Energias Renováveis e Não Renovaveis

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Energias Renováveis e Não-

Renováveis
O que é energia?

O conceito de energia é um dos mais abstratos e de difícil definição na natureza. De modo


muito simples, é a relação entre elementos em um sistema que realizam trabalho, capaz de
provocar transformações nesse sistema.

Fontes diferentes

O ser humano tem buscado, ao longo de sua existência, diferentes maneiras de realizar
trabalho buscando fontes de energia mais eficientes para facilitar sua vida (fogo, água, vento,
tração mecânica, etc).

A Revolução Industrial impulsionou a busca por novas tecnologias na geração de energia mais
barata e provocou mudanças na matriz energética mundial. As descobertas da ciência foram
fundamentais para a utilização de várias fontes de energia.

Fontes renováveis e não-renováveis

Energias renováveis: podem ser geradas utilizando recursos naturais que não apresentam
risco iminente de esgotamento ou com reservas limitadas;

Fonte de energia x Meio(s) de obtenção

Eólica ------------------------------Circulação dos ventos, movimentando pás e turbinas.

Solar--------------------------------Radiação do sol, em células fotovoltaicas ou por aquecimento.

Geotérmica-----------------------Água quente e vapor em altas temperaturas no interior da


geosfera, que podem sair para a superfície em fendas.

Maremotriz-----------------------Movimento das ondas do mar, que giram pás e turbinas.

Biomassa--------------------------Carvão vegetal, lenha, resíduos orgânicos, plantas (cana-de-


açúcar, mamona, soja, milho), restos de plantações, gás confinado em aterros sanitários (do
chorume, por exemplo).

Hidroelétricas--------------------Água confinada em barragens, liberada com fluxo controlado.


Giro de pás e turbinas.
Biocombustíveis-----------------Combustíveis gerados a partir de plantas (cana-de-açúcar, soja,
milho, mamona, canola, babaçu, beterraba, algas, etc.).

Hidrogênio---------------------------Formada pela combinação entre oxigênio e hidrogênio. O


processo libera vapor d’água e gera energia.

Energias não renováveis: utilizam recursos naturais que não podem ser reutilizados, cultivados
ou extraídos, se forem extintos.

Fonte de energia x Meio(s) de obtenção

Petróleo------------------------------Reservatórios em áreas porosas nas rochas, e coletados através


de bombas para extração.

Gás Natural--------------------------Assim como o petróleo, em áreas porosas nas quais o gás está
confinado. Também pode ser encontrado dissociado do petróleo.

Carvão mineral---------------------Jazidas formadas a partir de restos de matéria orgânica.


Utilizado para a queima ou o aquecimento de caldeiras nas usinas termoelétricas.

Fissão nuclear----------------------Minerais que contêm elementos químicos radioativos,


especialmente o urânio.

Petróleo: Origens e Jazidas

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Depósitos biogênicos

A decomposição de seres vivos marinhos (plâncton, por exemplo) ao longo de milhões de anos
em camadas porosas das bacias sedimentares deu origem às jazidas de petróleo.

O material orgânico confinado nessas bacias, submetido à alta pressão e às altas temperaturas
no interior da geosfera, contribuiu para a formação dos hidrocarbonetos aproveitados
atualmente para inúmeros usos.

Combustíveis orgânicos:os seres vivos possuem, em sua composição química, moléculas


orgânicas (C, H, O e N, principalmente).

Craqueamento

Após a extração nas reservas, o petróleo é aquecido em altas temperaturas, para o


fracionamento (transformação) em outros produtos. Nesse processo também se utiliza um
método químico chamado catálise.

Exploração onshore: a extração de petróleo é realizada em reservas no continente;


Exploração offshore: a extração é realizada no mar, em reservas na plataforma continental.

Produto estratégico

O petróleo é uma das bases da economia e da sociedade contemporânea, por ser utilizado em
vários setores:

Indústria: parafina, asfalto, polímeros (plásticos, borrachas, isopor, pneus, tubos e conexões,
PET, etc.), solventes, óleos combustíveis, lubrificantes, nafta;

Transporte: combustíveis (gasolina, óleo diesel, GNV), lubrificantes;

Energia: combustíveis para as usinas térmicas, GLP (o famoso gás de cozinha, também
adaptado para aquecimento de casas em períodos frios).

Petróleo no Brasil: Histórico e Monopólio

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Primeiras experiências

A demanda por petróleo no Brasil acompanhou, além da evolução tecnológica no mundo, as


necessidades do país pelo uso de fontes de energia e recursos naturais em função do
crescimento econômico e populacional.

A entrada do Brasil no universo das nações industrializadas, a urbanização e o contexto político


dos anos 1930 e 1940 estimularam a formação de uma cadeia produtivade petróleo e gás.

Século XIX: pesquisas geológicas durante o II Reinado e licenças concedidas pelo Império para
explorar “óleo betuminoso”;

1892: sondagens no interior de São Paulo (Bofete). Encontrada apenas água sulfurosa;

1919:pesquisas mineralógicas conduzidas pelo governo (Serviço Geológico e Mineralógico do


Brasil);

1938:Conselho Nacional de Petróleo (CNP);

1939: Poço de Lobato (BA);

1953: Criação da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras).

“O petróleo é nosso”: produção nacional

A criação da Petrobras consolidou os mecanismos de extração, transporte, refino e distribuição


de petróleo e derivados no Brasil.

Monopólio estatal: controle sobre a pesquisa e exploração de petróleo e derivados;


Década de 1990: quebra do monopólio estatal (1997) e entrada de empresas estrangeiras para
a exploração de petróleo e gás;

Década de 2000: a Petrobras tornou-se a 4ª maior companhia da Terra, e a 2ª maior no setor


de energia. Em 2010, em um processo de venda de ações, captou US$ 72 bilhões, a maior já
realizada na história do capitalismo.

Atualmente, a empresa é uma multinacional brasileira que opera em várias partes do mundo
nas diferentes etapas da cadeia produtiva petrolífera e na geração de energia a partir de
outras fontes.

Petróleo no Brasil: Principais Províncias e Importância para a Economia

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Bacias petrolíferas

 Amazônica;
 Litorânea paranaense;
 Recôncavo baiano.

Principais áreas de exploração petrolífera no Brasil

Em terra (onshore) x No mar (offshore)

Recôncavo baiano (1940-1970) ------------Litoral de Sergipe (1968) – início da exploração

Rio Grande do Norte (anos 1990) --------- Bacia de Campos (Roncador, Albacora, Marlim)

Amazonas (Urucu)------------------------------Bacia de Santos (≥ 5 km de profundidade)

Outras áreas: Sergipe, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul

Estruturas envolvidas na exploração

 Plataformas de petróleo: estruturas construídas no mar para auxiliar na extração e


transporte de petróleo até o continente;
 Refinarias: transformam petróleo e derivados;
 Gasodutos e oleodutos: estruturas responsáveis pelo transporte;
 Distribuição: para o uso em diferentes setores da economia; Pesquisa.
A Camada Pré-Sal

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Águas profundas

O pré-sal constitui-se em várias camadas de rochas sedimentares abaixo do assoalho marinho


da plataforma continental, e que se estende por cerca de 800 quilômetros, entre as zonas
litorâneas de Santa Catarina e do Espírito Santo.

Além da lâmina d’água, com cerca de 2 km, a exploração ainda precisa perfurar as rochas no
fundo do oceano, ou seja, mais 7 ou 8 km (média) para chegar às reservas.

Formação

A matéria orgânica em decomposição, especialmente o fitoplâncton e o zooplâncton,


formaram verdadeiros depósitos coberto por várias camadas de rochas superiores (inclusive a
camada de sal acima), submetida à elevadas pressões e temperaturas.

 Abertura do Atlântico: a separação do Gondwana, dando origem à América do Sul e à


África (ca. 140 m.a.a.p.) provocou mudanças no leito marinho;
 Efeitos da abertura: formação de lagos, pântanos e mangues próximos aos mares
rasos, que contribuíram para deposição de matéria orgânica e sedimentos.

Estrutura do pré-sal

Reservas estimadas:80 bilhões de barris.

Gás Natural

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Combustível derivado

O gás natural pode ser obtido a partir do petróleo (fração leve) no processo de craqueamento
ou ser explorado, através de reservas em rochas associadas a campos petrolíferos ou isolado,
não associado a essas áreas.

Hidrocarbonetos: as reservas de gás natural podem estar associadas com outros


hidrocarbonetos (petróleo, por exemplo) ou em acumulações dissociadas.

Origens

Considerada uma fonte mais limpa e barata que outros combustíveis fósseis, o gás natural
pode ter duas origens.
Biogênese: microrganismos em áreas pantanosas ou com acúmulo de matéria orgânica
(aterros sanitários, por exemplo);

Termogênese: material orgânico coberto pelas camadas sedimentares e submetido à elevadas


pressões e temperaturas, dando origem à reservas de gás natural.

Gasodutos e infraestrutura

Os gasodutos são redes de encanamentos que facilitam o transporte de gás natural por
grandes distâncias.

Gasoduto Brasil-Bolívia: principal sistema de gasodutos instalado no país. O gás natural


transportado tem origem nas reservas da Bolívia. Além de ser uma fonte importante de
energia para o Brasil, faz parte dos projetos para a integração regional da América do Sul.

Carvão Mineral

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Produto do Carbonífero

As jazidas de carvão encontradas atualmente são formadas por restos vegetais de áreas do
planeta que formavam ambientes tropicais e subtropicais.

Nessas regiões, os restos das samambaias e outras árvores gigantes, formadas entre os
períodos Carbonífero e Permiano (300 m.a.a.p. e 250 m.a.a.p), contribuíram, juntamente com
restos acumulado de pântanos, para as reservas encontradas atualmente.

Estágios de formação

O carvão mineral é resultante das transformações da matéria orgânica confinada em longos


períodos. A concentração de carbono modifica-se durante o tempo.

Tipo de carvão, segundo o teor de carbono----------------Concentração de C12 (percentual)

Turfa (restos vegetais ainda bem aparentes)---------------54 a 60

Linhito----------------------------------------------------------------65 a 75

Hulha------------------------------------------------------------------75 a 85

Antracito--------------------------------------------------------------95
O carvão, em seus diferentes estágios, é apenas um grupo de formas do Carbono. Outras
formas, como o grafite e o diamante, também são formas carbônicas, mas possuem estrutura
e orbitais moleculares diferentes.

Carvão no Brasil

Embora as reservas mais antigas tenham sido exploradas desde o século XIX, somente ao longo
do século XX, quando as necessidades da indústria e dos transportes aumentam no Brasil, as
jazidas de carvão passam a ser exploradas em maior volume.

 Década de 1940: crescimento da extração em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul,


para atender às necessidades da siderurgia nacional;
 Principais jazidas: nos estados do Sul (SC, RS, PR), exploradas economicamente. Em
outros Estados, existem reservas, mas em quantidade irrelevante para a operação
comercial de jazidas;
 Campos de turfa: existem campos de turfa em vários Estados do país, que também são
explorados comercialmente. Além de aquecimento, a turfa é utilizada para algumas
aplicações agrícolas e para despoluição de áreas com metais pesados ou
derramamento de petróleo;
 Aplicações: siderurgia (aquecimento dos fornos), transporte, geração de energia.

Lenha / Carvão Vegetal

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Madeiras energéticas

As madeiras utilizadas para aquecimento e a produção de carvão vegetal são fontes mais
baratas e disponíveis para gerar calor.

O carvão vegetal é produzido através da queima lenta e controlada de madeira por vários dias.
Esse processo visa fazer com que a capacidade calorífica não seja perdida com a queima das
madeiras.

 Década de 1940: cerca de 80% do consumo de energia no Brasil utilizava lenha ou


carvão vegetal;
 Usos: siderurgia (envolve processos em temperaturas elevadas, p. ex. fundição),
aquecimento, transporte, medicina.

Silvicultura
As práticas de florestamento comercial que utilizam os conhecimentos da silvicultura para
cultivar árvores de rápido crescimento e valor comercial mais rentável têm se espalhado por
todo o Brasil. Além do uso de madeira para celulose, papel e móveis, a madeira para o carvão
vegetal é importante em vários setores da economia.

 Aquecimento de fornos industriais: cozimento de argilas e areias para fabricar


cerâmicas, vidros, tijolos; na fusão de metais para a siderurgia (o carvão mineral,
nesses casos, é mais utilizado);
 Medicina: remédios para adsorção de substâncias tóxicas no organismo;
 Indústria química: filtros e produtos para despoluição, descontaminação e limpeza.

O florestamento comercial utiliza espécies exóticas no Brasil, como espécies de pinus e


eucaliptos. Além de substituir a vegetação original, as áreas cobertas podem ter vários
problemas ambientais quando não se adotam medidas de mitigação de impactos: erosão dos
solos, redução de biodiversidade, etc.

Biocombustíveis

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Fontes renováveis

Os biocombustíveis utilizam recursos naturais de origem orgânica para a geração de energia.


Por isso, a energia gerada é considerada renovável, pois as matérias-primas podem ser
cultivadas, reaproveitadas ou ter os seus ciclos biogeoquímicos aproveitados na produção,
sem um horizonte de esgotamento evidente.

 Madeiras: carvão vegetal, lenha, serragem;


 Flores, folhas, caules de vegetais e óleos essenciais de plantas: fabricação de óleos e
álcoois, inclusive combustíveis (de soja, mamona, milho, beterraba, mandioca, babaçu,
dendê, etc.);
 Dejetos/lixo orgânico: pela queima, aproveitamento do chorume ou dos gases
liberados;
 Estufas: o calor gerado pela radiação solar e o confinamento é convertido em energia;
 Biodigestores: esgoto, restos animais, vegetais e resíduos pode ser confinado em
tanques fechados e fermentado. O gás liberado na fermentação pode ser convertido
em energia.

Etanol

O álcool etanol produzido da cana-de-açúcar é o biocombustível mais utilizado no Brasil. A


implantação do Proálcool pelo governo brasileiro nos anos 1970 foi responsável pelo impulso
no uso desse tipo de etanol e pela liderança mundial brasileira nas tecnologias de produção e
geração de álcool combustível, especialmente no setor automotivo.
Outros vegetais também têm sido utilizados para geração de biocombustíveis no Brasil, com
semelhante sucesso e tecnologia: mamona, soja, sementes de girassol, entre outros.

A Cana-de-Açucar e o Etanol Brasileiro

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Açúcar de base

A cana-de-açúcar foi uma das bases da economia brasileira desde a primeira experiência bem-
sucedida no Brasil, em 1532 (São Vicente, SP, a primeira ocupação portuguesa permanente no
país).

Cultivos

No Brasil, as fazendas produtoras de cana-de-açúcar possuem a seguinte estrutura:

 Grandes propriedades (extensivas);


 Mão-de-obra abundante (manual);
 Monocultura.

Liderança mundial

Mesmo após cinco séculos de experiências, os ciclos de expansão, declínio e da concorrência


de outros países, o Brasil manteve-se como líder mundial no cultivo de cana-de-açúcar e das
tecnologias para o processamento industrial dessa matéria-prima. Isso ocorreu porque o país
desenvolveu uma cadeia produtiva complexa.

Usinas de açúcar e álcool: fermentação de açúcares, para transformação em combustíveis e


produtos derivados de açúcar e álcool;

Processos industriais de destilação e fracionamento.

Proálcool

Com o objetivo de minimizar os efeitos negativos dos choques do petróleo dos anos 1970, o
governo brasileiro criou o Programa Nacional do Álcoolem 1975. As medidas adotadas visaram
substituir gradualmente a gasolina pelo etanol derivado de cana-de-açúcar.

Os estímulos governamentais, as contribuições de universidades, centros de pesquisa,


agricultores e da indústria criaram tecnologias e processos responsáveis pela liderança do país
na produção de biocombustíveis.
Ano/período x Evento

1975---------------------------------------------------Criação do Proálcool.

1978---------------------------------------------------Primeiro carro nacional 100% movido a etanol.

Anos 1980-------------------------------------------Auge da produção de automóveis movidos a etanol.

2003--------------------------------------------------Motores tipo flex-fuel (podem funcionar tanto com


gasolina quanto álcool).

Vantagens

 Menor poluição atmosférica: os gases liberados pela queima do etanol, assim com de
outros biocombustíveis, são menos poluentes que combustíveis fósseis;
 Recurso renovável: a cana-de-açúcar pode ser cultivada em várias regiões do país, por
conta das condições climáticas e de solo favoráveis. Além disso, o ciclo de crescimento
é rápido, o que facilita a obtenção de matéria-prima com frequência;
 Menor dependência de petróleo.

Desvantagens

 Grandes áreas: necessita de vastas áreas para cultivo. O desmatamento, o uso


inadequado dos solos e o emprego de grandes quantidades da água para irrigação
podem causar graves danos ambientais;
 Risco de poluição e contaminação: o vinhoto, resíduo da destilação do caldo da cana-
de-açúcar (garapa), acaba sendo jogado em cursos d’água;
 Substituição de cultivos: algumas regiões do país têm sofrido com a substituição de
cultivos alimentares (feijão, arroz, frutas, etc) pela cana-de-açúcar.

Hidroeletricidade

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Águas e pás

A hidroeletricidade utiliza o movimento das águas, confinadas em represas, para gerar energia
através da queda em declives acentuados, as barragens. O movimento das águas faz várias
turbinas girarem, convertendo energia mecânica em energia elétrica.
Potencial brasileiro

O Brasil possui boa parte de seu território formado por áreas planálticas, por onde correm
muitos de nossos cursos d’água. Essa característica contribui para a produção de energia em
hidroelétricas.

Declives: as diferenças de declividade em áreas planálticas, forma rios encachoeirados, que


podem ser aproveitados para a construção de barragens e represas;

A energia das águas convertida em eletricidade é uma das principais fontes da matriz
energética do país.

Tipos de usinas

Usinas de médio e grande porte: produzem cerca de 90% da oferta total da energia convertida
nas hidroelétricas;

Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs): usinas de pequeno porte, mais baratas e com
menores impactos ambientais (não precisam desapropriar ou desmatar grandes áreas para
armazenar água em reservatórios). Porém, como são construídos em cursos d’ água de menor
tamanho e volume, estão sujeitas a períodos de estiagem.

Vantagens

 Renovável: utiliza apenas o movimento das águas para converter energia hidráulica em
elétrica;
 Diversos usos das represas: podem ser utilizadas para navegação, transporte e
abastecimento de água;
 Experiência em implantação: a engenharia brasileira é mundialmente reconhecida
pelas tecnologias e métodos criados na construção e operação de usinas
hidroelétricas.

Desvantagens

 Alagamento de grandes áreas: a construção de represas e barragens necessita


desapropriar e desmatar grandes áreas, o que pode provocar gravas impactos
ambientais. Além disso, algumas experiências de vegetações originais que foram
submersas, sem retirada, lançam gases poluentes na atmosfera ao se decompor em
ambiente aquático;
 Remoção de populações: as desapropriações obrigam os moradores a serem
removidos. Esse processo pode provocar a destruição de valores culturais e históricos
das populações com seus lugares tradicionais;
 Dificuldades na transmissão: para chegar a lugares distantes, a energia elétrica precisa
ser transmitida com potência muito elevada. Esse processo acaba gerando perdas no
caminho, o que exige investimentos e tecnologias para minimizar esse efeito de perda.

Projetos Hidroelétricos no Brasil

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Fonte abundante e disponível

As condições naturais, a disponibilidade hídrica e a necessidade de fontes de energia mais


baratas tornaram a hidroeletricidade uma fonte de energia essencial para o Brasil.

Demanda energética

O desenvolvimento urbano e industrial do Brasil ao longo do século XX elevou a demanda


energética do país. As políticas de Estado foram necessárias para ampliar a matriz e a
capacidade energética.

Principais usos: consumo doméstico, indústrias, comércio, agropecuária.

Principais projetos

Projetos hidroelétricos no Brasil

Projeto/usina x Características

Sobradinho----------------------------------------No rio São Francisco, próximo à Juazeiro (BA) e


Petrolina (PE).

 1973-1979: construção.
 Terceiro maior lago artificial do mundo.

Paulo Afonso / Xingó----------------------------Paulo Afonso: divisa entre BA, AL e PE.

 Xingó: entre Sergipe e Alagoas.


 1948-1954: construção.
 Extensões até o fim dos anos 1970.

Tucuruí ----------------------------------------------Rio Tocantins, em Tucuruí (PA).


 1976-1984: construção.
 Parte de projetos p/ desenvolver a Amazônia, no âmbito da ditadura militar.

Itaipu------------------------------Projeto binacional: envolve Brasil e Paraguai.

 Segunda maior usina do mundo.


 Gera boa parte do total nacional.

Ilha Solteira-----------------------No Rio Paraná, entre São Paulo e Mato Grosso do Sul.

 1965-1978: construção.
 Abastecimento do Centro-Sul.
 Corredor de transporte, através da hidrovia Tietê-Paraná.
 Novos projetos Belo Monte (PA)
 Tapajós (PA)
 Jirau (RO)
 Santo Antônio (RO)

Energia Nuclear

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Colisões energéticas

A energia nuclear aproveita-se da colisão de átomos, que liberam energia nesse processo, para
convertê-la em eletricidade.

As pesquisas desenvolvidas nos séculos XIX e XX, especialmente no campo da Física Nuclear
(Rutherford, Fermi, etc.), contribuíram para o aproveitamento dessa fonte energética.

Fissão e fusão nuclear

As reações nucleares para conversão de energia podem ocorrer, dada a tecnologia atual, em
dois processos:

Fissão nuclear: colisão de átomos;

Fusão nuclear: partículas subatômicas em processo de fusão liberam quantidades de energia


muito superiores que na fissão. Esse processo ocorre na liberação de energia pelo Sol;

A tecnologia atual não consegue converter energia em reações de fusão nuclear controlada em
grande escala, embora existam testes em alguns países, incluindo o Brasil;
-As usinas atuais convertem energia através da fissão nuclear.

Programa nuclear brasileiro

A energia nuclear pode ser considerada como uma solução moderna e estratégica para o país,
em função dos seguintes aspectos:

 Fornecer mais energia, para contribuir com a matriz energética;


 Desenvolvimento tecnológico;
 Importância geopolítica, pois poucos países dominam as tecnologias nucleares;
 1975:acordos de cooperação com a Alemanha para o fornecimento de tecnologia e
conhecimentos na produção de energia nuclear;
 Usinas existentes: Angra I e Angra II (em operação), Angra III (em construção, prevista
para operação em 2018).

Fontes Alternativas para o Brasil

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Energias alternativas

A busca por fontes de energias alternativas tem como objetivos utilizar recursos naturais
renováveis e abundantes, buscar meios de produção com menor impacto ambiental e custos
mais competitivos. Por isso, assim como outros países, o Brasil precisa desenvolver meios de
conversão de energia nesses princípios.

Brasil: utiliza fontes renováveis de energia (cerca de 80% da matriz energética).

Vantagens do Brasil

 Dimensões continentais e várias opções de fontes energéticas;


 Elevada incidência de radiação solar;
 Litoral extenso;
 Diversidade de solos e climas;
 Recursos minerais diversos;
 Algumas fontes renováveis.

Fonte x Características
Solar--------------------------------------------------Alta incidência solar

 Pode ser individual ou distribuída


 Placas térmicas
 Células fotovoltaicas
 Hidroelétrica
 Eólica Incidência dos ventos
 Pouco utilizada no Brasil

Biomassa/biocombustíveis---------------------Cana-de-açúcar, soja, eucalipto, mamona, etc

 Cultivada em várias regiões, tem grande potencial


 Recursos disponíveis no país (reservas de Urânio, por exemplo)
 Pequenas áreas

Questões Ambientais: Radiação

Propagação

A propagação de elementos radioativos está associada à diferentes comprimentos de onda e à


matéria que está dispersa pelo espaço.

 Elementos químicos: podem emitir radiação (alfa, beta ou gama, por exemplo);
 Aplicação de técnicas nucleares
 Medicina (tratamentos, geração de imagens);
 Geração de energia;
 Eletrônica;
 Processos industriais.

Riscos:

 Contaminação;
 Doenças/mortes;
 Poluição e necessidade de remoções em massa (exemplo: acidente nuclear de
Chernobyl, Ucrânia, em 1986);
 Necessidade de destinação correta dos resíduos nucleares.

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