Tecnologias Digitais e Educação A Distância - Letramento PDF

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Didática e Prática de Ensino: diálogos sobre a Escola, a Formação de Professores e a Sociedade

TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: LETRAMENTO


DIGITAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Luis Paulo Leopoldo Mercado – [email protected]

Universidade Federal de Alagoas

Resumo

Aborda o cenário das práticas pedagógicas em contextos com uso de tecnologias da


digitais da informação e comunicação (TDIC) e educação a distância (EAD), que
exigem formação continuada de professores universitários, demandam novas
abordagens e métodos de ensino para se manter a motivação do aluno e possibilitam que
professores e alunos sejam autores de conhecimentos e divulgadores de suas produções
em ambientes de aprendizagem na internet. Apresenta os desafios do uso das TDIC na
docência universitária: competências específicas desde a formação, conhecimento dos
instrumentos pedagógicos das TDIC, mediação pedagógica entre alunos, grupos e
material didático, produção de conhecimento colaborativo e a necessidade do
desenvolvimento de novas práticas pedagógicas. Discute práticas de letramento digital e
formação de professores diante das demandas decorrentes das necessidades da formação
de professores para uso das TDIC no ensino superior.

Palavras-chave: Tecnologias Digitais; Letramento Digital; Ensino Superior; Educação


a Distância, Formação de Professores.

Introdução

O cenário atual das tecnologias digitais da informação e comunicação


(TDIC), segundo Coll e Monereo(2010), institui novas práticas sóciocomunicacionais
que desafiam práticas pedagógicas, a formação inicial de futuros profissionais, de
professores da educação básica e a formação continuada de professores universitários,
demandando novas abordagens e métodos de ensino para se manter a motivação do
aluno, além de oferecer possibilidades de professores e alunos serem autores de
conhecimentos e divulgadores de suas produções em novos ambientes de aprendizagem
na internet. O conhecimento dos instrumentos pedagógicos das TDIC na educação

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superior exige perspectivas de autoria, interação na internet, utilização de ambiente


virtual de aprendizagem (AVA), redes sociais entre alunos, grupos, envolvendo
produção de material didático e de conhecimento colaborativo.

Para Bautista, Borges e Flores (2010), o avanço e integração das TDIC está
impactando a educação, mudando os métodos de ensino e aprendizagem, os currículos,
os objetivos de aprendizagem e o papel dos alunos e professores. Nos cursos superiores,
vivencia-se situações contraditórias: alunos sabem utilizar muito bem as TDIC enquanto
que os professores formadores não conseguem incorporá-las nas suas aulas.

Os cursos de formação docente, muitas vezes não problematizam ou usam as


TDIC em suas práticas. Os professores, de maneira geral, têm pouca experiência e
alguns apresentam certa resistência em aplicá-las, talvez por não dominarem as TIC.

A formação dos professores muitas vezes não contempla questões relacionadas


ao exercício da profissão docente com uso das TDIC, sendo fundamental criar nas
instituições de ensino superior (IES) espaços para discussão e reflexão a respeito da
docência e dos desafios enfrentados no uso das TDIC no exercício dessa profissão.

Os principais argumentos favoráveis ao uso das TDIC no ensino superior são: as


novas gerações de alunos precisam ser preparadas para atuar na cultura da informação e
do conhecimento; as IES deve favorecer a aprendizagem do nativo digital, visando a
criatividade e a competência no uso das TDIC; o uso de TDIC na sala de aula traz novos
desafios, altera dinâmicas sociais e cria uma relação de maior diálogo entre professor e
aluno; as TDIC configuram novos espaços e cenários para a formação: ampliam a oferta
informativa e possibilidades para a orientação e tutoria, eliminam barreiras espaço-
temporais, facilitam o trabalho colaborativo e a autoaprendizagem, além de
potencilizarem a interatividade e a flexibilidade na aprendizagem.

O trabalho com competências para uso das TDIC no ensino superior está na
ordem do dia dos governos e agências formadoras. Saber utilizar e integrar TDIC nas
atividades formativas é um objetivo nas atividades de formação docente e muito
incentivado em editais de pesquisas.

O maior desafio ainda é a formação dos professores das IES para uso e
incorporação das TDIC nas suas aulas. Diferente da educação básica, que tem uma
longa história de incentivo ao uso das TDIC nas aulas, o ensino superior não teve

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nenhum incentivo ou programa específico focado para esta questão, situação que passou
a mudar nos últimos anos, provocado principalmente pelas necessidades trazidas pela
adesão das IES à modalidade da EAD.

O uso das TDIC muda a relação entre ensino presencial e educação amdistância
(EAD), pois esta prescinde das TDIC e, para se fazer EAD de qualidade é preciso
investir em metodologias inovadoras e experimentação de práticas pedagógicas em
contextos virtuais, o que exige domínio pleno das interfaces tecnológicas.

A EAD ajudou bastante no impulso das TDIC no ensino superior. Nos últimos
anos práticas interessantes vem sendo construídas e utilizadas pelos professores das
diversas áreas. A docência com TDIC se dá em novos espaços educativos, sendo o mais
significativo a aula virtual ou online utilizando AVA, espaço que permite o uso de
atividades diversificadas, salas de aulas na internet e realização de atividades a
distância. Este espaço valoriza a experiência como fonte de aprendizagem e
metodologias centradas em atividades que exigem participação, iniciativa e cooperação
na solução de problemas.

Neste contexto, existem ainda dificuldades no uso das TDIC: as IES não estão
formando professores para práticas com TDIC e não integram estas nos currículos e
práticas desenvolvidas na formação; as atividades com TDIC mais usadas estão
centradas no professor, sem interação com os recursos; falta de tempo e disponibilidade
para formação; limitado acesso às TDIC; resistência às mudanças e a não percepção de
benefícios do uso das TDIC.

Alguns desafios são postos ao currículo do ensino superior diante do uso das
TDIC (MERCADO, 1998; MERCADO e ARAÚJO, 2010): desenvolver competências
para uso das TDIC; lidar com alunos multitarefas da geração digital; preparação das
novas gerações para o conhecimento tecnológico; desenvolver práticas educativas com
multiletramentos; melhorar as aulas no ensino superior com uso de TDIC como
ferramentas motivadoras da aprendizagem; prover recursos e conteúdos digitais que
favoreçam o uso e integração pedagógica das capacidades instaladas na IES; utilizar
TDIC nos conteúdos curriculares; promover novas formas de ensinagem; formar
professores/tutores para competências da educação digital como uso de redes sociais
virtuais envolvendo saberes coletivos.

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Os aspectos relativos à preparação pedagógica para uso das TDIC no ensino


superior raramente são parte dos cursos de formação de professores, como a disposição
de alguns cursos de pós-graduação stricto sensu de incluir nos seus currículos a
disciplina de Metodologia do Ensino Superior. Uma proposta interessante de inserção
das TDIC no ensino superior é através do estágio de docência CAPES, 2010), que pode
incentivar a tutoria em TDIC na EAD, como componente curricular na qual o aluno da
Pós-graduação acompanha um professor universitário em seu exercício docente,
geralmente, nos cursos de graduação.

A formação do professor apresenta grandes desafios, envolvendo mais do que


prover conhecimentos sobre TDIC. É preciso que na formação do professor se propicie
vivências de experiências com tecnologias inseridas no currículo que contextualizem o
conhecimento que o professor constrói, pois é o contexto da escola/universidade, a
prática dos professores e a presença dos seus alunos que determinam o que deve ser
abordado nos cursos de formação.

O processo de formação precisa proporcionar condições para o professor


construir conhecimento sobre as TDIC, entender por que e como integrar estas na
prática pedagógica e ser capaz de superar dificuldades administrativas e pedagógicas,
possibilitando uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de
problemas do interesse dos alunos.

A formação para EAD na perspectiva online exige atividades dinâmicas que


envolvam o uso das TDIC na perspectiva da pedagogia da autoria, na qual alunos e
professores se tornam autores, como registros visuais para serem disponibilizadas na
internet no YouTube e nas atividade que envolvem planejamento (roteirização),
execução (filmagens), organização (edição do material) e publicação (disponibilização
na internet).

As TDIC, como instrumentos à disposição do professor e do aluno, podem se


constituir em agente de melhoria da qualidade do ensino superior e que requer
professores com adequada formação, com conhecimentos sólidos da didática e dos
conteúdos, com desenvolvimento de práticas pedagógicas que utilizem TDIC e AVA
como interfaces que atendam às necessidades individuais e coletivas, que estimulem a
construção criativa e a capacidade de reflexão e que favoreçam o desenvolvimento da

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capacidade intelectual e afetiva, levando à autonomia e à democracia participativa e


responsável.

A Formação Docente e o Utilização das TDIC como Inovação no Ensino Superior

As TDIC são artefatos que fazem parte da vida das pessoas e quando estas
percebem usos significativos e passam a usá-las, poderão melhorar suas práticas e
formas de fazer, podendo levar à mudanças relacionadas ao fazer pedagógico e o que se
faz com TDIC no ensino superior.

A inclusão das TDIC como conteúdo da formação docente universitária ainda é


muito incipiente. Para Aretio (2014), não se valoriza na formação de professores que a
alfabetização em meios digitais aumentem a importância como competência-chave em
qualquer disciplina ou profissão.

Para atender a alfabetização digital, vários desafios são postos em relação ao uso
das TDIC: preparar os atuais professores universitários para usar conteúdos digitais;
incluir o ensino digital nas faculdades de formação de professores; desenvolver
instrumentos para avaliar o papel das TDIC na melhoria dos processos de ensinagem;
aprender novas formas de pensar processos de ensinagem; desaprender prática
e\cristalizadas em relação a processos formativos da docência.

Coll (2011) apresenta algumas particularidades inovadoras para o ensino e


aprendizagem com TDIC quando utilizadas como: instrumentos mediadores das
relações entre os alunos e os conteúdos de aprendizagem; instrumentos mediadores das
relações entre os professores, conteúdos de ensino e aprendizagem; instrumentos
mediadores das relações entre os professores e os alunos e entre os alunos; instrumentos
mediadores da atividade conjunta realizado por professores e alunos durante a
realização de atividades de ensino-aprendizagem; instrumentos configuradores de
espaços de trabalho e de aprendizagem.

No contexto da inovação pedagógica, experiências inovadoras no ensino


superior envolvem a articulação dos conhecimentos disciplinares com o uso das TDIC;
a promoção e o desenvolvimento de competências para planejar diversas atividades com
o uso destas; o acompanhamento e avaliação dos alunos através dos recursos TDIC; a

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renovação dos planos e programas dos cursos universitários, incorporando TDIC como
ferramenta didática de planejamento e desenvolvimento profissional.

Algumas tendências de práticas inovadoras da integração das TIC ao currículo,


levantadas por Ribeiro et al (2013) e Aretio (2014) são: publicação multimidia online
utilizando ferramentas como blogs e wikis para a publicação de conteúdo educativo
online; interligação entre redes sociais e conteúdo online, permitindo a disseminação de
conteúdo online nas redes, com a reafirmação da autoria através do registro de
produções como os vídeos realizados para o YouTube; AVA e ferramentas Web 2.0
incorporando ferramentas colaborativas tais como o Google Docs; mobilidade e uso da
internet na sala de aula; uso da internet para produção de mídia com fotos, vídeos ou
áudio. Mostra a importância da produção em mídia online para registro de pesquisa e
para ação docente; investigação de temas como redes sociais e realidade aumentada
envolvendo a realização de experimentos práticos que despertam interesse dos
pesquisadores; investimentos em cursos Massivos Online (MOOC) e recursos
educacionais abertos (REA).

A formação inicial e continuada para uso das TDIC na docência do ensino


superior tem como objetivos: formar professores para usarem as TDIC no âmbito das
suas áreas especificas de formação e atuação; formar professores para questões acerca
da estrutura e funcionamento da modalidade e uso do AVA; construir propostas
didático-pedagógicas a partir de metodologias inovadoras, para a concepção de
materiais didáticos para EAD, além de estimular a autoria coletiva nessa concepção;
formar profissionais das coordenações de cursos e coordenações de polos acerca da
promoção e gerenciamento institucional da EAD; utilizar TDIC nos cursos presenciais,
institucionalizando a cultura da EAD na comunidade acadêmica da IES; promover a
integração do ensino presencial com a modalidade a distância por meio da troca de
experiência entre as equipes docentes atuantes em ambas modalidades; promover o
desenvolvimento e inovações metodológicas de gestão e de conteúdo, de produção de
material didático, dos processos de organização, de projeto e sua implementação;
discutir bases teóricas e metodológicas que fundamentam o uso de TDIC no ensino
superior.

Algumas competências dos professores são necessárias para uso das TDIC no
currículo com TIC: autoria com mídias; conhecimento e uso das ferramentas de

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interação; mediação pedagógica; produção de conhecimento colaborativo; experiências


como fonte de aprendizagem; metodologias centradas em atividades que exigem
participação, iniciativa, cooperação na solução de problemas; novos letramentos: digital,
sonoro e informacional.

A formação de professores para que desenvolvam as competências pedagógicas


de uso das TDIC integra as dimensões: teórica, relacionada com sua área de
conhecimento e atuação; pedagógica, com as estratégias de mediação, comunicação,
orientação e acompanhamento do aluno e respectivos processos de aprendizagem; e
tecnológica, com o domínio das tecnologias e as competências pedagógicas de
integração das TDIC ao currículo e à pesquisa cientifica. (ALMEIDA, 2012, p. 1066).

Para Ferrari (2012, p. 3), competência digital é o “conjunto de conhecimentos,


habilidades, atitudes, estratégias e sensibilizações requeridas quando as TDIC são
utilizadas para realizar tarefas, resolver problemas, comunicar-se, gerenciar
informações, colaborar, criar e compartilhar conteúdos, construir conhecimento de
maneira efetiva, eficiente, adequada, de maneira crítica, criativa, autônoma, flexível,
ética, reflexiva para o trabalho, o ócio, a participação, a aprendizagem, a socialização, o
consumo e o empoderamento.

As atuais necessidades da educação superior implicam no desenvolvimento das


competências docentes relacionadas à alfabetização tecnológica, que incluem
habilidades em alfabetização digital, com capacidade de selecionar, produzir, adaptar e
utilizar conteúdos educacionais digitais, jogos, exercícios e conteúdo da web em
laboratórios de informática ou em salas de aula.

A possibilidade do próprio professor utilizar os espaços da internet,


publicando conteúdo em qualquer formato midiático, de maneira rápida e fácil, estimula
a abertura de espaços para a autoria, que se manifesta na produção pelos alunos ou
professores dos seus próprios textos e uso das mídias textuais, imagéticas e sonoras
disponibilizadas nas interfaces disponibilizadas na internet. Com isso, segundo Silva
(2013), as práticas de letramento digital estão sendo redimensionadas em função das
mudanças tecnológicas que estão transformando a leitura e a escrita em diferentes
suportes.

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As TDIC permitem o surgimento de letramentos emergentes na sociedade


contemporânea, nos quais passa-se de uma forma de comunicação oral e escrita a uma
comunicação que tem a possibilidade de utilizar os meios de expressão escrita, vídeo,
áudio possibilitando realizar comunicações escritas, através de chats e fóruns e a
possibilidade de transformar a informação com as ferramentas participativas da web 2.0
no trabalho colaborativo das wikis.

Para Schlemmer (2013), de acordo com a Unesco, os “programas de formação e


de capacitação docentes não estão sendo suficientes para responder às necessidades do
desenvolvimento de competências vinculadas ao uso responsável e comprometido de
diferentes TDIC no contexto educacional. A nova realidade social exige a criação de
espaços formativos e de capacitação docente nos quais os professores possam
desenvolver as competências necessárias para capacitar os alunos para atuarem no
mundo atual, propiciando aos alunos oportunidades de aprendizagem a partir do uso de
diferentes TDIC.

Para Carrera e Coiduras (2012), os principais componentes que configuram a


competência digital do professor universitário são: conhecimento sobre
ferramentas/interfaces das TDIC, aplicação na internet e capacidade para avaliar seu
potencial didático; projeto de atividades e situações de aprendizagem e avaliação que
incorporem as TDIC de acordo com seu potencial didático, com os alunos e com seu
contexto; implantação e uso ético, legal e responsável das TDIC; transformação e
melhoria da prática profissional docente, tanto individual quanto coletiva; tratamento e
gestão eficiente da informação existente na internet; uso da internet para o trabalho
colaborativo e comunicação e interação interpessoal.

As principais competências digitais dos professores são: capacidade de construir


recursos educacionais como ferramentas da web 2.0; saber acessar e inserir informações
em AVA; avaliar, integrar, interpretar e comparar informações de múltiplas fontes em
espaços digitais; comunicar e transmitir informações para diferentes e variadas
audiências, através de meios adequados; organizar o processo de aprendizagem de
indivíduos ou grupos que trabalham autonomamente (PETERSEN e GULDBRANDT,
2006); facilitar a criação de comunidades de aprendizagem, assumindo um papel ativo
na dinamização das discussões, na manutenção do espaço de interação informal,
tornando-se visível sem dominar as interações, incentivando a participação dos alunos
de modo contínuo; habilidade para usar, gerenciar, valorizar e compreender a tecnologia

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– alfabetização tecnológica (ISTE, 2000); propiciar um clima relacional e


comunicaconal online constante entre os alunos e o professor; tutorar e avaliar o
processo e produtos de trabalho elaborados pelos alunos.

O professor deve considerar os níveis de letramento digital dos alunos


(MERCADO e ARAUJO, 2010) que interferem nas interações online e no processo de
comunicação e o paradoxo das gerações de imigrantes e de nativos digitais (PRENSKY,
2001).

Para Lima e Araújo (2011), letramento difital é o “exercício das práticas sociais
de leitura e escrita em ambientes virtuais, mediante o potencial de interatividade
oportunizado pelas TDIC. Para Macedo e Couto Junior (2013, p. 5007), “vai além do
mero uso do computador na produção de um texto, mas se revela pelo uso do
conhecimento adquirido mediante as possibilidades do computador/internet. Para
Buzato (2007) são redes complexas de práticas sociais de uso de TDIC e dispositivos
digitais e devem contemplar a apropriação de habilidades para que o indivíduo possa ser
letrado em diferentes linguagens no contexto digital, participar de práticas sociais que
transcendem as letradas, envolvendo outras linguagens (visual, musical, matemática,
etc), outras formas que sejam essenciais para comunicar, expressar sentimentos, idéias e
experiências nos AVA.

Com isso, não é suficiente apresentar TDIC aos alunos, é preciso atribuir sentido
a estes usos e promover a reflexão sobre o potencial pedagógico decorrente dessa
utilização. Os sentidos se constroem à medida que os alunos aplicam a teoria na prática
e, a partir dos resultados obtidos, validam estes conhecimentos, inclusive construindo
soluções criativas aplicáveis a novos desafios.

O conceito de letramento digital é visto como uma nova forma de conceber as


práticas de leitura e escrita a partir do uso de TDIC, com internet, whats ap, redes
sociais, salas virtuais. Nessde cenário, o aluno não apenas precisa dominar a leitura e a
escrita, mas também saber utilizar essas TDIC, entender e fazer uso dessa linguagem,
como os computadores, softwares, internet, e-mail, serviços, etc, que vão muito além de
aprender a digitar ou manusear TDIC.

Para Gomes, Silva e Nunes (2013), o uso das TDIC na sala de aula pode
determinar novas formas de aprender e levar o professor a repensar sua forma de ensinar
nesse contexto, o que traz outras exigências para a formação do professor. Segundo a

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Unesco (2009, p. 12), “os professores também precisam ter a habilidade e a inclinação
para experimentar e aprender a usar constantemente as TDIC para criar comunidades
profissionais de conhecimento.

Segundo Romani (2012, p. 852), as tendências para a educação do século XXI


reforçam o letramento e as novas competências digitais entre gerações mais jovens. Para
o autor, competências digitais é o “conjunto de capacidades e habilidades para explorar
o conhecimento tácico e explícito, complementado pela utilização de tecnologias
digitais e o uso de estratégias de informação”. Essas competências exigem o uso
proficiente da informação e aplicação do conhecimento para trabalhar individualmente e
de forma colaborativa em contextos mutante. As competências digitais defendidas por
Murashima (2011), Lima e Araújo (2011), Loureiro e Rocha (2012) são:

- Consciência digital – pensamento cognitivo, que envolve a familiaridade com as


TDIC e a compreensão se são benéficas ou prejudiciais à sociedade, usá-las como meio
para facilitar o desenvolvimento individual ou coletivo de conhecimentos, habilidades e
novas capacidades, tanto na vida social quanto profissional.

- Letramento tecnológico – uso confiante e crítico das TDIC para estudos, trabalho,
lazer e comunicação, capacidade de interagir com a TDIC, assim com aplicações para
produtividade, em dispositivos de comunicação e aplicativos de gerenciamento. Inclui o
uso dos principais recursos computacionais, como redes sociais, AVA, editor de textos,
planilha de cálculos, bases de dados e ferramentas para armazenamento e gerenciamento
de informações.

- Letramento informacional – compreender, integrar, avaliar e interpretar informação


de todos os tipos de fonte. Capacidade de avaliar a confiabilidade e qualidade da
informação é um aspecto central para decidir qual e quando uma determinada
informação é necessária para uma audiência, um contexto ou uma tarefa específica.

- Letramento digital – proficiência ao construir conhecimento com base no emprego


estratégico de TDIC, para informação e conhecimento. Competências ligadas ao
letramento digital são: utilizar ferramentas de TDIC para procurar, encontrar,
identificar, reconhecer a informação desejada; saber como coletar ou recuperar
informações em ambiente digital, capacidade de desenvolver estratégias de busca para
localizar informação de uma ou mais fontes; gestão, organização da informação e

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conhecimento novos ao adaptar, desenhar, editar, inventar, ou representar informação e


conhecimento a vários indivíduos e/ou grupos.

Para Alava (2012), as competências digitais envolvem os saberes informacionais


(pesquisar e dominar os fluxos de informações), saberes tecnológicos (dominar as
tecnologias e compreender os conceitos subjacentes), saberes criativos (saber ser
criativo e inovador numa cultura digital), saberes estratégicos (pensamento crítico,
resolução de problemas e tomada de decisões), saberes de cidadania (ética, respeito pelo
próximo, atitude de cidadania ecológica na era digital) e saberes em comunáutica
(trabalhar em equipe, cooperar, colaborar, saber interagir em comunidade).

A alfabetização digital cada vez é mais importante como habilidade fundamental


em cada disciplina e profissão. O desenvolvimento do m-learning e de MOOCs
implicam o surgimento de novos modelos e metodologias de apresentação dos
conteúdos de aprendizagem. Proporcionam a aparição de novas dinâmicas de interação
entre professores e alunos e favorecem o desenvolvimento de práticas colaborativas.

Muitos professores não aceitam a proposta de formação prévia para atuação


docente online, por acreditarem que sua autonomia e experiência docente no presencial
são suficientes para atuar em cursos online, desde que contemplem conteúdos
dominados por eles; outros rejeitam a participação no acompanhamento dos alunos,
entendendo que o ponto crucial do curso é a organização do material didático; outros,
ainda, assoberbados de trabalho, adentram pelo mundo dos cursos online sem que o
tempo lhes permita participar de uma formação para a docência online. (RICCIO et al,
2014).

Necessidades Formativas para Atuação na EAD

A EAD é uma modalidade de ensino mediada por TDIC e requer formação


docente e estratégias didático-pedagógica específicas, que incluam a utilização
pedagógica dos recursos tecnológicos nela empregados e a sua forma de organização.
Na EAD, novas competências e habilidades são requeridas, sobretudo aquelas
relacionadas à criação e autoria de materiais didáticos-pedagógicos (NEVADO,
CARVALHO e MENEZES, 2007). A EAD exige professores com formação e dominio
das TDIC, utilizando adequadamente as ferramentas do AVA. Formação relacionada

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não apenas em saber utilizar os recursos em si, mas sua aplicação pedagógica. Quanto
às ferramentas utilizadas nos cursos online, os professores devem dominar as interfaces
encontradas nos AVA, nas quais a mediação se dá por meio de ferramentas síncronas e
assíncronas.

Os professores que atuam na EAD necessitam conhecer a aplicabilidade


pedagógica das interfaces de aprendizagem. (SALES e NUNES, 2012) Se por um lado,
os cursos de formação devam favorecer este aprendizado, de outro, os professores
devem estar abertos a esses novos conhecimentos. Dominar os recursos tecnológicos e
saber lidar pedagogicamente com eles constitui um grande desafio na formação de
professores para atuarem nos cursos a distância.

A expansão da EAD nas IES, através do aumento da demanda para oferta de


cursos de graduação, pós-graduação latu sensu e extensão à distância, ampliou a
necessidade de professores e tutores com conhecimento de como trabalhar com EAD e
da metodologia de elaboração de material didático que envolva uso de TDIC e AVA.

A formação na EAD tem como objetivo preparar para atuar na EAD com o
professor, tutor, coordenador para conhecer os fundamentos da EAD e suas aplicações
com uso das TDIC na educação; discutir os direitos autorais e licenças de uso dos
materiais didáticos produzidos pela EAD; condução de cursos online; mediação em
AVA; práticas pedagógicas na EAD: currículo, planejamento e avaliação; elaboração e
produção de objetos de aprendizagem para educação online; utilizar ferramentas para
produção colaborativa de material didático e administração acadêmica; conhecer
metodologias de ensino baseada na internet.

A introdução de disciplinas semi-presenciais nos cursos superiores,


possibilitados pela Portaria n. 4.059/2004, vem permitindo inovações e experimentações
no trabalho com disciplinas presenciais. Permite completar as atividades de
aprendizagem em sala de aula com atividades virtuais, supervisionados pelos
professores, combinando o presencial com a flexibilidade que o virtual permite.

Um dos pontos cruciais desta formação é a necessidade da promoção de


atividades que favoreçam aqueles que não dominam as TIC ou não fazem uso das
mesmas no seu cotidiano. Ações de formação de professores e tutores para uso de AVA
na EAD permitem o desenvolvimento da fluência tecnológica para que possam

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participar de atividades à distância, com suporte no meio digital, permitindo a inclusão


digital dos professores e tutores envolvidos na EAD.

A formação dos professores/tutores para EAD tem como objetivo possibilitar o


domínio da filosofia da IES formadora, o projeto pedagógico do curso em que atuam e
os pressupostos que norteiam a EAD; fundamentar o trabalho de orientação,
planejamento, acompanhamento e avaliação; compreender a estrutura dos cursos em
EAD, atores e ferramentas tecnológicas de mediação pedagógica; conhecer aspectos
pedagógicos da ação tutorial online a partir da reflexão sobre prática; acompanhar os
alunos; conhecer os fundamentos da Psicopedagogia, na tutoria; gerenciar atividades de
tutoria no curso a distância; utilizar ferramentas e recursos digitais de mediação e
interação pedagógica; ações pedagógicas e administrativas do tutor; conhecer
metodologias, ferramentas digitais e materiais didáticos nos processos de interação em
AVA; trabalhar na editoração, organização, revisão e impressão, dos materiais
didáticos; desenvolver a aula online.

Uma das principais demandas da EAD é elaboração de material didático pelo


professor conteudista, para serem utilizados em AVA dos cursos ofertados na
modalidade à distância. Essa elaboração envolve planejamento didático, desenho
instrucional, construção de dinâmicas pedagógicas, escolha de mídias, implementação
dos módulos produzidos no AVA, seleção e formação dos tutores nos materiais
elaborados.

Para Padilha e Cordeiro (2013, p. 22), a formação continuada na prática envolve


estudos teórico-práticos, além da reflexão de aplicação práticas de situações de ensino
mediadas pelas TDIC e proposições de professores para uso de atividades com TDIC
para aulas e atividades a distância como fóruns, pesquisas e planejamento de aula.

Para Rosa (2014), a literacia digital indica as competências necessárias para


consolidar o uso eficaz das TIC no campo educacional: competências instrumentais,, na
qual se inclui o domínio de requisitos de manipulação de software e hardware e de
navegação; e competências cognitivas, relacionadas aos processos de avaliar, criticar,
selecionar, assimilar e usar, com enriquecimento cultural próprio e/ou coletivo.

Para Santos (2009), o letramento digital implica em: saber como buscar a
informação necessária em ambientes virtuais/digitais; gerir e organizar a informação

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para utilizá-la; avaliar, integrar, interpretar e comparar informações de múltiplas fontes;


criar e gerar conhecimentos adaptando, aplicando e recriando novas informação;
comunicar e transmitir informação para diferentes e variadas audiências, por meios
adequados.

Considerações Finais

A educação superior necessita intensificar o uso da TIC não apenas como


elemento capaz de ensejar aprendizagem de melhor qualidade mas para preparar os
egressos dos cursos oferecidos nas IES, em todas as áreas, a atuar como se espera do
cidadão do século XXI que usa a tecnologia, de forma natural e produtiva em sua
atuação em qualquer área do conhecimento.

A incorporação das TDIC no ensino superior requer novas práticas docentes,


que necessitam processos de formação e acompanhamento em aula. Este processo deve
iniciar na formação inicial e estender-se durante o exercício da profissão docente,
convertendo o uso das TIC num apoio maior aos constantes esforços por conseguir uma
educação equitativa e de qualidade.

Algumas superações docentes trazidas pelo uso de TDIC no ensino superior são
necessárias: inclusão digital do professor universitário; conhecimento dos recursos das
TDIC e AVA; vivência de experiências concretas de atividades e projetos colaborativos;
introdução de novos paradigmas baseados na interação, colaboração e cooperação;
desenvolvimento de práticas de autoria co TDIC; desenvolvimento de formas dinâmicas
que favoreçam a aprendizagem nos processos de educação formal; aprendizagem do uso
funcional das TDIC; conhecdimento das práticas sócio-culturais associadas ao manejo
das TDIC na sociedade da informação; participação em práticas utilizando TDIC de
maneira adequada.

As ações desenvolvidas junto aos programas e ações formativas de professores


voltadas paras as TDIC busca atingir os resultados: uma efetiva utilização pelos
professores das IES, uso das TDIC nas atividades presenciais e a distância;
alfabetização tecnológica no uso das TDIC pelos professores; estudo de formas
alternativas de ensino durante o período presencial e a distância visando atender ao
grande número de alunos; melhorar as condições de acesso e produção de materiais para

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EAD em AVA; melhoria no uso das possibilidades interativas entre alunos, professores,
tutores, coordenação; utilização de TDIC para interagir com professores, tutores;
realizar pesquisas na internet e estudo usando material nos AVA, além de preparar
professores/tutores para o contexto da educação online.

Assim, os principais desafios da educação online no cenário da formação são:


formação continuada de professores para exercício da docência online e uso das TDIC;
implementação e utilização dos recursos do AVA nos diversos cursos da IES;
disseminação da cultura de utilização de TDIC; inclusão da carga horária a distância
para todos os cursos de graduação; incentivo da utilização de novas metodologias nas
práticas docentes; incentivo da oferta de disciplinas na modalidade a distância em
cursos presenciais/semi-presenciais; formação de professores para produção de
materiais didáticos para EAD.

Repensar os currículos de cursos de formação de professores e de programas de


pós-graduação, com o intuito de se implementar ações de valorização e incentivo à
formação de professores com foco no uso pedagógico das TDIC na modalidade EAD é
um dos desafios postos às IES.

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