17 - TCU - Decreto Distrital (Decreto Distrital Nº 32.598 - 2010
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Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 17
Sumário
CAPÍTULO II: DA RENÚNCIA DE RECEITA................................................................................................. 4
GABARITO ............................................................................................................................................19
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Olá! 😃
Hoje nós vamos conversar um pouco sobre o Decreto Distrital 32.598/10, que, dentre outras providências,
aprova as Normas de Planejamento, Orçamento, Finanças, Patrimônio e Contabilidade do Distrito Federal.
Vale dizer:
Mas eu acredito que não haverá uma enorme cobrança acerca desse assunto, porque a banca Cespe, que
já realizou diversos concursos no Distrito Federal, até hoje, elaborou somente uma questão sobre o tema.
Além disso, o referido decreto não é tão pequeno assim. São 142 artigos, com vários incisos, parágrafos
e atualizações. Isso faz com que o assunto não seja a grande estrela do nosso edital. Se ele é alguma coisa, ele
é a ovelha negra. A relação custo-benefício aqui não é boa. Mas pode ser que apareça uma questãozinha na
prova e você que estudou vai sair na frente do concorrente que não se preparou como você.
Pensando nisso, essa aula será relativamente curta. Irei somente apontar aquelas disposições que julgo
mais importantes para fins de prova. Mas ainda vale a pena dar uma “lidinha” no Decreto, ok? 😄 Aqui está o
link dele: 👇
http://www.fazenda.df.gov.br/aplicacoes/legislacao/legislacao/TelaSaidaDocumento.cfm?txtNumero=32598&txtA
no=2010&txtTipo=6&txtParte=
E desde já quero deixar algo claro: algumas disposições do decreto podem parecer esquisitas ou mesmo
ir contra ao que nós já estudamos aqui. Portanto, eu quero que você preste muita atenção no comando da
questão: observe se ela está pedindo que você julgue o item de acordo com o Decreto Distrital 32.598/10 ou
não. Ressalto que se ela for silente (se ela não mencionar o decreto), minha recomendação é que você ignore o
decreto e julgue de acordo com as outras legislações que vimos ao longo do curso (CF, LRF, Lei 4.320/64, etc.).
Regra geral, só julgue de acordo com o Decreto Distrital 32.598/10 se a a questão lhe pedir isso!
Preste atenção!
Regra geral, somente julgue o item de acordo com o Decreto Distrital 32.598/10 se a questão lhe
pedir isso!
Depois dessa importante observação, vamos para a aula! Vou separá-la de acordo com os capítulos do
decreto, ok?
Simbora! 😄
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Você já deve imaginar que não é muito inteligente da parte de um ente sair renunciando receitas “a torto
e a direito” (à toa, às cegas, sem controle). Muito em breve esse ente não teria quase nenhuma receita para
arrecadar e a sua situação fiscal estaria horrível, com pouco dinheiro para entrar e muitas contas para pagar! 😬
O Estado precisa de dinheiro para realizar o seu propósito (lembra da Atividade Financeira do Estado? 😏).
Por isso, se algum ente quiser fazer uma renúncia de receita ele terá que seguir algumas regras! Terá que
atender a algumas exigências! Elas estão lá no artigo 14 da LRF e o Decreto Distrital 32.598/10 as detalhou ainda
mais. Observe:
II – demonstração de atendimento a pelo menos uma das condições de que tratam os incisos I e II do caput
do artigo 14; da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF);
III – cálculo do custo contendo o montante efetivamente renunciado ou liberado do Orçamento do Poder
Executivo do Distrito Federal no exercício sob análise, a preços correntes, para aplicação em renúncias de
receitas de natureza tributária e em benefícios de naturezas financeira, creditícia e outros;
Art. 10. O projeto de lei que conceda ou amplie incentivo ou benefício de natureza tributária, creditícia ou
financeira deverá ser elaborado com prazo certo de vigência e encaminhado ao Poder Legislativo
acompanhado de justificativa circunstanciada.
Então veja só: cada renúncia terá o seu prazo. Depende da negociação que acontecer entre Estado e
empresa. Mas uma coisa é certa:
Art. 11. O período de alcance da renúncia de receita tributária não poderá ultrapassar a vigência da lei
que aprovar o Plano Plurianual – PPA.
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Art. 18. A abertura de créditos adicionais será processada por meio de proposta encaminhada pelos
titulares dos órgãos, ou autoridades equivalentes, no que concerne às unidades integrantes dos
respectivos órgãos, ao órgão central de planejamento e orçamento.
(...)
§2º As solicitações de créditos adicionais deverão ser acompanhadas de justificativas de sua necessidade
e adequação com as diretrizes governamentais, condições indispensáveis para sua apreciação.
Ora, quem melhor para saber das necessidades de alterações orçamentárias do que o próprio órgão? É
por isso que o titular daquele órgão é quem vai encaminhar a proposta de alteração orçamentária.
E essa proposta precisa ser fundamentada. Não é só pedir pra abrir crédito adicional e pronto. Os recursos
não são infinitos. Os recursos não são de ninguém. Os recursos são públicos. E se a Administração Pública quiser
gastar mais dinheiro público, precisa justificar. E claro: precisa também de adequação com as diretrizes
governamentais. Essas duas condições são indispensáveis para a apreciação da proposta de alteração
orçamentária.
Atenção: eu falei que essas condições são indispensáveis para a apreciação, e não para a sua aprovação.
Se atendeu a essas duas condições, a proposta será apreciada. Mas não é garantia de que será aprovada. 😉
Continuando:
Art. 21. A abertura de crédito adicional, a ser financiado com recursos resultantes da anulação parcial ou
total de dotações orçamentárias de órgão diverso daquele a que for destinado o crédito, depende de
prévia aquiescência do titular da pasta a que se vincule a unidade orçamentária cedente, ressalvados
os casos de ajustes orçamentários promovidos pelo órgão central de planejamento e orçamento, na forma
do artigo 66 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.
Ou seja: se o gestor público quiser anular dotação do órgão A e alocar essa nova dotação ao órgão B, ele
precisará da aquiescência do titular da pasta a que se vincule a unidade orçamentária cedente (órgão A). Justo,
não acha? 😄
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Art. 24. A utilização de recursos de superávit financeiro apurado em balanço patrimonial dependerá de
parecer prévio do órgão central de contabilidade.
Art. 26. Ficam a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal e a
Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal, órgãos centrais de planejamento e orçamento e de
administração financeira, respectivamente, autorizados, quando necessário, a procederem ao
contingenciamento de dotação orçamentária, bem como a editarem normas e procedimentos
específicos para cada exercício financeiro.
Mas lembre-se: o Poder Executivo não poderá promover limitações no empenho e na movimentação
financeira dos demais Poderes e do MP. Os Poderes e o Ministério Público promoverão a limitação de
empenho e movimentação financeira por ato próprio (LRF, art. 9º).
Esta é a lição do mestre Yoda:
“Em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
Art. 27. O órgão central de planejamento e orçamento, com base nas informações do órgão central de
administração financeira, assinará prazo para que as unidades orçamentárias efetuem o
contingenciamento, por fonte de recurso e grupo de despesa, no montante determinado.
Parágrafo único. O órgão central de planejamento e orçamento, constatando que a unidade orçamentária
não efetuou o contingenciamento no prazo definido, adotará as providências necessárias para o
contingenciamento do montante determinado.
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Viu? O órgão central de planejamento e orçamento não vai (ele mesmo) fazer o contingenciamento de
despesas de outros Poderes. Ele vai assinar prazo para que as unidades orçamentárias o efetuem. Se não
efetuar, ele vai adotar as providências necessárias.
Não sei. O decreto não diz. Mas eu sei que essa providência não pode ser efetuar o contingenciamento
em outro Poder. 😅
I – Convênio: instrumento que tenha como partes, de um lado, um órgão da Administração do Distrito
Federal e, de outro, entidades públicas ou particulares, cujo objetivo é a execução de programas, projetos
ou eventos de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;
II – Contrato: ajuste que a Administração do Distrito Federal firma com outra entidade pública ou privada
para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria
Administração;
Uma das características marcantes dos contratos públicos são as cláusulas exorbitantes, lembra? 😏
IV – Convenente: pessoa jurídica de direito público ou privado com a qual a Administração Pública do
Distrito Federal pactua a execução de programa, projeto ou evento;
V – Interveniente: pessoa jurídica de direito público ou privado que participa do convênio para manifestar
o seu consentimento ou para assumir obrigações em nome próprio;
VII – Contratado: pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração do Distrito Federal.
Art. 35. Os recursos provenientes de convênios e outros instrumentos congêneres serão depositados em
contas bancárias específicas e escriturados como receitas do Distrito Federal.
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§1º Não constando da LOA, os recursos provenientes de convênios e outros instrumentos congêneres serão
indicados como fonte de financiamento para abertura de créditos adicionais.
Ou seja: se recursos provenientes de convênios e outros instrumentos congêneres não constarem na LOA,
serão indicados como fonte de financiamento para abertura de créditos adicionais.
§3º O órgão convenente não poderá transferir os recursos recebidos para outra conta, sob pena de não ter
a prestação de contas do convênio aprovada.
§4º O órgão central de contabilidade ficará responsável pela inclusão da vinculação receita/fonte.
Beleza. Mas o que é necessário para celebrar um convênio? Quais são os requisitos básicos?
O decreto responde:
VI – cronograma de desembolso;
Parágrafo único. Fica vedada a celebração de convênios que contenham cláusula prevendo a cobrança
de taxas de administração ou assemelhado.
⚠ Atenção, porque isso já caiu em prova: não pode haver cobrança de taxas de administração (ou
semelhantes) na celebração de convênios.
Preste atenção!
Fica vedada a celebração de convênios que contenham cláusula prevendo a cobrança de taxas de
administração ou assemelhado
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Agora: essa regra é diferente para os contratos! 😬 Contratos podem sim prever a cobrança de taxas de
administração. Olha só:
Art. 41. Nos contratos para execução de obras e prestação de serviços designar-se-á, de forma expressa:
I – o valor da taxa de administração, quando for o caso;
II – o executor ou executores, a quem caberá supervisionar, fiscalizar e acompanhar a execução, bem como
apresentar relatórios quando do término de cada etapa ou sempre que solicitado pelo contratante.
§1° A supervisão técnica de contratos de obras será de competência do órgão contratante.
Assim:
Art. 46. As prestações de contas de recursos de convênios e outros instrumentos congêneres que envolvam
órgãos e entidades da Administração Pública do Distrito Federal serão elaboradas pelos seus respectivos
executores, no prazo máximo de sessenta dias após o término de sua vigência, e enviadas ao ordenador
de despesa da referida unidade gestora para exame e aprovação.
Por último, quero deixar só a lembrança de que licitação e a contratação de obras e serviços deverão
observar, rigorosamente, a Lei 8.666/93. Não se assuste se a palavra “rigorosamente” aparecer na prova, pois
é assim que está escrito no Decreto 32.598/10:
Art. 39. A licitação e a contratação de obras e serviços deverão observar, rigorosamente, o que dispõe a
Lei nº 8.666, de 1993, e suas alterações, especificamente a Seção III do Capítulo I e o Capítulo III.
Comentários:
A questão pediu para responder de acordo com as normas do Decreto Distrital 32.598/2010, então vamos lá! Observe o
que está escrito no parágrafo único do seu artigo 40:
Art. 40, Parágrafo único. Fica vedada a celebração de convênios que contenham cláusula prevendo a cobrança de taxas de
administração ou assemelhado.
Portanto, não pode haver cobrança de taxas de administração (ou semelhantes) na celebração de convênios.
Já nos contratos, a história muda: pode haver cobrança de taxas de administração. Podemos confirmar isso a partir da
leitura do artigo 41 do referido decreto:
Art. 41. Nos contratos para execução de obras e prestação de serviços designar-se-á, de forma expressa:
I – o valor da taxa de administração, quando for o caso;
Pois bem, a questão a questão disse que “poderá ser celebrado convênio que contenha cláusula de cobrança de taxas de
administração”, quando, na verdade, não poderá. Por isso, ela ficou errada!
Gabarito: Errado
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Art. 47. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem prévia autorização dos ordenadores de despesa de
que trata o artigo 29.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho.
A nota de empenho é um documento que formaliza o empenho e ela, em casos especiais, poderá ser
dispensada.
Atenção: é a nota de empenho que será dispensada e não o empenho, pois é vedada a realização de
despesa sem prévio empenho. 😉
Empenho • Indispensável
Beleza!
Art. 48. É vedada a realização de despesas, sem a emissão prévia da nota de empenho.
“Professor! Como é que pode?! A Lei 4.320/64 diz que a nota de empenho poderá ser dispensada. O Decreto
Distrital 32.598/10 praticamente diz que ela é sempre obrigatória. E agora?” 😱
Agora você vai observar o comando da questão! 😃 Ela está pedindo para você responder de acordo com
o Decreto Distrital 32.598/10? Se sim, responda de acordo com o decreto. Se não (ou se ela for silente),
responda de acordo com a Lei 4.320/64.
Certo!
Art. 54. Os compromissos com vigência plurianual serão atendidos por crédito próprio, consignado na
LOA, devendo a despesa ser empenhada no início do exercício financeiro.
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Isso significa que se existe um compromisso com vigência plurianual (uma obra que demora 5 anos para
ser concluída, por exemplo), esse compromisso terá um crédito próprio na LOA. E todo início de ano essa
despesa será logo empenhada.
Capítulo X: do pagamento
Empenhou, liquidou, agora só falta pagar! 😄
Vejamos:
Art. 63, § 4º É vedada a transferência de recursos financeiros a pessoas físicas ou jurídicas de direito público
ou privado, em situação de inadimplência com prestação de contas proveniente de convênios ou de
instrumentos congêneres, conforme registro constante no cadastro do SIAC/SIGGO.
Opa! Então, se alguém não prestou contas de algum convênio (ou de instrumento congênere), esse
alguém não poderá receber dinheiro! 💸 😅
Que mais? 🤓
Quer dizer: a Administração Pública primeiro recebe o produto ou serviço, depois é que ela paga! 😏
Art. 73. Integrarão os orçamentos de investimento e de dispêndio as empresas que não recebam
transferências à conta do Tesouro, em que o Distrito Federal detenha, direta ou indiretamente, a maioria
do capital social com direito a voto.
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Não? 😅
Art. 79. Nos termos da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964, consideram-se Restos a Pagar as despesas
empenhadas, mas não pagas até o dia 31 (trinta e um) de dezembro distinguindo-se as processadas das
não processadas.
§1º Restos a Pagar Processados são despesas legalmente empenhadas e liquidadas no exercício, mas
pendente de pagamento, cujo objeto de empenho tenha sido recebido.
§2º Restos a Pagar Não Processados são despesas legalmente empenhadas e não liquidadas no exercício,
não tendo havido a entrega de material ou a prestação do serviço.
Art. 80. Serão inscritas em Restos a Pagar, desde que na vigência do prazo de cumprimento da obrigação,
as notas de empenho relativas a:
I – obras ou estudos e projetos de obras, serviços de engenharia e serviços técnicos especializados, em fase
de execução;
IV – material adquirido diretamente do fabricante, por intermédio de representante exclusivo, mas ainda
em fase de produção;
VII – indenizações e restituições ou outras notas de empenho não pagas, ainda que não previstas nos
incisos precedentes, desde que liquidadas no exercício da vigência do crédito;
VIII – participação acionária no capital de empresas em que o Distrito Federal detenha maioria do capital
social com direito a voto;
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Parágrafo único. As notas de empenho que correm à conta de créditos com vigência plurianual que não
tenham sido liquidados, só serão inscritos em Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Esse parágrafo único aqui é praticamente a cópia do paragrafo único do artigo 36 da Lei 4.320/64.
“E se a nota de empenho não se enquadrar nesses exemplos aí, professor?”
Aí acontece o seguinte:
Art. 81. As unidades gestoras deverão cancelar, em 31 (trinta e um) de dezembro de cada exercício, as
notas de empenho que não se enquadrem nas disposições do artigo 80.
Agora presta atenção, porque este próximo dispositivo sofreu sucessivas alterações ao longo dos anos:
Art. 82. As notas de empenho inscritas em Restos a Pagar Não Processados no encerramento do exercício
de sua emissão terão validade até 30 de abril do exercício seguinte, sendo automaticamente
canceladas, vedada a sua reinscrição.
§1º Não serão canceladas as notas de empenho inscritas em Restos a Pagar Não Processados referentes:
Então, se for Restos a Pagar Não Processado e passar do dia 30 de abril do exercício seguinte, a nota de
empenho será automaticamente cancelada. Mas se ela se referir a fontes de recursos vinculadas ou a
despesas de educação e saúde, então elas não serão canceladas.
Mas existe uma pequena exceção:
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Questões comentadas
1. Questão inédita – Professor Sérgio Machado – 2019
A proposta de concessão ou ampliação de incentivos ou benefícios de natureza tributária que importem
renúncia de receita deverá ser instruída por meio de processo administrativo e deverá conter cálculo do custo
contendo o montante efetivamente renunciado ou liberado do Orçamento do Poder Executivo do Distrito
Federal no exercício sob análise.
Comentários:
É isso mesmo que está escrito no Decreto Distrital 32.598/10, observe:
II – demonstração de atendimento a pelo menos uma das condições de que tratam os incisos I e II do caput
do artigo 14; da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF);
Gabarito: Certo
Não, não! 😤
Art. 11. O período de alcance da renúncia de receita tributária não poderá ultrapassar a vigência da lei
que aprovar o Plano Plurianual – PPA.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Cópia do artigo 24 do Decreto Distrital 32.598/10, quer ver?
Art. 24. A utilização de recursos de superávit financeiro apurado em balanço patrimonial dependerá de
parecer prévio do órgão central de contabilidade.
Gabarito: Certo
O órgão central de planejamento e orçamento, com base nas informações do órgão central de administração
financeira, assinará prazo para que as unidades orçamentárias efetuem o contingenciamento, por fonte de
recurso e grupo de despesa, no montante determinado. Caso constate que a unidade orçamentária não efetuou
o contingenciamento no prazo definido, o órgão central de planejamento e orçamento fica autorizado a realizar
o referido contingenciamento, independentemente do órgão ou Poder que tenha desrespeitado a regra.
Comentários:
É bem verdade que o Decreto Distrital 32.598/10 estabelece o seguinte:
Art. 27. O órgão central de planejamento e orçamento, com base nas informações do órgão central de
administração financeira, assinará prazo para que as unidades orçamentárias efetuem o
contingenciamento, por fonte de recurso e grupo de despesa, no montante determinado.
Parágrafo único. O órgão central de planejamento e orçamento, constatando que a unidade orçamentária
não efetuou o contingenciamento no prazo definido, adotará as providências necessárias para o
contingenciamento do montante determinado.
Só que o Poder Executivo não poderá promover limitações no empenho e na movimentação financeira
dos demais Poderes e do MP. Os Poderes e o Ministério Público promoverão a limitação de empenho e
movimentação financeira por ato próprio, conforme art. 9º da LRF:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
Gabarito: Errado
Comentários:
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Art. 35, §1º Não constando da LOA, os recursos provenientes de convênios e outros instrumentos
congêneres serão indicados como fonte de financiamento para abertura de créditos adicionais.
Gabarito: Errado
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. E também é vedada a realização de despesas, sem a
emissão prévia da nota de empenho.
Comentários:
“Mas, professor, a Lei 4.320/64 diz em seu artigo 60, § 1º, que a emissão da nota de empenho poderá ser
dispensada.”
É verdade!
Mas a questão pediu que nós julgássemos o item de acordo com o Decreto Distrital 32.598/10 e olha só o
que ele diz:
Art. 48. É vedada a realização de despesas, sem a emissão prévia da nota de empenho.
Viu só? E a primeira frase da questão também está correta. Ela sim foi retirada da Lei 4.320/64. Observe:
Gabarito: Certo
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Lista de questões
1. Questão inédita – Professor Sérgio Machado – 2019
A proposta de concessão ou ampliação de incentivos ou benefícios de natureza tributária que importem
renúncia de receita deverá ser instruída por meio de processo administrativo e deverá conter cálculo do custo
contendo o montante efetivamente renunciado ou liberado do Orçamento do Poder Executivo do Distrito
Federal no exercício sob análise.
A utilização de recursos de superávit financeiro apurado em balanço patrimonial dependerá de parecer prévio
do órgão central de contabilidade.
O órgão central de planejamento e orçamento, com base nas informações do órgão central de administração
financeira, assinará prazo para que as unidades orçamentárias efetuem o contingenciamento, por fonte de
recurso e grupo de despesa, no montante determinado. Caso constate que a unidade orçamentária não efetuou
o contingenciamento no prazo definido, o órgão central de planejamento e orçamento fica autorizado a realizar
o referido contingenciamento, independentemente do órgão ou Poder que tenha desrespeitado a regra.
Constando da LOA, os recursos provenientes de convênios e outros instrumentos congêneres serão indicados
como fonte de financiamento para abertura de créditos adicionais.
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. E também é vedada a realização de despesas, sem a
emissão prévia da nota de empenho.
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Folha de respostas
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Gabarito
1. Certo
2. Errado
3. Certo
4. Errado
5. Errado
6. Certo
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Resumo direcionado
1. Renúncia de receita
II – demonstração de atendimento a pelo menos uma das condições de que tratam os incisos I e II do caput
do artigo 14; da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF);
III – cálculo do custo contendo o montante efetivamente renunciado ou liberado do Orçamento do Poder
Executivo do Distrito Federal no exercício sob análise, a preços correntes, para aplicação em renúncias de
receitas de natureza tributária e em benefícios de naturezas financeira, creditícia e outros;
Art. 10. O projeto de lei que conceda ou amplie incentivo ou benefício de natureza tributária, creditícia ou
financeira deverá ser elaborado com prazo certo de vigência e encaminhado ao Poder Legislativo
acompanhado de justificativa circunstanciada.
2. Alterações orçamentárias
Art. 18, §2º As solicitações de créditos adicionais deverão ser acompanhadas de justificativas de sua
necessidade e adequação com as diretrizes governamentais, condições indispensáveis para sua
apreciação.
3. Superávit financeiro
Art. 24. A utilização de recursos de superávit financeiro apurado em balanço patrimonial dependerá de
parecer prévio do órgão central de contabilidade.
Art. 27. O órgão central de planejamento e orçamento, com base nas informações do órgão central de
administração financeira, assinará prazo para que as unidades orçamentárias efetuem o
contingenciamento, por fonte de recurso e grupo de despesa, no montante determinado.
Parágrafo único. O órgão central de planejamento e orçamento, constatando que a unidade orçamentária
não efetuou o contingenciamento no prazo definido, adotará as providências necessárias para o
contingenciamento do montante determinado.
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5. Contratos e convênios
I – Convênio: instrumento que tenha como partes, de um lado, um órgão da Administração do Distrito
Federal e, de outro, entidades públicas ou particulares, cujo objetivo é a execução de programas, projetos
ou eventos de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;
II – Contrato: ajuste que a Administração do Distrito Federal firma com outra entidade pública ou privada
para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria
Administração;
Art. 40, Parágrafo único. Fica vedada a celebração de convênios que contenham cláusula prevendo a
cobrança de taxas de administração ou assemelhado.
6. Empenho
Art. 47. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem prévia autorização dos ordenadores de despesa de
que trata o artigo 29.
Art. 48. É vedada a realização de despesas, sem a emissão prévia da nota de empenho.
Essa regra é um pouco diferente da regra constante da Lei 4.320/64. Observar o comando da questão!
7. Pagamento
Art. 63, § 4º É vedada a transferência de recursos financeiros a pessoas físicas ou jurídicas de direito público
ou privado, em situação de inadimplência com prestação de contas proveniente de convênios ou de
instrumentos congêneres, conforme registro constante no cadastro do SIAC/SIGGO.
8. Restos a pagar
Art. 82. As notas de empenho inscritas em Restos a Pagar Não Processados no encerramento do exercício
de sua emissão terão validade até 30 de abril do exercício seguinte, sendo automaticamente
canceladas, vedada a sua reinscrição.
§1º Não serão canceladas as notas de empenho inscritas em Restos a Pagar Não Processados referentes:
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Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
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