Cerâmicas Odontológicas - Uma Revisão de Literatura
Cerâmicas Odontológicas - Uma Revisão de Literatura
Cerâmicas Odontológicas - Uma Revisão de Literatura
José Milton de Aquino e Silva Neto1*, Kassia Regina dos Santos Furtado1, Mariana Correia de
Araújo Baumberger1, Isabel Karine Ferreira Duarte1, Arlette Murgado Trujillo1, Eliana Vilela Rocha
Alves1, Michelle Leão Bittencourt Brandão Medeiros1, Tayguara Cerqueira Cavalcanti1, Aleska Dias
Vanderlei1, Bruno de Castro Figueiredo1, Ângela Líbia Chagas do Amaral1.
RESUMO
Objetivo: Auxiliar na escolha e indicação do material cerâmico de acordo com a situação clínica,
esclarecendo as expectativas que podem ser geradas e minimizando assim as falhas decorrentes do mau
uso e falhas na seleção do mesmo. Métodos: Foi realizado uma revisão de literatura, com abordagem
descritiva e caráter informativo, onde o procedimento de elaboração se deu mediante buscas por literaturas
cientificas, em bases de dados, tendo como descritores: A utilização da cerâmica dentária, porcelanato e
prótese dentária. Resultados: Várias propriedades desejáveis nas cerâmicas quando utilizadas como
substituto de dentes naturais como o coeficiente de expansão térmica semelhante ao dente, translucidez,
estabilidade química, fluorescência, resistência à abrasão e à compressão, compatibilidade biológica,
mimetização de esmalte e dentina, boa adaptação marginal e boa relação com os tecidos periodontais, fazem
com que as mesmas tenham uma grande utilização clínica, contribuindo assim, para uma longevidade do
tratamento restaurador. Considerações Finais: Para a seleção adequada da cerâmica o profissional deverá
avaliar, de forma diferente, vários aspectos para assegurar uma maior longevidade e sucesso do tratamento
restaurador visto que os sistemas cerâmicos têm evoluído bastante e os pré-requisitos necessários quanto
às características e limitações para cada situação clínica são muitos.
Palavras-chave: Cerâmica, Porcelana dentária, Próteses e implantes.
ABSTRACT
Objective: Assist in choosing and indicating the ceramic material according to the clinical situation, clarifying
the expectations that can be generated and thus minimizing the failures resulting from misuse and selection
failures. Methods: A descriptive and informative literature review was carried out, in which the elaboration
procedure was performed by searching for scientific literature in databases, with the following descriptors: The
use of dental ceramics, porcelain and dental prosthesis. Results: Several desirable properties in ceramics
when used as a natural tooth replacement such as the coefficient of tooth-like thermal expansion, translucency,
chemical stability, fluorescence, abrasion and compressive strength, biological compatibility, enamel and
dentin mimicry, good marginal fit and good relationship with periodontal tissues, make them have a great
clinical use, thus contributing to a longevity of restorative treatment. Final Considerations: For the proper
selection of ceramics, the practitioner should evaluate differently, several aspects to ensure a longer longevity
and success of restorative treatment since the ceramic systems have evolved a lot and the necessary
prerequisites as to the characteristics and limitations for each clinical situation are many.
Key words: Ceramics, Dental porcelain, Prostheses and implants.
RESUMEN
Objetivo: Ayude a elegir e indicar el material cerâmico de acuerdo con la situación clínica, aclarando las
expectativas que se pueden generar y, por lo tanto, minimizando las fallas resultantes del mal uso y las fallas
de selección. Métodos: Se realizó una revisión descriptiva e informativa de la literatura en la cual el
procedimiento de elaboración se realizó mediante la búsqueda de literatura científica em bases de datos, con
los seguientes descriptores: El uso de cerámica dental, porcelana y prótesis dental. Resultados: Varias
propriedades deseables en cerámica cuando se usa como un reemplazo natural del diente, como el
coeficiente de expansión térmica similar al diente, translucidez, estabilidad química, fluorescencia, abrasión y
resistencia a la compresión, compatibilidad biológica, imitación de esmalte y dentina, buen ajuste marginal y
buena relación con los tejidos periodontales, hacen que tengan un gran uso clínico, contribuyendo así a una
longevidad del tratamiento restaurador. Consideraciones finales: Para la selección adecuada de la
cerámica, el profesional debe evaluar de manera diferente varios aspectos para garantizar una mayor
longevidad y el éxito del tratamiento restaurador, ya que los sistemas cerámicos han evolucionado mucho y
los requisitos previos necesarios en cuanto a las características y limitaciones para cada situación clínica. son
muchos.
Palabras clave: Cerámica, Porcelana dental, Prótesis e implantes.
INTRODUÇÃO
Apesar da longa história dos materiais cerâmicos, sua utilização rotineira para restaurar elementos dentais
é um acontecimento que marca uma nova era na história da Odontologia estética, apresentando-se como
uma excelente alternativa na reprodução e mimetização de esmalte e dentina (BISPO LB, 2015). O aumento
da permanência dos dentes na cavidade bucal refletiu no crescimento do uso das cerâmicas, em casos que
vão além da prótese total, protocolos, coroas e próteses fixas, bem como em onlays, inlays e facetas
(KRISHNA JV, et al., 2009).
Várias propriedades são observadas nas cerâmicas, sendo elas: O coeficiente de expansão térmica
semelhante ao dente, translucidez, estabilidade química, fluorescência, resistência à abrasão e à
compressão, compatibilidade biológica, fazem com que elas tenham uma grande utilização clínica. Porém,
um bom resultado estético depende também da integridade marginal, caracterização da superfície, anatomia
e cor, além da compatibilidade final das cores quando comparadas aos dentes naturais (CALIXTO R e
MASSING N, 2015).
As cerâmicas mimetizam a estrutura dental, permitindo uma boa adaptação marginal e relação com os
tecidos periodontais, contribuindo assim, para a longevidade do tratamento restaurador (SHRIVASTAVA S,
et al., 2014). Resistência flexural e tenacidade servem como indicadores para a escolha do material adequado
para cada caso clínico, já que regiões posteriores e caninos, as quais recebem maior tensão, necessitam de
cerâmicas que possuam altos valores dessas propriedades (GARCIA LFR, et al., 2011).
Durante a reabilitação do paciente, não se deve levar em consideração apenas o restabelecimento da
estética e função das restaurações, mas também, da parte biológica (estabilidade do tecido gengival para
integração da restauração), para que haja uma durabilidade das mesmas. Características do material,
espessura da peça e quantidade de elementos reabilitados interferem na estabilidade de cor das cerâmicas,
apesar destas sofrerem pouca ou nenhuma pigmentação intrínseca ou extrínseca (CALIXTO R e MASSING
N, 2015).
Critérios concretos a respeito da durabilidade e longevidade de procedimentos como: laminados
cerâmicos, fragmentos e coroas, são difíceis de serem conseguidos, uma vez que o sucesso depende da
adaptação da peça, degradação marginal, presença de infiltrações e /ou cáries secundárias, material e técnica
adesiva, tipo do agente cimentante utilizado, além da presença de instabilidades oclusais (MCLAREN EA e
FIGUEIRA J, 2015).
Escolher o material adequado diante da variedade de sistemas cerâmicos encontrados no mercado tornou-
se uma tarefa difícil, porque os pré-requisitos necessários quanto às características e limitações para cada
situação clínica são muitos (MATTEI FP e ALEXANDRE MC, 2011). As cerâmicas para confecção de
laminados devem apresentar propriedades distintas das cerâmicas utilizadas para confecção de uma barra
de protocolo, daí a necessidade do profissional possuir conhecimento científico, além do conhecimento sobre
os vários materiais disponíveis no mercado (composição e indicação), identificando limitações estabelecendo
corretos diagnóstico, planejamento, preparos, protocolos restauradores para obter sucesso clínico (CALIXTO
R e MASSING N, 2015).
Diante disso, este trabalho tem como objetivo, através de uma revisão de literatura, auxiliar na escolha e
indicação do material cerâmico de acordo com a situação clínica, esclarecendo as expectativas que podem
ser geradas na escolha do mesmo.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma revisão de literatura, consultados textos em
língua portuguesa e inglesa, sendo feita entre o período de novembro de 2017 a novembro de 2019, onde
foram analisados artigos publicados em bases de dados eletrônicos LILACS (Literatura Latino Americana e
do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Literatura Internacional em Ciência da Saúde) e SCIELO
(Scientific Electronic Library Online) e livros que estavam disponíveis nos acervos bibliográficos presentes na
biblioteca central do Centro Universitário CESMAC (Centro de Ensino Superior de Maceió).
Foram consultados textos em língua portuguesa e inglesa, que se referiram a utilização da cerâmica na
aplicação odontológica, tendo como critérios de exclusão os períodos de publicações, os artigos que não
estavam na integra, ensaios não controlados, monografias e os artigos que não possuíam relevância com a
temática, sendo selecionados os textos científicos que apresentavam na íntegra o real objetivo do trabalho,
observando a importância do conhecimentos e das técnicas implantadas em cada cerâmica, visando o melhor
procedimento para a obtenção de resultados satisfatórios e benéficos para o paciente, sendo selecionadas
publicações científicas no período entre 2008 e 2019, com ênfase no intervalo entre 2014 e 2019, dispondo
dos seguintes descritores: Utilização da cerâmica além da utilização em prótese total, coroas e próteses fixas,
utilização onlays, inlays e facetas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O conhecimento da biomecânica da estrutura do dente se faz necessário para a escolha do tipo de material
restaurador pois é importante que além do aspecto estético, que esse material mimetize as propriedades
biomecânicas do dente, já que o esmalte e a dentina sozinhos não seriam capazes de suportar o estresse
gerado no dente durante sua função. Portanto, a dureza do esmalte protege a dentina de sua flexibilidade e
vice-versa, gerando assim um equilíbrio biomecânico entre essas estruturas. A perda da estrutura do esmalte
prejudica a rigidez coronária. (MAGNO P e BELSER U, 2012).
Baseado nas indicações e estética de cada cerâmica, o dentista deve saber a respeito dos cimentos e
técnicas de cimentação para cada situação clínica, selecionar adequadamente os sistemas adesivos e
cimentos resinosos, isolamento do campo operatório, estar atento às recomendações dos fabricantes, além
de observar a espessura ideal da cerâmica, usar o substrato de maior módulo de elasticidade possível,
observar força de adesão interface dente-cimento-cerâmica e devolver os contatos oclusais (HELVEY GA,
2014). As cerâmicas precisam ser classificadas de acordo com sua composição, método de processamento,
resistência, temperatura de fusão, translucência, indicações clínicas, cimentação e sensibilidade de superfície
(MCLAREN EA e FIGUEIRA J, 2015).
Quanto à composição podem ser vítreas (feldspátcas, reforçadas com: leucita, dissilicato de lítio ou silicato
de lítio), infiltradas (alumina, alumina e magnésio, alumina e zircônia) e policristalinas. A quantidade de cristais
na matriz vítrea influencia diretamente na translucidez da cerâmica. Sendo assim, quanto maior o nº de cristais
na matriz vítrea, menor a translucência da cerâmica e quanto menos partículas infiltradas, maior a
translucência (HELVEY GA, 2014). Como pode ser visto nos Quadros 1 e 2.
Resistência
Cerâmica Sistemas Indicações Características Sensibilidade
flexural (MPa)
Inlays, onlays,
IPS Empress ® 2, IPS e.max® Press facetas,Infraestruturas de
Reforçadas com (Injetado), IPS e.max® CAD (fresado), coroas totais Matriz vítrea com
dissilicato (Ivoclar Vivadent); 3G™OPC (Pentron Prótese fixa de até 3 reforço de partículas de
Ácido sensíveis 300 - 400
de lítio e derivados Ceramic Inc.), Obsidian (Glidewell elementos anterior ou dissilicato de lítio ou
(SiO2-Li2O) Laboratories), Suprinity (Vita), Celtra posterior até pré-molares, silicato de lítio
Duo (Dentsply) lentes de contato, prótese
adesiva anterior
Fonte: Helvey GA, (2014) modificada por Neto JMAS et al., 2019.
Alumina
Spinell Coroa total anterior e prótese fixa
In Ceram Alumina
(óxidos de alumínio e anterior de até 3 elementos
(VITA)
Prótese fixa anterior de 3 Fase cristalina com vidro
magnésio) In Ceram Spinell (VITA) Ácido resistentes 550 - 650
elementos, coroa posterior, ponte infiltrado
Zircônia In Ceram Zirconia
fixa posterior 3 elementos até 1
(alumina e óxido de (VITA)
molar
zircônia)
Fonte: Mclaren EA e Figueira J, (2015) modificada por Neto JMAS et al., 2019.
Duo (Dentsply) essa cerâmica apresenta melhoras nas propriedades mecânicas dada pela presença do
dióxido de zircônio, sem perder as propriedades ópticas da fase vítrea do silicato de lítio. Por possuírem
predominantemente uma matriz vítrea, são sensíveis ao condicionamento ácido, melhorando o processo de
adesão. Sua indicação abrange tanta região posterior, quanto áreas estéticas, sendo utilizadas para inlays,
onlays, coroas parciais, facetas, coroas na área anterior e posterior (SKRIPNIK NN, 2016).
Infiltradas por vidro
Criadas para melhorar propriedades mecânicas como a resistência à fratura. Por alumina (In Ceram
Alumina®), magnésio (MgO.Al2O3) (In-Ceram Spinnel®) e zircônia (In-Ceram zircônia®). Com maior
resistência que as cerâmicas vítreas, os óxidos cerâmicos (alumina e zircônia) (In Ceram ®Alumina (Vita
Zahnfabrik) e Procera All Ceram ® (Nobel Biocare) também apresentam resistência flexural maior (650Mpa)
contra 400Mpa das vítreas. Principais componentes; SiO2 com pequena adição de cristais de Al2O3, MgO,
ZrO2 e outros óxidos (ANUSAVICE KJ et al., 2013).
Na infiltração por vidro, uma fina camada de pasta fluida de partículas de alumínio, silicato de magnésia-
alumina (Spinell) ou zircônia é inserida num troquel refratário seco, onde a água desta fina camada é drenada
e a camada é sintetizada no troquel, sendo então coberta por uma fina camada da fase vítrea. Durante a
queima, o vidro fundido infiltra nos poros interconectados do núcleo cerâmico. Camadas de porcelana
translúcida de cobertura, são queimadas sobre o núcleo cerâmico para promover contorno e coloração final
(DINATO JC, et al., 2014).
Alumina infiltrada por vidro
Todas as cerâmicas contêm estruturas refratárias formadas por partículas de óxido de Alumínio sob a
forma de alumina (caolim) e dióxido de silício sob a forma de sílica. A opacidade do caolim deve-se à sua
quantidade sob a forma cristalina no corpo da cerâmica, sendo a opacidade, resultante também da refração
da alumina. Devido a esse problema permaneceu por muito tempo, iniciou-se a formulação de porcelanas
feldspáticas com cada vez menos caolim, até que ele foi retirado completamente da composição das
cerâmicas em 1938. Com a remoção do caolim, a resistência do vidro diminuiu e somente a adição do quartzo
não melhorou a resistência, melhorou apenas a estética (BISPO LB, 2015).
Em meados de 1960 surgiram as primeiras cerâmicas reforçadas, desenvolvidas por McLean e Hughes
(HELVEY GA, 2014). São cerâmicas formadas por uma estrutura porosa de alumina, a qual é mecanicamente
frágil, infiltrada com vidro de baixa viscosidade. A diferença de sua composição com relação à convencional
é a presença inicialmente de 40 a 50% de óxido de alumínio (Al2O3) em pó conferindo uma resistência de
(120/180 Mpa), e posteriormente aperfeiçoada para 85% e menos de 5% de sílica, limitando a adesão quando
tratada por métodos tradicionais como: ácido fluorídrico ou com óxido de alumínio, aumentando assim a força
e dureza das cerâmicas, já que a alumina aumenta a força mais que a leucita e melhora a resistência à fratura
(CHUN EP, et al., 2017).
Magnésio infiltrada por vidro
As cerâmicas In Ceram Spinell® (Vita) foram introduzidas em 1994, para superar a opacidade da In Ceram
Alumina®. São compostas por alumina e magnésio (MgAl2O4 – aluminato de magnésio), apresentam
semelhança com a In Ceram Alumina® no processo de confecção, divergindo na composição, originando
assim um material mais translúcido que as cerâmicas à base de alumina e zircônia infiltradas por vidro, já
que tanto o aluminato de magnésio como a matriz vítrea apresentam baixo índice de refração. Apresentam
também uma resistência flexural cerca de 25% inferior à da alumina (280 a 380 Mpa) com indicação para
coroas anteriores, inlays, onlays e facetas (VARGAS MA, 2011).
Zircônia infiltrada por vidro
Considerada como modificação do sistema InCeram Alumina®, a InCeram Zircônia® teve adição de cerca
de 69% de óxido de alumina (Al2O3) e 31% de óxido de zircônio (ZrO2). É considerada a mais resistente dentre
esses três tipos (InCeram Alumina, InCeram Spinell, InCeram Zirconia) com resistência flexural entre 600 e
700 Mpa. Apesar de resistentes, não podem ser usados em áreas estéticas. Devido à sua alta tenacidade à
fratura, ela é de grande importância na Odontologia, porém, como não existe zircônia pura na natureza,
recebe do nome de dióxido de zircônia. Largamente usado em medicina e odontologia devido à força
Na avaliação do padrão de fratura e carga para fratura, em cerâmicas de alumina, zircônia e cerâmicas
vítreas, em coroas de incisivos, foi observado que a zircônia é a mais resistente, suportando maior carga e
que apesar da cerâmica vítrea ser mais fraca que a de alumina, não houve diferença significativa no resultado.
(ANUSAVICE KJ et al., 2013). A zircônia, devido à sua resistência mecânica aumentada, esta cerâmica tem
maior indicação para confeccionar abutments que a alumina. Devendo porém serem respeitados seus
princípios físicos, mecânicos e técnicos, planejando-se conectores com no mínimo 4mm de espessura
(CALIXTO R e MASSING N, 2015).
A disponibilização no mercado de sistemas cerâmicos com melhores propriedades de resistência (tração
e flexural), tenacidade, translucidez e com capacidade de suprir necessidades estéticas e funcionais das
cerâmicas utilizadas nas reabilitações, aumenta a necessidade e importância do profissional ter conhecimento
a respeito da diversidade desses materiais disponíveis no mercado para indica-lo de acordo coma melhor
necessidade clínica e obter resultados duradouros com tempo de vida clínico aumentado (Mattei FP e
Alexandre MC, 2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Selecionar adequadamente a cerâmica baseada apenas na sua translucência pode levar a uma indicação
errônea, podendo dessa forma, confundir o profissional. Então, para facilitar a seleção do material, as
cerâmicas podem ser classificadas em dois grupos principais, os quais se baseiam na presença ou ausência
de vidro na composição do material, sendo eles: cerâmicas vítreas e cerâmicas policristalinas. Algumas
etapas a serem seguidas durante o processo de reabilitação protética com cerâmicas: planejamento
adequado do caso, preparo conservador, preservando o máximo de esmalte, eleição adequada de cerâmicas
para uso, seleção apropriada dos materiais e métodos de cimentação e planejamento adequado para a
manutenção das restaurações. A busca pela excelência estética na Odontologia, se mostra na diversidade e
quantidade de sistema cerâmicos disponibilizados no mercado, cada um com suas vantagens e
desvantagens, indicações e contraindicações, cabendo ao cirurgião-dentista avaliar a real indicação de cada
sistema cerâmico.
REFERÊNCIAS
1. ANUSAVICE KJ, et al. Materiais dentários, 12ed, Elsevier, Rio de Janeiro, 2013; p. 619.
2. BISPO LB. Cerâmicas odontológicas: vantagens e limitações da zircônia. Rev Bras.Odontol. v. 76, n ½, 2015; p. 24-
29.
3. CALIXTO R, MASSING N. Longevidade das restaurações cerâmicas anteriores. Parte 1, Rev. Dental Press Estética,
Araraquara, 2015; p. 18-28.
4. CALIXTO R, MASSING N. Longevidade das restaurações cerâmicas anteriores. Rev. Dental Press Estética. São
Paulo. 2015; p. 18-28.
5. CHUN EP, et al. Microstructural analysis and reliability of monolithic zircônia after simulated adjustement protocols,
Dent Mater. 2017.
6. CONRAD HJ, et al. Current ceramic Materials and Systems with Clinical Recommendations: A systematic review, J.
Prosthet Dent. 2007; p.389.
7. DINATO JC, et al. Sistema CAD/CAM – substituindo o processo de cera perdida na prática clínica com maior precisão,
resistência e menor custo, ProteseNews, 2014; p.22-36.
8. DINATO JC, et al. Sistema CAD/CAM – substituindo o processo de cera perdida na prática clínica com maior precisão,
resistência e menor custo, Protese News. 2014; p. 22-36.
9. FERREIRA HA, et al. influência de agentes clareadores nas propriedades superficiais (rugosidade e microdureza) de
uma cerâmica odontológica, cerâmica. 2016; P. 55-59.
10. GARCIA LFR, et al. Análise crítica do histórico e desenvolvimento das cerâmicas odontológicas, Rev. Gaúcha
Odontol. São Paulo. 2011; p. 67-73.
11. GRACIS S, et al. A New Classification System for All-Ceramic and Ceramic-like Restorative Materials, The Int J
Prosthod. 2015; p.227-235.
12. HELVEY GA. Classifying Dental Ceramics: Numerous Materials and Formulations Available for Indirect Restorations,
Compendium. 2014; p.38-43
13. KELLY JR, et al. Ceramic materials in dentistry: historical evolution and current practice, Australian Dental Journal,
2011; p. 84.
14. KRISHNA JV, et al. Evolution of metal-free ceramics, The Journal of Indian Prosthodontic Society, India, v.9, 2009; p.
70-75.
15. KRISHNA JV, et al. Evolution of metal-free ceramics, The Journal of Indian Prosthodontic Society, 2009; P. 70-75.
16. MAGNO P, BELSER U. Restaurações adesivas de porcelana na dentição anterior- Uma abordagem biomimética,
1ªed. Quintessense Editora Ltda., São Paulo, 2012; p.406.
17. MATTEI FP, ALEXANDRE MC. Chain, Estado da arte das cerâmicas odontológicas. FULL Dentristry in Science,
2011; p. 84-91.
18. MCLAREN EA, FIGUEIRA J. Updating classifications of ceramic dental materials: a guide to material selection. Inside
Dentistry. 2015; p. 48-72.
19. MCLAREN EA, FIGUEIRA J. Updating Classifications of Ceramic Dental Materials: A Guide to Material Selection,
Compendium, 2015; p.400-406.
20. NAUTIYAL A, et al. Recent ceramic materials: an esthetic promise to patient, The Journal of Indian Prosthodontic
Society.2015 p.26-30.
21. SHRIVASTAVA S, et al. Ceramic cementation: a key to succesfull restoration, Annals and Essences of Dentistry.
Department of Prosthodontics, Crown Bridge and Implantology. India, 2014; p. 35-43.
22. SILVA W, et al. Restabelecimento estético e funcional multidisciplinar, Full Dent. Sci. 2015; P. 210-219.
23. SKRIPNIK NN. Cerâmicas para facetas em dentes anteriores: uma revisão de literatura, TCC UFSC, 2016; P. 36p.
24. VARGAS MA. Cementing all-ceramic restorations, JADA, 2011; p. 205-245
25. VENTURINI AB, et al. Effect of Hydrofluoric Acid Concentration on Resin Adhesion to a Feldspathic Ceramic, J Adhes
Dent. 2015; p. 313-320.