A Parábola Do Semeador

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• A PARÁBOLA DO SEMEADOR


• CONCEITO DE PARÁBOLA: O termo parábola significa
literalmente comparação. É fazer uma comparação. Os dois
elementos linguísticos que originam o termo (para + ballo)
significam colocar junto; colocar lado a lado; colocar uma coisa ao
lado de outra para fins de comparação.
• A parábola é uma comparação extraída da natureza ou da vida diária
destinada a esclarecer verdades da esfera espiritual. Ela por um lado
oculta o ensino, e por outro revela-o, dependendo isso do tipo de
ouvinte (Mt 13:11-16; Mc 4:11-12; Lc 8:10-11). Para os indiferentes e
refratários a Deus e suas coisas, a parábola é apenas uma história, um
relato de fatos reais ou possíveis. Para os espirituais e sequiosos da
verdade, ela revela os mistérios do reino dos céus no seu aspecto atual
(Mt 13:3-53).
• No Novo Testamento somente Jesus ensinou através de parábolas. Um
terço do seu ministério de ensino consiste de parábolas (Ver Mc 4:34 e
Mt).

• A PARÁBOLA DO SEMEADOR

• TEXTO ÁUREO: "Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires
a tua mão" (Ec. 11:6).

• “Plante de manhã a sua semente, e mesmo ao entardecer não deixe as
suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou
aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas.” Eclesiastes 11:6
- NVI

• VERDADE PRÁTICA: A eficácia da Palavra de Deus nas pessoas depende
muito do modo pelo qual é recebida.


• TEXTO BÍBLICO BÁSICO: (Mateus 13:1-9)

• 1. Tendo Jesus saído de casa, naquele dia, estava assentado junto ao
mar;
2. E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num
barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.
3. E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o
semeador saiu a semear.
4. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e
vieram as aves, e comeram-na;
5. E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo
nasceu, porque não tinha terra funda;
6. Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.
7. E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na.
8. E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e
outro a trinta.
9. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

COMENTÁRIO

PREFÁCIO

Jesus muito ensinou mediante parábolas, do início ao fim do seu ministério.


Não se sabe ao certo quantas ele proferiu. Os evangelhos registram um bom
número delas. O número varia entre os eruditos, porque muitos contam como
parábolas declarações figurativas, símiles e metáforas ampliadas.

O Salmo 78.2 predisse este tipo de ensino por Jesus e o Novo Testamento
registra o cumprimento da predição, em Mateus 13:35.

A parábola do Semeador, bem como a do Trigo e a do Joio, foram interpretadas


pelo próprio Senhor Jesus, mostrando assim como devem ser interpretadas as
parábolas.

A parábola do Semeador relata com exatidão a humanidade através dos


tempos.

I - O SEMEADOR DA BOA SEMENTE

1. O Semeador (v.3): Representa o Filho de Deus, mas por extensão, também


todos aqueles que semeiam a sua Palavra. Ao interpretar esta parábola, Jesus
explicou este ponto (Mt 13:37). "Saiu a semear", em Marcos 4:14, Jesus ao
interpretar a parábola, explicou: "o que semeia, semeia a palavra". Assim faz
hoje o bom semeador. Ele não somente lê, escuta, conhece, examina, crê,
defende e discute a Palavra; ele a semeia. Não perde tempo discutindo religião,
direitos humanos, suas próprias ideias e opiniões; ele semeia a Palavra por
todos os meios ao seu alcance, sabendo que "Aquele que leva a preciosa
semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo
consigo os seus molhos" (Sl 126:6).
2. O Zelo do Semeador: O semeador da Palavra deve ser diligente e constante
no seu trabalho. Diz-nos que Jesus proferiu esta parábola "naquele dia"; isto é,
no mesmo dia atarefado do cap. 12 de Mateus. Certamente esta parábola foi
proferida já à tarde. Tudo isso nos ensina a semear diligentemente enquanto é
dia; enquanto temos tempo.

II - A BOA SEMENTE

"Uma parte da semente". Em Lucas 8:11, quando Jesus expunha a mesma


parábola, mostrou que a semente representa a Palavra de Deus. A semente
natural já é um milagre. Ali dentro está uma partícula de vida, e tudo mais que
a futura planta ou árvore vai produzir: caule, galhos, folhas, flores, frutos. Tudo
está ali em miniatura. A semente sendo de boa qualidade, plantada na época
adequada, havendo condições climáticas ideais, e num bom terreno, por certo
dará o seu abundante fruto. Conforme temos em Gn 1:11,12, o fruto é
produzido de acordo com o tipo de semente. Se tu semeares tuas próprias
idéias, a tua própria imagem, estará semeando palha, que não tem peso, nem
vida, e então cumprir-sé-á. (Gl 6:7,8; Jó 4:8).

III - OS DIFERENTES TERRENOS

Há apenas uma classe de semeadores e um tipo de semente, mas os terrenos


são de variados tipos. Esses terrenos falam dos vários modos como o
Evangelho é recebido nos corações. O número é muito expressivo porque 4 é o
número simbólico da terra. De onde Jesus estava no barco, de costa para o mar,
e de frente para a multidão em terra, é bem possível que ele estivesse vendo à
distância o semeador semeando a sua semente. Jesus era sobremaneira prático
e objetivo nos seus ensinos.

1. O terreno duro (vv. 4,5): "Uma parte da semente caiu ao pé do caminho".


Caminhos do campo, cujo leito foi calcado durante séculos por homens e
animais. Duro como pedra. Nele o arado não trabalhou, nem a chuva o
amoleceu. A semente não pôde penetrar nele por causa da sua dureza. São os
que fecham o coração por causa da Palavra de Deus e o pecado se encarrega do
seu endurecimento (Hb 3:13):

a) A semente foi pisada (Lc 8:5). Além do terreno ser duro, a semente ainda foi
pisada. O Endurecimento também vem pela não compreensão da Palavra (Mt
13:19). Por sua vez, o pecador não a compreende porque não abre o seu
coração à verdade. O próprio crente pode endurecer como o terreno à beira do
caminho, a menos que esteja sempre aberto à Palavra de Deus e disposto a
obedecer ao Senhor. O crente do tipo "terreno de beira de caminho", é
irreverente com as coisas santas do Senhor, inclusive a mensagem da sua
Palavra, a ponto de se tornar indiferente, e sem qualquer sinal de vida, a não
ser quando enfrenta aperto, mas a seguir volta aos seus caminhos tortuosos.
b) As aves comeram a semente (Mt 13:4). Jesus ao interpretar a parábola disse
que essas "aves", são o maligno arrebatando a Palavra semeada, mas não
aceita. Ver Mt 13:19; Mc 4:15; Lc 8:12; Ef 2:2. Se a Palavra não encontra
acolhida em nosso coração, os emissários de Satanás encontrarão um jeito de
retirá-la. Devemos pois guardá-la em nosso coração para amá-la, e, em nossa
mente, para compreendê-la (Hb 10:16; Sl 119:11). Este primeiro terreno
mostra que muitos não aceitam a Palavra.

2. O Terreno raso (vv. 5,6):

a) "Não havia terra bastante" (v.5). A plantinha não tinha como aprofundar as
raízes. São aqueles que crêem apenas com os sentidos, superficialmente,
seguem a Cristo enquanto estão comovidos, e quando cessa a emoção, acaba
tudo. A operação não desce às profundezas da alma e do espírito. A Palavra de
Deus precisa ir além da fronteira da mente e das emoções e alcançar as
profundezas do homem interior. É aí que ela atinge a nossa vontade e
transforma a nossa vida e nossa natureza, não somente no momento da nossa
conversão, mas continuamente, como está escrito em 2 Co 3:18 e Ef 4:13.

b) Os pedregais "caiu em pedregais" (v.5). O pior é que o terreno raso aqui


descrito tenha rocha por baixo, oculta. Há crentes que superficialmente
mostram uma coisa, mas interiormente são outra. As pedras escondidas eram
muitas (pedregais), mas a terra boa, visível, era pouca.

c) Veio o sol (v.6). Não tendo a planta raiz profunda para resistir a estiagem,
secou-se quando o sol brilhou forte. Jesus refere-se aqui às provações,
perseguições, tribulações da vida, que todo crente experimenta (Mt 13:21; Mc
4:17; Lc 8:13). O "terreno raso" nos ensina que muitos aceitam a verdade, mas
não permanecem firmes, não se aprofundam na fé, no batismo com o Espírito
Santo, nos dons espirituais, na vida cristã profunda e madura. Notemos que a
planta "queimou-se e secou-se" (v.6) não primeiramente ao calor do sol, mas
por não ter raiz.
Qual a profundidade da fé, da experiência e da doutrina, dos nossos alunos e
professores da Escola Dominical?

3. O terreno ocupado (v.7): "Caiu entre espinhos". Este terreno estava ocupado
com espinhos. A semente foi bem plantada, mas o terreno não foi bem cuidado,
e as ervas daninhas e espinhos por fim sufocaram a planta, deixando-a
improdutiva. Esses espinhos são as preocupações deste mundo, o engano das
riquezas e os prazeres da vida (Mt 13:22; Mc 4:19; Lc 8:14). Aqui temos os
crentes mistos, com coração dividido entre Deus e as coisas deste mundo.
Persistem em querer agradar a Deus e ao mundo. Estão tão ocupados que não
têm tempo para buscar lá de cima. A sua vida espiritual fica sufocada pelas
coisas materiais. A sedução das riquezas (v.22), constitui um grande
empecilho. Este é um dos espinhos asfixiadores.
Jesus não falou em posse de riquezas, mas em sedução das riquezas. A frase
"sedução das riquezas" fala de alguém que depende delas para a sua felicidade.
Daí, tal pessoa dedicar-se tanto a aquisição de riqueza que deixa de cuidar da
sua alma (1 Tm 6:7-11; Pv 24:30-34). O terreno número 3 nos mostra que
muitos permanecem na fé, mas não são consagrados ao Senhor.

4. O terreno bom (v.8): "Boa terra". Isto é, terra limpa, desimpedida, macia,
molhada, fértil. Este terreno produziu fruto em abundância. Em Lc 8:15 Jesus
descreveu este coração como "bom e reto", isto diante de Deus e dos homens,
porque ouvem e compreendem a Palavra de Deus. Que poder maravilhoso há
na Palavra quando ela encontra o terreno propício!

O terreno número 4 mostra-nos que mesmo entre os crentes dedicados há


diferente frutificação. Um grão produziu cem, outro produziu sessenta, e outro
trinta grãos. É o retrato da vida cristã abundante. Deus fez prosperar o campo
de Isaque por sua fidelidade ao Senhor (Gn 26:12-14,25). Abraão de igual modo
foi abençoado (Gn 13:3-6), o patriarca Jó (Jó 42:12).

Esta parábola ensina-nos ainda outras verdades gerais como:

a) A semente da palavra não é toda aproveitada. Apenas uma parte em quatro


pôde frutificar.

b) O mundo não será todo convertido. Apenas um terreno em quatro frutificou


a contento.

c) O reino de Deus sempre prospera através da Palavra - a semente.

QUESTIONÁRIO

1. Que linguagem figurada usava Jesus para ensinar as verdades acerca de seu
reino?
2. Que significa parábola literalmente?
3. Que parábolas Jesus interpretou?
4. Nesta parábola, quem é o semeador e o que representa a parábola?
5. Em quantos tipos de terreno caiu a semente?
6. Qual a produção das sementes que caíram no bom terreno?
7. Qual deve ser pois o comportamento do semeador?

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Mateus
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Quadragésimo livro da Bíblia, neste livro, O Senhor é apresentado como o perfeito Rei,
mostrando aos judeus que Cristo é o verdadeiro Messias. Este livro dá início ao Novo
Testamento.
Ao longo dos 28 capítulos podemos ler um pouco da história de Mateus, um cobrador de
impostos que decide deixar o emprego, após o chamado de Jesus, para se tornar Seu
discípulo, seguindo ao Senhor e aos Seus ensinamentos. Tempos depois, Mateus torna-
se um dos doze apóstolos.
Mateus preocupa-se em apresentar a genealogia de Jesus, desde Abraão até Davi,
mostrando Sua descendência real. Além disso, também descreve os acontecimentos do
Seu nascimento, vida e morte. Diversos eventos são mencionados ao longo do livro, tais
como: o início da vida de Jesus, Seu batismo feito por João Batista, o começo do Seu
ministério, Suas pregações, como o Sermão da Montanha, as curas, como a cura de um
leproso, até chegar aos últimos dias de ministério de Jesus, Sua morte e ressureição.
Os ensinamentos de Jesus são apresentados em forma de discurso e Mateus mostra a
todos as profecias do Antigo Testamento que foram cumpridas Pelo Senhor, assim
como a vinda do Messias. O apóstolo deixa claro aos judeus que Jesus Cristo é o
Messias prometido que veio para firmar seu Reino na Terra.
Neste livro, também é mostrado que os doze apóstolos recebem de Jesus a missão de
fazerem aquilo que Ele faz, sendo autorizados a levarem Seus ensinamentos e o
evangelho para o povo.
Jesus ainda profetiza sobre a destruição de Jerusalém, alertando a todos sobre a Sua
segunda vinda e lamentando sobre os líderes judeus que se voltam contra Ele.
Portanto, neste livro podemos acompanhar acontecimentos do nascimento, vida e morte
de Jesus. Mateus nos mostra o ministério de Jesus, Seus ensinamentos e milagres
realizados, deixando claro para todos de que Ele é o verdadeiro Messias e que devemos
voltar nossas vidas para o Senhor.
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