Revisão Física Geral e Experimental

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Mecânica clássica - grandezas e medidas

Halliday et al. Fundamentos de Física.

Exercícios do capítulo 1, vol.1

Problema 3
Um hipódromo tem uma distância de 4,0 furlongs. Qual a distância em a) varas e b) cadeias? Dados: 1 furlong =
201,168 m ; 1 vara = 5,0292 m ; 1 cadeia = 20,117 m.

Problema 5
A Terra tem uma forma aproximadamente esférica com 6370 km de raio. Determine, usando o km como unidade de

 = 2 ;  = 4 ;  =   .


comprimento, a) o perímetro da Terra, b) a área da superfície e c) o volume. Fórmulas geométricas:


Problema 9
O acre-pé é uma medida de pluviosidade usada nos EUA. É definida como o volume de água que enche 1 acre de terra
à profundidade de 1 pé. Uma tempestade despejou 2,0” (2,0 polegadas) de chuva sobre uma cidade de 26 km2. Qual a
pluviosidade em acres-pé? Dados: 1” = 0,08333 pés ; 1 m2 = 10,76 pés2 ; 1 acre = 43560 pés2.

Problema 10
A planta de crescimento mais rápido que se conhece atinge 3,7 m em 14 dias. Qual a sua velocidade de crescimento
em micrómetros por segundo?

Problema 13
A certa altura após a Revolução Francesa tentou-se basear as medidas de tempo em múltiplos de 10. O dia era uma
unidade comum e definia-se a semana como 10 dias, 1 dia = 10 horas, 1 hora = 100 mins, 1 min = 100 seg. Qual a
razão de a) a semana decimal francesa para a semana comum e b) o segundo decimal francês para o segundo comum?

Problema 20
O ouro é um material extremamente dúctil (i.e. pode ser transformado em folhas ou fios finos), de massa específica de
19,32 g/cm3. a) Se uma amostra de ouro de 27,63 g for prensada até uma folha com 1,000 µm de espessura, qual será a
área dessa folha? b) E, se em vez disso fizermos um fio de 2,500 µm de raio, qual será o comprimento desse fio?

Problema 21
A água tem massa específica de 1,000 g/cm3. a) Determine a massa, em kg, de um metro cúbico de água. b) Se um
recipiente de 5700 m3 esvazia em 10,0 h, qual será o caudal do vazamento em kg/s?

4
Problema 23
A Terra tem 5,98 x 1024 kg de massa. A massa média dos átomos terrestres é de 40 u (u: unidade de massa atómica).
Quantos átomos tem a Terra aproximadamente? 1 u = 1,66054 x 10-27 kg.

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Mecânica clássica – cinemática a 1 dimensão

Halliday et al. Fundamentos de Física.

Exercícios do capítulo 2, vol.1

Problema 1
Um automóvel viaja em reta 40 km à rapidez de 30 km/h. Em seguida, continuando no mesmo sentido, viaja mais 40
km a 60 km/h. a) Qual a velocidade média do carro no percurso de 80 km? b) Qual a velocidade escalar média
(rapidez média) do carro?

Problema 4
O recorde dos 200 m em bicicleta era, em 1992, de 6,509 s. Este recorde foi batido em 2001 por 19 km/h. De quanto
tempo precisou o novo recordista?

Uma partícula descreve um movimento retilíneo tal que, em unidades SI, tem uma posição dada por   = 4 − 12 +
Problema 15

3  . a) Qual a sua velocidade em  = 1 s? b) Nesse instante o movimento é no sentido negativo ou positivo de x? c) E

anula? Se sim, qual? f) Existe algum instante após  = 3 s para o qual a partícula se move no sentido negativo?
qual é a sua rapidez? d) A rapidez está a aumentar ou diminuir? e) Existe algum instante para o qual a velocidade se

Problema 26
Numa estrada seca um carro consegue desacelerar à taxa de 4,92 m/s2. a) Quanto tempo leva esse carro a parar se se
desloca inicialmente a 24,6 m/s? b) Que distância percorre nesse tempo?

Problema 29
Um veículo elétrico parte do repouso e acelera em linha reta a 2,0 m/s2 até atingir uma rapidez de 20 m/s. Em seguida,
trava a 1,0 m/s2 até parar. a) Quanto tempo decorre entre a partida e a paragem? b) Qual a distância percorrida nesse
movimento?

Problema 46
Uma pessoa lança uma pedra verticalmente de um edifício a 30,0 m do solo. A pedra é lançada para baixo à rapidez de
12,0 m/s. a) Quanto tempo leva a pedra a atingir o solo e b) a que rapidez o atinge?

Problema 51
Uma chave cai verticalmente de uma ponte a 45 m de altura relativamente ao rio. Ao chegar à água, atinge um barco
de brinquedo que se encontrava a 12 m do ponto de impacto quanto a chave foi largada. Qual a rapidez do barco?

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Mecânica clássica – cinemática a 2 e 3 dimensões

Halliday et al. Fundamentos de Física.

Exercícios do capítulo 4, vol.1

Problema 8
Um avião voa 483 km para leste, indo da cidade A para a cidade B em 45,0 min. Em seguida voa 966 km para sul, de
B para C, em 1h 30 min. Para a viagem toda, determine a) o módulo e b) a direção do deslocamento, c) o módulo e d)
a direção da velocidade média e e) a velocidade escalar (rapidez) média.

& (SI). Escreva expressões para a


Problema 11
Uma partícula move-se de forma tal que a sua posição é dada por ! = "̂ + 4  $̂ + %
sua velocidade e aceleração como função do tempo.

Problema 15
Um carro move-se num plano xy com aceleração de componentes '( = 4,0 m/s e '+ = −2,0 m/s. A sua
velocidade inicial tem componentes ,-( = 8,0 m/s e ,-+ = 12 m/s. Qual a velocidade do carro quando este atinge a
coordenada y máxima?

Problema 22
O recorde do mundo do salto em comprimento é de 8,95 m. Supondo que o saltador fez a chamada à rapidez de 9,5
m/s, calcule a diferença entre o recorde e a melhor marca possível para uma partícula lançada à mesma rapidez.

Problema 24
Uma pequena bola rola horizontalmente até à borda de uma mesa de 1,20 m de altura, após o que cai no chão 1,52 m
para lá da borda da mesa. Por quanto tempo fica a bola no ar e qual a velocidade com que bate no chão?

Problema 31
Um avião mergulha a velocidade constante, lançando
um projétil a uma altitude de 730 m, num ângulo de

,!-
53,0º com a vertical. O projétil chega ao chão 5,00 s
depois do lançamento. a) Qual a velocidade do avião no 53º
lançamento? b) Que distância na horizontal percorre o
projétil e quais são as componentes da velocidade c) na
730 m
horizontal e d) na vertical no momento em que chega ao
solo?

d
7
Problema 60

são, em magnitude, a sua velocidade linear e aceleração centrípeta? Dados: /0112 = 6370 km.
Um satélite move-se numa órbita circular 640 km acima da superfície da Terra, com um período de 98,0 min. Quais

Problema 62
Um ventilador tem pás de 0,15 m de raio e gira a 1200 rotações por minuto. a) Que distância percorre um ponto na
extremidade de uma pá em 1 revolução? Quais são b) a velocidade linear e c) a aceleração desse ponto e d) o período
do movimento?

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Mecânica clássica - grandezas e medidas

Halliday et al. Fundamentos de Física.

Resolução dos exercícios do capítulo 1, vol.1

Passando 4,0 furlongs a metros temos 4,0 furlong = 4,0 ⋅ 201,168 m = 804,672 m. Para exprimir esta distância
Problema 3

em varas e cadeias fazemos

1 1
1 vara = 5,0292 m ⇔ 1 m = varas ; 1 cadeia = 20,117 m ⇔ 1 m = cadeias
5,0292 20,117

o que dá então

1
4,0 furlong = 804,672 m = 804,672 ⋅ š varas › = 160 varas
5,0292

1
4,0 furlong = 804,672 m = 804,672 ⋅ š cadeias› = 40 cadeias
20,117

Apresentámos o resultado com 2 algarismos significativos pois é essa a precisão que os dados do enunciado permitem:
a quantidade com menor número de alg.sig., 4,0 furlongs, tem 2 deles. Ver caixa no final da página 4 do livro de texto.

significativo. Uma alternativa a esta notação é passar a notação científica, i.e. escrever 1,6 × 10 varas.
Note-se também a barra por debaixo do ‘6’ no resultado em varas, indicando que o 6 é o último algarismo

De notar também que, apesar de o resultado final ser apresentado com 2 alg.sig., os cálculos intermédios devem ser
feitos com pelo menos mais um ou dois alg.sig., de forma a evitar de erros de arredondamento. Neste caso usámos
todos os alg.sig. que as conversões permitiam.

Problema 5

Basta aplicar as fórmulas que nos dão o perímetro, área superficial e volume de uma esfera.

 = 2 = 2 ⋅ 6370 km = 40 000 km

bœ = 4 = 4 ⋅ 6370 km = 5,10 × 10v km 510 milhões km 

4 4
Ÿ  =  =  ⋅ 6370 km = 1,083 × 108 km 1,08 biliões km 
3 3

Note-se que o elevar ao quadrado ou ao cubo afeta a unidade que se está a elevar.

40
Problema 9

Novamente temos aqui de relacionar algumas unidades. Juntando 1 m = 10,76 pés e 1 acre = 43560 pés
obtemos 1 m = 2,47 × 10s acre. Temos então, usando também a conversão de polegadas em pés, uma
pluviosidade em acres-pé de

2,0" ⋅ 26 km = 2,0 ⋅ 0,08333 pés ⋅ 26 ⋅ 1000 m  = 0,16666 pés ⋅ 26 × 10t ⋅ 2,47 × 10s acre
= 1070,3 acres − pé 1100 acres − pé

Entre parêntesis o resultado com 2 alg.sig.

Problema 10

A velocidade de crescimento é, usando 1 dia = 24 ⋅ 60 ⋅ 60s = 86400 s e passando os metros a mícrons, de

3,7 m 3,7 × 10t μm


,¥¦ = = = 3,1 μm/s
14 dias 14 ⋅ 86400 s

Problema 13

= 1,43. A semana decimal francesa é pois mais longa que a comum. Para o
8- Wk2=
u Wk2=
Para as semanas o quociente é de
segundo francês temos de reduzir o quociente à unidade comum, o dia:

1 1 1 1 1 1
s‘1 100 min ⋅ 100 h‘1 100 ⋅ 100 ⋅ 10 dias
‘1
= = 100 = = 0,864
s 1 1 1 1 1 1
min ⋅ h ⋅ ⋅ dias
60 60 60 60 60 24
Trata-se pois de um segundo ligeiramente mais curto que o usual.

Problema 20

A massa de 27,63 g de ouro corresponde a um volume de Ÿ  = = 1,430 cm . Se distribuirmos este volume
u,t [
§¨©
por uma folha de 1 mícron com área  vem

1,430 cm 1,430 ⋅ 10s m


Ÿ  =  ⋅ espessura ⇔  = = = 1,430 m
1,000 × 10st m 1,000 × 10st m

Se, ao invés, fizermos dele um fio temos, da fórmula do volume de um cilindro Ÿ  =   ,

1,430 cm
Ÿ  =  ⋅ 2,500 × 10st m ⋅   ⇔   = = 72 830 m ≈ 73 km
 ⋅ 2,500 × 10st m

41
Problema 21

Passando a densidade a kg/m3 temos

1
g kg kg
E?« = 1,000  = 1,000 1000 = 1000 
cm 1  m
;
100 m>

Um metro cúbico de água tem pois 1 tonelada de massa. O que bate certo com a nossa noção intuitiva: uma cuba de
água com 1 m de aresta é de facto muito pesada! Quanto ao vazamento temos um caudal mássico, ou razão de vazão,
de

kg
A0=¬i2W2 5700 m  š1000  › 5700 × 10 kg
m
= = = = 158 kg/s
intervalo de tempo 10,0 h 10,0 ⋅ 60 ⋅ 60 s

Problema 23

A massa da Terra é obviamente igual à massa média de cada átomo vezes o n.º de átomos. Invertendo, temos

D7 5,98 × 10 kg 5,98 × 10 kg


D7 = ®. º at ⋅ Ā ⇔ ®. º at = = = ⇔ ®. º at ≈ 9,00 × 10w átomos
Ā 40 ° 40 ⋅ 1,6665 × 10su kg

Por curiosidade e para comparação, estima-se que o n.º de partículas no universo seja da ordem dos 10v- .

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Mecânica clássica – cinemática a 1 dimensão

Halliday et al. Fundamentos de Física.

Resolução dos exercícios do capítulo 2, vol.1

Problema 1

Neste caso, como o movimento não mudou nem de direção nem de sentido, a velocidade média e a rapidez média têm
o mesmo valor numérico. Os tempos para fazer os percursos foram de

40 km 40 km
8 = = 1,333 h ;  = = 0,667 h
km km
30 h 60 h

o que corresponde então a velocidades e rapidezes médias de

40 + 40 km 80 km
,Q = UQ = = = 40 km/h
8 +  2 h

Notar que usámos 3 e 4 alg.sig. nos cálculos intermédios dos tempos. Só truncámos a 2 alg.sig. no resultado final.

Problema 4

A rapidez média do recordista de 1992 foi, em km/h,

200 m 0,200 km
,8 = = = 110,6 km/h
6,509 s 6,509 s ⋅ 1 h
3600

Em 2001 o novo recordista fez então os 200 m à rapidez média de , = 110,6 + 19 km/h = 129,6 km/h. Isto
corresponde a uma marca de

| 200 m 200 m
 = = = = 5,556 s
, 129,6 km 1000 m
129,6 ⋅ 3600 s
h

Problema 15

posição, , =
A velocidade instantânea é, por definição, a taxa de variação da posição em relação ao tempo, i.e. a derivada da
(
²
. Derivando então a expressão da posição temos, nas unidades do enunciado,

|
, = = −12 + 6 → ,1 s = −12 + 6 ⋅ 1 = −6 m/s
|

Só colocámos a unidade no fim porque se subentende que as grandezas estão no sistema SI nos passos intermédios.
No entanto, sempre que tal não torne as expressões demasiado confusas, deve-se colocar unidades em todas as
grandezas, mesmo nos passos intermédios.

43
Voltando às questões, temos que em  = 1 s a velocidade é negativa, pelo que o movimento tem esse mesmo

nesse mesmo instante. Olhando à expressão da velocidade, ,, vemos também que a rapidez está também a diminuir
sentido. A rapidez instantânea, módulo da velocidade e por conseguinte quantidade sempre positiva, é então de 6 m/s

em  = 1 s, continuando essa diminuição de maneira uniforme, até se anular em  = 2 s, passando depois a aumentar.
Finalmente, após  = 3 s a velocidade é sempre positiva pelo que a partícula não mais se move em sentido negativo.

Problema 26

Num movimento retilíneo uniformemente variado a aceleração é constante e as expressões para a posição velocidade
são

1 
´ = - + ,-  + 2 ' µ
, = ,- + '

No nosso caso temos, no sentido do movimento, ,- = 24,6 m/s e ' = −4,92 m/s. Note-se o sinal negativo da
aceleração: o carro está diminuir de velocidade, logo a aceleração é no sentido contrário ao movimento. Parar significa
ter velocidade nula o que, substituindo na expressão da velocidade nos dá
m
m m 24,6 s
0 = 24,6 − ;4,92  > ⋅  ⇔  = m = 5,00 s
s s 4,92 
s

A distância percorrida durante esse tempo será então, substituindo na expressão para a posição,

m 1 m
| = | − - | = ;24,6 > ⋅ 5,00 s − ⋅ ;4,92  > ⋅ 5,00 s = 61,5 m
s 2 s

Esta distância podia ter sido obtida de outras equações, como p.ex. a expressão 2-16 do livro de texto, p.25, ,  =
,- + 2' − - .

Note-se que apenas podemos dizer que | = | − - | porque não houve inversão do sentido do movimento. Caso
tivesse havido inversão, haveria que separar o movimento em várias partes, calcular | para cada uma delas no fim e
somar todas as distâncias parciais.

Problema 29

Na primeira parte do movimento a velocidade é dada por


m
, = ,- + ' ⇔ , = 0 + ;2,0 >⋅
s

A rapidez de 20 m/s é atingida ao fim de 10 s. A distância percorrida é de

1 1 m
| = | − - | = ,-  + '  ⇔ U = 0 + ⋅ ;2,0  > ⋅ 10 s = 100 m
2 2 s

Finda esta parte do movimento, se pusermos o cronómetro a zero temos, para a segunda parte do movimento,

44
m m
, = 20 − ;1,0  > ⋅ 
s s

e o veículo pára (i.e. atinge , = 0 ao fim de 20 s. Note-se novamente o sinal negativo da aceleração, que aparece
porque o carro está a diminuir a sua rapidez. A distância percorrida é agora de

m 1 m
| = ;20 > ⋅ 20 s − ⋅ ;1,0  > ⋅ 20 s = 200 m
s 2 s
No total os dois movimentos duram 30 s e o veículo percorre 300 m.

Problema 46

 = 0 m à altura do solo, a expressão da posição torna-se


Escolhamos em primeiro lugar um sentido positivo para o movimento, p.ex. para cima. Com esta escolha, e fazendo

m 1 m
 = 30,0 m − ;12,0 > ⋅  − ⋅ ;9,8  > ⋅  
s 2 s
Note-se aqui que a pedra é atirada para baixo, logo no sentido que arbitrámos negativo para o movimento. O mesmo
acontece para a aceleração da gravidade. Note-se também que a expressão podia ser escrita de uma forma mais
“limpa” como

1
 = 30,0 − 12,0  − 9,8   SI
2
No entanto, como já foi dito acima, não se recomenda retirar as unidades das grandezas porque a sua presença ajuda a
controlar erros e esquecimentos.

Continuando para as questões temos que a pedra atinge o solo quando  = 0. Ora isso acontece no instante

m 1 m
0 = 30,0 m − ;12,0 > ⋅  − ⋅ ;9,8  > ⋅  
s 2 s

Esta é uma equação de 2º grau, que se resolve aplicando a fórmula resolvente  =


s¹±√¹ »s?¥
?
. No nosso caso temos
então

m m  m 
12,0 s ± ¼;12,0 s > − 4 ⋅ ;−4,9 s > ⋅ 30,0 m
+1,536 sµ
= m ⇔=½
−9,8  −3,985 s
s

Recorde-se que uma equação de 2º grau tem duas soluções. Neste caso a solução  = −3,985 s diz-se “não-física”
porque não corresponde ao enunciado do problema, que assume  = 0 no momento do lançamento. A solução
 = 1,536 s é a que faz sentido. Para este valor do tempo a velocidade é de
m m
, = −12,0 − 9,8  ⋅ 1,536 s = −27,06 m/s
s s

a rapidez serem conhecidos com 3 alg.sig., a precisão menor de  = 9,8 m/s limita-nos a 2 alg.sig.
que corresponde a uma rapidez de 27 m/s no momento do embate no solo. Note-se que apesar de a altura do edifício e

45
Problema 51

Temos aqui dois movimentos. Um MRU segundo o rio e um MRUV na vertical. As expressões das posições são,
respetivamente e fazendo a origem das posições no local de impacto,

 = −12 m + ,( 
´ 1 m µ
N = 45 m − ;9,8  > ⋅  
2 s

O tempo de queda da chave é então de

1 m
0 m = 45 m − ;9,8  > ⋅   ⇔  = 3,03 s
2 s

Substituindo este valor na expressão para a posição do barco temos


m m
0 m = −12 m + ,( ⋅ 3,03 s ⇔ ,( = 3,96 ;4,0 >
s s

Entre parêntesis o resultado com a precisão permitida pelos dados, 2 alg.sig.

46
Mecânica clássica – cinemática a 2 e 3 dimensões

Halliday et al. Fundamentos de Física.

Resolução dos exercícios do capítulo 4, vol.1

N
Problema 8
y
Em primeiro lugar vamos definir um referencial para escrever as
expressões. Na direção Este-Oeste colocamos o eixo dos xx, com
O E
sentido positivo para Este. Na direção Norte-Sul fica o eixo dos yy, x
sentido positivo para Norte. Ao lado temos um desenho deste
referencial. Em todos os problemas semelhantes iremos assumir que é
este o referencial que se está a usar. S

Para a viagem inteira o deslocamento foi então de Δ ! = 483 km "̂ + −966 km $̂ e o tempo total da viagem foi, em
horas, de ; + 1,5> h =  h = 2,25 h. Como o deslocamento desenha um triângulo retângulo no plano xy
 w

(experimente fazer o desenho se não estiver convencido ☺), aplicando o teorema de Pitágoras temos |Δ !| =
¿483 + −966 km = 1080 km. Aplicando agora trigonometria elementar vemos que a direção do deslocamento
faz um ângulo de @ = arctg ; > = 63,4i com a vertical.
wtt ]<
v ]<

Quanto à velocidade média, o seu módulo é de |,!Q | = ÀÁ² À = = 480 km/h e a direção a mesma do
Á¦! 8-v- ]<
,} n

definição correta desta, que é UQ = = = 644 km/h.


deslocamento. Finalmente, para calcular a velocidade escalar, ou rapidez, média temos de ter o cuidado de aplicar a
ÂÃÂÄÅ vÇwtt ]<
ÁÆ ,} n

O estudante deve rever com atenção este problema para compreender bem a diferença entre velocidade média
(quantidade vetorial) e rapidez média (quantidade escalar).

Problema 11

Aplicando as definições de velocidade e aceleração instantâneos temos, em unidades SI,

|! | | ! |,! |
,! = & É = 8$̂ + %
= È"̂ + 4  $̂ + % & ; '!  = = & É = 8$̂
= È8$̂ + %
| | |  | |

Problema 15

Precisamos de calcular o instante em que a coordenada y é máxima. Escrevamos as expressões para as velocidades em
x e y:
m m
,( = ;8,0 > + ;4,0  > ⋅ 
,( = ,-( + '(  s s
½, = , + '  µ ⇔ Ê m m µ
+ -+ + ,+ = ;12 > − ;2,0  > ⋅ 
s s

47
Quando o carro atinge a posição máxima em y a componente da sua velocidade segundo esse eixo anula-se. Isso
acontece para o instante
m m m
,+ = 0 ⇔ 0 = ;12 > − ;2,0  > ⋅  ⇔  = 6,0 s
s s s

Neste instante a velocidade segundo x é de


m m m
,( = ;8,0 > + ;4,0  > ⋅ 6,0 s = 32
s s s

A velocidade, em notação vetorial, é então


m
,! NQ?(  = ;32 > "̂
s

Problema 22

No instante do salto o atleta torna-se num projétil lançado à rapidez inicial de 9,5 m/s num ângulo de 45º. O ângulo
assume-se ser 45º porque este é o ângulo de alcance máximo (c.f. livro de texto p.73). Num referencial xy com origem
no local do salto e sentido positivo dos yy para cima uma partícula pontual desloca-se segundo um MRU no eixo dos
xx e MRUV no eixo dos yy. As expressões paramétricas do movimento são então
m
 = - + ,-(   = ;9,5 > cos45i  
1 µ ⇔ Ê s µ
´ m 1 m 
N = N- + ,-+  − 
2 N = ;9,5 > sen45   − ;9,8  > 
i
s 2 s
O fim do salto dá-se quando y = 0 m. Substituindo na expressão dos yy e isolando t, vemos que tal acontece no
instante
m
;9,5 > sen45i 
= s = 1,371 s
1 m
;9,8  >
2 s

Nesse instante a posição segundo x é, a 2 alg.sig., de


m
 1,371 s = ;9,5 > cos45i  ⋅ 1,371 s = 9,21 m 9,2 m
s

Este seria então o máximo possível para um atleta que salte vindo de uma rapidez inicial de 9,5 m/s. Este cálculo
refere-se a uma situação ideal. Na prática há uma série de fatores, como o arrasto e o facto de o atleta não poder ser
tratado como um corpo pontual, que teriam de ser considerados e que alteram o resultado.

Outra forma de resolver o problema seria aplicar diretamente a fórmula que nos dá o alcance de um projétil na
ausência de arrasto,  = sen2@-  (c.f. livro de texto p.73).
ËÌ»
«

48
Problema 24

Sendo a bola pequena podemos tratá-la como pontual e temos um movimento de projétil. Num referencial xy de
direções e sentidos iguais às do problema anterior e com origem no local onde a bola salta, temos

 = - + ,-(   = ,-( 
´ 1 µ ⇔´ 1 m µ
N = N- + ,-+  −   N = − ;9,8  >  
2 2 s

A bola chega ao chão quando N = −1,2 m. Substituindo esse valor na expressão dos yy vem

−1,20 m
Íf0W2 = Î = 0,4949 s 0,495 s
1 m
− ;9,8  >
2 s

Do enunciado sabemos que ao fim deste tempo a bola terá percorrido uma distância de 1,52 m. Substituindo
na expressão dos xx vemos que isso corresponde a uma velocidade inicial segundo x de

1,52 m
 = ,-(  ⇔ ,-( = = 3,071 m/s
0,4949 s

Esta componente da velocidade mantém-se constante porque a bola não é acelerada segundo x. Segundo y temos
m m
,+ = ,-+ −  ⇔ ,+ = 0 − ;9,8 > ⋅ 0,4949 s = 4,85
Íf0W2
s  s

No instante de embate a velocidade é então


m m
,!Íf0W2 = ;3,07 > !" + ;4,85 > !$
s s

Se quiséssemos também a rapidez no embate teríamos

m  m  m
UÍf0W2 = Ï,!Íf0W2 Ï = Ð;3,07 > + ;4,85 > = 5,74
s s s

Problema 31

nesse referencial, em  = 0. As expressões do movimento tornam-se então


Para variar um pouco, escolhamos agora para origem do referencial xy um ponto no solo tal que o lançamento se dá,

 = - + ,-(   = ,- sen53,0i  
´ 1 µ⇔´ 1 m µ
N = N- + ,-+  −   N = 730 m − ,- cos53,0i   − ;9,8  >  
2 2 s

O sinal negativo de ,-+ é devido ao facto de o projétil ser lançado com o avião a picar, i.e. a dirigir-se no sentido
negativo do eixo dos yy. Ao fim de 5,00 s o projétil chega ao chão, i.e. a y = 0 m. Note-se também que neste caso o
ângulo em jogo é contado a partir da vertical, pelo que há que ter atenção que as componentes da velocidade trocam
seno e coseno, por comparação ao caso em que o ângulo é medido a partir da horizontal. Substituindo o tempo na
expressão dos yy podemos extrair a rapidez de lançamento (quantidade sempre positiva), que é

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1 m m
0 m = 730 m − ,- cos53,0i  ⋅ 5,00 s − ;9,8  > ⋅ 5,00 s ⇔ ,- = 201,9
2 s s

A velocidade de lançamento é então (atenção novamente ao seno e coseno)


m m m m
,! = ;201,9 > sen53,0i  "̂ − ;201,9 > cos53,0i  $̂ ⇔ ,! = ;161 > "̂ − ;121 > $̂
s s s s

(Três alg.sig. na expressão final.)

O projétil percorre uma distância horizontal de | =  5,00 s = ;161,2 > ⋅ 5,00 s = 806 m durante o voo
<
=
e, das expressões para as componentes da velocidade, ,( = ,-( e ,+ = ,-+ − 9,8 m/s , atinge o solo com
velocidade

m m m
,!5,00 s = ,( 5,00 s "̂ + ,+ 5,00 s $̂ = ;161,2 > "̂ + Ñ−121,5 − 9,8  ⋅ 5,00 sÒ $̂ ⇔ ,!
s s s
m m m m
= ;161 > "̂ − ;171 > $̂ → ,-( = 161 ; ,-+ = −171
s s s s

Problema 60

Trata-se aqui de um corpo em movimento circular uniforme. Há apenas que ter em atenção que o raio da órbita não é
640 km mais sim (6370 + 640) km, correspondentes ao raio da Terra mais a altitude da órbita. Tendo isto em atenção e
passando as unidades ao SI temos, para 1 revolução completa,

m 
distância 2 2 ⋅ 7,010 × 10t m m , ;7491 > m
s
,= = = = 7491 ; ' = = = 8,01 
Δ a 98,0 ⋅ 60 s s  7,010 × 10 m
t s

Problema 62

A distância de 1 revolução é simplesmente o perímetro do MCU associado, que é 2 ⋅ 0,15 m = 0,9425 m. A


frequência de 1200 rev/min corresponde a 1 revolução em

60 s
a= = 0,050 s
1200

expressão (4-35) do livro de texto, a =


Por definição, este é o período do movimento (i.e. tempo que demora a perfazer 1 rev). Substituindo o período na
LÔ
Ë
, podemos tirar a velocidade linear, que é

2 2 ⋅ 0,15 m m
,= = = 18,85
a 0,050 s s

A aceleração é então de

m 
,  ;18,85 s > m m
'= = = 2370  ;2,4 × 10  >
 0,15 m s s

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Pode-se, naturalmente, obter os mesmos resultados por uma ordem diferente.

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