Impactos Ambientais Gerados Pelas Rodovias
Impactos Ambientais Gerados Pelas Rodovias
Impactos Ambientais Gerados Pelas Rodovias
SERRA
2018
BRUNO CREMONINI ZUQUI
SERRA
2018
BRUNO CREMONINI ZUQUI
Área de concentração:
Data da apresentação:
Resultado:______________________
BANCA EXAMINADORA:
Prof.
Universidade Paulista
______________________________________
Prof.
Universidade Paulista
______________________________________
Dedico este trabalho aos colegas de
profissão, minha família.
AGRADECIMENTOS
ABSTRACT
The research argues the ambient impacts generated by the construction of highways
that are great causers of impacts to the environment. In this research, we adopted a
methodology based on the collection of data relevant to the topic of work, including
search virtual, to theoretical reasoning.The necessity of if identifying these impacts go
since the planning until the construction and use of this highway, needing to adjust the
construction to a concept of ambient conscience. Although the road nets of the world
bring doubtless economic and social benefits, them generally they are seen as
.causing of negative ambient impacts. In terms of reduction of the ambient impact of
the road nets, the research already is in progress, or at least she is being argued, to
investigate as the technological advances can reach measured of more efficient
mitigação each time. The structures of existing highways can be adapted to mitigate
its ambient impact, through half as the adaptation of porches to facilitate the ticket of
small mammals and to help to improve the conectividade of biodiversity. We present a
case study on ECO 101 concessionaire of 101 BR stretch ES/BA. Where the actions
of the company were presented so that the impacts of the duplication of BR 101 are
the possible minors.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Existe uma consciência crescente de que o desenvolvimento tem grandes
impactos ambientais. Alguns dos principais impactos ambientais dos projetos
rodoviários incluem danos a ecossistemas perda de terras agrícolas produtivas,
reassentamento de um grande número de pessoas, perturbação permanente das
atividades econômicas locais, mudança demográfica, urbanização acelerada, e
introdução de doença.
Desde os impactos ambientais da estrada em desenvolvimento são bastante
comuns, tais projetos geralmente possuem estudos de avaliação ambiental
abrangentes, realizados por profissionais (especialistas e generalistas) que apoiam a
equipe principal de engenharia. Substancial tempo e esforço são frequentemente
necessários para identificar potenciais impactos e opções para minimizar
Procedimentos de trabalho e treinamento de pessoal precisam estar
preparados e os processos de trabalho em relação as comunidades de beira de
estrada, flora e fauna dada considerável atenção
As estradas podem ter influências positivas e negativas nas pessoas e no
meio ambiente. No lado positivo, as estradas oferecem a oportunidade de
mobilidade e transporte para pessoas e bens. No lado negativo, as estradas ocupam
recursos terrestres e formam barreiras para os animais. Podem também causar
impactos adversos nos recursos hídricos naturais e nas áreas de descarga.
Embora as redes rodoviárias do mundo tragam indubitáveis benefícios
econômicos e sociais, elas geralmente são vistas como causadoras de impactos
ambientais negativos. Alguns podem considerar isso uma reputação injusta, mas é
difícil argumentar que, na maioria dos casos, tanto a construção quanto a operação
de redes rodoviárias não têm um impacto ambiental negativo.
Iniciativas já estão sendo implementadas em todo o mundo que visam mudar
esse legado. Por meio de uma combinação de ambição, pensamento lateral e
comprometimento, deve ser possível conseguir uma mudança radical na redução
desses impactos - e, potencialmente, até mesmo em nossas rodovias, para
proporcionar uma melhoria ambiental geral.
A avaliação dos impactos ecológicos tem sido tradicionalmente limitada à
consideração de espécies individuais, seus habitats imediatos e categorias gerais de
recursos naturais, como água e qualidade do ar. Embora essa abordagem tenha
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1.1 OBJETIVO
1.2 JUSTIFICATIVA
Estradas são criadas por causa da mudança das interações entre as pessoas
e seus ambientes e para facilitar o acesso aos recursos naturais, conectando
comunidades humanas, para transportar bens para os mercados e para levar as
pessoas ao trabalho. Seja qual for o seu propósito, estradas, estabelecimento de
estradas, manutenção de estradas e viagens por estradas têm uma ampla variedade
de efeitos.
Existe uma tendência mundial para a expansão da construção de estradas, o
que acarreta relevantes impactos ambientais. Portanto é essencial se estudar formas
de prevenir ou pelo menos minimizar os impactos ambientais negativos. A
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1.3 METODOLOGIA
Para a realização desta pesquisa, foi adotada uma metodologia baseada na
coleta de dados relevantes ao tema do trabalho, incluindo buscas virtuais, para
fundamentação teórica. Primeiramente fizemos uma leitura e uma análise do material
documental encontrado a partir das pesquisas bibliográficas exploratórias sobre o
tema abordado no trabalho. Essa leitura do material foi feita para podermos entender
e dominar o assunto a ser estudado.
Foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica a partir de materiais publicadas
em livros, artigos, dissertações e teses. De acordo com Cervo, Bervian e da Silva
(2007, p.62), esta modalidade de pesquisa pode assumir diversas formas, como as
destacadas, a seguir: estudos descritivos; pesquisa de opinião, pesquisa de
motivação, estudo de caso, pesquisa documental e pesquisa experimental.
2 – REFERENCIAL TEÓRICO
Impactos de sistemas de transporte e projetos associados ocorrem em vários
níveis de organização ambiental - do organismo individual à paisagem. Portanto, o
planejamento no nível do sistema de transporte para o nível do projeto individual
requer uma análise de todos os componentes da área em estudo.
A necessidade de vários níveis de planejamento, com níveis de estudo cada
vez mais precisos, desenvolve o sistema de transporte mais sensível ao meio
ambiente. As maneiras pelas quais as leis e regulamentos influenciam a avaliação
ambiental e as políticas relacionadas às estradas são similares às maneiras como
elas influenciam outros usos da terra.
Os planos estaduais e regionais de transporte concentram-se principalmente
nas necessidades de transporte, refletindo escolhas locais de qualidade de vida,
mobilidade, crescimento, uso da terra e economia. Praticamente todas as regras e
orientações para os planos de transporte incluem a consideração de uma variedade
de fatores, incluindo fatores ambientais, mas a ênfase principal é atender às
necessidades de transporte.
Os Estados Unidos em 1969, passou a exigir a realização de uma avaliação
do Impacto Ambiental para a aprovação de novos empreendimentos que seriam
poluidores, sendo assim criou-se os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) para
empreendimentos com potencial degradação ao meio ambiente, como as rodovias
(CONCEIÇÃO et al., 2011).
Segundo Moura(2008) a década de 80 foi onde ficou marcada como sendo
onde surgiu em vários países as leis que regulamentam as atividades da indústria
quanto à poluição. Também na década de 80 foi formalizado os Estudos de Impacto
Ambiental (EIA) e os Relatórios de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA), com
realização de audiências públicas e aprovação do licenciamento ambiental. Em 1981
a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 que estabeleceu no Brasil a Política
Nacional para o Meio Ambiente, entre as medidas adotadas existe a exigência do
estudo de impacto ambiental e o respectivo relatório (EIA/RIMA) para se obter o
licenciamento em qualquer atividade modificadora do meio ambiente.
Na década de 80 ocorreram alguns acidentes que impactaram
representativamente o meio ambiente. Em 6 de julho de 1988 ocorreu uma explosão
na plataforma de produção de petróleo e gás Piper Alpha da Occidental Petroleum
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Ltd. e Texaco no Mar do Norte. A Piper Alpha estava localizada no campo petrolífero
de Piper, a cerca de 190 quilômetros de Aberdeen, em 144 metros de água. Havia
cerca de 240 pessoas trabalhando na plataforma. A explosão e o incêndio resultante
mataram 167 deles. Em 1989, o petroleiro americano Exxon Valdez colidiu com o
Bligh Reef, causando um grande vazamento de óleo. O petroleiro havia deixado o
terminal de Valdez no Alasca, navegando pelo Prince William Sound.
Em 26 de abril de 1986, foram realizados testes no reator nuclear 4 da usina
nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, localizada a 80 milhas de Kiev. Esses testes
exigiam que parte do sistema de segurança fosse desligado. Erros no projeto do
reator e erros no julgamento do pessoal da usina de energia fizeram com que a água
de resfriamento começasse a ferver. Isso causou estresse no reator, resultando em
aumento de produção de energia para dez vezes o nível normal. As temperaturas
atingiram mais de 2000 ° C, causando a fusão do bastão de combustível e a
ebulição da água de resfriamento. Pressões extremas nos canos de resfriamento
resultaram em rachaduras, o que fez com que o vapor escapasse. Às 1: 23h, no
meio da noite, o vapor escapou causando uma explosão batendo no telhado do
edifício, iniciando um grande incêndio e simultaneamente formando uma nuvem
atmosférica contendo aproximadamente 185 a 250 milhões de cureis de material
radioativo. (MCKINNEY. SCHOCH, 2003)
Na década de 90, houve um grande impulso com relação à consciência
ambiental. Como um evento muito importante, cita-se a Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de
junho de 1992, também como Cúpula da Terra, Rio 92, ou Eco 92. A Rio 92 trouxe
um compromisso com o desenvolvimento sustentável, o tratado da Biodiversidade e
o acordo para a eliminação gradual do CFC’s. (CONCEIÇÃO et al., 2011).
15
1
ISO 14001 é uma série de normas desenvolvidas pela Internacional Organization for Standardization (ISO) e
que estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas.
16
planta e atmosfera.
2.4 - RODOVIAS
A atenção generalizada continua a ser atraída para os efeitos ecológicos das
rodovias, especialmente à medida que o sistema rodoviário continua a se expandir.
Estradas são criadas por causa da mudança das interações entre as pessoas e seus
ambientes. Eles são criados para facilitar o acesso aos recursos naturais, para
conectar comunidades humanas, para transportar bens para os mercados e para
levar as pessoas ao trabalho. Seja qual for o seu propósito, estradas,
estabelecimento de estradas, manutenção de estradas e viagens por estradas têm
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“Compensação” dessas áreas que foram degradadas, sendo muito importante que
se inicie junto com qualquer pensamento de mudança o senso de preservação.
O impacto das estruturas de engenharia é geralmente consistente com o
funcionamento da própria estrutura. Barreiras de concreto, cercas de passagem,
barreiras acústicas e, talvez em menor extensão, grades de proteção são projetadas
para servir como barreiras para as pessoas e o ruído, mas também funcionam como
barreiras à flora e à fauna. As estradas também afetam os movimentos da água, a
sedimentação e o transporte de poluentes. (SILVA,2018)
A consequência ambiental abiótica mais observável das estradas é a
contribuição dos veículos motorizados nas estradas pavimentadas para a poluição
da água. No entanto, esta contribuição não pode ser desassociada do uso da terra
circundante.
A qualidade da água é afetada adversamente pelos poluentes presentes no
escoamento superficial e na atmosfera. Poluentes que se acumulam nas estradas a
partir de derramamentos, resíduos gerados durante o uso do veículo, lixo e usos
adjacentes da terra entram nas hidrovias via escoamento superficial.
As estradas criam condições ideais para a proliferação de plantas não-nativas
devido ao aumento de luz, solos perturbados e vetores de dispersão (causados pelo
vento e veículos).
Um problema também é o lixo de quem passa pela rodovia, além disso
moradores próximos de rodovias aproveitam da estrada para se livrarem de grandes
volumes de lixo, como móveis velhos, pneus e entulhos, trazendo consequências
nefastas para o entorno da rodovia, causando acidentes, obstruindo o fluxo das
chuvas e se houver restos de comida atrair animais que podem cruzar a pista, serem
atropelados e muitas vezes mortos. Enfim, sempre há consequências negativas
quando são tomadas essas atitudes. (SAMPAIO, BRITO, 2014)
III – Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas
os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos,
avaliando a eficiência de cada uma delas.
Fonte:https://o2novasideias.wordpress.com/2017/12/12/o-eia-rima-e-o-licenciamento-ambiental/
acesso em 05 de fev de 2019
Os citados EIA/RIMA precedem ao Licenciamento Ambiental, sendo este
exigido em qualquer obra e previsto no Artigo 10 da Lei 6938/81 de Política Nacional
do Meio Ambiente.
O Licenciamento Ambiental é
“um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental.” (Resolução
CONAMA 237/97 – Conselho Nacional do Meio Ambiente)
A BR 101 –ES é uma rodovia federal que possui 475,9 Km de concessão 17,5
quilômetros no estado da Bahia cortando um município desse estado e 458,4
quilômetros no estado do Espírito Santo passando por 24 cidades. Prazo de
Concessão é de 25 Anos com início em 10/05/2013 e final em 10/05/2038.
Figura 2 – Mapa de concessão ECO 101
Fonte: https://ecostorageapp002.blob.core.windows.net/content/Eco101/Media/F01CD889-
1A55-4301-957D-18D0C5481BB5.pdf Acesso em 05 de fev 2019
Fonte: https://ecostorageapp002.blob.core.windows.net/content/Eco101/Media/8E06E1DB-4C67-
4FC8-B68F-56E029384728.pdf Acesso em 05 de fev de 2019
31
Fonte: https://ecostorageapp002.blob.core.windows.net/content/Eco101/Media/228694EF-68D2-409B-
9C7D-9D9760A3F42E.pdf Acesso em 05 de fev de 2019.
32
Fonte: http://ecostorageapp002.blob.core.windows.net/content/Eco101/Media/Supervis%C3%A3o
%20Ambiental%20-%20um%20compromisso%20da%20BR-101%20com%20a%20
sustentabilidade.pdf Acesso em 05 de fev de 2019.
Fonte: https://ecostorageapp002.blob.core.windows.net/content/Eco101/Media/996AF310-3F3A-
4C06-989B-BB34DC1381A7.pdf Acesso em 05 de fev de 2019.
34
Fonte: https://ecostorageapp002.blob.core.windows.net/content/Eco101/Media/63384DB9-9A66-
436C-82CA-7EA33AFDD6E3.pdf Acesso em 05 de fev de 2019.
Fonte: https://ecostorageapp002.blob.core.windows.net/content/Eco101/Media/67E01FFA-C51D-
41B2-87E1-1074EBA7E5AC.pdf Acesso em 05 de fev de 2019.
3. CONCLUSÃO
Estudar os impactos ecológicos das estradas é uma área importante de
estudo em biologia da conservação e ciência ambiental, já que os impactos
geralmente se estendem muito além da superfície da própria estrada.
O crescimento da mobilidade pessoal e de carga nas últimas décadas
ampliou o papel do transporte como fonte de emissão de poluentes e seus
múltiplos impactos no meio ambiente.
A construção de rodovias pode ter um impacto substancial na degradação e
perda de ecossistemas, especialmente em áreas menos desenvolvidas. A escala
dos efeitos de conversão do habitat e de fragmentação do habitat causados pela
rodovia o desenvolvimento varia com o tamanho do projeto. Os impactos dos
projetos também variam de acordo com o ambiente, especialmente o grau de
naturalidade dos ecossistemas locais e regionais. Embora os segmentos rodoviários
individuais possam causar apenas um impacto ambiental menor, efeito combinado
de todo o sistema rodoviário podem degradar seriamente o ambiente natural.
Notamos que a Concessionária da BR101 ES/BA a ECO 101 se preocupou
em todas as etapas para que o impacto ambiental fosse o menor possível, notamos
também a preocupação com o ecossistema, mas apesar de um estudo e projeto bem
elaborados, as obras da referida rodovia causa consequentemente danos ao meio
ambiente e à população ao longo da mesma.
Embora os desenvolvimentos nas rodovias tenham afetado outras atividades
humanas que degradam o ambiente natural, as rodovias (bem como os direitos de
passagem e outras rotas de transporte) têm impactos únicos associados à sua forma
linear. Dentro de paisagens florestais, as estradas funcionam como côncavas
corredores, áreas que apresentam alturas de vegetação mais baixas do que a matriz
do habitat circundante. Em paisagens agrícolas e de pastagens, onde a vegetação
densa é incentivada ao longo das estradas, rodovias podem atuar como corredores
convexos.
A avaliação dos impactos ecológicos do desenvolvimento de rodovias requer
escopo e análise. Incluídos no escopo estão a determinação da escala apropriada de
análise, a definição de objetivos ou pontos finais do ecossistema e a coleta de
informações. A fase de análise envolve consideração dos impactos nos parâmetros,
ecossistêmicos individuais e quantificação dos efeitos mais específicos possível.
Vemos atualmente um avanço na área ambiental, devido a legislação, técnicos
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4 . REFERENCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. (Org.). Caderno de licenciamento
ambiental. 2009. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/ultimo_caderno_pnc_licencia
mento_caderno_de_licenciamento_ambiental_46.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2019
LIRA, WS., and CÂNDIDO, GA., orgs. Gestão sustentável dos recursos naturais:
uma abordagem participativa [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2013, 325p.
ISBN 9788578792824. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.
MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e Gestão Ambiental – 5ª Ed. – São
Paulo: Editora Juarex de Oliveira, 2008.
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