-
2
nos ao material.
Tiro acidental, sem vítima 6 -
Total de acidentes 8

(1) Descrever o tipo de acidente:


- Tiro acidental, sem vítima;
- Acidente na água sem vítima;
- Acidente em Treinamento Físico Militar (TFM);
- Acidente com viatura sem vítima, mas com graves danos ao material; e
- Outros julgados necessários.

D-1
SIMEB

D-2
SIMEB
ANEXO E
MODELO DO RELATÓRIO QUALITATIVO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO
E NO SERVIÇO

Armas nacionais
Cabeçalho (conforme EB 10 – IG – 01.002)

RELATÓRIO QUALITATIVO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO


E NO SERVIÇO

C Mil A ______________
Mês/ano

OM DATA TIPO ACIDENTE (1) DESCRIÇÃO DOS FATOS (2)


Sgt Aluno CARLOS AUGUSTO realizou um
disparo de Fuzil 7,62 mm, dentro do Corpo da
100º BI 14 MAIO Acidente com Armamen-
Guarda, vindo a atingir o Sd CLÁUDIO VIEIRA,
Mtz 18 to, Munição e Tiro
no ombro. O militar atingido foi socorrido e pas-
sou por cirurgias. Aguardando relatório médico.
Durante o deslocamento de um trecho para o
Batalhão, a Vtr militar, conduzindo materiais,
22 MAIO capotou, após o motorista Sgt João, perder o
100º BEC Acidente com viatura
18 controle numa curva. Em consequência o mo-
torista e mais um passageiro veio a óbito. IPM
aberto.
Durante a atividade de PPM, o Cb Geraldo
acidentou-se no Piano, vindo a bater com a
100º 26 MAIO
TFM cabeça em uma das alças, vindo a sofrer um
GAAAe 18
traumatismo craniano. O militar encontra-se no
Hospital aguardando cirurgia

Observações:
- somente utilizado nos casos de óbito, múltiplas vítimas, perda significativa de
material ou sério impacto para a imagem da força. Deverá ser remetido ao CO-
TER logo após a ocorrência do acidente.

(1) Descrever o tipo de acidente: Armamento Munição e Tiro, Treinamento Físico


Militar (TFM), Acidente com viatura (vtr oficial), entre outros.
(2) Descrever sucintamente como ocorreu e quais as circunstâncias.

E-1
SIMEB

E-2
SIMEB
ANEXO F
SISTEMA OPERACIONAL TERRESTRE

F-1
SIMEB

F-2
SIMEB

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


Brasília, DF, 27 de novembro de 2018
www.intranet.coter.eb.mil.br

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