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Aluno: Gesiel Fortes

Atividade 1
1. Na equação da lei de Fourier abaixo, a taxa de transferência de calor q𝑥 é vetorial
pois é a taxa de transferência de calor na direção x, assim como pode ter a taxa de
transferência de calor nas direções y e z. O gradiente de temperatura dT/dX é vetorial.
A área é uma grandeza escalar. A condutividade térmica k é vetorial pois pode ter nas
três direções. O sinal negativo consequência do fato do calor ser transferido na direção
de maior temperatura para a menor temperatura, ou seja, na temperatura decrescente.

2. Uma superfície isotérmica é uma superfície de temperatura constante. A lei de


Fourier, implica que o fluxo térmico é uma grandeza direcional. Em particular, a direção

de é normal à área da seção transversal A. Ou, de uma maneira mais geral, a direção
do escoamento de calor será sempre normal a uma superfície isotérmica.

3. No sistema cartesiano, a taxa de condução de calor em uma dada direção é


proporcional ao gradiente de temperatura naquela direção. As taxas de transferência de
calor através de uma superfície são em uma direção perpendicular à superfície de
controle nas posições x, y e z das respectivas coordenadas indicadas pelos termos q𝑥 ,
q𝑦 , q𝑧 , respectivamente. As equações do fluxo térmico para cada uma delas são:

A unidade do gradiente de temperatura é kelvin por metro (K/m) e a forma geral do vetor
fluxo térmico e da lei de Fourier é:

Para o sistema cilíndrico, representado em coordenadas cilíndricas, os componentes do


fluxo térmico são nas direções radial, circunferencial e axial, e da lei de Fourier
na qual , sendo o primeiro fluxo para
direção radial, o segundo para circunferencial e o terceiro para axial. Aplicando um
balanço de energia no volume de controle diferencial é obtida a forma geral da equação
do calor a seguir:

O gradiente de temperatura dT/dx ou dT/dy ou dT/dz na Lei de Fourier deve ter sempre
unidades de kelvin por metro (K/m). Por esse motivo, ao determinar o gradiente para
uma coordenada angular, ele deve ser expresso em termos de uma variação diferencial
de comprimento do arco. Por exemplo, o componente do fluxo térmico na direção
circunferencial é

Para o sistema esférico a lei de Fourier, o vetor fluxo térmico é

Na qual

são os componentes do fluxo térmico nas direções radial, polar e azimutal,


respectivamente. Aplicando um balanço de energia no volume de controle diferencial da
é obtida a forma geral da equação do calor a seguir:
A unidade do gradiente de temperatura deve ter unidades de Kelvin por metro (K/m).
4. Uma propriedade da matéria vista pela Lei de Fourier é a condutividade térmica. Essa
propriedade que é classificada como uma propriedade de transporte, e fornece uma
indicação da taxa na qual a energia é transferida pelo processo de difusão. Ela depende
da estrutura física da matéria, atômica e molecular, que está relacionada ao estado da
matéria. A partir da lei de Fourier, a condutividade térmica associada à condução na
direção x é definida como:

. Definições similares estão associadas às condutividades


térmicas nas direções y e z (ky, kz), porém para um material isotrópico a condutividade
térmica é independente da direção de transferência, kx = ky = kz ≡ k. Sua unidade é
Watts por metro vezes Kelvin (W/(m.K)).

5. Material isotrópico é quando a condutividade térmica é igual em todas as direções e


independente da direção da coordenada.

6. A condutividade térmica é maior no sólido do que no líquido por mostrar uma


tendência que se deve em grande parte à diferença no espaçamento intermolecular nos
respectivos estados. Como o espaçamento intermolecular no liquido é maior que no
estado solido, o transporte de energia térmica é menos efetivo. A condutividade térmica
de um gás é menor do que de um líquido porque o espaçamento intermolecular de um
gás é maior e o movimento das moléculas é mais aleatório no estado gasoso do que no
estado líquido, sendo o transporte de energia térmica menos efetivo ainda do que no
líquido.

7. Um sólido pode ser composto por elétron livres e átomos ligados em um arranjo
periódico de lattice. Consequentemente, o transporte de energia térmica pode ser
devido a dois efeitos: migração de elétrons livres e ondas vibracionais no lattice. Quando
visto como um fenômeno de partículas, os quanta da vibração do lattice são chamados
de fônons. Em metais puros, a contribuição dos elétrons para a transferência de calor
por condução predomina, enquanto em não condutores e semicondutores a contribuição
dos fônons é dominante. Nos metais, a condutividade térmica está relacionada com a
condutividade elétrica uma vez que além de possibilitarem a corrente elétrica,
transferem também energia térmica, por isso um sólido condutor elétrico tem uma
condutividade térmica maior que a de um não condutor. No entanto, a correlação entre
a condutância elétrica e a térmica tem a forte influência dos elétrons no processo de
transferência de eletricidade e dos fônons no processo de transferência de energia
térmica.

8. Nos isolantes tradicionais do tipo fibras, pós, ou flocos, o material sólido encontra-se
finamente disperso em um espaço de ar. A condutividade térmica efetiva, que depende
da condutividade térmica e das propriedades radiantes da superfície do material sólido,
bem como da natureza e da fração volumétrica do ar ou espaços vazios. Um importante
parâmetro do sistema é sua densidade aparente (massa de sólido/volume total), que
depende fortemente da forma na qual o material está empacotado. Se pequenos
espaços ou túneis são formados pela ligação ou fundição de porções do material sólido,
uma matriz rígida é criada. Isolantes refletivos são compostos por múltiplas e paralelas
camadas de folhas finas ou lâminas de alta refletividade, que são espaçadas entre si de
modo a refletir a energia radiante de volta à sua origem. O espaçamento entre as folhas
é projetado de modo a restringir o movimento do ar e, em isolantes de alta performance,
há vácuo nesse espaço. Em todos os tipos de isolantes, vácuo nos espaços vazios
implica a redução da condutividade térmica efetiva do sistema. A transferência de calor
através de qualquer um desses sistemas de isolamento pode incluir vários modos:
condução através dos materiais sólidos; condução ou convecção através do ar nos
espaços vazios e troca radiante entre as superfícies da matriz sólida. A condutividade
térmica efetiva leva em consideração todos esses processos e não somente quando o
calor é transferido do sistema por condução. A condutividade térmica efetiva de um
sistema de isolamento que perde calor por condução é baixo, e em um sistema isolado
tradicional, o calor pode ser conduzido por condução até certo ponto e logo é
interrompido por um sistema com vácuo. Isso torna a avaliação da condutividade térmica
apenas por condução uma avaliação rasa da efetividade desse sistema.

9. O efeito da temperatura, da pressão e das espécies químicas na condutividade


térmica de um gás pode ser explicado pela teoria cinética dos gases. Desta teoria sabe-
se que a condutividade térmica é diretamente proporcional à densidade do gás, à

velocidade molecular média e ao livre percurso médio λlpm, que é a distância média
percorrida por um transportador de energia (uma molécula) antes de experimentar uma
colisão.

(1)
O livre percurso médio também depende do diâmetro da molécula, com moléculas
maiores com maior probabilidade de colidir do que moléculas menores; no caso limite
de uma molécula infinitamente pequena, ela não pode colidir, resultando em um livre
percurso médio infinito. A velocidade molecular média, , pode ser determinada a partir
da teoria cinética dos gases e a Equação 1 pode ser finalmente escrita na forma

(2)

na qual o parâmetro γ é a razão dos calores específicos, γ ≈ cp/cv, N é o número de


Avogadro, N = 𝑁 = 6,022 𝑥 1022 moléculas por mol, kB é a constante de Boltzmann, kB
= 1,381 × 10−23 J/K, Cv é o calor específico a volume constante (J/Kg.K), M é a massa
molecular e T a temperatura em Kelvins. A Equação 2 pode ser usada para estimar a
condutividade térmica de um gás, entretanto modelos mais precisos tenham sido
desenvolvidos. Como pode ser visto pela equação 2, a condutividade térmica aumenta
com o aumento da temperatura e independe da pressão, à exceção de casos extremos
por exemplo, quando as condições se aproximam daquelas odo vácuo perfeito.

10. A difusividade térmica α mede a capacidade de um material de conduzir energia


térmica em relação à sua capacidade de armazená-la. Materiais com α elevados
responderão rapidamente a mudanças nas condições térmicas a eles impostas,
enquanto materiais com α pequenos responderão mais lentamente, levando mais tempo
para atingir uma nova condição de equilíbrio. Em análises de transferência de calor, a
condutividade térmica α é a razão entre a condutividade térmica e a capacidade térmica
volumétrica é uma importante propriedade chamada difusividade térmica α, que tem
unidades de m²/s:

, sendo k a condutividade térmica (W/(m.K)), ρ a massa específica


(Kg/m³), 𝑐𝑝 o calor específico a pressão constante (J/(Kg.k)).

11. A equação do calor descreve uma condição física importante, que é a conservação
da energia. A equação do calor é
Para saber o significado de cada parcela da equação, a parcela ∂(k∂T/∂x)/∂x está
relacionada ao fluxo líquido de calor por condução para o interior do volume de controle
na direção da coordenada x. Desta maneira, multiplicando por dx,

Expressões similares se aplicam aos fluxos nas direções y e z. Portanto, em palavras,


a Equação do calor afirma em qualquer ponto do meio, a taxa líquida de transferência
de energia por condução para o interior de um volume unitário com a soma da taxa
volumétrica de geração de energia térmica do meio é igual à taxa de variação da energia
térmica acumulada no interior deste volume, sendo na parcela direita da equação ρ a
massa específica (Kg/m³), 𝑐𝑝 o calor específico a pressão constante (J/(Kg.k)) e dT/dt é
o gradiente de temperatura em um certo instante de tempo (K/s).

12. Alguns exemplos de geração de energia térmica é a combustão de combustíveis


fósseis, a energia gerada por energia elétrica que ocorre devido ao aquecimento
resistivo, quando se passa uma corrente elétrica através de um condutor convertendo
energia elétrica em energia térmica. Considere um meio homogêneo no interior do qual
não há movimento macroscópico (advecção) e a distribuição de temperaturas T(x, y, z)
está representada em coordenadas cartesianas, e no interior do meio pode haver,
também, um termo de fonte de energia associado à taxa de geração de energia térmica.

em que é a taxa na qual a energia é gerada por unidade de volume do meio (W/m3).
Além disso, também podem ocorrer variações na quantidade de energia interna térmica
armazenada pela matéria no interior do volume de controle. A variação do volume faz
com que não seja possível de ser encontrada, com isso um espaço de tempo é
determinado e se substitui na equação a energia acumulada, que demonstra quanto de
energia foi acumulada no meio em um certo instante de tempo, virando a equação
abaixo ad energia acumulada:
, sendo ρ𝑐𝑝 ∂T/∂t a taxa de variação com o tempo da
energia sensível (térmica) do meio, por unidade de volume.

13. A reação química é positiva (no caso uma fonte, q>0) se a energia térmica está
sendo gerada no material à custa de alguma outra forma de energia,, sendo uma reação
química exotérmica; ela é negativa (um sumidouro, q<0) se a energia térmica está sendo
consumida, sendo uma reação química endotérmica.

14. As condições de contorno estão especificadas na superfície x=0, para um sistema


unidimensional. A transferência de calor se dá no sentido positivo da direção x, com a
distribuição de temperaturas, que pode ser função do tempo, designada por T(x, t).
Existem três condições de contorno. A primeira condição corresponde a uma situação
na qual a superfície é mantida a uma temperatura constante na superfície Ts. Ela
descreve bem situações quando, por exemplo, a superfície está em contato com um
sólido em fusão ou com um líquido em ebulição. Em ambos os casos há transferência
de calor na superfície, enquanto a superfície permanece na temperatura do processo
de mudança de fase. A segunda condição corresponde à existência de um fluxo térmico

fixo ou constante na superfície. Esse fluxo térmico está relacionado ao gradiente


de temperatura na superfície pela lei de Fourier, , que pode ser escrita na forma

. Ela é conhecida por condição de Neumann ou


como uma condição de contorno de segunda espécie, e pode ser obtida através de um
aquecedor elétrico fixo na forma de uma fina película à superfície. Um caso particular
dessa condição de contorno é uma superfície perfeitamente isolada, ou adiabática,
superfície na qual ∂T/∂x|x=0 =0. A terceira condição corresponde à existência, na
superfície, de um aquecimento (ou resfriamento) por convecção e é obtida a partir de
um balanço de energia na superfície. As condições estão na tabela abaixo:

1. Temperatura na superfície constante

T(0,t) = Ts
2. Fluxo térmico na superfície constante
a) Fluxo térmico diferente de zero

b) Superfície adiabática ou isolada termicamente

3. Condição de convecção na superfície

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