Decreto n.59.263, de 05.06.2013 PDF
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Decreto n.59.263, de 05.06.2013 PDF
2013
GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,
Decreta:
CAPÍTULO I
SEÇÃO I
Do Objeto
Artigo 1º - Este decreto regulamenta a Lei nº 13.577, de 8 de julho de 2009, que trata da proteção
da qualidade do solo contra alterações nocivas por contaminação, da definição de
responsabilidades, da identificação e do cadastramento de áreas contaminadas e da remediação
dessas áreas de forma a tornar seguros seus usos atual e futuro.
SEÇÃO II
Dos Objetivos
Artigo 2º - Constitui objetivo da Lei nº 13.577, de 8 de julho de 2009, garantir o uso sustentável do
solo, protegendo-o de contaminações e prevenindo alterações nas suas características e funções,
por meio de:
I - medidas para proteção da qualidade do solo e das águas subterrâneas;
II - medidas preventivas à geração de áreas contaminadas;
III - procedimentos para identificação de áreas contaminadas;
IV - garantia à saúde e à segurança da população exposta à contaminação;
V - promoção da remediação de áreas contaminadas e das águas subterrâneas por elas afetadas;
VI - incentivo à reutilização de áreas remediadas;
VII - promoção da articulação entre as instituições;
VIII - garantia à informação e à participação da população afetada nas decisões relacionadas com
as áreas contaminadas.
SEÇÃO III
Das Definições
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intervenção mais adequadas a serem exigidas, visando eliminar ou minimizar os danos e/ou riscos
aos bens a proteger, gerados pelos contaminantes nelas contidas;
XX - Investigação Confirmatória: etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas que
tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de contaminantes em concentrações
acima dos valores de intervenção estabelecidos pela CETESB;
XXI - Investigação Detalhada: etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas que
consiste na avaliação detalhada das características da fonte de contaminação e dos meios
afetados, determinando os tipos de contaminantes presentes e suas concentrações, bem como a
área e o volume das plumas de contaminação, e sua dinâmica de propagação;
XXII - Medidas de controle institucional: ações, implementadas em substituição ou
complementarmente às técnicas de remediação, visando a afastar o risco ou impedir ou reduzir a
exposição de um determinado receptor sensível aos contaminantes presentes nas áreas ou águas
subterrâneas contaminadas, por meio da imposição de restrições de uso, incluindo, entre outras,
ao uso do solo, ao uso de água subterrânea, ao uso de água superficial, ao consumo de alimentos
e ao uso de edificações, podendo ser provisórias ou não;
XXIII - Medidas emergenciais: conjunto de ações destinadas à eliminação do perigo, a serem
executadas durante qualquer uma das etapas do gerenciamento de áreas contaminadas;
XXIV - Medidas de engenharia: ações baseadas em práticas de engenharia, com a finalidade de
interromper a exposição dos receptores, atuando sobre os caminhos de migração dos
contaminantes;
XXV - Medidas de intervenção: conjunto de ações adotadas visando à eliminação ou redução dos
riscos à saúde humana, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger, decorrentes de uma
exposição aos contaminantes presentes em uma área contaminada, consistindo da aplicação
medidas de remediação, controle institucional e de engenharia;
XXVI - Medidas de remediação: conjunto de técnicas aplicadas em áreas contaminadas, divididas
em técnicas de tratamento, quando destinadas à remoção ou redução da massa de
contaminantes, e técnicas de contenção ou isolamento, quando destinadas à prevenir a migração
dos contaminantes;
XXVII - Órgão ambiental: órgãos ou entidades da administração direta, indireta e fundacional do
Estado e dos Municípios, instituídos pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da
qualidade ambiental, administração de recursos naturais e manutenção e recuperação da
qualidade de vida;
XXVIII - Perigo: situação em que estejam ameaçadas a vida humana, o meio ambiente ou o
patrimônio público e privado, em razão da presença de agentes tóxicos, patogênicos, reativos,
corrosivos ou inflamáveis;
XXIX - Ponto de conformidade: pontos de monitoramento situados junto aos receptores
potencialmente expostos aos contaminantes, cujas concentrações devam estar em conformidade
com as metas estabelecidas;
XXX - Reabilitação: processo que tem por objetivo proporcionar o uso seguro de áreas
contaminadas por meio da adoção de um conjunto de medidas que levam à eliminação ou
redução dos riscos impostos pela área aos bens a proteger;
XXXI - Revitalização: é o processo de requalificação de áreas ou regiões abandonadas que
possam ter abrigado atividades com potencial de contaminação, propiciando a ocupação
residencial ou comercial;
XXXII - Risco: probabilidade de ocorrência de um efeito adverso em um receptor sensível a
contaminantes existentes em uma área contaminada;
XXXIII - Seguro ambiental: contrato de seguro que contenha cobertura para assegurar a execução
de Plano de Intervenção aprovado em sua totalidade e nos prazos estabelecidos, no valor mínimo
de 125% (cento e vinte e cinco por cento) do custo estimado;
XXXIV - Solo: camada superior da crosta terrestre constituída por minerais, matéria orgânica,
água, ar e organismos vivos;
XXXV - Superficiário: detentor do direito de superfície de um terreno, por tempo determinado ou
indeterminado, mediante escritura pública registrada no Cartório de Registro de Imóveis, nos
termos da Lei federal nº 10.257, de 9 de julho de 2001;
XXXVI - Valor de Intervenção: concentração de determinada substância no solo e na água
subterrânea acima da qual existem riscos potenciais diretos e indiretos à saúde humana,
considerado um cenário de exposição genérico;
XXXVII - Valor de Prevenção: concentração de determinada substância acima da qual podem
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SEÇÃO IV
Dos Instrumentos
SEÇÃO V
CAPÍTULO II
Artigo 11 - Qualquer pessoa física ou jurídica que, por ação ou omissão, possa contaminar o solo
deve adotar as providências necessárias para que não ocorram alterações adversas e prejudiciais
às funções do solo.
Parágrafo único - Para os efeitos da Lei nº 13.577, de 8 de julho de 2009, são consideradas
funções do solo:
1. sustentação da vida e do "habitat" para pessoas, animais, plantas e organismos do solo;
2. manutenção do ciclo da água e dos nutrientes;
3. proteção da água subterrânea;
4. manutenção do patrimônio histórico, natural e cultural;
5. conservação das reservas minerais e de matéria-prima;
6. produção de alimentos;
7. meios para manutenção da atividade sócio-econômica.
Artigo 12 - Os órgãos do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção,
Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais -
SEAQUA, instituído pela Lei nº 9.509, de 20 de março de 1997, bem como os demais órgãos ou
entidades da Administração Pública direta ou indireta, no exercício das atividades de
licenciamento e controle, deverão atuar de forma preventiva e corretiva com o objetivo de evitar
alterações adversas das funções do solo, nos limites de suas respectivas competências.
Artigo 13 - A atuação dos órgãos do SEAQUA, no que se refere à proteção da qualidade do solo,
terá como parâmetros os Valores de Referência de Qualidade, os Valores de Prevenção e os
Valores de Intervenção estabelecidos pela CETESB.
Artigo 14 - Os Valores de Referência de Qualidade serão utilizados para orientar a prevenção de
alterações da qualidade e o controle das funções do solo.
Artigo 15 - Os Valores de Prevenção serão utilizados para prevenir a disposição inadequada de
substâncias contaminantes no solo e águas subterrâneas.
§ 1º - Ultrapassados, em qualquer hipótese, os Valores de Prevenção a atividade no local, se
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existente, será avaliada pela CETESB, que exigirá ações necessárias à caracterização das
condições ambientais decorrentes da introdução de substâncias no solo e a adoção de medidas
corretivas.
§ 2º - Os responsáveis legais pela introdução no solo de cargas poluentes procederão ao
monitoramento dos impactos decorrentes. O início do processo de monitoramento independe de
aprovação da CETESB, que poderá, posteriormente, exigir complementações ou alterações.
Artigo 16 - Caso sejam detectadas concentrações acima dosValores de Intervenção durante a
realização do monitoramento preventivo da qualidade do solo e das águas subterrâneas, a área
será classificada como Área Contaminada sob Investigação (ACI), ficando sujeita ao cumprimento
das ações previstas no Capítulo III.
Artigo 17 - A CETESB poderá exigir do responsável legal por área com fontes potenciais de
contaminação do solo e das águas subterrâneas a manutenção de programa de monitoramento
da área e de seu entorno.
§ 1º - Para as seguintes atividades, o monitoramento deverá ser exigido pela CETESB:
1. nas áreas com potencial de contaminação (AP) onde ocorre o lançamento de efluentes ou
resíduos no solo como parte de sistemas de tratamento ou disposição final;
2. nas áreas com potencial de contaminação (AP) onde ocorre o uso de solventes halogenados;
3. nas áreas com potencial de contaminação (AP) onde ocorre a fundição secundária ou a
recuperação de chumbo ou mercúrio.
§ 2º - A CETESB poderá definir outras áreas com potencial de contaminação (AP) ou situações
onde será necessário o monitoramento preventivo da qualidade do solo e águas subterrâneas por
meio de Decisões de Diretoria ou Resoluções, que constarão do Sistema de Áreas Contaminas e
Reabilitadas.
§ 3º - O responsável legal deverá designar responsável técnico para realizar o monitoramento
preventivo da qualidade do solo e da água subterrânea.
§ 4º - Constatada alteração da qualidade do solo ou das águas subterrâneas, conforme artigos 15
e 16, o responsável legal deverá notificar imediatamente a CETESB e adotar as ações previstas
neste decreto.
CAPÍTULO III
SEÇÃO I
Das Responsabilidades
SEÇÃO II
Do Processo de Identificação
SEÇÃO III
Da Reabilitação
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massa.
§ 4º - Para a execução do Plano de Intervenção o prestador de serviços deverá adequar-se às
normas técnicas específicas emitidas pelo Sistema Estadual de Administração da Qualidade
Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos
Recursos Naturais - SEAQUA.
Artigo 45 - O responsável legal pela área contaminada deverá apresentar uma das garantias
previstas nos incisos IX e X do artigo 4º da Lei nº 13.577, de 8 de julho de 2009, a fim de
assegurar que o Plano de Intervenção aprovado seja implantado em sua totalidade e nos prazos
estabelecidos, no valor mínimo de 125% (cento e vinte e cinco por cento) do custo estimado no
respectivo Plano.
§ 1º - O instrumento a que se refere o inciso X do artigo 4º da Lei nº 13.577, de 8 de julho de
2009, somente será exigido quando houver disponibilidade desse produto no mercado de seguros.
§ 2º - Poderá ser apresentado seguro-garantia em substituição às garantias a que se refere o
"caput" deste artigo, exceto para a condição prevista no § 2º do artigo 46 deste decreto.
§ 3º - Estarão dispensados das garantias a que se refere o caput o responsável pelas áreas
contaminadas sujeitas a processos de reutilização de interesse social, sujeitas à revitalização,
assim como as áreas de propriedade da União, Estado e Municípios.
Artigo 46 - Nos casos em que sejam adotadas medidas de remediação para tratamento ou para
contenção dos contaminantes, o Plano de Intervenção deverá conter as seguintes informações,
além daquelas relacionadas no artigo 44 deste decreto:
I - a descrição das técnicas de remediação selecionadas;
II - o dimensionamento do sistema de remediação, com a posição de seus elementos principais e
a área de atuação prevista para o sistema;
III - as concentrações a serem atingidas (metas de remediação), com as medidas de remediação
propostas;
IV - a localização dos pontos de conformidade;
V - cronograma de implantação e operação do sistema de remediação;
VI - proposta de monitoramento da eficiência e eficácia das medidas de remediação e respectivo
cronograma;
VII - proposta de monitoramento para encerramento e respectivo cronograma.
§ 1º - O responsável legal deverá assegurar o pleno funcionamento do sistema de remediação
implantado durante todo o período de sua aplicação, apresentando à CETESB, em freqüência a
ser por ela definida, os dados que comprovem essa situação.
§ 2º - Nos casos em que sejam adotadas medidas de remediação por contenção ou isolamento, o
responsável legal deverá apresentar garantia bancária ou seguro ambiental para o funcionamento
do sistema durante todo o período de sua aplicação, conforme estabelecido nos incisos IX e X do
artigo 4º da Lei nº 13.577, de 8 de julho de 2009.
Artigo 47 - Caso sejam necessárias medidas de controle institucional para o uso e ocupação do
solo ou para o uso das águas subterrâneas e superficiais, o responsável legal deverá contemplá-
las no Plano de Intervenção, justificar a necessidade, detalhá-las, indicar sua localização por meio
de coordenadas geográficas e o período de vigência, e garantir de sua manutenção pelo período
de aplicação.
§ 1º - As medidas propostas deverão ser submetidas à aprovação do órgão responsável
previamente à sua implantação.
§ 2º - O órgão responsável deverá estabelecer outras medidas se das propostas ficar
demonstrado sua insuficiência ou inadequação, ficando o responsável obrigado a, no prazo de até
30 (trinta) dias, contados da notificação, apresentar novo Plano de Intervenção que contemple as
exigências da CETESB.
§ 3º - As medidas de controle institucional deverão ser mantidas enquanto persistir o cenário
responsável pela existência de risco aos bens a proteger.
Artigo 48 - Nos casos em que sejam propostas medidas de engenharia, o responsável legal
deverá apresentar Plano de Intervenção à CETESB, contendo as medidas indicadas, cronograma
de implantação e sua localização, assegurando a sua manutenção pelo período de sua aplicação.
§ 1º - O responsável legal deverá assegurar a efetividade das medidas adotadas enquanto
persistir o cenário responsável pela existência de risco.
§ 2º - Nos casos em que a manutenção dessas medidas implicar na imposição de restrições
construtivas na área do responsável legal ou de terceiros, o responsável legal deverá informar a
autoridade pública municipal competente da propositura dessas restrições.
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§ 3º - Na hipótese da medida proposta não ser aceita, o responsável legal deverá submeter novo
Plano de Intervenção à CETESB.
§ 4º - Caso haja qualquer alteração de uso da área que implique na descaracterização da medida,
deverá ser apresentado à CETESB novo Plano de Intervenção.
Artigo 49 - O responsável legal deverá apresentar projeto técnico sob a responsabilidade de
profissional habilitado, conforme Conselho Profissional, cabendo ao autor do projeto e/ou
responsável técnico a responsabilização de todas as etapas executivas indicadas nos projetos,
não podendo ser transferida ao leigo qualquer responsabilidade.
Artigo 50 - Uma vez implementadas as medidas de remediação propostas pelo responsável legal,
a área passará a ser classificada como Área Contaminada em Processo de Remediação (ACRe).
§ 1º - A implementação do Plano de Intervenção será acompanhada pela CETESB.
§ 2º - No descumprimento, por quaisquer motivos, do Plano de Intervenção, a CETESB executará
as garantias a que se refere o artigo 45 deste decreto, visando custear a complementação das
medidas de intervenção, além de adotar as medidas atinentes ao poder de polícia administrativa.
§ 3º - O Plano de Intervenção poderá ser alterado, com aprovação da CETESB, em função dos
resultados parciais decorrentes de sua implementação.
Artigo 51 - Nas áreas contaminadas cujo responsável legal não seja identificado ou não tenha
implementado as ações necessárias à reabilitação das mesmas, a CETESB poderá executá-las,
podendo, para tanto, pleitear recursos do FEPRAC.
§ 1º - Para efeito de cumprimento do que determina o "caput" deste artigo, a CETESB selecionará
as áreas nas quais desenvolverá as ações necessárias, com base em critério de priorização a ser
por ela definido.
§ 2º - A execução das ações necessárias à reabilitação da área poderá ser contratada pela
CETESB.
Artigo 52 - Após a execução do Plano de Intervenção, caso tenham sido implantadas e
executadas as medidas contempladas e atingidas as metas de remediação, a área será
classificada como Área em Processo de Monitoramento para Encerramento (AME).
§ 1º - Atingidas as metas de remediação, deverá ser iniciado o monitoramento da evolução das
concentrações dos contaminantes nos meios impactados por um período mínimo de dois anos,
denominado monitoramento para encerramento.
§ 2º - A CETESB poderá estabelecer períodos de monitoramento diferentes daquele citado no
parágrafo 1º deste artigo, determinando sua ampliação ou redução em função da complexidade
do caso.
§ 3º - Caso seja constatada a elevação das concentrações acima das metas de remediação
durante o período de monitoramento para encerramento, deverão ser retomadas as medidas
destinadas à remediação da área.
Artigo 53 - Encerrado o período de monitoramento a que se refere o artigo 52 deste decreto e
mantidas as concentrações dos contaminantes abaixo das metas de remediação, a área será
classificada como Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR).
§ 1º - Nesta situação o responsável legal deverá solicitar à CETESB a emissão do Termo de
Reabilitação para o Uso Declarado.
§ 2º - Nos casos em que a situação de risco aceitável estiver mantida por força de medidas de
controle institucional ou de engenharia, a eficácia dessas medidas deverá ser avaliada por todo o
período em que forem necessárias.
§ 3º - Na classificação a que se refere o "caput" deste artigo deverá sempre ser respeitada a
legislação de uso e ocupação do solo.
Artigo 54 - Classificada a área como Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR), a CETESB
deverá:
I - inserir a área no Sistema de Áreas Contaminadas e Reabilitadas como Área Reabilitada para o
Uso Declarado (AR);
II - determinar ao responsável legal pela área que apresente, no prazo de até 5 (cinco) dias, o
protocolo de requerimento de averbação na respectiva matrícula imobiliária do conteúdo do Termo
de Reabilitação para o Uso Declarado ao Oficial de Registro de Imóveis competente;
III - comunicar os órgãos públicos envolvidos, as Prefeituras Municipais, os Conselhos Municipais
de Meio Ambiente, a Secretaria Estadual de Saúde e o DAEE.
§ 1º - As informações referentes à Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR) a serem
averbadas, devem indicar expressamente o uso para o qual ela foi reabilitada, que não poderá ser
distinto dos usos autorizados pela legislação de uso e ocupação do solo, além da localização e
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SEÇÃO IV
Da desativação de empreendimentos
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SEÇÃO V
Artigo 61 - A aquisição de terrenos onde são ou foram desenvolvidas atividades com potencial de
contaminação com vistas à sua revitalização será considerada como de interesse público,
devendo ser incentivada e apoiada pelo poderes públicos estadual e municipal.
Artigo 62 - A edificação em Áreas com Potencial de Contaminação (AP) dependerá de avaliação
da situação ambiental da área a ser submetida ao órgão municipal competente, podendo para
tanto ser consultada a CETESB.
Parágrafo único - A autorização de que trata o "caput" deste artigo será concedida na condição
em que não haja risco superior aos níveis aceitáveis definidos pelos órgãos competentes à saúde
dos futuros usuários.
Artigo 63 - Se durante a execução das obras forem constatados indícios ou suspeitas de
contaminação, o responsável legal deverá comunicar o fato de imediato à CETESB e ao município
responsável, que deverão se manifestar quanto à necessidade de paralisar ou não as obras em
andamento e exigir a realização da Investigação Confirmatória e demais medidas previstas no
artigo 64 deste decreto, caso confirmada a existência de contaminação.
Parágrafo único - A comunicação a que se refere o caput não desobriga os profissionais
responsáveis pela obra de notificarem os órgãos competentes.
Artigo 64 - Nas áreas classificadas como Áreas Contaminadas sob Investigação (ACI) ou Área
Contaminada com Risco Confirmado (ACRi), a CETESB deverá se manifestar acerca da
possibilidade de edificação, baseando-se em Plano de Intervenção a ser elaborado como descrito
na Seção III deste Regulamento.
§ 1º - A manifestação a que se refere o "caput" deste artigo se dará por meio de parecer técnico.
§ 2º - Aprovado o Plano de Intervenção, a área será classificada como Área Contaminada em
Processo de Reutilização (ACRu).
§ 3º - Caso o Plano de Intervenção apresentado pelo responsável legal seja aprovado, o
responsável legal deverá apresentar o parecer técnico emitido pela CETESB aos órgãos
municipais competentes para a emissão das devidas autorizações para demolição e construção.
§ 4º - No Plano de Intervenção serão admitidas propostas que contemplem a implantação e a
operação de medidas de remediação e de medidas de engenharia, concomitante à execução das
obras civis, desde que adotadas medidas de proteção aos trabalhadores.
§ 5º - Os órgãos municipais competentes poderão emitir as autorizações para a utilização da área,
após a CETESB atestar, por meio da emissão de Termo de Reabilitação para o Uso Declarado, o
cumprimento das medidas propostas no Plano de Intervenção aprovado.
§ 6º - A CETESB definirá por meio de Decisão de Diretoria o preço para a emissão de parecer
técnico relativo à análise do Plano de Intervenção, destinando os recursos obtidos para o
FEPRAC.
SEÇÃO VI
CAPÍTULO IV
respectivo Conselho;
f) 1 (um) da Prefeitura integrante das Aglomerações Urbanas de Sorocaba e Jundiaí, indicado
pela Associação Paulista de Municípios;
g) 2 (dois) de prefeituras indicadas pela Associação Paulista de Municípios, não podendo ambas
integrarem a mesma região administrativa do Estado;
III - como representantes da Sociedade Civil:
a) 1 (um) do CREA -SP - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado
de São Paulo;
b) 1 (um) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP;
c) 1 (um) do SINDUSCON - SP - Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado de São
Paulo;
d) 1 (um) do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes;
e) 1 (um) do Conselho de Reitores do Estado de São Paulo - CRUESP;
f) 1 (um) da Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo;
g) 1 (um) de Ordem dos Advogados do Brasil - Seção SãoPaulo;
h) 1 (um) de organização não governamental ambientalista indicada dentre as entidades
ambientalistas com assento no CONSEMA.
§ 1º - As funções de membro do Conselho não serão remuneradas, mas consideradas como
serviço público relevante.
§ 2º - O Conselho poderá solicitar a órgãos e entidades públicos e privados pareceres de mérito
sobre a viabilidade técnica dos planos, programas e projetos apresentados.
§ 3º - Os representantes e respectivos suplentes das entidades relacionadas nos incisos II e III
serão indicados por meio de correspondência específica ao Presidente do Conselho.
Artigo 73 - Compete ao Conselho de Orientação do Fundo Estadual para Prevenção e
Remediação de Áreas Contaminadas - FEPRAC:
I - orientar e aprovar a captação e a aplicação dos recursos do Fundo;
II - aprovar normas, critérios, prioridades e programas para a aplicação dos recursos do Fundo,
fixando seus respectivos limites;
III - aprovar os critérios para verificação da viabilidade técnica, econômica e financeira dos
projetos;
IV - aprovar o orçamento de aplicação dos recursos do Fundo;
V - elaborar o seu regimento interno;
VI - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por regulamento;
VII - aprovar programas, ações e medidas preventivas à geração de áreas contaminadas, bem
como de garantia à informação e à participação da população afetada nas decisões relacionadas
com as áreas contaminadas;
VIII - aprovar o Regulamento de Operações e demais instrumentos necessários a disciplinar as
atividades dos Agentes Financeiro e Técnico do FEPRAC, bem como da sua Secretaria
Executiva;
IX - apreciar relatórios elaborados pelos Agentes Financeiro e Técnico e pela Secretaria Executiva
do Fundo, determinando, quando necessário, medidas corretivas ao fiel e cabal cumprimento dos
objetivos do FEPRAC;
X - acompanhar a aplicação de recursos por meio de registros adequados, elaborados pela
Secretaria Executiva;
XI - aprovar os Planos de Aplicação dos recursos do Fundo, conforme as diretrizes constantes da
Lei nº 13.577, de 8 de julho de 2009;
XII - aprovar a remuneração devida aos Agentes Técnico e Financeiro do FEPRAC.
Artigo 74 - Ao Presidente do Conselho de Orientação do Fundo Estadual para Prevenção e
Remediação de Áreas Contaminadas - FEPRAC, compete:
I - convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho;
II - assegurar o bom funcionamento do Conselho, bem como a implementação de suas
deliberações;
III - exercer direito de voto, inclusive o de qualidade;
IV - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Regimento Interno.
Artigo 75 - A CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo exercerá as funções de
agente técnico e de secretaria executiva do FEPRAC, disponibilizando todo o suporte técnico-
administrativo necessário ao seu funcionamento, mediante solicitação do Conselho de Orientação,
sem prejuízo do exercício das demais atribuições previstas em lei.
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Parágrafo único - O relatório das atividades de que trata este artigo deverá ser encaminhado às
Comissões de Fiscalização e Controle e de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa
do Estado.
Artigo 80 - A Secretaria do Meio Ambiente deverá publicar trimestralmente, no Diário Oficial do
Estado, o relatório financeiro, mantendo em seu sítio na rede mundial de computadores espaço
para informações sobre o FEPRAC, que deverá conter, no mínimo:
I - composição do Conselho de Orientação;
II - pauta e datas das reuniões do Conselho de Orientação;
III - o relatório financeiro do Fundo;
IV - o relatório das atividades desenvolvidas.
§ 1º - Os relatórios serão atualizados concomitantes às ações previstas no artigo 38 da Lei nº
13.577, de 8 de julho de 2009.
§ 2º - As pautas, e os documentos referentes aos assuntos nela contidos, serão disponibilizados
até o 15º dia que antecede à reunião.
Artigo 81 - Para atender às despesas decorrentes da aplicação desta lei, fica o Poder Executivo
autorizado a:
I - efetuar as transferências a que se refere o artigo 31, inciso II, da Lei nº 13.577, de 8 de julho de
2009;
II - abrir créditos adicionais especiais até o limite de R$ 100,00 (cem reais), incluindo as
classificações orçamentárias que se fizerem necessárias.
CAPÍTULO V
Artigo 82 - Toda ação ou omissão contrária às disposições desta lei e seu regulamento será
considerada infração administrativa ambiental classificada em leve, grave ou gravíssima, levando-
se em conta:
I - a intensidade do dano, efetivo ou potencial;
II - as circunstâncias atenuantes ou agravantes;
III - os antecedentes do infrator, pessoa física ou jurídica.
Artigo 83 - Serão consideradas circunstâncias atenuantes todas as atitudes ou providências
demonstradas pelo infrator em solucionar as questões atinentes à contaminação da área, tais
como:
I - apresentar fatos ou documentos que comprovem o empenho no cumprimento de exigência
estabelecida no prazo concedido;
II - possuir e operar sistema voltado à prevenção da contaminação de solo e águas subterrâneas;
III - promover, por iniciativa própria, alterações nos processos produtivos de forma a minorar as
emissões de poluentes, como, por exemplo, a introdução de medidas de produção mais limpa;
IV - adotar técnicas consideradas pelo órgão ambiental como as melhores disponíveis, entre as
quais aquelas consideradas sustentáveis;
V - realizar a Avaliação Preliminar e a Investigação Confirmatória independentemente de
notificação da CETESB, excetuadas as áreas previstas no artigo 27 deste decreto.
Artigo 84 - Serão consideradas circunstâncias agravantes:
I - obstar ou dificultar a fiscalização;
II - deixar de comunicar de imediato a ocorrência de contaminação;
III - deixar de adotar as medidas necessárias para o gerenciamento da área contaminada nos
prazos definidos pela CETESB;
IV - deixar de adotar medidas emergenciais para cessar situação de perigo;
V - deixar de realizar, nas áreas previstas no artigo 27 deste decreto, a Avaliação Preliminar e a
Investigação Confirmatória;
VI - apresentar estudo, laudo ou relatório total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por
omissão;
VII - a reincidência no cometimento de infração administrativa.
Parágrafo único - Quando da aplicação de quaisquer das agravantes previstas nos incisos I, II, IV
e VI deste artigo, fica a CETESB, por meio de seus servidores, obrigada a encaminhar de
imediato cópia integral do procedimento ao Ministério Público, acompanhado de Informação
Técnica conclusiva, para os fins de apuração de eventual prática de crimes previstos na Lei nº
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2013/decreto-59263-05.06.2013.html 19/22
10/07/2020 decreto n.59.263, de 05.06.2013
CAPÍTULO VI
alteração de uso do imóvel, pelo Poder Público deverá garantir o uso seguro das Áreas com
Potencial de Contaminação (AP), das Áreas Suspeitas de Contaminação (AS), das Áreas
Contaminadas sob Investigação (ACI), das Áreas Contaminadas com Risco Confirmado (ACRi) e
das Áreas Reabilitadas para o Uso Declarado (AR).
Artigo 102 - A Secretaria do Meio Ambiente e a Secretaria da Saúde deverão estabelecer
procedimentos e rotinas comuns para ações conjuntas visando prevenir a formação de áreas
contaminadas, bem como identificar e reabilitar as já existentes.
Parágrafo único - Fica estabelecido como documento de referência para a definição de
prioridades de ações integradas entre a Secretaria do Meio Ambiente e a Secretaria da Saúde o
Sistema de Áreas Contaminadas e Reabilitadas, previsto nos artigos 4º, inciso I e 5º deste
Regulamento.
Artigo 103 - No processo de gerenciamento da área contaminada, diante da gravidade da
desconformidade, por incapacidade técnica do responsável técnico, por evidente má-fé na
prestação das informações ou pelo descumprimento das exigências formuladas, fica a CETESB,
por meio de seus servidores, obrigada a encaminhar cópia integral do procedimento ao Ministério
Público, acompanhado de Informação Técnica conclusiva, para os fins de apuração de eventual
prática dos crimes previstos nos artigos 68, 69 e 69-A, da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998.
Artigo 104 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogado o Decreto
nº 54.544, de 8 de julho de 2009.
Palácio dos Bandeirantes, 5 de junho de 2013
GERALDO ALCKMIN
Bruno Covas
Secretário do Meio Ambiente
Giovanni Guido Cerri
Secretário da Saúde
Edson Aparecido dos Santos
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 5 de junho de 2013.
No artigo 72, inciso II, alínea "f" leia-se como segue e não como constou:
f) 1 (um) da Prefeitura integrante das Aglomerações Urbanas de Piracicaba e Jundiaí, indicado
pela Associação Paulista de Municípios;
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2013/decreto-59263-05.06.2013.html 22/22