Decreto de Calamidade Pública PDF
Decreto de Calamidade Pública PDF
Decreto de Calamidade Pública PDF
D E C R E T A:
CAPÍTULO I
DAS MEDIDAS EMERGENCIAIS
Art. 2° Para enfrentamento da Calamidade Pública de importância internacional decorrente
do coronavírus, com base no que prevê o art. 3° da Lei Federal n° 13.979, 6 de fevereiro de 2020,
deverão ser adotadas, entre outras, as seguintes medidas:
I - isolamento;
II - quarentena;
a) exames médicos;
b) testes laboratoriais;
Art. 3° Ficam estabelecidas pelo prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação deste
Decreto, diante das evidências científicas e análises sobre as informações estratégicas em saúde, podendo
ser prorrogado por iguais períodos, conforme Lei Federal n° 13.979, de 6 de fevereiro de 2020 e Portaria
n° 356, de 11 de março de 2020, do Ministério da Saúde, as seguintes medidas:
I - a proibição:
a) de utilização de mototáxi;
II - a suspensão:
IV - requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, nos termos do inciso XXV
do art. 5° da Constituição Federal, mediante Portaria da Secretaria de Estado de Saúde, hipótese em que
será garantido o pagamento posterior de indenização justa, em especial de:
I - pelos órgãos da Segurança Pública, no qual realizará suas atribuições no âmbito de sua
competência para conter qualquer atividade que esteja em desacordo com o que foi estabelecido neste
Decreto, inclusive as proibições, suspensões e determinações dispostas neste artigo;
§ 2° As lojas varejistas não excepcionadas na alínea “f” do inciso I deste artigo, poderão
ofertar serviços de entrega a domicílio desde que o entregador esteja utilizando máscara, luvas e realizado a
higienização com álcool líquido ou em gel 70% (setenta por cento) no veículo ou no baú de entrega, se for o
caso.
Art. 4° As atividades não proibidas no art. 3°, deverão adotar, no mínimo, as seguintes
providências para permanência de suas atividades:
II - disponibilização de todos os insumos, como álcool líquido 70% (setenta por cento),
luvas, mascaras e demais equipamentos recomendados para a manutenção de higiene pessoal dos
funcionários, distribuidores e demais participantes da atividade, assegurando um ambiente adequado para
assepsia;
III - distância, mínima, de 2 m (dois metros) entre os funcionários e clientes que utilizam das
atividades do estabelecimento; e
CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS EMERGENCIAIS NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL
Art. 7° A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiro Militar, através de seus Batalhões, ficarão
responsáveis pela propagação para a população, das principais restrições das disposições descritas neste
Decreto, por meio de megafone, sistema de sons ou outro equipamento que seja capaz de disseminar a
informação, com o objetivo de conscientizar a população.
Art. 8° Ficam suspensas pelo prazo de 15 (quinze) dias, a contar de 17 de março de 2020,
podendo ser prorrogadas por iguais períodos, as atividades educacionais em todas as instituições das redes
de ensino pública e privada.
§ 1° A suspensão das aulas na rede de ensino pública do Estado de Rondônia, deverá ser
compreendida como recesso/férias escolares do mês de julho e terá início a contar do dia 17 de março de
2020.
IV - asilos; e
Parágrafo único. A Polícia Penal deverá reforçar vistorias dentro dos presídios e a Polícia
Militar deverá fazer policiamento ostensivo nas imediações dos presídios.
Art. 11 A Polícia Militar fica responsável por desfazer/dispersar aglomerações de pessoas,
sendo permitido o uso da força necessária e proporcional para cumprimento do disposto neste Decreto.
Art. 12 A Estado para Resultados - EpR buscará soluções que sejam capazes de dispor de
tecnologias para acessos a programas ou plataformas que facilitem o Home Office e a comunicação virtual,
inclusive por videoconferência e teleconferência.
CAPITULO III
DAS MEDIDAS EMERGENCIAIS NO ÂMBITO DOS MUNICÍPIOS
a) a realização de limpeza minuciosa diária dos veículos com utilização de produtos que
impeçam a propagação do vírus, como álcool líquido 70% (setenta por cento), solução de água sanitária,
quaternário de amônio, biguanida ou glucoprotamina;
c) a realização de limpeza contínua com álcool líquido 70% (setenta por cento) dos
equipamentos de pagamento eletrônico (máquinas de cartão de crédito e débito), após a cada utilização;
e) a circulação com janelas e alçapões de teto que devem ser mantidos abertos, visando
manter o ambiente arejado, sempre que possível;
a) da adoção de cuidados pessoais, sobretudo da lavagem das mãos ao fim de cada viagem
realizada, da utilização de produtos assépticos durante a viagem, como álcool em gel 70% (setenta por
cento), e da observância da etiqueta respiratória;
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 14 As regras dispostas neste Decreto poderão ser alteradas, conforme a estabilização do
contágio do COVID-19, com objetivo de flexibilizar a norma.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 15 As pessoas que tenham regressado, nos últimos 5 (cinco) dias ou que venham a
regressar, durante a vigência deste Decreto, bem como aqueles que tenham contato ou convívio direto com
caso suspeito ou confirmado, deverão ficar afastados do trabalho, pelo período mínimo de 14 (quatorze)
dias, sob pena de responsabilização criminal.
Parágrafo único. Fica orientado aos cidadãos rondonienses que se encontrem em outros
estados, a não retornarem ao Estado de Rondônia, enquanto perdurar o estado de Calamidade Pública.
Art. 16 Fica reconhecida para os fins do art. 65 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio
de 2000, notadamente para as dispensas do atingimento dos resultados fiscais previstos na LDO e da
limitação de empenho de que trata o art. 9° da Lei Complementar n° 101, de 2000, a ocorrência do estado
de Calamidade Pública, com efeitos até 31 de dezembro de 2020, conforme Decreto Legislativo n° 1.152,
de 20 de março de 2020.
Art. 18 Fica determinado à Controladoria Geral do Estado - CGE, para que estabeleça, em
até 48 (quarenta e oito) horas, da publicação deste Decreto, a orientação normativa que julgar necessária
visando traçar diretrizes e alertar as unidades administrativas orçamentárias, acerca de procedimentos e
boas práticas de instrução, governança e transparência relacionadas a eventuais contratações diretas, por
emergência ou Calamidade Pública, com fulcro no inciso IV do art. 24 da Lei Federal n° 8.666, de 21 de
junho de 1993.
Parágrafo único. A disposição constante no caput está de acordo com o inciso IV do art. 24,
da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993, sem prejuízo das restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal -
Lei Complementar Federal n° 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 20 Considerar-se-á abuso do poder econômico a elevação de preços, sem justa causa,
com o objetivo de aumentar, arbitrariamente, os preços dos insumos e serviços relacionados ao
enfrentamento do COVID-19, na forma do inciso X do art. 39 da Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990,
e do Decreto Estadual n° 22.664, de 14 de março de 2018, sujeitando-se às penalidades previstas em ambos
os normativos, bem como na legislação penal vigente.
Art. 24 Fica revogado o Decreto n° 24.871, de 16 de março de 2020, que “Decreta situação
de emergência no âmbito da Saúde Pública do Estado e dispõe sobre medidas temporárias de prevenção ao
contágio e enfrentamento da propagação decorrente do novo coronavírus, COVID-19, do regime de
trabalho do servidor público e contratado do Poder Executivo, e dá outras providências.”.
Documento assinado eletronicamente por Marcos José Rocha dos Santos, Governador, em
20/03/2020, às 23:53, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no ar go 18 caput e
seus §§ 1º e 2º, do Decreto nº 21.794, de 5 Abril de 2017.
A auten cidade deste documento pode ser conferida no site portal do SEI, informando o código
verificador 0010791125 e o código CRC 6D5FBB81.
Referência: Caso responda esta Decreto, indicar expressamente o Processo nº 0005.128376/2020-90 SEI nº 0010791125