DEPRESSÃO NA ADOSLECENCIA Completo

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FACULDADE DE CUIABÁ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

CLAUDENICE DE OLIVEIRA VIEIRA DOS SANTOS

LEONARDO DE ARRUDA DA COSTA MARQUES

DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA

CUIABÁ - MT
2019/2
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CLAUDENICE DE OLIVEIRA VIEIRA DOS SANTOS

LEONARDO DE ARRUDA DA COSTA MARQUES

DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA

Projeto apresentado como um dos


requisitos para a avaliação parcial na
disciplina de Técnicas de Investigação
Científica e Profissional do Curso de
Graduação em Psicologia da Faculdade
Cuiabá - FAUC.
Orientador: Pedro Mathias

CUIABÁ - MT
2019/2
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SUMÁRIO

1.Introdução 3
1.1 Conceito 3
1.2 Prevalência 4
1.3 Diagnóstico e Tratamento 5
2.Justificativa 7
3.Objetivo Geral 8
3.1 Objetivos específicos 8
4. Metodologia 9
5. Referências 10
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1.INTRODUÇÃO

1.1 CONCEITO

A depressão é o transtorno mental relacionado ao humor e ao afeto. A


depressão tem sido caracterizada como um episódio patológico no qual existe a
perda de interesse, de prazer, de apetite, de sentimento de culpa, de inutilidade,
de falta de energia e de pensamento de morte (FUREGATO, 2008).

A depressão pode ser vista como um mal que se enraíza no eu do indivíduo,


bloqueando suas vontades e dirigindo de forma negativa o curso de seus
pensamentos, prejudicando o sujeito tanto no contexto psicossocial como
individual (COUTINHO, 2006). A depressão também pode afetar as funções do
corpo além de efeitos sobre o comportamento, alguns dos quais são,
interferência nas chances de sucesso no aprendizado e no trabalho, aumento da
possibilidade de ter filhos problemáticos, dependência nicotínica, alcoolismo e
suicídio (NEDLEY, 2010). De fato, observou-se nas duas últimas décadas um
aumento muito grande do número de casos de Depressão com início na
adolescência e na infância. Algumas pesquisas também mostram que cerca de
20% dos estudantes do ensino médio sentem-se profundamente infelizes ou têm
algum tipo de problema emocional. Talvez seja porque o mundo moderno esteja
se tornando cada vez mais complexo, competitivo, exigente, e muitos
adolescentes têm dificuldades para lidar com as necessidades de adaptação que
se deparam diariamente (BALLONE, 2008).

A adolescência é um período de intensas modificações no


desenvolvimento humano onde ocorrem mudanças biológicas da puberdade e
maturidade biopsicossocial. As mudanças comportamentais podem ser
confundidas com doenças mentais (FONSECA, 2011). Durante muito tempo a
depressão era vista apenas como um problema de adultos. Acreditava-se que a
depressão em crianças não existia ou então seria muito rara nessa população.

Sinais de que existe o risco de o jovem tirar a própria vida podem ser mais
claros do que se imagina (FONSECA, 2011). “Frases como “ninguém se importa
se estou vivo ou morto”, “queria desaparecer” ou “melhor seria se eu morresse”,
devem ser encaradas como um pedido de escuta para um sentimento de
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angústia incontornável (BALLONE, 2008). O problema não só existe como já é


bem prevalente no universo teen. É importante destacar que a depressão vem
se tornando cada vez mais frequente na adolescência, exigindo a atenção dos
profissionais das diferentes áreas da saúde. Não estamos mais diante de uma
sintomatologia considerada esperada para esse período, mas de um quadro
psicopatológico grave que interfere em todos os âmbitos da vida desse jovem
sujeito, dificultando a sua passagem por uma das fases mais importantes do
desenvolvimento humano, o que, como consequência, acarreta danos às demais
fase da vida (NEDLEY, 2010).

1.2 PREVALÊNCIA

A depressão é comum, afetando cerca de 121 milhões de pessoas no mundo


inteiro, sendo a principal causa de incapacidade e a segunda causa de perda de
anos de vida saudáveis entre as 107 doenças e problemas de saúde mais
relevantes (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2009). Os custos pessoais
e sociais da doença são muito elevados. Estima-se que uma em cada quatro
pessoas em todo o mundo sofre, sofreu ou vai sofrer de depressão
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2009).

Sua incidência é estimada em, aproximadamente, 17% da população


mundial. Atinge um em cada cinco jovens entre 12 e 18 anos (faixa etária
considerada como adolescência no Brasil). Algumas de suas principais
características é a perda de peso, sentimento de culpa, ideação suicida,
hipocondria, queixa de dores e, eventualmente, o desenvolvimento de psicose
(DESLANDES, 2007). Hoje a depressão atinge a infância, encontrou-se
resultados da prevalência/ano para a depressão maior de 0,4 a 3,0% em
crianças, e de 3,3 a 12,4% em adolescentes (CRUNIVEL et al., 2004).

A depressão na adolescência vem sendo um preocupante problema de


saúde pública. Assim observa que a depressão na adolescência a uma
incidência de ansiedade (SOUZA,1999). Adolescentes com depressão
apresentam mais sintomas irritáveis e instáveis, ao invés de demonstrarem ou
queixarem-se de tristeza, podendo ocorrer crises frequentes de raiva. Acredita-
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se que mais de 80% dos jovens deprimidos apresentam humor irritado (KAZDIN;
MARCIANO, 1998).

1.3 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO


Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais IV
(DSM IV, 2000), a classificação dos tipos de depressão é: depressão reativa ou
secundária, depressão menor ou distinta, depressão maior ou unipolar e
depressão maior ou psicose maníaco-depressivo. No que diz respeito ao
diagnóstico, segundo (DSM IV, 2000), os critérios são cinco ou mais dos
sintomas estiverem presentes durante o período de duas semanas e
representam uma alteração no funcionamento anterior, 1- relacionando humor
deprimido na maior parte do dia, 2- interesse ou prazer acentuadamente
diminuído por todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, 3- perda
ou ganho significativo de peso sem estar em dieta, 4-distúrbio do sono (insônia
ou hiper-Sonia), 16 5-agitação ou letargia, 6- fadiga ou perda de energia quase
todos os dias e entre outros. Outros critérios também podem ser levados em
consideração tais como: os sintomas não satisfazem os critérios para um
Episódio Misto, os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou
prejuízo no funcionamento social ou ocupacional, os sintomas não se devem aos
efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral,
os sintomas não são mais bem explicados por luto, ou seja, perda de um ente
querido. E, como formas de tratamento, a literatura (BAHLS, 2003; KAPLAN et
al 1997; RUBIO, 2002) apresenta as mais conhecidas: a utilização de
medicações, a psicoterapia e a associação das duas formas anteriores. Os
antidepressivos tricíclicos (imipramina, desipramina, amitriptilina e nortriptilina)
são os fármacos mais frequentemente utilizados na depressão. Para os
pacientes que apresentam sintomas de agitação e ansiedade, os
antidepressivos sedativos, como a imipramina, parecem ser mais adequados
(WENDER; MAGNO, 2002). Nos transtornos do ajustamento com humor
depressivo, distimia e depressão maior, pode-se usar antidepressivos como os
tricíclicos: imipramina, clomipramina, amitriptina ou nortriptilina. Essas drogas
são as mais antigas e as mais usadas em crianças e jovens. Os inibidores
seletivos da recaptura da serotonina (ISRS) mais usados são o: cloridrato de
sertralina seguro e eficaz, tem sido muito usado nos transtornos obsessivo-
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compulsivos em crianças e adolescentes; e fluoxetina bastante usada, demanda


dose inicial baixa, dada à sua eliminação lenta e porque pode interferir também
com outras drogas. Essas drogas apresentam um bom resultado e poucos
efeitos colaterais. Ainda entre os ISRS, há a paroxetina, cuja utilização na
depressão é bastante vantajosa (ARNOLD,1999). A posologia e a duração do
tratamento devem ser adequadas para as necessidades de cada paciente. De
forma geral, a indicação para o uso de psicofármacos irá depender do
diagnóstico, considerando fatores como o tipo de droga, a dosagem, a
farmacocinética e a sensibilidade individual (ARNOLD,1999). Mudanças no estilo
de vida deverão ser debatidas com cada paciente, objetivando uma melhor
qualidade de vida. Os antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos
sintomas depressivos de 60% a 70% no prazo de um mês (THASE, 1995).
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2. JUSTIFICATIVA

A depressão é uma doença grave e pode levar as crianças a isolamento,


baixo rendimento escolar, uso de drogas como tentativa de se sentir melhor,
baixa autoestima. Devido a uma fase de crescimento, as crianças e
adolescentes não tem a capacidade de observar o que está acontecendo
internamente. A depressão na infância e na adolescência pode proceder a
episódios de depressão maior na idade adulta. Isso mostra a importância da
rapidez do diagnóstico e do início do tratamento. É de extrema importância a
preocupação com o adolescente nesta fase, pois a possibilidade de tentativa
de suicídio é muito grande, e nessa fase, pode haver recidivas e
ocasionalmente levando até a morte de fato. Vale então ressaltar a
importância de estudos que tenham como tema os assuntos discutidos, pois
só dessa forma, conhecendo e debatendo as implicações advindas da
depressão, é que se viabiliza uma assistência específica e diferenciada. O
psicólogo com sua visão holística, pode observar os sinais e sintomas
acometidos ao indivíduo, formar o diagnóstico, alertar os responsáveis do
indivíduo sobre o estado de saúde no qual se encontra e riscos corridos até
o momento e quais medidas e atitudes que deve ser tomada, levando em
consideração o nível de conhecimento científico, e embasamento teórico.
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3. OBJETIVO GERAL

Compreender quais os motivos que levam jovens adolescentes a


depressão e como o psicólogo pode intervir.

3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Levantamento bibliográfico da etiologia da depressão;

2. Evidenciar a prevalência da depressão em adolescentes;

3. Enfatizar o diagnóstico e intervenção precoce.


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6. METODOLOGIA
Para apresentar a depressão acometida em adolescentes, e suas
principais consequências, o presente estudo foi realizado por meio de revisão de
literatura. Teve como finalidade conhecer o tema depressão na adolescência.

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, narrativa, onde foram incluídos


artigos indexados, publicados desde 1994 a 2017, escritos em português que
estudaram a depressão em crianças, adolescente.

O levantamento foi realizado diante do emprego das palavras-chaves:


adolescente em fase escolar, depressão, adolescência, depressão em criança.

Como critério de exclusão foram pesquisas que falaram de depressão em


outro tipo de população no qual não se enquadrou na pesquisa. A análise dos
dados foi realizada através da comparação entre as discussões dos autores aqui
referenciados.

Para a realização desse estudo foram utilizados 12 artigos como referência. As


bases de dados utilizados foram Scielo (Scientific Electronic Online), Biblioteca
Virtual em saúde, Revista latino-americano de enfermagem, Organização
mundial de saúde.
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5.REFERÊNCIAS

BERLINCK, Manoel Tosta; FEDIDA, Pierre. A clínica da depressão: questões


atuais. Ed. Revista Latino-americano de Psicopatologia Fundamental, vol. 3. Pg.
9-25,. 2000.

BALLONE, G.J.; MOURA, E.C. Depressão na Adolescência. Disponível em:


http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=129. Acesso
em: 31 mar. 2014.

CRUVINEl, M; BOWCHOVITCH, E. Sintomas depressivos, estratégias de


aprendizagem e rendimento escolar de alunos do ensino fundamental.
Psicologia em Estudo, Maringá, v.9, n.3, p 369-379, mar./abr. 2004. DSM–IV.
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 4ª ed. 1994.

COUTINHO, M. P. L. Depressão infantil e representação social. Psicologia da


saúde, v.14, n.2, p. 160-170, jul./dez. 2006.

DESLANDES. H.M.A. et. al.. O exercício físico no tratamento da depressão em


idosos: revisão temática. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul-Porto
Alegre, v.29, n.1,p.70 -79, jun./nov., 2007.

EFRAIM, Anita. POLLO Luiza. Depressão adolescente não é ‘drama’ e você


pode, sim, ajudar. Ed. O estado de São Paulo, 2017.

FONSECA, T. O. Cartografias do cuidado em saúde para adolescentes e jovens:


um estudo sobre a organização e os processos de trabalho de uma Unidade
Básica de Saúde da Rede-SUS municipal do Rio de Janeiro. Dissertação de
Mestrado apresentada à Pós-Graduação do Instituto de Saúde da Comunidade,
109f. Universidade Federal Fluminense. 2011.

FUREGATO, A. R. F.; et. al.. Depressão entre estudantes de enfermagem


relacionada à auto-estima, à percepção da sua saúde e interesse por saúde
mental. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 16, n.2, p.
1-3, mar./abr. 2008.
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MONTEIRO, Kátia Cristine Cavalcante; LAGE, Ana Maria Vieira. A depressão na


adolescência. Ed. Psicologia em estudo, edição 10, vol.17 no.1 Maringá
Jan./Mar. 2012.

NEDLEY, N. Como sair da depressão. Prevenção, tratamento e cura. Tatuí: Casa


Publicadora Brasileira. 2009.

Organização Mundial de Saúde, Relatório sobre a saúde: saúde mental nova


concepção, nova esperança. Geneva: OMS, 2001.

SOUZA, .F.G.M. Tratamento de depressão. Revista Brasileira de Psiquiatria.


São Paulo, v. 21, n. 1, p. 2-3, maio 1999.

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