Pet 1º Ano Volume 2
Pet 1º Ano Volume 2
Pet 1º Ano Volume 2
1
SUMÁRIO
EIXO TEMÁTICO:
LINGUAGEM E LÍNGUA.
TÓPICO:
HABILIDADE:
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Interpretação de texto.
1
ATIVIDADES
O CONSULTOR
Um pastor cuidava de suas ovelhas à beira da estrada, quando se aproximou e parou um sensa-
cional carro japonês. O jovem motorista desceu do carrão, elegante dos pés até a cabeça, chegou
ao lado do pastor e lhe disse:
— Se eu adivinhar quantas ovelhas você tem aí, você me dá uma?
O pastor olhou para o rapaz, olhou para aquele monte de ovelhas pastando ao sol e disse:
— Sim.
O rapaz voltou para o carro, ligou seu laptop, entrou num site da NASA, esquadrinhou a área,
gerou um banco de dados, uns 50 gráficos em Excel cheio de matrizes e determinantes, mais um
relatório de 150 páginas impresso na sua mini impressora hightech. Virou para o pastor e disse:
— O senhor tem 1.343 ovelhas aí no pasto.
O pastor respondeu:
— O senhor acertou em cheio, pode pegar a sua ovelha.
O rapaz foi lá, pegou a ovelha e a colocou na traseira da sua Cherokee.
Então, o pastor disse:
— Se eu adivinhar a sua profissão, o senhor me devolve a minha ovelha?
— Certo — respondeu o jovem.
— O senhor é consultor! — disse prontamente o pastor.
— Como o senhor adivinhou? — perguntou o jovem.
— Foi fácil, disse o pastor. Primeiro, porque o senhor veio aqui sem eu o ter chamado; segundo,
porque me cobrou uma ovelha para me dizer o que eu já sabia; e, terceiro, porque não entende
nada do meu negócio, pois acabou pegando o meu cachorro.
Disponível em: http://www.muraljoia.com.br. Acesso em: 28/07/16.
2
5 — Há o predomínio no texto de sequências do tipo:
a) injuntivo.
b) expositivo.
c) narrativo.
d) argumentativo.
6 — No trecho “— Se eu adivinhar quantas ovelhas você tem aí, você me dá uma?”, a forma destacada
introduz:
a) uma ordem.
b) um conselho.
c) uma certeza.
d) uma proposta.
7 — Em “O jovem motorista desceu do carrão, elegante dos pés até a cabeça, chegou ao lado do pastor
[...]”, as vírgulas foram colocadas para indicar:
a) uma inversão.
b) uma enumeração.
c) uma omissão.
d) uma inserção.
3
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
LINGUAGEM E LÍNGUA.
TÓPICO:
HABILIDADE:
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Funções de linguagem.
4
ATIVIDADES
Leia o texto:
Há alguns anos, o autor teatral Plínio Marcos escreveu um texto e, a partir dele, gravou um vídeo
a ser apresentado aos presidiários da Casa de Detenção, em São Paulo. O objetivo era orientar os
detentos sobre os cuidados que eles deveriam ter para evitar o contágio pelo vírus da AIDS.
5
No trecho “Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip,
trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa! (...), as expressões destacadas são gírias próprias de que
grupo social?
Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portugue-
sa, a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sono-
ro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem:
a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo/Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)
6
4 — Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos ligados a variedades da língua portugue-
sa no mundo e no Brasil.
Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras línguas e processos de variação e
de mudança decorridos desse contato. Da comparação entre os textos, conclui-se que a posição
de João de Barros (Texto II), em relação aos usos sociais da linguagem, revela:
a) Atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações a serviço de Portugal possuí-
am e, ao mesmo tempo, de benevolência quanto ao conhecimento que os povos tinham de
suas línguas.
b) Atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das nações sob domínio português, dado o
interesse dos falantes dessas línguas em copiar a língua do império, o que implicou a falência
do idioma falado em Portugal.
c) O desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da variante padrão da língua grega — em
oposição às consideradas bárbaras —, em vista da necessidade de preservação do padrão de
correção dessa língua à época.
d) Adesão à concepção de língua como entidade homogênea e invariável, e negação da ideia de
que a língua portuguesa pertence a outros povos.
e) Atitude crítica, que se estende à própria língua portuguesa, por se tratar de sistema que não
disporia de elementos necessários para a plena inserção sociocultural de falantes não nativos
do português.
7
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
LINGUAGEM E LÍNGUA.
TÓPICO:
HABILIDADE:
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Preconceito linguístico.
8
ATIVIDADES
FRAGMENTO I
S.O.S. Português
Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir
sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita
são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que
a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras
gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar
as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita.
A questão é que nem sempre nos damos conta disso.
S.O.S. Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, no 231, abr. 2010 (fragmento adaptado).
FRAGMENTO II
O assunto tratado no fragmento I é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revis-
ta destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se
marcas linguísticas próprias do uso
a) regional, pela presença do léxico de determinada região do Brasil.
b) literário, pela conformidade com as normas da gramática.
c) técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos.
d) coloquial, por meio do registro de informalidade.
e) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.
9
2 – Leia o texto:
Reprodução/ENEM 2009
A norma-padrão está vinculada à ideia de língua modelo, seguindo as regras gramaticais de acor-
do com o momento histórico e com a sociedade.
Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma-padrão da língua portuguesa é rigo-
rosamente obedecida por meio
a) do emprego do pronome demonstrativo “esse” em “Por que o senhor publicou esse livro?”.
b) do emprego do pronome pessoal oblíquo em “Meu filho, um escritor publica um livro para parar
de escrevê-lo!”.
c) do emprego do vocativo “Meu filho”, que confere à fala distanciamento do interlocutor.
d) da necessária repetição do conectivo no último quadrinho.
10
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
LINGUAGEM E LÍNGUA.
TÓPICO:
HABILIDADE:
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ambiguidade.
11
ATIVIDADES
1 — Como se sabe, toda e qualquer interlocução está condicionada a alguns requisitos básicos para que
haja uma perfeita sintonia entre os elementos envolvidos (emissor 3 receptor). Partindo desse pres-
suposto, comente acerca de algumas ocorrências que porventura interferem em tal materialização,
especialmente sobre a ambiguidade.
Quando analisada, o que se percebe é que a construção sintática apresenta algumas inadequa-
ções — fato que possibilita o termo “doente” adquirir interpretações distintas. Com base nessa
premissa, analise:
a) Quais seriam essas interpretações?
b) As inadequações, por vezes constatadas, levam-nos a crer que o discurso carece de uma re-
formulação. Assim sendo, retrate as formas pelas quais essa mudança se manifestaria, tendo
em vista a importância de uma mensagem clara e objetiva.
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3 — Leia o texto abaixo:
Perigo
Árvore ameaça cair em praça do Jardim Independência
Um perigo iminente ameaça a segurança dos moradores da rua Tonon Martins, no Jardim
Independência. Uma árvore, com cerca de 35 metros de altura, que fica na Praça Conselheiro
da Luz, ameaça cair a qualquer momento. Ela foi atingida, no final de novembro do ano pas-
sado, por um raio e, desde este dia, apodreceu e morreu, a árvore, de grande porte, é do tipo
Cambuí e está muito próxima à rede de iluminação pública e das residências. “O perigo são as
crianças que brincam no local”, diz Sérgio Marcatti, presidente da associação do bairro.
(Juliana Vieira, Jornal Integração, 16 a 31 de agosto de 1996).
c) Na placa abaixo, podemos encontrar o mesmo tipo de ambiguidade que havia na declaração
de Sérgio Marcatti. O que tornaria divertida a leitura da placa?
Cuidado escola!
4 — Leia as frases abaixo e verifique se há ambiguidade em cada uma delas. Se necessário for, faça as
alterações convenientes para adequá-las à norma padrão.
a) A menina pegou o ônibus correndo.
b) Visitamos o centro folclórico e o teatro cuja qualidade artística é tamanha.
c) A mãe viu o filho chegando em casa bem tarde.
d) A candidata deixou a plateia emocionada.
e) O psicólogo examinou o paciente preocupado.
13
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
Álgebra.
TEMA 1:
Expressões Algébricas.
TÓPICO:
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Nesta semana você irá recordar dois casos especiais de produtos notáveis e fatoração de binômios e trinômios
fique a vontade para aprofundar e buscar mais conhecimento seguindo algumas dicas.
14
Produtos notáveis, o que são?
Você percebeu que existem situações da vida real relacionadas a formas geométricas. Vamos observar,
em particular, uma pedra que é utilizada para pavimentação de ruas e calçadas, como mostrado abaixo.
(a + b)
(a + b)
(a + b)
A opção para a pavimentação desse calçamento foi utilizar pedras em formato de cubo. É comum ver-
mos ruas e passeios com diversos mosaicos desenhados a partir de pedras em formatos geométricos.
Essa representação é somente para ilustrar que a matemática está em toda parte, basta olharmos ao
nosso redor.
Considerando que uma das arestas mede, em centímetros, (a + b), complete a tabela a seguir.
a) a b (a + b) 2 a 2 + 2ab + b 2 (a + b) 3 a3 + 3a 2b + 3ab 2 + b 3
3 2
1 5
15
ATIVIDADES
1 — a) Considere para a e b os valores atribuídos nas duas primeiras colunas e complete a tabela
a seguir.
a b (a + b) 2 a 2 + b 2 a 2 + 2ab + b 2 (a — b) 2 a 2 — b 2 a2 — 2ab + b 2
3 2
1 0
b) Considere para x e y os valores atribuídos nas duas primeiras colunas e complete a tabela
a seguir.
x y (x + y) 3 x 3 + y 3 (x — y) 3 x 3 — y 3
2 —4
1 0
Recordando conceitos:
Exemplo: Vamos desenvolver a expressão (3x — 2y)2 ?
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O quadrado de um binômio é igual ao quadrado do primeiro termo, mais (ou menos se o bi-
nômio é uma diferença) o dobro do produto do primeiro pelo segundo termo, mais o quadrado
do segundo termo:
3 — Complete os espaços:
a) ( + 3)2 = a2 + 6a +
4 — Sabemos que (a + b)2 = (—a — b)2. É correto afirmar que (a + b)3 = (—a — b)3? Por quê?
5 — Sem usar uma calculadora, utilize as fórmulas do quadrado do binômio e do cubo do binômio para
obter os valores das seguintes potências:
a) 492 =
b) 9952 =
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6 — Aplicando os produtos notáveis, desenvolva ou reduza as seguintes expressões algébricas:
a) (x — 3)2 + (x + 3)3 =
b) (x — y)3 — x (x + y)2 =
d) (m — 3n) 2 — (m + 3n)2 =
7 — Vamos exercitar agora o cálculo de área usando os binômios, mas antes faça a seguinte experi-
ência:
(3x + 2y)
18
b) Calcule o volume do cubo, desenvolvendo a expressão utilizando produto notável.
(2a + 2b)
• Explique com suas palavras o que você entende por quadrado e por cubo de um binômio.
Fatoração. O que é?
Fatoração é uma técnica que consiste em transformar soma ou subtração de expressões algébricas em
produto. A fatoração pode ser útil para a simplificação de sentenças matemáticas.
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Agora que tal algumas atividades para que possa recordar sua aplicação?
1 — Identifique assinalando o tipo de fatoração que se aplica a cada um dos binômios a seguir.
8p³ + q³ x4 — y4 125r 9 — 1
Soma de cubos ( ) Soma de cubos ( ) Soma de cubos ( )
Diferença de cubos ( ) Diferença de cubos ( ) Diferença de cubos ( )
Diferença de quadrados ( ) Diferença de quadrados ( ) Diferença de quadrados ( )
20
SEMANA 2
Álgebra.
TEMA 2:
Expressões Algébricas.
TÓPICO:
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Estudo do movimento, energia, leis da física, trabalho e potência, reações químicas, cálculo do IMC, escalas
em mapas, distância entre cidades etc.
Nesta semana você irá recordar o que é equação de 1º grau e como resolver uma equação de 1º grau, tema impor-
tante que irá auxiliar na compreensão do conceito de função.
21
1 — Leia o texto a seguir.
O ouro em seu estado mais puro (24 quilates) é frequentemente considerado mole de-
mais para uso em joalheria. O ouro pode ser misturado ou ligado a um ou mais metais para
produzir a resistência e as características de cor desejadas. O ouro puro é denominado ouro
1.000 ou 24 quilates (24K).
Na realidade, o ouro nunca tem uma pureza total e a classificação mais alta cai para
999 pontos. O ouro 24K dito como 100% puro equivale a 999 pontos na escala europeia. O ouro
18K, que tem uma pureza de 75%, equivale a 750 pontos. Com uma onça de ouro (31,103 g)
pode-se recobrir uma superfície correspondente a 30 m2 ou trefilar um fio de aproximadamente
90 km de comprimento.
Fragmento de “Balanço Mineral Brasileiro — 2001 (Ouro).” Arquivo disponível em: HYPERLINK "http://www.dnpm.gov.br/
dnpm/paginas/balanco-mineral/arquivos/balanco-mineral-brasileiro-2001-ouro". Acesso em: 29 de abril de 2020.
a) Se o ourives quiser ter um tom de ouro amarelo em ouro 18K, deve mesclar 12,5% de prata
fina e o restante de cobre. Considerando x como a quantidade que representa o cobre nessa
liga metálica, marque qual das duas equações abaixo representa corretamente a mistura de
metais descrita na situação apresentada. Justifique sua escolha e resolva a equação, deter-
minando o valor de x.
0,125 + X = 0,75 + 1 0,125 + X + 0,75 = 1
Trajeto percorrido por Luis x + 4,8 2 (x + 1,2) Trajeto percorrido por Jéssica
Resolvemos a equação
x + 4,8 = 2(x + 1,2)
x + 4,8 = 2x + 2,4
4,8 — 2,4 = 2x — x
22
ATIVIDADES
3 — A cobrança pelo plano mensal de uma operadora de celular é feita da seguinte forma: R$ 45,00
de taxa fixa mais R$ 0,80 por mensagem enviada e R$ 1,20 por minuto de ligação. Se em um mês
um usuário desse plano enviou 32 mensagens e sua conta mensal foi R$ 208,60, qual foi a dura-
ção total, em minutos, das ligações feitas por ele neste mês?
5 — (ENEM 2009) Um grupo de 50 pessoas fez um orçamento inicial para organizar uma festa, que seria
dividido entre elas em cotas iguais. Verificou-se ao final que, para arcar com todas as despesas,
faltavam R$ 510,00, e que 5 novas pessoas haviam ingressado no grupo. No acerto foi decidido que
a despesa total seria dividida em partes iguais pelas 55 pessoas. Quem não havia ainda contribuído
pagaria a sua parte, e cada uma das 50 pessoas do grupo inicial deveria contribuir com mais R$ 7,00.
De acordo com essas informações, qual foi o valor da cota calculada no acerto final para cada uma
das 55 pessoas?
a) R$ 14,00
b) R$ 17,00
c) R$ 22,00
d) R$ 32,00
e) R$ 57,00
23
7 — A soma das idades de três irmãos, que nasceram com espaçamento de dois anos entre eles, é
36 anos. Qual a é a idade do irmão mais velho?
a) 8 anos.
b) 10 anos.
c) 12 anos.
d) 14 anos.
8 — (ENEM 2010) O Salto Triplo é uma modalidade do atletismo em que o atleta dá um salto em um só
pé, uma passada e um salto, nessa ordem. Sendo que o salto com impulsão em um só pé será feito
de modo que o atleta caia primeiro sobre o mesmo pé que deu a impulsão; na passada ele cairá
com o outro pé, do qual o salto é realizado.
Disponível em: www.cbat.org.br (adaptado).
Um atleta da modalidade Salto Triplo, depois de estudar seus movimentos, percebeu que, do se-
gundo para o primeiro salto, o alcance diminuía em 1,2 m, e, do terceiro para o segundo salto, o
alcance diminuía 1,5 m. Querendo atingir a meta de 17,4 m nessa prova e considerando os seus
estudos, a distância alcançada no primeiro salto teria de estar entre:
a) 4,0 m e 5,0 m.
b) 5,0 m e 6,0 m.
c) 6,0 m e 7,0 m.
d) 7,0 m e 8,0 m.
e) 8,0 m e 9,0 m.
9 — (ENEM 2017)
24
10 — As escalas de temperatura Kelvin e Celsius têm uma correspondência no ponto de gelo e ponto
de ebulição, conforme apresentado na tabela a seguir. Qual é a temperatura correspondente na
escala Celsius para uma temperatura de 400 Kelvin? Considere o quadro abaixo para resolver
o problema.
Celsius 0° 100°
Kelvin 273 373
11 — (ENEM 2016) O Índice de Massa Corporal (IMC) pode ser considerado uma alternativa prática, fá-
cil e barata para a medição direta de gordura corporal. Seu valor pode ser obtido pela fórmula
Massa
IMC = , na qual a massa é em quilograma e a altura, em metro. As crianças, naturalmente,
(Altura) 2
começam a vida com um alto índice de gordura corpórea, mas vão ficando mais magras conforme
envelhecem, por isso os cientistas criaram um IMC especialmente para as crianças e jovens adul-
tos, dos dois aos vinte anos de idade, chamado de IMC por idade.
Uma mãe resolveu calcular o IMC de seu filho, um menino de dez anos de idade, com 1,20 m de
altura e 30,92 kg.
Para estar na faixa considerada normal de IMC os valores mínimo e máximo que esse menino
precisa emagrecer, em quilograma, devem ser respectivamente:
a) 1,12 e 5,12.
b) 2,68 e 12,28.
c) 3,47 e 7,47.
d) 5,00 e 10,76.
e) 7,77 e 11,77.
25
SEMANA 3
Álgebra.
TEMA 2:
Expressões Algébricas.
TÓPICO:
11.2. Resolver problemas que envolvam um sistema de duas equações do primeiro grau com duas incógnitas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Integra como ferramenta que auxilia no desenvolvimento de cálculos para melhor compreensão dos dados
relacionados à Educação ambiental, sustentabilidade e preservação da biodiversidade. Como por exemplo:
balanceamento de equações químicas, redes elétricas, controle de fluxo de veículos etc.
Nesta semana, você irá recordar o que é um sistema de equações lineares e como resolver um sistema de equa-
ções lineares, com duas equações e duas incógnitas, dando sequência no desenvolvimento de conhecimentos
prévios para aprofundamento do tema função, que será iniciado na próxima semana.
26
Recordando conceitos
Pense na seguinte pergunta: Um número somado a 5 é igual a 12, que número é esse?
x + 5 = 12
Sempre existe uma única resposta para um problema matemático?
O que pode acontecer para que uma pergunta tenha mais de uma resposta?
Esta pergunta pode ter mais de uma resposta?
Vamos pensar agora em outra situação.
Dois números somados resultam 10, em quantas respostas você consegue pensar?
Nesta situação, você responderia o mesmo para as questões:
Sempre existe uma única resposta para um problema matemático?
O que pode acontecer para que uma pergunta tenha mais de uma resposta?
Esta pergunta pode ter mais de uma resposta?
Assim, temos que uma equação linear de duas incógnitas possui infinitas soluções e, por isso, pode
representar diversos resultados, dependendo da situação proposta. Veja o exemplo a seguir.
(ENEM 2017) Uma pessoa encheu o cartão de memória de sua câmera duas vezes, somente com víde-
os e fotos. Na primeira vez, conseguiu armazenar 10 minutos de vídeo e 190 fotos. Já na segunda, foi
possível realizar 15 minutos de vídeo e tirar 150 fotos. Todos os vídeos possuem a mesma qualidade de
imagem entre si, assim como todas as fotos. Agora, essa pessoa deseja armazenar nesse cartão de
memória exclusivamente fotos, com a mesma qualidade das anteriores.
Disponível em: www.techlider.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
1 — Escreva uma equação para cada uma das situações apresentadas abaixo e duas possíveis solu-
ções em cada caso.
a) Um número mais o dobro de outro é 12. Quais são esses números?
b) Uma mãe reparte entre seus dois filhos o valor de R$ 5 000,00. Quanto ela dá para cada um de
seus filhos?
27
2 — Em um estacionamento há motos e carros. No total podemos contar 78 rodas. Responda:
a) É possível que haja 20 carros? Por quê?
3 — (ENEM 2015) Uma barraca de tiro ao alvo de um parque de diversões dará um prêmio de R$
20,00 ao participante, cada vez que ele acertar o alvo. Por outro lado, cada vez que ele errar o
alvo, deverá pagar R$ 10,00. Não há cobrança inicial para participar do jogo. Um participante deu
80 tiros e, ao final, recebeu R$ 100,00.
Qual foi o número de vezes que esse participante acertou o alvo?
a) 30 d) 60
b) 36 e) 64
c) 50
Você sabia que uma equação linear com duas incógnitas é representada graficamente por uma reta?
Vamos praticar um pouco na construção das soluções das equações lineares por meio de tabelas
e gráficos?
Exemplo: Represente em uma tabela algumas soluções que satisfaçam a equação x + y = 2 e, depois,
represente os pares ordenados no plano cartesiano.
x y = —x + 2 (x, y)
—2 4 (—2, 4)
—1 3 (—1, 3)
0 2 (0, 2)
1 1 (1, 1)
2 0 (2, 0)
3 —1 (3, —1)
28
4 — Para cada uma das equações abaixo, determine 5 pares ordenados que as satisfaçam. Utilize
tabelas, como no exemplo anterior, para encontrar os pares.
a) 2x + y = 6
b) x + y = 7
c) 7x + y = 11
d) 0,5x — y = 7
Responda:
a) Quais as coordenadas dos pontos em que a reta corta os eixos X e Y?
c) Quantas soluções tem a equação? Determine, pelo menos, 4 pares ordenados de pontos que
pertençam à reta.
29
Recordando conceitos sobre os sistemas de equações lineares com duas incógnitas.
Solução:
Represente por x a quantidade de bombons grandes e por y a quantidade de bombons pequenos que
Maria irá fabricar. Com isso, se tem as seguintes equações:
∙5 xx ++ 3yy==100450
Resolução do sistema:
Isolando x na segunda equação: x = 100 — y.
Substituindo essa expressão que fornece x na primeira equação:
5 (100 — y) + 3y = 450
500 — 5y + 3y = 450
2y = 50
y = 25
Substituindo esse valor de y na equação x = 100 — y se obtém x = 100 — 25 = 75.
30
ATIVIDADES
5
a) 2x — 3y = 4
x—y=3
5
b) x — 3y = —21
3x + 14y = 121
5
c) 6x — 4y = 20
x — 2y = —2
5
d) —12x — y = 33
7x — 8y = 58
2 — Um cientista tem duas provetas (recipiente para líquidos) e cada uma delas está cheia com uma
substância química (plutônio ou patetônio). Se a capacidade dos dois recipientes somados é
375 ml e sua diferença é 75 ml, quanto ele possui de cada substância, sabendo que ele possui mais
plutônio que patetônio?
31
SEMANA 4
TEMA 5:
Funções.
TÓPICO:
HABILIDADE(S) DO CBC:
8.1. Identificar uma função linear a partir de sua representação algébrica ou gráfica.
8.3. Reconhecer funções do primeiro grau como as que têm variação constante.
8.5. Representar graficamente funções do primeiro grau.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Função: noção, domínio, contradomínio, conjunto imagem, gráfico, plano cartesiano, sinal, crescimento e
decrescimento, máximos e mínimos, simetrias, taxa média de variação.
Essa habilidade contribui para a Física, a Química e Biologia no desenvolvimento do estudo de temas diver-
sos como poluição, reações nucleares, produção de energia elétrica, reações químicas de interesse am-
biental, etc., por meio da análise crítica de dados relacionados às variáveis ou gráficos divulgados sobre os
temas em diferentes mídias sociais.
Nesta semana, daremos início ao estudo de funções. Inicialmente, apresentaremos o conceito de grandeza e, em
seguida, por meio de alguns exemplos, a definição de função.
32
Recordando: O que é uma grandeza?
Grandeza é tudo aquilo que pode ser contado ou medido, por meio da comparação com um padrão, que se
constitui como unidade de medida. Exemplo de grandezas: comprimento, área, volume, massa, energia,
temperatura, tempo e velocidade.
Exemplos:
1 — A altura de uma criança depende de sua idade. Quanto maior a idade, maior a altura, sendo que em
certa idade a altura se estabiliza, ou seja, fica constante.
2 — Duas grandezas são diretamente proporcionais se a variação de uma delas provoca a variação da
outra na mesma razão. Um exemplo:
Estudantes do 5º ano montam bicicleta que carrega celular a pedaladas: Dispositivo acoplado ao
pneu gera corrente elétrica que carrega aparelho. Projeto foi apresentado em Feira Tecnológica
de escola de Porto Alegre.
Considerando que temos uma dessas bicicletas adaptadas para carregar celulares e, hipoteti-
camente, podemos carregar quatro celulares, com velocidade mediana, por hora de pedaladas.
Considere, também, que todos celulares estão descarregados totalmente.
Horas de pedaladas 1 2 3 4 5 6 7
Celulares recarregados
33
Definindo o que é função
As duas propriedades que tornam uma relação entre grandezas uma função entre essas grandezas são:
I. Para cada valor de uma variável independente, há um valor correspondente da variável dependente.
II. A cada valor da variável independente corresponde um único valor da variável dependente.
Em linguagem matemática:
Uma função é uma relação entre duas variáveis x e y, de maneira que para cada valor de x, há
um único valor de y correspondente, que é chamado de imagem do elemento x.
Como o valor de y é dependente do valor de x, se diz que y é uma variável dependente e x uma
variável independente.
Uma variável y pode também ser representada por f(x), ou seja, y = f(x), sendo x a variável
independente e y a variável dependente. O símbolo f(x) deve ser lido como: “f de x”. Neste caso,
a função f é que relaciona as duas variáveis.
Um exemplo: a função y = 150 + 25x também pode ser escrita como f(x) = 150 + 25x.
No caso do exemplo 2, a expressão matemática que descreve a função é f(x) = 4x, sendo que f(x)
representa o número de celulares recarregados e x representa o número de horas pedaladas.
Você sabia que existe uma fórmula, que é uma função, para calcular a área da superfície do
seu corpo? Ela é dada por: A = √h ? m/60 em que h é a altura, em centímetros, e m é a massa da
pessoa, em quilogramas.
Vamos praticar! Com essa fórmula, calcule a área da superfície do seu corpo.
34
ATIVIDADES
1 — Represente a função f que relaciona cada número inteiro com o seu sucessor.
Podemos representar essa relação usando 3 formas: tabela, diagrama e gráfico. Veja como e faça
o mesmo nas questões posteriores.
Tabela Diagrama
Ao representar a função em uma Em um diagrama de flechas podemos relacionar
tabela temos: os elementos por meio de setas partindo
do conjunto do domínio da função para o con-
junto imagem:
x ... —2 —1 0 1 ...
y ... —1 0 1 2 ...
Expressão Algébrica
Podemos representar a função f como uma expressão algébrica. Se x representa um número inteiro, a
expressão x + 1 representa seu sucessor. Então temos que f (x) = x + 1.
Vamos praticar.
2 — Determine, em cada caso, se a relação entre as variáveis corresponde ou não a uma função.
a) Um número natural e seu oposto.
b) A medida do lado de um quadrado e sua área.
c) A quantidade de respostas corretas em uma prova e a nota final obtida.
35
3 — Determine a expressão algébrica, que permite modelar a relação existente entre os valores
assumidos pelas grandezas x e y, nos dois casos indicados nas tabelas abaixo.
a)
x 1 2 3 4 5 6 7
y 5 7 9 11 13 15 17
b)
x 2 3 4 5 6
y 8 12 16 20 24
4 — De acordo com o gráfico de uma função f, na figura abaixo, quais das seguintes proposições
são verdadeiras?
I. f (—2) + f (2) = 0
II. f (1) = f (—1)
III. f (2) = f (—1) + f (3)
Agora, vamos começar a entender alguns casos especiais de funções. Nesta semana, o foco é a
Função Afim.
36
5 — Vamos analisar a seguinte questão do ENEM (2015):
Após realizar uma pesquisa de mercado, uma operadora de telefonia celular ofereceu aos clientes
que utilizavam até 500 ligações ao mês o seguinte plano mensal: um valor fixo de R$ 12,00 para os
clientes que fazem até 100 ligações ao mês. Caso o cliente faça mais de 100 ligações, será cobrado
um valor adicional de R$ 0,10 por ligação, a partir da 101ª até a 300ª; e caso realize entre 300 e 500
ligações, será cobrado um valor fixo mensal de R$ 32,00.
Com base nos elementos apresentados, o gráfico que melhor representa a relação entre o valor
mensal pago nesse plano e o número de ligações feitas é:
a) d)
e)
b)
c)
Solução:
No primeiro intervalo de 0 a 100, o preço é constante, de 101 a 300 variável e de 301 a 500 volta a ser
constante. O gráfico que mostra isso é o B.
Esse tipo de problema traz uma função cuja lei de formação é do tipo: f(x) = ax + b com a ≠ 0; essa função
é chamada afim e sua representação gráfica será sempre uma reta.
Sua vez!
37
6 — (ENEM 2016) Um dos grandes desafios do Brasil é o gerenciamento dos seus recursos naturais,
sobretudo os recursos hídricos. Existe uma demanda crescente por água e o risco de racio-
namento não pode ser descartado. O nível de água de um reservatório foi monitorado por um
período, sendo o resultado mostrado no gráfico. Suponha que essa tendência linear observada
no monitoramento se prolongue pelos próximos meses.
Mês
Nas condições dadas, qual o tempo mínimo, após o sexto mês, para que o reservatório atinja o
nível zero de sua capacidade?
a) 2 meses e meio.
b) 3 meses e meio.
c) 1 mês e meio.
d) 4 meses.
e) 1 mês.
x —2 0 2
g(x) 3 0 —1
38
Representamos graficamente ambas as funções:
8 — Um ônibus interestadual viaja a uma velocidade constante. Uma tela mostra aos passageiros a
distância já percorrida e o tempo transcorrido, como apresentado abaixo.
39
9 — (ENEM 2017) Um sistema de depreciação linear, estabelecendo que após 10 anos o valor monetário
de um bem será zero, é usado nas declarações de imposto de renda de alguns países. O gráfico
ilustra essa situação.
Uma pessoa adquiriu dois bens, A e B, pagando 1 200 e 900 dólares, respectivamente.
Considerando as informações dadas, após 8 anos, qual será a diferença entre os valores mone-
tários, em dólar, desses bens?
a) 30.
b) 60.
c) 75.
d) 240.
e) 300.
10 — (ENEM 2018) Uma indústria automobilística está testando um novo modelo de carro. Cinquenta
litros de combustível são colocados no tanque desse carro, que é dirigido em uma pista de testes
até que todo o combustível tenha sido consumido. O segmento de reta no gráfico mostra o resul-
tado desse teste, no qual a quantidade de combustível no tanque é indicada no eixo y (vertical), e
a distância percorrida pelo automóvel é indicada no eixo x (horizontal).
40
11 — (ENEM 2018) A raiva é uma doença viral e infecciosa, transmitida por mamíferos. A campanha na-
cional de vacinação antirrábica tem o objetivo de controlar a circulação do vírus da raiva canina
e felina, prevenindo a raiva humana. O gráfico mostra a cobertura (porcentagem de vacinados)
da campanha, em cães, nos anos de 2013, 2015 e 2017, no município de Belo Horizonte, em Minas
Gerais. Os valores das coberturas dos anos de 2014 e 2016 não estão informados no gráfico e de-
seja-se estimá-los. Para tal, levou-se em consideração que a variação na cobertura de vacinação
da campanha antirrábica, nos períodos de 2013 a 2015 e de 2015 a 2017, deu-se de forma linear.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINAS GERAIS. SEE. Conteúdo Básico Comum de Matemática. 2005. Educação Básica — Ensino Médio.
NETO. Angelo Papa. Material Teórico — Módulo Funções — Noções Básicas. Portal da Matemática.
OBMEP. Sistemas de Equações do Primeiro Grau. Disponível em: https://portaldaobmep.impa.br/uploads/
material/sistemas.pdf. Acesso em: 29/04/2020.
PARENTE, Ulisses Lima. Material Teórico — Módulo de Produtos Notáveis. Disponível em: https://
portaldaobmep.impa.br/uploads/material_teorico/qgimc3csnd54.pdf. Acesso em: 30/04/2020.
PARENTE, Ulisses Lima. Material Teórico — Módulo de Fatorações de Expressões Algébricas. Dispo-
nível em: https://portaldaobmep.impa.br/uploads/material_teorico/bs0axetxj9k48.pdf. Acesso em:
30/04/2020.
REVISTA MALBA. Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática (Caem). Edição III. Ano III.
Maio de 2018. Disponível em: https://www.ime.usp.br/caem/auxiliares/revista_malba_2018.pdf. Acesso
em: 28/05/2020.
SITES CONSULTADOS:
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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
ENERGIA.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos podem ser retomados ao longo do estudo da Geografia onde o professor, utilizando a Habili-
dade 27, conduzirá o aluno a entender e diagnosticar os problemas que a globalização trouxe para o meio
ambiente em termos de desequilíbrio ecológico.
43
TEMA: O MUNDO EM QUE VIVEMOS
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai poder conhecer melhor como o nosso ecossistema é forma-
do e qual a importância de cada ser vivo na sua manutenção.
— Ecossistema: É o conjunto dos relacionamentos que a fauna, flora, microrganismos (fatores bióticos)
e o ambiente, composto pelos elementos solo, água e atmosfera (fatores abióticos) mantém entre si.
Todos os elementos que compõem o ecossistema se relacionam com equilíbrio e harmonia e estão
ligados entre si.
— Comunidade: é formada por todos os organismos que vivem em uma área, em um determinado
período de tempo, ou seja, todas as populações viventes de uma região. Alguns autores definem ainda
a comunidade como a parte viva de um ecossistema.
— Cadeia alimentar: É uma sequência de seres vivos em que um serve de alimento para outro. Nessa
rota, a energia e a matéria dos alimentos são transferidas de um nível para outro. Cada ser vivo é
essencial para a cadeia alimentar, e a eliminação de um desses organismos no ecossistema pode levar
ao desequilíbrio ambiental, afetando toda a cadeia.
44
ATIVIDADES
1 — (ENEM 2017) Ao percorrer o trajeto de uma cadeia alimentar, o carbono, elemento essencial e
majoritário da matéria orgânica que compõe os indivíduos, ora se encontra em sua forma inor-
gânica, ora se encontra em sua forma orgânica. Em uma cadeia alimentar composta por fi-
toplâncton, zooplâncton, moluscos, crustáceos e peixes ocorre a transição desse elemento
da forma inorgânica para a orgânica. Em qual grupo de organismos ocorre essa transição?
a) fitoplâncton
b) zooplâncton
c) moluscos
d) crustáceos
e) peixes
2 — (ENEM 2015) Bioindicador ou indicador biológico é uma espécie ou grupo de espécies que reflete
o estado biótico ou abiótico de um meio ambiente, o impacto produzido sobre um habitat, comu-
nidade ou ecossistema, entre outras funções. A posição trófica do organismo bioindicador é uma
das características mais relevantes quanto ao seu grau de importância para essa função: quanto
mais baixo o nível trófico do organismo, maior é a sua utilidade, pois pressupõe-se que toda a ca-
deia trófica é contaminada a partir dele.
ANDRÉA, M. M. Bioindicadores ecotoxicológicos de agrotóxicos. Disponível em: www.biologico.sp.gov.br.
Acesso em: 11 mar. 2013 (adaptado).
O grupo de organismos mais adequado para essa condição, do ponto de vista da sua posição na
cadeia trófica, é constituído por:
a) algas.
b) peixes.
c) baleias.
d) camarões.
e) anêmonas.
3 — (UFV-MG) “As formas de vida encontradas a grandes profundidades nos ecossistemas mari-
nhos são necessariamente heterotróficas”. A afirmativa a seguir acima está correta? Justifique
sua resposta.
45
4 — Cerca de 70% da superfície da Terra é coberta por água do mar e abaixo dessa superfície a água
atinge uma profundidade média de 3,8 quilômetros. Os ecossistemas marinhos abrigam grande
biodiversidade, mas parte dela vem sendo ameaçada pela pesca predatória. Na tentativa de con-
trolar o problema, medidas governamentais têm sido adotadas, como a proibição da pesca em
período reprodutivo e a restrição do uso de redes de malhas finas.
Como a proibição da pesca em período reprodutivo e como a restrição a redes de malhas finas
minimizariam o problema da pesca predatória, contribuindo para a sustentabilidade da pesca?
Explique.
5 — Monte uma cadeia alimentar típica dos oceanos, considerando a presença de quatro
níveis tróficos.
46
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
ENERGIA.
TEIA DA VIDA.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
Ciclo do carbono, nitrogênio e água e o papel dos decompositores no reaproveitamento dos mate-
riais. Reconhecer que os elementos químicos tais como carbono, oxigênio e nitrogênio ciclam nos
sistemas vivos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os ciclos biogeoquímicos também podem ser retomados no estudo dos elementos químicos no componente
de química.
47
TEMA: O CICLO DA MATÉRIA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai poder conhecer melhor como os compostos químicos são
importantes na constituição e manutenção da vida no planeta! Vamos começar....
Os ciclos biogeoquímicos são processos que ocorrem na natureza para garantir a reciclagem de ele-
mentos químicos no meio. São esses ciclos que possibilitam que os elementos interajam com o meio
ambiente e com os seres vivos, ou seja, garantem que o elemento flua pela atmosfera, hidrosfera, li-
tosfera e biosfera. Os principais ciclos biogeoquímicos encontrados na natureza são o ciclo da água,
do carbono, do oxigênio e do nitrogênio.
48
• Fatores que influenciam a velocidade de um ciclo biogeoquímico
A velocidade em que um elemento circula no meio abiótico e biótico depende de vários fatores. A na-
tureza do elemento que participa do ciclo, por exemplo, pode determinar se a ciclagem ocorrerá de
maneira lenta ou rápida. Normalmente um ciclo gasoso é mais rápido que um ciclo sedimentar. Outro
ponto importante para a velocidade da ciclagem dos nutrientes é a taxa de crescimento dos seres
vivos e sua decomposição. A taxa de crescimento de uma espécie afeta diretamente a cadeia alimen-
tar e, consequentemente, o fluxo de um elemento nessa cadeia. Já a decomposição, se ocorre lenta-
mente, afeta a liberação dos nutrientes para o meio. O homem também exerce um importante papel
nos ciclos biogeoquímicos. Por meio de certas atividades, como a agropecuária, o homem consegue
alterar a dinâmica natural de um ecossistema, modificando as vias seguidas por determinado elemento
no ciclo. Além disso, a poluição, extração de minerais e a produção de energia podem afetar a ciclagem
dos elementos.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Ciclos biogeoquímicos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/
biologia/ciclos-biogeoquimicos.htm. Acesso em: 01 de junho de 2020.
49
ATIVIDADES
50
4 — (ENEM 2009) O ciclo biogeoquímico do carbono compreende diversos compartimentos, entre os
quais a Terra, a atmosfera e os oceanos, e diversos processos que permitem a transferência de
compostos entre esses reservatórios. Os estoques de carbono armazenados na forma de recur-
sos não renováveis, por exemplo, o petróleo, são limitados, sendo de grande relevância que se
perceba a importância da substituição de combustíveis fósseis por combustíveis de fontes reno-
váveis. A utilização de combustíveis fósseis interfere no ciclo do carbono, pois provoca:
a) aumento da porcentagem de carbono contido na Terra.
b) redução na taxa de fotossíntese dos vegetais superiores.
c) aumento da produção de carboidratos de origem vegetal.
d) aumento na quantidade de carbono presente na atmosfera.
e) redução da quantidade global de carbono armazenado nos oceanos.
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SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
Evidências e explicações sobre evolução dos seres vivos. Comparar as explicações utilizadas por Darwin e
por Lamarck sobre as transformações dos seres vivos. Reconhecer que os seres vivos se transformam ao
longo do tempo evolutivo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos podem ser retomados ao longo do estudo da Geografia onde o professor, pode rever o conceito
de fósseis e sua importância para conhecer a história do nosso planeta.
52
TEMA: EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai poder conhecer melhor como aconteceu os primeiros
estudos sobre a evolução dos seres vivos. Vamos conhecer dois cientistas que marcaram a história
da ciência.
A Teoria da Evolução descreve o desenvolvimento das espécies que habitavam ou habitam o planeta
Terra. Assim, as espécies atuais descendem de outras espécies que sofreram modificações ao lon-
go do tempo e transmitiram novas características aos seus descendentes. Charles Darwin, autor de
“Origem das Espécies” (1859) é um dos grandes nomes sobre teorias relacionadas ao evolucionismo.
A sua teoria baseia-se na seleção natural das espécies e é aceita até hoje.
• Criacionismo
A Teoria da Criação ou “Criacionismo” aponta para a origem do Universo e da vida através de explicações
mítico-religiosas, as quais não estariam sujeitas às evoluções ou transformações ocorridas na evolução
das espécies e sim de um Criador. O criacionismo destaca-se como oposta à ciência evolutiva, sendo
discutido por diversas civilizações e gerando diversas hipóteses acerca da criação do mundo, sendo
que cada religião o abordou de diferentes maneiras.
• Lamarckismo
O naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829) foi muito importante para o desenvolvimento
das ideias evolucionistas, tendo publicado o livro “Filosofia Zoológica” com suas conclusões em 1809.
O conjunto de suas teorias é denominado de “Lamarckismo”. Ele propunha a “Lei do uso e desuso” que
consistia no desenvolvimento ou atrofiamento de partes do corpo, de acordo com seu uso ou desuso,
respectivamente. Com isso, tais características seriam passadas ao longo do tempo para as gerações
seguintes, o que ele explicou na “Lei da transmissão dos caracteres adquiridos”.
• Darwinismo
A teoria da evolução das espécies tem como principal articulador o naturalista britânico Charles
Darwin (1809-1882) sendo o conjunto de suas teorias evolutivas nomeada de “Darwinismo”. Darwin
afirmou que os seres vivos, inclusive o homem, descendem de ancestrais comuns, que modificam-se
ao longo do tempo. Assim, as espécies existentes foram evoluindo de espécies mais simples que
viveram antigamente.
A seleção natural foi o princípio utilizado por Darwin para defender a sua teoria. Desse modo, somente
as espécies adaptadas às pressões do ambiente, são capazes de sobreviver, se reproduzir e gerar
descendentes.
53
Para Lamarck, a evolução se dava pelo uso e desuso de partes do corpo. Enquanto isso, Darwin acredi-
tava que o ambiente atuava na seleção das características vantajosas. A partir de suas observações e
pesquisas, as principais ideias de Darwin foram:
— Indivíduos de uma mesma espécie apresentam diferenças entre si, resultado de variações entre as
suas características;
— Indivíduos com características vantajosas às condições do ambiente possuem mais chances de so-
breviver do que aqueles que não apresentam tais características;
— Indivíduos com características vantajosas também possuem mais chances de deixar descendentes.
Quando falamos da teoria da evolução de Charles Darwin não podemos deixar de mencionar outro per-
sonagem, o naturalista britânico Alfred Russel Wallace (1823-1913). Ele desenvolveu uma teoria seme-
lhante a de Darwin sobre a evolução das espécies. Wallace enviou a Darwin os seus manuscritos e em
1858 a teoria da evolução foi publicada no nome dos dois naturalistas. Porém, por Charles Darwin ser
mais reconhecido, acabou por receber o mérito e prestígio de criador da teoria.
Texto disponível em: https://www.todamateria.com.br/teoria-da-evolucao/
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ATIVIDADES
1 — Sabemos que Jean-Baptiste Lamarck foi um dos primeiros estudiosos que compreenderam
que o meio poderia de alguma forma influenciar na evolução dos seres vivos. Apesar de algumas
conclusões errôneas, esse pesquisador foi muito importante para a biologia evolutiva.
Marque a alternativa que indica os dois pontos principais da teoria que ficou conhecida por lamar-
ckismo.
a) Seleção natural e mutação.
b) Lei do uso e desuso e seleção natural.
c) Lei do uso e desuso e lei da necessidade.
d) Lei da herança dos caracteres adquiridos e lei do uso e desuso.
e) Seleção natural e lei da herança dos caracteres adquiridos.
2 — Existem várias evidências que sustentam o fato de que a evolução aconteceu e acontece nos
dias atuais. Dentre elas, podemos citar os fósseis, que são restos ou vestígios preservados da
existência de organismos que viveram no passado. A respeito dos fósseis, marque a alternativa
incorreta:
a) Os fósseis evidenciam que, há milhares de anos, as espécies existentes eram diferentes
das atuais.
b) Através dos fósseis, é possível observar claramente a evolução de cada espécie, pois não há
falhas no registro fóssil.
c) Com o uso dos fósseis, é possível até mesmo entender as condições climáticas da época em
que aquele organismo viveu.
d) Para descobrir a idade de um fóssil, muitos pesquisadores utilizam o método de datação com
carbono 14.
e) Nem todos os seres que morrem tornam-se fósseis, uma vez que uma série de condições
especiais é necessária para que a fossilização aconteça.
3 — Sabemos que a seleção natural é um ponto importante da teoria criada por Charles Darwin. Mar-
que a alternativa incorreta a respeito da ideia de seleção natural:
a) Segundo a teoria da seleção natural, o mais forte sobrevive.
b) Segundo Darwin, os organismos estão constantemente lutando pela sobrevivência e apenas
os mais aptos sobrevivem.
c) Os seres mais aptos possuem maior chance de reproduzir-se e deixar descendentes.
d) Superbactérias são um exemplo clássico de seleção natural.
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4 — (UFTM) Um estudante do ensino médio, ao ler sobre o tegumento humano, fez a seguinte afirma-
ção ao seu professor: “o homem moderno não apresenta tantos pelos como os seus ancestrais,
pois deixou de usar esses anexos como isolante térmico. Isso só foi possível porque o homem
adquiriu uma inteligência que permitiu a confecção de roupas, protegendo-o do frio.” Diante
dessa informação dada pelo aluno, o professor explicou que isso:
a) não ocorreu e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Lamarck, que pressupõe
que estruturas do corpo que não são solicitadas desaparecem e essas características adqui-
ridas são transmitidas aos descendentes.
b) não ocorreu e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Lamarck, que pressupõe
que existe variação genotípica entre indivíduos, sendo que aqueles portadores de caracterís-
ticas adaptativas conseguem sobreviver e deixar descendentes.
c) não ocorreu e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Stephen Jay Gould, que
pressupõe que os seres vivos não se modificam por interferência ambiental, mas sim por alte-
rações genéticas intrínsecas.
d) ocorreu de fato e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Darwin, que pressu-
põe que os seres vivos com características adaptativas favoráveis têm maiores chances
de viver.
e) ocorreu de fato e a informação está de acordo com a teoria evolutiva de Darwin, que pressu-
põe que os seres vivos por necessidade vão se modificando ao longo do tempo.
56
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
Características gerais dos cinco reinos de seres vivos. Identificar as características que diferenciam os or-
ganismos dos cinco reinos de seres vivos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos podem ser retomados ao longo do estudo da Geografia e Química com assuntos diversos como,
decomposição da matéria orgânica e de compostos inorgânicos no meio terrestre e aquático.
57
TEMA: CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS 5 REINOS DOS SERES VIVOS
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai poder conhecer melhor as características dos 5 Reinos dos
seres vivos descritos na natureza.
Classificar os seres vivos não é uma tarefa fácil, e até hoje esse desafio não foi solucionado com-
pletamente. Apesar de vários pesquisadores trabalharem desde a Antiguidade para conseguir a
classificação dos organismos menos falha possível, nenhuma classificação proposta está isenta
de problemas.
Inicialmente, os sistemas de classificação eram simples, até porque mecanismos genéticos e evolu-
tivos não eram conhecidos como nos dias atuais. Lineu, por exemplo, classificava os seres vivos em
apenas dois grupos: Reino Animal e Reino Vegetal. Com o conhecimento dos organismos microscópios,
percebeu-se que não era possível classificar os seres vivos apenas em animais e vegetais. Surgiu, en-
tão, em 1866, o termo protista, que posteriormente foi chamado de Reino Protista, para classificar orga-
nismos microscópios eucariontes que não se enquadravam como animais ou vegetais. As bactérias só
ganharam seu espaço em 1956, quando surgiu o Reino Monera, que reunia os organismos procariontes.
Em 1969, criou-se o sistema conhecido como os Cinco Reinos. Esses reinos foram propostos por
Whittaker e até hoje estão presentes na maioria dos livros didáticos, apesar de novas classificações
estarem sendo propostas a todo tempo.
58
• Cinco Reinos dos Seres Vivos
Os cinco reinos propostos por Whittaker são: Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi, Reino Animalia
e Reino Plantae. A seguir listaremos as principais características de cada um desses reinos:
Reino Monera: Esse reino engloba todos os organismos procariontes existentes, ou seja, todos os or-
ganismos que não apresentam núcleo delimitado por membrana nuclear. Nesse grupo, todos os repre-
sentantes também são unicelulares, e o modo de nutrição pode ser autotrófico ou heterotrófico. Como
exemplo de representantes do Reino Monera, podemos citar as bactérias e as cianobactérias.
Reino Protista: Esse reino, que atualmente é chamado de Protoctista, engloba seres unicelulares e
pluricelulares, eucariontes, autotróficos ou heterotróficos. Como exemplo de representantes desse
reino, podemos citar algas uni e multicelulares e protozoários.
PARA SABER MAIS — Veja o vídeo do “Os cinco reinos dos seres vivos”, disponível no endereço a
seguir: https://www.youtube.com/watch?v=eCEOc7J_nqU. Total: 8 min — Canal Descomplica.
59
ATIVIDADES
No texto são mencionados três tipos de organismos que pertencem a três diferentes Reinos.
Os organismos dos três Reinos possuem uma característica em comum, ou seja, todos:
60
3 — Explique porque alguns autores não consideram os vírus como sendo seres vivos.
SAIBA MAIS …
Você poderá aprofundar seus conhecimentos buscando outras fontes de informações:
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=mrLIJ2K0QH4
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=YB-zfUXDBHA
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=gyGWN_Vk2ps
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FAVARETTO, José Arnaldo. BIOLOGIA: Unidade e Diversidade — volume 1. São Paulo. Editora FTD,
1a Edição.
CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson,
R.B. 2010. Biologia. 10a ed. Artmed, Porto Alegre, 1488 p.
Coleção de Estudos — Biologia — Editora Bernoulli.
LOPES, Sônia.; ROSSO, Sérgio. BIO — Volume 1. São Paulo. Editora Saraiva, 3a Edição, 2016.
61
Cadeia Alimentar. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/biologia/cadeia-alimentar.htm#:~:
text=Cadeia%20alimentar%20%C3%A9%20uma%20sequ%C3%AAncia,de%20um%20n%C3%
ADvel%20para%20outro.>. Acesso em: 28 de mar. de 2020.
62
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos tratados nesta habilidade, (3.1. Reconhecer a ocorrência de Transformações Químicas), es-
tabelecem conexão com os outros componentes curriculares, Biologia e Física, quando trabalhados
de forma problematizadora.
63
TEMA: TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai associar alguns fenômenos do cotidiano com as propriedades
e transformação da matéria.
Reflexão
A CAMADA DE OZÔNIO ESTÁ SE RECUPERANDO
O buraco na camada de ozônio sobre a Antártica está diminuindo e com isso a circulação do ar na
atmosfera está mudando — o fluxo de ar acima da superfície do planeta é o responsável pelos ventos.
Com dados de satélites e simulações climáticas, a cientista Antara Banerjee e seus colegas da Univer-
sidade Colorado Boulder estabeleceram modelos para a mudança no padrão dos ventos provocadas
pela recuperação da camada de ozônio.
A razão desta recuperação é em grande parte causada pelo Acordo de Montreal, estabelecido em 1987,
que proibiu a produção de substâncias nocivas à camada de ozônio. Antes do ano 2000, uma corrente de
ar denominada fluxo da latitude média no hemisfério sul estava se deslocando gradualmente em direção
ao Polo Sul. Outra corrente de ar tropical chamada célula de Hadley, responsável pela mudança nos ven-
tos, ciclos de chuva tropicais, furacões e desertos subtropicais, estava se ampliando.
Banerjee e seu time de pesquisadores descobriram que estas duas tendências pararam e tiveram uma
pequena reversão em 2000. Esta mudança não poderia ser explicada por flutuações casuais no clima e
Banerjee diz que ela está diretamente ligada às alterações na camada de ozônio.
Fonte: CICLOVIVO. Disponível em: https://ciclovivo.com.br/planeta/crise-climatica/a-camada-de-ozonio-esta-se-recuperando/.
Acesso em: 19 de abril 2020.
Conceitos Básicos:
Fenômeno é toda e qualquer transformação que ocorre com a matéria, pode ser classificado em físico
ou químico.
Fenômeno químico é todo aquele que ocorre com a formação de novas substâncias. Um fenômeno quí-
mico, como a combustão, transforma uma substância em outra, com diferentes propriedades químicas.
Exemplo: após a combustão de um fósforo, a composição da cinza e da fumaça é totalmente diferente do
palito inicialmente presente. O fenômeno químico altera a natureza da matéria.
Fenômenos físicos causam transformações da matéria sem ocorrer alteração de sua composição quí-
mica. É todo fenômeno que ocorre sem que haja a formação de novas substâncias.
Exemplo: mudanças de estado físico da matéria. A água pode se encontrar no estado sólido, líquido ou ga-
soso, mas sua molécula H2O continua a mesma, ou seja, o fenômeno físico altera apenas a forma da matéria.
ALVES, Líria “Fenômenos Físicos e Químicos” Brasil Escola. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/
estrategias-ensino/fenomenos-fisicos-quimicos.htm Acesso em: 09 de maio de 2020.
Para aprender mais, assista ao vídeo — Introdução à Química: Fenômenos Físicos e Químicos. Ciência
em ação. Produção de Paulo Valim. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JBGL8WPq-Kg
Acesso em: 09 de maio de 2020.
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
64
ATIVIDADES
1) “O reflexo da luz nas águas onduladas pelos ventos lembrava-lhe os cabelos de seu amado”.
2) “A chama da vela confundia-se com o brilho nos seus olhos”.
3) “Desolado, observava o gelo derretendo em seu copo e ironicamente comparava-o ao
seu coração.”
4) “Com o passar dos tempos começou a sentir-se como a velha tesoura enferrujando no fundo
da gaveta.”
65
4 — (UFSC) As transformações que ocorrem em um sistema podem ou não ocasionar alteração na
constituição da matéria envolvida. De acordo com o enunciado, estão corretas as associações:
66
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos tratados nesta habilidade (3.2. Reconhecer e representar TQ por meio de equações), estabele-
cem conexão com os outros componentes curriculares, Biologia e Física, quando trabalhados a partir da pers-
pectiva do Ensino de Ciências por Investigação.
67
TEMA: REAÇÕES QUÍMICAS
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai entender, as propriedade e transformações da matéria.
Conceitos Básicos:
REAÇÕES QUÍMICAS
As substâncias podem combinar-se com outras substâncias transformando-se em novas substâncias.
Para estas transformações damos o nome de Reações Químicas.
Reação Química é um fenômeno onde os átomos permanecem intactos. Durante as reações,
as moléculas iniciais são “desmontadas” e os seus átomos são reaproveitados para “montar”
novas moléculas.
No nosso cotidiano, há muitas reações químicas envolvidas, como por exemplo, no preparo de alimentos,
a própria digestão destes alimentos no nosso organismo, a combustão nos automóveis, o aparecimento
da ferrugem, a fabricação de remédios, etc.
EQUAÇÃO QUÍMICA
A forma que representamos a reação química chama-se Equação Química. Equação Química — é a
representação gráfica da reação química. Nela colocamos os elementos que estão envolvidos na re-
ação, de forma abreviada, e como ela aconteceu, através de símbolos já padronizados. As Equações
Químicas representam a escrita usada pelos químicos e de forma universal, ou seja, é a mesma em
qualquer país. As substâncias que participam da reação química são chamadas de produtos ou rea-
gentes na equação química.
Reagentes (1o membro) — são as substâncias que estão no início da reação. São as que irão reagir,
sofrer a transformação.
Produtos (2o membro) — são as substâncias resultantes da reação química. Exemplo: Duas moléculas
de gás hidrogênio juntam-se com uma molécula de gás oxigênio formando duas moléculas de água.
2H2 + O2 → 2 H2O
“Reações Químicas” Portal do Professor/MEC. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/
materiais/0000016774.PDF Acesso em: 07 de maio de 2020.
Para aprender mais — Assista ao vídeo — Transformações Químicas — Manual do Mundo. Produção
de Iberê Thenório. FTD Educação. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OpO7541XQwo
Acesso em: 08 de maio de 2020.
68
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
2 AgBr → 2 Ag + Br2
69
3 — O consumo de ácido sulfúrico pode ser utilizado como um indicador do desenvolvimento de um
país. Industrialmente, esse ácido pode ser obtido a partir da pirita de ferro, que consiste basica-
mente em sulfeto ferroso (FeS). Classifique as equações de obtenção industrial do ácido sulfúrico
mostradas a seguir:
4 — (UFRJ) A reação que representa a formação do cromato de chumbo II, que é um pigmento amarelo
usado em tintas, é representada pela equação:
5 — Nos botes salva-vidas, comumente se utiliza hidretos para compor a reação química que faz este
dispositivo inflar.
a) Qual é o componente (reagente) usado para reagir com a água?
b) Quais são os produtos da reação e qual deles é responsável por inflar o bote?
Fonte: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-quimica/
exercicios-sobre-tipos-reacoes-reacoes-no-cotidiano.htm
70
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos tratados nesta habilidade (3.4. Reconhecer a conservação da massa das TQ), estabelecem cone-
xão com os outros componentes curriculares, Biologia e Física, quando trabalhados de forma problematizado-
ra.
71
TEMA: LEI DE LAVOISIER
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana, você vai estudar a Lei de Conservação da Massa.
Conceitos Básicos
Essa lei também pode ser enunciada pela famosa frase: “Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo
se transforma”.
Para compreender melhor a Lei de Lavoisier considere a experiência: Coloca-se 65 g de zinco dentro
de um vidro contendo 98 g de ácido sulfúrico e em seguida fecha-se o vidro. Na reação química que
ocorre entre as duas substâncias há formação de sulfato de zinco e desprendimento de hidrogênio.
A massa do sulfato de zinco somada com a massa do hidrogênio desprendido será de 163 g.
Através do experimento podemos chegar à mesma conclusão que Lavoisier: Em um sistema fechado,
quando duas ou mais substâncias reagem entre si, a massa total dos produtos é igual à soma das mas-
sas dos reagentes. Durante as reações químicas não há criação nem perda de massa, o que ocorre é a
transformação das substâncias reagentes em outras substâncias.
Exemplo:
PARA APRENDER MAIS — Assista ao vídeo: Lei de Lavoisier/ Leis Ponderais. Brasil Escola. Produção Canal Brasil
Escola. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=d-5oHTPpS9w Acesso em: 07 de maio de 2020.
72
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — O cálcio reage com o oxigênio produzindo o óxido de cálcio, mais conhecido como cal virgem.
Foram realizados dois experimentos, cujos dados estão alistados na tabela a seguir de forma
incompleta:
Descubra os valores de x, y e z com o auxílio das Leis de Lavoisier (Lei de Conservação das Massas)
e de Proust (Lei das Proporções Constantes).
3 — Na reação de neutralização do ácido clorídrico pelo hidróxido de magnésio, sabe-se que 73 g do ácido
reage com 58 g do hidróxido com formação de 36 g de água. Baseado nessas informações e utilizando
a Lei de Lavoisier, determine a massa do outro produto dessa reação, o cloreto de magnésio.
73
4 — (FUVEST-SP) Os pratos A e B de uma balança foram equilibrados com um pedaço de papel em cada
prato e efetuou-se a combustão apenas do material contido no prato A. Esse procedimento foi
repetido com palha de aço em lugar de papel. Após cada combustão, observou-se:
Experimento 1:
Reagente A: solução aquosa de nitrato de prata.
Reagente B: pó de cloreto de sódio.
Produtos: cloreto de prata sólido e solução aquosa de nitrato de sódio.
Experimento 2:
Reagente A: solução aquosa de cloreto de hidrogênio.
Reagente B: pó de carbonato de sódio.
Produtos: água líquida, gás carbônico e solução aquosa de cloreto de sódio.
Designando por I a massa inicial de cada conjunto (antes da mistura) e por F1 e F2 suas massas
finais (após misturar) tem-se:
a) Experimento 1: F1 = I; experimento 2: F2 = I
b) Experimento 1: F1 = I; experimento 2: F2 > I
c) Experimento 1: F1 = I; experimento 2: F2 < I
d) Experimento 1: F1 > I; experimento 2: F2 > I
e) Experimento 1: F1 < I; experimento 2: F2 < I
Exercícios sobre Lei de Lavoisier Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/
exercicios-quimica/exercicios-sobre-lei-lavoisier.htm Acesso em: 07 de maios de 2020.
74
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos tratados nesta habilidade (3.4. Reconhecer a conservação da massa das TQ), estabelecem co-
nexão com os outros componentes curriculares, Biologia e Física, quando trabalhados de forma problema-
tizadora.
75
TEMA: LEI DE PROUST
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai entender a Lei das Proust.
Conceitos Básicos
A Lei de Proust também é conhecida como Lei das proporções constantes ou lei das proporções defini-
das. Essa lei foi inserida pelo químico francês Joseph Louis Proust (1754-1826), que realizou experimentos
com substâncias puras e concluiu que, independentemente do processo usado para obtê-las, a composi-
ção em massa dessas substâncias era constante. A Lei de Proust é definida assim:
As massas dos reagentes e produtos participantes de uma reação mantêm uma proporção constante.
SOUZA, Líria Alves de. "Lei de Proust ". Mundo da Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/lei-proust.htm.
Acesso em: 07 de maio de 2020.
PARA APRENDER MAIS — Assista ao vídeo: Lei de Lavoisier/ Leis Ponderais. Brasil Escola. Produção
Canal Brasil Escola. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8k1fYoyomBU&t=235s
Acesso em: 07 de maio de 2020.
76
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
2 — Foram realizados três experimentos envolvendo a reação de síntese entre o nitrogênio e o hidro-
gênio para a obtenção da amônia. Os dados obtidos estão alistados na tabela a seguir. Demonstre
a Lei de Proust baseando-se nesses resultados.
3 — (VUNESP) Foram analisadas três amostras (I, II e III) de óxidos de enxofre, procedentes de fontes
distintas, obtendo-se os seguintes resultados:
77
4 — (UEL-PR) 46,0 g de sódio reagem com 32,0 g de oxigênio formando peróxido de sódio. Quantos
gramas de sódio serão necessários para obter 156 g de peróxido de sódio?
a) 23,0
b) 32,0
c) 69,0
d) 78,0
e) 92,0
Exercícios sobre Lei de Proust. Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-quimica
/exercicios-sobre-lei-proust.htm Acesso em: 07 de maio de 2020.
5 — Agora, caro aluno(a), baseado nos conceitos abordados no plano de estudo tutorado que envol-
veram Propriedades e Transformação da matéria, Lei de Lavoisier e Lei de Proust, responda o
desafio mencionado abaixo, justifique sua resposta com base nos conteúdos abordados durante
todo o processo das atividades e pesquisas.
Desafio
• Pesquise sobre a formação da camada de ozônio identificando as respectivas reações químicas
em especial a reação do ozônio com os CFC’s.
78
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
79
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Através dessa equação podemos determinar a posição de um corpo de acordo com o passar do tempo,
conhecendo-se sua posição inicial e sua velocidade.
80
• Se o movimento é regressivo, ou retrógrado, então a velocidade é negativa e a função é decrescente,
∆s
v=
∆t
Através da função horária do movimento de um corpo, pode-se traçar o gráfico que descreve seu
movimento:
500 — 100
v=
4—0
v = 100 km/h
s = s0 + v ? t
s = 100 + 100 ? t
81
ATIVIDADES
1 — Uma partícula descreve movimento retilíneo uniforme. A função horária da posição, com unida-
des do Sistema Internacional de Unidades, ou seja, posição em metros, tempo em segundos e
velocidade em m/s, é: s = —2,0 + 5,0 ? t; neste caso, podemos afirmar que a velocidade escalar da
partícula é:
a) —2 m/s e o movimento é regressivo.
b) —2 m/s e o movimento é progressivo.
c) 5,0 m/s e o movimento é progressivo.
d) 5,0 m/s e o movimento é regressivo.
2 — A posição de um móvel, em movimento uniforme, varia com o tempo conforme a tabela que segue.
S (m) 25 21 17 13 9 5
T (s) 0 1 2 3 4 5
3 — Sabendo que a posição de um corpo varia com o tempo, e obedece a seguinte função horária do
espaço: s = —100 + 25 ? t, determine:
a) o espaço no instante 8s.
b) o instante quando o móvel passa na origem das posições.
c) Informe se o movimento do móvel é progressivo ou retrógrado.
82
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
83
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
ACELERAÇÃO
Toda mudança de velocidade é causada por uma aceleração. Para definirmos matematicamente acele-
ração precisamos saber informações do intervalo de tempo e da velocidade antes e depois da mudança
nos valores, velocidade inicial e velocidade final, respectivamente, e sua representação é descrita pela
seguinte equação:
variação da velocidade (velocidade final — velocidade inicial)
aceleração =
intervalo de tempo decorrido (tempo final — tempo inicial)
∆v v — v0
a = ∆t ou a =
t — t0
a → aceleração;
∆v → variação da velocidade;
v → velocidade final;
v0 → velocidade inicial;
∆t → intervalo de tempo decorrido;
t → instante de tempo final; e
t0 → instante de tempo inicial.
MOVIMENTO ACELERADO
Quando velocidade e aceleração do corpo estão no mesmo sentido, o módulo da velocidade aumenta
com o passar do tempo, esse movimento é chamado de acelerado, e essas duas grandezas apresentam
os mesmos sinais.
MOVIMENTO RETARDADO
Quando velocidade e aceleração apresentam sentidos opostos, o módulo da velocidade diminui
com o passar do tempo, esse movimento é chamado de retardado, e essas duas grandezas apre-
sentam sinais opostos.
Movimento Retardado:
Movimento acelerado:
84
ATIVIDADES
1 — Um corpo possui velocidade de 10 m/s e acelera por 4 segundos até atingir a velocidade de 22 m/s.
Qual a aceleração desse corpo?
2 — Um corpo, quando se aproxima do Sol, é atraído com mais intensidade por ele e por isso sua velo-
cidade aumenta. Se esse corpo possui inicialmente a velocidade de 500 m/s e ao se aproximar do
Sol é acelerado por uma aceleração de 0,5 m/s2, qual será sua velocidade depois de 10 minutos?
(lembre-se que 1 minuto possui 60 segundos).
3 — Um carro de Fórmula 1 larga de sua posição (onde estava inicialmente parado) e acelera com
aceleração constante de 4 m/s2. Qual a velocidade do carro após 5 segundos?
85
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
32.1.3. Representar graficamente as forças que atuam em um corpo que se move verticalmente em relação
à superfície terrestre.
32.1.4. Saber explicar por que um corpo caindo pode atingir uma velocidade terminal.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
86
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
s → posição final;
s0 → posição inicial;
v0 → velocidade inicial;
t → intervalo de tempo; e
a → aceleração.
A fórmula acima constitui uma função quadrática, ou seja, uma função do segundo grau. O tratamento
matemático das duas equações apresentadas leva à equação de Torricelli, em que é possível obter-se
dados de velocidade ou deslocamento, sem necessariamente ter-se informações do intervalo de tempo
em que o movimento ocorre.
v2 = v02 + 2a∆s
v → velocidade final;
v0 → velocidade inicial;
a → aceleração; e
∆s → variação da posição ou distância percorrida.
QUEDA LIVRE
O movimento de queda livre dos corpos é um fenômeno natural que acontece com os corpos próximos à
superfície da Terra. Quando um corpo (uma pedra, por exemplo) é abandonado de uma certa altura, seu
movimento é acelerado e sua velocidade aumenta à medida que cai. Se esse mesmo corpo é lançado
para cima, sua velocidade diminui gradualmente até se anular no ponto mais alto, isto é, o movimento
de subida é retardado.
87
Dois corpos em queda livre ao serem lançados de uma mesma altura, em um ambiente em que
pode-se desconsiderar a resistência do ar, como no vácuo do espaço por exemplo, chegam ao
mesmo tempo no chão, como já disse a tirinha acima.
Na prática, os objetos que caem na superfície da Terra estão sob ação da resistência do ar. A força de
resistência aerodinâmica, devido à resistência do ar que um objeto em queda experimenta depende
do tamanho do objeto e da velocidade de queda em relação ao meio. Quando a força de resistência é
suficiente para anular a força gravitacional que atua no objeto, a aceleração deixa de existir e o objeto
alcança sua velocidade terminal, isto é, a velocidade de queda fica constante e o movimento deixa de
ser acelerado e passa a ser retilíneo uniforme.
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
88
ATIVIDADES
1 — No vácuo, uma moeda e uma pena caem igualmente, lado a lado. Seria correto dizer que forças da
gravidade iguais atuam sobre a moeda e a pena quando estão no vácuo?
2 — Uma pessoa salta de um helicóptero que voa alto. Enquanto ela cai cada vez mais rápido no ar, sua
aceleração cresce, decresce ou permanece a mesma? E o que acontece com sua velocidade ao
abrir o paraquedas, considerando a resistência do ar?
89
4 — Uma pena e uma bola de boliche são abandonadas ao mesmo tempo e da mesma altura. Desprezan-
do a resistência do ar, qual chegará primeiro ao solo? Explique? E se considerarmos a resistência do
ar, quais fatores influenciam no tempo de queda?
5 — Qual é a aceleração de uma pedra atirada diretamente para cima ao atingir o topo de sua trajetória?
6 — Um corpo é lançado verticalmente para cima com uma velocidade inicial de 40 m/s. Considere a
aceleração da gravidade g = 10 m/s2, despreze a resistência do ar e responda:
a) Qual será a velocidade do corpo 2,0 s após o lançamento?
b) Quanto tempo o corpo gasta para atingir o ponto mais alto da sua trajetória?
c) Qual a altura máxima alcançada pelo corpo?
d) Qual a velocidade com que o corpo retorna ao ponto de lançamento?
90
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
32.1.3. Representar graficamente as forças que atuam em um corpo que se move verticalmente em relação
à superfície terrestre.
32.1.6. Saber representar graficamente a velocidade e a distância, em função do tempo, de objetos
em movimento.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
91
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
IMPORTANTE: É importante salientar que o gráfico S 3 t não representa a forma da trajetória do corpo.
Apenas apresentam as funções horárias do movimento.
O gráfico de velocidade 3 tempo é descrito por uma reta, em que a velocidade aumenta no movimento
acelerado e a velocidade diminui no movimento retardado.
A principal característica do MUV é possuir a aceleração constante. Assim, seu gráfico é uma reta paralela
ao eixo t. A propriedade desse gráfico é que entre dois instantes quaisquer, a variação de velocidade ∆V é
numericamente igual à área sob o gráfico.
Agora, para fixar o que foi visto até aqui, na sequência exercícios.
92
ATIVIDADES
1 — Um objeto se desloca de acordo com a equação S = 40 + 10t + t2 com dados no SI. Em relação à
equação do movimento, marque a opção correta.
a) O movimento é retilíneo uniformemente variado com aceleração igual a 2 m/s2.
b) O movimento é retilíneo uniformemente variado com velocidade inicial igual a 40 m/s.
c) O movimento é retilíneo uniforme com aceleração igual a 1 m/s2.
d) O movimento é retilíneo uniforme com posição inicial igual a 40 m.
2 — Um corpo, que se movimenta retilineamente, tem sua velocidade variando em função do tempo,
conforme mostra o gráfico. Descreva qual o tipo de movimento o corpo descreve e os sinais da
velocidade e aceleração, caso não sejam nulas nos seguimentos:
a) Intervalo A.
b) Intervalo B.
c) Intervalo C.
d) Intervalo D.
93
3 — Um corpo de massa m movimenta-se sobre uma estrada retilínea, partindo de uma posição inicial
—10 m. O gráfico representa a velocidade deste corpo em função do tempo.
4 — Qual dos gráficos abaixo representa a variação da velocidade v, em função do tempo t, de uma
pedra lançada verticalmente para cima? (A resistência do ar é desprezível.)
94
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
TEMA/TÓPICO:
HABILIDADE(S):
Reconhecer os domínios de natureza que compõem o território brasileiro, avaliando a interferência humana
na exploração de seus recursos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Biomas Brasileiros; Domínio morfoclimáticos brasileiros; Atividades econômicas, uso e ocupação do solo
nos biomas brasileiros.
INTERDISCIPLINARIDADE:
O trabalho com a habilidade favorece o desenvolvimento das Competências Específicas da área de Ciências
Humanas na BNCC 1 e 3 que pressupõe que o estudante seja capaz de analisar criticamente processos po-
líticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em diferentes escalas propondo soluções que possam
promover a valorização da diversidade e o respeito aos direitos humanos.
95
TEMA: DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai reconhecer os principais domínios morfoclimáticos brasilei-
ros (Domínio Amazônico, do Cerrado, da Caatinga, dos Mares de Morros, da Araucária e das Pradarias),
além das áreas de transição (Pantanal, Mata de Cocais e Mangues), identificando suas características
naturais, bem como seu uso e ocupação.
Domínio Amazônico: É o mais extenso dos domínios naturais do país, caracterizado pelas terras baixas,
o que inclui, além da planície do Rio Amazonas, as depressões e os planaltos rebaixados que a delimi-
tam; pelo predomínio do clima equatorial, que apresenta temperaturas elevadas e pequena amplitude
térmica durante o ano e altos índices pluviométricos; e pela floresta equatorial amazônica, formação
vegetal densa e bastante diversificada que constituiu um dos ecossistemas mais ricos do planeta.
A bacia hidrográfica Amazônica é o maior do mundo, e o Rio Amazonas, além de ser o mais extenso, é
também o rio com maior vazão d’água da Terra.
O desmatamento para exploração da madeira ou em função do avanço da fronteira agropecuária do país
já consumiu extensas áreas de floresta, principalmente em Rondônia, Mato Grosso, sul e sudeste do
Pará, Tocantins e Maranhão, configurando o que é chamado de “arco do desmatamento”. Nestas áreas,
a floresta vem cedendo espaço a pastagens, cultivos como a soja ou terras improdutivas. Outra ameaça
é a exploração dos recursos minerais. Além dos grandes projetos como Carajás e Trombetas, inúmeros
garimpos contribuem para a derrubada da floresta e para o assoreamento e contaminação dos rios por
materiais tóxicos, como o mercúrio.
Domínio do Cerrado: Se estende pelas chapadas e planaltos do Brasil Central, nas áreas de clima
tropical típico com duas estações bem marcadas: inverno seco e verão úmido. O cerrado também
aparece em manchas isoladas no oeste de São Paulo e em áreas da Amazônia. A vegetação do cerra-
do é uma combinação de formações rasteiras e arbustivas com espécies arbóreas de pequeno porte.
As árvores e os arbustos apresentam galho e troncos retorcidos, raízes profundas e casca grossa,
que constitui elemento fundamental para a regeneração de muitas espécies após incêndios, co-
muns nestas áreas. Estima-se que o cerrado abriga cerca de 5% da biodiversidade do planeta. Além
disso, mais da metade das suas espécies vegetais arbóreas e arbustivas são endêmicas, ou seja,
restritas àquela área. No conjunto da vegetação do cerrado é possível distinguir os campos limpos,
campos sujos, campo cerrado e cerradão. Após a construção de Brasília intensificou-se a ocupação
e o aproveitamento econômico do cerrado, favorecido pela abertura de estradas ligando a região
Centro-Oeste às demais regiões do país. As técnicas de correção e melhoria dos solos permitiram
uma rápida expansão das monoculturas mecanizadas de soja e de algodão, o que provocou o desapa-
recimento de quase dois terços da área original do Cerrado.
96
Domínio da Caatinga: No clima semiárido, predomina ao longo da depressão sertaneja do Vale do Rio
São Francisco, com médias térmicas elevadas e pluviosidade baixa e irregular. O pequeno volume de
chuvas resulta em solos pouco desenvolvidos e pedregosos, além de contribuir para a presença de rios
intermitentes. A vegetação é uma associação de espécies arbustivas, rasteiras e xerófitas adaptadas às
condições do solo e do clima. Representa um dos biomas mais afetados pela ocupação e expansão eco-
nômica nas últimas décadas. Entre as ameaças verificadas destacam-se a expansão da agropecuária e
a extração de lenha para a produção de carvão vegetal. Duas consequências visíveis do desmatamento
e do uso de técnicas agrícolas inadequadas são a salinização do solo e a tendência à desertificação.
Domínio dos Mares de Morros: Se estende pelos planaltos interiores do Sudeste e pelas encostas atlân-
ticas úmidas. É a área de ocorrência da floresta tropical, Mata Atlântica. Sua forma de relevo mais ca-
racterística são os morros arredondados resultantes do intemperismo sobre as estruturas cristalinas
dos planaltos e serras do Atlântico. A floresta tropical ocupava quase a totalidade da área desse domí-
nio, entre os estados litorâneos da porção oriental do país e Faixas mais úmidas interiores. Estima-se
que a Mata Atlântica abriga cerca de 25% das espécies vegetais do planeta. Desde o período colonial
a região teve ocupação e exploração econômica intensa. Ainda no séc. XVI, a exploração de pau-brasil
provocou o primeiro grande desmatamento no território brasileiro, que continuou nos séculos seguin-
tes com a expansão dos canaviais no litoral e os cafezais no interior. A urbanização é um outro fator que
explica a retirada da vegetação nativa, restando hoje apenas 10% da vegetação original.
Domínio das Pradarias: O menor dos domínios naturais do país em área ocupa o extremo sul do terri-
tório, numa região conhecida como Campanha Gaúcha. Suas principais características são a cobertura
vegetal de campos ou pradarias, e o relevo de colinas suavemente onduladas, chamadas “coxilhas”. O
clima predominante é o subtropical. No séc. XVIII, os colonos luso-brasileiros já praticavam a pecuária
extensiva na região. Nas últimas décadas, culturas mecanizadas de soja e trigo passaram a ocupar es-
paços cada vez mais significativos. A pressão das atividades econômicas em áreas de solos arenosos e
suscetíveis à erosão tem provocado a formação de areais que substituem campos e cultivos em muitas
áreas.
Domínio das Araucárias: Ocupa os planaltos interiores da região Sul do Brasil, nas áreas de clima sub-
tropical, que apresenta as médias mais baixas do país e grande amplitude térmica, fatores limitantes
para a biodiversidade deste domínio. A Araucária, espécie de conífera, também é encontrada nas por-
ções mais elevadas dos planaltos da região sudeste, onde ocorre clima tropical de altitude. Formação
vegetal mais homogênea do que as florestas tropicais, a mata de araucária abriga espécies como a im-
buia, e muitas vezes, ocorre associada a área de campos. De acordo com o IBAMA, restam cerca de 4%
da área original da mata de araucária. A devastação foi relativamente rápida, associada à exploração da
madeira, o pinho, a partir do século XX, com a chegada dos colonos europeus à região, e, posteriormen-
te, ao intenso desenvolvimento da agricultura nos férteis planaltos de terra roxa do sul do país.
Faixas de transição: São paisagens de exceção que surgem como corredores entre os domínios, mis-
turando características daquelas que o cercam, ou mesmo possuindo aspectos muito diferentes dos
domínios ao redor.
Pantanal: É uma extensa planície inundável localizada entre os estados do Mato Grosso e Mato Gros-
so do Sul, e sua vegetação é bastante variada. Formações de campos recobrem boa parte da planí-
cie quando as águas baixam durante o inverno, a estação seca. Nas áreas mais elevadas predo-
mina o cerrado e junto às margens dos rios, formam-se matas de galeria, corredores de florestas
tropicais. Durante o verão as chuvas provocam inundações de aproximadamente 80% da planície.
97
As principais ameaças ao Pantanal são a caça e pesca ilegais, a extração mineral, a pecuária extensiva
e a agricultura moderna que vem se expandindo fora da planície, mas causando assoreamento e conta-
minação dos rios.
Mata de Cocais: Ocorre na área de transição entre os domínios amazônico, cerrado e a caatinga, parti-
cularmente no Meio-Norte nordestino, entre os estados do Maranhão e do Piauí, embora se estenda por
trechos do Ceará e Rio Grande do Norte. Predominam espécies de palmeiras como o babaçu, a carnaú-
ba e o buriti, que é a maior palmeira nativa do Brasil. O clima é semiúmido. O aproveitamento econômico
dos Cocais é bastante tradicional, e muitas comunidades estão organizadas em função do extrativismo
vegetal.
Manguezais: Estendem-se pelas áreas protegidas da costa brasileira — baías e estuários — entre o Ama-
pá e Santa Catarina. Característicos das planícies litorâneas sujeitas às oscilações das marés, onde se
misturam a água doce dos rios e a água salgada do mar, os manguezais possuem solo lodoso rico em
sedimentos e matéria orgânica, mas pobre em oxigênio. Estas características exigem mecanismos de
adaptação das espécies vegetais do mangue como raízes que retiram oxigênio do ar (pneumatóforos)
ou que partem do tronco para auxiliar a sustentação. Os manguezais têm grande importância ecológi-
ca, servindo de área de reprodução e/ou alimentação para inúmeras espécies do mar e do continente,
desempenhando um papel fundamental na cadeia alimentar. Os manguezais sofrem ameaça de degra-
dação devido ao lançamento de esgoto, a expansão das áreas urbanas, os empreendimentos turísticos
e as instalações portuárias, além do crescimento da criação de camarões (carcinicultura), principal-
mente, no Ceará e na Bahia.
98
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
b) A biodiversidade brasileira é tão grande quanto o nosso território. Quais os principais motivos
para tanta diversidade?
“Pantanal: estende-se, no território brasileiro, por 140 mil km2 dos estados de Mato Grosso do Sul
e Mato Grosso, em planícies sujeitas a inundações. No Pantanal há vegetação rasteira, floresta tro-
pical e mesmo vegetação típica do cerrado nas regiões de maior altitude. O Pantanal, portanto, não é
uma formação vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações e que também abriga fauna
muito rica. Esse bioma vem sofrendo diversos problemas ambientais, decorrentes principalmente
da ocupação em regiões mais altas, onde nasce a maioria dos rios. (...)”
Sene, E. de., Moreira, J. C. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização– São Paulo: Scipione, 2013.
O Pantanal é um bioma muito rico em biodiversidade, essa característica faz dessa região um dos
destinos do turismo ecológico no Brasil. Escolha um problema socioambiental que ameaça o bio-
ma e destaque uma causa e uma consequência da sua ocorrência.
99
3 — Complete o quadro abaixo e faça pesquisas complementares quando necessário.
Exemplo de um lugar no
Bioma Caraterísticas Principais
Brasil com esse bioma
Campos/Pradarias
Norte do Maranhão
4 — Com base no gráfico abaixo, quais são as condições necessárias para a ocorrência de
floresta tropical?
Figura 1: ODUM, E.P. Ecologia. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1988. p. 351.
100
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
TEMA/TÓPICO:
HABILIDADE(S):
11.1.1. Avaliar os domínios da Caatinga e do Cerrado sob a ótica da originalidade climática, hidrológica e pe-
dológica, relacionando as possibilidades e os limites de seu uso pela agricultura.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
O trabalho com a habilidade favorece o desenvolvimento das Competências Específicas da área de Ciências
Humanas na BNCC 1 e 3 que pressupõe que o estudante seja capaz de analisar criticamente processos po-
líticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em diferentes escalas propondo soluções que possam
promover a valorização da diversidade e o respeito aos direitos humanos.
101
TEMA: FORMAÇÕES VEGETAIS ABERTAS E SEMIABERTAS: CERRADO E CAATINGA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai avaliar como os biomas do Cerrado e da Caatinga vem sendo
apropriado pela população brasileira, identificando as práticas realizadas nas regiões, bem como as
ações de conservação dos biomas.
O clima semiárido está caracterizado pela escassez de chuvas durante um período longo de seca
que pode chegar até sete meses. O total pluviométrico anual varia entre 400 e 800 mm e apresen-
ta temperaturas anuais elevadas e relativamente constante entre 25 e 29 °C. A explicação para a
ocorrência do clima semiárido no Nordeste do Brasil é complexa, isso se deve a atuação da mas-
sa Equatorial Continental nas depressões interplanálticas nordestinas, além da atuação da massa
Tropical Atlântica, no inverno influenciando as condições meteorológicas da zona da mata enquan-
to os ventos chegam pouca umidade no sertão.
A vegetação da Caatinga é caracterizada pela presença de vegetais de porte arbóreo, arbustivo e herbá-
ceo que apresentam mecanismos morfológicos e fisiológicos adaptativos às condições de seca prolon-
gada como folhas pequenas e espinhos. Dentre as espécies típicas da vegetação de caatinga pode-se
citar a macambira, a jurema, o umbuzeiro, e as cactáceas como o facheiro, o mandacaru e o xique-xique.
Durante o período de seca prolongada, a caatinga torna-se acinzentada em razão da desaceleração das
funções fisiológicas dos vegetais que perde suas folhas. Quando as primeiras chuvas ocorrem possi-
bilitam o reverdecer da cobertura vegetal em razão da restauração das funções da fotossíntese em
102
razão da presença de água no solo associada a luminosidade. No domínio morfoclimático da caatinga,
em razão das peculiaridades climáticas, a rede hidrográfica está caracterizada pelo predomínio de rios
intermitentes e efêmeros. No período de seca prolongada o lençol freático se aprofunda e deixa de ali-
mentar os rios, tornando-os secos. No leito seco dos rios, muitas vezes, são utilizados como vicinais e/
ou áreas de cultivos temporários. Outras vezes, a pequena quantidade de água que se acumula no solo,
em subsuperfície, através da escavação do leito, possibilita a obtenção de água para utilização domés-
tica e para pequenos cultivos de vazante. No domínio da caatinga, o rio São Francisco mantém a pere-
nidade do seu curso em virtude das chuvas ocorrentes em suas cabeceiras que concorre para manter o
volume de água mesmo na estação seca prolongada. Este rio possibilitou a construção de grandes usi-
nas hidrelétricas para obtenção de energia elétrica na área do domínio da caatinga como Paulo Afonso,
Sobradinho, Itaparica, Xingó, dentre outras. A caracterização dos problemas relacionados à econômica
é influenciada pela irregularidade das chuvas e pela intermitência dos cursos d’água, além da seca edá-
fica, que dificulta a produtividade da agricultura e da agropecuária, agravando a pobreza e a miséria.
No domínio morfoclimático da caatinga, a produção econômica é dependente da estação chuvosa e
está caracterizada pelo predomínio da agricultura temporária (mandioca, milho, palma, feijão), de lavou-
ras anuais e da agropecuária extensiva, muitas vezes praticada na caatinga arbustiva, onde destacam-
se os caprinos e ovinos como os rebanhos que suportam as peculiaridades da semi-aridez climática.
Em algumas áreas de maior umidade, a produção agrícola permite a comercialização dos produtos em
feiras livres nos núcleos urbanos. A implantação de rodovias e estradas e o estabelecimento das feiras
como atividade econômica importante deu origem a uma hierarquia urbana com cidades de expressão
regional como Feira de Santana (BA), Caruaru e Garanhuns (PE). Os inúmeros problemas sociais como
o desemprego originam um êxodo de nordestinos para núcleos urbanos de outras regiões do país ser-
vindo de mão de obra barata, além da migração de transumância, principalmente para a zona da mata,
para trabalhar como mão de obra temporária na colheita de lavouras anuais como a cana-de-açúcar, no
período de seca prolongada.
O domínio morfoclimático dos cerrados está situado em áreas do território brasileiro compreendida
pelos chapadões centrais, constituído de polígonos irregulares. O clima dominante é o tropical quen-
te com uma estação seca alternando com estação chuvosa. Na área core do cerrado, o período seco
ocorre de cinco a seis meses no ano enquanto que seis ou sete meses é a duração da estação chuvosa.
A temperatura média anual é variável caracterizando a existência de amplitude térmica sazonal, pois a
temperatura mínima varia entre 20 a 22 °C enquanto que a máxima está entre 24 e 26 °C. As caracte-
rísticas climáticas propicia a redução significativa da umidade do ar durante o inverno seco, apesar de
na parte subsuperficial do solo haver reserva hídrica em decorrência da estiagem sazonal. No período
seco ocorre uma oscilação do lençol freático variando entre 1,5 a 4 m, porém alimenta as raízes da vege-
tação lenhosa dos cerrados. Os Latossolos são os solos predominantes e apresentam características
como intensa lixiviação, ácidos, baixa fertilidade química encontrado num ambiente onde predomina
o intemperismo químico sobre rochas cristalinas (basaltos) e cristalofilianas (gnaisses, micaxistos,
quartzitos) e sedimentares (arenitos, siltitos) com presença de crostas lateríticas e stone lines. A ve-
getação do cerrado é penetrada por floresta-galeria com variações florísticas de composição diversifi-
cada padrões regionais de cerrado e cerradão na área nuclear dos interflúvios e nas vertentes suaves.
A homogeneidade das morfologias características do domínio dos cerrados corresponde a maciços
planaltos de estrutura complexa com superfície de cimeira aplainada, além de planaltos sedimentares
compartimentados com altitude variável entre 300 e 1 700 m com feições morfológicas diversificadas
— chapadões sedimentares e chapadões de estrutura complexa. A área core deste domínio morfocli-
mático ocorre no Planalto Central Brasileiro. Os bordos dos chapadões apresentam campos limpos.
São áreas de cristas quartzíticas e xistos, mal pedogeneizados, com forte dissecação. A floresta galeria
está situada no fundo aluvial dos vales de porte médio e grande nas planícies de inundação. Os sulcos
da cabeceira das sub bacias há vegetação ciliar. As veredas são corredores herbáceos situados nos
103
bordos da galeria florestal, no setor aluvial central das planícies situadas no fundo lateral das planícies
de inundação. Nesse domínio morfoclimático os cursos d’água principais e secundários, porém algu-
mas drenagens menores no período seco caracterizando uma intermitência sazonal. Apresentam-se
perenes. O padrão de rede de drenagem das sub-bacias hidrográficas podem apresentar-se subparale-
lo a dendrítico. As ações antrópicas degradam os cerradões formados por florestas baixas de troncos
relativamente finos compostos por processos naturais de adensamento de velhos estoques florísticos
de cerrados quaternários e terciários. Os cerradões e cerrados apresentam enclaves de campos tropi-
cais e de pradarias mistas subtropicais de planalto (Mato Grosso do Sul).
PARA SABER MAIS — Assista ao vídeo Vegetações do Brasil: Cerrado e Caatinga no Canal Brasil Escola
no link: <https://www.youtube.com/watch?v=YCOEtETVH6Q> com duração de 8 minutos e 32 segundos.
104
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — O Domínio Morfoclimático do Cerrado é a região que mais sofre com queimadas, desmatamento,
e com a agricultura que utiliza agrotóxicos. Porque esse domínio morfoclimático atrai tantas ati-
vidades econômicas?
105
2 — Qual o principal problema ambiental sofrido pelo bioma Cerrado? Quais as causas de sua ocorrência?
4 — Observe a imagem.
https://mundoeducacao.uol.com.br/
106
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
TÓPICO:
Recursos hídricos.
HABILIDADE(S):
26.1.1. Reconhecer a situação das principais bacias hidrográficas brasileiras e mundiais, analisando as polí-
ticas públicas nacionais e internacionais de conservação das bacias.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
O trabalho com a habilidade favorece o desenvolvimento das Competências Específicas da área de Ciências
Humanas na BNCC 1 e 3 que pressupõe que o estudante seja capaz de analisar criticamente processos po-
líticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em diferentes escalas propondo soluções que possam
promover a valorização da diversidade e o respeito aos direitos humanos.
107
TEMA: BACIAS HIDROGRÁFICAS NO BRASIL
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai reconhecer o que são bacias hidrográficas e quais as prin-
cipais bacias hidrográficas do Brasil e do mundo, identificando o seu potencial econômico, bem como
sua situação atual de preservação e conservação.
A água não está limitada às fronteiras políticas dos países, razão pela qual quase metade da su-
perfície terrestre é conformada por bacias hidrográficas de rios compartilhados por dois ou mais
países. O Brasil compartilha cerca de 82 rios com os países vizinhos, incluindo importantes bacias
como a do Amazonas e a do Prata, além de compartilhar os sistemas de aquíferos Guarani e Ama-
zonas. Esse cenário se traduz em diferentes e oportunas possibilidades para a cooperação e o bom
relacionamento entre os países.
108
A Região Hidrográfica Tocantins-Araguaia corres-
ponde a 10,8% do território brasileiro, abrangendo
seis estados: Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Mato
Grosso e Distrito Federal. Na Região, estão presentes
os biomas Floresta Amazônica, ao norte e noroeste, e
Cerrado nas demais áreas. A precipitação média anual
na região é bem menor do que a média nacional. Pos-
sui grande potencial turístico: pesca esportiva, turis-
mo ecológico, praias fluviais, a maior ilha fluvial do
mundo (Ilha do Bananal), o polo turístico de Belém, o
Parque Estadual do Jalapão (TO) e o Parque Nacional
da Chapada dos Veadeiros (GO), reconhecido pelas
belas cachoeiras.
A Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental ocupa 3,4% do território nacional, abrangendo seis
estados: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. A densidade demográfica
da região é cerca de 4 vezes maior do que a média brasileira. Quase a totalidade de sua área pertence
à Região do Semiárido Brasileiro, caracterizada por apresentar períodos de estiagens prolongadas e
temperaturas elevadas durante todo o ano. Esta é a região hidrográfica com a menor disponibilidade
hídrica do Brasil.
A Região Hidrográfica São Francisco ocupa 7,5% do território brasileiro, abrangendo sete estados:
Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe Goiás e Distrito Federal. A precipitação média anual
na RH São Francisco é muito abaixo da média nacional, apresentando frequentes situações de escassez
de água. Entretanto, a RH tem importante papel na geração de energia para a região nordeste do país.
A Região Hidrográfica Atlântico Leste ocupa 3,9% do território do país, abrangendo quatro Estados
(Bahia, Minas Gerais, Sergipe e Espírito Santo). Grande parte de sua área está situada na região semi-
árida, que possui períodos de prolongadas estiagens. A RH Atlântico Leste possui a segunda menor
disponibilidade hídrica, dentre as doze regiões hidrográficas brasileiras.
A Região Hidrográfica Atlântico Sudeste ocupa 2,5% do território nacional e abrange cinco estados:
Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. É a região hidrográfica mais povoada,
com densidade demográfica seis vezes maior que a média brasileira. Apresenta alta diversidade de
atividades econômicas e significativo parque industrial, constituindo-se em uma das regiões mais eco-
nomicamente desenvolvidas do país.
A Região Hidrográfica Paraná ocupa 10% do território brasileiro, abrangendo sete estados: São Pau-
lo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal. É a região mais
populosa e de maior desenvolvimento econômico do país. Por isso, possui as maiores demandas por
recursos hídricos, tendo como destaque o uso industrial. É também a região com maior área irrigada e
maior aproveitamento do potencial hidráulico disponível.
109
A Região Hidrográfica Paraguai ocupa 4,3% do território brasileiro, abrangendo parte dos estados de
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que inclui a maior parte do Pantanal-matogrossense, a maior área
úmida contínua do planeta. A densidade demográfica da região é cerca de 3,5 vezes menor que a média
nacional.
A Região Hidrográfica Uruguai ocupa cerca de 3% do território brasileiro, abrangendo porções dos es-
tados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A região possui atividades agroindustriais desenvolvidas
e grande potencial hidrelétrico. O clima é temperado, com chuvas distribuídas ao longo de todo o ano,
mas com maior concentração no inverno (maio a setembro).
A Região Hidrográfica Atlântico Sul ocupa 2,2% do território nacional e abrange parte dos Estados de
São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Destaca-se por abrigar um expressivo contin-
gente populacional, pelo desenvolvimento econômico e por sua importância turística. Possui densida-
de demográfica cerca de 3 vezes maior que a média brasileira.
PARA SABER MAIS — Assista ao vídeo Hidrografia — Rios e Bacias Hidrográficas Brasileiras no Canal
Geografia pro ENEM — e mundiais no link <https://www.youtube.com/watch?v=Cuq-6nXtiSE> com du-
ração de 17 minutos e 47 segundos.
110
ATIVIDADES
MÃO NA MASSA
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — O território mineiro está inserido em quais regiões hidrográficas? Destaque os principais usos de
cada uma dessas regiões hidrográficas.
2 — Considerando o município no qual você vive, identifique qual o rio ou córrego que drena a região e
identifique a qual bacia hidrográfica ele pertence.
3 — Leia o texto.
A água na atmosfera, que chamamos vapor de água, provém de um ciclo contínuo. Os rios, que
se formam por precipitações pluviais, formam por sua vez nuvens como consequência de sua eva-
poração. Deste modo, a água da chuva retorna para a atmosfera através da evaporação da água e
da transpiração das plantas que ela mesma alimenta.
A Amazônia é uma região de alta umidade, devido às altas temperaturas da região e sua
frondosa e extensa vegetação. Na realidade, tudo está interconectado, a Amazônia, seus rios
e a atmosfera são como uma grande bacia hidrográfica alimentando-se reciprocamente e se
vinculando estranhamente através dos mecanismos da chuva.
LOPES, F. N. Amazônia, mãe do clima do Brasil. Epoch Times.
Disponível em: http://www.epochtimes.com.br/amazonia-mae-do-clima-do-brasil-2/
A partir da leitura do texto e com base em seus conhecimentos, ressalte a importância da Floresta
Amazônica para a Bacia Amazônica.
111
4 — Leia a manchete.
5 — Observe a imagem.
b) Quais outras medidas podemos adotar no nosso cotidiano para utilizar a água de
forma eficiente?
c) Que estratégias você utilizaria para mobilizar seus familiares e amigos a consumirem
menos água?
112
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
TÓPICO:
Recursos hídricos.
HABILIDADE(S):
26.1.1. Reconhecer a situação das principais bacias hidrográficas brasileiras e mundiais, analisando as polí-
ticas públicas nacionais e internacionais de conservação das bacias.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
O trabalho com a habilidade favorecerá o desenvolvimento das Competências Específicas da área de Ciên-
cias Humanas na BNCC 1 e 3 que pressupõe que o estudante seja capaz de analisar criticamente processos
políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em diferentes escalas propondo soluções que pos-
sam promover a valorização da diversidade e o respeito aos direitos humanos.
113
TEMA: ACORDOS INTERNACIONAIS PARA CONSERVAÇÃO DAS ÁGUAS
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai analisar as principais iniciativas nacionais e internacionais
de conservação da qualidade da água.
114
ou de superfície e de outras fontes potenciais têm de contar com o apoio de medidas concomitantes de
conservação e minimização do desperdício. No entanto, deve-se dar prioridade às medidas de prevenção
e controle de enchentes, bem como ao controle de sedimentação, onde necessário.
18.4. Os recursos hídricos transfronteiriços e seu uso são de grande importância para os Estados ri-
beirinhos. Nesse sentido, a cooperação entre esses Estados pode ser desejável em conformidade com
acordos existentes e/ou outros arranjos pertinentes, levando em consideração os interesses de todos
os Estados ribeirinhos envolvidos.
18.5. Propõem-se as seguintes áreas de programas para o setor de água doce:
(a) Desenvolvimento e manejo integrado dos recursos hídricos;
(b) Avaliação dos recursos hídricos;
(c) Proteção dos recursos hídricos, da qualidade da água e dos ecossistemas aquáticos;
(d) Abastecimento de água potável e saneamento;
(e) Água e desenvolvimento urbano sustentável;
(f) Água para produção sustentável de alimentos e desenvolvimento rural sustentável;
(g) Impactos da mudança do clima sobre os recursos hídricos.
Disponível em: https://www.mma.gov.br/destaques/item/670-cap%C3%ADtulo-18 Acesso em: 16 de maio de 2020
115
É por meio de discussões e negociações democráticas que os comitês avaliam os reais e diferentes
interesses sobre os usos das águas das bacias hidrográficas. Possuem poder de decisão e cumprem
papel fundamental na elaboração das políticas para gestão das águas nas bacias, sobretudo em regiões
sujeitas a eventos críticos de escassez hídrica, inundações ou na qualidade da água que possam colo-
car em risco os usos múltiplos da água, conforme assegurados em Lei.
Disponível em: https://www.ana.gov.br/aguas-no-brasil/sistema-de-gerenciamento-de-recursos-hidricos/comites-de-bacia-
hidrografica/comite-de-bacia-hidrografica-estaduais Acesso em: 16 de maio de 2020
PARA SABER MAIS — Assista ao vídeo Comitê de Bacias Hidrográficas com duração 4 minutos de
disponível em https://www.youtube.com/watch?time_continue=7&v=uRzt9tv0EJU&feature=emb_logo
e conheça a importância da água doce na nossa vida e as organizações criadas para administrar os
diferentes usos da água.
116
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — Quais ações podem ser tomadas para garantir uma melhor gestão da água?
2 — Considerando o município no qual você vive, como você avalia a implementação dos princípios da
Agenda 21. Cite exemplos.
3 — Os Comitês de Bacia Hidrográfica foram criados para gerir o uso da água em diferentes escalas
(local, regional e nacional).
a) Como são organizados os Comitês de Bacia?
117
4 — Considere a letra da música de Sá, Rodrix e Guarabyra.
“SOBRADINHO”
O homem chega, já desfaz a natureza
Tira a gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá prá cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão
Vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão
Adeus Remanso, Casa Nova, Santo Sé Adeus Pilão Arcado, vem o rio te engolir
Debaixo d’água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai subir
Vai ter barragem no salto do Sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar
Remanso, Casa Nova, Santo Sé, Pilão Arcado, Sobradinho adeus, adeus.
Fonte: CD: Outra vez na Estrada, Som Livre, 2001
Com base no texto e na literatura sobre o assunto, de qual bacia fala a música? Quais são os princi-
pais problemas com relação a essa região hidrográfica? Quais são os maiores benefícios trazidos?
5 — Crie um slogan (frase de efeito) para uma campanha publicitária que tem como intenção o consu-
mo consciente da água. Se você tiver acesso às redes sociais partilhe seu slogan com a Hashtag
#aguaevida.
Caro (a) estudante! Chegamos ao fim de uma trilha de aprendizagens composta por quatro semanas.
Espero que você tenha aprendido muito. Guarde suas anotações e atividades para compartilhá-las
com seu professor e colegas no retorno às aulas. Até a próxima...
118
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
TEMA 3:
HABILIDADE:
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Escravidão e liberdades.
INTERDISCIPLINARIDADE:
119
TEMA: COLONIZAÇÃO PORTUGUESA; ECONOMIA AÇUCAREIRA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai aprofundar seus conhecimentos sobre a Colonização
Portuguesa e a Resistência.
Vídeo: Ciclo do açúcar, escambo e economia colonial — História do Brasil pelo Brasil
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tHFfCDiV6Zg. Duração de 33’ 42”. Acesso em:
21/04/2020
Vídeo: Escravidão no Brasil — No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar nos enge-
nhos. Os portugueses traziam mulheres e homens negros africanos de suas colônias na África para
utilizar como mão de obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-PSkXk7eBK0. Duração de 10’12”. Acesso em:
20/04/2020
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
120
ATIVIDADES
Problematizando:
Algumas décadas atrás, quando se fazia referência à economia açucareira, estava sempre presente
o tripé latifúndio, monocultura e escravidão como características fundamentais dessa cultura. Estudos
recentes mostraram que, ainda que o tripé seja válido para as plantações de cana-de-açúcar, ele é insufi-
ciente para explicar o funcionamento da economia canavieira como um todo. Por um lado, a cultura da
cana-de-açúcar apresenta um setor agrícola, plantações, que é realmente fundado no latifúndio mo-
nocultor escravista. Por outro, apresenta um setor fabril — o engenho —, que pede uma caracterização
mais ampla. Por isso, passou-se a utilizar o termo plantation, para designar um latifúndio monocultor
em que há o beneficiamento fabril do produto, isto é, no nosso caso, a transformação da cana em açú-
car. O engenho foi, na época da economia açucareira da América Portuguesa, um sofisticado artefato
mecânico. Nele, ocorria todo o processo de transformação da cana em açúcar, sendo a mão de obra
composta por homens livres e assalariados, como os mestres de açúcar, e pelos escravos, além de
uma gama de trabalhadores responsáveis pelas inúmeras tarefas que a produção e a preparação para a
exportação exigiam. Por tudo isso, o termo Plantation é mais adequado, pois explicita essa importante
face fabril da economia açucareira.
É preciso lembrar, contudo, que o castigo e a violência física faziam parte do dia a dia de toda
a sociedade. Esses procedimentos marcavam as relações entre pais e filhos, esposo e esposa,
mestres e estudantes. Uma clara expressão da legitimidade do castigo violento era o direito que
o Estado tinha de aplicar pena de morte em pessoas vistas como ameaças à ordem social. Esse
direito foi amplamente exercido durante todo o período escravista, tirando a vida de livres e ca-
tivos. Considerando esse contexto histórico, podemos afirmar que, apesar das injustiças, os es-
cravos também compartilhavam da noção de legitimidade do castigo, embora, evidentemente,
não gostassem dele. Assim, por exemplo, os libertos que se tornavam senhores de escravos — e
eles eram numerosos — não hesitavam em aplicar castigos físicos nos seus cativos, quando julga-
vam necessário.
LIBBY, Douglas Cole; PAIVA, Eduardo França. A escravidão no Brasil: relações sociais, acordos e conflitos.
São Paulo: Moderna, 2000. p. 39.
Fonte imagem:https://www.google.com/search?q=A+Escravid%C3%A3o+do+S%C3%A9c.+XVI+e+seu+impacto:
+Escravismo+de+Plantation&sxsrf=ALeKk03DS2UFwGm9iOzfShqGNAIqj6kqRw:1592166157458&
source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjg-fORkYLqAhXSK7kGHc3NDRAQ_AUoA3oECAwQBQ#imgrc=ctsWqqVW1E0UaM
121
A MONTAGEM DA ÁREA DE PRODUÇÃO AÇUCAREIRA
O açúcar foi o produto escolhido para iniciar, em 1534, a colonização sistemática do Brasil, uma vez
que tinha mercado garantido na Europa e possibilidade de gerar altos lucros para a metrópole portugue-
sa. Além disso, havia o especial interesse de os flamengos investirem na nova área de produção, um tipo
de solo altamente favorável à cultura canavieira em Pernambuco, e o recurso possível ao trabalho com-
pulsório, inicialmente os indígenas e, posteriormente, os africanos. E, principalmente, os portugueses já
tinham experiência com o produto, uma vez que o cultivavam nas ilhas africanas das costas do Atlântico.
Em 1498, comerciantes genoveses e portugueses vendiam açúcar da Ilha da Madeira até Constantinopla
e, nos séculos XV e XVI, quase todas as Ilhas africanas do Atlântico exportavam açúcar para o mercado
europeu. Sendo assim, a extensão do cultivo do açúcar para o Brasil era mais do que natural.
O ENGENHO COLONIAL
AGORA RESPONDA:
1 — Apresente as razões pelas quais o açúcar foi escolhido como produto responsável pelo início da
colonização sistemática da América Portuguesa.
122
2 — Explique a razão pela qual os proprietários de engenhos reais lucravam muito mais do que
arrendatários e lavradores livres.
123
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
TEMA 3:
HABILIDADE:
3.1. Analisar as contradições entre trabalho escravo, mobilidade social e resistências à escravidão na so-
ciedade colonial.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai aprofundar seus conhecimentos sobre a Colonização
Portuguesa e a Resistência. Alforrias, coartações: mobilidade social e econômica.
124
TEMA: ESCRAVIDÃO
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai conhecer as revoltas e as rebeliões dos escravos.
Motins — insurreição, organizada ou não, contra qualquer autoridade civil ou militar instituída, caracteri-
zada por atos explícitos de desobediência, de não cumprimento de deveres, de desordem e geralmente
acompanhada de levante de armas e de grande tumulto.
As revoltas que eclodiram na América Portuguesa estão, algumas delas, intimamente ligadas às
políticas metropolitanas adotadas para a colônia. Outras derivaram de interesses específicos dos
vassalos de Portugal, como disputa por terras, por territórios de mando, enfrentamento de grandes
potentados, reações às políticas das câmaras, entre outros motivos. Para se entender as revoltas,
é preciso, primeiro, entender as relações que se estabeleceram entre metrópole e colônia. Isto não
é muito fácil, porque há inúmeras interpretações historiográficas acerca de como essas relações
foram configuradas e cada uma dessas versões explica a eclosão das revoltas de forma diferencia-
da. Até algum tempo atrás, acreditava-se que a colônia estava totalmente submetida à metrópole e
125
não possuía uma vida própria. Essa interpretação defendia a ideia de que as colônias, em geral, eram
satélites das potências europeias e só faziam responder os interesses econômicos metropolitanos.
Nessa perspectiva, ficava difícil explicar como e por que as revoltas ocorriam, já que os colonos não
possuíam interesses próprios. As críticas a essa visão reducionista mostraram que, se havia inte-
resses metropolitanos em jogo, os vassalos de Portugal, ou de qualquer outra metrópole, também
acabavam desenvolvendo interesses próprios, conferindo à colônia uma dinâmica interna fundada
nas relações de poder, de trabalho e na sociabilidade entre as populações coloniais. Essa perspectiva
torna bem mais fácil explicar a eclosão das revoltas, tanto aquelas contrárias a determinadas medi-
das tomadas pelas metrópoles em relação às suas colônias quanto as que surgiam, fruto dos con-
flitos entre os próprios atores coloniais. De acordo com essa versão historiográfica, as autoridades
metropolitanas procuravam respeitar os costumes, as tradições e os interesses dos colonos, uma
vez que, desrespeitados, eram motivo suficiente para iniciar uma revolta. Havia convenções estabe-
lecidas entre o rei e seus vassalos, que deviam ser observadas para manter a paz na colônia. Entre-
tanto, muitas vezes as convenções foram desrespeitadas. Recentemente, uma nova interpretação da
administração portuguesa em relação às suas colônias voltou a tornar difícil entender os conflitos de
toda ordem que eclodiam na América Portuguesa. Segundo essa nova interpretação, havia uma in-
teração de interesses entre o soberano português e seus vassalos, interação essa baseada no que é
chamado de economia do dom. A economia do dom fundava-se na troca de favores entre o soberano
e os colonos. O rei concedia mercês e favores aos seus vassalos e, em troca, recebia deles fidelida-
de incondicional. Como você pode perceber, se havia fidelidade incondicional dos vassalos, dificil-
mente haveria conflitos contra as determinações metropolitanas. E não foi isso o que aconteceu.
Muitas vezes, o desrespeito das autoridades metropolitanas aos direitos dos vassalos era motivo da
eclosão imediata de revoltas. Outra questão teórico-conceitual importante é a divisão das revoltas
ocorridas na América Portuguesa em movimentos de contestação e movimentos de oposição. Nessa
perspectiva, movimentos de contestação são aqueles também chamados nativistas, que não colo-
cavam em pauta a separação da colônia de sua metrópole. Esses movimentos seriam característicos
da primeira metade do século XVIII, ou anteriores a essa data. Já os movimentos de oposição seriam
aqueles que pretendiam se livrar do jugo metropolitano e seriam caracterizados mais especialmen-
te pelas inconfidências, características da segunda metade do século XVIII, conjuntura em que, por
suposto, as ideias iluministas passaram a ter influência nos homens letrados da colônia e as revo-
luções Americana e Francesa foram exemplo para as conjurações na América Portuguesa. Hoje já é
possível discordar dessa posição. Todas as revoltas coloniais tiveram muitas faces. Elas não foram
só de contestação ou só de oposição. Há movimentos de oposição nas primeiras décadas do século
XVIII, assim como há os de contestação no final do setecentos, de acordo com o arsenal conceitual
adotado por essa postura historiográfica. Por isso, é importante estudar os movimentos nas suas
especificidades, sem construir tipologias que engessem a análise de cada um deles. No que se refere
à resistência escrava, a análise é bem diferente. Não havia convenções entre o soberano e os cativos
que, embora tivessem direitos, muitas vezes eram vítimas de extrema violência de seus senhores.
Não obstante seja preciso relativizar a posição de vítima que a historiografia marxista conferiu ao
escravo e relevar as negociações e as acomodações entre os cativos e seus senhores, muitos escra-
vos negaram o sistema escravista e procuraram formas para escapar da escravidão ou enfrentá-la
de forma violenta. Na América Portuguesa, foram inúmeras as revoltas, especialmente nas regiões
mineradoras. Infelizmente, não se pode, em um livro didático, abordar todas elas. Contudo, é preciso
conhecer pelo menos as mais importantes.
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
126
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
2 — Quais são as interpretações historiográficas acerca das relações entre colônia e metrópole?
3 — Na sua opinião, qual dessas interpretações historiográficas explica melhor a eclosão das revoltas
na América Portuguesa?
127
ATIVIDADE 2
1 — Em que medida essas novas funções dos comerciantes portugueses foram determinantes para a
eclosão da Guerra dos Mascates?
128
ATIVIDADE 3
A palavra emboaba, de origem tupi, significava “pinto calçudo”, aquele que usava calçado. Era a
alcunha empregada pelos paulistas para se referir a todos os forasteiros. Por esta época, os paulis-
tas constituíam um grupo muito peculiar, dotado de uma identidade cultural formada ao longo de
dois séculos. Naturais das vilas de São Paulo, orgulhavam-se de ter descoberto as primeiras minas
de ouro em meio ao sertão inóspito, e por essa razão reivindicavam para si o direito de conquista —
isto é, a posse e o domínio sobre a região mineradora. Em meio à multidão de forasteiros vindos de
todas as partes da América Portuguesa, os paulistas preservavam a identidade de grupo. Falavam a
língua geral, de origem indígena, tinham práticas culturais mestiças, como a arte de sobrevivência
nos matos, vestiam-se de forma estranha, recusando-se a usar calçados, e mais importante, pauta-
vam--se por um código de valores assentado em ideais de bravura e honra.
Isolados pela Serra do Mar, desligados do circuito da economia açucareira e voltado, para o apre-
samento de índios, os homens da vila de São Paulo e Campo de Piratininga se organizavam em clãs e
parentelas, que disputavam entre si a honra e o prestígio social. Mas não era somente isso que fazia
dos paulistas um grupo à parte. Desde o início do século XVIII, eles encarnavam a mais formidável
máquina de guerra da América portuguesa, acionada nos momentos em que a Coroa necessitava de
sertanejos, experientes nas artes de sobrevivência e luta no mato. Adeptos das técnicas de guer-
rilhas, aprendidas com os índios, sabiam como poucos derrotar inimigos insidiosos como quilom-
bolas de Palmares e bárbaros das Guerras do Açu-grande levante de índios, ocorrido no Nordeste
durante a segunda metade do século XVII.
ROMEIRO, Adriana. Uma guerra no sertão. Revista Nossa História. Rio de Janeiro, n. 25, p. 71, nov. 2005. (Fragmento).
129
Textos e Leituras complementares
ANASTASIA, Carla. Vassalos rebeldes: violência coletiva nas Minas na primeira metade do século XVIII.
Belo Horizonte: C/ Arte, 1998.
ANASTASIA, Carla; SILVA, Marcus Flávio da. Levantamentos setecentistas. Violência coletiva e acomo-
dação. ln: FURTADO, Júnia Ferreira (Org.). Diálogos oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens
para uma história do Império Ultramarino Português. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
FIGUEIREDO, Luciano. O Império em apuros: notas para o estudo das alterações ultramarinas e
das práticas políticas no império colonial português. ln: FURTADO, Júnia Ferreira (Org.). Diálo-
gos oceânicos. Op. Cit. FURTADO, Júnia Ferreira. As minas endemoniadas. ln: Homens de negócio.
A interiorização da metrópole e do comércio nas minas setecentistas. São Paulo: Hucitec,1999.
ROMEIRO, Adriana. Paulistas e emboabas no caraça das minas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
SOUZA, Laura de Mello e. O Diabo e a terra de Santa Cruz. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
Vídeos
Revista de História
www.revistadehistoria.com.br
Uol
www2.uol.com.br/historiaviva/
Revista Galileu
http://revistagalileu.globo.com
História Net
www.historianet.com.br
Paradidáticos
TAVARES, Luís Henrique Dias. Coleção Guerras e revoluções no Brasil. São Paulo: Ática, 1995.
FIGUEIREDO, Luciano. Rebeliões no Brasil colônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
130
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
TEMA 3:
HABILIDADE:
3.2. Ler e analisar fontes: correspondências, anúncios para captura de escravos, documentos oficiais e
mapas identificando a localização dos principais quilombos e seus efeitos sobre os colonos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
131
TEMA: ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIAS
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai conhecer sobre os Quilombos e Quilombolas, o Racismo e
discriminação no Brasil uma herança da escravidão.
QUILOMBO
O nome quilombo passou a ser mais utilizado a partir da segunda metade do século XVII, no Brasil,
sobretudo com o surgimento do Quilombo dos Palmares, na então região da Capitania de Pernam-
buco. Hoje essas comunidades são parte fundamental da História do Brasil e representam um de
seus maiores símbolos de resistência.
RACISMO
132
Fonte imagem: https://www.google.com.br/search?q=Quilombo+dos+Palmares+%C3%A9+
reconhecido+como+Patrim%C3%B4nio+Cultural+do+Mercosul&sxsrf=
ALeKk01InXkjFSK9z7IiyOCLtiBgNBaa-g:1592167624318&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=
2ahUKEwi_763NloLqAhVpG7kGHYOsC34Q_AUoAnoECAwQBA#imgrc=mX8hiD6cs5U0_M
Leia os textos:
OS QUILOMBOS
Os quilombos eram comunidades formadas por negros fugidos, os chamados quilombolas. O qui-
lombo foi o termo usado para designar os redutos de negros fugidos, sobretudo no século XVIII. Até
o século XVII, usava-se mais comumente a palavra mocambo. De acordo com algumas versões, o
termo quilombo é derivado de ki-lombo, de origem angolana e que traduzia uma organização social
de comunidades guerreiras formadas por uma grande variedade étnica. Para participar dessa orga-
133
nização, os negros deviam cumprir determinados ritos de iniciação, garantindo a entrada daqueles
mais aptos. Outras versões afirmam que o termo quilombo, na África, significava o cercado onde
eram colocados os negros prisioneiros de guerra que seriam escolhidos e comprados pelos trafi-
cantes, os chamados pombos. Na América Portuguesa, de acordo com a resposta do rei de Portugal
à consulta do Conselho Ultramarino de 1740, considerava-se quilombo toda habitação de negros fu-
gidos que passassem de cinco, em parte despovoada, ainda que não houvesse ranchos levantados
nem se achassem vilões nele. Muitas vezes, essas comunidades abrigavam, além dos negros fugidos,
desertores do serviço militar, criminosos, índios e mulatos. Os quilombos mantinham relações com
comerciantes brancos, com autoridades metropolitanas e com bandos de salteadores, que viviam
nas estradas e nos caminhos do território colonial. A vida nos quilombos girava em torno da agricul-
tura, da caça e da coleta. Contudo, os quilombolas também conseguiam sua sobrevivência por meio
de assaltos, furtos, sequestros de escravos e ataques e pilhagens às propriedades dos brancos. Os
pequenos quilombos, verdadeiros grupos armados, tinham uma estrutura muito simples. Os maiores,
contudo, eram extremamente complexos. Dos quilombos que se disseminaram por toda a América
Portuguesa, o maior e mais conhecido foi o de Palmares, com cerca de 20.000 habitantes. Palmares
era, na verdade, uma confederação de quilombos, cujo principal líder foi Zumbi. Desses quilombos, o
mais importante foi o de Cerca Real dos Macacos, situado onde atualmente é a cidade de União dos
Palmares, no estado de Alagoas. Na Capitania de Minas Gerais, o mais conhecido foi o Quilombo do
Ambrósio, com cerca de 10.000 habitantes e que tomou o nome do seu líder. Situado na Serra da
Canastra, foi destruído em 1746. Nas Minas, os quilombolas participavam também de salteadores,
aterrorizando os viajantes nos caminhos.
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
134
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
1 — Cite as diversas formas de resistências utilizados pelos negros para fugir do trabalho escravo.
4 — Segundo o Conselho Ultramarino de 1740 o que o rei de Portugal considerava como Quilombo?
135
5 — Como era vida em torno dos Quilombos?
ATIVIDADE 2
136
ATIVIDADE 3
A RESISTÊNCIA ESCRAVA
A resistência escrava tomou diversas formas, individuais e coletivas. No dia a dia, as formas
comuns eram a desobediência, a diminuição deliberada do ritmo de trabalho e a sabotagem. Esta
última incluía o dano a implementação de trabalho ou à maquinaria, maus-tratos a animais de carga
e a destruição de plantações, incendiando-as, por exemplo. Nesses casos, a resistência geralmente
requeria um certo grau de cooperação entre os escravos, o que frustrava as tentativas de aplicar
um castigo exemplar. Já as formas declaradas de resistência individual eram mais extremas: a au-
todestruição por suicídio, a matança dos filhos recém-nascidos ou ataques físicos contra seus se-
nhores e seus familiares, administradores e feitores. Embora as vinganças violentas fossem raras,
elas alimentavam o medo dos senhores. Com efeito, o assassinato de um senhor, por um ou mais de
seus escravos, sempre colocava regiões inteiras em pânico. Uma das formas mais frequentes de
resistência dos escravos era a fuga individual ou coletiva [... ] desde os primórdios da Colônia existiu
uma forte repressão às fugas. Os Senados da Câmara, por exemplo, sempre nomearam capitães-
do-mato. Eram homens especializados na captura de fugitivos, recompensados pelos proprietários
de acordo com a distância do local onde efetuavam o reaprisionamento. Os capitães-do-mato eram
homens livres, mas tinham origem nos estratos mais humildes da população, ou seja, geralmente
eram mestiços e negros. Muitas vezes, esses caçadores de escravos eram forros, fato que nos aler-
ta para a amplitude do apoio à escravidão entre a população como um todo. Mais frequentes, porém
menos documentadas que as fugas “definitivas”, eram as ausências temporárias, ou pequenas fugas
[...] Com relutância, sem dúvida, os senhores de escravos aprenderam a tolerar as pequenas fu-
gas, encarando-as com um mal necessário para evitar descontentamentos maiores na escravaria.
Tal como os furtos, a pequena fuga transformou-se em um direito não abertamente reconhecido,
mais uma vez demonstrando a complexidade das relações senhor-escravo.
LIBBY, Douglas Cole; PAIVA, Eduardo França. A escravidão no Brasil: Relações sociais,
acordos e conflitos. São Paulo: Moderna, 2000.
1 — Com base no conteúdo do subtítulo A resistência escrava e nas informações de Libby & Paiva,
redija um texto sobre a resistência na América Portuguesa.
137
Textos e Leituras complementares
GOMES, Flávio dos Santos. A hydra e os pântanos: quilombos e comunidades de fugitivos no Brasil.
São Paulo: UNESP /Polis, 2005.
MELLO, Evaldo Cabral de. A fronda dos mazombos: nobres contra mascates. Pernambuco. 1666-1715.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MOTT, Luiz. Dedo de anjo e osso de defunto: os restos mortais na feitiçaria afro-luso-brasileira.
Revista USP, Dossiê Magia, n.31, p. 112-119, 1996.REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos. Liberdade
por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SOUZA, Laura de Mello e. O Diabo e a terra de Santa Cruz. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
Revista de História
www.revistadehistoria.com.br
Uol
www2.uol.com.br/historiaviva/
Revista Galileu
http://revistagalileu.globo.com
História Net
www.historianet.com.br
Paradidáticos
FIGUEIREDO, Luciano. Rebeliões no Brasil colônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
TAVARES, Luís Henrique Dias. Coleção Guerras e revoluções no Brasil. São Paulo: Ática, 1995.
138
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
TEMA 3:
HABILIDADE:
3.2. Ler e analisar fontes: correspondências, anúncios para captura de escravos, documentos oficiais e
mapas identificando a localização dos principais quilombos e seus efeitos sobre os colonos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
139
TEMA: REVOLTAS ESCRAVAS NA COLÔNIA PORTUGUESA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai conhecer sobre os Quilombos e Quilombolas, o Racismo e
discriminação no Brasil uma herança da escravidão.
PALMARES
Significado de Palmares — substantivo masculino plural Comunidade livre que, no interior de Alagoas,
era formada por escravos fugidos, índios e brancos, sendo chefiada por Zumbi; Quilombo dos Palmares.
Região cuja vegetação é maioritariamente composta por palmeiras.
Etimologia (origem da palavra palmares). Talvez plural de palmar.
MALÊS
Revolta dos Malês foi um levante de escravos de maioria muçulmana na cidade de Salvador, capi-
tal da Bahia, que aconteceu na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835. Foi o levante de maior relevân-
cia da então província da Bahia. Os malês eram negros de origem islâmica, que organizaram o levante.
O termo malê tem origem na palavra imalê, que significa “muçulmano” na língua iorubá. Apenas negros
africanos tomaram parte na revolta, que contou com cerca de 600 homens.
Os nascidos no Brasil, chamados crioulos, não cooperaram.
Os malês também eram conhecidos como nagôs na Bahia. Os nagôs tinham o costume de registrar
acontecimentos e tendo como religião o Islã, escreviam em árabe. Anotações encontradas em docu-
mentos servem para entender os motivos e circunstâncias do levante.
Outros grupos étnicos, como os haussás, também tomaram parte na batalha, mas em números
menos significativo. No entanto, o descontentamento com as condições de vida era geral, mesmo
entre as pessoas não escravas, sua grande maioria mestiços e crioulos.
140
Fonte imagem: https://www.google.com.br/search?q=Inicia-se+a+Revolta+dos+Mal%C3%AAs+em+
Salvador&tbm=isch&ved=2ahUKEwjUk62RmILqAhU6LbkGHWFPA4kQ2-cCegQIABAA&oq=
Inicia-se+a+Revolta+dos+Mal%C3%AAs+em+Salvador&gs_lcp=CgNpbWcQAzoHCCMQ6gI
QJ1CkugxY0OgMYM3wDGgBcAB4A4ABjQOIAZ4qkgEIMC4yLjE1LjSYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2
l6LWltZ7ABCg&sclient=img&ei=Y47mXpTWFLra5OUP4Z6NyAg&bih=526&biw=
1047#imgrc=yqtmSc4UNSNW1M
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
141
ATIVIDADES
142
ATIVIDADE 1
1 — O que pode justificar a Revolta dos Malês no Estado da Bahia no início do século XIX?
2 — Explique a Revolta dos Malês com indícios de religiosidade envolvidas nesse conflito.
143
ATIVIDADE 2
1 — Ganga Zumba traiu a causa de Palmares para firmar acordo com o governo colonial?
144
Textos e Leituras complementares
ANASTASIA, Carla. A geografia do crime. Violência nas Minas setecentistas. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2005.
FIGUEIREDO, Luciano. O Império em apuros: notas para o estudo das alterações ultramarinas e
das práticas políticas no império colonial português. ln: FURTADO, Júnia Ferreira (Org.). Diálogos
oceânicos. Op. Cit.
FURTADO, Júnia Ferreira. As minas endemoniadas. ln: Homens de negócio. A interiorização da metró-
pole e do comércio nas minas setecentistas. São Paulo: Hucitec, 1999.
GOMES, Flávio dos Santos. A hydra e os pântanos: quilombos e comunidades de fugitivos no Brasil.
São Paulo: UNESP /Polis, 2005.
MELLO, Evaldo Cabral de. A fronda dos mazombos: nobres contra mascates. Pernambuco. 1666-1715.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MOTT, Luiz. Dedo de anjo e osso de defunto: os restos mortais na feitiçaria afro-luso-brasileira. Revista
USP, Dossiê Magia, n.31, p. 112-119, 1996.
REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil.
São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
Revista de História
www.revistadehistoria.com.br
Uol
www2.uol.com.br/historiaviva/
Revista Galileu
http://revistagalileu.globo.com
História Net
www.historianet.com.br
Paradidáticos
FIGUEIREDO, Luciano. Rebeliões no Brasil colônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
TAVARES, Luís Henrique Dias. Coleção Guerras e revoluções no Brasil. São Paulo: Ática, 1995.
145
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Reconhecer a diversidade cultural Brasileira e as desigualdades que ainda persistem no país e no Mundo.
HABILIDADE(S):
Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas
diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo
do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
146
O QUE É CULTURA?
Você certamente já deve ter percebido que certas palavras são utilizadas com mais de um senti-
do. É precisamente esse o caso do termo “cultura”. É comum, por exemplo, ouvirmos dizer que deter-
minada pessoa tem cultura porque fala vários idiomas ou porque conhece muitas obras de literatura.
Saindo do plano individual, também é frequente lermos que certa civilização produziu uma cultura
muito complexa do ponto de vista religioso. Além desses dois usos, eventualmente nos deparamos
com pessoas que costumam comparar a época atual com a do passado, dizendo, por exemplo, que
as pessoas da década de 1970 não apreciavam a cultura pop internacional tanto quanto as de hoje o
fazem. Em todos esses casos, estamos diante da mesma palavra, “cultura”. Mas os sentidos com que
ela aparece em cada um dos contextos são bastante diferentes, conforme notou o pensador Félix
Guattari. uma das contribuições de Guattari é a distinção dos três sentidos usuais de “cultura”: cultu-
ra-valor, cultura-alma coletiva e cultura-mercadoria.
Cultura como valor (Capital cultural): Ela expressa a ideia de que é possível ter ou não ter determi-
nada cultura. É o caso, por exemplo, dos brasileiros que dominam a língua francesa, latina ou alemã,
sendo, por isso, considerados cultos. O uso do termo “cultura” para denotar um valor permite, portanto,
determinar a distinção entre quem tem e quem não tem uma suposta cultura (por exemplo, artística,
musical, científica, filosófica e matemática, dentre outras). A noção de cultura como valor permite,
ainda, classificar certo indivíduo como pertencente ao meio culto ou inculto, dentre muitos outros.
Pessoas que não dominam as normas da língua culta para a escrita, por exemplo, tendem a ser classi-
ficadas como incultas.
Cultura-alma coletiva: É o uso cotidiano da palavra “cultura”, o chamado “cultura-alma coletiva”, é
sinônimo de “civilização”. Nesse caso, estamos diante da noção de que todas as pessoas, grupos e po-
vos têm cultura e identidade cultural. A população do interior do estado de São Paulo, por exemplo, tem
como parte integrante de sua identidade cultural um sotaque bastante peculiar na pronúncia do “r” em
palavras como “porta”, “jantar” e “dormir”, dentre tantas outras. É nesse sentido, portanto, que falamos
de cultura negra, chinesa ou ocidental, sempre fazendo referência aos traços culturais que possibilitam
a identificação e a caracterização dos indivíduos que constituem esses povos.
Cultura-mercadoria: O uso do termo “cultura” como cultura-mercadoria corresponde, segundo
Guattari, à chamada “cultura de massa”. Nesse caso, não se trata de avaliar a qualidade da cultura que
determinada pessoa tem ou não, nem tampouco de delimitar os traços culturais de um povo (como os
habitantes do interior de São Paulo). A noção de cultura-mercadoria está ligada a bens, equipamentos e
conteúdos teóricos e ideológicos de produtos que estão à disposição das pessoas que querem e podem
comprá-los. São os casos, por exemplo, de serviço, filmes, livros, músicas, novelas, séries e progra-
mas de reality shows consumidos por milhões de pessoas dentro e fora do Brasil. Ou seja, gente com
repertórios culturais muito distintos (primeiro sentido) e oriundos de culturais extremamente diversifi-
cadas (segundo sentido) pode muito bem partilhar a mesma cultura-mercadoria quando assiste ao Big
Brother ou escuta Katy Perry.
Disponível em: https://doutorgori.wordpress.com/2012/08/15/a-charge-da-semana. Acesso em: 15/06/2020.
147
de omissões, seleção de acontecimentos
importantes, enunciado de um sistema de
valores particular, etc. Em sua expansão, a
partir do século XV, as sociedades européias
se defrontaram com outras sociedades e
perceberam que estas não eram feitas à sua
imagem. A reação imediata do Ocidente foi o
etnocentrismo. Em seu avanço, a cultura eu-
ropéia não só é etnocêntrica, como também
etnocidária. O etnocídio é a destruição de mo-
dos de vida e de pensamentos diferentes dos
compartilhados por aqueles que conduzem
à prática da destruição, que reconhecem a
diferença como um mal que deve ser sanado mediante a transformação do Outro em algo idêntico ao
modelo imposto. Resulta disso, segundo Jaulin, que o conjunto submetido a essa cultura é homogêneo,
pois provém da extensão de si mesmo e da negação do Outro. O outro é sempre negado pelas culturas
européias, pois o universo no qual está integrado passa a depender dessas culturas.
TELLES, Norma. A imagem do índio no livro didático: equivocada, enganadora. Em Aracy Lopes da Silva (organizadora),
A questão indígena na sala de aula, São Paulo, Brasiliense, 1987, p. 75-6.
148
Cultura está muito associada a estudo, educação, formação escolar, o que não é correto; por vezes se
fala de cultura para se referir unicamente às manifestações artísticas, como o teatro, a música, a pintura,
a escultura, cinema, logo ouvimos falar também de acesso à cultura. Outras vezes, ao se falar na cultura
da nossa época ela é quase que identificada com os meios de comunicação de massa, tais como o rádio,
a televisão. Ou então cultura diz respeito às festas e cerimônias tradicionais, às lendas e crenças de um
povo, ou a seu modo de se vestir, à sua comida, a seu idioma. A lista ainda pode aumentar mais.
Contudo, devemos entender como cultura todas as maneiras de existência humana. Essa tensão
entre referir-se a uma cultura dominante ou a qualquer cultura, permanece, e explica-se em parte a
multiplicidade de significados do que seja cultura. Notem que é no segundo sentido que as ciências so-
ciais costumam falar de cultura, no sentido amplo, como fenômeno unicamente humano, que se refere
a capacidade que os seres humanos tem de dar significados às suas ações e ao mundo que os rodeia.
Cabe aqui iniciarmos uma conversa sobre cultura popular, que aparece associada ao povo, às clas-
ses excluídas socialmente, às classes dominadas. Ao contrário da cultura erudita, a cultura popular
não está ligada ao conhecimento científico, pelo contrário, ela diz respeito ao conhecimento vulgar ou
espontâneo, ao senso comum. Geralmente a cultura popular é identificada com folclore, conjunto das
lendas, contos e concepções transmitidas oralmente pela tradição. É produzida pelo homem do campo,
das cidades do interior ou pela população suburbana das grandes cidades.
A cultura popular é conservadora e inovadora ao mesmo tempo no sentido em que é ligada à tradição
(costumes, crenças, rituais) mas incorpora novos elementos culturais. Muitas vezes a incorporação de
elementos modernos pela cultura popular (como materiais como plástico, por exemplo) a transformação
de algumas festas tradicionais em espetáculos para turistas (como o carnaval) ou a comercialização de
produtos da arte popular são, na verdade, modos de preservar a cultura popular a qualquer custo e de seus
produtores terem um alcance maior do que o pequeno grupo de que fazem parte.
Todos os indivíduos, todos os seres humanos tem cultura, no entanto, cada cultura é diferente da
outra, mesmo povos ditos incivilizados tem cultura, pois a cultura não baseia-se somente na linguagem
escrita, e, como é herança social é transmitida de geração em geração. Cultura compreende uma série
de elementos, como costumes, crenças religiosas, vestimenta, língua, objetos, rituais etc.
149
ATIVIDADES
1 — A cultura material nada mais é que a importância que determinados objetos possuem para determi-
nado povo e sua cultura. É também através da cultura material que se ajuda a criar uma identidade
comum. Já a cultura imaterial é uma manifestação de elementos representativos, de hábitos, de
práticas e costumes. A transmissão dessa cultura se dá muitas vezes pela tradição.
2 — É uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os
outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições
do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a
diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc.
150
4 — O conceito “São diferenças culturais que existem entre os seres humanos. Há vários tipos, tais
como: a linguagem, danças, vestuário, religião e outras tradições como a organização da socie-
dade” diz respeito a:
a) ( ) Ações etnocêntricas.
b) ( ) Diversidade Cultural.
c) ( ) Relatividade Moral.
d) ( ) Descritivismo Antropológico.
e) ( ) Diversidade Linguística.
5 — Dentre as frases a seguir, identifique aquela que expressa a principal função das propagandas em
uma sociedade de consumo.
a) ( ) Informar os consumidores das virtudes dos produtos.
b) ( ) Divulgar o produto para atingir demanda já existente.
c) ( ) Esconder os problemas dos produtos.
d) ( ) Criar a necessidade de consumo alavancando a demanda (vendas).
e) ( ) Promover pessoas importantes.
151
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Reconhecer a diversidade cultural Brasileira e as desigualdades que ainda persistem no país e no Mundo.
HABILIDADE(S):
Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas
diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo
do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
152
DESIGUALDADE SOCIAL
153
e as aptidões individuais de cada pessoa. Como uma das ideias que fundamenta moralmente o libera-
lismo, a meritocracia é um princípio essencial de justiça nas sociedades ocidentais modernas. A partir
dessa ideia é que se justifica e se legitima a forma como os recursos estão distribuídos na sociedade.
Segundo essa tese, a mobilidade social deve ser um resultado exclusivo dos esforços individuais atra-
vés da qualificação e do trabalho.
Você já se perguntou por que existem pessoas pobres e pessoas ricas em nossa sociedade? Será
que o “sucesso” depende da ação individual das pessoas (agência) ou é definido por questões sociais
(estrutura social) definida pelas maiores ou menores oportunidade que as pessoas tem ao nascer e
desfrutam ao longo de toda a sua vida. Para lhe ajudar a responder essa questão sugerimos que assis-
ta o vídeo “O segredo da meritocracia” (acesse: https://www.youtube.com/watch?v=YINTTVjBrY4), ele
ajudará a entender as inúmeras variáveis que define a trajetória social de um indivíduo.
Concentração de riqueza
Fenômeno presente em sociedades marcadas por intensas desigualdades, onde grande parte da
riqueza produzida acaba por ficar nas mãos de uma pequena parcela de indivíduos. Tal situação acaba
por dificultar as possibilidades de mobilidade social (principalmente no que se refere à ascensão social
dos estratos mais pobres).
154
Mobilidade social
Possibilidade de um indivíduo migrar de um grupo social
para outro. Existem dois modelos de mobilidade: ascensão
social (migração de um grupo em posição socialmente inferior
para uma superior) e declínio ou queda social (passagem de um
grupo socialmente superior para outro inferior). A mobilidade
pode ser obtida mediante esforços ou conquistas individuais
(como nas sociedades de classes) ou por concessões de gru-
pos superiores (como nas sociedades estamentais). No mode-
lo de castas não existe a possibilidade de ocorrer mobilidade
social. Os indivíduos nascem e permanecem no mesmo grupo Fonte: Disponivel em: https://www.
social até a sua morte. portaldovestibulando.com/2014/10/
estratificacao-social-diferencas.html
Acesso em: 15/06/2020.
Status social
Construção da noção de prestígio a partir de características individuais. Conceito determinado pela
configuração de prestígio social presente em características individuais. Assim como os elementos que
determinam as desigualdades sociais, a noção de status também é construída socialmente.
O status pode ser “adquirido” (quando conquistado por ações individuais reconhecidas coletivamen-
te, como, por exemplo, a profissão) ou “atribuído” (mediante características individuais que não podem
ser transformadas, como a etnia).
Alguns dos principais elementos que determinam status na sociedade brasileira são renda, etnia,
gênero, formação educacional, local de moradia e profissão. Os indivíduos que não possuem as carac-
terísticas geradoras de status acabam por ser estigmatizados nas relações sociais.
Estratificação social
155
FORMAS DE MEDIR A DESIGUALDADE, ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANOS — IDH
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os
países pelo seu grau de “desenvolvimento humano” e para ajudar a classificar os países como de-
senvolvidos (desenvolvimento humano muito alto), em desenvolvimento (desenvolvimento humano
médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a par-
tir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador
do padrão de vida) recolhidos em nível nacional.
Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH também
é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais
como estados, cidades, aldeias, etc.
IDH — Mundo
156
IDH — Brasil
157
Banco Mundial alerta para desigualdades de renda no Brasil
Em 1971, o economista holandês Jan Pen publicou um célebre tratado sobre a distribuição de renda
no Reino Unido, no qual descreveu um desfile reunindo das pessoas mais pobres, na abertura, às mais
ricas, no fim. Daí surgiu o termo “O Desfile de Pen”. Neste mês, um estudo do Banco Mundial para a
América Latina e Caribe propôs o mesmo exercício para o Brasil, colocando na Sapucaí “o desfile mais
estranho da história”. “Por muito tempo, só se veriam pessoas incrivelmente pequenas (apenas alguns
centímetros de altura), um incrível desfile de anões. Levaria mais de 45 minutos para os participantes
alcançarem a mesma altura que os espectadores. Nos minutos finais, gigantes incríveis, mais altos do
que montanhas, apareceriam”, descreve o relatório, produzido pelo Gabinete do Economista-Chefe da
regional do Banco Mundial. O encerramento seria feito pelos milionários brasileiros, que teriam dois
terços de seus corpos a 100 km acima do nível do mar.
PARA SABER MAIS — Os vídeos abaixo nos ajudam a refletir sobre o quadro de desigualdade social no
Brasil, que nos leva a vivenciar uma triste e contraditória realidade onde somos ao mesmo tempo um
país rico com muita pobreza.
Ilha das Flores — https://www.youtube.com/watch?v=RRady6kla34
Lixo Extraordinário - https://www.youtube.com/watch?v=ZdZHab1ZB8Q
158
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 2
CARTA AO PREFEITO
Pesquisar em seu bairro/comunidade (Verifique com os pais, avós, tios, amigos mais velhos):
a) Quais os principais problemas relacionados a desigualdade social em seu bairro?
b) Como são tratados esses problemas? (segurança, educação, saúde, moradia, transporte,
emprego).
c) Em comparação aos problemas de antigamente e aos atuais, o que mudou? Cite exemplos.
O que você acha que pode ser feito para amenizar essa desigualdade.
d) Utilize a pesquisa como referência e elabore uma carta ou e-mail ao prefeito expondo os
problemas sociais existentes em seu bairro.
ATIVIDADE 3
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manoel Bandeira)
159
1 — Caracterize, compare e dê exemplos de diversidades humanas e desigualdades sociais.
5 — Diante dos vários espaços de sociabilidade, todos têm o mesmo acesso aos mesmos bens
materiais?
160
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Reconhecer a diversidade cultural Brasileira e as desigualdades que ainda persistem no país e no Mundo.
HABILIDADE(S):
Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas
diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo
do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
161
SOCIALIZAÇÃO E IDENTIDADE DE GÊNERO
“Não se nasce mulher, torna-se mulher” — Simone de Beauvoir
“Um caminho dentro da Sociologia para se analisar “as origens das diferenças de gênero é estudar
a socialização do gênero, a aprendizagem de papéis do gênero com o auxílio de organismos sociais,
como a família e a mídia. Essa abordagem faz distinção entre sexo biológico e gênero social — uma
criança nasce com o primeiro e desenvolve o segundo. Pelo contato com vários organismos sociais,
tanto primários como secundários, as crianças internalizam gradualmente as normas e as expectativas
sociais que são percebidas como correspondentes ao seu sexo. As diferenças de gênero não são biolo-
gicamente determinadas, são culturalmente produzidas. De acordo com essa visão, as desigualdades
de gênero surgem porque homens e mulheres são socializados em papéis diferentes.” Na socializa-
ção do gênero “meninos e meninas são guiados por “sanções” positivas e negativas, forças socialmente
aplicadas que recompensam ou restringem o comportamento. Por exemplo, um menino poderia ser
sancionado positivamente em seu comportamento (“Que menino valente você é!”), ou ser alvo de san-
ções negativas (“Meninos não brincam com bonecas”). Essas afirmações positivas e negativas ajudam
meninos e meninas a aprender os papéis sociais esperados e a adequar-se a eles.”
“As influências sociais na identidade de gênero fluem por meio de diversos canais;” …
“Estudos sobre as interações entre pais e filhos, por exemplo, mostram diferenças distintas no tra-
tamento de meninos e meninas, mesmo quando os pais acreditam que suas reações para ambos se-
jam iguais. Os brinquedos, os livros ilustrados e os programas de televisão experienciados por crianças
tendem a enfatizar diferenças entre os atributos masculinos e femininos. Embora a situação, de algu-
ma forma, esteja mudando, os personagens masculinos em geral superam em número os femininos na
maior parte dos livros infantis, contos de fadas, programas de televisão e filmes. Os personagens mas-
culinos tendem a representar papéis mais ativos e aventurosos, enquanto os femininos são retratados
passivos, esperançosos e voltados à vida doméstica. Pesquisadoras feministas demonstraram como
produtos culturais e de mídia, comercializados para audiências jovens, encarnam atitudes tradicionais
para com o gênero e os tipos de objetivos e ambições esperados em meninos e meninas.”
Fonte: http://crv.educacao.mg.gov.br
162
Processo de socialização
A socialização designa o processo que introduz uma pessoa à sua cultura e na qual aprende a viver
em sociedade e a decodificar as formas de fazer, de agir, de pensar e de sentir do seu ambiente social e
cultural. (Rocher, 1968) Deste modo através do processo de socialização a pessoa constrói a sua identi-
dade social e interioriza as normas, os valores e os saberes que lhe permitem entrar em relação com os
outros e de funcionar no seio de um grupo, na sociedade.
MULHERES EM RISCO
As mulheres vivenciam episódios de assédio sexual ao longo das suas vidas. Dados da ONG
Catalyst apontam que cerca de 50% das mulheres da União Europeia denunciaram algum tipo de
assédio sexual no local de trabalho. No mundo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica
que mais de 50% das mulheres já foram vítimas de assédio sexual, mas a maioria não denuncia por
falta de provas;
No Brasil, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 67% dos casos de
violência contra as mulheres são cometidos por parentes próximos ou conhecidos das famílias
das vítimas, 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes e apenas 10% dos estupros
são notificados;
Entre as mulheres pretas e pardas brasileiras, os assassinatos aumentaram 54% em dez anos
(entre 2003 e 2013), segundo o Mapa da Violência de 2015, elaborado pela Faculdade Latino-Ameri-
cana de Ciências Sociais (Flacso), OPAS, ONU Mulheres Brasil e Ministério das Mulheres, Igualdade
Racial e Direitos Humanos. O número entre esse grupo é muito superior aos 21% de incremento nos
assassinatos entre todas as mulheres. Das mortes violentas, 50,3% são cometidas por familiares e
33,2% por parceiros ou ex-parceiros;
163
No Brasil, a média salarial feminina corresponde a 74,5% da média salarial masculinas, de acordo
com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2014, do Instituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística (IBGE). Para as mulheres negras, além da diferença salarial temos ainda uma maior
concentração em ocupações de menor remuneração: um estudo de 2009 do IPEA apontou que 21%
das mulheres negras no Brasil são trabalhadoras domésticas contra 12,5% das mulheres brancas e
apenas 22% têm carteira assinada.
Além de desafios práticos que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, como a concilia-
ção da carreira e família de forma mais intensa que os homens, precisam lidar com obstáculos invisí-
veis: os estereótipos. O Center for WorkLife Law da Universidade da Califórnia validou em pesquisa a
existência de quatro grupos de estereótipos que dificultam o avanço profissional feminino: barreira
da maternidade, corda justa, prove novamente e guerra de gênero.
AS MULHERES E A PRODUTIVIDADE
As mulheres são uma grande força para a economia mundial: representam mais de 40% da mão
de obra global, 43% da força de trabalho atuante e mais da metade dos estudantes universitários do
mundo, de acordo com um relatório de 2012 do Banco Mundial:
• De acordo com um relatório de 2015 do McKinsey Global Institute, resolver a desigualdade de
gênero em todas as suas dimensões poderia adicionar US$ 28 trilhões ao PIB global em 2025, o
equivalente à soma das economias e da China e dos Estados Unidos somadas. Apenas no Bra-
sil, essa mudança poderia gerar um PIB 30% maior, em 2025, com até US$ 850 bilhões a mais
em circulação;
• Os países que promovem os direitos das mulheres e aumentam o acesso delas aos recursos e
ao ensino têm taxas de pobreza mais baixas, crescimento econômico mais rápido e menos cor-
rupção do que os países onde isso não ocorre, de acordo com evidências do estudo Desenvolvi-
mento e Gênero — Igualdade de Género em Direitos, Recursos e Voz, do Banco Mundial.
Fonte: Cartilha: Principio de empoeiramento das Mulheres — adaptado Disponível em: http://www.onumulheres.org.br
/wp-content/uploads/2016/04/cartilha_WEPs_2016.pdf. Acesso em: 15/06/2020.
164
Políticas de segurança para as mulheres
As políticas públicas podem ser aplicadas em forma de programas, ações, campanhas, serviços,
leis e diversas outras atividades desenvolvidas pelos governos (federal, estadual ou municipal), com a
participação de entes públicos ou privados. Essas ações têm como objetivo assegurar determinados
direitos à população, de forma difusa ou focada especificamente em algum segmento social, cultural,
étnico ou econômico. Trata de direitos garantidos constitucionalmente ou publicamente reconhecidos
por sua necessidade.
Fonte: Políticas Públicas: conceitos e práticas. SEBRAE, 2008.
HOMOFOBIA
Homofobia é o termo utilizado para designar uma espécie de medo irracional diante da homossexu-
alidade ou da pessoa homossexual, colocando este em posição de inferioridade e utilizando-se, muitas
vezes, para isso, de violência física e/ou verbal. A palavra homofobia significa a repulsa ou o preconceito
contra a homossexualidade e/ou o homossexual. Esse termo teria sido utilizado pela primeira vez nos
Estados Unidos em meados dos anos 70 e, a partir dos anos 90, teria sido difundido ao redor do mun-
do. A palavra fobia denomina uma espécie de “medo irracional”, e o fato de ter sido empregada nesse
sentido é motivo de discussão ainda entre alguns teóricos com relação ao emprego do termo. Assim,
entende-se que não se deve resumir o conceito a esse significado.
Podemos entender a homofobia, assim como as outras formas de preconceito, como uma atitude
de colocar a outra pessoa, no caso, o homossexual, na condição de inferioridade, de anormalidade,
baseada no domínio da lógica heteronormativa, ou seja, da heterossexualidade como padrão, norma. A
homofobia é a expressão do que podemos chamar de hierarquização das sexualidades. Todavia, deve-
se compreender a legitimidade da forma homossexual de expressão da sexualidade humana. No decor-
rer da história, inúmeras denominações foram usadas para identificar a homossexualidade, refletindo
o caráter preconceituoso das sociedades que cunharam determinados termos, como: pecado mortal,
perversão sexual, aberração.
Outro componente da homofobia é a projeção. Para a psicologia, a projeção é um mecanismo de
defesa dos seres humanos, que coloca tudo aquilo que ameaça o ser humano como sendo algo externo
a ele. Assim, o mal é sempre algo que está fora do sujeito e ainda, diferente daqueles com os quais se
identifica. Por exemplo, por muitos anos, acreditou-se que a AIDS era uma doença que contaminava
exclusivamente homossexuais. Dessa forma, o “aidético” era aquele que tinha relações homossexuais.
Assim, as pessoas podiam se sentir protegidas, uma vez que o mal da AIDS não chegaria até elas (he-
terossexuais). A questão da AIDS é pouco discutida, mantendo confusões, como essa, em vigor e sus-
tentando ideias infundadas. Algumas pesquisas apontam ainda para o medo que o homofóbico tem de
se sentir atraído por alguém do mesmo sexo. Nesse sentido, o desejo é projetado para fora e rejeitado,
a partir de ações homofóbicas.
Assim, podemos entender a complexidade do fenômeno da homofobia que compreende desde as
conhecidas “piadas” para ridicularizar até ações como violência e assassinato. A homofobia implica
ainda numa visão patológica da homossexualidade, submetida a olhares clínicos, terapias e tentativas
de “cura”. A questão não se resume aos indivíduos homossexuais, ou seja, a homofobia compreende
também questões da esfera pública, como a luta por direitos. Muitos comportamentos homofóbicos
surgem justamente do medo da equivalência de direitos entre homo e heterossexuais, uma vez que isso
significa, de certa maneira, o desaparecimento da hierarquia sexual estabelecida, como discutimos.
165
Podemos entender então que a homofobia compreende duas dimensões fundamentais: de um lado
a questão afetiva, de uma rejeição ao homossexual; de outro, a dimensão cultural que destaca a ques-
tão cognitiva, onde o objeto do preconceito é a homossexualidade como fenômeno, e não o homosse-
xual enquanto indivíduo.
Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a legalidade da união estável entre pesso-
as do mesmo sexo no Brasil. A decisão retomou discussões acerca dos direitos da homossexualidade,
além de colocar a questão da homofobia em pauta. Apesar das conquistas no campo dos direitos, a
homossexualidade ainda enfrenta preconceitos. O reconhecimento legal da união homoafetiva não foi
capaz de acabar com a homofobia, nem protegeu inúmeros homossexuais de serem rechaçados, mui-
tas vezes de forma violenta.
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/homofobia.htm
166
ATIVIDADES
5 — Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construí-
dos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A persistência da violência contra a mulher na so-
ciedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista. (25 linhas)
INSTRUÇÕES: A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno
de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá
nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: tiver até 7 (sete) linhas
escritas, fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo; apresentar pro-
posta de intervenção que desrespeite os direitos humanos; ou apresentar parte do texto delibe-
radamente desconectada do tema proposto.
167
TEXTO IV
168
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Reconhecer a diversidade cultural Brasileira e as desigualdades que ainda persistem no país e no Mundo.
HABILIDADE(S):
Identifcar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas
diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo
do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
169
POR QUE FALAR SOBRE RAÇA E ETNIA?
O Brasil é formado por 204,5 milhões de habitantes, sendo que 45,22% se dizem brancos; 54,48%
negros (45,06% pardos e 8,86% pretos); 0,47% amarelos 0,38% indígenas (IBGE/PNAD-2015). Estes
dados nos mostram que o Brasil é um país multirracial, multicultural pluriétnico. Tanta diversidade
deveria ser vista como algo positivo, só que, por causa da nossa história de discriminação e exclusão,
as diferenças são transformadas em desigualdades e má distribuição de riquezas que afetam toda a
população, sobretudo os negros e os indígenas. Além disso, outros grupos também carregam marcas
por causa de sua origem, culturas e costumes, como é o caso de ciganos, judeus e palestinos.
170
Racismo, um problema atual construído no passado
Entre os problemas sociais enfrentados pela sociedade Brasileira na atualidade o preconceitos
racial se destaca por sua permanência. Por ter origens históricas e cultural no Brasil racismo deve ser
classificado como estrutural, na medida em que nossa sociedade, desde seu princípios, foi constituída
em bases racistas, não reconhecimento da diversidade étnico-racial e em tentativa dos colonizadores
europeus de subjugar e explorar as populações indígenas que aqui estavam e os africanos trazidos for-
çadamente para o nossos país. Os estudos sociológicos ao buscar compreender as raízes históricas e
processo que sustentam posturas racistas no dias atuais, se mostra fundamental para a construção
de um sociedade que supere esse racismo estrutural e permita que as futuras gerações reconheça,
respeite e valorize as riquezas étnico-racial que compõem o povo Brasileiro.
Tendo em vista a importância da discussão do tema Étnico-racial para o país, os primeiros soci-
ólogos brasileiros, ainda na década de 30 do século XX, já se dedicavam ao estudo do tema. Entre os
vários estudos destacam-se os realizados por Gilberto Freyre e Florestan Fernandes os quais veremos
brevemente a seguir.
171
CONCEITOS BÁSICOS PARA ENTENDER A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NO BRASIL
Etnia
Baseia-se em traços e práticas culturais partilhadas pelo grupo, tais como músicas, costumes,
comida, ritos e rituais.
Exemplo: 1) descendentes de italianos que comem macarronada e pizza aos domingos, escutam a
Tarantela e usam expressões como ‘mamma mia’. 2) alemães em SC e sua arquitetura, dieta e Oktober-
fest Grupos étnicos no Brasil: pomerânios do ES, poloneses do PR, italianos de SP, xavantes no MS,
ianomamis em RR, pataxós na BA.
Raça/Cor na Biologia
O termo raça foi inicialmente utilizado para distinguir pessoas de cores diferentes. Hoje sabe-se que
não existem, biologicamente/geneticamente falando, raças distintas. Diferenças fenotípicas não carac-
terizam ou identificam raças distintas. Diferenças visíveis são adaptações ambientais sofridas ao longo
do tempo.
Raça/Cor na Sociologia
Raça é uma construção social segundo a qual membros da população compartilham características
físicas herdadas. A raça/cor depende de um critério arbitrário de escolha da sociedade. Cor é o critério
comum, mas poderia também ser formato da cabeça, cor dos olhos, tipo de cabelo, etc.
Diferenças físicas visíveis levam pessoas a assumirem certos comportamentos, provocando ações
e atitudes que são objeto de estudo da sociologia (preconceito, discriminação, grupo minoritário).
• Discriminação: ação deliberada e intencional de tratar um grupo social de maneira injusta e desigual.
Exemplos extremos: genocídio, xenofobia, expulsão geográfica de determinado território. A discri-
minação também pode ocorrer sem que haja sentimento de preconceito: Ex.: mulher não paga, ou
paga menos até x horas, estudante paga meia, negros que discriminam negros em processos não
relacionados a cor. Às vezes a discriminação é dissimulada, não ficando claro, nem mesmo para quem
a sofre, que ela de fato existe – o que torna ainda mais difícil superá-la. Discriminação é uma atitu-
de ou tratamento diferenciado em relação ao outro que pode levar à marginalização ou exclusão. A
discriminação e a segregação materializam as ideologias calcadas em preconceitos que refletem a
hegemonia de um grupo e a subordinação de outro.
172
Discriminação é uma manifestação pública do preconceito, e como tal é passível de controle pelo
aparato jurídico do Estado. Pode-se ser preconceituoso sem traduzir tal preconceito em atos de discri-
minação. Ex.: mulheres dirigem mal, mas podem dirigir meu carro. Brancos são ruins de basquete mas
podem jogar no meu time.
O papel das ações afirmativas — São políticas públicas (e privadas) visando o combate a práticas
discriminatórias raciais, de gênero, ou étnica. Ex.: reserva de vagas para mulheres em partidos políticos,
reserva de vagas para negros em universidades, reserva de vagas para latino americanos, reserva de
vagas para deficientes físicos negros em concursos públicos. Qualificam pessoas que se autodeclaram
como tais.
173
ATIVIDADES
b) Tolerância
c) Diversidade cultural
d) Racismo
e) Etnocentrismo
2 — Escreva um texto dissertativo em que reflita sobre a seguinte questão: “Preconceito é algo que
se aprende?”
5 — Pesquisa 1
— Por que dia 20 de novembro foi escolhido para comemorar o Dia da Consciência Negra?
— Quem foi Zumbi dos Palmares e porque ele é um símbolo tão importante para o povo negro?
174
— O que foram os quilombos?
6 — Pesquisa 2
— Pesquisar objetivos, pautas atuais, principais conquistas e representantes do movimento negro
no Brasil e no mundo.
— Pesquisa sobre pessoas que lutaram pelos direitos dos negros no Brasil e no mundo.
7 — Pesquisa 3
— Pesquisar a importância da cultura negra no Brasil atual;
8 — Análise de Músicas
Procure músicas que tratam sobre a questão das desigualdades raciais e analise.
9 — Análise de vídeos
Procure filmes ou documentários que tratam sobre a questão das desigualdades raciais e analise.
Sugestões: “Vista minha pele”, “Pantera Negra”, “Todo mundo odeia o Cris”, “Corra”, “Um maluco
no pedaço”.
175
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
EIXO: Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA 1:
Estabelecer relações entre informação não-verbal e verbal na compreensão de textos de vários gêneros.
176
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
SPORTS
The Tokyo 2020 Olympic Games will be canceled if the coronavirus pandemic extends into next year,
the president of the organizing committee said Tuesday.
Speaking to Japan’s Nikkan Sports daily, Yoshiro Mori described COVID-19 as “fighting an invisible
enemy” and admitted the International Olympic Committee (IOC) and Tokyo organizers could not
afford another postponement.
“In that case, it’s canceled,” Mori said when asked whether the Games could be delayed by a further
12 months, should coronavirus still be a threat next year.
…
Originally scheduled to be held in Tokyo between July 24 and August 9 this year, the Games will
instead take place from July 23 to August 8 2021.
With the exception of the two world wars, the Olympics have never been canceled or postponed
since they began in their modern guise in 1896.
Matéria da revista americana Newsweek, disponível em: https://www.newsweek.com/tokyo-olympics-coronavirus-outbreak-
cancelled-2020-1500576. Acesso em: 02 mai. 2020.
2 — Sabendo que Newsweek é uma das maiores revistas semanais dos Estados Unidos, qual o gênero
deste texto? Qual a principal função comunicativa dele?
177
6 — Quando os jogos aconteceriam e quando eles estão previstos para acontecer?
ATIVIDADE 2
3 — What symbol(s) of Olympics Games can you see in the picture? Do you know what it (they)
represent(s)?
5 — In your opinion, can the Olympic Games be good for the economy of the host city?
178
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
EIXO: Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA 1:
TEMA 5:
Conhecimento léxico-sistêmcio.
Estabelecer relações entre informação não-verbal e verbal na compreensão de textos de vários gêneros.
Reconhecer e/ou produzir as funções sociocomunicativas do imperativo, assim como os efeitos de sentido
que ajudam a construir nos vários gêneros textuais orais e escritos.
TÓPICOS/HABILIDADES:
Condições de produção do texto escrito de gêneros textuais diferentes, Elementos não-verbais e saliências
gráficas, Características formais, lexicais e sintáticas de gêneros textuais diferentes e Características lexi-
cais e sintáticas dos tipos textuais.
179
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
When you’re going to use your PS4™ system in the vertical position, attach the vertical stand
(sold separately).
Fonte: https://manuals.playstation.net/document/en/ps4/basic/install.html
180
4 — Para os fins a que este texto se propõe, as informações não-verbais (imagens) ajudam a compre-
ender as informações verbais? Justifique sua resposta.
5 — Muitos textos permitem ao leitor ter diferentes interpretações ao lê-los. O texto lido também dá ao
leitor essa liberdade? Por quê?
7 — Considerando a oração “Connect your PS4™ system to your TV.”, em qual tempo verbal está conju-
gado o verbo “to connect”:
a) presente simples
b) passado simples
c) imperativo
8 — Copie do texto outras orações cujos verbos estão conjugados nesse mesmo tempo verbal.
181
ATIVIDADE 2
The buttons that appear and the required steps vary depending on the type of content.
PlayStation™Store is available only in certain countries and regions, and in certain languages. Also,
the types of content and services that are provided vary depending on the country or region of
residence. For details, visit the customer support website for your country or region.
To view the progress of downloads, select (Notifications) from the function screen.
You can download some deleted content again. To confirm whether your game is downloadable
again, select (Library) > [Purchased] in the content area.
You can install games on a USB storage device that’s been formatted for use as extended storage.
For details, see “Using extended storage”.
Fonte: https://manuals.playstation.net/document/en/ps4/game/storegame.html
As palavras do mundo digital estão presentes em vários contextos. Vamos listar algumas palavras e expres-
sões em inglês encontradas no texto e que são utilizadas no mundo dos computadores, smartphones e da
internet. Escreva o significado delas, tentando entendê-las a partir de seus contextos:
• Play • Purchase • Customer
• Download • Add • View
• Store • Checkout • Screen
• Free Trial version • Start • Delect
• Free to play • Account • Library
• Data • Steps • USB
• Background • Buttons • Storage device
• Buy • Content • Available
182
Responda, de acordo com o texto:
3 — Em qual tempo verbal está conjugado o verbo “to select” na oração: “Select (PlayStation Store)
from the content área”.
a) Presente simples b) Passado simples c) Imperativo
5 — Copie mais duas orações do texto cujos verbos estão conjugados no mesmo tempo verbal identi-
ficado na questão 3.
ATIVIDADE 3
4 — When do you watch sports or play games; everyday or only on the weekends?
183
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
EIXO: Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA 1:
TEMA 10:
Aspectos léxico-sistêmicos.
• Estabelecer relações entre informação não-verbal e verbal na compreensão de textos de vários gêneros.
• Inferir o significado de palavras e expressões desconhecidas com base na temática do texto, no uso do
contexto e no conhecimento adquirido de regras gramaticais e de aspectos lexicais.
184
ATIVIDADES
Fonte: https://www.42frases.com.br/
185
ATIVIDADE 2 Formação de palavras
1 — Sabendo que as palavras podem ser formadas a partir da junção de prefixos e sufixos e que o
prefixo “over” significa excesso de algo, algo que pode substituir ou dominar ou aquilo que pode
ultrapassar os limites de algo, qual o melhor significado para o prefixo na palavra “overflowing” no
contexto analisado?
2 — Dê o significado das palavras abaixo que foram formadas com o prefixo “over”:
Overconfident —
Overcook —
Overdose —
Overtired —
Overuse —
Overdo —
Overweight —
Fonte: https://pt.scribd.com/document/227075141/Prefixo-over
186
5 — Explique as transformações nas palavras abaixo, a partir do uso do sufixo “ness”:
Brightness —
Darkness —
Goodness —
Illness —
Laziness —
Loneliness —
Madness —
Richness —
Tiredness —
Weakness —
Fonte: https://inglestodahora.com.br/sufixos-em-ingles-ness/
187
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
EIXO: Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA 1:
TEMA 2:
Produção Escrita.
Estabelecer relações entre informação não-verbal e verbal na compreensão de textos de vários gêneros.
Planejar a produção de textos, de vários gêneros textuais, tendo em vista as condições de produção sob as
quais se está escrevendo.
Produzir textos coesos e coerentes, de vários gêneros textuais, ao longo do processo de revisar, produzir,
editar, tendo em vista as condições de produção sob as quais se está escrevendo.
188
ATIVIDADES
1 — Leia trecho da música “93 Million Miles”, de Jason Mraz (se possível, ouça a música!) e responda
às questões:
c) Explique os versos: “Just know — Wherever you go — You can always come home”.
189
d) Você concorda com o que diz os versos “Every road is a slippery slope — There is always a hand
that you can hold on to”? Justifique sua resposta.
e) No exercício 3 do item “Formação de palavras” (volte à terceira semana), vimos uma imagem
de uma adolescente, juntamente com o dizer: “My heart is overflowing with deep sadness”.
Essa frase defende a mesma ideia dos versos da música “That wherever you go / No, you're
never alone”? Explique sua resposta.
f) Volte à resposta da letra d. Você pode afirmar que ela concorda com o verso “[...] your home's
inside of you”? Aponte argumentos para sua resposta.
2 — Agora é sua vez de escrever. Usando os temas e os tópicos gramaticais estudados nos exercícios
anteriores, produza textos em inglês:
a) Para uma revista em quadrinhos:
Fonte: https://atividadespedagogicas.net/2018/01/ideias-de-atividades-de-historia-em-quadrinhos.html
190
b) Para uma propaganda sobre o futuro dos adolescentes:
Fonte: https://revistaensinosuperior.com.br/brasileiros-expectativa/
Fonte: https://manuals.playstation.net/document/en/ps4/basic/install.html
191
d) Para uma campanha de conscientização da população e dos comerciantes:
192
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
1.3.
Estabelecer relações entre análise formal, contextualização, pensamento artístico e
identidade pessoal.
1.5. Saber posicionar-se individualmente em relação às produções de artes visuais, sendo capaz de formu-
lar críticas fundamentadas.
193
ATIVIDADES
194
a) Descreva as imagens: o que você vê expresso nas imagens?
Figura 1:
Figura 2:
c) Fundamentado na leitura do texto, por qual motivo essas imagens foram produzidas
naquela época?
195
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
1.3. Estabelecer relações entre análise formal, contextualização, pensamento artístico e identidade pessoal.
1.5. Saber posicionar-se individualmente em relação às produções de artes visuais, sendo capaz de formu-
lar críticas fundamentadas.
196
ATIVIDADES
REPRESENTATIVIDADE E IMAGINAÇÃO
Na Idade Média, as principais obras produzidas na Europa tinham o objetivo de representar as histórias
bíblicas nas igrejas e castelos. Tendo em vista que a maioria da população era analfabeta, os desenhos,
esculturas e pinturas facilitavam os ensinamentos dos valores cristãos católicos.
Os artistas atuavam também na realização de obras decorativas com os temas mitológicos ou exaltando
o reinado dos reis. Nesse sentido, ficavam longos períodos desenvolvendo as encomendas e envolvidos
com as construções de igrejas.
Porém, com o Renascimento o artista teve mais autonomia para criar, refletindo os ideais daquela
sociedade. Por esse motivo, a obra de um artista só seria considerada elevada e bela se nela houves-
se uma racionalidade expressa por meio da criatividade, imaginação e subjetividade. Dentro desse
período renascentista as obras deveriam ser desenvolvidas por meio de estudos matemáticos e da
anatomia humana.
1 — Diante dessas definições, classifique as imagens abaixo como Idade Média ou Renascentista.
Disponível em https://www.wga.hu/frames-e.html?/html/m/master/
zunk_sp/zunk_cat/001chris.html. Acesso em: 18/06/2020.
Figura 1: Jesus e os doze discípulos — Museu
Nacional da Catalunha
Disponível em https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/
a-escola-de-atenas-rafael-sanzio/. Acesso em: 18/06/2020.
Disponível em https://torange.biz/es/
medieval-artwork-church-painting
-daughter-icon-mother-51610
Acesso em: 18/06/2020.
Figura 4: Madre Hija — autor
desconhecido
Figura 1: Figura 3:
Figura 2: Figura 4:
2 — Escolha uma das imagens e descreva o que está representado nela, indicando qual o possível
discurso/interpretação da obra.
3 — A partir do contexto que foi criado (Medieval ou Renascentista), discorra sobre a função social
(da obra escolhida na questão 2) de acordo com o texto.
198
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
1.3. Estabelecer relações entre análise formal, contextualização, pensamento artístico e identidade pessoal.
1.5. Saber posicionar-se individualmente em relação às produções de artes visuais, sendo capaz de formular
críticas fundamentadas.
199
ATIVIDADES
A ARTE E O ESPECTADOR
No período Moderno, a Arte deixa de meramente comunicar preceitos religiosos ou afirmar o poder
e as conquistas das monarquias. Além disso, sua produção não fica restrita a uma exatidão técnica,
matemática ou anatômica.
Nesse período, a Arte é produzida para propiciar uma experiência estética no espectador, na pessoa que
aprecia a obra. A experiência estética é entendida como a potencialidade da obra causar no apreciador:
análises, reflexões e pensamentos sobre si mesmo, sobre a sociedade, bem como, levá-lo a refletir sobre
o contexto de criação da peça artística. Ou seja, ao vivenciar a experiência estética o espectador, além de
se emocionar, precisa mobilizar conhecimentos prévios para ler e interpretar a obra.
Nesse sentido, a Arte deixa de cumprir uma função de comunicação de uma história, fato do passado,
crença, valores cívicos e éticos. Sua intenção é despertar no espectador a interação com a obra, de-
sencadeando análises e produção de conhecimento por meio da reflexão de si e da sociedade.
200
c) Que sensações a imagem te provoca?
d) O que você faria se fosse um crítico de arte e recebesse essa obra para ser avaliada?
201
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
1.3. Estabelecer relações entre análise formal, contextualização, pensamento artístico e identidade pessoal.
1.5. Saber posicionar-se individualmente em relação às produções de artes visuais, sendo capaz de formu-
lar críticas fundamentadas.
202
ATIVIDADES
Observe algumas imagens da obra “Através” de Cildo Meireles instalada no Inhotim — Museu de Arte
Contemporânea e Jardim Botânico — em Brumadinho/MG.
Foto: autor desconhecido — Fonte: GVCult Foto: Pedro Motta — Acervo: Inhotim
203
Foto: Pedro Motta — Acervo: Inhotim
1 — Leia o texto extraído do site do museu Inhotim sobre a obra “Através” de Cildo Meireles e responda
as questões:
Através, 1983-1989
materiais diversos
Através está entre as obras de Cildo Meireles nas quais, por meio de jogos formais com
materiais cotidianos, o artista lida com questões mais amplas, como a nossa maneira de per-
ceber o espaço e, em última análise, o mundo. Trata-se de uma coleção de materiais e obje-
tos utilizados comumente para criar barreiras, com os mais diferentes tipos de usos e cargas
psicológicas: de uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de
origem doméstica, industrial, institucional. Sempre em dupla, os elementos se organizam com
rigor geométrico sobre um chão de vidro estilhaçado, oferecendo diferentes tipos de transpa-
rência para os olhos, que à distância penetra a estrutura. O convite é que o corpo experimente
de perto esta estrutura, descobrindo e deixando para trás novas barreiras. Com sua confor-
mação labiríntica e experiência sensorial de descoberta, Através e seus obstáculos aludem às
barreiras da vida e ao nosso desejo, nem sempre claro, de superá-las.
Texto extraído: https://www.inhotim.org.br/inhotim/arte-contemporanea/obras/atraves/ (Acesso em: 17 jun 2020)
204
c) Com base no texto, essa obra pode ser considerada uma Arte Contemporânea? Justifique
sua resposta.
Caro (a) estudante! Chegamos ao fim de uma trilha de aprendizagens composta por quatro semanas.
Espero que você tenha aprendido muito. Guarde suas anotações e atividades para compartilhá-las
com seu professor e colegas no retorno às aulas. Até a próxima...
205
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ACOLHIMENTO DO ESTUDANTE
Sabemos que estamos vivendo um momento diferente. E esse momento pode gerar gran-
de angústia e trazer várias incertezas, não é mesmo? Além disso, o futuro também traz
incertezas. (...) Como estamos nos cuidando?
Nessas próximas quatro semanas vamos trabalhar algumas atividades pertinentes ao
componente curricular de educação física. Os conteúdos serão desenvolvidos por meio
de temas relacionados à saúde.
• Na primeira semana você irá refletir sobre a Saúde Mental na pandemia. Realizando as
leituras e atividades, encontrará dicas para melhorar sua qualidade de vida.
• Na segunda semana vamos conversar um pouco sobre Vacinação. Este é um
dos temas que deve ser desenvolvido nos ensinos fundamental e médio, vis-
to que se encontra entre as ações de natureza eminentemente protetora da saúde.
Para tanto, é importante acompanhar o calendário de vacinas e conhecer as doenças que
podem ser prevenidas por vacina na infância e adolescência. Desta forma, as famílias e a
escola colaboram com a secretaria da saúde participando do esquema vacinal de acordo
com os calendários de vacinação. Essa parceria coopera para o controle, eliminação e er-
radicação das doenças imunopreveníveis.
• Na terceira semana vamos conversar sobre as Tecnologia aliadas à prática de atividade
física. Você irá refletir sobre como a tecnologia interfere positiva ou negativamente no
cotidiano de nossas práticas, sejam do dia a dia ou nas práticas de atividade física.
• Na quarta semana vamos falar sobre como os exercícios físicos ajudam a controlar o
estresse e a melhorar a imunidade. Você receberá orientação para realizar alguns exer-
cícios em casa. Lembrando que, para manter uma vida ativa e saudável, é necessário que
a prática de exercícios seja diária.
Bons estudos!!!
206
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Ginástica.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
12. Caminhada.
HABILIDADE(S):
12.5. Identificar as alterações que ocorrem no organismo durante e depois da atividade física.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
207
TEMA: SAÚDE
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante, nesta semana convidamos você a refletir um pouco sobre a importância da saúde
mental durante a quarentena e como melhorar a qualidade de vida em tempos de isolamento social.
1. Seja otimista
Aquele que pode ficar dentro de casa é duplamente privilegiado: além de garantir sua segurança,
pode desacelerar e se conectar com familiares. “Às vezes é necessário fazer um esforço consciente
para encontrar o lado positivo de uma situação”, diz Arns.
“No livro Felicidade Autêntica, o psicólogo Martin Seligman, pai da psicologia positiva, diz que os
otimistas tendem a considerar os seus problemas passageiros, controláveis e específicos”, explica.
“Já pessoas pessimistas criam situações que vão muito além da realidade em si — o que nos leva à
segunda dica.”
2. Seja pé no chão
Não alimente ou deixe ser consumido por hipóteses catastróficas. Foque no presente e no que de
fato pode ser feito para prevenir o pior cenário e mitigar os desafios que já existem. “Se ficarmos nos
‘preocupando’ com situações desastrosas, que nem sabemos se vão acontecer, provocaremos um des-
gaste energético e mental e esqueceremos do que realmente precisa ser feito”, adverte Arns.
208
3. Informe-se por fontes confiáveis e oficiais
“Assim como cuidamos da saúde do nosso corpo e nos preocupamos com a nossa alimentação, pre-
cisamos ficar atentos a como estamos alimentando nossa mente também”, alerta Arns. “Recebemos
informações por Whatsapp e redes sociais o tempo todo e, muitas vezes, encontramos desinformação,
dados e afirmações sem fontes verificadas. Isso tudo nos causa uma ‘má digestão’ mental e gera pânico.”
Por isso, consuma informações de ferramentas e fontes oficiais e veículos confiáveis. No dia 23 de
março de 2020, por iniciativa da Associação Nacional de Jornais (ANJ), os principais jornais impres-
sos brasileiros unificaram suas capas para ressaltar o papel do jornalismo no combate à pandemia.
Também é possível acompanhar o número real de casos do coronavírus a partir de mapas interativos
atualizados em tempo real e receber notificações oficiais da OMS no seu WhatsApp.
6. Exercite-se
Mesmo com as academias fechadas, é possível manter a atividade física em dia. Aplicativos de
celular como: Nike Training Club, Freeletics Bodyweight, Endomondo e FitNotes possuem centenas
de sugestões de exercícios para você fazer em casa e com segurança.
7. Seja gentil
Para a psicologia positiva, a gentileza é um ponto muito importante dentro do bem-estar, afirma
Arns. Durante a pandemia, já vimos várias demonstrações e iniciativas de solidariedade, como as
pessoas que, em todo o país, têm se oferecido para fazer as compras de mercado de vizinhos idosos,
evitando que eles saiam do isolamento e arrisquem contrair a Covid-19.
Fonte: Veja todo o conteúdo:https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comportamento/noticia/2020/03/
7-dicas-para-cuidar-da-sua-saude-mental-em-tempos-de-pandemia.
209
ATIVIDADES
VAMOS REFLETIR...
1 — O texto introdutório nos faz pensar no que estamos vivendo: isolamento social ou recolhimento,
excesso de informações ou oportunidade de selecionar, mudança de rotina ou uma pausa para
reorganizar a rotina, o autocuidado e o cuidado com os outros.
Ao responder as perguntas dos quadros, você fará um momento de reflexão sobre esse período
em que aguardamos as soluções referentes a pandemia Covid-19.
Estou ficando muito tempo nas redes sociais? Isto está sen-
do bom ou ruim?
VAMOS PRATICAR…
210
2 — Em relação ao convívio social e à saúde mental, elabore um parágrafo padrão, de 10 a 15 linhas,
interligando as informações do texto “Como cuidar da saúde mental durante a quarentena?” e as
críticas contidas nas charges abaixo.
http://chargesbruno.blogspot.com/
211
3 — Após a reflexão realizada na Atividade 1 e a contextualização elaborada na Atividade 2, escreva
como a atividade física pode contribuir para a saúde física e mental durante o isolamento social.
4 — Durante o isolamento social ocorreram algumas mudanças nas rotinas das famílias. Baseado na
tirinha abaixo, escreva sobre o que está sentindo falta, seja na escola, nos momentos de lazer com
amigos e familiares ou durantes as práticas de atividade física e esportivas.
Tirinha do Armandinho cedida por Alexandre Beck para publicação no site do Inesc
https://www.inesc.org.br/educacao-publica-numa-democracia-moribunda/
ATIVIDADE OPCIONAL
Vamos praticar Saúde Mental & Foco?!
Como estudar sem perder o foco e a concentração — Tudo que você precisa saber
https://www.youtube.com/watch?v=a7Bt0NmGafw&feature=youtu.be
212
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Vacinação.
HABILIDADE(S):
12.5. Identificar as alterações que ocorrem no organismo durante e depois da atividade física.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
213
TEMA: SAÚDE
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante, nesta semana convidamos você a refletir um pouco sobre a importância da vacinação
e como as fake news prejudicam o processo de promoção da saúde da população.
Curiosidades: Nos quadros abaixo estão algumas doenças e os seus respectivos sintomas. Todas elas
já possuem vacinas.
Nos casos graves, a caxumba pode causar surdez, meningite e, raramente, levar à morte. Após a
puberdade, pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos
ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade.
A rubéola é uma infecção viral contagiosa que causa sintomas leves, como dores nas articulações
e erupção cutânea. A rubéola é causada por um vírus e pode causar defeitos congênitos graves se a
mãe for infectada por rubéola durante a gestação.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os
vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são por-
tadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se
crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer.
O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida ou causar a morte.
As principais complicações variam de acordo com as fases da vida do paciente, como: Crianças:
pneumonia; infecções de ouvido; encefalite aguda (inflamação no encéfalo — parte do sistema ner-
voso dentro do crânio); morte.
Fonte:
Caxumba: https://www.unasus.gov.br/noticia/caxumba-para-especialistas-nao-ha-necessidade-de-alarme
Rubéola: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/rubeola
Hepatite: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites-virais
Sarampo: https://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/3025-sarampo-sintomas-prevencao-causas-complicacoes-e-tratamento
214
O texto abaixo discute a questão das fake News sobre as vacinas e conta a história sobre a Revolta
da Vacina, ocorrida no Brasil na virada do século XIX para o XX.
A charge da revista O Malho, de 29 de outubro de 1904, parecia prever a revolta que se instalaria na cidade
poucos dias depois: nem com um exército, o Napoleão da Seringa e Lanceta, como muitos se referiam a
Oswaldo Cruz na época, conseguia conter a fúria da população contra a vacinação compulsória.
(foto: Leonidas/Acervo Fiocruz)
A Revolta da Vacina foi um motim popular que aconteceu entre os dias 10 e 16 de novembro de 1905,
na então capital do Brasil, Rio de Janeiro. Ela se deu como uma revolta da população contra a lei que
obrigava a vacinação contra a varíola, mas que foi um estopim de uma série de problemas sociais.
Nesse período, com o fim da escravidão e da monarquia, havia um grande número de ex-escravos e
imigrantes europeus se encontravam em um movimento migratório em direção ao Rio de Janeiro. Sob
forte processo de industrialização, a população da cidade passou dos 522.000, em 1890, para os 811.000
em 1906. Com esse rápido crescimento, a demanda por habitação crescia consideravelmente, de modo
que os donos de grandes casarões passaram a dividir seus cômodos, criando pequenos cubículos, que
eram alugados para famílias inteiras. Esse foi o surgimento dos cortiços e pensões do início do século.
215
Quando o presidente Rodrigues Alves assumiu o governo, em 1902, nas ruas da cidade do Rio de
Janeiro acumulavam-se toneladas de lixo. Desta maneira, o vírus da varíola se espalhava. Proliferavam
ratos e mosquitos transmissores de doenças fatais, como a peste bubônica e a febre amarela, que ma-
tavam milhares de pessoas anualmente.
Decidido a sanear e reurbanizar a capital, Rodrigues Alves nomeou o engenheiro Pereira Passos para
prefeito e o médico Oswaldo Cruz para Diretor da Saúde Pública. Apesar de necessárias, as obras não
foram bem executadas e não houve uma preocupação do impacto social. Ruas foram alargadas e os
cortiços foram destruídos, retirando a população pobre de suas moradias, e dando início à favelização
dos morros, em condições ainda mais precárias que as anteriores. Como resultado das demolições os
aluguéis subiram de preço, deixando a população cada vez mais indignada.
Em paralelo a essas ações, o diretor geral de Saúde Pública Oswaldo Cruz ficou encarregado
de realizar o saneamento urbano, com o objetivo de erradicar a febre amarela, a peste bubônica e
a varíola. Primeiro, o governo anunciou que pagaria a população por cada rato que fosse entregue
às autoridades. O resultado foi o surgimento de fraudes com “empresários” construindo criatórios
desses roedores para receber os recursos. Havia também uma campanha de saneamento, onde as
casas eram invadidas e vasculhadas sem nenhum esclarecimento.
No ano de 1904, o governo instituiu a lei que fazia com que a vacinação fosse obrigatória, apesar
da maioria da população ser contrária. Em conjunção com a lei, Oswaldo Cruz trouxe uma regulamen-
tação ainda mais problemática. O governo passava a exigir comprovantes de vacinação para que as
pessoas pudessem matricular seus filhos nas escolas, iniciar novos empregos, viajar, se hospedar na
cidade e até mesmo se casar. Quem se negasse a ser vacinado seria multado.
Havia muitos boatos absurdos em torno da vacinação. Um deles dizia que quem se vacinava ficava
com feições bovinas, já que havia líquido de pústulas de vacas doentes na composição química da va-
cina. Além disso, integrantes de classes mais abastadas se recusaram a deixar que vacinassem suas
filhas e esposas, pois ficariam “partes a mostra” dos seus corpos para os agentes de saúde. Por fim, a
imprensa não perdoava Oswaldo Cruz, ironizando a eficácia da vacina por meio de charges cruéis.
216
Quando a proposta de vacinação obrigatória de Oswaldo Cruz chegou às mãos da imprensa, o povo
iniciou a maior revolta urbana do Rio de Janeiro até então. Espalhando-se por vários bairros da cida-
de, o conflito envolveu uma violenta repressão policial. A revolta popular teve o apoio de militares que
tentaram usar a massa insatisfeita para derrubar, sem sucesso, o presidente Rodrigues Alves. Nos seis
dias de revolta, 945 pessoas foram presas, 110 feridas, 30 mortas e mais 461 deportadas para o Estado
do Acre.
De fato, a falta de tato do governo no esclarecimento acerca da vacina e o contexto de higienização
urbana levaram a população a se revoltar, causando um dos principais conflitos populares da história do
Brasil. A Lei da Vacina Obrigatória teve seu texto modificado, tornando o uso da medicação facultativo.
Em 1908, o Rio foi atingido pela mais violenta epidemia de varíola de sua história, e a população correu
para ser vacinada, em um episódio avesso à Revolta da Vacina. Pouco tempo depois, a varíola estava
erradicada do país. Eventos como esse demonstram cada vez mais a importância de se conhecer a His-
tória para que os erros do passado não se repitam.
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/enem/2019/04/25/noticia-especial-enem,1048944/
precisamos-de-uma-nova-revolta-da-vacina.shtml. Acesso em: 12 maio 2020.
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ATIVIDADES
VAMOS REFLETIR...
ATIVIDADE 1
Caro (a) estudante, os textos acima nos levam a refletir sobre a importância das vacinas para o cuidado
com a saúde do nosso corpo. Nesse sentido vamos à tarefa:
2 — Você sabe se suas vacinas estão atualizadas, ou seja, em dia conforme o Calendário Nacional
de Vacinação?
3 — Você sabia que a melhor forma de atualizar o seu cartão de vacinação é procurando a
Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa? Então:
• Leve o seu cartão de vacinação. Se não tiver, você receberá um na UBS. Mantenha-o sempre
com você e atualizado. É imprescindível levar um Documento de Identidade com foto e, no caso
de Crianças, a Certidão de Nascimento.
• Sempre que estiver aberta uma campanha de vacinação, leve o seu cartão. Ele contém o regis-
tro do seu histórico vacinal, facilitando o acompanhamento das vacinas que serão necessárias
ao longo da vida.
4 — Compartilhe essa informação com seus familiares, ajude seus pais e irmãos a verificarem o cartão
de vacinação.
ATENÇÃO:
• A Vacina contra a Meningite C (CWY) já está disponível nas UBS para crianças de 11 e 12 anos.
Ajude na divulgação!!!
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VAMOS DEBATER?!
ATIVIDADE 2
1 — No gráfico abaixo estão os dados do quantitativo de dose de vacina contra a influenza aplicados
na população em Minas Gerais. Após a leitura dos textos e análise deste gráfico, é possível consi-
derar que a população está aderindo à campanha de vacinação contra influenza? A estimativa do
IBGE é que a população de Minas Gerais está em torno de 21.168.791 habitantes.
2 — Se a atividade física é importante para manter um corpo ativo e saudável, será que precisamos
das vacinas para evitar que os invasores (vírus e bactérias) nos deixem doentes? Por quê?
3 — Você considera que as fake news dos grupos antivacinas prejudicam a adesão da população nas
campanhas de imunização?
4 — Por que precisamos falar de Vacinação no componente curricular da disciplina Educação Física?
Converse sobre isso com seus familiares e amigos.
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VAMOS RESOLVER?!
ATIVIDADE 3
1 — A questão abaixo está relacionada ao segundo texto “Estamos vivendo uma nova revolta da vacina?”
Em 1904, diante de uma epidemia de varíola (doença causada por um vírus), a população da
cidade do Rio de Janeiro rebelou-se contra o estabelecimento da vacinação obrigatória.
Esse episódio marcante na história da então capital da república ficou conhecido como Revolta da
Vacina. Entre as opções, qual explica melhor as razões da revolta?
a) O interesse da população no retorno do regime monárquico.
b) As decisões do governo consideradas autoritárias, a participação política reduzida da popula-
ção pobre e a falta de confiança dela nas autoridades.
c) A ignorância das pessoas em relação às melhorias trazidas pela campanha de vacinação
conduzida por Oswaldo Cruz.
d) A preservação da intimidade doméstica e da moralidade que a população julgava ameaçadas
pela política de Saúde Pública.
220
3 — A defesa do nosso corpo contra organismos invasores é garantida graças a uma série de órgãos,
células e moléculas que constituem nosso sistema:
a) nervoso.
b) digestório.
c) imunológico.
d) cardiovascular.
e) locomotor.
4 — No sistema imune, algumas células de defesa, ao terem contato com o antígeno, diferenciam-se
em células de memória. Isso faz com que:
a) uma pessoa torne-se imune a qualquer doença para sempre.
b) a resposta imunológica primária seja efetiva.
c) a resposta secundária seja mais rápida.
d) nos curemos de qualquer doença.
e) nosso corpo produza anticorpos que serão estocados para uma nova infecção.
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SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
6. Esporte.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE(S):
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
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TEMA: SAÚDE, TECNOLOGIA E ATIVIDADE FÍSICA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante. Nesta semana convidamos você a refletir sobre o uso da tecnologia na prática de
atividade física.
Este é outro ponto tão importante quanto o anterior... ATIVIDADE FÍSICA ADEQUADA
Os benefícios promovidos pela prática de atividade física, dependem diretamente de uma relação en-
tre seu estímulo (próprio exercício) e sua adequada recuperação. Este equilíbrio faz com que o exercício
físico possa ser comparado ao um “remédio”, que depende de sua dose para ser eficaz ou não.
223
A diferença entre um remédio e o veneno é sua dose, exatamente como uma intensidade inade-
quada de exercício físico, podendo ser ineficiente por ser leve demais, ou aumentar a probabilidade de
algum problema de saúde (como lesões musculares e etc.) com intensidades acima do qual o praticante
encontra-se capaz para este momento; Justificando assim a importância da adequação da carga de
trabalho (treinamento) de forma individualizada.
Com uma aderência aos exercícios de intensidade adequada, o nível de aptidão física aumenta, ne-
cessitando assim de uma nova intensidade (carga) de treinamento, necessitando também de reavalia-
ções periódicas para adequação da nova carga de treinamento. O descanso dependerá diretamente da
quantidade do exercício (volume de treinamento) assim como da qualidade (leve, moderado ou intenso).
Vale lembrar, que a dor é um mecanismo de defesa do organismo e um indicativo daquilo que está
ocorrendo internamente a nível muscular e existem características diferentes para alguns “tipos” de
dor (ácido lático 3 microlesões musculares). O sono com qualidade promove ao organismo uma re-
cuperação energética, estrutural, relaxando e recompondo o desgaste da atividade, assim como a
alimentação balanceada (quantidade e qualidade) proporciona uma melhor qualidade e uma recupe-
ração mais rápida.
O resultado promovido pelo condicionamento físico, dependerá de inúmeras variáveis, devido as di-
ferentes características de cada praticante; esta individualidade biológica faz com que o tempo de recu-
peração e recomposição dos níveis de seja diferente entre os praticantes resultando assim em um trei-
namento diferenciado e podendo ser elaborado em diversas formas, justificando assim, porque alguns
treinam mais e outros menos para cada fase do programa de treinamento.
Um programa para prática de atividade física deve ser elaborado com critérios, hoje bem rígidos e
comprovados cientificamente.
A tecnologia pode funcionar como um importante aliado na hora de entrar em forma, iniciar um pro-
grama de atividade física ou até mesmo hábitos alimentares, porém sempre dependerá dos profissio-
nais qualificados para uma orientação segura e eficaz para não ficar apenas em aquisição de produtos
e aplicativos como um opcional sem uso.
Cuide bem de sua saúde, atividade física, nutrição e medicina escolhendo bem quem traz o conhe-
cimento.
Bons Treinos, escolha bem seus APLICATIVOS!!!
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ATIVIDADES
VAMOS REFLETIR...
1 — As tecnologias também fazem parte do universo das atividades físicas e esportivas. Diante dessa
afirmação descreva alguns produtos tecnológicos que auxiliam na prática de exercícios físicos, nas
intervenções em práticas de saúde e produtos tecnológicos criados para facilitar a nossa vida.
Tecnologia para atividade física... Tecnologia para ajudar nas tarefas do dia a dia...
2 — A charge nos mostra como a tecnologia invadiu a vida das pessoas. Para tudo hoje, existe algum
tipo de aparelho tecnológico que facilita as atividades da vida diária.
DE ACORDO COM A IMAGEM ABAXO, QUAL A SUA OPINIÃO EM RELAÇÃO AOS APARELHOS TECNO-
LÓGICOS UTILIZADOS NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA OU ESPORTIVA?
225
3 — Você já utilizou algum dispositivo eletrônico ou aplicativo para realizar alguma prática de atividade
física? Conhece alguém que faça uso dessa tecnologia?
Em sua opinião os aparelhos são confiáveis e podem ser utilizados sem orientação de um profis-
sional (professor de educação física, fisioterapeuta ou médico)? Pesquise sobre alguns fatores
de risco que podem ocorrer quanto ao uso sem orientação de tecnologias durante a prática de
atividade física.
4 — Após a pesquisa da atividade 3, crie uma campanha de conscientização quanto ao uso de tecnolo-
gias nas práticas de atividade física.
VAMOS PRATICAR...
Provavelmente na época dos seus avós, de seus pais e tios (as) a “Tecnologia” ainda era pouco desenvol-
vida. É possível que o desenvolvedor do celular nem havia nascido(a). Então, que tal conversar com os
seus familiares sobre os aparelhos tecnológicos inventados na época deles, você poderá se surpreen-
der. Pergunte a eles se estão preparados para a tecnologia atual.
Apesar desta atividade falar sobre tecnologias, quero lançar um desafio. Esta imagem é um Tangram.
Você precisará recriar esta imagem em um papelão duro (anexo 1). O desafio é, após embaralhar as pe-
ças conseguir reconstruir este quadrado.
Lançado o desafio para você e toda família. Sem aparelhos eletrônicos é possível se divertir...
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“O Tangram é um quebra-cabeça chinês, muito popular em vários lugares do mundo e jogado por
pessoas de diversas faixas etárias. Acredita-se que o Tangram surgiu na China durante a dinastia Song
(960–1279 d.C.) e era um dos mais famosos “testes” utilizados para estudar a Inteligência humana, du-
rante a China antiga”.
Anexo 1
https://leiturinha.com.br/blog/conheca-a-historia-do-tangram-e-confira-9-imagens-para-montar/.
Acesso em: 15/06/2020.
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SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Ginástica.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
12. Caminhada.
HABILIDADE(S):
12.5. Identificar as alterações que ocorrem no organismo durante e depois da atividade física.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Exercício físico.
Língua portuguesa.
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TEMA: SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante. Nesta semana convidamos você a refletir como o exercício físico pode auxiliar no
controle do estresse, ansiedade e da imunidade.
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ATIVIDADES
VAMOS PRATICAR?!
Como você acabou de ler no texto acima, a atividade física auxilia na melhora da saúde, promovendo
bem estar, diminuindo o estresse e melhorando o sistema imunológico.
Você já deve ter realizado em algum momento de sua vida exercícios físicos, seja na aula de educa-
ção física na escola ou em alguma escolinha de esportes, academia, etc.
Por isso, te convido a realizar uma série de exercícios em casa. Para isso use a memória para lem-
brar das orientações do seu professor(a) de educação física, em relação ao cuidado com a postura e
respiração. A coluna deve estar sempre alinhada e ereta, os joelhos semiflexionados, abdômen con-
traído.
Orientações:
Treino: Faça cada exercício por 30 segundos, com descanso depois de cada série. Para iniciantes, re-
comenda-se duas séries com as oito atividades; para intermediários, três séries; para avançados; qua-
tro séries.
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Avanço alternado: Em pé, com as pernas afastadas
na largura dos quadris e as mãos apoiadas na cintura,
dê um passo à frente com uma das pernas, flexionan-
do o joelho até a coxa da perna da frente ficar paralela
ao chão. Retorne à posição inicial e repita.
ATENÇÃO: Tente manter uma rotina diária de exercícios físicos e coloque em prática também exercícios
respiratórios para prevenir a ansiedade e o estresse. Tire um tempo do seu dia para relaxar, procure se
alimentar bem, evite alimentos gordurosos e com muito sal. E lembre que tudo isso que está acontecen-
do irá passar e ao retornarmos para as nossas rotinas de estudo e trabalho precisamos estar bem.
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VAMOS RESOLVER?!
Caro (a) estudante, vamos resolver algumas questões objetivas sobre sistema imunológico e atividade
física. Assim você conhecerá como essas questões podem ser cobradas no ENEM.
1 — (PUC-MG) Gripe e AIDS são doenças provocadas por vírus. Entretanto, a gripe tem uma evolução
benigna, e a AIDS já não tem. Isso ocorre porque:
a) o vírus da gripe é mais fraco que o vírus da AIDS.
b) o vírus da AIDS destrói as células responsáveis pela defesa imunológica.
c) nosso organismo já é naturalmente imune ao vírus da gripe.
d) o vírus da AIDS não é reconhecido como antígeno pelo sistema imunológico.
e) os mecanismos de infecção são diferentes.
2 — A Educação Física como disciplina curricular deve tratar da cultura corporal no seu sentido mais
amplo, proporcionando ao aluno consciência crítica para o exercício da cidadania no cumprimen-
to de posicionamentos éticos. Portanto, as aulas devem ser num ambiente em que os alunos te-
nham condições de usufruir dos:
a) jogos, esportes, performance, lutas e ginásticas em benefício da melhoria da qualidade
de vida e do estilo de vida.
b) jogos, esportes, rendimento, lutas e ginásticas em benefício do exercício e da qualidade
de vida.
c) jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da
melhor qualidade de vida.
d) jogos, esportes, danças, musculação e ginásticas em benefício do exercício crítico da cidada-
nia e do estilo de vida.
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4 — (ENEM 2009) Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o resultado das condições de ali-
mentação, habitação, educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços médicos e acesso
à atividade física regular. Quanto ao acesso à atividade física, um dos elementos essenciais é
a aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa utilizar seu corpo — incluindo mús-
culos, esqueleto, coração, enfim, todas as partes —, de forma eficiente em suas atividades co-
tidianas; logo, quando se avalia a saúde de uma pessoa, a aptidão deve ser levada em conta.
A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem boa aptidão física quando:
a) apresenta uma postura regular.
b) pode se exercitar por períodos curtos de tempo.
c) pode desenvolver as atividades físicas do dia a dia, independentemente de sua idade.
d) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor atenção e uma fadiga de moderada a
intensa e pode exercer atividades físicas no final do dia, mas suas reservas de energia são
insuficientes para atividades intelectuais.
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