As Três Nações de Candomblé
As Três Nações de Candomblé
As Três Nações de Candomblé
As Três Nações
JEJE « KETU « ANGOLA
Dos muitos grupos de escravos vindo para o Brasil,
03(três) categorias ou nações se destacaram:
Negros Fons ou Nação Jeje
Cada uma dessas 03 (três) nações tem dialeto e ritualística própria. Mas,
houve uma grande coligação entre os deuses adorados nessas 03 (três) nações, por exemplo:
Na Nação Jeje os deuses são chamados de Voduns
NAÇÃO JEJE
Portanto, não existe e nunca existiu nenhuma nação Jeje, em termos políticos.
O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindoda região de
Dahomé e pelos povos mahins.
Jeje era o nome dado de forma perjurativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o
leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado
sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savê" que era o lugar onde se cultuava
Nanã.
Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de
Oduduá, que é o fundador de Savê (tendo neste caso a ver com os povos fons).
O Abomei ficava no oeste, enquanto Axantis era a tribo do norte.
Todas essas tribos eram de povos Jeje.
Os povos Jejes se enumeravam em muitas tribos e idiomas, como:
Portanto, teríamos dezenas de idiomas para uma tribo só, ou seja, todas eram Jeje, o que foge
evidentemente às leis da lingüística - muitas tribos falando diversos idiomas, dialetos e
cultuando os mesmos Voduns.
As diferenças vinham, por exemplo, dos Minas - Gans ou Agonis,Popós que falavam a língua
das Tobosses, que a meu ver, existe uma grande confusão com essa língua.
Os primeiros negros Jeje chegados ao Brasil entraram por São Luís do Maranhão
e de São Luís desceram para Salvador, Bahia e de lá para Cachoeira e São Félix.
Também ali, há uma grande concentração de povos Jeje. Além de São Luís (Maranhão),
Salvador e Cachoeira e São Félix (Bahia), o Amazonas e bem mais tarde o Rio de Janeiro, foram
lugares aonde encontram-se evidências desta cultura.
Os vodun-ses da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que da família de Kaviuno,
do sexo masculino, são chamados de Doté; e do sexo feminino, de Doné.
O termo usado "Okolofé", cuja resposta é "Olorun Kolofé" vem da fusão das Nações de Jeje e
de Ketu.
Muitos Voduns Jeje são originários de Ajudá. Porém, o culto desses voduns só cresceram no
antigo Dahomé.
Muitos desses Voduns não se fundiram com os orixás nagos e desapareceram totalmente.
O culto da serpente Dãng-bi é um exemplo, pois ele nasceu em Ajudá, foi para o Dahomé,
atravessou o Atlântico e foi até as Antilhas.
Quanto a classificação dos Voduns Jeje, por exemplo, no Jeje Mahin tem-se a classificação do
povo da terra, ou os voduns Caviunos, que seriam os voduns Azanssu, Nanã e Becém.
Temos, também, o vodun chamado Ayzain que vem da nata da terra. Este é um vodun que
nasce em cima da terra.
É o vodun protetor da Azan, onde Azan quer dizer "esteira", em Jeje. Achamos em outro
dialeto Jeje, o dialeto Gans-Crus, também o termo Zenin ou Azeni ou Zani e ainda o Zoklé.
Ainda sobre os voduns da terra encontramos Loko.
Ele apesar de estar ligado também aos astros e a família de Heviosso, também está na família
Caviuno, porque Loko é árvore sagrada; é a gameleira branca, que é uma árvore muito
importante na nação Jeje. Seus filhos são chamados de Lokoses.
Ague, Azaká é também um vodun Caviuno. A família Heviosso é encabeçada por Badë,
Acorumbé, também filho de Sogbô, chamado de Runhó. Mawu-Lissá seria o orixá Oxalá dos
yorubás. Sogbô também tem particularidade com o Orixá em Yorubá, Xangô, e ainda com o
filho mais velho do Deus do trovão que seria Averekete, que é filho de Ague e irmão de Anaite.
Anaite seria uma outra família que viria da família de Aziri, pois são as Aziris ou Tobosses que
viriam a ser as Yabás dos Yorubás, achamos assim Aziritobosse.
,A palavra Ewe-Fon, por exemplo, a casa de candomblé da nação Jeje chama-se
Kwe = "casa". A casa matricial em Cachoeira e São Félix chama-se Kwe Ceja Undé.
Toda casa Jeje tem que ser situada afastada das ruas, dentro de florestas, onde exista espaço
com árvores sagradas e rios. Depende das matas, das cachoeiras e depende de animais,
porque o Jeje também tem a ver com os animais. Existem até cultos com os animais tais como,
o leopardo, crocodilo, pantera, gavião e elefante que são identificados com os voduns. Então,
este espaço sagrado, este grande sítio, esta grande fazenda onde fica o Kwe chama-se
Runpame, que quer dizer "fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa chama-se Kwe e o
local onde fica situado o candomblé, Runpame. No Maranhão predomina o culto às divindades
como Azoanador e Tobosses e vários Voduns onde a "sacerdotisa" é chamada Noche e o cargo
masculino, Toivoduno.
Histórico - no Brasil: "Kwe Ceja Undé", esta casa , é chamada em Cachoeira de "Roça de Baixo"
foi fundada por escravos como Manoel Ventura, Tixerem, Zé do Brechó e Ludovina
Pessoa.Ludovina Pessoa era esposa de Manoel Ventura, que no caso africano é o dono da
terra. Eles eram donos do sítio e foram os fundadores da Kwe Ceja Undé. Essa Kwe ainda seria
chamada de Pozerren, que vem de Kipó, "pantera".
A roça de cima que também é em Cachoeira é oriunda do Jeje Dahomé, ou seja, uma outra
forma de Jeje. Estou falando do Mahin, que era comandada por Sinhá Romana que vinha a ser
"Irmã de santo" de Ludovina Pessoa (esta última mais tarde assumiria o cargo de Gaiacú na
Kwe de Boa Ventura). Mas, pela ordem temos Manoel Ventura, que seria o fundador, depois
viria Sinhá Pararase, Sinhá Balle e atualmente Gamo Loko-se.
O Kwe Ceja Undé encontra-se em controvérsia, ou seja, Gamo Loko-se é escolhida por Sinhá
Pararase para ser a verdadeira herdeira do trono e Gaiacú Agué-se, que seria Elisa Gonçalves
de Souza, vem a ser a dona da terra atualmente.
Ela pertence a família Gonçalves, os donos da terra. Assim, temos os fundadores da Kwe Ceja
Undé.
NoRio de Janeiro, saindo de Cachoeira , Tatá Fomutinho deu obrigação com Maria Angorense,
conhecida como Kisinbi Kisinbi.
Babalawo:Um Babalawo, ou Pai dos segredos (awô) é muito respeitado pela cultura yorubá.O
Babalawo, como o nome diz, é o conhecedor de todos os mistérios e segredos no culto à
Orunmilá, sendo portanto sacerdote de ifá. Somente o Babalawo pode manipular o Rosário de
ifá que em yorubá recebe o nome de opele-ifá e em ewe, língua da cultura fon ou Jeje tem o
nome de agú-magá. Ainda na cultura Jeje, ifá é chamado de Vodun-fá ou Deus do destino e o
Babalawo é denominado de Bokunó.
Ogan: Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados: Pejigan que é o primeiro Ogan
da casa Jeje. A palavra Pejigan quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque Peji =
"altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo é o Runtó que é o tocador do atabaque Run,
porque na verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje.
No Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó,
Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.
A Nação Jeje é muito particular em suas propriedades. É uma nação que vive de forma
independente em seus cultos e tradições de raízes profundas em solo africano e trazida de
forma fiel pelos negros ao Brasil.
AJOIÉ E EKEDI:A palavra “ajoié” é correspondente feminino de ogan pois, a palavra ekedi, ou
ekejí, vem do dialeto ewe, falado pelos negros fons ou Jeje.Portanto, o correspondente yorubá
de ekedi é ajoié, onde a palavra ajoié significa“mãe que o orixá escolheu e confirmou”.Assim
como os demais oloyés,
uma ajoié tem o direito a uma cadeira no barracão.
Deve ser sempre chamada de “mãe”, por todos os componentes da casa de orixá, devendo-se
trocar com ela pedidos de bençãos. Os comportamentos determinados para os ogans devem
ser seguidos pelas ajoiés.Em dias de festa, uma ajoié deverá vestir-se com seus trajes rituais,
seus fios de contas, um ojá na cabeça e trazendo no ombro sua inseparável toalha, sua
principal ferramenta de trabalho no barracão e também símbolo do óyé, ou cargo que ocupa.
A toalha de uma ajoié destina-se, entre outras coisas, a enxugar o rosto dos omo-orixás
manifestados. Uma ajoié ainda é responsável pela arrumação e organização das roupas que
vestirão os omo-orixás nos dias de festas, como também, pelos ojás que enfeitarão várias
partes do barracão nestes dias.
Mas, a tarefa de uma ajoié não se restringe apenas a cuidar dos orixás, roupas e outras coisas.
Uma ajoié também é porta-voz do orixá em terra.
É ela que em muitas das vezes transmite ao Babalorixá ou Yalorixá o recado deixado pelo
próprio orixá da casa.
No Candomblé do Engenho Velho ou Casa Branca, as ajoiés são chamadas de ekedis. No
Gantois, de "Iyárobá". Já na Nação de Angola, é chamada de "makota de angúzo".
Mas, como relatei anteriormente, "ekedi" é nome de origem Jeje mas, que se popularizou e é
conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil, seja qual for a Nação.
ABIYAN:Dentro dos cultos afros-brasileiros existe uma categoria de pessoas que são
classificadas de Abiyans.
A palavra Abiyan quer dizer:
Abi= "aquele que" e An= seria uma contração de "Onã", que quer dizer “caminho”.
As duas palavras aglutinadas formaram o termo Abiyan, que quer dizer “aquele que começa”,
“um novo caminho”. O Abiyan é uma pessoa que está começando um novo caminho, uma
nova vida espiritual.
O Abiyan também pode ter fios de contas lavados, obrigação de bori e, até em alguns casos,
ter orixá assentado.
Existem pessoas que passaram por um longo período sendo Abiyan, antes de se iniciarem no
Candomblé. Portanto, vale ressaltar a importância deste período, ou seja, Abiyan e dizer que o
frequentador em yorubá, chama-se Lemó-mú.
Dialeto ewe
*esin = água
*atinçá = árvore
*agrusa = porco
*kpo = pote
*zó ou izó = fogo
*avun = cachorro
*nivu = bezerro
*bakuxé = parto de barro
*kuentó = kuentó
*yan = fio de contas
*vodun-se = filho do vodun ou iniciados da Nação Jeje
*yawo = filho do vodun ou iniciados da Nação Ketu
*muzenza = filho do vodun ou iniciados da Nação Angola
*tó = banho
*zandro = cerimônia Jeje
*sidagã = auxiliar da Dagã na Cerimônia a Legba
*zerrin = ritual fúnebre Jeje
*sarapocã = cerimônia feita 07(sete) dias antes da festa pública de apresentação do(a)
iniciado(a) no Jeje
*sabaji = quarto sagrado onde fica os assentos dos Voduns
*runjebe = colar de contas usado após 07(sete) anos de iniciação
*runbono = primeiro filho iniciado na Casa Jeje
*rundeme = quarto onde fica os Voduns
*ronco = quarto sagrado de iniciação
*bejereçu = cerimônia de matança
NAÇÃO KETU
O culto dos orixás remonta de muitos séculos, talvez sendo um dos mais antigos cultos
religiosos de toda história da humanidade.
O objetivo principal deste culto é o equilíbrio entre o ser humano e a divindade aí chamada de
orixá.
A religião de orixá tem por base ensinamentos que são passados de geração a geração de
forma oral.
Basicamente este culto está assim organizado:
Os mitos são muito importantes no culto dos orixás, pois é através deles que encontramos
explicações plausíveis para determinados ritos.
O MITO DA CRIAÇÃO Yorubá: Olodumaré enviou Oxalá para que criasse o mundo. A ele foi
confiado um saco de areia, uma galinha com 5 (cinco) dedos e um camaleão.
A areia deveria ser jogada no oceano e a galinha posta em cima para que ciscasse e fizesse
aparecer a terra. Por último, colocaria o camaleão para saber se a terra estava firme.
Oxalá foi avisado para fazer uma oferenda à Exu antes de sair para cumprir sua missão. Por ser
um orixá funfun, Oxalá se achava acima de todos e, sendo assim, negligenciou a oferenda à
Exu. Descontente, Exu resolveu vingar-se de Oxalá, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo
outra alternativa, Oxalá furou com seu opasoro o tronco de uma palmeira. Dela escorreu um
líquido refrescante que era o vinho de Palma. Com o vinho, ele saciou sua sede, embriagou-se
e acabou dormindo.
Olodumaré, vendo que Oxalá não havia cumprido a sua tarefa, enviou Oduduwa para verificar
o ocorrido. Ao retornar e avisar que Oxalá estava embriagado, Oduduwa cumpriu sua tarefa e
os outros orixás vieram se reunir a ele, descendo dos céus, graças a uma corrente que ainda se
podia ver no Bosque de Olose.
Apesar do erro cometido, uma nova chance foi dada à Oxalá: a honra de criar os homens.
Entretanto, incorrigível, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas,
albinos e toda espécie de monstros.Oduduwa interveio novamente. Acabou com os monstros
gerados por Oxalá e criou homens sadios e vigorosos, que foram insuflados com a vida por
Olodumaré.
Esta situação provocou uma guerra entre Oduduwa e Oxalá. O último, Oxalá, foi então
derrotado e Oduduwa tornou-se o primeiro Oba Oni Ifé ou "O primeiro Rei de Ifé".
Cargos (postos) ocupados em um Ilê Axé
Iyalorixá/Babalorixá: Mãe ou Pai de Santo, é o posto mais elevado do ILê; tem a função de
iniciar e completar o ato de iniciação dos olorixás.
Iyaegbé/Babaegbé: É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela manutenção da
Ordem, Tradição e Hierarquia. Posto paralelo ao da Iyalorixá ou Babalorixá.
Iyalaxé: Mãe do axé, a que distribui o axé. É quem escolhe os Oloyes de acordo com as
determinações superiores.
Iyakekere: Mãe pequena do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos
no Ilê.
Ojubonã: É a mãe criadeira.
Iyamoro: Responsável pelo Ipadê de Exú. Junto com a Agimuda, Agba e Igèna.
Iyaefun/Babaefun: Responsável pela pintura dos Iyawos.
Iyadagan: Auxilia a Iyamoro e vice-versa. Também possui sub-postos Otun-Dagan e Osi-dagan.
Iyabassé: Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos Olorixás podem auxilia-la,
sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual.
Iyarubá: Carrega a esteira para o iniciando. E usa toalha de Orixá no ombro.
Aiyaba Ewe: Responsável em determinados atos em obrigações de "cantar folhas". Geralmente
filhas de Oxun.
Aiybá: Bate o ejé em grandes obrigações. Tem sub-posto Otun e Osi.
Ològun: Cargo masculino, despacha aos Ebós das grandes obrigações, a preferência é para os
filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê.
Oloya: Cargo feminino, despacha os Ebós das grandes obrigações, na falta de Ològun. São
filhas de Oya.
Mayê: Mexe com as coisas mais secretas do Axé, ligadas a iniciação do Adoxú.
Agbeni Oyê: Posto paralelo a Mayê, divide a mesma causa.
Oyê: Se relaciona com a Yaefun/Babaefun; ou seja, coisas de AWO para iniciação.
Olopondá: Grande responsabilidade na inicição, no âmbito altamente secreto.
Iyalabaké: Responsável pela alimentação do iniciado, enquanto o mesmo se encontrar de
obrigação.
Kólàbá: Responsável pelo Làbá, simbolo de Xângo.
Agimuda: Relação com o Ipadê de Exú. Aquela que carrega a espada. Titulo feminino usado no
culto de Oya e Geledé.
Iyatojuomó: Responsável pelas crianças do Axé.
Iyasíhà Aiyabá é quem segura o estandarte de Oxalá.
Omolàra: Posto de confiança.
Sarapegbé: Mensageiro de coisas civis e de awo.
Akòwé Ilê Xangô: É a Secretária da casa de Xângo. Zelo, Orô e compras.
Babalossayn: Responsável pela colheita das folhas. Cargo de extrema importância.
Axogun: Responsável pelos sacrifícios. Traz axé de Ogun. Trabalha em conjunto com
Iyalorixá/Babalorixá, Oloyês e Ogans. Não pode errar. Responsável direto pelos sacrifícios do
ínicio ao fim do ato. Soberano nestas obrigações, é quem se comunica com o Orixá para quem
se destina a obrigação, transmitindo à Iyalaxé as respostas e mandamentos. Deve ser chamado
de Pai. E também possui sub-posto Otun e Osi.
OgaláTebessê: Dono dos toques, cânticos e danças. Trabalha em conjunto com o Alagbê,
possui sub-posto Otun e Osi.
Alagbê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos Ilùs, os
instrumentos musicais sagrados. Nos ciclos de festas é obrigado a se levantar de madrugada
para que faça a ALVORADA mais ou menos 40 min. Se um autoridade de outro Axé chegar ao
Ilê, o Alagbê, tem de lhe prestar as devidas homenagens "dobrar o Ilù" oferecer até sua
própria cadeira. Também possui sub-posto Otun e Osi.
Alagbá: Ambito civil do Axé.
Àjòiè: Camareira do Orixá. Ekédi.
Ojuoba: Posto de honra no Ilê Xangô e possui sub-posto Otun e Osi.
Teololá: Aquela que acompanha os Obas de Xangô.
Sobalóju: Título masculino e feminino. Sendo o mais importante e atraente, o preferido do rei.
Mawo: Grande confiança.
Balógun: Título ligado ao Ilê Ogun.
Alagada: Ogan que cuida das ferramentas de Ogun.
Balóde: Ogan de Odé.
Aficodé: Chefe do Aramefá (6 corpos) ligado ao Ilê Odé.
Ypery: Ogan ou Àjòiè de Odé
Alajopa: Pessoa de Odé, que leva a caça para ele.
Alugbin: Ogan de Oxalufan e Oxaguian que toca o Ilù dedicado a Oxalá.
Assogbá: Ogan ligado ao Ilê Omolú e cultos de Obaluaiye, Nanã, Egun e Exú.
Alabawy: Pessoa que trabalha na área jurídica e que cuida dos interesses civis do Axé.
Leyn: Pessoa do Ogun ou Odé, que zela Ogun.
Alagbede: Pessoa que trabalha no ramo de ferro e metais e forja as ferramentas do Axé.
Elémòsó: Ogan ou Àjòiè de Oxaguian, ligados ao Ilê Oxalá.
Gymu: Àjòiè de Omolu, que cuida de tudo que se relaciona a Omolu, Nanã e Ossany.
Kaweó: Ligado ao Ilê Ossaiyn.
Ogòtún: Ligado ao Ilê Oxun.
Oba Odofin: Ligado ao Ilê Oxalá.
Iwin Dunse: Ligado ao Ilê Oxalá.
Apokan: Ligado ao Ilê Omolú.
Abogun: Ogan que cultua Ogun.
Animais
Corpo Humano
Abô e Oubikó = carneiro
Malu = boi.
Aban-malu = vaca.
Akokorô = galo.
Patapá = burro.
Agutan = ovelha.
Euré = cabra.
Taleu-taleu = peru.
Adjiniju = elefante.
Koji = leão.
Zamba = elefante.
Abô-agutam = ovelha.
Oguri = peixe.
Eiyele = pombo.
Alodé = periquito.
Ory = cabeça.
Ipakó = nuca.
Etu = orelha.
Imum = nariz.
Iban = queixo.
Irun = cabelo.
Efin = dente.
Eeté = lábios.
Apá = braço.
Qué = mão.
Itankó = coxas.
Idi-cu = ânus.
Éepã = testículo.
Ogungum = osso.
Enum = boca.
Okan = coração.
Eigiká = ombros.
Obó = nádegas.
Akô = macho.
Abam = fêmea.
Mulembu = dedo.
Rivenum = barriga.
Utensílios Família
Ilê = casa.
Ajaké e Tapacê = mesa.
Jajá = esteira.
Egui = carvão.
Nlê = teto.
Anda = rede.
Tainguém = mesa.
Tânta-laiá = lâmpada, luz, clarão.
Jará = quarto.
Aputi = banco.
Ilê-ageun = cozinha.
Cumbaú = cama.
Idiôçu = cadeira.
Ajeké-neulune = fogão.
Teçu = candieiro de querosene.
Odu-ikekê = panela grande.
Itá = travessa, tigela de louça vidrada.
Obé-farÁ = faca tridente ou garfo tridente ou lança tridente.
Ikkô = panela.
Obé = faca.
Oberó = alguidar.
Obé-nuxo-inxó = faca de ponta.
Babá-nla = avó, patriarca.
Babassá = irmão gêmeo.
Aua-mete = tio.
Okorim = esposo, marido.
Yá-lé = mulher favorita.
Omâm omoborim = filho.
Babá = pai.
Bi-egun = viúva.
Okebiã = noivo.
Obirim = esposa, mulher.
Mô-obirim e obirim-mim = minha mulher.
Exi omobirim = filha.
Ya-nla = avó.
Muturi = viúva.
Yá = mãe.
Ikobassu = solteiro.
Oko-Okorim = homem.
Ô-madê = menino.
Tata-mete = primo.
Okuamuri = casado.
Vestuário
Cores
Axó = roupa.
Ubatá = sapato.
Abatá e batá = sapatos.
Filá = gorro, capuz de Obaluayê.
Akêtê = chapéu.
Ojá = fita, faixa.
Peké-pe'é = chapéu-de-sol.
Axó-dudu = roupa suja.
Abadê = toalha.
Dudu = preto
Fin-fun, mandulé = embombo e puti-branco.
Obádo = verde.
Eivikei = vermelho.
Okâm = azul.
Mucumbe = roxo.
Kiobambo = amarelo.
Bebidas Bebidas
Omim = água.
Otin-nibé = cerveja.
Otin-dudu = vinho tinto.
Otin-fum-fum = aguardente.
Oin = mel
Aluá = Brasil, refresco feito de rapadura com casca de abacaxi ou tamarindo.
Xeketé = milho e gengibre.
Abébé = leque.
Adê = coroa.
akukó = galo.
Alasê = cozinheira.
Alé = noite.
Apaoká = uma jaqueira que tem esse nome no Axé Opô Afonjá.
Ati = e (conjunção).
Auá = nós.
Anon = eles.
Axo = roupa.
Adupé-lewô-olorun = graças a Deus por ter conservado minha vida e a minha saúde até hoje.
Ayê = céu.
Agô = licença.
Am-nó = o misericordioso.
Akará = bolo feito com feijão fradinho, pimenta, camarão seco e frito no epô.
Abân = coco.
Ajé = sangue.
Ajeun = comida.
-B-
Babá = pai.
Babalaô = sacerdote, pai do ministério, aquele que faz consultas através do jogo.
Balué = Banheiro.
Bé = pular, pedir.
Bi = nascer, perguntar.
Bó = adorar
Bô = cobrir.
Bobô = todos.
-D-
Dagô = dê licença.
Dê = chegar.
Durô = esperar.
-E-
Ebé = sociedade.
Eie = pombo.
Ejé = sangue.
Eku = preá.
Êpa = amendoim.
Éran = carne.
Eru = carrego.
Erúkéré = emblema feito com cabelo de animais, usado por Oxossi, Oyá, Egun e pessoas
importantes do culto.
Etu = conquém.
-F-
Filá = gorro.
Fun = dar.
-G-
Ibá = cuia.
Ibi = aqui.
ibiri = objeto de mão, usado pela orixá Nanã, feito em palha, couro e contas.
Ibô = mato.
Ijexá = nome de uma região da Nigéria e de um toque para orixá Oxum, Oxála e Ogun.
Iku = morte.
Ilê = casa.
Ilé = terra.
Inã = fogo.
Ipeté = inhame cozido, pisado, temperado com camarão seco, sal, azeite de dendê e cebola.
Irê = bondade.
Ixu = inhame.
Iyá = mãe.
Iyabasé = cozinheira.
Iyalaxé = mãe do axé do terreiro.
Ji = despertar
Jô = dançar.
-K-
Kekerê = pequeno.
-L-
Lara = no corpo.
Lê = forte.
Ló = ir.
Lodô = no rio.
Loná = no caminho.
-M-
Modê = cheguei.
-N-
Nilê = na casa.
-O-
Obitikô = Xangô.
Odô = rio.
Oin = mel.
Oju = rosto.
Okó = marido.
Okunlé = ajoelhar-se.
Olorum = entidade suprema, força maior, que está acima de todos os orixá.
Oluá = senhor.
Olubajé = cerimônia onde Obaluaiyê reparte sua comida com seus filhos e seguidores.
Omi = água.
Opô = pilastra.
Ori = cabeça.
Otin = aguardente.
Ouô = dinheiro.
-P-
Pá = matar.
Padê = encontrar.
Pê = chamar.
Peji = altar.
Pelebé = pato.
Pepelê = banco.
-S-
Sarapebé = mensageiro.
Si = para.
Sòrò = falar.
Sun = dormir.
Tô = suficiente, basta.
Uá = vir.
Unjé = comida.
Uô = olhar, reparar.
Xê = fazer.
Xerê = chocalho especial para saudar Xangô, em cabaça com cabo ou em cobre.
Xokotô = calças.
NAÇÃO ANGOLA
OS CARGOS NA NAÇÃO DE ANGOLA:A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros
Tatetos como Bernardinho e Ciri Aco, o culto banto ou Candomblé da Nação de Angola, como
é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.
Estes negros ou bantos, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição
religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.
Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.
Kamoxi/Rianga
Kaiai /Kairi
Katatu/ Kairi
Kakuãna/ Kauanã