Celebracao Penitencial
Celebracao Penitencial
Celebracao Penitencial
A preparar:
Ambientação: apagar as luzes da igreja, deixando uma pequena luz acesa perto
do altar ou do sacrário, concentrando a atenção dos participantes nestes pontos e
para se poderem movimentar; acompanhar este lusco-fusco com uma música de
fundo muito suave.
Para os participantes: cartões com a seguinte frase: Fala, Senhor, o teu servo
escuta! – que estarão por cima do altar, para que os participantes possam ir buscar
ao altar depois da confissão individual.
1. Introdução:
O jovem Samuel servia o Senhor sob a direção de Eli. O Senhor, naquele tempo,
falava raras vezes e as visões não eram freqüentes. Ora certo dia aconteceu que Eli
estava deitado, pois os seus olhos tinham enfraquecido e mal podia ver. A lâmpada
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de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel repousava no templo do Senhor,
onde se encontrava a Arca de Deus. O Senhor chamou Samuel. Ele respondeu:
«Eis-me aqui.» Samuel correu para junto de Eli e disse-lhe: «Aqui estou, pois me
chamaste.» Disse-lhe Eli: «Não te chamei, meu filho; volta a deitar-te.» O Senhor
chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio dizer a Eli: «Aqui estou, pois me
chamaste.» Eli respondeu: «Não te chamei, meu filho; volta a deitar-te.» Samuel
ainda não conhecia o Senhor, pois até então nunca se lhe tinha manifestado a
palavra do Senhor. Pela terceira vez, o Senhor chamou Samuel, que se levantou e
foi ter com Eli: «Aqui estou, pois me chamaste.» Compreendeu Eli que era o
Senhor quem chamava o menino e disse a Samuel: «Vai e volta a deitar-te. Se
fores chamado outra vez, responde: «Fala, Senhor; o teu servo escuta!» Voltou
Samuel e deitou-se. Veio o Senhor, pôs-se junto dele e chamou-o, como das outras
vezes: «Samuel! Samuel!» E Samuel respondeu: «Fala, Senhor; o teu servo
escuta!»
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6. Confissão (todos juntos): Confesso a Deus…
(Se ainda não foi feito, poderão ser acesas todas as luzes da igreja.)
9. Volta a cantar-se: Fala, Senhor, que o teu servo escuta… (com gestos, se for
oportuno). Deixar a tocar uma música de fundo alegre a tocar enquanto as
pessoas vão saindo.
Por meio de sua morte e ressurreição Jesus Cristo realizou uma vez por todas o
misterioso desígnio de Deus Pai e cumpriu a promessa de salvação em favor da
humanidade decaída pelo pecado. A este maravilhoso evento de salvação
chamamos “Mistério Pascal” e o celebramos de modo particular na Semana Santa,
que tem seu ponto alto no “Tríduo Pascal”.
Uma dúvida que sempre surge é o fato de que o “tríduo” (três dias) é celebrado em
“quatro dias”. Como entender isso? Há quem se pergunte também: por que
celebrar a mesma coisa todos os anos? Que sentido tem isso tudo? Tentemos
entender!
O Tríduo Pascal se inicia com a celebração da Ceia do Senhor (pôr do sol da quinta-
feira santa) e se conclui com a celebração eucarística do domingo da Ressurreição
do Senhor. É um só mistério que se celebra em três momentos principais distintos
e, ao mesmo tempo, indissoluvelmente unidos.
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Ao segundo momento chamamos de PÁSCOA DO SEPULCRO. É Jesus que passa
pela morte e desce à mansão dos mortos. Este momento se inicia simbolicamente
pelo desnudamento do altar e o sacrário vazio após a celebração da paixão do
Senhor na sexta-feira santa e vai até o início da Vigília Pascal, no sábado Santo. A
rigor, é tempo para o recolhimento e para um profundo silêncio que nos leve a
esperar o dia da ressurreição. Recomenda-se que este dia o passemos em jejum e
oração silenciosa, porque “o noivo nos foi tirado” (Lc 5,34-35). É o único dia em
que se proíbe a celebração da missa e não se celebram os sacramentos, a não ser
em extremo perigo de morte (apenas o batismo de emergência, a penitência e a
unção dos enfermos). O sábado santo é especialmente reservado para as
celebrações de preparação imediata dos catecúmenos à iniciação cristã na vigília
pascal.
História
Porque é que a Quaresma compreende 40 dias como o próprio nome indica? Trata-
se de um número simbólico, carregado de sentido e indicando preparação para um
grande acontecimento. A Bíblia fala dos 40 dias do dilúvio, 40 dias de penitência do
povo de Nínive, 40 dias de Moisés no Sinai, 40 dias de caminhada de Elias. Mais
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famosos e com referência mais direta á Páscoa, são os 40 dias de Cristo no deserto
em oração e jejum, preparando a sua vida pública e caminhada para a Páscoa.
Sentido da Quaresma
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Conversão, revisão de vida, reconciliação com Deus, “rico em misericórdia” e
“paciente e benigno”.
Humildade: cinzas dos nossos sonhos, ambições, amores, pecados. Marcados com a
morte, não para o desespero, mas para a esperança. O fogo dorme sob a cinza
para se reacender ao amanhecer. A imposição das cinzas, com que se inicia a
liturgia quaresmal não é uma atitude sádica da Igreja, mas um apelo realista á
nossa condição de mortais, embora candidatos á Vida: como o grão que apodrece
para dar muito fruto…
Mentalizar-se mais neste tempo que a vida é uma luta contra as tentações do
mundo, do demônio e da carne: “entra-se no período da Quaresma para travar
uma santa luta” (S. Leão Magno);
Fé e esperança mais viva, que após a luta virá a vitória, que á noite segue o dia, ao
esforço a recompensa, á morte a Vida.
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“Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti”.
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Procuro conhece-lO para O amar? Leio a sua palavra, a Bíblia?
Jesus Cristo é o caminho para o pai e meu salvador. Aceito-O como o meu
Deus, encarnado e que me ama até morrer por mim?
Sigo o seu exemplo, a sua palavra? Procuro fazer como Ele fez?
Sei que a minha comunidade é o Corpo Místico de Cristo e Ele nela encarna?
Colaboro nela e estou atento às necessidades dos mais pobres?
Sei que sou Templo do Espírito Santo. Sigo as suas inspirações e conselhos?
Respeito o meu corpo? Aceito as orientações daquela que é a continuação de Jesus,
que é a Igreja? Sei que sou Igreja?
2) No meu lar há paz? Diálogo? Procuro construir a felicidade do outro? Sou fiel
ao meu “sim” (Casamento)?
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Respeito a minha vida? Abuso do álcool, da droga, da velocidade? Sou
imprudente na condução? Atropelei alguém culpavelmente?
Sei que o sexo faz parte da minha pessoa, o seu uso é uma expressão
pessoa de amor e deve ser regulado pela vontade de Deus dentro do matrimônio
conscientemente assumido. Respeito-me e respeito os outros?
Respeito contratos? Sou justo nos contratos? Cumpro bem o meu trabalho?
Pago o salário justo? Pago os impostos? Abuso dos operários, do patrão?
Sou sérios nos negócios? Vendi por bom o que sabia que era mau? Roubei a
alguém? Restitui? Devolvi o que encontrei? Olhei pelos pobres, desempregados?
Partilhei os meus bens com os necessitados?
Prejudiquei a fama dos outros? Com verdade, com mentira? Inventei faltas?
Ajuizei mal dos outros?
Que fiz para reparar a fama dos outros que assim ofendi?
Oração:
Pai, pequei contra Ti… não sou digno de ser chamado Teu filho…