A Parábola Do Rico e Do Lázaro e o Final Dos Tempos

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A Parábola do rico e do Lázaro

e
o final dos tempos

Marcos Antonio Zampero

Marcos A. Zampero 1
3/11/2013 – rev. 24.0
Índice Geral

Marcos A. Zampero 2
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Lc 16,19-31 Parábola do rico e do Lázaro (ACF)

19 Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos
os dias regalada e esplendidamente.
20 Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à
porta daquele;
21 E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios
cães vinham lamber-lhe as chagas.
22 E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão;
e morreu também o rico, e foi sepultado.
23 E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e
Lázaro no seu seio.
24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que
molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado
nesta chama.
25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida,
e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
26 E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que
quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
27 E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
28 Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham
também para este lugar de tormento.
29 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
30 E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles,
arrepender-se-iam.
31 Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco
acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.

A. Análise:

Esta Parábola pode ser interpretada de várias formas, entre elas: forma “alegórica”
e forma “literal”. Na internet existe ampla literatura disponível que aborda as duas
vertentes.
A análise a seguir é da forma “literal”, seguindo o “texto” e procurando-se
referencias cruzadas nas Escrituras; e esta “interpretação” não é
“contextualização”.

* Quem está falando?

A Parábola foi emitida através dos lábios do “Messias Jesus”; o relato é de “Lucas”,
um prosélito sírio convertido ao judaísmo, e que depois aceitou “Yeshua” como “O
Messias”. “Lucas” não conviveu pessoalmente com o “Messias Jesus”, sua
conversão foi posterior à sua morte e ressurreição. “Lucas” não “viu” pessoalmente
ao “Messias Yeshua” antes de sua morte, apenas após a sua ressurreição. A “alma”
de “Lucas” foi recolhida, assumiu um “corpo espiritual incorruptível”, e habita
atualmente na “Nova Jerusalém”.

1. Lc 16,19 faz uma radiografia econômica do “rico” e de seu comportamento.

Lc16,19 Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia
todos os dias regalada e esplendidamente.

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2. Lc 16,20-21 faz uma radiografia econômica do “mendigo” e de seu
comportamento.

Lc 16,20 Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas
à porta daquele;
21 E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios
cães vinham lamber-lhe as chagas.

* O “mendigo” não amaldiçoava o “rico”.


* O “rico” não amaldiçoava o “mendigo”, entretanto não executava nenhuma ação
“pró-ativa” para aliviar o “sofrimento” e a fome do “mendigo”.

2.1 O “mendigo” “desejava alimentar-se” das “migalhas que caiam da mesa do


rico”.

P1. Eram as “migalhas lixo”, ou era “lavagem de porcos”?

*O texto não é claro quanto a isto, nem que o “mendigo” tivesse acesso às bordas
da “mesa do rico” para alimentar-se do farto “resto de alimentos”; geralmente as
mesas de alimentação eram quase rentes ao chão (cerca de 20 cm de altura).
* As “migalhas” poderiam ser de pães, carnes, bebidas, vegetais e azeite.

* O texto é claro, o “mendigo” “desejava alimentar-se”.


Isto significa que ele NÃO se alimentava. Ele “passava fome”!

2.2 E “os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas”.


* “Cachorro” não é considerado um “animal doméstico” para os judeus
praticantes. É uma desonra para um judeu ser “lambido” por um cachorro, (Lv
11,1ss) animal impuro, que não rumina, e com as patas fendidas...

* O “rico” considerava “impuro”, não “Kosher”, o “mendigo”.

* Existe uma classe de seres humanos classificada com “cães” nas Escrituras:

Ap 22,15 Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os


homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira. (ACF)

É possível que os “cães” citados em Lc 16,21 sejam desta estirpe de pessoas.


“Cão” = Provavelmente um pederasta; alguém praticando cópula anal, especialmente
com um menino (Watchtower Library 2001).

3. Lc 16,22 informa que:

Lc 16,22 E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de
Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.

3.1 O “mendigo” “morreu” e foi “levado” pelos “anjos” para o “seio de Abraão”.

P2. As perguntas que não querem calar são: o que é “seio de Abraão”, “onde fica”,
é o “céu”; de que tipo são estes “anjos” (no plural)?

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P3. O texto não afirma que o “mendigo” foi “sepultado”; por ser “mendigo” é
possível que ele nem tenha tido a “honra” de ter seu corpo físico “sepultado”?

* o “mendigo” “morreu como indigente”, nem mesmo ele ouviu o “Shemá Israel”
em seu ultimo suspiro.

P4. Qual foi o paradeiro de seu “corpo físico”? Jogado no precipício, no “lixão” da
“Geena”?

* Geena refere-se ao vale de Hinom, fora das muralhas de Jerusalém. Este vale era
usado como depósito de lixo, onde se lançavam os cadáveres de pessoas que
eram consideradas indignas, restos de animais, e toda outra espécie de imundície.
Usava-se enxofre para manter o fogo aceso e queimar o lixo. Jesus usou este vale
como símbolo da destruição eterna. http://pt.wikipedia.org/wiki/Geena

3.2 O “rico” também “morreu” e teve seu “corpo físico sepultado”.


* Não existe citação clara do lapso temporal entre as duas mortes.
* Não existe citação clara de que a morte do “rico” tenha sido provocada devido a
sua não atitude pró-ativa com o “mendigo”.
* Na sequência do relato pode-se admitir que o “mendigo” morreu desonrosamente
primeiro, e o “rico” posteriormente, e o seu “sepultamento ocorreu em caverna de
alto padrão” (sic) com toda a “polpa” que a sua riqueza poderia comprar, e que não
tenha faltado um coral de “carpideiras”.

P5. O “rico” morreu, e quais “anjos” o conduziram?


Não há relato claro.

P6. O “conduziram” para onde? Se é que o “conduziram”?


O fato concreto é que o “rico” estava “encarcerado no Sheol”, que em nada se
assemelha a uma “colônia de férias” para a “alma”. O “Sheol” não é uma “colônia
de férias” para as “almas”.

* O Sheol é uma cadeia, lugar de detenção, encarceramento, restrição de “ir e


vir”, é uma colônia penal. A “pena” não é reclusão eterna.

4. A partir de Lc 16,23 não se tratam mais de “corpos físicos”, que de alguma


forma ficaram no “pó da terra”. Trata-se agora das “almas” que davam o “fôlego da
vida” para os “corpos físicos”. E as “almas” “desencarnadas” ou “separadas do
corpo físico”, mantiveram as “memórias” dos fatos, emoções e da vida cotidiana
dos respectivos “corpos físicos”.

Lc 16,23 E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e


Lázaro no seu seio.

P7. “Alma” tem “corpo”, “corpo espiritual”?

A “alma” possuía um “corpo”, mais especificamente um “corpo físico” enquanto


ele, o “corpo” estava “vivo”. A “alma” humana especificamente não possui algum
tipo de “corpo” enquanto aguarda a “ressurreição”. “Alma” que está encarcerada
no Sheol não possui algum tipo de “corpo”. Por metáfora: é como separar o

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“sotware” do “hardware” de um computador. A “alma” é o “software”, e o “corpo” é
o “hardware”.
Mais objetivamente, as “almas” que estiverem “preparadas” para a “ressurreição
dos mortos” assumirão um “novo corpo”, agora como “corpo espiritual” e
“subirão” ao “céu”.

1Co,15,44 Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há


corpo natural, há também corpo espiritual. (ACF)

1Co15,51 Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas
todos seremos transformados;
52 Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a
trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados.
53 Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e
que isto que é mortal se revista da imortalidade.
54 E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto
que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte na vitória. (ACF)

4.1 Lc 16,23 “E no inferno”...


* O termo correto é “Sheol”, o “rico” “ergueu os olhos”, “estando em tormentos” e
“viu ao longe Abraão e Lázaro” no seu “seio”.
* Embora o relato seja de uma “alma” não atrelada a um “corpo físico”, portanto
sem os “olhos do corpo”, o “rico” “ergue os olhos”, ou seja, dirige o “foco de seu
olhar” para “um lugar” distante, mas “observável”, e quem ele vê primeiro?

P7a. Quem o “rico” “vê” “primeiro”?

* Ele primeiro vê o “Patriarca Abraão”! Mas por que “Abraão”, e não outro
personagem, como “Adão”, o pai de todos os seres humanos?

* É interessante verificar estas versões:

“Lc 16,23 No sh´ol, onde estava em tormento, o rico olhou para cima e viu
Avraham de longe, com El´azar a seu lado.” (NT judaico, David Stern)

Luc 16:23 No Hades, onde estava sendo atormentado, ele olhou para cima e viu
Abraão de longe, com Lázaro ao seu lado. (NVI)

David Stern acompanha a versão NVI: “o rico olhou para cima e viu”. Se ele de
fato fez isto, ele tinha “referencial de coordenadas (x,y,z)” para definir o que é
especificamente “em cima”, ou “em baixo”, ou “à direita” ou “à esquerda”.

* O texto não é claro e preciso se o “rico” e o “mendigo” são contemporâneos de


“Abraão”, entretanto o “rico” reconhece a “alma de Abraão” e de “Lázaro”.

P8. Se eles foram contemporâneos existe nexo lógico para o reconhecimento. Se não
forem, quais foram os traços que o fizeram reconhecer?

* Entretanto lá estava o “Patriarca Abraão”! E junto dele a “alma” do “mendigo”!

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* Lá estava a “alma” do “mendigo” e não o “corpo físico” do “mendigo”.

P9. Como o “rico” reconheceu que era a “alma” exata daquele “mendigo” e não
outro “mendigo”, ou de outra “pessoa” morta?

P10. Quando o “mendigo” “desencarnou” a sua “alma” manteve os “traços de


sofrimento” vivido pelo seu “corpo físico” enquanto “vivo”?

P11. O sofrimento do “mendigo” se perpetuou após sua morte?

P12. Existe “classe de alma de rico” e “classe de alma de mendigo”, a sua “alma”
ficou “marcada”?

* Agora, depois de “morto”, o “mendigo”, digo a sua “alma”, tinha “nome”. Seu
“nome” é (no presente do indicativo) “Lázaro”.
O nome “Lázaro” em hebraico é o nome “Eliezer” ou “El´azar”, o mesmo nome do
líder (Rosh) da Yeshivah de Abraão.

Gn 15,2 Então disse Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos,
e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer? (ACF)

E o nome “Eliezer” em hebraico contém o nome “Elias”! Do “Profeta Elias” (Eliahu


Hanavi)!
E o “Lázaro”, servo de confiança de Abraão, de Gn 15,2, é conterrâneo (sírio) do
“Apóstolo Lucas”!

P13. E o que o “Profeta Elias” tem a haver com esta “Parábola” ensinada pelo
“Messias Yeshua”?

* O “rico” não tem mais “corpo físico”, mas se comporta como se o tivesse de forma
integral e funcionando perfeitamente.
* O “rico” está em “tormentos”! A expressão está no gerúndio: “estando em
tormentos”, que é um fato que se iniciou no passado e se perpetua no “tempo” sem
data liquida e certa para se encerrar. A “consciência” do “rico” estava pesando!

P14. E Qual é o nome do “rico” mesmo?


Até agora não sabemos!

4.2 Lc 16,23 “e viu”...

P15. A “alma” do “rico” “viu”; “viu” o que?


“Viu ao longe Abraão e Lázaro.”

P16. Desde quando “alma” tem “olhos” para ver, se ela não tem “corpo”?

* Ele não viu a “alma” de mais ninguém!


* Ele pode ver e reconhecer a “Abraão e Lázaro”, portanto todos eles estavam no
mesmo “Sheol”.
* O texto não afirma que a “alma do rico” no “Sheol” pode ver as almas de “Abraão
e Lázaro” junto ao “trono de Deus”!

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* A “alma do rico” estava no “Sheol”, assim como a de “Abraão e Lázaro”, mas em
condições adversas e intransponíveis.

* Existe uma “fábula judaica” que conceitua que o “Seio de Abraão” é o “céu”.
Entretanto NÃO é exatamente isto que o texto indica!

*A lembrança da pessoa física do “mendigo” enquanto “vivo” lhe causava


“tormentos”. Ele sempre soube que o “mendigo” tinha “nome”, e o infortúnio da
pobreza e miséria daquele lhe incomodava perpetuamente. Ele, enquanto “vivo”
nunca praticou a “Tsedaca”.

P16a. Ele não era atormentado pelas riquezas que deixou como despojos, mas o
sofrimento de “Lázaro” lhe incomodava, e o que ele “solicitava”?

5. Lc 16,24 A alma do “rico” “clamava” e “disse”:

Lc 16,24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro,
que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou
atormentado nesta chama.

5.1 A “alma do rico” “disse”.


* Isto significa que de alguma forma ela emitiu algumas palavras e estas chegaram
até o interlocutor. E o interlocutor é o “Patriarca Abraão”. E estas palavras não
continham “som”, pois o “som” precisa de “ar” para se “propagar”.

* E o “som” de sua “voz” tinha que se propagar por dois “meios” no mínimo: o
“meio” do lugar em que ele se encontra; outro “meio” que separa o local onde está o
“rico” e o local onde estão “Abraão e Lázaro”, e finalmente o terceiro “meio”, o local
onde se encontram “Abraão e Lázaro”, pois nada pode garantir que este tenha as
mesmas características do “meio” onde se encontra a “alma” do rico.

* Houve “comunicação” porque “Abraão” e junto com ele “Lázaro” se tornaram


visíveis e acessíveis verbalmente para ele; existem indícios de que comunicação
possa ter sido “mental”, algo semelhante a “telepatia”. Ele dirige a comunicação
para “Abraão” e por enquanto “Lázaro” permanece mudo, assistindo o diálogo.

* Houve um movimento sobrenatural, pois “Abraão” só apareceu para ele porque


houve alguma forma de “arrependimento”, e isto “subiu” até os “ouvidos de
Elohim”. E “Abraão” apareceu com “Lázaro” para ele, e mais ninguém do lado
deles! É possível que a “alma do rico” não estivesse sozinha, mas só ela “viu” a
“Abraão e Lázaro”.

5.2 “Pai Abraão”.


* Só pode chamar “Abraão” de “Pai” quem é filho natural ou por adoção de
“Abraão”. Entretanto existem descendentes de “Abraão” que não são filhos de
“Isaque” e de “Jacó” respectivamente.
* Por exemplo, dos “filhos naturais”, os filhos de Ismael; os filhos de Abraão, em
novo matrimônio, após a morte de Sara; os filhos de Isaque através de Esaú; e todos
estes não são poucos. E os “filhos adotivos de Abraão”, os “gentios”, que também
não são poucos.

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* Por enquanto não se pode afirmar que o “rico” tenha sido filho de “Abraão, Isaque
e Jacó” respectivamente, e tenha pertencido a uma das 12 tribos de Israel. Pode-se
afirmar que ele “não é gentio”, pois isto só foi possível após a morte e ressurreição
do Messias Yeshua. Examinar Gl 3,7-9.

5.3 “Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro...”


A “alma do rico” pede “misericórdia a Abraão”.

P17. E o que é mesmo pedir “misericórdia”?

* É interessante notar que a “alma do rico” pede misericórdia a “Abraão” e não a


“Elohim” ou a “YHWH”. Entretanto observa-se a posição de destaque de “Abraão
como emissário de Elohim”, para executar as obras dEle e em seu Nome.

* “Misericórdia” é pedir que “Elohim” (representado aqui por Abraão) não dê àquela
“alma” o que de fato ela merece!

P18. E o que ela “merece”?

Ficar ali perpetuamente, sem condição de “retorno”, ou “ressurreição”, quando da


vinda do Messias (Mashiach).

P19. Mas todos os “filhos de Abraão” aguardam a vinda do “Mashiach”?

Não!!

* Por exemplo, os “edomintas”, descendentes de “Esaú”, tradicionais inimigos de


“Israel”, não têm este anseio, e nunca quiseram isto, o que eles nunca quiseram é
um “Messias Judeu”, é juízo e condenação para eles! Existe até (Jr 49,7-22)
sentença proferida por “YHWH” contra os “edomitas”.

* E os atos praticados pelos “edomitas” têm influência significativa no teatro de


operações da vinda de “Yeshua HaMashiach” em carne, através do “rei edomita
Herodes Magno” e seus descendentes, bem como outros “cooptados”. Este assunto
é obscuro e pouco explorado pelos exegetas cristãos.
* “Herodes o Grande: edomita judeu romano”, algo impossível segundo as
Escrituras! Examinar:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Herodes,_o_Grande

* A “ressurreição dos mortos” é assunto básico das escrituras judaicas, dos filhos
de Abraão, Isaque e Jacó respectivamente, que formaram as doze tribos de Israel e
dos “gentios convertidos” ao cristianismo. Em geral o tema “ressurreição dos
mortos” é assunto de judeus praticantes e guardadores da Torah e de cristãos
praticantes do Evangelho e das Escrituras em geral.

* Se a “alma do rico” se “arrependeu”, e seu “clamor subiu”, e foi atendido, com


grande probabilidade esta “alma é de um judeu”, filho de Abraão, Isaque e Jacó
respectivamente.

5.4 Lc 16,24 ...“e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e
me refresque a língua”...

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* A “alma do rico” pede a intercessão de “Lázaro”, e não do próprio “Abraão”, ela
quer “receber” o “perdão” de “Lázaro”, e a “água” representa a “Torah”. Ela quer o
perdão perante a “Torah”. É o perdão sem volta, com testemunho divino.

P20. Basta molhar a “ponta do dedo” na “água”; então “alma desencarnada” tem
“dedo” e toma “água”?
* É interessante notar que não se trata de “água” no “estado liquido” que se
encontra no universo material.

5.5 “e me refresque a língua”.


* Apenas a “ponta úmida do dedo” não vai sanar a sede, mas vai “trazer o
perdão”, pois “alma desencarnada” não tem sede de “água potável”, ela não tem
“corpo físico”, não precisa equalizar os seus eletrólitos!
* Ela, a “alma” do rico, não solicita o “contato” de sua “língua” com o “dedo
umedecido de Lázaro”. Ela quer a proximidade com a “Torah”!

5.6 Lc 16,24 ... “porque estou atormentado nesta chama.”

P21. Que “chama” é esta, já que em lugar que não existe “oxigênio” não acontece
combustão?

* O remorso da “alma do rico” a faria sofrer perpetuamente naquela “chama”; e


aquele “dedo úmido de Torah” faria cessar o sofrimento e apagar aquela “chama”
ardente e inestinguível. Em “seu pensamento” simultaneamente o “perdão divino”
e o de “Lázaro” estavam a caminho!

* É um “ciclo” o “processo” para se fazer a “Teshuvá”: arrependimento, receber o


perdão divino e a reconciliação com Elohim.

P22. Pode alguma “alma desencarnada” fazer “teshuvá”?

Sim!! O texto está indicando que “sim”!

1Pe 4,6 Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que,
na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo
Deus em espírito; (ACF)

P23. Quem “pregou” aos “mortos”?

Lc 4,18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar
os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em
liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR. (ACF)

Is 61,1 O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me


ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de
coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
(ACF)

P24. É interessante notar que o Messias Jesus afirmou: “Lc 4,18 O Espírito do
Senhor é sobre mim” e em Isaías está escrito: “Is 61,1 O ESPÍRITO do Senhor

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DEUS está sobre mim”; qual é a versão correta perante as Escrituras: “Espírito do
Senhor” ou “ESPÍRITO do Senhor DEUS”?

* A análise entre diferentes traduções em diferentes línguas não é convergente com


o texto em hebraico. A teologia cristã em geral e a teologia judaica não são eficazes
em explicar isto.

* Através da midraxe observamos que o próprio “Messias Jesus” fez a leitura do


Sêfer de Isaías em uma sinagoga judaica. Ele direciona para sim mesmo o
cumprimento da profecia:

Lc 4,21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos


ouvidos. (ACF)

* O Messias Jesus foi torturado e posteriormente executado num madeiro. Ele de


fato “morreu”, seu “corpo físico morreu”. Sua “alma” separou-se de seu “corpo”.

P25. Mas Jesus não é “Deus”? Como pode ele “morrer” e sua “alma” “separar de
seu corpo físico”? “Deus” morreu?

* A teologia cristã em geral é confusa em abordar este assunto. Rapidamente os


fundamentalistas chegam aos extremos em questionar, apurar e atualizar a sua
própria fé. Geralmente são “dogmas de fé” da “religião” ou “da igreja”, ou do
“líder” da igreja.

* É evidente que “Deus” não morreu e nem foi torturado e executado.

P26. Mas qual “Deus” é “Jesus”?

* O “Messias Jesus” é o corpo humano de “Elohim”, que em hebraico é um “Nome


no plural”. O “Messias Jesus” NÃO é o “corpo humano de YHWH”.

* Se por hipótese “YHWH é o Pai, Elohim é o Filho”; e o Pai enviou o Seu Filho
Unigênito; que não significa “filho único”; em “forma humana”, “em semelhança
a humano”, mas “não igual a humano”:

Fp 2,5 De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus,
6 Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens;
8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte, e morte de cruz. (ACF)

O “Messias Jesus” enquanto “ser humano”, tem a sua própria “alma”. Está escrito
que:

Cl 1,19 Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,"
(ACF)
Cl 2,9 Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;" (ACF)

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Entretanto, para que o “Messias Jesus” como homem pudesse ser executado e
morto seu “corpo físico”, e cumprisse a profecia de Is 61,1 a “plenitude da
divindade” “afastou-se dele temporariamente”. O “Messias” deveria enfrentar a
“morte” como “homem”, e com a sua própria “alma” e não como “divindade”:

Jo 12,24 "Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na
terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto." (ACF)

* Daqui para frente até a sua execução, no Evangelho de João, Jesus (o homem)
enfrenta a morte como ser humano, como homem! Ele profetiza, entretanto não
executa milagres. Ele “ensina, recorda ensinamentos e instrui” e planeja a
“cronologia de sua morte” em conformidade com as “festas bíblicas da Torah”.

* Depois de executado e antes de sua ressurreição a “alma humana” do “Messias


Jesus” foi até o “Sheol” e “pregou aos mortos”. Digo, “ensinou”, “deu Torah” para
as “almas” dos “mortos”.

P27. A “alma” do “Messias Jesus” alcançou a “alma do rico”?

Ainda não!

* Não agora, a narrativa é do próprio Messias, ele ainda não tinha sido executado e
morto e sua “alma” “encaminhada” para o “Sheol” e “pregado aos mortos”.

P28. O “Messias Jesus” foi o “primeiro” que “ressuscitou dos mortos”?


Não!
No AT existem algumas citações de “almas” que “ressuscitaram”, entretanto “no
mesmo corpo físico”. Exemplos são os casos: do profeta Elias, (1Rs 17,17-24) em
que ele deita sobre um corpo de uma criança e ela volta à vida; e em outros dois
Casos: (2 Rs 4,32-37) com o profeta Eliseu que ressuscitou uma criança, filho da
mulher sunamita; e (2Rs 13,20-21) em que o corpo morto de um homem encosta
nos “ossos do morto” profeta Eliseu.

* Mesmo “Jesus” ressuscitou (Lc 7,11-17) o filho da viúva de Naim, e o próprio


“Lázaro” de Jo 11,1-45, entretanto estas duas pessoas podem ser ou não ser as
mesmas. E também (Lc 8,49-56) a filha do prosélito Jairo.

* Nestes casos houve a interseção de alguém que estava “vivo” para que alguém que
“morreu” voltasse à vida no “próprio corpo físico que morreu”.

P29. E “Jesus” ressuscitou no “próprio corpo físico” que foi executado e morto, ou
assumiu um “novo corpo diferente”, pois ele não foi “reconhecido” pelos seus
“discípulos e seguidores(as)”?

* O Messias Jesus é judeu praticante, guardador e praticante da Torah, impecável


quanto ao cumprimento de “Mandamentos, Estatutos e Juízos”. Ele “ressuscitou
no próprio corpo físico” que foi executado e morto no madeiro. “Ressurreição”
única e exclusivamente segundo a profecia de Ez 37,1ss.

* Não ser “reconhecido” não significa que “ele ressuscitou” em “outro” “corpo
físico”, de outra pessoa, ou de um específico “golem”; ele não foi “reconhecido” por

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“estar irreconhecível” devido a cicatrizes profundas de ferimentos de ferramentas
de tortura. E é este “homem irreconhecível” que é o “homem perfeito”, “o Justo”
(“Tsadic”) segundo os preceitos e requisitos das Escrituras!

P30. O “Messias Jesus” “ressuscitou duas vezes”?

Segundo as traduções do texto grego, SIM.


Segundo a Lógica das Escrituras, NÃO.

* Existem duas situações em que a mesma palavra “ressuscitar” é utilizada,


embora sejam assuntos diferentes:
a. “Ressurgir dos mortos” ou “Retornar do Sheol”. Segundo Ez 37,ss.
b. “Subir aos Céus” ou “Ser Levado e Elevado aos céus”. (At 1,9-11).

*O “Messias Jesus” passou pelos dois tipos de “ressurreição”.


Ele esteve “morto”, e depois de um período de “tempo terrestre” não literal de “três
dias”, ele “ressurgiu dos mortos”. Ele foi executado e morto na Sexta Feira às 15
horas, e “ressurgiu” e foi visto pela primeira vez no Domingo de manhã.
* Literal ou não, é assunto de disputa entre exegetas cristãos e judeus messiânicos,
existe controvérsia, pois alguns afirmam que ele morreu na Quarta Feira, outros na
Quinta Feira, outros ainda na Sexta Feira, e “ressuscitou” no Domingo.

* A “segunda ressurreição” do Messias Jesus foi após (At 1,3) 40 dias de seu
“ressurgimento dos mortos”:

At 1,3 Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas
e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando
das coisas concernentes ao reino de Deus. (ACF)

P31. “Quem” “ressuscitou” o “Messias Jesus”?

Jo 10,17 Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-
la.
Jo 10,18 Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder
para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.
(ACF)

* Neste trecho do Evangelho de João existe uma relação muito próxima entre os
termos “poder” e “autoridade”. Mesmo um exegeta experiente afirma que são duas
citações do mesmo termo “poder-poder”, o “texto grego” é claro: “poder-poder”!
Porque o “grego”... E não dá para agradar a “gregos e troianos” simultaneamente!

* Entretanto “poder e autoridade” não têm o mesmo significado.


Nas traduções em várias línguas (examine e-Sword ou similar) existem os pares:
a. poder-poder.
b. autoridade-autoridade.
c. também aparece o temo “direito”.

* Temos que “encontrar” qual é o “par de termos” mais apropriado para a citação.

* A grande questão para análise é “Quem está falando”!

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São os lábios do Messias Jesus!

P32. “Quem” está falando através dos “lábios do Messias”? A “Quem” ele está
“profetizando”?

* É o “Filho do Pai” “Quem” está falando, porque ele Jo 10,17 “dá a sua vida para
tornar a tomá-la”.

P33. E “Quem” é que “dá” a “sua vida”?

Jo 3,16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (ACF)

* “Quem” o “Messias Jesus” está “profetizando” neste instante é “Elohim, o Filho


do Pai que é YHWH”.
* Quem dá a sua “vida” é Elohim, não é o próprio YHWH. E “a vida” de “Elohim”
é o seu “corpo humano”: o “Messias Jesus”.

* O par de termos mais correto em Jo 10,18 é o binômio: “autoridade-poder”.

Elohim “têm autoridade” para “dar a sua vida” e “têm poder” para “tornar a
tomá-la”!

* Declara “Elohim”, ou melhor, do modo da Torah: “Falou e disse”, numa versão


livre:

Jo 10,17 E Falou Elohim, e disse o Messias Jesus: Por isto o Pai me ama, porque
dou a minha vida para tornar a tomá-la.
Jo 10,18 Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho
“autoridade” para a dar, e “poder” para tornar a tomá-la. Este mandamento
recebi de meu Pai. (ACF)

* Ninguém, nenhuma criatura, visível ou não, têm poder e autoridade para tirar “a
vida” de Elohim. Entretanto “Ele” têm (plural) “autoridade” para “dá-la”, e “Ele” a
“deu”. Entretanto “Ele” têm (plural) “poder” para “tornar a tomá-la”, ou “retomá-
la”, e “Ele” “retomou-a”!

* Este “Mandamento” Ele, Elohim, recebeu de Seu Pai, YHWH.


Foi uma “ordem” que Elohim recebeu de YHWH! E “Ele” a cumpriu, pois o “Filho”
sempre cumpre as ordens (vontade) do Pai (YHWH)!
* Ele (Elohim) em forma humana (o Messias Jesus), “morrendo” daria a
oportunidade do ser humano ter a “Vida Eterna”, que não é deixar a sua “alma” ser
levada para o “Sheol”, no “seio de Abraão”! É ir lá para cima, acima de todos os
“céus”, “fora da criação” e habitar na “Nova Jerusalém”!

* E a “morte do Messias” não poderia ser por suicídio, ou ser executado por crimes
de guerra, ou delitos cometidos contra a Torah. O que era impossível para o ser
humano, pois “não havia homem que não pecasse”, o “Messias Jesus” “fez”, ele
não cometeu nenhum delito contra a Torah, nem insurgiu contra o opressor
império romano, nem mesmo contra os edomitas infiltrados no seio do povo judeu,
o seu povo, descendentes de Abraão, Isaque e Jacó respectivamente.

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* O “justo” (“Tsadic”), um só, morreu no lugar dos “injustos”, este foi o sacrifício
perfeito, pois foi através de “um só” que o ser humano teve acesso a libertar-se do
reino da morte e escravidão do pecado. E ainda mais, ter acesso a “Vida Eterna” e
habitar com o próprio YHWH e seus Filhos na sua própria “Casa”, no seu “Lugar
de Descanso”!
* E não apenas os seres humanos “vivos”, mas as “almas” dos filhos de Abraão que
estão aprisionados no Sheol.

P33a. E o que significa “Vida Eterna” mesmo?

Jo 17,3 E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro,
e a Jesus Cristo, a quem enviaste. (ACF)

Jo 17,3 And this is Chayyei Olam, that they may have da'as of the only Elohei
HaEmes (G-d of Truth, True G-d) and Yehoshua, Rebbe, Melech HaMoshiach
whom You sent. ] (OJB – www.biblecc.com)

Jo 17:3 E a vida eterna é esta: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a


quem enviaste, Yeshua, O Messsias. (NT Judaico, David Stern)

Jo 17,3 é um trecho cuja “tradução do grego” para outras línguas, com os “olhos
voltados para Jerusalém”, é difícil.

* Em uma tradução livre:

Jo 17,3 E a “vida eterna” é esta: que te “conheçam”, a “ti”, “YHWH Echad”, e a


“Yeshua HaMachiach”, a “quem enviaste”.

6. Lc 16,25 “Disse, porém, Abraão...”

6.1 “Abraão” emite “sua primeira palavra”, na mesma forma em que recebeu a
comunicação da “alma do rico”, utilizou a mesma linguagem, e o mesmo “meio” de
transporte da informação.

6.2 Lc 16,25 “Filho”:

Lc 16,25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua
vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.

* A “alma do rico” chamou a “Abraão” de “Pai”, e agora “Abraão” o chama de


“filho”.
A paternidade é reconhecida!

6.3 E prossegue Abraão:

Lc 16,25 “lembra-te de que recebeste os “teus bens” em tua vida, e Lázaro


“somente males”; e agora este é consolado e tu atormentado.”

* “Abraão” faz um “sermão” para conduzir a “alma do rico” a uma reflexão e fazer a
“Teshuvá”!

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* “Abraão” pratica a tríade para se chegar à “teshuvá":

1Co 14,3 Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e
consolação." (ACF)

* “Abraão” relembra a radiografia econômica citada em Lc 16,19-20 e o resultado


atual. Embora ambas as almas estejam no “Sheol”, a “alma de Lázaro” alcançou
“consolo” ou “refrigério”, o seu sofrimento, fome e chagas foram curados! Ela já
está apta ao “retorno ou ressurreição” com a vinda do “Mashiach”. Examinar a (Ez
37,1ss) profecia dos ossos secos.

* E a “alma do rico” encontra-se em “sofrimento perpétuo”, se não houver


“arrependimento, perdão e reconciliação” (Teshuvá)!

* Embora o “rico” enquanto vivo “guardou” a “Torah”, ele foi omisso em sua
“prática”; ele foi “muito bom” quando estendera as “palmas das mãos para cima”,
para “receber do alto” as “bênçãos”, entretanto foi egoísta quando deveria abrir as
suas “palmas para baixo”, e “abençoar”, e compartilhar do que havia recebido em
“abundância!” “Do alto”!
“Fechou os punhos!”
Ele não praticou a “Tsedacá” (justiça), um dos “613 mandamentos”:

“Dt 15,7 Quando entre ti houver algum pobre, de teus irmãos, em alguma das
tuas portas, na terra que o SENHOR teu Deus te dá, não endurecerás o teu
coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre;
8 Antes lhe abrirás de todo a tua mão, e livremente lhe emprestarás o que lhe
falta, quanto baste para a sua necessidade.

Lv 19, 18 Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas
amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR.”

* Já “Lázaro” recebeu muito pouco enquanto “vivo”, provavelmente repartiu as


migalhas que recebia; entretanto não recebeu nada do “rico”, nem as “migalhas”;
“deu graças” em tudo que recebeu, não murmurou, não blasfemou de sua condição
de “mendigo”, e, embora “morto em desonra”, sua alma “recebeu” refrigério e
consolo, mesmo no “Sheol”.
* “Lázaro” “guardou” a “Torah” e foi um “praticante zeloso”. Sua “alma” está
pronta para a (1Te 4,16) “ressurreição dos mortos”!

* Lc 16,25 “teus bens” x “somente males”:


* O termo “males” é o plural do termo “mal” no singular e tem uma conotação
maligna nos textos bíblicos em hebraico. O termo “mal” é chamado de “hará”, de
onde surge a “inclinação para o mal” (Yetser hará) e o antônimo é a “inclinação
para o bem” (Yetser hatov).

* Afirmar que “Lázaro” apenas e unicamente recebeu “males” nas Escrituras é


afirmar que ele só recebeu “hará” em toda a sua vida. E isto é uma inverdade, pois
ele, embora em condição humana deplorável, exerceu abertamente a “inclinação
para o bem” enquanto “vivo”.

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* Desta forma, a tradução do grego embora seja literal, não expressa o sentido
hebraico do termo, e que convêm localizar uma interpretação mais apropriada:
O sentido do texto é que o “rico” foi plenamente “abençoado” em sua vida terrena,
ele recebeu muito mais bênçãos do que tenha passado por alguns infortúnios; e
“Lázaro” também recebeu bênçãos, entretanto ele também passou por “profundos
infortúnios” ou a ação maligna da personificação do “hará” em sua vida. Como ser
“mendigo”, possuir “úlceras expostas”, “comer lixo”, ser “lambido por cães”, ser
um “excluído da sociedade”.
* Ser “pobre” não é doença, entretanto sua “condição sócio econômica” o separava
da convivência sadia com a “elite”, da qual o “rico” tomava parte. Ele cheirava mal,
não tomava banho, suas roupas eram trapos, e as fétidas úlceras expostas, ele era
um “indigente” enquanto “vivo”...
O trecho poderia ser expresso numa tradução livre como:

Lc 16,25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste “bênçãos” em


tua vida, e Lázaro “passou por profundos infortúnios”; e agora este é consolado e
tu atormentado.

7. E prossegue o sermão de “Abraão”:

Lc 16,26 E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os
que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para
cá.

7.1 “Abraão” declara que existe (Lc 16,26) “um grande abismo entro vós e nós”.
* Embora a “alma do rico” e a “alma de Lázaro” estejam no “Sheol”, e agora
também “Abraão”, existe obstáculo intransponível mesmo para as “almas reclusas”:
um “grande abismo entre nós e vós”.

P34. A sequência dos termos é “entre nós e vós” e não como “entre vós e nós”, o
que significa isto?

* Significa que “se” existe alguma “alma” que pudesse cruzar o “grande abismo”
esta é a que está no “seio de Abraão”, que recebeu refrigério e consolo de seu
sofrimento e aguarda a “vinda do Mashiach” para “ressuscitar” em conformidade
com a (Ez 37,1ss) profecia dos ossos secos. Em contrapartida, em hipótese alguma
uma “alma” que esteja em “sofrimento”, e em “lugar de sofrimento” poderia cruzar
livremente o “grande abismo”.
* o texto é enfático, “nem uma nem a outra” podem cruzar o “grande abismo”. Não
é apenas um “abismo”, é um “grande abismo”!

* “Abraão” utiliza os pronomes no plural: “vós”, portanto, a “alma do rico” não


estava só no seu lado do abismo; e “nós”, que também é plural, referindo-se a
“Lázaro” e demais “almas” que estavam com ele no seu lado do abismo, naquele
lugar de conforto, júbilo e refrigério no “Sheol”.

* Ora, embora o “relato” do trecho cita a presença do “Patriarca Abraão” no


“Sheol”, isto não significa que ele está condicionado ou encarcerado no mesmo;
portanto ele “sozinho” poderia atravessar o “grande abismo”, se estivesse nos seus
planos, mas não poderia conduzir junto dele a “alma” de “Lázaro” ou de outra
pessoa.

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* O “grande abismo” era intransponível para que as “almas” o cruzassem
bilateralmente livremente; entretanto “houve uma intervenção divina”, pois ele (a
“alma do rico”) conseguiu “ver e ser vista”, “ouvir e ser ouvida” do “outro lado”
do “Sheol”, onde estavam “Abraão e Lázaro”.

* Através de uma metáfora: foram abertos dois canais de transmissão bidirecionais


e houve comunicação full-duplex de áudio e vídeo, e estes sinais atravessavam
temporariamente o “meio físico” do “grande abismo”.

* Está claro que o “rico” “viu a imagem” de “Abraão e de Lázaro”, e a recíproca


também é verdadeira. Ele “ouviu o som” da voz de “Abraão” e a recíproca é
verdadeira. Entretanto até agora “Lázaro” é “visto”, entretanto não emite uma só
palavra, não existe a “voz” de “Lázaro”...

7.2 Lc 16,26 “de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não
poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.”

* “Abraão” declara que não é possível executar o seu pedido a “Lázaro”: De


“umedecer seu dedo na Torah”, e agora, atravessar o “grande abismo”, e ir até ele
e “refrescar a sua língua”.

P34a. E o que faz a “alma do rico”? Revoltou-se, murmurou, blasfemou?


Não!
Intercedeu por “outros” que ainda estão “vivos”!

8. E “disse” a “alma do rico” para “Abraão”:

Lc 16, 27 “E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai”...

* Já que é impossível “Lázaro” atravessar o “grande abismo”, que ele (“Abraão”)


envie a “alma de Lázaro” “de volta” para o “universo material”, e se comunique
com os “da casa de seu pai”.
* Não está claro que a “alma do rico” requer que “Lázaro” “volte à carne”, através
da profecia de Ez 37,1ss; ou que sua “alma retorne” na sua “condição imaterial”
e “faça contato” com os “vivos”.

A “Torah” é clara em proibir que “pessoas vivas” tentem fazer contato com
“pessoas mortas”:

“Dt 18,9 Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a
fazer conforme as abominações daquelas nações.
10 Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
11 Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem
quem consulte os mortos;” (ACF)

* Entretanto a “alma do rico” requer que “um morto”, ou melhor, a “alma de um


morto”, faça contato com alguém que está “vivo”. Assunto que a “Torah” não
legisla.

Vale o princípio da reciprocidade?

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Este é um dilema das "religiões” da atualidade. Não existe consenso sobre o tema.

Entretanto vale os questionamentos:

P35. Quem criou o “Sheol”, e quem o “governa”?

* Quem o criou foi “Elohim (Gn 1,1)”. O “Sheol” é um dos inúmeros tipos de “céu”
criados.
* Quem o governa é Ele mesmo, e posteriormente passou o governo para o “Messias
Jesus glorificado”. É “Jesus Cristo em pessoa” quem virá “pessoalmente”
“recolher a alma do morto” no “seu último dia”.

“Ap 1,18 E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre.
Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (ACF)

P35a. “Este” que está “falando aqui” em Ap 1,18 está “vivo”, entretanto “foi
morto”. E “este” tem, ou está em posse das “chaves da morte” e do “inferno”; qual
é o “seu Nome”?
* O Seu “Nome” é “Messias Jesus”, o homem, filho de Maria e de José, judeu, da
tribo de Judá.

P35b. Ele “tem” as “chaves da morte” e do “inferno”; o que significa isto?

* “Chaves da morte”: Significa que ele, o “Messias Jesus” “julga e decide” de quem
“a alma vai ser recolhida ” para ser levada à Nova Jerusalém, ou enviada para o
Sheol, ou enviada para lugar nenhum e ficar livre para ser destruída pelos
demônios.
* O termo “chaves” está no “plural”, isto significa que “existe mais de uma chave”
para controle sobre a “morte”.

* “Inferno”: No texto, como “chaves do inferno”:

Ap1:18 o Vivente. Estive morto, mas veja! – Estou vivo para todo o sempre! E tenho
as chaves da morte e do Sh´ol. (NT Judaico, David Stern).

Ap, 118 And HaChai (The Living One), and I became Niftar, I had my
histalkus (passing), and, hinei, Chai Ani l'Olam va'ed (I am alive forevermore) and I
have the maftekhot haMavet (keys of Death) and the maftekhot haShe'ol (keys of
the abode of the Dead). [YESHAYAH 41:4; 44:2,6; 48:12; YECHEZKEL 1:28;
DANIEL 4:34; 12:7; 8:17-18; DEVARIM 32:40; IYOV 38:17] (OJB – www.biblecc.com)

* “keys of the abode of the Dead”: em tradução livre: “chaves da morada dos
mortos”.

* Isto significa que o “Messias Jesus” recebeu as “chaves do Sheol” de “Elohim”,


entretanto a chave dos outros ínferos: “Tártaro e Geena” permanecem com
“Elohim”.
* O termo “chaves” está no “plural”, isto significa que “existe mais de uma chave”
para ter acesso ao “Sheol”.

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P35c. * “Último dia do que”?
Da vida terrena da pessoa, enquanto “viva”.

P36 Todas as “almas” do “seres humanos mortos” estão “reclusas” no “Sheol”?


Tecnicamente existem várias circunstâncias:

* Aquelas pessoas que receberam a “Jesus Cristo” em “carne”, e o receberam como


seu “Messias”, como o “Messias Jesus”, receberam (Jo 1,12) o poder de se
tornarem “filhos de YHWH”, e tem direito a serem recolhidos e levados para a
“Jerusalém Celestial”, que fica acima, e fora da criação, e cujo “Cabeça (Rosh)” é o
“Messias Yeshua”.

* A condição para ser “recolhido” é “guardar e praticar os seus Mandamentos” e


“testemunhá-lo perante os homens”. Não é tarefa fácil!

Estas “almas” tecnicamente são transportadas “in loco” pelo próprio “Jesus Cristo”
“em pessoa”:

“Jo 6,39 E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles
que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
40 Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o
Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia.” (ACF)

* É interessante observar que “Quem” o “ressuscita” “o que creu” é o próprio


“Elohim”, também chamado no NT de “Jesus Cristo” ou “Yeshua HaMashiach” e
não “Cristo Jesus” ou o “Messias Jesus” ou o “Mashiach Yeshua”.

P37 Mas “Jesus Cristo” e “Cristos Jesus” não são a mesma pessoa?
Grande é este mistério, mas fundamental é a sua compreensão para o correto
entendimento das Escrituras.
* Tecnicamente NÃO são a mesma pessoa nas Escrituras.
* “Mashiach”, ou “Messias” ou “Cristo” significa “Ungido”.

P38. Mas “ungido” para que?


* O sentido é que o “Ungido” recebeu de YHWH simultaneamente “Poder e
Autoridade” para exercer alguma atividade ou função. Nas Escrituras “Poder e
Autoridade” caminham juntos.
* Elohim foi “ungido” para ser o “Criador” e administrar até os “final dos tempos”
a “criação”.
* Nas Escrituras tudo o que o Pai (YHWH) faz é “geração”.
* Nas Escrituras tudo o que Elohim faz é “criação”.

* É um choque à “teologia unitária radical”, mas o Criador é Elohim, e o Pai do


Criador é YHWH. Afinal está escrito:

Gn 1,1 NO princípio criou Deus os céus e a terra. (ACF)

* O termo “Deus” está escrito como “Elohim” na Torah em hebraico.

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* Quando uma “pessoa” recebe a “Jesus Cristo” em forma humana como “Cristo
Jesus”, ela (a pessoa) tem o poder de se tornar “filho de YHWH”:

Jo 1,12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos


filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; (ACF)

Tg 1,17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das
luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
18 Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que
fôssemos como primícias das suas criaturas. (ACF)

* Na realidade, todo aquele que recebe a “Jesus Cristo” como “Cristo Jesus” é
gerado por YHWH como Seu “filho”. É muito para a cabeça, e politeísmo para quem
pratica a “teologia unitária radical”.

P39. E quem é “filho” tem “direito” a que?


Os principais são: “vida eterna” e direito a receber o “Nome” “YHWH” como seu
“sobrenome”:

Ef 3,14 Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo,
15 Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, (ACF)

* Portanto “existe” a “família” (singular) nos “céus” (no plural) e na “terra” e ela
toma o “Nome” como seu próprio “nome”.

* A “Jerusalém Celestial” é única exclusivamente para os “filhos de YHWH”, e Ele


entrará lá para exercer o “Seu Descanso”. E a “criação” será encerrada, todos os
“céus” serão enrolados no sentido contrário ao que foram desenrolados; os “ínferos”
deixarão de existir, e também os “céus” acima; e toda forma de criatura física ou
espiritual que não for “resgatada” será extinta e deixará de existir. Não vai sobrar
nada!

* E na “Jerusalém Celestial” não haverá “santuário ou templo”, portanto não


existirá o “quarto templo”:

Ap 21,22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-
Poderoso, e o Cordeiro.
Ap 21,23 E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela
resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua
lâmpada. (ACF)

Ap 21,22 Não vi templo algum na cidade, pois ADONAI, Deus dos exércitos
celestiais, é o seu templo, bem como o Cordeiro.
Ap 21:23 A cidade não necessita de sol nem de lua para brilharem sobre ela, pois a
Sh´khinah de Deus lhe dá luz, e o Cordeiro é a sua candeia. (NT Judaico, David
Stern)

Ap 21,22 And I saw no Heikhal in it, for Adonoi Hashem El Shaddai and the
SEH (Lamb, SHEMOT 12:3; YESHAYAH 53:7 Moshiach) are its Beis
HaMikdash. 23 And the city has no need of the shemesh (sun) nor of the

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levanah (moon) that they may shine in it, for the kavod (glory) of Hashem illumined it
and its menorah is the SEH (Lamb, SHEMOT 12:3; YESHAYAH 53:7
Moshiach). [YESHAYAH 24:23; 60:19] (OJB – www.biblecc.com)

* “...for Adonoi Hashem El Shaddai and the SEH (Lamb, SHEMOT 12:3;
YESHAYAH 53:7 Moshiach) are its Beis HaMikdash...”

*A tradução é difícil, sem que se perca o sentido hebraico da expressão.


Traduzir a expressão “Adonoi Hashem El Shaddai and the SEH” como “Senhor
Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro” ou “ADONAI, Deus dos exércitos celestiais, é
o seu templo, bem como o Cordeiro” são teologicamente muito “fracas”.

* Algo que é impossível no imaginário dos exegetas judeus ocorre aqui: é a “criatura
humana” “subir” em “corpo espiritual incorruptível”, ter acesso e morar com o
próprio YHWH em sua “Casa”. Não é “YHWH” “Quem” “desce à criação”, é “a
criação” que “sobre” a “YHWH”, e habitará com Ele e seus Filhos em “Sua Morada”
eternamente. Amén, amén!

P40. Para que serve a “lâmpada” e qual a sua relação com a “luz”?
* Tecnicamente a “lâmpada” não é a “luz”; a “lâmpada” “emite a luz”. A “lâmpada”
precisa ser “energizada” corretamente para que o efeito da “emissão” da “luz”
aconteça.

P41. Mas qual é tipo de “luz”?


Tecnicamente existem mais de um tipo de “luz”:
* Existe a “luz de origem eletromagnética”, ou seja, a “onda eletromagnética”,
que é a emitida por uma lâmpada elétrica ou por uma vela, ou pelo sol. Ela caminha
no espaço, e sua velocidade de propagação é de cerca de 300.000 Km/s. Ela precisa
de um “meio” ou um “campo” para se propagar. Sem o “campo” não existe
propagação. A característica principal de uma onda eletromagnética é o seu
“comprimento de onda” que está relacionado com a sua “freqüência de vibração”
e a “velocidade de propagação da luz”. Existem vários “comprimentos de onda”
de “luz”, portanto existem: o espectro de “luz visível” e o espectro de “luz não
visível” aos olhos humanos.

* Outro tipo de “Luz” é a das Escrituras, que é o termo “Or” em hebraico. A “Or” não
precisa de “campo” para se propagar, não está relacionada com a “velocidade de
propagação” e não tem “comprimento de onda” e não “tem freqüência”. Ela é
“instantânea em todos os locais” e “céus” da criação. O plural de “Or” é “Orot”,
também presente nas Escrituras.

* “Antes” de “Elohim” “criar”, “YHWH” emitiu a “Torah” e a “Torah” manifestou-se


como “Elohim”.

* Existe uma relação muito próxima da expressão “Palavra de YHWH” ou “Torah


de YHWH” e o termo “Or”. Quando “YHWH” emitiu a “Torah”, Ele o fez em forma
de “Or”.

* A Expressão “Luz da Torah” é redundante, pois os dois termos estão em


“convolução” e isto não acontece no regime temporal. “A Luz é Torah” (“A Or é
Torah”), e a “Torah é Luz” (“A Torah é Or”).

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3/11/2013 – rev. 24.0
* Outra expressão semelhante e associada é “Luz do Candeeiro”; “Candeeiro” é o
termo antigo para “lamparina”, e “luz” é a “Or”. Portanto, o “Candeeiro emite a
Or”.

Sl 119,105 Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
(ACF)

Existem ainda as citações de Mc 4,21-24 e Lc 8,16-18 que trazem “ensino” sobre


os termos “Candeeiro e Luz”.

P42. E o que significa em Ap 21:23 o “Cordeiro é a sua candeia” ou o


“Cordeiro é a sua lâmpada”?

* Significa que a presença de YHWH em sua plenitude “estará” (no futuro)


“morando” na Jerusalém Celestial, entretanto Ela será perceptível aos justos
filhos de YHWH quando eles firmarem o seu olhar “no Cordeiro”. E o “cordeiro”
emitirá a “Or” eternamente.

P42a. Mas os “santos” que habitarão na “Jerusalém Celestial” não contemplarão


finalmente a “YHWH”?
Não!!
Eles contemplarão o “Mashiach”, e através dele a “Or”.

P43. E quem é o “Cordeiro”?

* É o “Messias Yeshua”, aquele “homem” que foi torturado e executado no madeiro,


que foi condenado à morte vergonhosa por ser apontado como “filho de Deus”, e
não praticou nenhum delito contra a Torah. É este mesmo! Ele é o “Cordeiro
Santo”!

Resumindo:

* Portanto a “Luz” (Or) ou “Elohim” ou “Jesus Cristo” vêm “em pessoa” “recolher a
alma” do que “creu” no seu “ultimo dia” de “vida”, após o “ultimo suspiro” da
“vida terrena”. Imediatamente! E a transporta em segurança para a “Jerusalém
Celestial”.
* O que “creu” não é enviada sua “alma” para o Sheol, mesmo que esteja “doente”
a sua “alma” e não tenha sido exímio “praticante da Torah” e “testemunhado” à
exaustão a Elohim. Isto é “ser justificado pela fé, e não pelas obras”!

8.1 Aquelas “pessoas humanas” que são “gentios” e “receberam” a “Elohim” em


“forma humana”, entretanto “não” “O” “testemunharam”, debandaram da “fé”,
seguindo a falsos deuses, seu estado se tornou pior do que o primeiro, e o “fim de
suas almas” é “trágico”.
* Aqui é a ação única e exclusiva da Misericórdia Divina, que pode permitir que
estas “almas” sejam levadas e encarceradas no Sheol, e “enjauladas” no “lugar de
tormento”. Esta situação é melhor do que deixá-las vagando no mundo dos
homens e serem destruídas pelos demônios. E lá no Sheol, em lugar de tormento
estas “almas” podem realizar a “teshuvá”.
* Estas “almas” são “levados pelos anjos” para o “Sheol”.

Marcos A. Zampero 23
3/11/2013 – rev. 24.0
* Tecnicamente estas pessoas enquanto “vivas” abdicaram da filiação adotiva de
“Abraão”, pois através do “instituto da adoção” tornar-se-iam “filhos de Abraão”; e
segundo a Torah não existe diferença de deveres e direitos entre filhos adotivos e
filhos naturais.
* Estando no Sheol, se fizerem a “teshuvá”, poderão aguardar a “segunda vinda do
Messias Yeshua” (1Ts 4,16) e “ressuscitar” diretamente para as nuvens, sem
passar pelo solo terrestre, e serem transportadas para a Jerusalém Celestial. Se
não fizerem a “teshuvá” permanecerão detidas, e aguardarão o encerramento da
criação e poderão ser destruídas. Poderá haver “nova chance”, a Misericórdia
Divina excede o nosso entendimento!

P44. E as pessoas que são “judeus, filhos de Abraão, Isaque e Jacó”


respectivamente, e que não receberam a “Yeshua HaMashiach” em carne, como o
“Messias Yeshua”, o que acontece?

* Tecnicamente eles são “filhos de Abraão”, e se praticantes da “Torah”, têm direito


a serem conduzidos para o “Sheol”, numa condição semelhante à de “Lázaro”, ou
intermediária a “alma do rico”.
* Se não praticam e nem se quer guardam a “Torah”, sua condição é idêntica a de
gentios não cristãos praticantes. Apenas a “Misericórdia Divina” pode salvar as
suas “almas”.

* A condição do “rico” da parábola é: guardou a “Torah”, entretanto não a


“praticou” em seus temas básicos.
* Outra hipótese é que o “rico” enquanto “vivo” não recebeu a “Yeshua
HaMashiach”, aguarda outro “Messias”, e o tempo vai passando... Ou ainda ele não
tinha vindo em carne... E morreu, e sua “alma” foi “encarcerada” no Sheol.

* Até um “justo” pode “pecar”, entretanto ele sempre tem que medir se seus “atos
de justiça” (diga-se Tsedacá) superaram as suas iniqüidades (Rambam ou
Maimônides).
* O único “justo” (medido como parâmetro a “Torah”) que “nunca pecou” foi o
“Messias Jesus”...

P45. E quem não é “judeu” nas condições acima, ou “gentio” que não tem
“Messias” e está “perdido no mundo”?
Tem dois caminhos:
* Primeiro a “Misericórdia Divina”, que sabe discernir um “justo” de um “ímpio”
na condição e religião em que a pessoa se encontra. Não é a “religião” quem salva, é
Elohim.
* Segundo, a “alma do morto” assim que se separa do “corpo físico” pode
permanecer por algum “tempo terrestre” “errante” no mundo dos homens,
entretanto sem “corpo físico” e desprotegido da ação de “demônios”, que são
“criaturas espirituais”, “anjos rebeldes”, e que “se alimentam” de “luz” [“luz” do
tipo “or” (em hebraico, que não é a “luz eletromagnética”].
* Os “demônios” vão encontrar esta “luz”(or) nas “almas” errantes que estão
desprotegidas. E cercando-as, tornam-se alvos fáceis, são destruídas e consumidas
por feras vorazes. A “alma” desprotegida torna-se um churrasco para o banquete de
demônios.

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P46. Afinal as “almas” estão “encarceradas” no “Sheol”?

* Para a própria segurança delas: SIM.


O “Sheol” é uma “cadeia”; não é para as “almas dos mortos” saírem, nem para a
entrada de “demônios”.
* Os “demônios” ou mesmo o “acusador” não têm acesso, domínio nem legalidade
naquele local.
* O “Sheol” não é cárcere para “demônios” e sim para “almas” de seres humanos.
* Os “demônios” têm um nível mais profundo de encarceramento chamado de
“tártaro”; e ao “acusador” está reservado outro nível mais profundo ainda chamado
de “Geena”.

P47. Mas “alma de morto” pode “morrer”?

* Morrer” não, pois já “morreu” o seu “corpo físico” e a “alma” se separou do


“corpo”; entretanto a “alma” pode ser “destruída”; aí, como ela vai aguardar a (Ez
37,1ss) profecia dos ossos secos e a “segunda vinda” do “Messias Jesus”? Mesmo a
“alma desencarnada” tem que “ter prudência”.
Existe uma clássica citação:

Jo 10,10 O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para
que tenham vida, e a tenham com abundância. (ACF)

Observemos a sequência lógica das palavras: “matar, roubar e destruir”.

P47a. Mas por que “destruir”, se já “matou” primeiro?


É porque a “alma” “não é imortal”, ela não “morre”, entretanto pode ser
“destruída”.

P48. A “alma do rico” não se atirou no “grande abismo” e foi “a nado” até onde
estava a “alma de Lázaro”, por que?

Porque os “tubarões de almas”, chamados de “demônios” a “destruiriam”


inequivocamente. E a “alma do rico” tem esta noção bem clara!

P49. E os “anjos”, não a “protegeriam”?


Sim, os “anjos” não deixam em hipótese alguma “sair” nem deixam “entrar”.
* Entretanto tem que ser uma “classe de anjo” superior a “classe dos demônios”.
A “classe de anjos” que protegem as almas no “Sheol” é: “Anjo de YHWH”.

8.2 E prossegue a “alma do rico”:

Lc 16,28 Pois tenho cinco irmãos;


para que lhes dê testemunho,
a fim de que não venham também para este lugar de tormento.

* A “alma do rico” estava “preocupada” com seus “cinco irmãos”, para que eles se
arrependessem de seus delitos praticados contra a “Torah”, pedissem perdão e se
reconciliassem com “Elohim” fazendo enquanto “vivos” a “teshuvá”. Isto demonstra
que seus cinco irmãos comungavam com a mesma (Lc 16,19) radiografia econômica
e comportamento do “rico” enquanto vivo.

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3/11/2013 – rev. 24.0
* Ele faz transparecer que não apenas o “rico” foi enquanto “vivo”, um “judeu
omisso” com sua “herança espiritual”; os seus cinco irmãos são coniventes com
ele, e pelo decorrer dos fatos, também irão para acompanhá-lo no “lugar de
tormento”.

* Anteriormente a “alma do rico” citou que ela estava em “tormento”; agora ela
afirma que também está em “lugar de tormento”. São duas situações diferentes,
pois agora sabemos que a “alma do rico” está em “tormento” e em “lugar de
tormento”.

* Desta forma distingue-se facilmente que no “Sheol” existe pelo menos um “lugar
de tormento” e pelo menos um “lugar de refrigério”, onde está a “alma de
Lázaro”.

P50. Por que a “alma do rico” não citou os seus pais ou parentes próximos, que
poderiam até já estarem “mortos”?

Isto não era relevante para a “alma do rico”, pois eles se já tivessem morrido e
estivessem no mesmo “lugar de tormento”, eles estariam com ela “clamando”.
* Seus pais e parentes próximos, se mortos, suas almas não estavam no “lugar de
tormento”. Portanto inacessíveis para a “alma do rico”.

* Tem que “clamar (rogar)” para “alguém de fora” do “Sheol” “para sair”! Nesta
parábola: Abraão!

9. E replica dizendo “Abraão”:

Lc 16,29 “Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.”

* “Abraão” declara que os “cinco irmão” vivos da “alma do rico” “têm” (na terceira
pessoa do plural) “Moisés e os profetas”.
* Evidentemente não está se tratando das pessoas físicas de Moisés e dos profetas, e
sim de seus escritos e testemunhos.

* Aqui podemos claramente identificar que o “rico” enquanto “vivo” era “judeu,
filho de Abraão, Isaque e Jacó” respectivamente. Os “demais filhos” de “Abraão”
“não têm” a “Moisés e os Profetas”.

P51. E os “Escritos” (Ketuvim)? Não é “TaNaCh”?


“Abraão” não cita. Entretanto a “Torah e os Neviim” (Profetas) têm maior cunho de
ensino e educação para os seres humanos. Os “Escritos” são de cunho de
aplicativos dos fundamentos da Torah e dos Profetas.

* Através de metáfora: A “Torah” está formulada em “linguagem binária” ou


“linguagem de máquina”; os “Neviim” são equivalentes ao “Assembler”; os
“Ketuvim” são equivalentes ao “DOS”. E prosseguindo neste raciocínio, a “Brit
Hadasha (Nova Aliança, ou Segundo Testamento, ou Novo Testamento) é
equivalente a uma “linguagem de alto nível”, como por exemplo: o Windows, o
Linux, e outras (entretanto o NT não precisa ser “consertado ou atualizado”
frequêntemente devido aos “bugs” dos programas). Quem lê, entenda!

Marcos A. Zampero 26
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* No NT, o “livro de Apocalipse” a linguagem é ainda maior nível, é o ápice da
epopéia da criação, é o acerto de contas final, é a “entrada triunfal e final” de
“YHWH” em “Seu Descanso”, onde habitará com todos os “seus filhos” por “eons e
eons”.
O “livro” desafia os intérpretes e estudiosos, pois o texto está escrito em linguagem
cifrada, em códigos, os interpretes têm que estar afiados em toda a Escritura para
saírem do zero, ou permanecem abaixo do zero...

P51a. “Abraão” não cita a “Brit Hadashá” (NT) por que?


* Porque ela está em andamento naquele momento da história terrestre e da
criação. É o próprio “Messias Judeu” quem está narrando esta parábola, para que
ela possa ser decifrada, interpretada e ensinada exaustivamente posterirmente...
* Portanto os personagens da parábola em análise podem ser contemporâneos ou
anteriores ao ministério do “Messias Jesus”.

P52. E o que ensinam “Moisés e os Profetas”?


* “Moisés” está se tratando do “Pentateuco”, chamado de “Torah”, o “Rolo da
Torah”, o “Sêfer Torah”, que além da história da criação, também apresenta a
epopéia da tragédia humana da queda do Paraíso do ser humano, representados
por Adão e Eva, e de um povo que foi “selecionado” para ser seu representante e
instrutor na face do universo. Este povo “deveria ser” o exemplo de conduta e
aplicação perante a “Torah”.

P53. E onde estão “escritas” as “instruções”?


Nos rolos da “Torah”!

Rm 5,14 No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles
que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura
daquele que havia de vir.
17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que
recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só,
Jesus Cristo.
21 Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela
justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor. (ACF)

* “Os Profetas” vêm em “missão suicida”, pois apontam o dedo no nas narinas do
povo e dos lideres do povo selecionado; é a tentativa de “bronca, exortação,
consolo e reconciliação” com “Elohim”.
“O homem” foi “expulso do Paraíso”, entretanto ele não foi “banido do Paraíso”. E
“YHWH” nunca cessou de enviar através de “Elohim” os “Profetas”, (Jr 7,25) dia a
dia Ele os enviou, para colocarem os vagões descarrilados da conduta humana, e de
seus representantes no universo, nos trilhos da “Torah”, que aponta desde sempre
para o “Messias”.
* Os “Profetas” foram obedientes, “deram o recado” de forma incisiva, alguns até
foram assassinados na porta do “Santo dos Santos”; teve até “um” que foi degolado
numa festa de orgia de um rei edomita que se fazia de judeu.

* Os “Profetas” não falharam, mas em respeito ao “livre arbítrio” a batalha estava


perdida, “o mal” tinha tomado conta do “Reino”: o lema era “o pecado compensa”,
(Jr 12,1) os “justos” não prosperam, já os “ímpios”, é aquela beleza!!!

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P54. E a “guerra”?
A “guerra” não estava perdida, para isto, “YHWH” envia “Elohim” sigilosamente,
com a “profecia muda”, em forma humana!

9.1 Prossegue o sermão de Abraão: Lc 16,29 “ouçam-nos!”

Assim “Abraão” responde incisivo à “alma do rico”: “ouçam-nos!”


* Se os irmãos do “rico” “guardarem e praticarem” a “Torah”, as suas “almas”
certamente não serão levadas para o “lugar de tormento” no Sheol, e
provavelmente não passarão por “tormentos”.
* Se debandarem para seguirem e servirem outros deuses, que busquem salvação
neles, pois nem em “tormentos” suas “almas” desencarnadas ficarão; servirão de
“churrasco para demônios”!
* “Abraão” afirma claramente: está tudo nas mãos deles, acessível a todos: todos os
judeus zelosos podem e devem estudar, guardar e praticar a Torah! E não se
omitam da “tsedaca”.

10. E réplica a “alma do rico”:

Lc 16,30 E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com
eles, arrepender-se-iam.

10.1 “Não, pai Abraão”.

P55. “Não” o que?


Não pai “Abraão”!
Eles estão muito ocupados e felizes servindo à “riqueza”, e não tem tempo para
estas coisas, é muito complicado, atrapalha os negócios!
Eles podem pagar excelentes médicos e hospitais, eles têm excelentes planos de
saúde (sic)! É difícil, guardar, estudar e praticar a Torah é muito complicado! É
melhor para eles permanecerem “agnósticos”, e se a coisa apertar, eles chamarão
rapidamente um rabino, “teshuvá” é coisa de zelosos e não de religiosidade!

Lc 16,13 Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e


amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a
Deus e a Mamom. (ACF)

10.2 Lc 16,30 “mas”.

P56. O que indica o “mas”?


Indica que por eles mesmos, os seus irmãos, não vão mudar nada, está tudo muito
bom, os negócios vão muito bem! Estão sendo muito bem “abençoados”!

10.3 Lc 10,30 “se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.”

P57. O que indica o “se”? Nunca alguém dentre os “mortos” foi dar um
“testemunho eficaz”, que “provocasse” que eles fizessem “teshuvá”?

* Pela sequência do texto, nunca nenhuma “alma” aprisionada no Sheol, mesmo


detida no “seio de Abraão” “retornou” com a “missão” de “dar testemunho eficaz”
para a realização coletiva de “teshuvá”.

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* Existiram “almas” que retornaram do Sheol, voltaram ao mesmo “corpo físico”,
entretanto elas não tiveram como “missão” “dar testemunho eficaz”.

P58. Que “testemunho” deu o “Lázaro” de Jo 11,1-45 sobre o Sheol?


Que esteja relatado explicitamente no NT, nenhum!
* É interessante o Messias Jesus sempre ordenava que “dessem de comer” alguma
coisa à pessoa que passara pela ressurreição dos mortos. Parece que “comer” faz o
corpo “lembrar” que está “vivo”, e precisa de alimento para sobreviver, e deixa a
“alma” se adaptar novamente à rotina do cotidiano temporal da “pessoa viva”:

Lc 8,55 E o “seu espírito” voltou, e ela logo se levantou; e Jesus mandou que lhe
dessem de comer. (ACF)

11. E conclui “Abraão”:

Lc 16,31 Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco
acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.

* “Abraão” “conclui” que se os testemunhos, ensinos e educação vindos através de


Moisés (Torah) e os Profetas não foram suficientemente eficazes, tampouco
acreditarão que “Lázaro” lhes trará um testemunho fidedigno. Mesmo que “Lázaro”
“ressuscite” utilizando-se da “profecia dos ossos secos”, eles pensarão que ele é
um impostor ou um “crente lunático”.
Eles não vão mudar de atitude tão fácil!

12. A “parábola” é encerrada em Lc 16,31 abruptamente e sem desfecho.

Ficam ainda mais algumas incógnitas dispersas no éter:

P59. A “alma” do “mendigo” “Lázaro” não diz uma só palavra, nem gesticula, por
que?
P60. Se a “alma de Lázaro” pronunciasse alguma “palavra” a “alma do rico”
poderia “ouvi-la”?
P61. Após este evento o “canal de comunicação” aberto através do “grande
abismo” cessou, “fechando a propagação”, e nunca mais a “alma do rico”
conseguiu “contato” com “Lázaro”, ou outra alma do outro lado do “Sheol”?
P62. A “alma do rico” alcançou o “perdão” de “Lázaro” e de “Elohim”, e cessou o
seu “sofrimento”?
P63. A “alma do rico” conseguiu “ressuscitar”?
P64. A “alma de Lázaro” conseguiu “ressuscitar”?
P65. Qual é o nome do “rico”?
P66. “Abraão” tem autoridade e poder para enviar uma “alma” confinada no
“Sheol” para “ressuscitar” ou “entregar” algum “recado” para uma “pessoa viva”?
P67. “Abraão” está também confinado no “Sheol”, no seu “lugar de destaque” no
“Seio de Abraão”?

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B. Paráfrase da Parábola (Lc 16,19-31) do rico e de Lázaro:

Lc 16,19 Havia um homem rico [seu nome: “Neuês”, um “judeu” que era
profundamente avarento (mesquinho), asqueroso (indecente), sedento de poder e
deste modo, um “ímpio”] que se vestia de púrpura [vestimentas tingidas da cor roxa,
as mesmas que reis, (Ex 28,15-21,29) sacerdotes judeus (cohanim) e autoridades de
expressão vestiam] de linho finíssimo, e fazia diariamente festas (orgias), e se
banqueteava com exagerado requinte.

Lc 16,20 Havia também certo mendigo (também “judeu”), chamado (irmão) Lázaro,
todo coberto de chagas (úlceras expostas), que (costumeiramente) estava deitado à
porta do rico;

Lc 16,21 Ele (o irmão Lázaro) “desejava alimentar-se” com as (Mt 15,27)


“migalhas que caíam da mesa” do rico (Lc 15,16 mas ninguém lhe dava nada...); e
até os “cães” [(Sl 22,16,20; Pv 26,11; Mt 7,6; Fp 3,2) animais considerados como
impuros e desprezíveis pelos “judeus”] vinham “lamber-lhe” as “chagas”.

Lc 16,22 E aconteceu que o mendigo (irmão Lázaro) morreu, e foi levado (sua
alma) pelos Anjos (Anjos de YHWH) para o “Seio de Abraão” (um “lugar de honra”
no “Sheol”); e (em data próxima) o rico também morreu, e foi sepultado (e sua alma
foi levada pelos Anjos de YHWH para o “Sheol”).

Lc 16,23 No “Sheol”, (o rico) em meio a tormentos (“refletindo” as


“conseqüências” de suas “más obras”), ergueu os olhos e “viu de longe” (o
Patriarca) Abraão, e o “irmão Lázaro” em seu “seio”.

Lc 16,24 E exclamando (o rico) suplicou: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E


manda que Lázaro “venha molhar” a “ponta de seu dedo” “na água” (Torah)
para me “refrescar a língua”, porque estou atormentado (sofrendo) nesta
“chama”!

Lc 16,25 O Pai Abraão respondeu-lhe: Meu Filho (observe que o Pai Abraão
reconhece a “alma do rico”, mesmo sendo ovelha desviada, como Filho)! Lembra-
te de que “recebestes” muitas “bênçãos” em “tua vida”, e “Lázaro” “passou por
profundos infortúnios”; e agora “ele” encontra aqui a “consolação” (pois ele não só
“guardou” a “Torah”, mas a “praticou”) e “tu sofrimento” (princípio da “ação-
reação”, ele “guardou”, entretanto não “praticou” a “Torah”).

Lc 16,26 Além disso, entre “nós” (o Pai Abraão que está “no comando” do “Seio
de Abraão”, e a “alma” do “irmão Lázaro” e de “almas” de outras pessoas que se
encontra em “local privilegiado” no “Sheol”) e “vós” (a “alma do rico” e de
“outras pessoas” que estão na “mesma condição” de sofrimento) foi estabelecido
(por YHWH) um grande abismo (intransponível por “seus” “próprios meios”), para
que os que quisessem passar “daqui” para “vós” (sem a “Misericórdia Divina”)
não o possam, e tampouco os que “estão” “aí passar para cá” (sem a
“Misericórdia Divina”).

Lc 16,27 Então ele (a alma do rico) disse-lhe: Eu te imploro (rogo-te) então Pai
Abraão que “envies” o “irmão Lázaro” a “casa paterna na terra”.

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Lc 16,28 Pois eu tenho “cinco irmãos” (ainda vivos); para que “ele” lhes “dê
testemunho”, a fim de que não venham também para este “lugar de tormento”
(sofrimento)!

Lc 16,29 Disse-lhe o Pai Abraão: (Jo 5,45-47) eles têm (os ensinamentos de)
“Moisés” e dos “Profetas”; que os “ouçam” (entendam e guardem e pratiquem seus
ensinamentos)!

Lc 16,30 E ele (a alma do rico) replicou: Não, pai Abraão! Mas se alguém dentre os
mortos (alguma das “almas” que está em confinamento no cativeiro, Sheol) for
procurá-los, certamente eles (os seus irmãos) se arrependerão (de seus pecados e se
reconciliarão com o Elohim de Israel) (farão teshuvá).

Lc 16,31 Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem (entendem, guardam e praticam)
a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir (não se convencerão),
mesmo que alguém “ressuscite” dos mortos.

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C. Análise de temas relevantes

P65. Qual é o nome do “rico”?

“e. Alguns mss. Antigos lhe dão um nome: Neuês.” (TEB, Bíblia de Estudos, Ed.
Loylola, comentário Lc 16,19).

P65a. Qual o seu significado?


??

P68. Qual o “significado” do nome “Lázaro” ou “Eliezer”?

* “g. É o único caso em que um personagem de parábola recebe um nome. Este, que
significa “Deus ajuda”, calha bem ao pobre. Com a narrativa vai focalizar a sua
ressurreição (vv. 27-31), vários acharam aqui uma relação com o episódio de Jo 11;
mas o Lázaro de João não é pobre.” (TEB, Bíblia de Estudos, Ed. Loylola, comentário
Lc 16,20).

C1. Modelo matemático para os ínferos

Está escrito:

Lc 16,23 “E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe


Abraão, e Lázaro no seu seio.”

Lc 16,23 No “Sheol”, (o rico) em meio a tormentos (“refletindo” as


“conseqüências” de suas “más obras”), ergueu os olhos e “viu de longe” (o
Patriarca) Abraão, e o “irmão Lázaro” em um “lugar de honra”. (paráfrase -
tradução livre)

Marcos A. Zampero 31
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O termo “inferno” é de origem latina, é o termo genérico para “ínferos” ou “mundos
inferiores”.
Nas Escrituras existem três tipos de “ínferos”; entretanto as traduções bíblicas em
grande parte utilizam o termo genérico “inferno” (examine na “e-Sword” ou similar):

C1a. Sheol (em hebraico), a palavra significa “solicitar”, é o “mundo dos mortos”.

P69. “Sheol” significa “solicitar” o que?

* Retornar à vida!
Cumprir a (Ez 37,1ss) profecia dos ossos secos.

* “Sheol” é em hebraico, entretanto foi vertido em grego para Hades, nome de um


“deus grego” (demônio) que “cuida” da “região inferior” para onde são levadas as
“almas” das pessoas mortas segundo a cultura politeísta da “antiga Grécia”.

* Para o Sheol são enviadas as “almas”, entretanto sem “corpo”, nem “corpo físico”
nem “corpo espiritual”.
* Para o “Sheol” são conduzidas as “almas” dos “seres humanos mortos”.

* As “almas” encarceradas têm direito a “retorno”:


Em geral para os judeus e cristãos praticantes: “ressurreição”. Examinar:

1Te 4,16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo,
e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
(ACF)
Examinar: Gn 37,35; Dt 32,22; Is 7,11; Mt 11,23; 16,18; Lc 10,15; 16,23; At
2,27,31; Ap 1,18; 6,8; 20,13,14. E outras.

P70. Tem cabimento a pergunta: Apenas os “judeus, filhos de Abraão, Isaque e


Jacó”, têm direito a ir para o “Sheol”, para um posterior “retorno” ou “ressurreição
dos mortos”?

* Sim, a pessoa enquanto “viva” tem que estar no “circuito da Torah”; se


praticante de outras religiões, que “cultuam e servem” a “falsos deuses”, estes
outros “deuses” é que se encarregam do “paradeiro das almas dos mortos”, se é
que prevêem algum tipo de “ressurreição”.
* Entretanto o “Elohim de Israel” têm (no plural) Misericórdia de não judeus
praticantes. É possível que de gentios não cristãos possam ser levadas as suas
“almas” para o Sheol.

C1b. “Tártaro”, ou “poço” ou “profundeza”.


* Nível de “ínfero” mais profundo do que o “Sheol”. Para o “Tártaro” são conduzidas
e encarceradas as “criaturas espirituais” chamadas de “demônios” ou “anjos
rebeldes”.
* Sem direito a “retorno”.
* Sem comunicação com o mundo exterior.
* Examinar: Jó 40,20; 41,31-32; 2Pe 2,4.

Marcos A. Zampero 32
3/11/2013 – rev. 24.0
* Os “demônios” “têm” “corpos espirituais”, são “anjos decaídos”, “anjos
rebeldes”, são “criaturas espirituais” e “não têm corpo físico”. Entretanto quando
estes são encarcerados no “Tártaro” eles de perdem seu “corpo espiritual”.

P71. Qual a diferença entre “demônio” e “diabo”?

Jo 6,70 Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós é um


diabo. (ACF)

A diferença é que são termos diferentes.


* O ser humano tem uma “alma” que é “revestida” por um “corpo físico”.
Quando um “demônio” “entra” no “corpo físico” de uma pessoa, ele pode
“dominar o corpo físico”, em detrimento do “controle da alma”.
* Através de metáfora: Funciona como um piloto de automóvel sem habilitação.
Assim como este piloto pode cometer delitos de trânsito e até matar, assim são os
“demônios” no “controle” de um “corpo físico” de “uma pessoa”.

* Portanto “diabo” é “uma pessoa” cujo “controle do corpo físico” não é exercido
pela sua “alma”, e sim por “um ou mais demônios”.
* Neste sentido declarou Jesus: (Jo 6,70) um de vós é um diabo. (ACF)

* Um ou mais “demônios” “não são retirados” de um “corpo físico”, eles são


“expulsos” do “corpo físico” em “o Nome de Jesus”.

* A primeira pessoa “endemoniada” da criação foi “Eva”, em seguida, “Adão”;


depois eles estando “endemoniados” copularam, e tiveram “dois filhos gêmeos”,
primeiro uma “cópia falsificada” de YHWH, e o chamaram de “Caim”, cujo nome
em hebraico contém a raiz “hará” (mal); “Caim” representa o arquétipo da
“essência do mal (hará)”.
* O outro filho era “Abel”, irmão gêmeo e tão bonito fisicamente quanto “Caim”;
entretanto “Abel” expressava abertamente o arquétipo do “bem (HaTov)”. “Abel” é
conhecido como “Abel o justo”, ou “Abel o Tsadic”. E a continuação da historia já
sabemos...
* “Adão” antes de ficar “endemoniado”, era imortal, entretanto não sabia disto, pois
nunca vira nenhuma criatura morrer. E logo depois seu “corpo físico” foi
“abandonado” pelo “demônio” que o tomara, e ele passou a ser mortal, bem como
toda ordem de criatura no universo, e seu corpo sentir dor, calor, frio, e tudo mais,
e um dia seu “corpo físico” “morreu”. O “corpo físico” de “Adão” sofreu um
“decaimento quântico” e todos os seus herdeiros receberam o “gene da morte
física” após este evento.

* O único e exclusivo meio de uma “alma” proteger e governar de fato e de direito


seu “corpo físico” enquanto “vivo” é “guardar e praticar a Torah”, ou o
“Evangelho”, pois o “Evangelho é a prática da Torah levada à perfeição”!

* Não é a religião, o culto, o serviço religioso que protege a “alma” enquanto o


“corpo está vivo”, é a “prática da Torah”, pois quem a “pratica” é por que tem de
alguma forma ela “escrita nas tábuas de seu coração”, ou que foi
“exaustivamente ensinado” sobre ela, para podê-la praticá-la e estudá-la.

Marcos A. Zampero 33
3/11/2013 – rev. 24.0
* Observação importante é o “ciclo de leitura” e “estudo semanal” da “Torah”. Este
“ciclo” está alinhado com as “festas bíblicas”. E estas “festas” não são de fato
“festas” e sim “fendas”, “fendas no tempo”, cuja intenção não é angariar dízimos e
ofertas para obras mirabolantes, e sim, “refrigério para o corpo físico”, e
“fortalecimento da alma”. O “alimento da alma” é a “Or” e ela a recebe quando se
“alimenta de Torah”, cujo ponto de “máxima transferência” é o “Sábado”.

C1c. Geena, o nível mais profundo dos três ínferos, é comparativamente


equivalente a um confinamento do tipo “solitária”, sem comunicação com o
exterior, sem movimento, a penumbra profunda e perpétua.
* Sem direito a “retorno”.
Examinar: Jos 18,16; Mt 5,22,29,39; 10,28; 18,9; 23,15,33; Mc 9,43,45,47; Lc 12,5;
Tg 3,6; Ap 19,20; 20,14,15; 21,8.

* A criatura que é encarcerada na Geena perde seu “corpo espiritual”.

P72. Qual foi a sequência da criação dos “céus”?

Quando Elohim criou, Ele criou os “céus” (no plural) e a “terra”. E não o “céu” (no
singular) e a “terra”.
Primeiro Ele criou os “céus” e em segundo lugar a “terra”, isto é relevante, a ordem
lógica dos termos:

Gn 1,1 NO princípio criou Deus os céus e a terra. (ACF)

Para efeitos de aprendizado e estudo podemos utilizar a metáfora:

Existe um “edifício” com muitos andares, que é a “criação”, como um todo, e cada
“andar” corresponde a um “tipo de céu”.

P73. Quantos andares existem?

Existe controvérsia sobre o assunto.


* Os exegetas judeus afirmam que a criação é como uma cebola; e a criação possui
sete camadas, ou “7 céus”. A tradição mística judaica afirma que são “72 céus”.

* Podemos fazer uma associação:


* O “universo”, com as constelações e os sistemas solares, e nele o “planeta Terra”
corresponde ao andar nr 3. Ou seja, o “céu” nr 3.
* O “Sheol” corresponde ao andar nr 2.
* O “Tártaro” corresponde ao andar nr 1.
* A “Geena” corresponde ao andar nr 0 (ZERO).

As perguntas que não querem calar são:

P74. Como se “passa” o “tempo” em cada tipo de “céu”?

P75. É possível transitar de um “céu” para outro “céu” sem ficar “retido”?

Marcos A. Zampero 34
3/11/2013 – rev. 24.0
P76. Qual é o “conceito das Escrituras” sobre o “tempo”?

P77. Como aperfeiçoar o “modelo” e lhe dar mais “consistência”?

* É possível aperfeiçoar o “modelo” utilizando-se de conceitos da “geometria


Euclidiana” e da “geometria Fractal”:

* Da “Geometria Euclidiana” temos os conceitos inexplicáveis da geometria em


duas dimensões:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_elementos

a. plano
b. reta
c. ponto

* “Reta” é o menor caminho entre dois “pontos”, e uma reta é composta de uma
fileira alinhada e interminável de “pontos”.

* “Plano” é formado pela intersecção de duas retas. Todas as retas que passam por
aquele plano são chamadas de coplanares, ou seja, estão no mesmo plano.

* “Ponto” é um ente matemático que não tem altura, largura nem profundidade;
mas existe. Não é esférico nem cúbico.
Um bom conceito do que é “ponto” é: “ponto” é ponto e ponto final.

É evidente que a “geometria de Euclidiana” tem conotações metafísicas desde que


seus postulados foram agrupados por Euclides em Alexandria em cerca de 300
A.E.C.

* A “Geometria Fractal” já é mais recente, e seus postulados foram agrupados na


década de 1.970 E.C.:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_fractal

* Aqui tem tudo sobre fractais, é uma tese de mestrado em português:


http://www.fc.up.pt/pessoas/jfalves/Teses/Raquel.pdf

* Aqui é bem mais simples e objetivo, entretanto é excelente:


http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm14/index.htm

Da “Geometria Fractal” temos os conceitos:


http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm14/dimensao.htm

“A dimensão fractal de um objecto mede o seu grau de irregularidade, a


estrutura e o comportamento, quer se trate de uma figura ou de um
fenómeno físico, biológico ou social. Consideramos que:

a. um ponto possui dimensão zero


b. uma linha recta dimensão um
c. uma superfície plana dimensão dois
d. um sólido dimensão três.

Marcos A. Zampero 35
3/11/2013 – rev. 24.0
Os fractais têm dimensões diferentes e próprias de cada imagem.
Uma curva irregular tem dimensão entre um e dois; enquanto uma superfície irregular
tem dimensões entre dois e três.”

* Se pensarmos na “criação”, dos “sete céus”, utilizando-se a “Geometria Fractal”


a quantidade de “céus” torna-se uma “enupla”. Isto ocorre porque esta geometria
permite que existam dimensões fracionadas.
Um exemplo prático é comparar o estado liquido com o sólido. Pela “Geometria
Fractal” é possível conceituar “n” estados de “geléia” entre o estado “liquido” e o
“sólido”.
* Se pensarmos assim a quantidade de “céus” criados por Elohim é infinita, é uma
“enupla”.

Fazendo uma midraxe entre os conceitos matemáticos e os conceitos


teológicos temos:

a. O “sólido” é a dimensão 3.
* O sólido é tridimensional.
* É composto de 3 dimensões simultaneamente: comprimento, largura, altura.
* Geometricamente corresponde às coordenadas ortogonais (x,y,z).
x= largura
y = altura
z = profundidade
* Existe o “tempo” na forma “linear”, ele avança e não retrocede, e a medida da
unidade de tempo é o “segundo”.

* Seja bem vindo ao “universo”, o mundo dos seres humanos e dos seres vivos!

b. Uma “superfície plana” é a dimensão 2.


* A superfície é bidimensional.
* É composta de 2 dimensões simultaneamente: comprimento e largura.
* Geometricamente corresponde às coordenadas ortogonais (x,y).
Neste caso, z = 0.
x= largura
y = altura
* O “Sheol” é a dimensão 2.
* Não está formulada a conceituação sobre como passa o “tempo” no Sheol.
Entretanto as “almas” lá encarceradas não envelhecem.

c. Uma “linha recta” é a dimensão 1.


* É composta de 1 dimensão não simultânea: comprimento, ou largura, ou altura.
* Geometricamente corresponde à coordenada (x). Quando se fala em reta imagina-
se apenas o “comprimento” como dimensão.
Neste caso, y = 0, e z = 0.
* O “Tártaro” é a dimensão 1.
* Não está formulada a conceituação sobre como passa o “tempo” no Tártaro.

d. “Um ponto” possui dimensão zero.


* É composto de ZERO dimensões simultâneas.
* Não tem coordenadas.
x= largura = ZERO

Marcos A. Zampero 36
3/11/2013 – rev. 24.0
y = altura = ZERO
z = profundidade = ZERO
* Geometricamente não tem correspondência, porque a “dimensão é zero”, ou seja,
o “ponto” é “adimensional”.

* Nas Escrituras corresponde ao que é chamado de “pó da terra” ou “pó do


mundo”:
Gn 2,7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas
narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (ACF)

Pv 8,26 Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do
mundo. (ACF)

* A “Geena” é a dimensão ZERO.


* Não está formulada a conceituação sobre como passa o “tempo” na Geena.

P78. Acaba aí?


Não!
* O Apóstolo Paulo cita as 4 dimensões no trecho Ef 3,14-21, vale à pena fazer
uma leitura completa:

Ef 3,18 Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a


largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, (ACF)

Segundo o Apóstolo Paulo temos as coordenadas: (x, y, z, w)

* Em outro trecho ele cita o arrebatamento ao (2Co 12,2-4) “terceiro céu”:

2Co 12,2 Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei,
se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.
3 E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
4 Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é
lícito falar.
5 De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas
minhas fraquezas.

* O Apóstolo Paulo cita 3 “céus” acima da dimensão 3.


Dimensão 4.
Dimensão 5.
Dimensão 6.

P78a. Será que alguém já considerou que a “Torah é tetradimensional”?

P78b. E o sistema de interpretação tetradimensional PaRDeS?

P78c. E se considerarmos o “tempo” como uma dimensão?


* Aqui já estamos na “teoria da relatividade”, onde temos as coordenadas (x,y,z)
acrescidas do “t = tempo”. Vai ficar: (x,y,z,t).

* Portanto são 7 dimensões, contadas de zero até seis.

Marcos A. Zampero 37
3/11/2013 – rev. 24.0
P79. Onde vamos parar?
* Não vamos parar! É Elohim quem quer se revelar a nós, e através dEle
chegaremos mais próximo de YHWH (o Pai).
* Vamos chegar sempre mais próximo a Elohim o Criador, entretanto sempre
haverá algo para aprender e chegar mais perto dEle! Amén!

C2. Modelos matemáticos para os ínferos

1Sm 2,6 O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz
tornar a subir dela. (ACF)

C2.1a “Sheol” e o “Seio de Abraão”

* O “Seio da Abraão” está localizado no interior do Sheol, ou dimensão nr 2.

* Através de metáfora podemos “representar e tentar visualizar” o “Sheol” como


sendo um “feixe de planos” (“plano” no sentido geométrico descrito anteriormente,
e não “plano metafísico”), e o “Seio de Abraão” é um destes “planos”. Os “planos”
não se tocam, exceto no centro, onde se forma uma “reta” (no desenho abaixo
procure por LT) na “região de contato” dos “planos”:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Oitantes_(geometria)

* Se utilizarmos este “modelo” para o Sheol deveremos aumentar infinitamente a


quantidade de “planos” que cruzam a “reta de contato ou intersecção”.
* Se “uma” “alma” está encarcerada num “plano” e tentar passar para outro
“plano”, o único modo é através da “reta de intersecção”, mas a “reta” é outro tipo
de “meio”, e torna-se intransponível atravessá-lo.
* Embora possam existir infinitos planos, isto provoca que se diminua a distância
entre um plano e outro. Entretanto não existe área de contato, e isto pode
configurar o “grande abismo” como “trevas espessas” entre um “plano” e outro.
* Como o modelo trata o Sheol como uma área plana, tem tamanho predefinido de
altura e largura, podemos conceituar que tendem para o infinito, torna o “plano”
capaz de conter infinita quantidade de “almas” aprisionadas.

C21b. “Tártaro”, poço ou profundeza

* O “Tártaro” e uma dimensão abaixo a dimensão do Sheol.

Marcos A. Zampero 38
3/11/2013 – rev. 24.0
* Se tomarmos o Sheol como a dimensão nr 2, o “Tartaro” é a dimensão nr 1.
* O Termo “poço” é utilizado no NT e o termo “profundeza” é utilizado no AT.
* O “Tártaro” é encarceramento para “demônios” (anjos decaídos) e não para
“almas” desencarnadas de seres humanos.

Ex 20,4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há
em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
(ACF)

Jó 41,31 As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar como uma
vasilha de ungüento. (ACF)

2Pe 2,4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os
lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados
para o juízo; (ACF)

2Pe 2,4 Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no
inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo; (ARA)

2Pe 2,4 For if Elohim did not spare the messengers who sinned, but sent them to
Tartaros, and delivered them into chains of darkness, to be kept for judgment (The
Scriptures 1998+)

2Pe 2,4 For if Hashem did not spare malachim that sinned, but cast them into
Gehinnom, consigning them to the sharsherot (chains) of choshech to be kept for
Mishpat; (OJB – www.biblecc.com)

* A “OJB” verte “tártaro” do grego para “Gehinnon” no hebraico, entretanto o texto


da “The Scriptures 1998+” que também procura inserir os termos em hebraico,
aramaico e grego no texto da KJV insere o termo “tártaro”.

* Em 2Pe 2,4 o termo vertido para “inferno” é o termo “Tártaro” em grego.

* Em uma tradução livre:


2Pe 2,4 Porque, se Elohim “não perdoou aos anjos que pecaram”, mas,
“havendo-os lançado no Tártaro”, os entregou às “cadeias da escuridão”, ficando
“reservados para o juízo”; (ACF)

* Através de metáfora podemos “representar e tentar visualizar” o “Tártaro” como


sendo um “feixe de retas”. As “retas” não se tocam, exceto no centro, onde se
apresenta um “ponto” (no desenho abaixo procure por “A”) na “região de contato”
das “retas” (no desenho abaixo procure o ponto “A”:

Marcos A. Zampero 39
3/11/2013 – rev. 24.0
http://pt.wikipedia.org/wiki/Retas_concorrentes

* Se utilizarmos este “modelo” para o “Tártaro” deveremos aumentar infinitamente


a quantidade de “retas” que cruzam o “ponto de contato ou intersecção”.
* Se “um” “demônio” está encarcerado numa “reta” e tentar passar para outro
“reta”, o único modo é através do “ponto de intersecção”, mas o “ponto” é outro
tipo de “meio”, e torna-se intransponível atravessá-lo.
* Embora possam existir infinitas retas, isto provoca que se diminua a distância
entre uma e outra. Entretanto não existe região de contato, e isto pode configurar o
“grande abismo” como “trevas espessas” entre uma “reta” e outra.

* Como o modelo trata o Tártaro como uma “reta”, que tem comprimento
indeterminado, não tendo local de começo nem de fim, podemos conceituar que seu
comprimento tende para o infinito; isto torna a “reta” capaz de conter uma infinita
quantidade de “demônios” aprisionados.

C21c. “Geena”

* A “Geena” é uma dimensão abaixo a dimensão do Tártaro.


* Se tomarmos o Tártaro como a dimensão nr 1, a “Geena” é a dimensão nr
ZERO.
* O Termo “geena” é utilizado no AT e no NT.
* A “Geena” é encarceramento para o “maligno”, e o maligno era, e não é mais,
“anjo do SENHOR”; entretanto como “punição severa” é possível que possam ser
também enjaulados lá: demônios (anjos rebeldes) e “almas” de seres humanos
mortos que de alguma forma fazem “conchavo ou pactos” com o “maligno” e estão
disponíveis para seu “serviço”.

* A “Geena” é uma “jaula”, uma “solitária” para apenas “um elemento”. É


intransponível depois de selada, ou lacrado por fora.

Mt 10,28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei
antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. (ACF)

Mt 10,28 And do not fear those who kill the body but are unable to kill the being. But
rather fear Him who is able to destroy both being and body in Gehenna. (The
Scriptures 1998+)
Mt 10,28 And do not fear those who kill the basar (flesh), but are unable to kill the
nefesh (soul); but rather fear the One who is able to destroy both basar and nefesh in
Gehinnom. (OJB – www.biblecc.com)

Tg 3,6 A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta
entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e
é inflamada pelo inferno. (ACF)

Tg 3,6 And the tongue is a fire, the world of unrighteousness. Among our members
the tongue is set, the one defiling the entire body, and setting on fire the wheel of life,
and it is set on fire by Gehenna. (The Scriptures 1998+)

Marcos A. Zampero 40
3/11/2013 – rev. 24.0
Tg 3,6 And the lashon is an Eish, the lashon is made an Olam HaAvel (World of
Iniquity) among our evarim (members), defiling with a stain kol haGuf (whole body),
and setting ablaze the course of life, and is itself set by eish in Gehinnom. [MISHLE
16:27] ; (OJB – www.biblecc.com)

* Através de metáfora podemos “representar e tentar visualizar” a “Geena” como


sendo uma “nuvem de pontos”. Os “pontos” não se tocam, nem existe região de
contato ou intersecção.

http://www.sofazquemsabe.com/2011/11/nocoes-fundamentais-da-geometria-
ideias.html

* Se utilizarmos este “modelo” para a “Geena” deveremos aumentar infinitamente a


quantidade de “pontos”, vai parecer uma “nuvem” de gafanhotos voando.

* Se “um” “elemento” está encarcerado num “ponto” ele não tem janela interna ou
porta para sair, só pode ser aberto por fora, onde foi lacrado. E não existe
comunicação de dentro para fora, nem de fora para dentro para um criatura;
apenas Elohim pode comunicar-se, se for de sua vontade!

* Embora possam existir infinitos pontos, não existe colisão entre um ponto e outro
ponto, não existe trajetória de colisão. Portanto existe “grande abismo” entre um
ponto e outro ponto.

* Também não existe forma de contato “de fora para dentro” e “de dentro para
fora” do “ponto”.
* No seu interior é “penumbra absoluta”, a “luz” eletromagnética não entra lá.

@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@

C2.2 Zacarias, o profeta, digo a sua “alma”, fez uma incursão em “visão profética”
no Sheol relatada em Zc 3,1ss (ACF).

Zc 3,1 E ELE mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do
SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.
2 Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreenda, ó Satanás, sim, o SENHOR,
que escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um tição tirado do fogo?
3 Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo.

Marcos A. Zampero 41
3/11/2013 – rev. 24.0
4 Então respondeu, aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas.
E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de
vestes finas.
5 E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra
limpa sobre a sua cabeça, e vestiram-no das roupas; e o anjo do SENHOR estava em pé.
6 E o anjo do SENHOR protestou a Josué, dizendo:
7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos, e se observares a
minha ordenança, também tu julgarás a minha casa, e também guardarás os meus
átrios, e te darei livre acesso entre os que estão aqui.
8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam
diante de ti, porque são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu servo, o
RENOVO.
9 Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete
olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a
iniqüidade desta terra num só dia.
10 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, cada um de vós convidará o seu próximo
para debaixo da videira e para debaixo da figueira.

C2.2.1 Zc 3,1 E ELE mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo
do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor. (ACF)

P80. Quem é este “sumo sacerdote” que Zacarias cita?


* Zacarias é profeta judeu, se ele cita “sumo sacerdote”, esta “alma” é de um
“Cohen HaGadol”, seu nome é “Josué” (Yehoshua) o mesmo nome de Jesus
(Yeshua), na escrita antiga, antes do exílio da Babilônia.
* “Josué” significa “YHWH é Salvação”.
* Existe mais de um “Josué” no Tanach.
O texto não é preciso em identificar qual deles seja. O que existe são suposições de
exegetas.

P81. “Quem” ou “o que” Zacarias identifica?


* Ele identifica o “anjo do SENHOR”, ou “Anjo de YHWH” ou “Malach YHWH”.
* Ele não diz o “nome” deste “anjo de YHWH”, nem o “anjo de YHWH” se identifica.

* Ele identifica “satanás” ou “o acusador”.


Na tradição mística judaica, o “acusador” é apontado pelo nome de “samael” (deve-
se evitar pronunciar este nome), ele “era” e agora não é mais, um “Anjo do
SENHOR” antes de se rebelar contra Elohim.

P82. Onde estão “posicionados” “Zacarias”, o “anjo de YHWH” e o “maligno”?


Até o momento eles estão em “órbita” do Sheol, eles não penetraram em nenhum
“plano”.
* A presença de Zacarias (sua “alma”) não é notada pelo “anjo de YHWH” nem do
“maligno”. Eles não dirigem o “olhar” nem “palavras” para Zacarias.

P83. Zacarias afirma Zc 3,1 “lhe opor”, o que significa isto?

* “Lhe opor” significa “acusá-lo”. O objetivo do maligno era “acusar” a “alma” do


“sumo sacerdote Josué”.

P84. E a pergunta que não quer calar é: “acusar do que”?

Marcos A. Zampero 42
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* “Delitos” praticados contra a Torah. Com isto, pensa o maligno, teria “legalidade”
a “seqüestrar” a “alma” do “Cohen HaGadol Josué” do Sheol, e logo a seguir
“destruí-la”.

P86. Por que o “maligno” não “invadiu” o Sheol e “seqüestrou a alma” do “Cohen
Josué”?
* Porque ele não tem poder e autoridade para isto.
* Aquele “anjo de YHWH” é da mesma “classe de anjo” que o “maligno” era; e antes
de “invadir o Sheol”, teria que passar por cima dele, e outra “legião de anjos” que
poderia estar em oculto naquele momento.

P87. E o que acontece?


O “anjo de YHWH” profetiza sobre o “maligno” e “o repreende”!

C2.1.2 Zc 3,2 Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreenda, ó


Satanás, sim, o SENHOR, que escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um
tição tirado do fogo? (ACF)

P88. “Quem” dirige a palavra para o “maligno”?


Pelo texto: “O SENHOR”, ou seja, o próprio “YHWH”.

* Entretanto YHWH utilizou-se do “anjo de YHWH” para profetizá-lo.


* Então em uma versão livre:

Zc 3,2 E “disse” “YHWH” e “falou” o “anjo de YHWH” ao maligno: “YHWH te


repreenda”...

P89. Então “YHWH” “decreta” que “Ele mesmo” “repreenda” o “acusador”?


É o que o sentido do texto dá a entender.

P90. Assunto complexo, pois “quantos” “YHWH” existem? “YHWH não é Echad”?
Mais de um!!

* O Nome “Elohim” na realidade é um “título” e não um “nome próprio”, um


substantivo.

P91. Qual foi o “primeiro ato” de “YHWH” descrito nas “Escrituras”?


a. Foi Gn 1,1. Não!!
b. Foi Jo 1.1. Não!!

* O “primeiro ato” de YHWH não foi relatado nas Escrituras: YHWH emitiu a Torah
em forma de “Or”.
* O “segundo ato” também não foi relatado: YHWH “ordenou” que a Torah se
manifestasse como “Elohim”.
* O “terceiro ato” está relatado nas Escrituras:

Sl 2,7 Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te


gerei. (ACF)

YHWH chamou a “Elohim” de “Filho”.


E declara ainda: “Eu hoje te gerei”.

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* A partir deste “instante” “Elohim” passa a existir com “personalidade psíquica”
independente de YHWH.
* O “regime temporal” neste período é de (Sl 81,15; Rm 16,25) “tempo eterno”,
uma contagem em que a “dimensão do tempo” “não passa”, não existe “cronologia
temporal”, e sim “sucessão de eventos” que ocorrem um depois do outro, e se
analisados, ocorrem simultaneamente e instantaneamente.

* O quarto ato foi: YHWH concede a Elohim um “Nome”.

P92. Qual é o “Nome” de “Elohim”?

* O “Nome” que Elohim recebeu de seu “Pai” é o seu próprio “Nome”.


E este “Nome” é YHWH em hebraico.
* Desta forma, temos o “Pai de Elohim” que se chama YHWH, e o “Filho de YHWH”
que se chama YHWH, que é o Elohim de Israel, o “Criador” citado em Gn 1,1.

* Afirmar isto é um “delírio” para quem pratica a “teologia unitária radical”.

P93. Existe alguma “base bíblica” para isto, ou é um “infundado delírio


trinitariano”?

2Sm 7,14 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir,
castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens. (ACF)

Mc 1,11 E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado em
quem me comprazo. (ACF)

Lc 9,35 E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho; a ele
ouvi. (ACF)

Jo 17,6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e
tu mos deste, e guardaram a tua palavra. (ACF)

Fp 2,9 Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é
sobre todo o nome; (ACF)

1Pe 1,17 Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da
magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem
me tenho comprazido.

Hb 1,4 Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente
nome do que eles. (ACF)

Hb 1,5 Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E
outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho? (ACF)

* A grande questão é: “tirar teologicamente” o “Filho” de “YHWH” do “freezer”


“antes” “dEle ter vindo” em “forma humana”, e “nascido como homem”, através
dos zelosos: Maria e José.

P94. Devemos responder com clareza estas perguntas:

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Pv 30,4 Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos?
Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da
terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes? (ACF)

* Estes questionamentos estão em Pr (Provérbios) e não nos livros do NT!

P95. A questão é básica e objetiva para o exegeta: “YHWH” tem “um” “Filho”, e
“qual” é o seu “Nome”?

* Se tivermos alguma “coragem” de sair do “limbo” podemos conceituar que:

O “filho” de “YHWH” é “Elohim”, e “Seu” “Nome” é o mesmo de “Seu Pai”: “YHWH”.

P96. E tem mais “alguém” que tem o “Nome” “YHWH” em hebraico como seu
“sobrenome” nas Escrituras?
Sim!!
* Já analisamos isto anteriormente, na pergunta P39.

* Para o “ser humano” é “direito natural” ter um “nome”, herdado de “seu pai”
como “sobrenome”. Se “YHWH” nos adotou como “filhos”, temos “direito” que “Ele
mesmo” “nos dá” de “carregar” “Seu Nome” como nosso “sobrenome”.
* Entretanto não é “instantâneo”, tem que acontecer algumas coisas para isso ser
efetivado:

Jo 1,12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos


filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; (ACF)

* E o “Seu Nome” é “YHWH” (em hebraico).

Rm 8,19 Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos


filhos de Deus. (ACF)

Rm 8,19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de


Deus. (ARA)

P97. Isto garante que o “ser humano”, “anjos” e “almas ressuscitadas” têm
“direito” a serem “adorados” e ter um “serviço religioso” em “seu nome”?

Não!!

P98. E, quanto ao “Cordeiro”, o “Messias Jesus”?


Quanto a Ele está escrito:

Hb 1,6 E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos
de Deus o adorem. (ACF)

* Existem várias citações desta forma: (Rm 6,11,23; 8,39; 1Co 15,31; Ef,311)
“Cristo Jesus nosso Senhor”. Entre elas:

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1Co 15,31 Eu protesto que cada dia morro, gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo
Jesus nosso Senhor. (ACF)

1Co 15,31 Daily I die and that is as true a fact, Achim b'Moshiach, as it is that I
glory over you in Moshiach Yehoshua Adoneinu. (OJB – www.biblecc.com)

P99. Será que “Cristo Jesus nosso Senhor” é...?


Sim!!

P100. Qual a diferença entre os “Nomes”: “Nosso Senhor Jesus Cristo” e “Cristo
Jesus, nosso Senhor”?

* São 55 citações explicitas de “Nosso Senhor Jesus Cristo” na ACF, entre elas:

1Co 15,57 Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus
Cristo. (ACF)

* É impressionante o “crescimento” do Apóstolo Paulo em “transitar” entre os


“nomes e títulos de Jesus”. Ele começou “confuso” em 1Ts e 2Ts, e numa
escalada à perfeição subiu desde Rm até atingir o ponto de máximo em Ef, Gl e
1Co.

P101. Qual foi a técnica utilizada pelo apostolo Paulo?


??

P102. E como fica Zc 3,2?


Em tradução livre pode ficar assim:

Zc 3,2 Mas “YHWH (o Pai)” “falou” ao “anjo de YHWH” e este “disse” a “satanás”:
“YHWH (o Filho)” “te repreenda”, ó “satanás”, sim, “YHWH (o Filho)” que
“escolheu Jerusalém”, “te repreenda”; “não é este” “um tição tirado do fogo”?
(ACF)

C2.1.3 E prossegue a “visão” do Profeta Zacarias:

Zc 3,3 Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo. (ACF)

* O “maligno” “se retira da disputa jurídica”, sai de “órbita” e desaparece da


presença de Zacarias e do “anjo de YHWH”.
* O “maligno” não responde a pergunta: “não é este” “um tição tirado do fogo”?

P103. O “acusador” entendeu “Quem” falou com ele e “Quem” o repreendeu?


Não sei, e não quero perguntar para ele.

P104. Agora, o que fizeram o “anjo de YHWH” e Zacarias?


Eles “saíram de órbita” e “aterrisaram” num dos “planos do Sheol” onde está
encarcerado o “Cohen Josué”.

P105. O que significa: “vestido de vestes sujas”?

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* Significa que o “Cohen Josué” praticou muitos “delitos” contra a Torah enquanto
“vivo”. Este “fardo” a sua “alma” carregou para o Sheol, ela estava marcada,
marcada por fora. Ele como um “Cohen” nunca pode alegar esquecimento ou
desconhecimento das “Leis” da Torah.
* “Zacarias” e o “anjo de YHWH” reconheceram a imundícia das vestimentas de
Josué.

P106. O que significa: “estava diante do anjo”?


* O texto afirma “diante do anjo” e não “diante do anjo de YHWH”. Josué nem
consegue distinguir a “visitação”, nem soube distinguir qual “classe de anjo”, e ele
não percebe a presença da “alma” de Zacarias assistindo o evento.

P107. E agora José?


* Agora a ação do “anjo”:

Zc 3,4 Então respondeu, aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas
vestes sujas. E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua
iniqüidade, e te vestirei de vestes finas. (ACF)

P108. “Então respondeu” o “que”, se ninguém perguntou nada para o “anjo”?


* Ele “respondeu” à pergunta do versículo anterior: “não é este” “um tição tirado
do fogo”?
* O “anjo de YHWH” profetizou anteriormente e agora “responde” à pergunta com
um conjunto sucessivo de “ações”, não com aquele: “vai sonhando que um dia
você vai chegar lá”, ele não formou uma “comissão”, uma “reunião para não sei
quando”, ele tomou “atitudes” e dá “ordens” “agora”, “já”!!:

P109. Quem estava diante dele: “aos que estavam diante dele”?
* Temos duas situações:
a. Diante do “anjo”.
b. Diante do “Cohen Josué”.

* Das duas formas, estavam ali a “invisível” “alma” do Profeta Zacarias, e também
“outras almas encarceradas” no mesmo “plano” que o “Cohen Josué”.

P110. Quais foram às ordens?


* A primeira:
Zc 3,4 Tirai-lhe estas vestes sujas.

P111. Quem executou as ordens?


a. Outras “almas” que estavam com “Josué”? Não!! Senão já teriam feito ao ver um
“irmão sofrendo”...
b. O profeta Zacarias? Não!! Ele estava ali colhendo dados para escrever a visão, e
nem estava sendo visto nem percebido.
c. O próprio “anjo” que dá as ordens? Não!! Nem “anjo” dá “ordem” para ele mesmo
cumprir!!
d. Quem?
Outros “anjos” que auxiliam o “serviço” do “anjo de YHWH”.

* E as “vestes sujas foram retiradas”, mas o texto não informa o paradeiro das
vestes sujas... A “teshuvá” do “Cohen HaGadol Josué” está em conclusão”:

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P112. O que disse o “anjo” ao “Cohen Josué”?

Zc 3,4 ...E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade,
e te vestirei de vestes finas. (ACF)

P113. “Anjo” tem “poder e autoridade” para “perdoar” “iniqüidade”?


Não!!
* O “anjo”, para o “Cohen Josué”, e para nós leitores, o “anjo de YHWH”, está
profetizando “YHWH (o Filho), que é Elohim”.

* A Torah como “livro jurídico” é composta de “Leis” chamadas de


“Mandamentos”, e estes estão agrupados como: as (Ez 20,1ss) 10 Ordens,
Estatutos e Juízos.

Gn 26,5 Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os


meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis. (ACF)

Lv 26,15 E se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se enfadar dos meus


juízos, não cumprindo todos os meus mandamentos, para invalidar a minha
aliança, (ACF)

* O objetivo destas “Leis” é “descortinar” os “delitos”, para que possa haver


“arrependimento, perdão e reconciliação” (teshuvá) com “Elohim” . Não é punir e
matar!
* Os “delitos contra as “Leis” regulamentadas na Torah” são classificados como:

a. Iniqüidade: é a prática deliberada e contumaz de um ou mais delitos,


simultâneos ou não, contra um dos 613 mandamentos.

b. Pecado: é quando se pratica um delito restrito aos “Estatutos”.

c. Transgressão: é o tipo de delito mais grave, é quando se rompe unilateralmente


com uma “Aliança Divina”.

Ez 34,7 Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a


transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a
iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta
geração. (ACF)

* Aqui em Zc 3,4 Elohim está perdoando a “iniqüidade” praticada pelo “Cohen


Josué” enquanto ele estava “vivo”.

P114. E o que significa: “e te vestirei de vestes finas”?

* Significa que embora “Josué” tenha “morrido” enquanto estava “vivo”, agora
como uma “alma”, voltará a “vestir” as “vestimentas de um Cohen”, no Sheol,
segundo as “prescrições da Torah”:

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Zc 3,5 E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram
uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e vestiram-no das roupas; e o anjo do
SENHOR estava em pé. (ACF)

P114a. De “onde” “vieram” as “vestes finas”? “Quem” as trouxe?


* As “vestes finas” não estavam no Sheol.
* Elas foram “trazidas” por “anjos” auxiliares do “anjo de YHWH” no “serviço” de
proteção e administração do Sheol.

P115. O que significa: “e o anjo do SENHOR estava em pé”?


* Significa que o “anjo de YHWH” estava em “posição de autoridade” para aqueles
que assistiam o evento no Sheol, e particularmente naquele “plano”. E Zacarias
estava assistindo o evento em silêncio.

P116. Como o “anjo de YHWH” estava “em pé”, se o Sheol é um “plano”, pois é
formado por duas dimensões (“comprimento e largura”) e não tem a “altura”?

* Quem está “encarcerado no Sheol” são as “almas” do “Cohen HaGadol Josué” e


de outros, e não o “anjo de YHWH”. Portanto ele “veio” num “plano perpendicular”
ao das “almas reclusas”, para que todas “elas” pudessem assistir a realização da
teshuvá do “Cohen Josué”, e quem sabe fazer a sua também!

P117. O que significa: Zc 3,6 “...protestou a Josué...”?

Zc 3,6 “E o anjo do SENHOR protestou a Josué, dizendo” (ACF)

* Em outra versão interessante:

Zc 3,6 O anjo do Senhor exortou a Josué, dizendo: (NVI)

* “Protestou” não no sentido de “protestar contra”, “mas de “alertar com


autoridade”:

P118. O “anjo de YHWH” agora profetiza em Zc 3,7 o “SENHOR dos Exércitos”,


“Quem” é o “YHWH Tzevaot”?

Zc 3,7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos, e se
observares a minha ordenança, também tu julgarás a minha casa, e também
guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre os que estão aqui. (ACF)

* A primeira citação do termo “exército”:

Gn 2,1 ASSIM os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. (ACF2007)

Gn 2,1 O céu, a terra e todos os seus elementos foram terminados. (TEB)

* O termo em hebraico para “exército” é “tzevaot”.

* “x. Lit. unidades no sentido militar, mas metafórico, O Deus de Israel foi
denominado o “Deus dos exércitos” (2Sm 6,18; Sl 24,10; 46,8; Is 6,3,5. O termo

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evoca em primeira instancia os exércitos de Israel em ordem de batalha; depois, como
em Dt 4,19, designa as constelações. Aqui aplica-se a todos os elementos que
constituem o universo organizado.” (comentário de Gn 2,1 TEB, Bíblia de estudo).

* Fazendo uma midraxe entre as duas citações de Gn 2,1 e o comentário da TEB,


podemos observar que a primeira citação do termo “tzevaot” tem o significado de
“elementos”, Tais como: átomos, prótons, nêutrons, elétrons, neutrinos, etc...

* É interessante lembrar que o geômetra Euclides escreveu em Alexandria no Egito


a sua célebre obra sobre os fundamentos da geometria plana: “Elementos”.

* Podemos então exprimir no seu sentido mais primitivo que “YHWH Tzevaot”
tenha o significado de “YHWH dos elementos”, “dos elementos criados” a partir
do “nada” por Elohim.

* Na realidade da criação, Elohim “converteu” a “luz” em forma de “Or” em “luz”


em forma de “Er” em Gn 1,3:

Gn 1,3 E disse Deus: Haja luz; e houve luz. (ACF)

* Desta forma a “matéria primordial da criação” é a “Or”, ou a “Torah”!

* Como Elohim têm (no plural) o “mesmo Nome se Seu Pai”: “YHWH (em
hebraico)”, e Elohim é de fato o “Criador dos céus e da terra”, Ele mesmo é o
“SENHOR dos elementos”, ou “YHWH dos elementos” ou “YHWH Tzevaot”.

* O texto de Zc 3,7 é bem complexo, pois “se” o “Cohen HaGAdol Josué” for daqui
em diante uma “alma” “temente e zelosa da Torah”, ou seja, “guardar e praticar
os Mandamentos” receberá:

a. também tu julgarás a minha casa,


b. e também guardarás os meus átrios,
c. e te darei livre acesso entre os que estão aqui.

* Quem está falando para o “Cohen Josué” e os demais é o “anjo de YHWH”,


entretanto ele está profetizando “YHWH Tzevaot”.
* Josué é “chamado” para ser o “Rosh” (líder) do Sheol. Dá até para ouvir daqui:
“Eis-me aqui”(Hineni)!!

P119. O que significa: “também tu julgarás a minha casa”?


* O “Cohen Josué” recebe “poder e autoridade” para “julgar” segundo os
“preceitos da Torah” as “almas” que se encontram “encarceradas”, e aguardar a
“vinda” do “Mashiach” e cumprir a profecia de Is 61,1ss e a “ressurreição” através
da profecia de Ez 37,1ss.

P120. O que significa: “e também guardarás os meus átrios”?

* Significa que ele será o “Cohen HaGadol” (“Sumo Sacerdote”) de Elohim no


Sheol. “Elohim” lhe entrega “Moisés e os Profetas”!!

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P121. O que significa: “e te darei livre acesso entre os que estão aqui”?

* O “Cohen Josué” já tem alguma forma de “mobilidade horizontal” no “plano” do


“Sheol” em que se encontra encarcerado.
* O “Cohen Josué” terá “salvo conduto”, “poder e autoridade” para “transitar” em
todos os “planos do Sheol” e atravessar livremente o “grande abismo”, com a
finalidade de executar o seu trabalho de “Cohen” para Elohim e ensinar a Torah.

P122. O que o “Cohen Josué” não recebeu?

* Ele não recebeu o salvo conduto para “ressuscitar”. Ele vai permanecer no Sheol
até o “Dia do Mashiach”, ou vai continuar lá para continuar fazer o “serviço
religioso” para os que “não subirem”, mesmo que tenha possibilidade de “voltar”
ao mundo dos homens; e ainda ele não sabe, (1Ts 4,16) subir para o “alto”, sem
passar pela “terra”, ganhar um “novo corpo”, agora “corpo espiritual
incorruptível”, e não o “corpo físico corruptível” seguindo o padrão da profecia de
Ez 37,1ss.

* Ele não recebeu autorização e autonomia para se comunicar com o mundo dos
seres humanos “vivos”, nem enviar nenhuma “alma” de “volta” para fazer algum
“testemunho eficaz”. Nem utilizar-se do “serviço de anjos” para o mesmo fim.

P123. Quem é o “RENOVO”?

E prossegue profetizando o “anjo de YHWH”:

Zc 3,8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se


assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu
servo, o RENOVO. (ACF)

* Em uma versão livre:

Zc 3,8 “Ouve” (preste bem atenção), pois, “Cohen HaGadol Josué”: “tu” e “teus
companheiros” que se “assentam (ficam de prontidão)” “junto de ti”, porque são
“homens portentosos” (“homens de presságio”, ou “ homens que prefiguram coisas
que virão”); eis que eu “farei vir o meu servo”, “o RENOVO”.

* “O RENOVO” pode significar: “o Rebento” ou “o Germe”, ou “o Broto”, ou “o


Ramo” ou “o Filho”.

Gn 49,22 José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos
correm sobre o muro. (ACF)
* Nesta citação o termo “ramo” está escrito “ben” em hebraico, que significa “filho”.

* A primeira citação do termo “renovo”:

Nm 17,8 Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho,
e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e
brotara renovos e dera amêndoas. (ACF)

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Is 4,2 Naquele dia, o Renovo do SENHOR será de beleza e de glória; e o fruto da
terra, orgulho e adorno para os de Israel que forem salvos. (ARA)

Is 4,2 Naquele dia o renovo do SENHOR será cheio de beleza e de glória; e o fruto
da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel. (ACF)

Is 11,1 Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um


renovo frutificará. (ACF)

Jr 23,5 Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo
justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na
terra. (ACF2007)

Jr 23,5 Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo
justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na
terra. (ARA)

Jr 23,5 Naqueles dias e naquele tempo farei brotar a Davi um Renovo de justiça,
e ele fará juízo e justiça na terra. (ACF)

Zc 6,12 E fala-lhe, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis aqui o homem
cujo nome é RENOVO; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do SENHOR.
(ACF)
2Sm 7,14 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir,
castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens. (ACF)

* Fazendo uma midraxe das citações acima podemos verificar que:

a. “o Renovo” é uma “pessoa de carne e osso” .


b. Ele é do tronco de Jessé, o pai do rei Davi, ou seja da tribo de Judá.
c. Ele é “filho” de alguém muito importante, “Ele” é o “Filho” de “YHWH (o Pai)”.
d. Ele será um “justo” (tsadic).
e. Ele fará “juízo e justiça na terra”.
f. Ele é “rei”.

P124. “Quem” o “anjo de YHWH” está profetizando em Zc 3,8?

* Ele está profetizando “YHWH (o Pai)”!

P125. “Quem” é que vai “vir”: Zc 3,8 “farei vir o meu servo”? “Quem” é o “servo”?

* “YHWH (o Pai)” vai “enviar” “Seu Filho” para libertar os (Is 61,1) “cativos”
“encarcerados no Sheol”.

Is 61,1 O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu,
para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a
proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; (ACF2007)

P126. Afinal “Quem” é o “servo”?

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* Objetivamente, o “servo” de “YHWH (o Pai)” é “Elohim”, e “Ele” (Elohim) “virá” (do
verbo “vir”) em “forma humana”, em “carne e osso”, e de alguma forma “descerá”
ao “Sheol” e “libertará” do “encarceramento” as “almas” que fizerem a “teshuvá”.

P127. Qual é a “missão” do “Cohen HaGadol Josué”?

* Este é o “serviço” do “Cohen HaGadol Josué”: preparar as “almas”


“encarceradas” para a “libertação do cativeiro” do “Sheol” e o “retorno à vida”,
pois “YHWH (o Pai)” vai “enviar” o “Seu” “próprio” “Filho” (Elohim) para o resgate!!

P128. Quem é a “pedra” em Zc 3,9?

Zc 3,9 Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única
estão sete olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o SENHOR dos
Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.

* A “pedra” é o “Renovo”, e “Ele” é uma “única pedra”.

P129. Para “quem” o “anjo de YHWH” está profetizando?

* o “anjo de YHWH” continua profetizando, entretanto agora ele mudou o “foco”,


agora o “alvo” é o “Profeta Zacarias”: preste bem atenção Zacarias, e faça um
testemunho por escrito corretamente!!

* O “anjo de YHWH” já não está falando “focado” no “Cohen Josué”. Ele cita
“Josué”: “...que pus diante de Josué”.

* Este diálogo de Zc 3,9-10 não foi “ouvido nem assistido” por “Josué e seus
companheiros”. O “anjo de YHWH” e “Zacarias” já haviam “decolado” do Sheol,
eles já estão “fora de órbita”.

P130. O que significa “os sete olhos”?

* Os “sete olhos” são os (Ap 5,6) “Sete espíritos de YHWH”.

P131. Mas de qual dos “YHWH” são os “sete espíritos”?

* De YHWH (Filho), pois o YHWH (Pai) tem também o seu próprio Espírito (Ruach).

* O “Ruach” (Espírito) do Pai (YHWH) é “um só”: “Ruach YHWH” (Espírito de


YHWH ou “Espírito do SENHOR”).

* Algumas citações relevantes:

Nm 11,29 Porém, Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Quem dera que todo o
povo do SENHOR fosse profeta, e que o SENHOR pusesse o seu espírito sobre
ele! (ACF)

Jz 11,29 Então o Espírito do SENHOR veio sobre Jefté, e atravessou ele por
Gileade e Manassés, passando por Mizpá de Gileade, e de Mizpá de Gileade passou
até aos filhos de Amom. (ACF)

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1Sm 10,6 E o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles,
e tornar-te-ás um outro homem. (ACF)

1Sm 16,13 Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus
irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi;
então Samuel se levantou, e voltou a Ramá." (ACF)

Jl 2,28 E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne,
e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os
vossos jovens terão visões.(ACF)

At 2,17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito
derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os
vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; (ACF)

* O “Ruach do Filho” é: “Ruach Elohim” (Espírito de Deus), e este se manifesta


em “sete espíritos”. Entendamos que é “apenas um” “Espírito de Elohim” e este
se manifesta em “sete espíritos”, entretanto estes “sete espíritos” “não são” “sete
seres” e “nem são” “sete diferentes seres”.

* Os “sete espíritos” de Elohim expressam “sete virtudes intelectuais


diferentes”, são “sete aptidões”, são “sete dons” que podem ser fornecidos
individualmente a um “ser humano” enquanto “vivo”, eles podem ser concedidos
“independentes um do outro” ou “logisticamente agrupados” para executar
atividades, funções eclesiásticas, etc... Como exemplo nos “artífices” da “Arca da
Aliança”, dos “acessórios”, etc... Um exemplo:

Ef 1,17 Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em
seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; (ACF)

* Através de um a metáfora: “Ruach” (Espírito) é “software”; os “sete espíritos” são


“softwares”, um diferente do outro.

Is 11,1 PORQUE brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um


renovo frutificará.
Is 11,2 E repousará sobre ele o “Espírito do SENHOR, o espírito de sabedoria e
de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de
conhecimento e de temor do SENHOR”.
Is 11,3 E deleitar-se-á no temor do SENHOR; e não julgará segundo a vista dos seus
olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos.
Is 11,4 Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com eqüidade aos mansos
da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios
matará ao ímpio,

Zc 3,9 Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única
estão “sete olhos”; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o SENHOR dos
Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.

Zc 4,10 Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esses sete se

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alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobabel; esses são os “sete olhos do
SENHOR”, que percorrem por toda a terra.

Ap 1,4 João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte
daquele que é, e que era, e que há de vir, e dos “sete espíritos” que estão diante do
seu trono;

Ap 3,1 Ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os “sete
espíritos de Deus”, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que
vives, e estás morto.

Ap 4,5 E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam


sete lâmpadas de fogo, as quais são os “sete espíritos de Deus”.

Ap 5,5 E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a
raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.
Ap 5,6 E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e
entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e “sete
olhos”, que são os “sete espíritos de Deus” enviados a toda a terra.

* É importante ressaltar que “sobre” o “ser humano” “Cristo Jesus” ou “Messias


Jesus” “repousou” o “Espírito de Elohim” e seus (Is 11,2-4) “sete espíritos”, e
“simultaneamente” o “Espírito de YHWH”. A (Cl 2,9) “Plenitude da Divindade”.

* Em Is 11,1-4 acima são citados “Seis espíritos”. O “Sétimo espírito” é o


“espírito de profecia”, é “este” que está falando através do profeta Isaías. Sobre o
“espírito de profecia” nas Escrituras:

2 Pe 1,21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem


algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
(ACF)

Ap 19,10 E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças
tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a
Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia. (ACF)

* Os “sete espíritos” de Elohim contidos em Is 11,1-4:

1º: O espírito de sabedoria (aplicação correta e eficaz do “Conhecimento” divino).

2º: O espírito de entendimento (compreensão, discernimento, inteligência,


raciocínio, bom senso).

3º: O espírito do conselho (prudência).

4º: O espírito de fortaleza (potência, coragem, valentia).

5º: O espírito de conhecimento (ciência).

6º: O espírito de temor do SENHOR (ensina-nos a “ter respeito” e “reverência” à


Divindade).

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7º: O sétimo espírito não é citado em Is 11,1-4. É o “espírito de profecia”.

P132. O que significa: “Eu esculpirei a sua escultura”?

* O “corpo físico do Renovo” será “produzido” de forma sobrenatural. O “feto”


será produzido de forma sobrenatural.

P133. O que significa: “Tirarei a iniqüidade desta terra num só dia”?

* Aponta para o “dia do Senhor” ou o “dia do SENHOR”. Quando haverá o


“julgamento” (tendo como parâmetro as “Leis” da Torah) dos “vivos” e dos
“mortos”. É a “seleção” para ver “quem sobe”, “quem fica” e “quem desce”. Além
disso os demônios” e o “maligno” também serão julgados. Não vai haver lugar para
se esconder em nenhum lugar da criação, nenhum dos céus, nem “aqui”, nem
“acima” e nem “abaixo”.

P134. “Quem” o “anjo de YHWH” está profetizando em Zc 3,9-10?

Zc 3,10 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, cada um de vós convidará o
seu próximo para debaixo da videira e para debaixo da figueira. (ACF)

* A resposta está escrita: O “anjo de YHWH” está profetizando o “SENHOR dos


elementos”, que é Elohim, o “Criador dos céus e da terra”.

P135. Qual é a “mensagem final” desta “visão” do profeta Zacarias em Zc 3,1-


10?

* A mensagem final é que o “reino na terra”, também chamado de “reino de


Elohim”, que foi corrompido após a queda de Adão vai ser restaurado e vamos ter
1.000 anos de reinado do “Reino de Elohim”, governado pelo “Messias Jesus”,
quando:

Zc 3,10 ... “cada um de vós convidará o seu próximo” “para debaixo da videira” e
“para debaixo da figueira”.

* A “videira” e a “figueira” têm conotações metafísicas na estrutura das Escrituras.


Elas representam períodos de “paz (Shalom)”. E são amplamente citadas no
Tanach (AT) e no NT.
* Citações “simultâneas” dos dois termos:

1Rs 4,25 E Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo da sua videira, e
debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão. (ACF)

Mq 4,4 Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua


figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do SENHOR dos Exércitos o
disse. (ACF)
Ag 2,19 Porventura há ainda semente no celeiro? Além disso a videira, a figueira, a
romeira, a oliveira, não têm dado os seus frutos; mas desde este dia vos abençoarei."
(ACF)

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Zc 3,10 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, cada um de vós convidará o seu
próximo para debaixo da videira e para debaixo da figueira. (ACF)

Hc 3,17 Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda
que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento;
ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;
18 Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha
salvação. (ACF)

Tg 3,12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira


figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce. (ACF)

P136. Quais são as “relações” entre a “profecia de Zc 3,1-10” e a “parábola do


rico e de Lázaro em Lc 16,19-31”?

a. Ambos os relatos ocorrem no Sheol.

b. Os personagens são diferentes, entretanto o “rico” e o “Cohen Josué” praticaram


ilícitos contra a Torah, sendo “ambos” “judeus, filhos de Abraão, Isaque e Jacó”
respectivamente.

c. Ambos são “almas” desencarnadas e receberam “visitação” sobrenatural.

d. O “Cohen HaGadol Josué” recebeu a “visita” do “anjo de YHWH”, e este


“profetizou” e promoveu uma restauração do “sacerdócio araônico” para ele, e lhe
foi “outorgado” “poder e autoridade” para executar o “serviço religioso” no Sheol.

e. O “rico” recebeu a “visita” do “Patriarca Abraão”. Entretanto para que isso fosse
possível, ele, o “rico”, ou melhor, a sua “alma”, se “arrependeu” de seus “ilícitos
praticados” enquanto “vivo”, principalmente de não ter praticado a “tsedacá”.

f. Tanto “Lázaro” como o “Cohen Josué” não emitem uma só palavra, ficam mudos,
e ambos têm a sua “dignidade restaurada”, mesmo como “alma” desencarnada.
“Lázaro” enquanto “vivo” era mendigo, passava fome e tinha úlceras expostas e
morreu como indigente; no Sheol ele teve “refrigério e consolo”.

O “Cohen HaGadol Josué” enquanto vivo tinha o “serviço religioso” como


“profissão”, não se pode afirmar que ele era mendigo e passava fome, entretanto
“praticou iniqüidade”, e tendo “morrido” sua “alma” foi transportada para o Sheol.
Entretanto Elohim “restaurou o seu sacerdócio” e o “promoveu” a ser o “Cohen
HaGadol” (“Sumo Sacerdote”) no Sheol, e portanto tinha os “cohamin”
(“sacerdotes”) sob seu comando.

g. O objetivo do “rico” é fazer a “teshuvá”. Entretanto ele chegou neste processo


através do “serviço religioso” do “Cohen HaGadol Josué”. Sem o “serviço” dele
jamais a “alma” do “rico” “arrepender-se-ia” no Sheol de alguma coisa e procuraria
executar o processo para se chegar a “teshuvá”.

h. A “alma” do “rico” também teve acesso a “Moisés e os Profetas” através do


“Cohen HaGadol Josué”.

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i. A “alma” do “rico” conseguiu completar a “teshuvá”. Pela lógica ele aguardou a
“visitação” do “RENOVO”, o “Filho de YHWH” para poder “retornar” no mesmo
“corpo físico” cumprindo a profecia de Ez 37,1ss.

j. Passado “tempo terrestre” não igual ao “tempo do Sheol”, entre os eventos das
duas citações, é possível que todos os seus irmãos também já tivessem “mortos” os
seus “corpos físicos”.

k. Na “primeira vinda do Messias” houveram “pessoas ressuscitadas” nos


próprios corpos físicos que possuíam entanto “vivos”, elas foram vistas circulando
por Jerusalém, após a “Ressurreição do Messias Jesus”. Entretanto o paradeiro
destas “pessoas” é incerto, não há relatos. É possível que estas “pessoas”
“morreram” novamente e suas “almas” “assumiram” um “novo corpo espiritual”,
“subiram”, e foram levadas para a Nova Jerusalém.

l. A única pessoa que “subiu” para a Nova Jerusalém “no próprio corpo humano”
“vivo” foi o Messias Jesus. Ele foi o “único que jamais cometeu algum delito
contra a Torah”, portanto não houve necessidade de trocar seu “corpo físico” para
um “corpo espiritual incorruptível”. Devidos a seus méritos de tsadic seu corpo
tornou-se incorruptível.

P137. Como será o “reino de Elohim na terra”?

* Em poucas palavras e sem detalhes daqui para à frente, como “VISÃO DE


FICÇÃO”:

* Já está quase tudo profetizado, Is 11,1ss, 61,1ss são bons exemplos.

* Em tese ele vai durar 1.000 anos terrestres, como pode durar 1.000 anos
celestiais, que é astronomicamente maior do que o milênio terrestre. Este período é
chamado de “Milênio”.

* Vai haver oposição ao governo do Messias Jesus, ele mesmo profetizou isto. Vão
existir “inimigos” do “reino de Elohim”.

* As “almas” que tiverem sido “resgatas”, que assumiram um novo “corpo


espiritual” e foram “transportadas” para a Jerusalém Celestial não irão
“reencarnar” em novos “corpos físicos” no universo. O objetivo da criação é
“subir” e não de “descer”! Vão aguardar lá mesmo a “subida” dos “irmãos e
irmãs” que ainda estiverem no “interior da criação”. Eles terão muita coisa para
fazer na Jerusalém Celestial, não é lugar de “ócio”!

* O Messias Jesus tem o seu “grupo de Estado” para “auxiliá-lo no governo”. Pode
ser composto de pessoas “vivas” em “corpo físico”, “terrestres” e
“extraterrestres”, e outros que estão habitando na Jerusalém Celestial em “corpo
espiritual”. Este grupo é restrito; e eu que redijo, não tenho a “lista dos
ministeriáveis”, Ele tem!

* Entretanto quem ficar na Terra, e no universo e “manter-se fiel e praticante da


Torah” “não vai morrer”, vai “durar” o “milênio” e já estará apto para a “próxima

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fase da criação”. A segunda, terceira, quarta,... chances vão ocorrer até a pessoa
completar 120 anos terrestres; e depois “morre” e sua “alma” pode ser
“enclausurada” no “Sheol ou no Tártaro ou na Geena”. E aguardará o “Segundo
Julgamento” (Ap 21,11-15) perante o “grande trono branco”.

* Vãos “nascer novas pessoas” em “carne e osso” neste regime de governo milenar.
Entretanto não são de “almas desencarnadas”. As “almas” que “encarnam” “vêm”
de “outro lugar”!

* O “Milênio” é um “evento universal”, não apenas restrito ao “planeta Terra”.


“anjos” em “carne e osso” virão também para o “planeta Terra”, haverá livre
trânsito. Eles estarão também submissos ao governo do Messias Jesus em
prepararão para a próxima fase da criação.

* Neste período, assim como você está fazendo agora, “guardar, estudar e praticar
a Torah e ensiná-la” vai ocupar boa parte do tempo. O acesso a tecnologia vai ser
amplo, inclusive “tecnologia extraterrestre” trazida pelos “anjos”. Mesmo Salomão
já tinha acesso a ela, como por exemplo: os seus “Vimanas”.

* Novas formas de se obter “energia” de forma limpa e barata, já conhecidas e não


utilizadas estarão amplamente disponíveis, como a ZPE (Zero Point Energy -
Energia do Ponto Zero) e novos “dispositivos de conversão” serão produzidos.

* Em resumo: é o “Paraíso” terrestre e universal restaurado. Entretanto a


“oposição” na Terra e extraterrestre não vai gostar disto!

* Os “lideres ou emissários” das “Nações” “terrestres” e “extraterrestres” que


forem fiéis “virão” anualmente à “Jerusalém Terrestre”, que “pousará” “vinda do
céu” sobre “Monte do Templo”.
* O motivo da “visita” será para “prestar contas”. Quem não “vier” não receberá
“água” (“Torah” ou “Or”), e seu fim já estará decretado.

* Passados os “mil anos”, “virá” a “nova fase” da “criação”, antecedida por Ap


20,11-15.
* Agora, com a “criação purificada” ocorrerá o fim dos “céus e da terra”.

P138. E agora José?

* E agora é que “quem subir” assumirá um “novo corpo espiritual”, deixará o seu
“corpo de carne”, de “matéria corruptível”, “aqui na terra”, vai ser “rapidinho” e
“não vai doer nada”, “vai ser como um piscar de olhos” e pronto!! Ufa!! Então
será “transportado” para a Jerusalém Celestial. A Jerusalém que “desceu do
céu” também irá “subir”, bem como o “Messias Jesus” e seus “ministros”.

P139. Mas não acabou ainda?


Não, ainda não!

* Com a Jerusalém Celestial abastecida com todos os filhos de YHWH


provenientes da criação ocorrerá o “evento final”!

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* Agora estamos nos versículos finais do livro do Apocalipse, este aí que está
aberto ao seu lado! Então vamos acompanhar passo a passo:

P140. Qual a diferença entre “Reino de Deus” e “Reino dos Céus”?

* A diferença é que são diferentes.


* O “Reino de Deus” é o “Reino de Elohim”, e fica aqui na “terra”, e está
circunscrito ao interior do universo, de todas as suas constelações e diversificada
população.
* O “Reino de Elohim” será governado pelo Messias Jesus da “Jerusalém
terrestre para todo o universo”.
* O termo “terra” não é o “planeta Terra” e sim a “matéria”, que se estende por
todo o universo:

Sl 2,8 Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por


tua possessão. (ACF)

* O “Reino dos Céus” não é aqui no “planeta Terra” e nem no “céu” onde estão as
estrelas e galáxias. O “Reino dos Céus” fica “fora da criação”, e “o reino inteiro
dos céus é a Jerusalém Celestial”, e ela é muito grande, mesmo se tomarmos
medidas astronômicas.

* Quando “Jesus” fala que “seu reino não é deste mundo”, é deste “reino” que ele
está afirmando:

Jo 18,36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse
deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus;
mas agora o meu reino não é daqui. (ACF)

Tg 2,5 Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste
mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o
amam? (ACF)

P141. Em Ap 22,17 Qual é o “Espírito”, é o “do Pai”, ou é o “do Filho”?

Ap 22,17 E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem
tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.

* É o “Espírito de Elohim” que foi nos outorgado em Jo 16,1-24. Ele é o “Terceiro


Messias”, e ficará conosco até o “final dos tempos” e “subirá junto” com os que
subirem para a Jerusalém Celestial.

P142. O “Terceiro Messias”?

* O primeiro “Messias” “veio” na época do “rei Salomão”, foi chamado de


“Sabedoria” ou “Sophia”; na realidade não é “Ele”, é “Ela”, é a “El Shaddai”, a “face
feminina” de “Elohim”, e “Ela” mesmo é a “Shechiná”. Como Salomão arrependeu-
se de tê-la traído e dEla tê-lo abandonado!! E “Ela” “retornou” para o seu posto!!

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* O “Segundo Messias” “veio” na época do “Messias Jesus”, e o “corpo humano”
do “Messias Jesus” é o próprio “corpo humano do Segundo Messias”. Ele é
conhecido como “El Elyon”, a “face masculina de Elohim”. Sua “missão” foi um
sucesso!! Passo a passo um sucesso!! Sem falhas!!

* O “Terceiro Messias” só pôde “descer” quando o “Segundo” retornou ao seu


posto!! Ele é conhecido como “Ruach Elohim”, e tenha certeza, dia após dia,
segundo após segundo “sua missão” está sendo cumprida, mesmo com os tropeços
da humanidade e ataques do “hará” (“mal”):

Jo 16,8 E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do


juízo. (ACF)
Jo 16,13 Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda
a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e
vos anunciará o que há de vir. (ACF)
Jo 16,14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de
anunciar. (ACF)

P143. “Quem” ou o “Que” é a “Esposa”?

* Não é a “igreja” a,b,c,d,e,f... Não é “a minha”, “a sua”, “a daquele outro”, ou “o


judaísmo”, ou “o cristianismo”, ou outros “ismos”. Não é isto não!!

* A “Esposa” são as “almas” das pessoas que receberam “Elohim em forma


humana”, e tem o “Ruach YHWH” habitando dentro de seu “corpo físico”. São
aquelas pessoas que foram “justificadas pela fé”. Para começar, os “tsadikim”
(justos): homens, mulheres e crianças.
* Também pertencem à “Esposa” as “almas” que se encontram “encarceradas” no
Sheol e fizeram a sua “teshuvá”. Além disto, as “hierarquias angelicais” que
permanecem “fiéis” a Elohim: “anjo de Elohim”, “anjo de YHWH” e “anjo em
carne e osso”.
* A “Esposa” enquanto no “universo material”, ou nos “céus” acima, e
imediatamente abaixo, encontra-se “dispersa”, entretanto quando ela “subir” por
completo, será apenas uma, “apenas Echad”. Existe “apenas uma Esposa” e esta
“habitará na Jerusalém Celestial”.

* A “Esposa” “sobe” para a Jerusalém Celestial.


“O “Espírito” “sobe” junto com a “Esposa” para a Jerusalém Celestial.

P145. A Jerusalém Celestial é “rastreável” no “céu do universo” através de


possantes e secretos “telescópios”?

* Não, a Jerusalém Celestial é um “edifício” que foi construído “desde a fundação


do mundo”, e se encontra “fora do universo” e “acima de todos os céus
existentes”. É a “Casa” construída por Elohim para que seu Pai (YHWH) habite
nela, e “ela não foi construído por mãos humanas”.

* O Messias Jesus é o “Rosh” dela, e Ele mora no “topo do Edifício”. E como cresce
este edifício! Segundo por segundo terrestre ele cresce, entretanto ele “cresce de
cima para baixo”, é ao contrário de uma edificação feita por mãos humanas, que
cresce de baixo para cima! E, olha está tudo profetizado e escrito!!

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P146. Ap 22,17 ...“O Espírito e a esposa dizem: Vem”; “dizem” “Vem” para
“Quem”?

Is 66,1 ASSIM diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos
meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso?
(ACF)

* O “Espírito” e a “Esposa” dizem “juntas” (pois estão em concordância): “Vem”


para “YHWH (o Pai)”: “Vem Pai”, “entra” no “Seu Descanso”; que está preparado
desde a fundação do mundo (a criação dos céus). “Nós” já estamos aqui!!

* Entretanto, outros eventos ocorreram antes disto, a “criação” atual tem que “ser
encerrada”, a “emissão perpétua” da “Torah e da Or” vai ser “encerrada”, vai
ocorrer a “entropia dos céus”, o “firmamento” de Gn 1,6 “vai se romper”, vai se
desmanchar, os “céus” vão se misturar, vai ocorrer o “desarranjo dos elementos”,
Os “átomos” e componentes que o compõe vão dissolver, a rigidez das paredes dos
“planos do Sheol” vão trincar e quebrar, as “retas do Tártaro” vão empenar e
quebrar, os “pontos da Geena” vão se romper e contrair... É o fim!! Tdo vai
implodir!!

* Acabou e não sobrou nada, nem “ninguém”, nem “almas”, nem “corpos
espirituais; os sóis fundiram, formaram “anãs marrons”, e estas estrelas
explodiram, a “desordem na criação” ocorreu, e tudo foi se contraindo e se
apertando e encolhendo, como um tapete enrolando, e no final, o próprio tapete
“implodiu”, e a criação e tudo e todos que ficaram dentro nela acabaram.

Is 42,5 Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou
a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o
espírito aos que andam nela. (ACF)

2Pe 3,10 Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus
passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a
terra, e as obras que nela há, se queimarão.
11 Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em
santo trato, e piedade,
12 Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus,
em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? (ACF)

* E sobrou única e exclusivamente a reluzente e brilhante e Jerusalém Celestial,


então, “Vem” “Pai”!! Entra aqui!!

P148. Entrou mais “Alguém” na “Jerusalém celestial” “antes” do “Pai”?

Is 48,13 Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a
palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos. (ACF)

Is 37,17 Inclina, ó SENHOR, o teu ouvido, e ouve; abre, SENHOR, os teus olhos, e
vê; e ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar o
Deus vivo." (ACF)

Marcos A. Zampero 62
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* Elohim têm (no plural): “Mão”, “Destra”, “Braço”, “Olhos”, “Boca” e “Ouvido”.

P149. A clássica pergunta: “é literal”?

Não, não é literal, é metafísico!

* “El Shaddai” é a “Mão” e o “Ouvido” de Elohim.


* “El Elyon” é a “Destra” e a “Boca” de Elohim.
* “Ruach Elohim” é o “Braço” e os “Olhos” de Elohim.

* Portanto “ocorreram” “três manifestações” de “Elohim”:


a. “El Shaddai”
b. “El Elyon”
c. “Ruach Elohim”

P149. “El Shaddai”, “El Elyon” e “Ruach Elohim” são três pessoas diferentes uma
da outra?
* A resposta é: Sim!!

* Entretanto elas estão em “Unidade Lógica” simultaneamente com “Elohim”, a


“Ruach YHWH” e o próprio “YHWH (o Pai)”.

* Eles todos são Echad (UM)!!

P150. “Quem” o “profeta Isaías” está “profetizando” em Is 48,13 e em que


momento da criação isto acontece?

Is 48,13 Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a
palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos. (ACF)

Is 48,13 Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra estendeu os céus;
quando eu os chamar, eles se apresentarão juntos. (ARA)

Is 48,13 Mi mano fundó también la tierra, y mi mano derecha midió los cielos con el
palmo; al llamarlos yo, comparecieron juntamente. (RVG)

Is 48,13 Mi mano fundó también la tierra, y mi mano derecha midió los cielo con el
palmo; en llamándolos yo, parecieron juntamente. (SRV)

* A “Mão” e a “Destra” pertencem a Elohim; portanto foi “Elohim” “Quem” os


“chamou de volta”. Portanto o profeta Isaías está profetizando Elohim em Is
48,13.

* Elohim aponta para o “futuro”: “eu os chamarei”.


* E a “Mão” e a “Destra” estão “operacionais” na criação.

* Entretanto este “futuro” torna-se “presente” quando a “criação” estiver sendo


“encerrada”, no “instante anterior” ao “colapso estrutural” da “criação”.
* Este “futuro” torna-se “presente” quando o “Espírito e a Esposa” já estão
“embarcados” na Jerusalém Celestial.

Marcos A. Zampero 63
3/11/2013 – rev. 24.0
P151. Por que Elohim não “chama de volta” também o seu “Braço” em Is 48,13, e
Ele “chama” mais “alguém”?

* Elohim não chama o seu “Braço” que é o seu “Espírito”: “Ruach Elohim” porque
ela já está “embarcada” na Jerusalém Celestial, Ela “subiu” com a “Esposa”. É
“lógica”: Ele não vai chamar quem já está lá dentro, afinal, são os seus “Olhos”!!

* Elohim também “chama de volta” todos os “anjos de Elohim” e todos os “anjos


de YHWH”. Eles assumem novos “corpos espirituais”.

*Os “anjos” que têm “corpos físicos” no universo entram com o “Espírito” e a
“Esposa”. Eles assumem novos “corpos espirituais”.

P152. E “YHWH (o Pai)” não vai chamar de volta o Seu “Espírito”: “Ruach YHWH”?

* A “Ruach YHWH” subiu dentro da “Esposa”, “habitando no interior” “de cada


um dos seus participantes”, e quem ficou no interior da criação não tem a “Ruach
YHWH” habitando dentro de si.

P153. O que significa: Ap 22,17 “E quem ouve, diga: Vem”

* No literal: Quem está lá dentro da Jerusalém Celestial participa do “coro” maior


do que milhões de milhões de vozes: “Vem”!!

P154. Em que “língua” está sendo falada o “Vem”?

* O “som” emitido pela “voz” precisa do “ar” para se propagar, mesmo em pouca
distância. O “ar” é composto por um conjunto de gases, e sem ele a “voz” não sai da
garganta, nem existe respiração e não existe nenhuma língua “falada”.

* As “pessoas” e “almas” que “subiram” para a Jerusalém Celestial assumiram


cada uma um “corpo espiritual” compatível com as “condições ambientais” do
interior da Jerusalém Celestial.
* Não está especificado de que é “composto” o “ambiente” da Jerusalém Celestial,
se é que existe “ambiente”.
* O “ambiente” é compatível com o “dono da Casa” e de “Seus Construtores”,
portanto pode não ser igual ao ambiente do planeta Terra ou de outros planetas.
* A Jerusalém Celestial já sendo habitada há muito tempo terrestre, e é possível
que a “língua que se fala lá” seja a “mesma língua” que Elohim fala com seu Pai
YHWH. E pode não ser o sumeriano, o acadiano, o caldeu, o hebraico, o grego, o
latim, ou uma língua moderna. Pode também não ser a “linguagem dos anjos”, pois
existe mais do que uma.

* É possível que a “Esposa” também tenha recebido a “nova língua” quando os seus
integrantes assumiram o novo “corpo espiritual”.

Sf 3,9 Porque então darei uma linguagem pura aos povos, para que todos
invoquem o nome do SENHOR, para que o sirvam com um mesmo consenso. (AC
2007)

Marcos A. Zampero 64
3/11/2013 – rev. 24.0
Sf 3,9 “For then I shall turn unto the peoples a clean lip1, so that they all call on
the Name of ‫ יהוה‬, to serve Him with one shoulder. (Footnote: 1 Or language.) (The
Scriptures 1998+).

* É possível e bem provável que “o coro” do “Vem”!! Será na linguagem que Elohim
fala com seu Pai YHWH.

* Entretanto aqui na Terra, não é porque se está falando em uma língua, em uma
tradução ou outra, que Elohim e YHWH não entendam!!

P155. O que significa Ap 22,17 “E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome
de graça da água da vida.”?

* No literal: A “água” é a Torah, que é “luz” do tipo “Or”. E cada um poderá “beber”
e se alimentar “gratuitamente”.

* É interessante ressaltar que a Torah deixará de fluir na direção e sentido da


criação, e agora fluirá de dentro para fora da Jerusalém Celestial, pois ali estará
habitando YHWH com os seus Filhos, e o “Cordeiro” será a sua “lâmpada” como
já analisamos anteriormente na pergunta P40.

P156. “Quem” está falando e a “quem” é dirigida a advertência de Ap 22,18?

Ap 22,18 Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste
livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as
pragas que estão escritas neste livro; (ACF)
Ap 22,19 E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus
tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas
neste livro. (ACF)

* Existe uma citação semelhante na Torah:

Dt 4,2 Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela,
para que guardeis os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que eu vos mando.
(ACF)

* Em Ap 22,8 está escrito:

Ap 22,8 E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e
visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. (ACF)

Ap 22,16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas
igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã. (ACF)

* O texto afirma que é “João” quem viu e ouviu, e provavelmente não redigiu,
entretanto ditou os originais do livro.
* Quem as mostrou foi o “anjo”. Não existe referência clara para identificar a qual
“classe de anjo” pertence este “anjo”.
* As “advertências” primeiramente são dirigidas para os “copistas”, “tradutores”,
“editores” e finalmente para os “leitores”.

Marcos A. Zampero 65
3/11/2013 – rev. 24.0
* Segundo Ap 22,16 o “anjo” está profetizando a “Jesus”.

P156. “Qual” “Jesus” a citação de Ap 22,16 está se referindo?

* Se tomarmos o literal do início da profecia:

Ap 1,1 REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus
servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as
notificou a João seu servo; (ACF)

* Pela sequência: O “anjo” está profetizando a “Jesus Cristo”, portanto ele está
profetizando a “Yeshua HaMashiach”, ou seja, ele está profetizando a “Elohim”.

* E quem “deu” a “REVELAÇÃO” a “Jesus Cristo” foi “Deus”. Entretanto “Jesus


Cristo” é “Deus (Elohim)”, então é provável e possível que este “Deus” que
“revelou” a Elohim é “YHWH (o Pai)”.
* Hierarquicamente Elohim está submisso a YHWH (o Pai). Elohim é obediente
ao Seu Pai YHWH.

* Pois no NT o termo “Deus” é um “termo genérico para divindade” e pode


significar: YHWH, Elohim, El Shaddai, El Elyon, Ruach Elohim, Ruach YHWH e
Espírito Santo...

P157. As “traduções e versões” do texto do livro de Apocalipse estão


“corrompidas”, existem enxertos e variações?

* Infelizmente sim.

* Um exemplo claro são as citações que contenham a expressão: “Deus Todo


Poderoso”, dificilmente se encontra uma tradução igual à outra. Se todas se
apresentam como a “Palavra de Deus”, então estão corrompidas em detrimento da
“Palavra de YHWH”.

* Se for aplicada a “teoria do domínio do fato”, todos os “copistas”, “tradutores”,


“editores” e os “leitores” estão condenados às penas prescritas.

P159. “Quem” o “anjo” está profetizando em Ap 22,20?

Ap 22,20 Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém.
Ora vem, Senhor Jesus. (ACF)

* O “anjo” está profetizando “Quem” “recebeu o chamado para entrar”: “Vem!!”

* Quem vai entrar no “Descanso” é YHWH como Ele é em si mesmo: YHWH (o


Pai).

* Portanto o “anjo” está profetizando: ‫יהוה‬

P160. “Quem” diz “Ora vem, Senhor Jesus!” em Ap 22,20?

Marcos A. Zampero 66
3/11/2013 – rev. 24.0
* “Quem” “diz” não está no singular, é no plural, é um “coro”:

a. “Elohim”
b. “Ruach YHWH”.
c. “YHWH Elohim”.
d. “El Shaddai”.
e. “El Elyon”.
f. “Ruach Elohim”.
g. “Mashiach Yeshua”.
h. “Anjos de YHWH”.
i. “Anjos de Elohim”.
j. “A Esposa”

P161. O que significa em Ap 22,20 “Ora vem, Senhor Jesus”

* Significa que o “SENHOR Jesus” ou “ ‫יהוה‬Yeshua ” no NT é o ‫( יהוה‬o Pai).

* O “coro” “clama uníssono”: Ora vem, ‫יהוה‬Yeshua!!


* (Na língua dEle)!!

P162. “Quem” pronuncia e “qual” é o objetivo de Ap 22,21?

* Quem pronuncia é “João” o que “recebeu a missão” de “transmitir a


informação”.

* O “Objetivo” é a “benção final”, para os que conseguiram chegar até o fim da


leitura e estudo do “livro do Apocalipse”.

Ap 22,21 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. (ACF)

Ap 22,21 A graça de nosso ‫יהוה‬Yeshua HaMashiach seja com todos vós.

P163. Quem pronuncia o “Amén” final?

* É você que está lendo!!

Amén.

Marcos A. Zampero 67
3/11/2013 – rev. 24.0
D. Bibliografia
(** em ordem aleatória)

D1. Bíblias impressas:

a. ACF. SBT, 1995.


b. ARA, Bíblia de Estudo. SBB, 2003.
c. TEB, Bíblia de Estudo. Loyola, 1994.
d. Bíblia de Jerusalém, Bíblia de Estudo. Paulus, 2002.
e. STERN, David. NT Judaico, São Paulo, Ed. Vida, 2008.
f. Bíblia Hebraica. Ed. Sêfer, 2006.
g. Torá, a Lei de Moisés. Melamed, Meir Matzliah, Ed. Sêfer, 2001.

D2. Bíblia online:

www.biblecc.com

D3. Enciclopédia:

www.google.com.br

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

D4. Bíblias digitais:

a. e-Sword – http://www.e-sword.net/
b. ACF2007 – http://www.blasterbit.com/blasterbit/site/index.php
c. Watchtower Libray 2001
d. the Word – http://www.theword.net/
e. NVI – http://www.monergismo.com/textos/livros/biblia_pdf_nvi.htm

D5. Livros impressos:

a. CORDOVERO, Moshe. Tamareira de Devorá, São Paulo, Ed. Sêfer, 2004.


b. ANDRADE, Aíla Luzia Pinheiro de. Eis que Faço Novas Todas as Coisas, São
Paulo, Paulinas, 2012.
c. DIESENDRUCK, Rabino Menachem. Sermões, São Paulo, Perspectiva, 1978.
d. ASHERI, Michel. O Judaísmo vivo, Rio de Janeiro, IMAGO, 1995.
e. BUNIM, Irving M. A Ética do Sinai: Ensinamentos dos Sábios do Talmud, São
Paulo, Ed. Sêfer, 1998.
f. SHNEERSON, Menachem Mendel. Discursos Chassidicos, São Paulo, Maayanot,
1996.
g. AVINER, Rabino Shlomo. Mulheres da Bíblia, São Paulo, Ed. Sêfer, 2004
h. FRANKIEL, Tamara. A Voz de Sara, São Paulo, Maayanot, 2000.

Marcos A. Zampero 68
3/11/2013 – rev. 24.0
i. WINEBERG, Rabino Yousef. Likutei Amarim TANYA, Rio de Janeiro, Ed. Beit
Lubavitch, 2008.

Marcos A. Zampero 69
3/11/2013 – rev. 24.0

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