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Ministério Público do Estado de São Paulo

MP-SP
Auxiliar de Promotoria I - Administrativo

JH078-19
Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998.
Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você
conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo [email protected].

OBRA

Ministério Público do Estado de São Paulo- MP-SP

Auxiliar de Promotoria I - Administrativo

Edital Nº 02/2019

AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Matemática - Profº Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil
Legislação - Profª Bruna Pinotti
História - Profº Luiz Daniel Vinha Absalão
Geografia - Profª Leticia Veloso
Noções de Informática - Profº Ovidio Lopes da Cruz Netto

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina

DIAGRAMAÇÃO
Elaine Cristina

CAPA
Joel Ferreira dos Santos

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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)......................................................................... 01


Sinônimos e antônimos................................................................................................................................................................................. 11
Sentido próprio e figurado das palavras................................................................................................................................................ 11
Pontuação........................................................................................................................................................................................................... 13
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego
e sentido que imprimem às relações que estabelecem.................................................................................................................. 16
Concordância verbal e nominal................................................................................................................................................................ 57
Regência verbal e nominal........................................................................................................................................................................... 63
Colocação pronominal.................................................................................................................................................................................. 68
Crase.................................................................................................................................................................................................................... 68

MATEMÁTICA
Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou
radiciação com números racionais, nas suas representações fracionária ou decimal;...................................................... 01
Mínimo múltiplo comum;........................................................................................................................................................................... 01
Porcentagem;.................................................................................................................................................................................................. 09
Razão e proporção;....................................................................................................................................................................................... 12
Regra de três;;.................................................................................................................................................................................................. 15
Equações do 1º grau;................................................................................................................................................................................... 18
Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa;............................................ 23
Relação entre grandezas – tabela ou gráfico;......................................................................................................................................... 28
Noções de geometria plana – forma, área, perímetro e Teorema de Pitágoras........................................................................ 44

LEGISLAÇÃO
Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, Título VI – Dos deveres, das proibições e das responsabilidades, arts. 241
a 250........................................................................................................................................................................................................................ 01

HISTÓRIA DO BRASIL
Da Revolução de 1930 ao Brasil contemporâneo: A Era Vargas; o Brasil na II Guerra ...................................................... 01
Regime Militar – 1964-1985: o Golpe de 1964 e o Regime Militar; a repressão política e o “milagre econômico”;
fim do Regime Militar; Campanha Diretas Já! (1984); Eleições de Tancredo Neves e José Sarney (1985). Presidentes
posteriores ......................................................................................................................................................................................................... 08
SUMÁRIO

GEOGRAFIA
O Brasil no mundo: localização; extensão............................................................................................................................................ 01
A natureza brasileira: os grandes domínios morfoclimáticos. Hidrografia e aproveitamento dos principais rios.
A vegetação original. Os recursos naturais........................................................................................................................................ 01
Os problemas ambientais.......................................................................................................................................................................... 03
A população brasileira: crescimento e distribuição. Estrutura da população. Mobilidade............................................. 09
A organização do espaço brasileiro: As atividades industriais................................................................................................... 10
O espaço agropecuário. Comércio, transportes e comunicações. O espaço urbano. As relações do Brasil com
o mundo: o Brasil no Mercosul................................................................................................................................................................ 17

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência,
manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de
aplicativos MS-Office 2010.......................................................................................................................................................................... 01
MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos,
fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de
páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto.................................................... 09
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração
de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos,
controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados......................... 17
MSPowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos
e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas,
botões de ação, animação e transição entre slides........................................................................................................................... 29
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos........................ 37
Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas..................................... 41
ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)................................................................................. 01


Sinônimos e antônimos............................................................................................................................................................................................ 11
Sentido próprio e figurado das palavras........................................................................................................................................................... 11
Pontuação...................................................................................................................................................................................................................... 13
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem.................................................................................................................................. 16
Concordância verbal e nominal............................................................................................................................................................................. 57
Regência verbal e nominal...................................................................................................................................................................................... 63
Colocação pronominal.............................................................................................................................................................................................. 68
Crase................................................................................................................................................................................................................................ 68
Compreender significa
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO O texto diz que...
LITERÁRIOS) É sugerido pelo autor que...
De acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
ção...
O narrador afirma...
Interpretação Textual
Erros de interpretação
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio-
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de  Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar sai do contexto, acrescentando ideias que não
e decodificar). estão no texto, quer por conhecimento prévio
do tema quer pela imaginação.
Contexto – um texto é constituído por diversas frases.  Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com atenção apenas a um aspecto (esquecendo que
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a um texto é um conjunto de ideias), o que pode
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- ser insuficiente para o entendimento do tema
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre desenvolvido.
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de  Contradição = às vezes o texto apresenta ideias
seu contexto original e analisada separadamente, poderá contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con-
ter um significado diferente daquele inicial. clusões equivocadas e, consequentemente, er-
rar a questão.
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de Observação: Muitos pensam que existem a ótica do
citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em
uma prova de concurso, o que deve ser levado em consi-
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação deração é o que o autor diz e nada mais.
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A par-
tir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fundamen- Coesão e Coerência
tações), as argumentações (ou explicações), que levam ao
esclarecimento das questões apresentadas na prova. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
Normalmente, em uma prova, o candidato deve: si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de
 Identificar os elementos fundamentais de uma ar- um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
gumentação, de um processo, de uma época (nes- pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
que se vai dizer e o que já foi dito.
te caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os
São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre
quais definem o tempo).
eles, está o mau uso do pronome relativo e do prono-
 Comparar as relações de semelhança ou de dife-
me oblíquo átono. Este depende da regência do verbo;
renças entre as situações do texto.
aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer tam-
 Comentar/relacionar o conteúdo apresentado
bém de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
com uma realidade.
semântico, por isso a necessidade de adequação ao an-
 Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. tecedente.
 Parafrasear = reescrever o texto com outras pa- Os pronomes relativos são muito importantes na in-
lavras. terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
Condições básicas para interpretar existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
cia, a saber:
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literá- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
rio (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura te, mas depende das condições da frase.
e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades qual (neutro) idem ao anterior.
do texto) e semântico; capacidade de observação e de quem (pessoa)
síntese; capacidade de raciocínio. cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído.
LÍNGUA PORTUGUESA

Interpretar/Compreender como (modo)


onde (lugar)
Interpretar significa: quando (tempo)
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. quanto (montante)
Através do texto, infere-se que... Exemplo:
É possível deduzir que... Falou tudo QUANTO queria (correto)
O autor permite concluir que... Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
Qual é a intenção do autor ao afirmar que... aparecer o demonstrativo O).

1
Dicas para melhorar a interpretação de textos Sei que a palavra da moda é precocidade, mas eu acre-
dito em conquistas tardias. Elas têm na minha vida um
 Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral gosto especial.
do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos Quando aprendi a guiar, aos 34 anos, tudo se transfor-
candidatos na disputa, portanto, quanto mais infor- mou. De repente, ganhei mobilidade e autonomia. A ci-
mação você absorver com a leitura, mais chances dade, minha cidade, mudou de tamanho e de fisionomia.
terá de resolver as questões. Descer a Avenida Rebouças num táxi, de madrugada, era
 Se encontrar palavras desconhecidas, não inter- diferente – e pior – do que descer a mesma avenida com
rompa a leitura. as mãos ao volante, ouvindo rock and roll no rádio. Pegar
 Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas a estrada com os filhos pequenos revelou-se uma delícia
forem necessárias. insuspeitada.
 Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma Talvez porque eu tenha começado tarde, guiar me pare-
conclusão). ce, ainda hoje, uma experiência incomum. É um ato que,
 Volte ao texto quantas vezes precisar. mesmo repetido de forma diária, nunca se banalizou in-
 Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as teiramente.
do autor. Na véspera do Ano Novo, em Ubatuba, eu fiz outra des-
 Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor coberta temporã.
compreensão. Depois de décadas de tentativas inúteis e frustrantes,
 Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de num final de tarde ensolarado eu conquistei o dom da
cada questão. flutuação. Nas águas cálidas e translúcidas da praia Bra-
 O autor defende ideias e você deve percebê-las. va, sob o olhar risonho da minha mulher, finalmente con-
 Observe as relações interparágrafos. Um parágra- segui boiar.
fo geralmente mantém com outro uma relação de Não riam, por favor. Vocês que fazem isso desde os oito
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi- anos, vocês que já enjoaram da ausência de peso e esfor-
que muito bem essas relações. ço, vocês que não mais se surpreendem com a sensação
 Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou de balançar ao ritmo da água – sinto dizer, mas vocês se
seja, a ideia mais importante.
esqueceram de como tudo isso é bom.
 Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Nadar é uma forma de sobrepujar a água e impor-se a
“incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora
ela. Boiar é fazer parte dela – assim como do sol e das
da resposta – o que vale não somente para Interpre-
montanhas ao redor, dos sons que chegam filtrados ao
tação de Texto, mas para todas as demais questões!
ouvido submerso, do vento que ergue a onda e lança
 Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
água em nosso rosto. Boiar é ser feliz sem fazer força, e
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
isso, curiosamente, não é fácil.
 Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
Essa experiência me sugeriu algumas considerações so-
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.,
chamados vocábulos relatores, porque remetem a bre a vida em geral.
outros vocábulos do texto. Uma delas, óbvia, é que a gente nunca para de apren-
der ou de avançar. Intelectualmente e emocionalmente,
SITES de um jeito prático ou subjetivo, estamos sempre incor-
Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos. porando novidades que nos transformam. Somos gene-
com/materiais/portugues/como-interpretar-textos> ticamente elaborados para lidar com o novo, mas não
Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/ só. Também somos profundamente modificados por ele.
09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em- A cada momento da vida, quando achamos que tudo já
-provas> aconteceu, novas capacidades irrompem e fazem de nós
Disponível em: <http://www.portuguesnarede. uma pessoa diferente do que éramos. Uma pessoa capaz
com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um. de boiar é diferente daquelas que afundam como pedras.
html> Suspeito que isso tenha importância também para os re-
Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/cursinho/ lacionamentos.
questoes/questao-117-portugues.htm> Se a gente não congela ou enferruja – e tem gente que já
está assim aos 30 anos – nosso repertório íntimo tende a
se ampliar, a cada ano que passa e a cada nova relação.
Penso em aprender a escutar e a falar, em olhar o outro,
EXERCÍCIOS COMENTADOS em tocar o corpo do outro com propriedade e deixar-se
tocar sem susto. Penso em conter a nossa própria frustra-
LÍNGUA PORTUGUESA

1. (EBSERH – Analista Administrativo – Estatística – ção e a nossa fúria, em permitir que o parceiro floresça,
AOCP-2015) em dar atenção aos detalhes dele. Penso, sobretudo, em
conquistar, aos poucos, a ansiedade e insegurança que
O verão em que aprendi a boiar nos bloqueiam o caminho do prazer, não apenas no sen-
Quando achamos que tudo já aconteceu, novas capaci- tido sexual. Penso em estar mais tranquilo na companhia
dades fazem de nós pessoas diferentes do que éramos do outro e de si mesmo, no mundo.
Assim como boiar, essas coisas são simples, mas preci-
IVAN MARTINS sam ser aprendidas.

2
Estar no interior de uma relação verdadeira é como estar Em “c”: haver sempre tempo para aprender a ser mais
na água do mar. Às vezes você nada, outras vezes você criterioso com seus relacionamentos, a fim de que eles
boia, de vez em quando, morto de medo, sente que pode sejam vividos intensamente = incorreta – ser menos
afundar. É uma experiência que exige, ao mesmo tem- objetivo nos relacionamentos.
po, relaxamento e atenção, e nem sempre essas coisas Em “d”: haver sempre tempo para aprender coisas no-
se combinam. Se a gente se põe muito tenso e cerebral, vas, inclusive agir com o raciocínio nas relações amo-
a relação perde a espontaneidade. Afunda. Mas, largada rosas = incorreta – ser mais emoção.
apenas ao sabor das ondas, sem atenção ao equilíbrio, a Em “e”: ser necessário aprender nos relacionamentos,
relação também naufraga. Há uma ciência sem cálculos porém sempre estando alerta para aquilo de ruim que
que tem de ser assimilada a cada novo amor, por cada pode acontecer = incorreta – estar sempre cuidando,
um de nós. Ela fornece a combinação exata de atenção e não pensando em algo ruim.
relaxamento que permite boiar. Quer dizer, viver de for-
ma relaxada e consciente um grande amor. 2. (BACEN – TÉCNICO – CONHECIMENTOS BÁSICOS –
Na minha experiência, esse aprendizado não se fez ra- ÁREA 1 e 2 – CESPE-2013)
pidamente. Demorou anos e ainda se faz. Talvez porque
eu seja homem, talvez porque seja obtuso para as coi- Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval.
sas do afeto. Provavelmente, porque sofro das limitações Suas consequências sobre a economia das famílias e das
emocionais que muitos sofrem e que tornam as relações empresas são imprevisíveis. Os agentes econômicos rela-
afetivas mais tensas e trabalhosas do que deveriam ser. cionam-se em suas operações de compra, venda e troca
Sabemos nadar, mas nos custa relaxar e ser felizes nas de mercadorias e serviços de modo que cada fato econô-
águas do amor e do sexo. Nos custa boiar. mico, seja ele de simples circulação, de transformação ou
A boa notícia, que eu redescobri na praia, é que tudo se de consumo, corresponde à realização de ao menos uma
aprende, mesmo as coisas simples que pareciam impos- operação de natureza monetária junto a um intermediário
síveis. financeiro, em regra, um banco comercial que recebe um
Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de me- depósito, paga um cheque, desconta um título ou ante-
lhorar. Mesmo se ela acabou, é certo que haverá outra cipa a realização de um crédito futuro. A estabilidade do
no futuro, no qual faremos melhor: com mais calma, com sistema que intermedeia as operações monetárias, por-
mais prazer, com mais intensidade e menos medo. tanto, é fundamental para a própria segurança e estabili-
O verão, afinal, está apenas começando. Todos os dias se dade das relações entre os agentes econômicos.
pode tentar boiar. A iminência de uma crise bancária é capaz de afetar e
contaminar todo o sistema econômico, fazendo que os
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-mar-
titulares de ativos financeiros fujam do sistema financeiro
tins/noticia/2014/01/overao-em-que-aprendi-boiar.html
e se refugiem, para preservar o valor do seu patrimônio,
em ativos móveis ou imóveis e, em casos extremos, em
De acordo com o texto, quando o autor afirma que “To-
estoques crescentes de moeda estrangeira. Para se evitar
dos os dias se pode tentar boiar.”, ele refere-se ao fato de
esse tipo de distorção, é fundamental a manutenção da
credibilidade no sistema financeiro. A experiência brasi-
a) haver sempre tempo para aprender, para tentar relaxar leira com o Plano Real é singular entre os países que ado-
e ser feliz nas águas do amor, agindo com mais cal- taram políticas de estabilização monetária, uma vez que a
ma, com mais prazer, com mais intensidade e menos reversão das taxas inflacionárias não resultou na fuga de
medo. capitais líquidos do sistema financeiro para os ativos reais.
b) ser necessário agir com mais cautela nos relaciona- Pode-se afirmar que a estabilidade do Sistema Financei-
mentos amorosos para que eles não se desfaçam. ro Nacional é a garantia de sucesso do Plano Real. Não
c) haver sempre tempo para aprender a ser mais criterio- existe moeda forte sem um sistema bancário igualmente
so com seus relacionamentos, a fim de que eles sejam forte. Não é por outra razão que a Lei n.º 4.595/1964, que
vividos intensamente. criou o Banco Central do Brasil (BACEN), atribuiu-lhe si-
d) haver sempre tempo para aprender coisas novas, in- multaneamente as funções de zelar pela estabilidade da
clusive agir com o raciocínio nas relações amorosas. moeda e pela liquidez e solvência do sistema financeiro.
e) ser necessário aprender nos relacionamentos, porém Atuação do Banco Central na sua função de zelar pela
sempre estando alerta para aquilo de ruim que pode estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. Internet: <
acontecer. www.bcb.gov.br > (com adaptações).

Resposta: Letra A. Ao texto: (...) tudo se aprende, Conclui-se da leitura do texto que a comparação entre
mesmo as coisas simples que pareciam impossíveis. / “crise bancária” e “vendaval” embasa-se na impossibilida-
Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de de de se preverem as consequências de ambos os fenô-
LÍNGUA PORTUGUESA

melhorar = sempre há tempo para boiar (aprender). menos.


Em “a”: haver sempre tempo para aprender, para ten-
tar relaxar e ser feliz nas águas do amor, agindo com ( ) CERTO ( ) ERRADO
mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e
menos medo = correta. Resposta: Certo. Conclui-se da leitura do texto que
Em “b”: ser necessário agir com mais cautela nos rela- a comparação entre “crise bancária” e “vendaval” em-
cionamentos amorosos para que eles não se desfaçam basa-se na impossibilidade de se preverem as conse-
= incorreta – o autor propõe viver intensamente. quências de ambos os fenômenos.

3
Voltemos ao texto: Uma crise bancária pode ser com- De acordo com o autor do texto Lastro e o sistema ban-
parada a um vendaval. Suas consequências sobre a cário, a reserva fracional foi criada com o objetivo de
economia das famílias e das empresas são imprevisí- a) tornar ilimitada a produção de dinheiro.
veis. b) proteger os bens dos clientes de bancos.
c) impedir que os bancos fossem à falência.
3. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018) d) permitir o empréstimo de mais dinheiro
e) preservar as economias das pessoas.
Lastro e o Sistema Bancário
Resposta: Letra D. Ao texto: (...) Com o tempo, os
[...] banqueiros se deram conta de que ninguém estava in-
Até os anos 60, o papel-moeda e o dinheiro depositado teressado em trocar dinheiro por ouro e criaram mano-
nos bancos deviam estar ligados a uma quantidade de bras, como a reserva fracional, para emprestar muito
ouro num sistema chamado lastro-ouro. Como esse me- mais dinheiro do que realmente tinham em ouro nos
cofres.
tal é limitado, isso garantia que a produção de dinheiro
Em “a”, tornar ilimitada a produção de dinheiro = in-
fosse também limitada. Com o tempo, os banqueiros
correta
se deram conta de que ninguém estava interessado em
Em “b”, proteger os bens dos clientes de bancos = in-
trocar dinheiro por ouro e criaram manobras, como a
correta
reserva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do Em “c”, impedir que os bancos fossem à falência =
que realmente tinham em ouro nos cofres. Nas crises, incorreta
como em 1929, todos queriam sacar dinheiro para pagar Em “d”, permitir o empréstimo de mais dinheiro =
suas contas e os bancos quebravam por falta de fundos, correta
deixando sem nada as pessoas que acreditavam ter suas Em “e”, preservar as economias das pessoas = incorreta
economias seguramente guardadas.
Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão- 4. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018) A
-ouro. Desde então, o dinheiro, na forma de cédulas e leitura do texto permite a compreensão de que
principalmente de valores em contas bancárias, já não
tendo nenhuma riqueza material para representar, é a) as dívidas dos clientes são o que sustenta os bancos.
criado a partir de empréstimos. Quando alguém vai até b) todo o dinheiro que os bancos emprestam é imaginá-
o banco e recebe um empréstimo, o valor colocado em rio.
sua conta é gerado naquele instante, criado a partir de c) quem pede um empréstimo deve a outros clientes.
uma decisão administrativa, e assim entra na economia. d) o pagamento de dívidas depende do “livre-mercado”.
Essa explicação permaneceu controversa e escondida e) os bancos confiscam os bens dos clientes endividados.
por muito tempo, mas hoje está clara em um relatório
do Bank of England de 2014. Resposta: Letra A.
Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo é Em “a”, as dívidas dos clientes são o que sustenta os
criado assim, inventado em canetaços a partir da con- bancos = correta
cessão de empréstimos. O que torna tudo mais estra- Em “b”, todo o dinheiro que os bancos emprestam é
nho e perverso é que, sobre esse empréstimo, é cobrada imaginário = nem todo
uma dívida. Então, se eu peço dinheiro ao banco, ele in- Em “c”, quem pede um empréstimo deve a outros
venta números em uma tabela com meu nome e pede clientes = deve ao banco, este paga/empresta a outros
clientes
que eu devolva uma quantidade maior do que essa. Para
Em “d”, o pagamento de dívidas depende do “livre-
pagar a dívida, preciso ir até o dito “livre-mercado” e tra-
-mercado” = não só: (...) preciso ir até o dito “livre-mer-
balhar, lutar, talvez trapacear, para conseguir o dinheiro
cado” e trabalhar, lutar, talvez trapacear.
que o banco inventou na conta de outras pessoas. Esse é
Em “e”, os bancos confiscam os bens dos clientes endi-
o dinheiro que vai ser usado para pagar a dívida, já que a vidados = desde que não paguem a dívida
única fonte de moeda é o empréstimo bancário. No fim,
os bancos acabam com todo o dinheiro que foi inventa- 5. (BANESTES – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO
do e ainda confiscam os bens da pessoa endividada cujo GESTÃO CONTÁBIL – FGV-2018) Observe a charge abai-
dinheiro tomei. xo, publicada no momento da intervenção nas atividades
Assim, o sistema monetário atual funciona com uma de segurança do Rio de Janeiro, em março de 2018.
moeda que é ao mesmo tempo escassa e abundante. Es-
cassa porque só banqueiros podem criá-la, e abundante
porque é gerada pela simples manipulação de bancos
LÍNGUA PORTUGUESA

de dados. O resultado é uma acumulação de riqueza e


poder sem precedentes: um mundo onde o patrimônio
de 80 pessoas é maior do que o de 3,6 bilhões, e onde
o 1% mais rico tem mais do que os outros 99% juntos.
[...]
Disponível em https://fagulha.org/artigos/inventan-
do-dinheiro/
Acessado em 20/03/2018

4
Há uma série de informações implícitas na charge; NÃO ram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de
pode, no entanto, ser inferida da imagem e das frases a seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guar-
seguinte informação: dadas. Esses recibos passaram, com o tempo, a servir
como meio de pagamento por seus possuidores, por ser
a) a classe social mais alta está envolvida nos crimes co- mais seguro portá-los do que portar dinheiro vivo. Assim
metidos no Rio; surgiram as primeiras cédulas de “papel moeda”, ou cé-
b) a tarefa da investigação criminal não está sendo bem- dulas de banco; concomitantemente ao surgimento das
-feita; cédulas, a guarda dos valores em espécie dava origem a
c) a linguagem do personagem mostra intimidade com instituições bancárias.
o interlocutor; Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História,
d) a presença do orelhão indica o atraso do local da char- 1694/1984.
ge;
e) as imagens dos tanques de guerra denunciam a pre- Depreende-se do texto que duas características das
sença do Exército. moedas se mantiveram ao longo do tempo: a veiculação
de formas em sua superfície e a associação de seu valor
Resposta: Letra D. monetário a atributos como beleza.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. Depreende-se do texto que duas


características das moedas se mantiveram ao longo
do tempo: a veiculação de formas em sua superfície e
a associação de seu valor monetário a atributos como
beleza = errado (é o inverso).
Texto: (...) a associação dos atributos de beleza e ex-
NÃO pode ser inferida da imagem e das frases a se- pressão cultural ao valor monetário das moedas, que
guinte informação: quase sempre, na atualidade, apresentam figuras re-
Em “a”, a classe social mais alta está envolvida nos cri- presentativas da história, da cultura, das riquezas e do
mes cometidos no Rio = inferência correta poder das sociedades.
Em “b”, a tarefa da investigação criminal não está sen-
do bem-feita = inferência correta 7. (Câmara de Salvador-BA – Assistente Legislativo
Em “c”, a linguagem do personagem mostra intimida- Municipal – FGV-2018-adaptada) “Hoje, esse termo
de com o interlocutor = inferência correta denota, além da agressão física, diversos tipos de impo-
Em “d”, a presença do orelhão indica o atraso do local sição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar
da charge = incorreta ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
Em “e”, as imagens dos tanques de guerra denunciam determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado
a presença do Exército = inferência correta pelas condições de trabalho e condições econômicas”. A
manchete jornalística abaixo que NÃO se enquadra em
6. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – NÍVEL SUPERIOR – nenhum tipo de violência citado nesse segmento é:
CONHECIMENTOS BÁSICOS – CESPE-2014)
a) Presa por mensagem racista na internet;
As primeiras moedas, peças representando valores, ge- b) Vinte pessoas são vítimas da ditadura venezuelana;
ralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no c) Apanhou de policiais por destruir caixa eletrônico;
século VII a.C. As características que se desejava ressaltar d) Homossexuais são perseguidos e presos na Rússia;
eram transportadas para as peças por meio da panca- e) Quatro funcionários ficaram livres do trabalho escravo.
da de um objeto pesado, em primitivos cunhos. Com o
surgimento da cunhagem a martelo e o uso de metais Resposta: Letra C. Em “a”: Presa por mensagem ra-
nobres, como o ouro e a prata, os signos monetários pas- cista na internet = como a repressão política, familiar
saram a ser valorizados também pela nobreza dos metais ou de gênero
neles empregados. Em “b”: Vinte pessoas são vítimas da ditadura vene-
Embora a evolução dos tempos tenha levado à substi- zuelana = como a repressão política, familiar ou de
tuição do ouro e da prata por metais menos raros ou gênero
suas ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a as- Em “c”: Apanhou de policiais por destruir caixa eletrô-
LÍNGUA PORTUGUESA

sociação dos atributos de beleza e expressão cultural ao nico = não consta na Manchete acima
valor monetário das moedas, que quase sempre, na atua- Em “d”: Homossexuais são perseguidos e presos na
lidade, apresentam figuras representativas da história, da Rússia = como a repressão política, familiar ou de gê-
cultura, das riquezas e do poder das sociedades. nero
A necessidade de guardar as moedas em segurança le- Em “e”: Quatro funcionários ficaram livres do traba-
vou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de ouro lho escravo = o desgaste causado pelas condições de
e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passa- trabalho

5
8. (MPE-AL – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – etc. é chamado à criação de um mundo pacificado, um
ÁREA JURÍDICA – FGV-2018) mundo sob a égide de uma cultura da paz.
Oportunismo à Direita e à Esquerda Mas, o que significa “cultura da paz”?
Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças e
Numa democracia, é livre a expressão, estão garantidos os adultos da compreensão de princípios como liberdade,
o direito de reunião e de greve, entre outros, obedecidas justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualda-
leis e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime de de e solidariedade. Implica uma rejeição, individual e co-
liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem devi- letiva, da violência que tem sido percebida na sociedade,
damente contidos e seus responsáveis, punidos, conforme em seus mais variados contextos. A cultura da paz tem de
estabelecido na legislação. procurar soluções que advenham de dentro da(s) socie-
É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos cami- dade(s), que não sejam impostas do exterior.
nhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, da Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser aborda-
ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em se do em sentido negativo, quando se traduz em um estado
beneficiar do barateamento do combustível. de não guerra, em ausência de conflito, em passividade e
Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico
permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese, con-
para se aproveitar da crise. Inclusive, neste ano de eleição,
denada a um vazio, a uma não existência palpável, difícil
com o objetivo de obter apoio a candidatos. Não faltam,
de se concretizar e de se precisar. Em sua concepção po-
também, os arautos do quanto pior, melhor, para desgas-
tar governantes e reforçar seus projetos de poder, por mais sitiva, a paz não é o contrário da guerra, mas a prática da
delirantes que sejam. Também aqui vale o que está delimi- não violência para resolver conflitos, a prática do diálogo
tado pelo estado democrático de direito, defendido pelos na relação entre pessoas, a postura democrática frente
diversos instrumentos institucionais de que conta o Estado à vida, que pressupõe a dinâmica da cooperação plane-
– Polícia, Justiça, Ministério Público, Forças Armadas etc. jada e o movimento constante da instalação de justiça.
A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de Uma cultura de paz exige esforço para modificar o pen-
suprimento que mantêm o sistema produtivo funcionan- samento e a ação das pessoas para que se promova a
do, do qual depende a sobrevivência física da população. paz. Falar de violência e de como ela nos assola deixa
Isso não pode ser esquecido e serve de alerta para que as de ser, então, a temática principal. Não que ela vá ser
autoridades desenvolvam planos de contingência. esquecida ou abafada; ela pertence ao nosso dia a dia e
O Globo, 31/05/2018. temos consciência disso. Porém, o sentido do discurso, a
ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de pala-
“É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos ca- vras e conceitos que anunciem os valores humanos que
minhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, da decantam a paz, que lhe proclamam e promovem. A vio-
ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em lência já é bastante denunciada, e quanto mais falamos
se beneficiar do barateamento do combustível.” Segundo dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio
esse parágrafo do texto, o que “precisa acontecer” é
social. É hora de começarmos a convocar a presença da
paz em nós, entre nós, entre nações, entre povos.
a) manter-se o direito de livre expressão do pensamento.
b) garantir-se o direito de reunião e de greve. Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à ges-
c) lastrear leis e regras na Constituição. tão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos potencial-
d) punirem-se os responsáveis por excessos. mente violentos e reconstruir a paz e a confiança en-
e) concluírem-se as investigações sobre a greve. tre pessoas originárias de situação de guerra é um dos
exemplos mais comuns a serem considerados. Tal mis-
Resposta: Letra D. Em “a”: manter-se o direito de livre são estende-se às escolas, instituições públicas e outros
expressão do pensamento. = incorreto locais de trabalho por todo o mundo, bem como aos
Em “b”: garantir-se o direito de reunião e de greve. = parlamentos e centros de comunicação e associações.
incorreto Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as de-
Em “c”: lastrear leis e regras na Constituição. = incorreto sigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento
Em “d”: punirem-se os responsáveis por excessos. sustentado e o respeito pelos direitos humanos, refor-
Em “e”: concluírem-se as investigações sobre a greve. = çando as instituições democráticas, promovendo a liber-
incorreto dade de expressão, preservando a diversidade cultural e
Ao texto: (...) há sempre o risco de excessos, a serem o ambiente.
devidamente contidos e seus responsáveis, punidos, É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento —
conforme estabelecido na legislação. / É o que precisa direitos humanos — democracia” que podemos vislum-
acontecer... = precisa acontecer a punição dos excessos.
brar a educação para a paz.
Leila Dupret. Cultura de paz e ações sócio-educativas:
LÍNGUA PORTUGUESA

9. (PC-MA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – CES-


PE-2018) desafios para a escola contemporânea. In: Psicol. Esc.
Educ. (Impr.) v. 6, n.º 1. Campinas, jun./2002 (com adap-
Texto CG1A1AAA tações).

A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos polí- De acordo com o texto CG1A1AAA, os elementos “ges-
ticos, econômicos ou militares. Cada um de nós, indepen- tão de conflitos” e “erradicar a pobreza” devem ser con-
dentemente de idade, sexo, estrato social, crença religiosa cebidos como

6
a) obstáculos para a construção da cultura da paz.
b) dispensáveis para a construção da cultura da paz.
c) irrelevantes na construção da cultura da paz.
d) etapas para a construção da cultura da paz.
e) consequências da construção da cultura da paz.

Resposta: Letra D. Em “a”: obstáculos para a construção da cultura da paz. = incorreto


Em “b”: dispensáveis para a construção da cultura da paz. = incorreto
Em “c”: irrelevantes na construção da cultura da paz. = incorreto
Em “d”: etapas para a construção da cultura da paz.
Em “e”: consequências da construção da cultura da paz. = incorreto
Ao texto: Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à gestão de conflitos. (...) Outro passo é tentar erradicar a
pobreza e reduzir as desigualdades = etapas para construção da paz.

10. (PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP-2013) Leia o cartum de Jean Galvão

(https://www.facebook.com/jeangalvao.cartunista)

Considerando a relação entre a fala do personagem e a imagem visual, pode-se concluir que o que o leva a pular a
onda é a necessidade de

a) demonstrar respeito às religiões.


b) realizar um ritual místico.
c) divertir-se com os amigos.
d) preservar uma tradição familiar.
e) esquivar-se da sujeira da água.

Resposta: Letra E. Em “a”: demonstrar respeito às religiões. = incorreto


Em “b”: realizar um ritual místico. = incorreto
Em “c”: divertir-se com os amigos. = incorreto
Em “d”: preservar uma tradição familiar. = incorreto
Em “e”: esquivar-se da sujeira da água.
O personagem pula a onda para que não seja atingido pelo lixo que se encontra no mar.

11. (PM-SP - SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP-2015) Leia a tira.


LÍNGUA PORTUGUESA

(Folha de S.Paulo, 02.10.2015. Adaptado)

7
Com sua fala, a personagem revela que

a) a violência era comum no passado.


b) as pessoas lutam contra a violência.
c) a violência está banalizada.
d) o preço que pagou pela violência foi alto.

Resposta: Letra C. Em “a”: a violência era comum no passado. = incorreto


Em “b”: as pessoas lutam contra a violência. = incorreto
Em “c”: a violência está banalizada.
Em “d”: o preço que pagou pela violência foi alto. = incorreto
Infelizmente, a personagem revela que a violência está banalizada, nem há mais “punições” para os agressivos.

12. (PM-SP - ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP-2017) Leia a charge.

(Pancho. www.gazetadopovo.com.br)

É correto associar o humor da charge ao fato de que

a) os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma situação de completo confi-
namento.
b) os dois personagens estão muito bem informados sobre a economia, o que não condiz com a imagem de criminosos.
c) o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocupação com a apa-
rência.
d) o aumento dos preços de cosméticos não surpreende os personagens, que estão acostumados a pagar caro por eles
nos presídios.
e) os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os personagens, dada a condição em que se encontram.

Resposta: Letra E. Em “a”: os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma
situação de completo confinamento. = incorreto
Em “b”: os dois personagens estão muito bem informados sobre a economia, o que não condiz com a imagem de
criminosos. = incorreto
Em “c”: o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocupação com
a aparência. = incorreto
Em “d”: o aumento dos preços de cosméticos não surpreende os personagens, que estão acostumados a pagar caro
por eles nos presídios. = incorreto
Em “e”: os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os personagens, dada a condição em que se
encontram.
Pela condição em que as personagens se encontram, o aumento no preço dos cosméticos não os afeta.

13. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR – FGV-2018)


LÍNGUA PORTUGUESA

Texto 1 – Além do celular e da carteira, cuidado com as figurinhas da Copa


Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018

A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoi-
tos pelos cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão levando seus estoques para casa quando termina o
expediente. Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de roubo de figurinha espalhados por mensagens
de celular.

8
Sobre a estrutura do título dado ao texto 1, a afirmativa Em “c”: a falta de muitas figurinhas no álbum; = incor-
adequada é: reto
Em “d”: a reclamação ser apresentada pelo pai e não
a) as figurinhas da Copa passaram a ocupar o lugar do pelo filho; = incorreto
celular e da carteira nos roubos urbanos; Em “e”: uma criança ajudar a um adulto e não o con-
b) as figurinhas da Copa se somaram ao celular e à car- trário. = incorreto
teira como alvo de desejo dos assaltantes; O humor está no fato de o álbum ser sobre um tema
c) o alerta dado no título se dirige aos jornaleiros que incomum: assuntos sociais.
vendem as figurinhas da Copa;
d) os ladrões passaram a roubar as figurinhas da Copa 15. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018) Obser-
nas bancas de jornais; ve a charge abaixo.
e) as figurinhas da Copa se transformaram no alvo prin-
cipal dos ladrões.

Resposta: Letra B. Em “a”: as figurinhas da Copa


passaram a ocupar o lugar do celular e da carteira nos
roubos urbanos; = incorreto
Em “b”: as figurinhas da Copa se somaram ao celular e
à carteira como alvo de desejo dos assaltantes;
Em “c”: o alerta dado no título se dirige aos jornaleiros
que vendem as figurinhas da Copa; = incorreto
Em “d”: os ladrões passaram a roubar as figurinhas da
Copa nas bancas de jornais; = incorreto
Em “e”: as figurinhas da Copa se transformaram no
alvo principal dos ladrões. = incorreto
O título do texto já nos dá a resposta: além do celular No caso da charge, a crítica feita à internet é:
e da carteira, ou seja, as figurinhas da Copa também
passaram a ser alvo dos assaltantes. a) a criação de uma dependência tecnológica excessiva;
b) a falta de exercícios físicos nas crianças;
14. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUS- c) o risco de contatos perigosos;
TIÇA AVALIADOR – FGV-2018) d) o abandono dos estudos regulares;
e) a falta de contato entre membros da família.

16. (TJ-SC – ANALISTA ADMINISTRATIVO – FGV-


2018) Observe a charge a seguir:

A charge acima é uma homenagem a Stephen Hawking,


O humor da tira é conseguido através de uma quebra de destacando o fato de o cientista:
expectativa, que é:
a) ter alcançado o céu após sua morte;
a) o fato de um adulto colecionar figurinhas; b) mostrar determinação no combate à doença;
b) as figurinhas serem de temas sociais e não esportivos; c) ser comparado a cientistas famosos;
LÍNGUA PORTUGUESA

c) a falta de muitas figurinhas no álbum; d) ser reconhecido como uma mente brilhante;
d) a reclamação ser apresentada pelo pai e não pelo filho; e) localizar seus interesses nos estudos de Física.
e) uma criança ajudar a um adulto e não o contrário.
Resposta: Letra A. Em “a”: a criação de uma depen-
Resposta: Letra B. Em “a”: o fato de um adulto cole- dência tecnológica excessiva;
cionar figurinhas; = incorreto Em “b”: a falta de exercícios físicos nas crianças; = in-
Em “b”: as figurinhas serem de temas sociais e não correto
esportivos; Em “c”: o risco de contatos perigosos; = incorreto

9
Em “d”: o abandono dos estudos regulares; = incorreto A produção da obra acima, Os Retirantes (1944), foi realiza-
Em “e”: a falta de contato entre membros da família. = da seis anos depois da publicação do romance Vidas Secas.
incorreto Nessa obra, ao abordar a miséria e a seca claramente vis-
Através da fala do garoto chegamos à resposta: de- tas através da representação de uma família de retirantes,
pendência tecnológica - expressa em sua fala. Cândido Portinari

Resposta: Letra D. Em “a”: ter alcançado o céu após a) apresenta uma temática, assim como a descrição dos
sua morte; = incorreto personagens e do ambiente, de forma sutil e dinâmica.
Em “b”: mostrar determinação no combate à doença; b) permite visualizar a degradação da figura humana e o
= incorreto retrato da figura da morte afugentada pelos persona-
Em “c”: ser comparado a cientistas famosos; = incor- gens.
reto c) apresenta elementos físicos presentes no cotidiano dos
Em “d”: ser reconhecido como uma mente brilhante; retirantes vítimas da seca e aspectos relacionados à de-
Em “e”: localizar seus interesses nos estudos de Física. sigualdade social.
= incorreto d) utiliza a linguagem não verbal com o objetivo de cons-
Usemos a fala de Einstein: “a mente brilhante que es- truir uma imagem cuja ênfase mística se opõe aos fatos
távamos esperando”. da realidade observável.

17. (TJ-PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FUNÇÃO ADMI- Resposta: Letra C. Em “a”: apresenta uma temática, as-
NISTRATIVA – IBFC-2017) sim como a descrição dos personagens e do ambiente,
de forma sutil e dinâmica.
Texto II Em “b”: permite visualizar a degradação da figura hu-
mana e o retrato da figura da morte afugentada pelos
personagens.
Em “c”: apresenta elementos físicos presentes no coti-
diano dos retirantes vítimas da seca e aspectos relacio-
nados à desigualdade social.
Em “d”: utiliza a linguagem não verbal com o objetivo de
construir uma imagem cuja ênfase mística se opõe aos
fatos da realidade observável.
A obra retrata, de forma nada sutil, os elementos físicos
de uma família vítima da seca.
A observação dos elementos não verbais do texto é res-
ponsável pelo entendimento do humor sugerido. Nesse
Linguagem Verbal e Não Verbal
sentido, a evolução do homem e do computador, através
de tais elementos, deve ser entendida como: O que é linguagem? É o uso da língua como forma de
expressão e comunicação entre as pessoas. A linguagem
a) complementar. não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas,
b) semelhante. mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comuni-
c) conflitante. camos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?
d) antitética. Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a
e) idealizada. analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar
o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo
Resposta: Letra D. As imagens mostram um con- fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é a
traste entre o desenvolvimento do computador e do que utiliza palavras quando se fala ou quando se escreve.
homem; enquanto aquele vai se tornando mais “fino, A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal,
elegante”, este fica sedentário, engorda. A palavra “an- não utiliza vocábulo, palavras para se comunicar. O objeti-
titética” significa “oposta, oposição”. vo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer
dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros
18. (TRF-2.ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos,
ADMINISTRATIVA – CONSULPLAN-2017) cores, ou seja, dos signos visuais.
Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma
entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisiona-
do, um bilhete? = Linguagem verbal!
LÍNGUA PORTUGUESA

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de fu-


tebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o
aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação
de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do
banheiro, as placas de trânsito? = Linguagem não verbal!
A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao
mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e
anúncios publicitários.

10
Alguns exemplos: B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di-
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol. ferentes na escrita:
Placas de trânsito. acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmoni-
Imagem indicativa de “silêncio”. zar) e consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (ar-
Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”. reio); censo (recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio)
e passo (andar).
SITE
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/redacao/ C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou
linguagem.htm> perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo
(adv.); livre (adj.) e livre (verbo).
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO  Parônimos = palavras com sentidos diferentes,
PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS porém de formas relativamente próximas. São pa-
lavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta
(receptáculo de vime; cesta de basquete/esporte) e
Semântica é o estudo da significação das palavras e das sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre)
suas mudanças de significação através do tempo ou em e iminente (que está para ocorrer), osso (substan-
determinada época. A maior importância está em distin- tivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ou verbo
guir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e ho- “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento
mônimos e parônimos (homonímia / paronímia). (medida) e cumprimento (saudação), autuar (pro-
cessar) e atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir
1. Sinônimos (violar), deferir (atender a) e diferir (divergir), suar
(transpirar) e soar (emitir som), aprender (conhecer)
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - e apreender (assimilar; apropriar-se de), tráfico (co-
abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. mércio ilegal) e tráfego (relativo a movimento, trân-
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são sito), mandato (procuração) e mandado (ordem),
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar,
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando, afundar).
ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra,
em determinado enunciado (aguadar e esperar). 4. Hiperonímia e Hiponímia
Observação:
Hipônimos e hiperônimos são palavras que perten-
A contribuição greco-latina é responsável pela exis-
cem a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o
tência de numerosos pares de sinônimos: adversário e
antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o hipe-
contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; rônimo, mais abrangente.
transformação e metamorfose; oposição e antítese. O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipô-
nimo, criando, assim, uma relação de dependência se-
2. Antônimos mântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hi-
peronímia com carros, já que veículos é uma palavra de
São palavras que se opõem através de seu significado: significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões.
ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; Veículos é um hiperônimo de carros.
mal - bem. Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em
quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili-
Observação: zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita
A antonímia pode se originar de um prefixo de sen- a repetição desnecessária de termos.
tido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e
antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista; SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
simétrico e assimétrico.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
3. Homônimos e Parônimos
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
 Homônimos = palavras que possuem a mesma Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
LÍNGUA PORTUGUESA

grafia ou a mesma pronúncia, mas significados dife-


rentes. Podem ser ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua
A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife- Portuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.
rentes na pronúncia:
rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher SITE
(subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e de- http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-
nuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo). -antonimos,-homonimos-e-paronimos

11
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Exemplos de variação no significado das palavras: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
literal) reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido Paulo: Saraiva, 2010.
figurado)
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figura- SITE
do) http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denotacao/
As variações nos significados das palavras ocasionam
o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo POLISSEMIA
(conotação) das palavras.
Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
A) Denotação multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando
mas que abarca um grande número de significados den-
apresenta seu significado original, independentemente
tro de seu próprio campo semântico.
do contexto em que aparece. Refere-se ao seu signifi-
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
cado mais objetivo e comum, aquele imediatamente
cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro signi- algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se
ficado que aparece nos dicionários, sendo o significado em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma
mais literal da palavra. infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocor-
A denotação tem como finalidade informar o recep- rência da polissemia:
tor da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo O rapaz é um tremendo gato.
um caráter prático. É utilizada em textos informativos, O gato do vizinho é peralta.
como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bu- Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
las de medicamentos, textos científicos, entre outros. A Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
palavra “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é sobrevivência
apenas um pedaço de madeira. Outros exemplos: O passarinho foi atingido no bico.
O elefante é um mamífero.
As estrelas deixam o céu mais bonito! Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de
computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em
B) Conotação comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”,
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou
interpretações, dependendo do contexto em que este- “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o
ja inserida, referindo-se a sentidos, associações e ideias formato quadriculado que têm.
que vão além do sentido original da palavra, ampliando
sua significação mediante a circunstância em que a mes- 1. Polissemia e homonímia
ma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbó-
lico. Como no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
conotativo ela pode significar castigo (dar-lhe um pau), comum. Quando a mesma palavra apresenta vários sig-
nificados, estamos na presença da polissemia. Por outro
reprovação (tomei pau no concurso).
lado, quando duas ou mais palavras com origens e sig-
A conotação tem como finalidade provocar sentimen-
nificados distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos
tos no receptor da mensagem, através da expressividade
uma homonímia.
e afetividade que transmite. É utilizada principalmente
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
numa linguagem poética e na literatura, mas também
significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em polissemia porque os diferentes significados para a palavra
anúncios publicitários, entre outros. Exemplos: “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra polis-
Você é o meu sol! sêmica: pode significar o elemento básico do alfabeto, o tex-
Minha vida é um mar de tristezas. to de uma canção ou a caligrafia de um determinado indiví-
Você tem um coração de pedra! duo. Neste caso, os diferentes significados estão interligados
porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita.
LÍNGUA PORTUGUESA

#FicaDica 2. Polissemia e ambiguidade


Procure associar Denotação com Dicionário:
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
trata-se de definição literal, quando o termo
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
é utilizado com o sentido que consta no di-
ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta-
cionário.
ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio)
em uma frase. Vejamos a seguinte frase:

12
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada fre- Resposta: Letra E. “o país teve de recorrer a um pro-
quentemente são felizes. grama de racionamento”. Assinale a opção que apre-
Neste caso podem existir duas interpretações diferen- senta a forma de reescrever esse segmento, QUE
tes: ALTERA O SEU SENTIDO ORIGINAL.
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Em “a”: O Brasil foi obrigado a recorrer a um progra-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ma de racionamento = mesmo sentido.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Em “b”: O país teve como recurso recorrer a um pro-
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma inter- grama de racionamento = mesmo sentido.
pretação. Para fazer a interpretação correta é muito im- Em “c”: O Brasil foi levado a recorrer a um programa
portante saber qual o contexto em que a frase é proferida. de racionamento = mesmo sentido.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Em “d”: O país obrigou-se a recorrer a um programa
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, de racionamento = mesmo sentido.
comicidade. Repare na figura abaixo:
Em “e”: O Brasil optou por um programa de raciona-
mento = mudança de sentido (segundo o enunciado,
o país não teve outra opção a não ser recorrer. Na
alternativa, provavelmente havia outras opções, e o
país escolheu a de “recorrer”).

PONTUAÇÃO.

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que


(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto- servem para compor a coesão e a coerência textual, além
-cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014). de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas.
Um texto escrito adquire diferentes significados quando
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação
mas duas seriam: depende, em certos momentos, da intenção do autor
Corte e coloração capilar do discurso. Assim, os sinais de pontuação estão direta-
ou mente relacionados ao contexto e ao interlocutor.
Faço corte e pintura capilar
1. Principais funções dos sinais de pontuação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- A) Ponto (.)
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São  Indica o término do discurso ou de parte dele,
Paulo: Saraiva, 2010. encerrando o período.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa  Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com-
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final
de período, este não receberá outro ponto; neste
SITE caso, o ponto de abreviatura marca, também, o
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.
fim de período. Exemplo: Estudei português, mate-
htm
márica, constitucional, etc. (e não “etc..”)
 Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego
do ponto, assim como após o nome do autor de
EXERCÍCIO COMENTADO uma citação:
Haverá eleições em outubro
1. (SUSAM-AM – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napo-
FGV – 2014) “o país teve de recorrer a um programa de ra- leão Mendes de Almeida) (ou: Almeida.)
cionamento”. Assinale a opção que apresenta a forma de  Os números que identificam o ano não utili-
reescrever esse segmento, que altera o seu sentido original. zam ponto nem devem ter espaço a separá-los,
bem como os números de CEP: 1975, 2014, 2006,
a) O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa de 17600-250.
racionamento.
LÍNGUA PORTUGUESA

b) O país teve como recurso recorrer a um programa de B) Ponto e Vírgula (;)


racionamento.
c) O Brasil foi levado a recorrer a um programa de racio-
 Separa várias partes do discurso, que têm a mes-
namento.
ma importância: “Os pobres dão pelo pão o traba-
d) O país obrigou-se a recorrer a um programa de racio-
lho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos
namento.
generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espí-
e) O Brasil optou por um programa de racionamento.
rito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)

13
 Separa partes de frases que já estão separadas Usa-se a vírgula:
por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor;
outros, montanhas, frio e cobertor. 1. Para marcar intercalação:
 Separa itens de uma enumeração, exposição de A) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua
motivos, decreto de lei, etc. abundância, vem caindo de preço.
Ir ao supermercado; B) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
Pegar as crianças na escola; produzindo, todavia, altas quantidades de alimen-
Caminhada na praia; tos.
Reunião com amigos. C) das expressões explicativas ou corretivas: As in-
dústrias não querem abrir mão de suas vantagens,
C) Dois pontos (:) isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.
 Antes de uma citação = Vejamos como Afrânio
Coutinho trata este assunto: 2. Para marcar inversão:
A) do adjunto adverbial (colocado no início da ora-
 Antes de um aposto = Três coisas não me agra-
ção): Depois das sete horas, todo o comércio está de
dam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.
portas fechadas.
 Antes de uma explicação ou esclarecimento: Lá
B) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vi-
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
vendo a rotina de sempre. C) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15
 Em frases de estilo direto de maio de 1982.
Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão? 3. Para separar entre si elementos coordenados
(dispostos em enumeração):
D) Ponto de Exclamação (!) Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
 Usa-se para indicar entonação de surpresa, cóle- A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani-
ra, susto, súplica, etc.: Sim! Claro que eu quero me mais.
casar com você! 4. Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós que-
 Depois de interjeições ou vocativos remos comer pizza; e vocês, churrasco.
Ai! Que susto!
João! Há quanto tempo! 5. Para isolar:
A) o aposto: São Paulo, considerada a metrópole bra-
E) Ponto de Interrogação (?) sileira, possui um trânsito caótico.
 Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. B) o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
vedo) Observações:
Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
F) Reticências (...) são latina et coetera, que significa “e outras coisas”, seria
 Indica que palavras foram suprimidas: Comprei dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o
lápis, canetas, cadernos... acordo ortográfico em vigor no Brasil exige que empre-
 Indica interrupção violenta da frase: “- Não... que- guemos etc. predecido de vírgula: Falamos de política,
ro dizer... é verdad... Ah!” futebol, lazer, etc.
 Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação:
mal... pega doutor?
Você falou isso para ela?!
 Indica que o sentido vai além do que foi dito: Dei-
xa, depois, o coração falar...
Temos, ainda, sinais distintivos:
 a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), se-
G) Vírgula (,) paração de siglas (IOF/UPC);
 os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas
Não se usa vírgula pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira
Separando termos que, do ponto de vista sintático, opção aos parênteses, principalmente na matemá-
ligam-se diretamente entre si: tica;
 o asterisco (*) = usado para remeter o leitor a
1. Entre sujeito e predicado: uma nota de rodapé ou no fim do livro, para subs-
LÍNGUA PORTUGUESA

Todos os alunos da sala foram advertidos. tituir um nome que não se quer mencionar.
Sujeito predicado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. Entre o verbo e seus objetos: Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
O trabalho custou sacrifício aos reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
realizadores. Paulo: Saraiva, 2010.
V.T.D.I. O.D. O.I. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

14
SITE 2. (SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ CIÁRIA – CESPE – 2017 – ADAPTADA)
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-vir-
gula.htm Texto 1A1AAA

Após o processo de redemocratização, com o fim da di-


tadura militar, em meados da década de 80 do século
EXERCÍCIOS COMENTADOS passado, era de se esperar que a democratização das
instituições tivesse como resultado direto a consolidação
1. (STJ – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR- da cidadania — compreendida de modo amplo, abran-
GO 1 – CESPE – 2018 – ADAPTADA) gendo as três categorias de direitos: civis, políticos e
sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram
Texto CB1A1CCC mais desafios para a cidadania brasileira, como a violên-
cia urbana — que ameaça os direitos individuais — e o
As audiências de segunda a sexta-feira muitas vezes re- desemprego — que ameaça os direitos sociais.
velaram o lado mais sórdido da natureza humana. Eram No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir
relatos de sofrimento, dor, angústia que se transporta- de 1980, impacto do processo de modernização pelo
vam da cadeira das vítimas, testemunhas e réus para mi- qual o país passou. Isso sugere que o boom do consumo
nha cadeira de juíza. A toga não me blindou daqueles colocou em circulação bens de alto valor e, consequente-
relatos sofridos, aflitos. As angústias dos que se senta- mente, aumentou as oportunidades para o crime, inclusi-
vam à minha frente, por diversas vezes, me escoltaram ve porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço
até minha casa e passaram a ser companheiras de noites social mais anônimo, menos supervisionado.
de insônia. Não havia outra solução a não ser escrever. Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais
Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor da- dissociada de justiça social e reconstrução da sociedade.
quelas pessoas que, mesmo ao fim do processo e com a O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem me-
sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las. nos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais impor-
Foram horas, dias, meses, anos de oitivas de mães, fi-
tância na modernidade tardia, porque satisfaz uma dupla
lhas, esposas, namoradas, companheiras, todas tendo
necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do
em comum a violência no corpo e na alma sofrida den-
risco. Essa postura às vezes proporciona controle, porém
tro de casa. O lar, que deveria ser o lugar mais seguro
não segurança, pois o Estado tem o poder limitado de
para essas mulheres, havia se transformado no pior dos
manter a ordem por meio da polícia, sendo necessário
mundos.
dividir as tarefas de controle com organizações locais e
Quando finalmente chegavam ao Judiciário e se sen-
com a comunidade.
tavam à minha frente, os relatos se transformavam em
Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pú-
desabafos de uma vida inteira. Era preciso explicar, justi-
ficar e muitas vezes se culpar por terem sido agredidas. blica e garantia dos direitos individuais: os desafios da
A culpa por ter sido vítima, a culpa por ter permitido, a polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasilei-
culpa por não ter sido boa o suficiente, a culpa por não ra de Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. –
ter conseguido manter a família. Sempre a culpa. mar./2011, p. 84-5 (com adaptações).
Aquelas mulheres chegavam à Justiça buscando uma
força externa como se somente nós, juízes, promotores No primeiro parágrafo do texto 1A1AAA, os dois-pontos
e advogados, pudéssemos não apenas cessar aquele ci- introduzem
clo de violência, mas também lhes dar voz para reagir
àquela violência invisível. a) uma enumeração das “categorias de direitos”.
Rejane Jungbluth Suxberger. Invisíveis Marias: histórias b) resultados da “consolidação da cidadania”.
além das quatro paredes. Brasília: Trampolim, 2018 (com c) um contra-argumento para a ideia de cidadania como
adaptações). algo “amplo”.
O trecho “juízes, promotores e advogados” explica o d) uma generalização do termo “direitos”.
sentido de “nós”. e) objetivos do “processo de redemocratização”.

( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Letra A. Recorramos ao texto (faça isso


SEMPRE durante seu concurso. O texto é a base para
Resposta: Certo. Ao trecho: (...) Aquelas mulheres encontrar as respostas para as questões!): (...) abran-
chegavam à Justiça buscando uma força externa como gendo as três categorias de direitos: civis, políticos e
LÍNGUA PORTUGUESA

se somente nós, juízes, promotores e advogados, pu- sociais. Os dois-pontos introduzem a enumeração dos
déssemos não apenas cessar aquele ciclo de violência direitos; apresenta-os.
(...). Os termos entre vírgulas servem para exemplificar
quem são os “nós” citados pela autora ( juízes, promo- 3. (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE –
tores, advogados). 2010) Vão surgindo novos sinais do crescente otimismo
da indústria com relação ao futuro próximo. Um deles
refere-se às exportações. “O comércio mundial já está
voltando a se abrir para as empresas”, diz o gerente exe-

15
cutivo de pesquisas da Confederação Nacional da Indús-
tria (CNI), Renato da Fonseca, para explicar a melhora CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO,
das expectativas dos industriais com relação ao mercado ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO,
externo. ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO:
Quanto ao mercado interno, as expectativas da indústria EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS
não se modificaram. Mas isso não é um mau sinal, pois
RELAÇÕES QUE ESTABELECEM.
elas já eram francamente otimistas. Há algum tempo, a
pesquisa da CNI, realizada mensalmente a partir de 2010,
registra grande otimismo da indústria com relação à de-
manda interna. Trata-se de um sentimento generalizado. Adjetivo
Em todos os setores industriais, a expressiva maioria dos
entrevistados acredita no aumento das vendas internas. É a palavra que expressa uma qualidade ou caracterís-
O Estado de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta- tica do ser e se relaciona com o substantivo, concordando
ções). com este em gênero e número.
As praias brasileiras estão poluídas.
O nome próprio “Renato da Fonseca” está entre vírgulas Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
por tratar-se de um vocativo. (plural e feminino, pois concordam com “praias”).

( ) CERTO ( ) ERRADO 1. Locução adjetiva


Locução = reunião de palavras. Sempre que são neces-
Resposta: Errado. Recorramos ao texto (lembre-se de sárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma coisa,
fazer a mesma coisa no dia do seu concurso!): (...) diz o tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem
gerente executivo de pesquisas da Confederação Nacio- o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expres-
nal da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, para explicar são que equivale a um adjetivo). Por exemplo: aves da noite
a melhora das expectativas. O termo em destaque não (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada).
está exercendo a função de vocativo, já que não é uti-
lizado para evocar, chamar o interlocutor do diálogo. Observe outros exemplos:
Sua função é de aposto – explicar quem é o gerente
executivo da CNI. de águia aquilino
4. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO de aluno discente
TRABALHO – CESPE – 2014 – ADAPTADA) A correção de anjo angelical
gramatical do trecho “Entre as bebidas alcoólicas, cerve-
jas e vinhos são as mais comuns em todo o mundo” seria de ano anual
prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a de aranha aracnídeo
palavra “vinhos”. de boi bovino
( ) CERTO ( ) ERRADO de cabelo capilar
de cabra caprino
Resposta: Certo. Não se deve colocar vírgula entre
sujeito e predicado, a não ser que se trate de um apos- de campo campestre ou rural
to (1), predicativo do sujeito (2), ou algum termo que de chuva pluvial
requeira estar separado entre pontuações. Exemplo: O
de criança pueril
Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa!
Os meninos, ansiosos (2), chegaram! de dedo digital
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo
de farinha farináceo
de fera ferino
de ferro férreo
de fogo ígneo
de garganta gutural
LÍNGUA PORTUGUESA

de gelo glacial
de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal

16
de lago lacustre
de leão leonino
de lebre l eporino
de lua lunar ou selênico
de madeira lígneo
de mestre magistral
de ouro áureo
de paixão passional
de pâncreas pancreático
de porco suíno ou porcino
dos quadris ciático
de rio fluvial
de sonho onírico
de velho senil
de vento eólico
de vidro vítreo ou hialino
de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico

Observação:
Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado: Vi as alunas da 5ª série.
/ O muro de tijolos caiu.

2. Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):


O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

3. Adjetivo Pátrio (ou gentílico)


Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiras:

Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
LÍNGUA PORTUGUESA

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4. Adjetivo Pátrio Composto
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

5. Flexão dos adjetivos


O adjetivo varia em gênero, número e grau.

6. Gênero dos Adjetivos


Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:

A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano,
a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.

7. Número dos Adjetivos

A) Plural dos adjetivos simples


Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos subs-
tantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a
palavra cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

B) Adjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o últi-
mo elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos
elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável.
LÍNGUA PORTUGUESA

Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará
como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjeti-
vado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Veja:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.

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Observação: Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer  Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre in- exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
variáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vesti-
dos cor-de-rosa. Observe alguns superlativos sintéticos:
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele-
mentos flexionados: crianças surdas-mudas. benéfico - beneficentíssimo

8. Grau do Adjetivo bom - boníssimo ou ótimo


Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a in- comum - comuníssimo
tensidade da qualidade do ser. São dois os graus do ad- cruel - crudelíssimo
jetivo: o comparativo e o superlativo.
difícil - dificílimo
A) Comparativo doce - dulcíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica
fácil - facílimo
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais caracte-
rísticas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser fiel - fidelíssimo
de igualdade, de superioridade ou de inferioridade.
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da de um ser é intensificada em relação a um conjunto de
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto seres. Essa relação pode ser:
ou quão.  De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de
todas.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Su-  De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de
perioridade todas.

Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de In- O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
ferioridade
antepostos ao adjetivo.
O superlativo absoluto sintético se apresenta sob
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
duas formas: uma erudita - de origem latina – e outra
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São popular - de origem vernácula. A forma erudita é cons-
eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/supe- tituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos
rior, grande/maior, baixo/inferior. -íssimo, -imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo;
a popular é constituída do radical do adjetivo português
Observe que: + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
 As formas menor e pior são comparativos de su- Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo com
perioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os terminados em
mau, respectivamente. –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio – cheíssimo.
 Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em compa- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
rações feitas entre duas qualidades de um mesmo Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
elemento, deve-se usar as formas analíticas mais reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por Paulo: Saraiva, 2010.
exemplo: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
elementos. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
duas qualidades de um mesmo elemento.
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- SITE
ferioridade http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
Sou menos passivo (do) que tolerante. morf32.php

B) Superlativo Advérbio
LÍNGUA PORTUGUESA

O superlativo expressa qualidades num grau muito


Compare estes exemplos:
elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou rela-
O ônibus chegou.
tivo e apresenta as seguintes modalidades:
O ônibus chegou ontem.
B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali-
dade de um ser é intensificada, sem relação com outros Advérbio é uma palavra invariável que modifica o
seres. Apresenta-se nas formas: sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de
 Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e
palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). do próprio advérbio.

19
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei temente, entrementes, imediatamente, primeira-
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio mente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
(bem) à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um ad- quando, de quando em quando, a qualquer mo-
jetivo (claros) mento, de tempos em tempos, em breve, hoje em
dia.
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acres- C) Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, de-
centar ideia de: pressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às cla-
Tempo: Ela chegou tarde. ras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
Lugar: Ele mora aqui. poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em
Modo: Eles agiram mal. geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em
Negação: Ela não saiu de casa. vão e a maior parte dos que terminam em “-men-
Dúvida: Talvez ele volte. te”: calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente, escan-
1. Flexão do Advérbio dalosamente, bondosamente, generosamente.
D) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto,
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre- efetivamente, certo, decididamente, deveras, indu-
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, bitavelmente.
porém, admitem a variação em grau. Observe: E) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
A) Grau Comparativo F) Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, pro-
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo vavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo,
modo que o comparativo do adjetivo:
quem sabe.
 de igualdade: tão + advérbio + quanto (como):
G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em ex-
Renato fala tão alto quanto João.
cesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto,
 de inferioridade: menos + advérbio + que (do
quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo,
que): Renato fala menos alto do que João.
nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo,
 de superioridade:
extremamente, intensamente, grandemente, bem
A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
(quando aplicado a propriedades graduáveis).
fala mais alto do que João.
A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato H) Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
fala melhor que João. mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo:
Brando, o vento apenas move a copa das árvores.
B) Grau Superlativo I) Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
O superlativo pode ser analítico ou sintético: bém. Por exemplo: O indivíduo também amadurece
B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio: Re- durante a adolescência.
nato fala muito alto. J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer
de modo aos meus amigos por comparecerem à festa.
B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala al-
tíssimo. Saiba que:
Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se
Observação: ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei
As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
comuns na língua popular. tarde possível.
Maria mora pertinho daqui. (muito perto) Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente,
A criança levantou cedinho. (muito cedo) em geral sufixamos apenas o último: O aluno respondeu
calma e respeitosamente.
3. Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido
2. Classificação dos Advérbios
Há palavras como muito, bastante, que podem apare-
De acordo com a circunstância que exprime, o advér- cer como advérbio e como pronome indefinido.
bio pode ser de:
A) Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, aco-
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
lá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde,
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, de-
LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo


fronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures,
e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
aquém, embaixo, externamente, à distância, à dis-
tância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à
esquerda, ao lado, em volta.
B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente,
antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora,
sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constan-

20
Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
#FicaDica adverbial desempenham na oração a função de adjunto
adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
Como saber se a palavra bastante é advérbio cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advér-
(não varia, não se flexiona) ou pronome bio. Exemplo:
indefinido (varia, sofre flexão)? Se der, na Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
frase, para substituir o “bastante” por “muito”, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
estamos diante de um advérbio; se der para Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
substituir por “muitos” (ou muitas), é um dade e de tempo, respectivamente.
pronome. Veja:
1. Estudei bastante para o concurso. (estudei REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
muito, pois “muitos” não dá!) = advérbio Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
(estudei muitos capítulos) = pronome indefinido Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
4. Advérbios Interrogativos SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referen- SITE
tes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf75.php

Interrogação Direta Interrogação Indireta Artigo


Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Onde mora? Indaguei onde morava.
-se como o termo variável que serve para individualizar
Por que choras? Não sei por que choras. ou generalizar o substantivo, indicando, também, o gê-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. nero (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
Donde vens? Pergunto donde vens. riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
Quando voltas? Pergunto quando voltas. “uma”[s] e “uns]).

5. Locução Adverbial A) Artigos definidos – São usados para indicar se-


res determinados, expressos de forma individual: O
Quando há duas ou mais palavras que exercem fun- concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam
ção de advérbio, temos a locução adverbial, que pode muito.
expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordi- B) Artigos indefinidos – usados para indicar seres de
nariamente por uma preposição. Veja: modo vago, impreciso: Uma candidata foi aprova-
A) lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, da! Umas candidatas foram aprovadas!
para dentro, por aqui, etc.
B) afirmação: por certo, sem dúvida, etc. 1. Circunstâncias em que os artigos se manifestam:
C) modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão,
em geral, frente a frente, etc. Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do
numeral “ambos”: Ambos os concursos cobrarão tal con-
D) tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
teúdo.
hoje em dia, nunca mais, etc.
Nomes próprios indicativos de lugar (ou topônimos)
admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de
A locução adverbial e o advérbio modificam o verbo,
Janeiro, Veneza, A Bahia...
o adjetivo e outro advérbio:
Quando indicado no singular, o artigo definido pode
Chegou muito cedo. (advérbio)
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.
Joana é muito bela. (adjetivo)
No caso de nomes próprios personativos, denotando
De repente correram para a rua. (verbo) a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais do artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmãs. / O
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
LÍNGUA PORTUGUESA

Pedro é o xodó da família.


Essa matéria é mais bem interessante que aquela. No caso de os nomes próprios personativos estarem
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso! no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér- os Incas, Os Astecas...
bio: Cheguei primeiro. Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (do
artigo), o pronome assume a noção de “qualquer”.

21
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) 2. Classificação da Conjunção
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa-
dos. (qualquer classe) De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa- conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
cultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso. subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
A utilização do artigo indefinido pode indicar uma pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
ter é uns vinte anos. sentido que cada um dos elementos possui. Já no segun-
O artigo também é usado para substantivar palavras do caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção
pertencentes a outras classes gramaticais: Não sei o por- depende da existência do outro. Veja:
quê de tudo isso. / O bem vence o mal. Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto:
2. Há casos em que o artigo definido não pode ser Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
usado:
Antes de nomes de cidade (topônimo) e de pessoas Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse-
quentemente, orações coordenadas) coordenativa –
conhecidas: O professor visitará Roma.
“mas”. Já em:
Espero que eu seja aprovada no concurso!
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois
sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração
bela Roma. principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período te-
mos uma oração subordinada substantiva objetiva direta
Antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração
sairá agora? principal).
Exceção: O senhor vai à festa?
3. Conjunções Coordenativas
Após o pronome relativo “cujo” e suas variações: Esse
é o concurso cujas provas foram anuladas?/ Este é o can- São aquelas que ligam orações de sentido completo
didato cuja nota foi a mais alta. e independente ou termos da oração que têm a mesma
função gramatical. Subdividem-se em:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- A) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e
Paulo: Saraiva, 2010. não), não só... mas também, não só... como também,
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- bem como, não só... mas ainda.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SAC- A sua pesquisa é clara e objetiva.
CONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. Não só dança, mas também canta.
30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- B) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São pressando ideia de contraste ou compensação. São
Paulo: Saraiva, 2010. elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto, não obstante.
SITE Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm
C) Alternativas: ligam orações ou palavras, expres-
sando ideia de alternância ou escolha, indicando
fatos que se realizam separadamente. São elas: ou,
Conjunção ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, tal-
vez... talvez.
Além da preposição, há outra palavra também inva- Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
riável que, na frase, é usada como elemento de ligação:
a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas D) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração
palavras de mesma função em uma oração: que expressa ideia de conclusão ou consequência.
O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por
São Paulo. conseguinte, por isso, assim.
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. Marta estava bem preparada para o teste, portanto
LÍNGUA PORTUGUESA

não ficou nervosa.


1. Morfossintaxe da Conjunção Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão.

As conjunções, a exemplo das preposições, não exer- E) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração
cem propriamente uma função sintática: são conectivos. que a explica, que justifica a ideia nela contida. São
elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Não demore, que o filme já vai começar.
Falei muito, pois não gosto do silêncio!

22
4. Conjunções Subordinativas
#FicaDica
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma de-
las dependente da outra. A oração dependente, intro- Você deve ter percebido que a conjunção con-
duzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome dicional “se” também é conjunção integrante.
de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha A diferença é clara ao ler as orações que são
introduzidas por ela. Acima, ela nos dá a ideia
começado quando ela chegou.
da condição para que recebamos um telefo-
O baile já tinha começado: oração principal
nema (se for preciso ajuda). Já na oração: Não
quando: conjunção subordinativa (adverbial tem-
sei se farei o concurso. Não há ideia de
poral)
condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da
ela chegou: oração subordinada
oração principal (sei) pede complemento (ob-
jeto direto, já que “quem não sabe, não sabe
As conjunções subordinativas subdividem-se em in-
algo”). Portanto, a oração em destaque exerce
tegrantes e adverbiais: a função de objeto direto da oração principal,
sendo classificada como oração subordinada
Integrantes - Indicam que a oração subordinada por substantiva objetiva direta.
elas introduzida completa ou integra o sentido da prin-
cipal. Introduzem orações que equivalem a substantivos,
ou seja, as orações subordinadas substantivas. São elas:
que, se. D) Conformativas: introduzem uma oração que ex-
Quero que você volte. (Quero sua volta) prime a conformidade de um fato com outro. São
elas: conforme, como (= conforme), segundo, con-
Adverbiais - Indicam que a oração subordinada soante, etc.
exerce a função de adjunto adverbial da principal. De O passeio ocorreu como havíamos planejado.
acordo com a circunstância que expressam, classificam-
-se em: E) Finais: introduzem uma oração que expressa a fi-
nalidade ou o objetivo com que se realiza a oração
A) Causais: introduzem uma oração que é causa da principal. São elas: para que, a fim de que, que, por-
ocorrência da oração principal. São elas: porque, que (= para que), que, etc.
que, como (= porque, no início da frase), pois que, Toque o sinal para que todos entrem no salão.
visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde
que, etc. F) Proporcionais: introduzem uma oração que ex-
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. pressa um fato relacionado proporcionalmente à
ocorrência do expresso na principal. São elas: à
B) Concessivas: introduzem uma oração que expres- medida que, à proporção que, ao passo que e as
sa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, combinações quanto mais... (mais), quanto me-
impedir sua realização. São elas: embora, ainda nos... (menos), quanto menos... (mais), quanto me-
que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por nos... (menos), etc.
O preço fica mais caro à medida que os produtos es-
mais que, posto que, conquanto, etc.
casseiam.
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
Observação:
C) Condicionais: introduzem uma oração que indica
São incorretas as locuções proporcionais à medida
a hipótese ou a condição para ocorrência da prin-
em que, na medida que e na medida em que.
cipal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a
não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.
G) Temporais: introduzem uma oração que acrescen-
Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
ta uma circunstância de tempo ao fato expresso na
oração principal. São elas: quando, enquanto, antes
que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde
que, sempre que, assim que, agora que, mal (= as-
sim que), etc.
A briga começou assim que saímos da festa.

H) Comparativas: introduzem uma oração que ex-


LÍNGUA PORTUGUESA

pressa ideia de comparação com referência à ora-


ção principal. São elas: como, assim como, tal como,
como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do
que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (com-
binado com menos ou mais), etc.
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

23
I) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
a consequência da principal. São elas: de sorte que,
de modo que, sem que (= que não), de forma que, A) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo ale-
de jeito que, que (tendo como antecedente na oração gria, tristeza, dor, etc.: Ah, deve ser muito interes-
principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, ta- sante!
manho), etc. B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da mi-
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do nha frente.
exame.
As interjeições podem ser formadas por:
FIQUE ATENTO!  simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
 palavras: Oba! Olá! Claro!
Muitas conjunções não têm classificação
 grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu
única, imutável, devendo, portanto, ser clas-
Deus! Ora bolas!
sificadas de acordo com o sentido que apre-
sentam no contexto (destaque da Zê!). 1. Classificação das Interjeições

Comumente, as interjeições expressam sentido de:


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A) Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido!
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Atenção! Olha! Alerta!
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. B) Afugentamento: Fora! Passa! Rua!
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- C) Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São D) Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
Paulo: Saraiva, 2010. E) Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem!
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Ânimo! Adiante!
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. F) Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
G) Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!
SITE H) Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamen-
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84. te! Essa não! Chega! Basta!
php I) Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Quei-
ra Deus!
Interjeição J) Desculpa: Perdão!
K) Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo- L) Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê!
ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da M) Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus!
linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas N) Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios!
sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma de- Puxa! Pô! Ora!
corrente de uma situação particular, um momento ou um O) Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
contexto específico. Exemplos: P) Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! Viva! Olá! Alô! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me,
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Deus!
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Q) Silêncio: Psiu! Silêncio!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjei- R) Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
ção
O significado das interjeições está vinculado à maneira Saiba que:
como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti- As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não so-
do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que frem variação em gênero, número e grau como os no-
for utilizada. Exemplos: mes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e
voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al-
Psiu! gumas interjeições sofrem variação em grau. Não se trata
contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua; de um processo natural desta classe de palavra, mas tão
significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exem-
Ei, espere!” plos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.

Psiu! 2. Locução Interjetiva


LÍNGUA PORTUGUESA

contexto: alguém pronunciando em um hospital; signi-


ficado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!” Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia Toda frase mais ou menos breve dita em tom excla-
mativo torna-se uma locução interjetiva, dispensando
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! análise dos termos que a compõem: Macacos me mor-
puxa: interjeição; tom da fala: decepção dam!, Valha-me Deus!, Quem me dera!

24
1. As interjeições são como frases resumidas, sinté-
ticas. Por exemplo: Ué! (= Eu não esperava por #FicaDica
essa!) / Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe)
2. Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é As palavras anterior, posterior, último, antepe-
o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras núltimo, final e penúltimo também indicam
classes gramaticais podem aparecer como inter- posição dos seres, mas são classificadas como
jeições. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) / Fora! adjetivos, não ordinais.
Francamente! (Advérbios)
3. A interjeição pode ser considerada uma “palavra-
-frase” porque sozinha pode constituir uma men- C) Fracionários: indicam parte de uma quantidade,
sagem. Por exemplo: Socorro! Ajudem-me! Silêncio! ou seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois
Fique quieto! quintos, etc.
4. Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi- D) Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação
tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: dos seres, indicando quantas vezes a quantidade
Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-ta- foi aumentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
que! Quá-quá-quá!, etc.
5. Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” 2. Flexão dos numerais
com a sua homônima “oh!”, que exprime admira-
ção, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
do “oh!” exclamativo e não a fazemos depois do uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/
“ó” vocativo. Por exemplo: “Ó natureza! ó mãe pie- duzentas em diante: trezentos/trezentas, quatrocentos/
dosa e pura!” (Olavo Bilac) quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão,
variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS cardinais são invariáveis.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá-
tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus primeiro segundo milésimo
Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. primeira segunda milésima

SITE primeiros segundos milésimos


http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/ primeiras segundas milésimas
morf89.php
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
NUMERAL atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do es-
forço e conseguiram o triplo de produção.
Numeral é a palavra variável que indica quantidade Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pes- flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses
soas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa deter- triplas do medicamento.
minada sequência. Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/
Os numerais traduzem, em palavras, o que os núme- duas terças partes.
ros indicam em relação aos seres. Assim, quando a ex-
pressão é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma
trata de numerais, mas sim de algarismos. dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem É comum na linguagem coloquial a indicação de grau
a ideia expressa pelos números, existem mais algumas nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização
palavras consideradas numerais porque denotam quan- de sentido. É o que ocorre em frases como:
tidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: “Me empresta duzentinho...”
década, dúzia, par, ambos(as), novena. É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (=
1. Classificação dos Numerais
segunda divisão de futebol)
A) Cardinais: indicam quantidade exata ou determi-
3. Emprego e Leitura dos Numerais
LÍNGUA PORTUGUESA

nada de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns car-


dinais têm sentido coletivo, como por exemplo:
Os numerais são escritos em conjunto de três algaris-
século, par, dúzia, década, bimestre.
mos, contados da direita para a esquerda, em forma de
B) Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém
ou alguma coisa ocupa numa determinada se- centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma
quência: primeiro, segundo, centésimo, etc. separação através de ponto ou espaço correspondente a
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456.

25
Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar exagero intencional, constituindo a figura de linguagem conhe-
cida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
No português contemporâneo, não se usa a conjunção “e” após “mil”, seguido de centena: Nasci em mil novecentos
e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.

Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por dois zeros, usa-se o “e”: Seu salário será de mil e quinhentos
reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)

Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até dé-
cimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo;

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)

#FicaDica
Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por associação. Ficará mais fácil!

Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma
e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Sua uti-
lização exige a presença do artigo posposto: Ambos os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O artigo só é
dispensado caso haja um pronome demonstrativo: Ambos esses ministros falarão à imprensa.

Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
LÍNGUA PORTUGUESA

nove nono nônuplo nono


dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos

26
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo
ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.php

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, nor-
malmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na
estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreen-
LÍNGUA PORTUGUESA

são do texto.

1. Tipos de Preposição

A) Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
B) Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,
formadas por uma derivação imprópria: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.

27
C) Locuções prepositivas: duas ou mais palavras va- Meio = passeio de barco.
lendo como uma preposição, sendo que a última Origem = Nós somos do Nordeste.
palavra é uma (preposição): abaixo de, acerca de, Conteúdo = frascos de perfume.
acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por
cima de, por trás de. Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo-
cuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução pre-
A preposição é invariável e, no entanto, pode unir-se positiva por trás de.
a outras palavras e, assim, estabelecer concordância em
gênero ou em número. Exemplo: por + o = pelo / por + REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a = pela. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Essa concordância não é característica da preposição, Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
mas das palavras às quais ela se une. Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
Esse processo de junção de uma preposição com ou- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
tra palavra pode se dar a partir dos processos de: Paulo: Saraiva, 2010.
 Combinação: união da preposição “a” com o ar- Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
tigo “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
aos. Os vocábulos não sofrem alteração.
 Contração: união de uma preposição com outra SITE
palavra, ocorrendo perda ou transformação de fo- http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
nema: de + o = do, em + a = na, per + os = pelos,
de + aquele = daquele, em + isso = nisso. Substantivo
 Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” preposi-
ção + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal Substantivo é a classe gramatical de palavras variá-
do pronome “aquilo”). veis, as quais denominam todos os seres que existem,
sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e
fenômenos, os substantivos também nomeiam:
#FicaDica  lugares: Alemanha, Portugal
 sentimentos: amor, saudade
O “a” pode funcionar como preposição, prono-  estados: alegria, tristeza
me pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-  qualidades: honestidade, sinceridade
-los? Caso o “a” seja um artigo, virá preceden-  ações: corrida, pescaria
do um substantivo, servindo para determiná-lo
como um substantivo singular e feminino: A 1. Morfossintaxe do substantivo
matéria que estudei é fácil!
Nas orações, geralmente o substantivo exerce fun-
ções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto di-
Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois reto ou indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda,
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. funcionar como núcleo do complemento nominal ou do
Irei à festa sozinha. aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do obje-
Entregamos a flor à professora! = o primeiro “a” é ar- to ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
tigo; o segundo, preposição. substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de
Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem-
lugar e/ou a função de um substantivo: Nós trouxemos a penhadas por grupos de palavras.
apostila. = Nós a trouxemos.
2. Classificação dos Substantivos
2. Relações semânticas (= de sentido) estabeleci-
das por meio das preposições: A) Substantivos Comuns e Próprios
Observe a definição:
Destino = Irei a Salvador.
Modo = Saiu aos prantos. Cidade: s.f. 1. Povoação maior que vila, com muitas
Lugar = Sempre a seu lado. casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil,
Assunto = Falemos sobre futebol. toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma
LÍNGUA PORTUGUESA

Tempo = Chegarei em instantes. cidade (em oposição aos bairros).


Causa = Chorei de saudade. Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
Fim ou finalidade = Vim para ficar. e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
Instrumento = Escreveu a lápis. cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substan-
Posse = Vi as roupas da mamãe. tivo comum.
Autoria = livro de Machado de Assis Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
Companhia = Estarei com ele amanhã. uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
Matéria = copo de cristal. homem, mulher, país, cachorro.

28
Estamos voando para Barcelona. batalhão soldados
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da cardume peixes
espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio – caravana viajantes peregrinos
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
B) Substantivos Concretos e Abstratos colmeia abelhas
B.1 Substantivo Concreto: é aquele que designa o
ser que existe, independentemente de outros seres. concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
Observação:
Os substantivos concretos designam seres do mundo elenco atores de uma peça ou filme
real e do mundo imaginário. esquadra navios de guerra
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, enxoval roupas
Brasília.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma. falange soldados, anjos
fauna animais de uma região
B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa se-
res que dependem de outros para se manifestarem ou feixe lenha, capim
existirem. Por exemplo: a beleza não existe por si só, flora vegetais de uma região
não pode ser observada. Só podemos observar a beleza
frota navios mercantes, ônibus
numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende
de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra bele- girândola fogos de artifício
za é um substantivo abstrato. horda bandidos, invasores
Os substantivos abstratos designam estados, quali-
dades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem junta médicos, bois, credores, exa-
ser abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida minadores
(estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade júri jurados
(sentimento).
legião soldados, anjos, demônios
 Substantivos Coletivos leva presos, recrutas
malta malfeitores ou desordeiros
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
outra abelha, mais outra abelha. manada búfalos, bois, elefantes,
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. matilha cães de raça
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
molho chaves, verduras
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- multidão pessoas em geral
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, nuvem insetos (gafanhotos, mosqui-
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas tos, etc.)
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um subs-
tantivo no singular (enxame) para designar um conjunto penca bananas, chaves
de seres da mesma espécie (abelhas). pinacoteca pinturas, quadros
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
quadrilha ladrões, bandidos
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
mesmo estando no singular, designa um conjunto de se- ramalhete flores
res da mesma espécie. rebanho ovelhas
repertório peças teatrais, obras musicais
Substantivo coletivo Conjunto de:
réstia alhos ou cebolas
assembleia pessoas reunidas
romanceiro poesias narrativas
alcateia lobos
revoada pássaros
acervo livros
LÍNGUA PORTUGUESA

sínodo párocos
antologia trechos literários selecionados
talha lenha
arquipélago ilhas
tropa muares, soldados
banda músicos
turma estudantes, trabalhadores
bando desordeiros ou malfeitores
vara porcos
banca examinadores

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3. Formação dos Substantivos A) Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo
se faz mediante a utilização das palavras “macho”
A) Substantivos Simples e Compostos e “fêmea”: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. macho e o jacaré fêmea.
O substantivo chuva é formado por um único ele- B) Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes
mento ou radical. É um substantivo simples. a pessoas de ambos os sexos: a criança, a teste-
A.1 Substantivo Simples: é aquele formado por um munha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o in-
único elemento. divíduo.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja C) Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros:
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. colega e a colega, o doente e a doente, o artista e
A.2 Substantivo Composto: é aquele formado por a artista.
dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, pas-
satempo. Substantivos de origem grega terminados em ema
ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o
sintoma, o teorema.
B) Substantivos Primitivos e Derivados  Existem certos substantivos que, variando de
B.1 Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva gênero, variam em seu significado:
de nenhuma outra palavra da própria língua por- o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz); o cabeça
tuguesa. (líder) e a cabeça (parte do corpo); o capital (dinheiro) e
B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origi- a capital (cidade); o coma (sono mórbido) e a coma (ca-
na de outra palavra. O substantivo limoeiro, por beleira, juba); o lente (professor) e a lente (vidro de au-
exemplo, é derivado, pois se originou a partir da mento); o moral (estado de espírito) e a moral (ética; con-
palavra limão. clusão); o praça (soldado raso) e a praça (área pública);
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora).
4. Flexão dos substantivos
6. Formação do Feminino dos Substantivos Bifor-
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- mes
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
exemplo, pode sofrer variações para indicar: Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: - aluna.
meninão / Diminutivo: menininho  Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a
ao masculino: freguês - freguesa
A) Flexão de Gênero  Substantivos terminados em -ão: fazem o femini-
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de- no de três formas:
vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito 1. troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram 2. troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
a seres animais providos de sexo, quer designem apenas 3. troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
“coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa. Exceções: barão – baronesa, ladrão - ladra, sultão -
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e sultana
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substanti-
vos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns.  Substantivos terminados em -or:
Veja estes títulos de filmes: acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
O velho e o mar troca-se -or por -triz: = imperador – imperatriz
Um Natal inesquecível  Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
Os reis da praia cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poe-
tisa / duque - duquesa / conde - condessa / profeta
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que - profetisa
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:  Substantivos que formam o feminino trocando o
A história sem fim -e final por -a: elefante - elefanta
Uma cidade sem passado  Substantivos que têm radicais diferentes no mas-
As tartarugas ninjas culino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
 Substantivos que formam o feminino de maneira
5. Substantivos Biformes e Substantivos Unifor- especial, isto é, não seguem nenhuma das regras
LÍNGUA PORTUGUESA

mes anteriores: czar – czarina, réu - ré

1. Substantivos Biformes (= duas formas): apresen- 7. Formação do Feminino dos Substantivos Uni-
tam uma forma para cada gênero: gato – gata, ho- formes
mem – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
2. Substantivos Uniformes: apresentam uma única Epicenos:
forma, que serve tanto para o masculino quanto Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
para o feminino. Classificam-se em:

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Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma
forma para indicar o masculino e o feminino. Gênero dos Nomes de Cidades - Com raras exce-
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para ções, nomes de cidades são femininos: A histórica Ouro
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de Preto. / A dinâmica São Paulo. / A acolhedora Porto Ale-
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessida- gre. / Uma Londres imensa e triste.
de de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. 10. Gênero e Significação

8. Sobrecomuns: Muitos substantivos, como já mencionado anterior-


Entregue as crianças à natureza. mente, têm uma significação no masculino e outra no fe-
minino. Observe: o baliza (soldado que à frente da tropa,
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (par-
A criança chorona chamava-se João. te do corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a
A criança chorona chamava-se Maria. cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzen-
ta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro),
Outros substantivos sobrecomuns: a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
boa criatura. a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de na administração da crisma e de outros sacramentos), a
Marcela faleceu crisma (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a
cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe
9. Comuns de Dois Gêneros: (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que guia ou-
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. tras), a guia (documento, pena grande das asas das aves),
o grama (unidade de peso), a grama (relva), o caixa (fun-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
cionário da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamen-
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
tos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento), o mo-
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
ral (ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, ética),
A distinção de gênero pode ser feita através da análi-
o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte),
se do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o subs-
o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor), maria-
tantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante;
-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (poncho), a
um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa;
repórter francês - repórter francesa. pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo), o rádio
(aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga (remador),
A palavra personagem é usada indistintamente nos a voga (moda).
dois gêneros. Entre os escritores modernos nota-se acen-
tuada preferência pelo masculino: O menino descobriu B) Flexão de Número do Substantivo
nas nuvens os personagens dos contos de carochinha.
Com referência à mulher, deve-se preferir o feminino: Em português, há dois números gramaticais: o singu-
O problema está nas mulheres de mais idade, que não lar, que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural,
aceitam a personagem. que indica mais de um ser ou grupo de seres. A caracte-
rística do plural é o “s” final.
Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. 11. Plural dos Substantivos Simples

Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e


)pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural).
proclama, o pernoite, o púbis. Exceção: cânon - cânones.
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, Os substantivos terminados em “m” fazem o plural
a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a em “ns”: homem - homens.
LÍNGUA PORTUGUESA

libido, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa). Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o
plural pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz
São geralmente masculinos os substantivos de ori- - raízes.
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o Atenção:
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, O plural de caráter é caracteres.
o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tra-
coma, o hematoma.

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Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexio- B) Flexiona-se somente o segundo elemento,
nam-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quin- quando formados de:
tais; caracol – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
males, cônsul e cônsules. palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
Os substantivos terminados em “il” fazem o plural alto-falantes
de duas maneiras: palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-
1. Quando oxítonos, em “is”: canil - canis -recos
2. Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
C) Flexiona-se somente o primeiro elemento,
Observação: quando formados de:
A palavra réptil pode formar seu plural de duas ma- substantivo + preposição clara + substantivo = água-
neiras: répteis ou reptis (pouco usada). -de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = ca-
Os substantivos terminados em “s” fazem o plural valo-vapor e cavalos-vapor
de duas maneiras: substantivo + substantivo que funciona como deter-
1. Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave,
2. Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam in- bomba-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-
variáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. -rã, peixe-espada - peixes-espada.

Os substantivos terminados em “ão” fazem o plural D) Permanecem invariáveis, quando formados de:
de três maneiras. verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1. substituindo o -ão por -ões: ação - ações verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os
2. substituindo o -ão por -ães: cão - cães saca-rolhas
3. substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
13. Casos Especiais
Observação:
Muitos substantivos terminados em “ão” apresen- o louva-a-deus e os louva-a-deus
tam dois – e até três – plurais:
aldeão – aldeões/aldeães/aldeãos an- o bem-te-vi e os bem-te-vis
cião – anciões/anciães/anciãos o bem-me-quer e os bem-me-queres
charlatão – charlatões/charlatães cor-
rimão – corrimãos/corrimões o joão-ninguém e os joões-ninguém.
guardião – guardiões/guardiães vilão
– vilãos/vilões/vilães 14. Plural das Palavras Substantivadas

Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
o látex - os látex. classes gramaticais usadas como substantivo apresen-
tam, no plural, as flexões próprias dos substantivos.
12. Plural dos Substantivos Compostos Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.
A formação do plural dos substantivos compostos Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
depende da forma como são grafados, do tipo de pa-
lavras que formam o composto e da relação que esta- Observação:
belecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen Numerais substantivados terminados em “s” ou “z”
comportam-se como os substantivos simples: aguar- não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
dente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/ponta- tos seis e alguns dez.
pés, malmequer/malmequeres.
O plural dos substantivos compostos cujos elemen- 15. Plural dos Diminutivos
tos são ligados por hífen costuma provocar muitas dú-
vidas e discussões. Algumas orientações são dadas a Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” fi-
seguir: nal e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
A) Flexionam-se os dois elementos, quando for-
mados de: pãe(s) + zinhos = pãezinhos
LÍNGUA PORTUGUESA

substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores


animai(s) + zinhos = animaizinhos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per-
feitos botõe(s) + zinhos = botõezinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho- chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
mens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos

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colhere(s) + zinhas = colherezinhas Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços,
bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, so-
flore(s) + zinhas = florezinhas ros, etc.
mão(s) + zinhas = mãozinhas
Observação:
papéi(s) + zinhos = papeizinhos Distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas molho (ó) = feixe (molho de lenha).
funi(s) + zinhos = funizinhos
Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
pai(s) + zinhos = paizinhos
Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsa-
pé(s) + zinhos = pezinhos mes, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
pé(s) + zitos = pezitos Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probida-
16. Plural dos Nomes Próprios Personativos de, bom nome) e honras (homenagem, títulos).
Usamos, às vezes, os substantivos no singular, mas
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas com sentido de plural:
sempre que a terminação preste-se à flexão. Aqui morreu muito negro.
Os Napoleões também são derrotados. Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em cape-
As Raquéis e Esteres. las improvisadas.

17. Plural dos Substantivos Estrangeiros C) Flexão de Grau do Substantivo

Substantivos ainda não aportuguesados devem ser Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
escritos como na língua original, acrescentando-se “s” as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
(exceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os 1. Grau Normal - Indica um ser de tamanho consi-
shorts, os jazz. derado normal. Por exemplo: casa
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de 2. Grau Aumentativo - Indica o aumento do tama-
acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os cho- nho do ser. Classifica-se em:
pes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, Analítico = o substantivo é acompanhado de um
os réquiens. adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Observe o exemplo: Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in-
Este jogador faz gols toda vez que joga. dicador de aumento. Por exemplo: casarão.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
3. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tama-
18. Plural com Mudança de Timbre nho do ser. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adje-
Certos substantivos formam o plural com mudança tivo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in-
fato fonético chamado metafonia (plural metafônico). dicador de diminuição. Por exemplo: casinha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Singular Plural
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
corpo (ô) corpos (ó) Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
esforço esforços reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
fogo fogos CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
forno fornos Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
fosso fossos
São Paulo: Saraiva, 2002.
imposto impostos
olho olhos SITE
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
osso (ô) ossos (ó)
LÍNGUA PORTUGUESA

morf12.php
ovo ovos
poço poços Pronome
porto portos
posto postos Pronome é a palavra variável que substitui ou acom-
panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma
tijolo tijolos forma.

33
O homem julga que é superior à natureza, por isso o tima a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do
homem destrói a natureza... discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é
Utilizando pronomes, teremos: O homem julga que é assim configurado:
superior à natureza, por isso ele a destrói... 1.ª pessoa do singular: eu
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de ter- 2.ª pessoa do singular: tu
mos (homem e natureza). 3.ª pessoa do singular: ele, ela
Grande parte dos pronomes não possuem significa- 1.ª pessoa do plural: nós
dos fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação 2.ª pessoa do plural: vós
dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a 3.ª pessoa do plural: eles, elas
referência exata daquilo que está sendo colocado por
meio dos pronomes no ato da comunicação. Com ex- Esses pronomes não costumam ser usados como
ceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os de- complementos verbais na língua-padrão. Frases como
mais pronomes têm por função principal apontar para as “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu
pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando- até aqui”- comuns na língua oral cotidiana - devem ser
-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
dessa característica, os pronomes apresentam uma for- mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
ma específica para cada pessoa do discurso. dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. -me até aqui”.
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala] Frequentemente observamos a omissão do pronome
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se fala] formas verbais marcam, através de suas desinências, as
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos
[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem boa viagem. (Nós)
se fala]
B) Pronome Oblíquo
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- sentença, exerce a função de complemento verbal
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência (objeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (ob-
através do pronome seja coerente em termos de gênero jeto indireto)
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Observação:
O pronome oblíquo é uma forma variante do prono-
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
me pessoal do caso reto. Essa variação indica a função
nossa escola neste ano.
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordân-
marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o
cia adequada]
complemento da oração. Os pronomes oblíquos sofrem
[neste: pronome que determina “ano” = concordância
variação de acordo com a acentuação tônica que pos-
adequada]
suem, podendo ser átonos ou tônicos.
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = con-
cordância inadequada]
2. Pronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, são precedidos de preposição. Possuem acentuação tô-
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. nica fraca: Ele me deu um presente.
Lista dos pronomes oblíquos átonos
1. Pronomes Pessoais 1.ª pessoa do singular (eu): me
2.ª pessoa do singular (tu): te
São aqueles que substituem os substantivos, indi- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
cando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou escreve assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se 2.ª pessoa do plural (vós): vos
os pronomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
a quem se dirige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer
referência à pessoa ou às pessoas de quem se fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
LÍNGUA PORTUGUESA

ou do caso oblíquo.

A) Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
tença, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos
flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número,
gênero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa úl-

34
A combinação da preposição “com” e alguns prono-
FIQUE ATENTO! mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi-
Os pronomes o, os, a, as assumem formas es- go, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
peciais depois de certas terminações verbais: frequentemente exercem a função de adjunto adverbial
1. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o de companhia: Ele carregava o documento consigo.
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
mesmo tempo que a terminação verbal é su- Ela veio até mim, mas nada falou.
primida. Por exemplo: Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de
fiz + o = fi-lo inclusão), usaremos as formas retas: Todos foram bem na
fazeis + o = fazei-lo prova, até eu! (= inclusive eu)
dizer + a = dizê-la
As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
2. Quando o verbo termina em som nasal, o por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pes-
pronome assume as formas no, nos, na, nas. soais são reforçados por palavras como outros, mesmos,
Por exemplo: próprios, todos, ambos ou algum numeral.
viram + o: viram-no Você terá de viajar com nós todos.
repõe + os = repõe-nos Estávamos com vós outros quando chegaram as más
retém + a: retém-na notícias.
tem + as = tem-nas Ele disse que iria com nós três.

3. Pronome Reflexivo
B.2 Pronome Oblíquo Tônico São pronomes pessoais oblíquos que, embora fun-
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos cionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de a ação expressa pelo verbo.
objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte. Lista dos pronomes reflexivos:
Lista dos pronomes oblíquos tônicos: 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim = Eu não me
1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo lembro disso.
2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti = Conhece a ti mesmo.
3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo = Gui-
1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco lherme já se preparou.
2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco Ela deu a si um presente.
3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas Antônio conversou consigo mesmo.

Observe que as únicas formas próprias do pronome tô- 1.ª pessoa do plural (nós): nos = Lavamo-nos no rio.
nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As 2.ª pessoa do plural (vós): vos = Vós vos beneficiastes
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. com esta conquista.
3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo = Eles se
As preposições essenciais introduzem sempre pronomes conheceram. / Elas deram a si um dia de folga.
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal,
os pronomes costumam ser usados desta forma: #FicaDica
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. O pronome é reflexivo quando se refere à mes-
Não há nenhuma acusação contra mim. ma pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu
Não vá sem mim. me arrumei e saí.
É pronome recíproco quando indica recipro-
Há construções em que a preposição, apesar de surgir cidade de ação: Nós nos amamos. / Olhamo-
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração -nos calados.
cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter O “se” pode ser usado como palavra expletiva
sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ou partícula de realce, sem ser rigorosamente
ser do caso reto. necessária e sem função sintática: Os explora-
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. dores riam-se de suas tentativas. / Será que eles
Não vá sem eu mandar. se foram?
LÍNGUA PORTUGUESA

A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!”


está correta, já que “para mim” é complemento de “fá- C) Pronomes de Tratamento
cil”. A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
para mim! monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (por-
tanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira
pessoa. Alguns exemplos:

35
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques ou
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio- Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
sos em geral teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes- 4. Pronomes Possessivos
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais,
governadores, secretários de Estado, presidente da Repúbli- São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
ca (sempre por extenso) (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universidades (coisa possuída).
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1.ª pessoa do
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais singular)
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de
igual categoria
Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes NÚMERO PESSOA PRONOME
de direito singular primeira meu(s), minha(s)
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento ce-
singular segunda teu(s), tua(s)
rimonioso
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus singular terceira seu(s), sua(s)
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se- plural primeira nosso(s), nossa(s)
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre-
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- plural segunda vosso(s), vossa(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados plural terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma Note que:
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou A forma do possessivo depende da pessoa gramatical
literária. a que se refere; o gênero e o número concordam com o
objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição
Observações: naquele momento difícil.
1. Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados Observações:
em relação à pessoa com quem falamos: Espero que 1. A forma “seu” não é um possessivo quando resul-
V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. tar da alteração fonética da palavra senhor: Muito
2. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da
obrigado, seu José.
pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que
2. Os pronomes possessivos nem sempre indicam
Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu
posse. Podem ter outros empregos, como:
com propriedade.
A) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
3. Os pronomes de tratamento representam uma forma
B) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores.
anos.
Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por
exemplo, estamos nos endereçando à excelência que C) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem
esse deputado supostamente tem para poder ocupar lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
o cargo que ocupa. 3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
4. Embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2.ª o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Ex-
pessoa, toda a concordância deve ser feita com a celência trouxe sua mensagem?
3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi- 4. Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-
vos e os pronomes oblíquos empregados em relação vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus
a eles devem ficar na 3.ª pessoa. livros e anotações.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promes- 5. Em algumas construções, os pronomes pessoais
sas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou
5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos)
ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, 6. O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró-
ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhi- prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo,
da inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos para que não ocorra redundância: Coloque tudo
a chamar alguém de “você”, não poderemos usar nos respectivos lugares.
LÍNGUA PORTUGUESA

“te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na


terceira pessoa. 5. Pronomes Demonstrativos

Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos São utilizados para explicitar a posição de certa pa-
teus cabelos. (errado) lavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação
pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso.
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular

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A) Em relação ao espaço:  o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que”
Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s),
pessoa que fala: aquilo.
Este material é meu. Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da indiquei.)
pessoa com quem se fala:
Esse material em sua carteira é seu?  mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): va-
riam em gênero quando têm caráter reforçativo:
Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com Eu mesma refiz os exercícios.
quem se fala: Elas mesmas fizeram isso.
Aquele material não é nosso. Eles próprios cozinharam.
Vejam aquele prédio! Os próprios alunos resolveram o problema.

B) Em relação ao tempo:  semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.


Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em  tal, tais: Tal absurdo eu não cometeria.
relação à pessoa que fala: 1. Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides
Esta manhã farei a prova do concurso! eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este.
(ou então: este solteiro, aquele casado) - este se re-
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po- fere à pessoa mencionada em último lugar; aquele,
rém relativamente próximo à época em que se situa a à mencionada em primeiro lugar.
pessoa que fala: 2. O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso! irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afastamen- 3. Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
to no tempo, referido de modo vago ou como tempo com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste,
remoto: desta, disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que esta-
Naquele tempo, os professores eram valorizados. va vendo. (no = naquilo)

C) Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se 6. Pronomes Indefinidos


falará ou escreverá):
Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discur-
fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se fa- so, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
lará: quantidade indeterminada.
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
ortografia, concordância. -plantadas.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou: imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja- humano que seguramente existe, mas cuja identidade é
mos! desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:

Este e aquele são empregados quando se quer fazer A) Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o
referência a termos já mencionados; aquele se refere ao lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres
termo referido em primeiro lugar e este para o referido na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, bel-
por último: trano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo.
Algo o incomoda?
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Pau- Quem avisa amigo é.
lo; este está mais bem colocado que aquele. (= este [São
Paulo], aquele [Palmeiras]) B) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um
ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de
ou quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s),
certa(s).
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Pau- Cada povo tem seus costumes.
LÍNGUA PORTUGUESA

lo; aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Certas pessoas exercem várias profissões.
Paulo], aquele [Palmeiras])
Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou Note que:
invariáveis, observe: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pro-
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), nomes indefinidos adjetivos:
aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
Também aparecem como pronomes demonstrativos:

37
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.

Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe:


 Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pou-
ca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, nenhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros,
quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
 Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, cada.

*Qualquer é composto de qual + quer (do verbo querer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plural é
feito em seu interior).
Todo e toda no singular e junto de artigo significa inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
Trabalho todo dia. (= todos os dias)

São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja
quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.

7. Pronomes Relativos

São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).

O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Quem casa, quer casa.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
quantas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.

Note que:
O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substi-
tuído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos.
Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria
LÍNGUA PORTUGUESA

ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou
encantado: o sítio ou minha tia?).
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-se
o qual / a qual)

O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou
de ser poeta, que era a sua vocação natural.

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O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o consequente
(o ser possuído, com o qual concorda em gênero e número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo” equivale
a do qual, da qual, dos quais, das quais.
Existem pessoas cujas ações são nobres.
(antecedente) (consequente)

Se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pronome: O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-se a)

“Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:

Emprestei tantos quantos foram necessários.


(antecedente)

Ele fez tudo quanto havia falado.


(antecedente)
O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre precedido de preposição.

É um professor a quem muito devemos.


(preposição)

“Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa
onde morava foi assaltada.

Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.

Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:


 como (= pelo qual) – desde que precedida das palavras modo, maneira ou forma:
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.

 quando (= em que) – desde que tenha como antecedente um nome que dê ideia de tempo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.

Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.


O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste esporte.
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente
que conversava, (que) ria, observava.

8. Pronomes Interrogativos

São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações),
quanto (e variações).
Com quem andas?
Qual seu nome?
Diz-me com quem andas, que te direi quem és.

O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
quando desempenha função de complemento.
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe ajudar.
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
LÍNGUA PORTUGUESA

reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce função de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, di-
ferentemente dos segundos, que são sempre precedidos de preposição.
A) Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava fazendo.
B) Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que eu estava fazendo.

39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São prol da paz no mundo.
Paulo: Saraiva, 2010. Repare que o pronome está “no meio” do verbo “reali-
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- zará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma pa-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. lavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, Veja: Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
nessa viagem.
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
São Paulo: Saraiva, 2002. clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa-
nharia nessa viagem).
SITE
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/ Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.
morf42.php A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
forem possíveis:
9. Colocação Pronominal  Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos  Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal:
pronomes oblíquos átonos na frase. Não era minha intenção machucá-la.
 Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não
se inicia período com pronome oblíquo).
#FicaDica Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
Pronome Oblíquo é aquele que exerce a fun-  Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
ção de complemento verbal (objeto). Por isso, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
memorize:  Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a
OBlíquo = OBjeto! proposta fazendo-se de desentendida.

10. Colocação pronominal nas locuções verbais


Embora na linguagem falada a colocação dos prono-
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas  Após verbo no particípio = pronome depois do
devem ser observadas na linguagem escrita. verbo auxiliar (e não depois do particípio):
Tenho me deliciado com a leitura!
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. Eu tenho me deliciado com a leitura!
A próclise é usada: Eu me tenho deliciado com a leitura!
 Não convém usar hífen nos tempos compostos e
 Quando o verbo estiver precedido de palavras nas locuções verbais:
que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: Vamos nos unir!
Iremos nos manifestar.
A) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém,  Quando há um fator para próclise nos tempos
jamais, etc.: Não se desespere! compostos ou locuções verbais: opção pelo uso
B) Advérbios: Agora se negam a depor. do pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não
C) Conjunções subordinativas: Espero que me expli- vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos preo-
cupar”).
quem tudo!
D) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se 11. Emprego de o, a, os, as
esforçou.
E) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportu-  Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral,
nidade. os pronomes: o, a, os, as não se alteram.
F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Chame-o agora.
 Orações iniciadas por palavras interrogativas: Deixei-a mais tranquila.
Quem lhe disse isso?
 Orações iniciadas por palavras exclamativas:  Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoan-
Quanto se ofendem! tes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos:
LÍNGUA PORTUGUESA

 Orações que exprimem desejo (orações optativas): (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
Que Deus o ajude. (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
 A próclise é obrigatória quando se utiliza o pro-
nome reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei o  Em verbos terminados em ditongos nasais (am,
material amanhã. / Tu sabes cantar? em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para
no, na, nos, nas.
Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do Chamem-no agora.
verbo. A mesóclise é usada: Põe-na sobre a mesa.

40
FIQUE ATENTO!
#FicaDica
O verbo pôr, assim como seus derivados (com-
Dica da Zê! por, repor, depor), pertencem à 2.ª conjugação,
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que sig- pois a forma arcaica do verbo pôr era poer.
nifica “antes”! Pronome antes do verbo! A vogal “e”, apesar de haver desaparecido do
Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, infinitivo, revela-se em algumas formas do
em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome verbo: põe, pões, põem, etc.
depois do verbo!
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do ver-
bo 2. Formas Rizotônicas e Arrizotônicas

Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acen-
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. to tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo,
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São não cai no radical, mas sim na terminação verbal (fora do
Paulo: Saraiva, 2010. radical): opinei, aprenderão, amaríamos.

SITE 3. Classificação dos Verbos


http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao-
-pronominal-.html Classificam-se em:
A) Regulares: são aqueles que apresentam o radi-
Observação: Não foram encontradas questões cal inalterado durante a conjugação e desinências
abrangendo tal conteúdo. idênticas às de todos os verbos regulares da mes-
ma conjugação. Por exemplo: comparemos os ver-
VERBO bos “cantar” e “falar”, conjugados no presente do
Modo Indicativo:
Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, número,
tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o canto falo
nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre cantas falas
outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenôme- canta falas
no (choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).
cantamos falamos
1. Estrutura das Formas Verbais cantais falais
cantam falam
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
os seguintes elementos:
A) Radical: é a parte invariável, que expressa o signi- #FicaDica
ficado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-
-ava; fal-am. (radical fal-) Observe que, retirando os radicais, as desi-
B) Tema: é o radical seguido da vogal temática que nências modo-temporal e número-pessoal
indica a conjugação a que pertence o verbo. Por mantiveram-se idênticas. Tente fazer com
exemplo: fala-r. São três as conjugações: outro verbo e perceberá que se repetirá o
1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática fato (desde que o verbo seja da primeira
- E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir). conjugação e regular!). Faça com o verbo
C) Desinência modo-temporal: é o elemento que “andar”, por exemplo. Substitua o radical
designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: “cant” e coloque o “and” (radical do verbo
falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo) andar). Viu? Fácil!
/ falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
D) Desinência número-pessoal: é o elemento que B) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações
designa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei, fizesse.
LÍNGUA PORTUGUESA

número (singular ou plural):


falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam Observação:
(indica a 3.ª pessoa do plural.) Alguns verbos sofrem alteração no radical apenas
para que seja mantida a sonoridade. É o caso de: corrigir/
corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais altera-
ções não caracterizam irregularidade, porque o fonema
permanece inalterado.

41
C) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Os principais são adequar, precaver, compu-
tar, reaver, abolir, falir.
D) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são:

1. Haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão)
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)

2. Fazer, ser e estar (quando indicam tempo)


Faz invernos rigorosos na Europa.
Era primavera quando o conheci.
Estava frio naquele dia.

3. Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, ama-
nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido
figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal,
ou seja, terá conjugação completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

4. O verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis.

5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição “de”, indicando suficiência:


Basta de tolices.
Chega de promessas.
6. Os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência
a sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como
hipotético, tornando-se, tais verbos, pessoais.

7. O verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?

E) Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
São unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais
(cacarejar, cricrilar, miar, latir, piar).

Os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?

Principais verbos unipessoais:

 Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário):


Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

 Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
LÍNGUA PORTUGUESA

Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)

F) Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que,
além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é
empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

42
Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

FIQUE ATENTO!
Estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/
dito, escrever/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

G) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois,
fui) e ir (fui, ia, vades).

H) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo prin-
cipal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é
expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar todos!


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Observação:
Os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
LÍNGUA PORTUGUESA

43
4. Conjugação dos Verbos Auxiliares

4.1. SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

4.2. SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

4.3. SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
4.4. SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles
4.5. ESTAR - Modo Indicativo

Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.


LÍNGUA PORTUGUESA

estou estive estava estivera estarei estaria


estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

44
4.6. ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

4.7. ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

4.8. HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

4.9. HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

4.10. HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


LÍNGUA PORTUGUESA

haver haver havendo havido


haveres
haver
havermos
haverdes
Haverem

45
4.11. TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

4.12. TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
Tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

I) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já
implícita no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
 Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a refle-
xibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula
integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço
da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respec-
tivos pronomes):
Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, Nós nos arrependemos, Vós vos arrependeis, Eles se arrependem.
 Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto re-
presentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele
mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os
pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa: A garota pen-
teou-me.

Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à
do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular.

5. Modos Verbais
LÍNGUA PORTUGUESA

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro.
Existem três modos:
A) Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso.
B) Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.
C) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega!

46
6. Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adje-
tivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:

A) Infinitivo
A.1 Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de subs-
tantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exem-
plo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.

A.2 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

B) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:


Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)

Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.

Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1. Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2. – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
C) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o re-
sultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames,
os candidatos saíram.

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função
de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.

(Ziraldo)
8. Tempos Verbais
LÍNGUA PORTUGUESA

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos.

A) Tempos do Modo Indicativo


Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.

47
Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as
lições quando os amigos chegaram. (forma simples).
Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele
pudesse, estudaria um pouco mais.

B) Tempos do Modo Subjuntivo


Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse
o jogo.
Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele
vier à loja, levará as encomendas.

FIQUE ATENTO!
Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

Tabelas das Conjugações Verbais

1. Modo Indicativo

1.1. Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

1.2. Pretérito Perfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
LÍNGUA PORTUGUESA

cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS


cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

48
1.3. Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

1.4. Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

1.5. Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

1.6. Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
LÍNGUA PORTUGUESA

cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS


cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

49
1.7. Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

1.8. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

1.9. Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
LÍNGUA PORTUGUESA

cantaREM vendeREM partiREM R EM

50
C) Modo Imperativo

1. Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

2. Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

 No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem,
pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
 O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
3. Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

 O verbo parecer admite duas construções:


Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
LÍNGUA PORTUGUESA

 O verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular):


Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.

51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php

VOZES DO VERBO

Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três as
vozes verbais:

A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

B) Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo:


O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva

C) Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
O menino feriu-se.

#FicaDica
Não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro)

1. Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
A) Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte maneira:
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os alunos pintarão a escola)
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)

Observações:
 O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a pre-
posição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
 Pode acontecer de o agente da passiva não estar explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
 A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação
das frases seguintes:

Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)


O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito perfeito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz ativa)

Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indicativo)
LÍNGUA PORTUGUESA

Ele fará o trabalho. (futuro do presente)


O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

 Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

52
B) Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - Mantêm-se adequados o emprego de tempos e modos
ou pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, verbais e a correlação entre eles, ao se substituírem os
seguido do pronome apassivador “se”. Por exemplo: elementos sublinhados na frase acima, na ordem dada,
Abriram-se as inscrições para o concurso. por:
Destruiu-se o velho prédio da escola. a) tivessem acrescentado − trariam − contribuírem
b) acrescentassem − têm trazido − contribuírem
Observação: c) tinham acrescentado − trarão − contribuiriam
O agente não costuma vir expresso na voz passiva d) acrescentariam − trariam− contribuíram
sintética. e) tenham acrescentado − trouxeram − Contribuíram

1.1 Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva Resposta: Letra E.


Questão que envolve correlação verbal. Realizando as
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar alterações solicitadas, segue como ficariam (em des-
substancialmente o sentido da frase. taque):
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa) Em “a”: tivessem acrescentado – trariam − contribui-
Sujeito da Ativa objeto Direto riam
Em “b”: acrescentassem – trariam − contribuiriam
A apostila foi comprada pelo concurseiro. Em “c”: tinham acrescentado – trouxeram − contri-
(Voz Passiva) buíram
Sujeito da Passiva Agente da Passiva Em “d”: acrescentassem – trariam − contribuíram
Em “e”: tenham acrescentado – trouxeram − Contri-
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; buíram = correta
o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo
2. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO
tempo.
ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE MEDICINA DO
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
TRABALHO – FCC – 2012) Está inadequado o emprego
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
do elemento sublinhado na seguinte frase:
mestres.
a) Sou ateu e peço que me deem tratamento similar ao
Eu o acompanharei.
que dispenso aos homens religiosos.
Ele será acompanhado por mim.
Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não b) A intolerância religiosa baseia-se em preconceitos de
haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: que deveriam desviar-se todos os homens verdadei-
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. ramente virtuosos.
Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir, c) A tolerância é uma virtude na qual não podem pres-
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva, cindir os que se dizem homens de fé.
porque o sujeito não pode ser visto como agente, pacien- d) O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito de
te ou agente paciente. nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los.
e) Respeito os homens de fé, a menos que deixem de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS fazer o mesmo com aqueles que não a têm.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Resposta: Letra C.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- Corrigindo o inadequado:
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Em “a”: Sou ateu e peço que me deem tratamento
Paulo: Saraiva, 2010. similar ao que dispenso aos homens religiosos.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Em “b”: A intolerância religiosa baseia-se em precon-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. ceitos de que deveriam desviar-se todos os homens
verdadeiramente virtuosos.
SITE Em “c”: A tolerância é uma virtude na qual (de que)
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/ não podem prescindir os que se dizem homens de fé.
morf54.php Em “d”: O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito
de nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-
-los.
Em “e”: Respeito os homens de fé, a menos que dei-
EXERCÍCIOS COMENTADOS
LÍNGUA PORTUGUESA

xem de fazer o mesmo com aqueles que não a têm.

1. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS- 3. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO
TRATIVA – FCC – 2012) As vitórias no jogo interior talvez ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE MEDICINA DO
não acrescentem novos troféus, mas elas trazem recom- TRABALHO – FCC – 2012)
pensas valiosas, [...] que contribuem de forma significativa Transpondo-se para a voz passiva a construção Os ateus
para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora despertariam a ira de qualquer fanático, a forma ver-
dela. bal obtida será:

53
a) seria despertada. c) Aos governantes mais responsáveis não...... (ocorrer)
b) teria sido despertada. tomar decisões sem medir suas consequências.
c) despertar-se-á. d) A toda decisão tomada precipitadamente...... (cos-
d) fora despertada. tumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
e) teriam despertado. e) Diante de uma escolha,...... (ganhar) prioridade, reco-
menda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
Resposta: Letra A. humana.
Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático
Fazendo a transposição para a voz passiva, temos: A Resposta: Letra C.
ira de qualquer fanático seria despertada pelos ateus. Flexões em destaque e sublinhei os termos que esta-
belecem concordância:
4. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS- Em “a”: A nenhuma de nossas escolhas podem deixar
TRATIVA – ESPECIALIDADE SEGURANÇA JUDICIÁ- de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
RIA – FCC – 2012) Em “b”: Não se poupam os que governam de refletir
...ela nunca alcançava a musa. sobre o peso de suas mais graves decisões.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma Em “c”: Aos governantes mais responsáveis não ocor-
verbal resultante será: re tomar decisões sem medir suas consequências. =
Isso não ocorre aos governantes – uma oração exerce
a) alcança-se. a função de sujeito (subjetiva)
b) foi alcançada. Em “d”: A toda decisão tomada precipitadamente cos-
c) fora alcançada. tumam sobrevir consequências imprevistas e injustas.
d) seria alcançada. Em “e”: Diante de uma escolha, ganham prioridade,
e) era alcançada. recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta
a dor humana.
Resposta: Letra E.
Temos um verbo na voz ativa, então teremos dois
7. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO –
na passiva (auxiliar + o verbo da oração da ativa, no
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC – 2016 ) ... para quem
mesmo tempo verbal, forma particípio): A musa nun-
Manoel de Barros era comparável a São Francisco de As-
ca era alcançada por ela. O verbo “alcançava” está no
sis...
pretérito imperfeito, por isso o auxiliar tem que estar
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da
também (é = presente, foi = pretérito perfeito, era =
frase acima está em:
imperfeito, fora = mais que perfeito, será = futuro do
presente, seria = futuro do pretérito).
a) Dizia-se um “vedor de cinema”...
5. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no es-
ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE MEDICINA DO paço...
TRABALHO – FCC – 2012) Aos poucos, contudo, fui che- c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e
gando à constatação de que todo perfil de rede social é um Charles Baudelaire.
retrato ideal de nós mesmos. d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Bar-
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra al- ros na literatura...
teração seja feita na frase, o elemento grifado pode ser e) ... para depois casá-las...
substituído por:
a) ademais. Resposta: Letra A.
b) conquanto. “Era” = verbo “ser” no pretérito imperfeito do Indicati-
c) porquanto. vo. Procuremos nos itens:
d) entretanto. Em “a”: Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo
e) apesar. Em “b”: Porque não seria = futuro do pretérito do In-
dicativo
RESPOSTA: Letra D. Em “c”: Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfei-
Contudo é uma conjunção adversativa (expressa opo- to do Indicativo
sição). A substituição deve utilizar outra de mesma Em “d”: Quase meio século separa = presente do Indi-
classificação, para que se mantenha a ideia do perío- cativo
do. A correta é entretanto. Em “e”: para depois casá-las = Infinitivo pessoal (casar
elas)
6. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS-
LÍNGUA PORTUGUESA

TRATIVA – FCC – 2012) O verbo indicado entre parên- 8. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – ANALISTA JUDICIÁRIO –
teses deverá flexionar-se no singular para preencher ade- ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC – 2016) Aí conheci o
quadamente a lacuna da frase: escritor e historiador de sua gente, meu saudoso amigo
Alcino Alves Costa. E foi dele que ouvi oralmente a his-
a) A nenhuma de nossas escolhas...... (poder) deixar de tória de Zé de Julião. Considerando-se a norma-padrão
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. da língua, ao reescrever-se o trecho acima em um único
b) Não se...... (poupar) os que governam de refletir sobre período, o segmento destacado deverá ser antecedido
o peso de suas mais graves decisões. de vírgula e substituído por

54
a) perante ao qual c) [...] país que transformou a infância numa bilionária in-
b) de cujo dústria de consumo...
c) o qual d) E, mesmo que se esforcem muito [...]
d) frente à quem e) Hoje há algo novo nesse cenário.
e) de quem
RESPOSTA: Letra D.
Resposta: Letra E. que nos ajude = presente do Subjuntivo
Voltemos ao trecho: ... meu saudoso amigo Alcino Alves Em “a”: que conseguissem = pretérito do Subjuntivo
Costa. E foi dele que ouvi oralmente... = a única alter- Em “b”: que proliferaram = pretérito perfeito (e também
nativa que substitui corretamente o trecho destacado é mais-que-perfeito) do Indicativo
“de quem ouvi oralmente”. Em “c”: que transformou = pretérito perfeito do Indicativo
Em “d”: que se esforcem = presente do Subjuntivo
9. (TRT 14.ª REGIÃO-RO E AC – TÉCNICO JUDICIÁ- Em “e”: há algo novo nesse cenário = presente do Indi-
RIO – FCC – 2016) “Isto pode despertar a atenção de ou- cativo
tras pessoas que tenham documentos em casa e se dis-
ponham a trazer para a Academia, que é a guardiã desse 12. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
tipo de acervo, que é muito difícil de ser guardado em FCC – 2016) O modelo ainda dominante nas discussões
casa, pois o tempo destrói e aqui temos a melhor técnica ecológicas privilegia, em escala, o Estado e o mundo...
de conservação de documentos”, disse Cavalcanti. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
O termo sublinhado faz referência a verbal resultante será:

a) pessoas. a) é privilegiado.
b) acervo. b) sendo privilegiadas.
c) Academia. c) são privilegiados.
d) tempo. d) foi privilegiado.
e) são privilegiadas.
e) casa.
Resposta: Letra C.
Resposta: Letra B.
Há um verbo na ativa, então teremos dois na passiva
Ao trecho: a guardiã desse tipo de acervo, que (o qual)
(auxiliar + o particípio de “privilegia”) = O Estado e o
é muito difícil de ser guardado...
mundo são privilegiados pelo modelo ainda dominante.
10. (TRT 14.ª REGIÃO-RO E AC – TÉCNICO JUDICIÁ-
13. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – TÉCNICO JUDICIÁRIO
RIO – FCC – 2016) O marechal organizou o acervo... – FCC – 2016) Empregam-se todas as formas verbais de
A forma verbal está corretamente transposta para a voz acordo com a norma culta na seguinte frase:
passiva em:
a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento
a) estava organizando não poderia receber qualquer tipo de retificação.
b) tinha organizado b) Os documentos com assinatura digital disporam de al-
c) organizando-se goritmos de criptografia que os protegeram.
d) foi organizado c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam
e) está organizado contar com a proteção de uma assinatura digital.
d) Quem se propor a alterar um documento criptografado
Resposta: Letra D. deve saber que comprometerá sua integridade.
Temos: sujeito (o marechal), verbo na ativa (organizou) e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem
e objeto (o acervo). Como há um verbo na ativa, ao comprometer a integridade dos documentos.
passarmos para a passiva teremos dois (o auxiliar no
mesmo tempo que o verbo da ativa + o particípio do Resposta: Letra E.
verbo da voz ativa = organizado). O objeto exercerá Em “a”: Para que se mantesse (mantivesse) sua autenti-
a função de sujeito paciente, e o sujeito da ativa será cidade, o documento não poderia receber qualquer tipo
o agente da passiva (ufa!). A frase ficará: O acervo foi de retificação.
organizado pelo marechal. Em “b”: Os documentos com assinatura digital dispo-
ram (dispuseram) de algoritmos de criptografia que os
protegeram.
11. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – Em “c”: Arquivados eletronicamente, os documentos
LÍNGUA PORTUGUESA

FCC – 2016) Precisamos de um treinador que nos ajude poderam (puderam) contar com a proteção de uma as-
a comer... sinatura digital.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o Em “d”: Quem se propor (propuser) a alterar um docu-
sublinhado acima está também sublinhado em: mento criptografado deve saber que comprometerá sua
integridade.
a) [...] assim que conseguissem se virar sem as mães ou Em “e”: Não é possível fazer as alterações que convie-
as amas... rem sem comprometer a integridade dos documentos
b) Não é por acaso que proliferaram os coaches. = correta

55
14. (TRT 21.ª REGIÃO-RN – TÉCNICO JUDICIÁRIO – c) prolonga o processo de morrer procurando distanciar
FCC – 2017) Sessenta anos de história marcam, assim, a a morte.
trajetória da utopia no país. d) Ela é proibida por lei no Brasil,...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma e) E como seria a verdadeira boa morte?
verbal resultante será:
Resposta: Letra E.
a) foram marcados. Em “a”: Existe grande confusão = substantivo
b) foi marcado. Em “b”: o médico ou alguém causa ativamente a mor-
c) são marcados. te = pronome
d) foi marcada. Em “c”: prolonga o processo de morrer procurando
e) é marcada. distanciar a morte = substantivo
Em “d”: Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo
Resposta: Letra E. Em “e”: E como seria a verdadeira boa morte? = ad-
Temos um verbo (no tempo presente) na ativa, então jetivo
teremos dois na passiva (auxiliar [no tempo presente]
+ particípio de “marcam”) = Assim, a trajetória da uto- 17. (PC-SP – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP –
pia do país é marcada pelos sessenta anos de história. 2014) As formas verbais conjugadas no modo impera-
tivo, expressando ordem, instrução ou comando, estão
15. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO destacadas em
– SOLDADO PM 2.ª CLASSE – VUNESP – 2017) Consi-
dere as seguintes frases: a) Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem ní-
Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. tidas na memória: são aqueles donos de qualidades
Segundo, não memorize apenas por repetição. incomuns.
Terceiro, rabisque! b) Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e
Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos quase não acreditei no que ouvi.
empregados nessas frases está em destaque em: c) – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá
pro estúdio e ponha a rádio no ar.
a) [...] o acesso rápido e a quantidade de textos fazem d) Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário,
com que o cérebro humano não considere útil gravar precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e
esses dados [...] o locutor não chegava para os textos de abertura, pu-
b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem- blicidade, chamadas.
-número de informações. e) ... estremecíamos quando ele nos chamava para qual-
c) [...] após discar e fazer a ligação, não precisamos mais quer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já
dele... suando frio e atentos às suas finas e cortantes pala-
d) Pense rápido: qual o número de telefone da casa em vras.
que morou quando era criança?
e) É o que mostra também uma pesquisa recente condu- Resposta: Letra C.
zida pela empresa de segurança digital Kaspersky [...] Aos itens:
Em “a”: há = presente / acabam = presente / são =
Resposta: Letra D. presente
Os verbos das frases citadas estão no Modo Imperati- Em “b”: Voltei = pretérito perfeito / acreditei = preté-
vo (expressam ordem). Vamos aos itens: rito perfeito
Em “a”: ... o acesso rápido e a quantidade de textos Em “c”: deixe / largue / vá / ponha = verbos no modo
fazem = presente do Indicativo imperativo afirmativo (ordens)
Em “b”: Na internet, basta um clique = presente do Em “d”: era = pretérito imperfeito / precisava = preté-
Indicativo rito imperfeito / chegava = pretérito imperfeito
Em “c”: ... após discar e fazer a ligação, não precisamos Em “e”: fazendo-nos = gerúndio / suando = gerúndio
= presente do Indicativo
Em “d”: Pense rápido: = Imperativo 18. (PC-SP – AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP – 2013)
Em “e”: É o que mostra também uma pesquisa = pre- Em – O destino me prestava esse pequeno favor: com-
sente do Indicativo pletava minha identificação com o resto da humanida-
de, que tem sempre para contar uma história de objeto
achado; – o pronome em destaque retoma a seguinte
LÍNGUA PORTUGUESA

16. (PC-SP – ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLI-


CIAL – VUNESP – 2014) Assinale a alternativa em que a palavra/expressão:
palavra em destaque na frase pertence à classe dos adje-
tivos (palavra que qualifica um substantivo). a) o resto da humanidade.
b) esse pequeno favor.
a) Existe grande confusão entre os diversos tipos de eu- c) minha identificação.
tanásia... d) O destino.
b)... o médico ou alguém causa ativamente a morte... e) completava.

56
Resposta: Letra A. Resposta: Letra E.
Completava minha identificação com o resto da huma- Há quem acredite que alcançará o sucesso profissio-
nidade, que (a qual) tem sempre para contar uma his- nal quando obtiver um diploma de mestrado, mas há
tória de objeto achado = pronome relativo que retoma aqueles que divergem de opinião e procuram investir
o resto da humanidade. em cursos profissionalizantes.

19. (PC-SP – AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP – 2013) 22. (PC-SP – AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP –
Considere o trecho a seguir. 2014) Considerando que o adjetivo é uma palavra que
É comum que objetos ____________ esquecidos em locais modifica o substantivo, com ele concordando em gênero
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados e número, assinale a alternativa em que a palavra desta-
se as pessoas __________ a atenção voltada para seus per- cada é um adjetivo.
tences, conservando-os junto ao corpo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva- a) ... um câncer de boca horroroso, ...
mente, as lacunas do texto. b) Ele tem dezesseis anos...
c) Eu queria que ele morresse logo, ...
a) sejam ... mantesse d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa-
b) sejam ... mantém mílias.
c) sejam ... mantivessem e) E o inferno não atinge só os terminais.
d) seja ... mantivessem
e) seja ... mantêm Resposta: Letra A.
Em “a”: um câncer de boca horroroso = adjetivo
Resposta: Letra C. Em “b”: Ele tem dezesseis anos = numeral
Completemos as lacunas e depois busquemos o item Em “c”: Eu queria que ele morresse logo = advérbio
correspondente. A pegadinha aqui é a conjugação do Em “d”: com a crueldade adicional de dar esperança
verbo “manter”, no presente do Subjuntivo (mantiver): às famílias = substantivo
É comum que objetos sejam esquecidos em locais pú- Em “e”: E o inferno não atinge só os terminais = subs-
blicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados tantivo
se as pessoas mantivessem a atenção voltada para
seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.
20. (PC-SP – ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLI-
CIAL – VUNESP – 2013) Nas frases – Não vou mais à
escola!… – e – Hoje estão na moda os métodos audiovi- Os concurseiros estão apreensivos.
suais. – as palavras em destaque expressam, correta e Concurseiros apreensivos.
respectivamente, circunstâncias de
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na
a) dúvida e modo. terceira pessoa do plural, concordando com o seu su-
b) dúvida e tempo. jeito, os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo
c) modo e afirmação. “apreensivos” está concordando em gênero (masculino)
d) negação e lugar. e número (plural) com o substantivo a que se refere: con-
e) negação e tempo. curseiros. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa,
número e gênero se correspondem. A correspondência
Resposta: Letra E. de flexão entre dois termos é a concordância, que pode
“não” – advérbio de negação / “hoje” – advérbio de ser verbal ou nominal.
tempo. 1. Concordância Verbal

21. (PC-SP – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP – É a flexão que se faz para que o verbo concorde com
2013) Assinale a alternativa que completa respectiva- seu sujeito.
mente as lacunas, em conformidade com a norma-pa-
drão de conjugação verbal. 1.1. Sujeito Simples - Regra Geral
Há quem acredite que alcançará o sucesso profissional O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo
quando __________ um diploma de mestrado, mas há em número e pessoa. Veja os exemplos:
LÍNGUA PORTUGUESA

aqueles que _________ de opinião e procuram investir em


cursos profissionalizantes. A prova para ambos os cargos será aplicada às 13h.
3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
a) obtiver … divirgem
b) obter … divergem Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
c) obtesse … devirgem 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
d) obter … divirgem
e) obtiver … divergem

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1.1.1. Casos Particulares mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso
não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de
A) Quando o sujeito é formado por uma expressão tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia.
partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, Nos casos em que o interrogativo ou indefinido esti-
metade de, a maioria de, a maior parte de, grande ver no singular, o verbo ficará no singular.
parte de...) seguida de um substantivo ou pronome Qual de nós é capaz?
no plural, o verbo pode ficar no singular ou no Algum de vós fez isso.
plural.
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. E) Quando o sujeito é formado por uma expressão
Metade dos candidatos não apresentou / apresenta- que indica porcentagem seguida de substantivo, o
ram proposta. verbo deve concordar com o substantivo.
25% do orçamento do país será destinado à Educação.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos 85% dos entrevistados não aprovam a administração
dos coletivos, quando especificados: Um bando de vân- do prefeito.
dalos destruiu / destruíram o monumento. 1% do eleitorado aceita a mudança.
Observação: 1% dos alunos faltaram à prova.
Nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a  Quando a expressão que indica porcentagem não
unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque é seguida de substantivo, o verbo deve concordar
aos elementos que formam esse conjunto. com o número.
25% querem a mudança.
B) Quando o sujeito é formado por expressão que 1% conhece o assunto.
indica quantidade aproximada (cerca de, mais de,
menos de, perto de...) seguida de numeral e subs-  Se o número percentual estiver determinado por
tantivo, o verbo concorda com o substantivo. artigo ou pronome adjetivo, a concordância far-se-
-á com eles:
Cerca de mil pessoas participaram do concurso.
Os 30% da produção de soja serão exportados.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenida-
Esses 2% da prova serão questionados.
de.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últi-
F) O pronome “que” não interfere na concordância;
mas Olimpíadas.
já o “quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa
do singular.
Observação: Fui eu que paguei a conta.
Quando a expressão “mais de um” se associar a ver- Fomos nós que pintamos o muro.
bos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Mais de um colega se ofenderam na discussão. (ofende- Sou eu quem faz a prova.
ram um ao outro) Não serão eles quem será aprovado.
C) Quando se trata de nomes que só existem no G) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve as-
plural, a concordância deve ser feita levando-se sumir a forma plural.
em conta a ausência ou presença de artigo. Sem Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan-
artigo, o verbo deve ficar no singular; com artigo taram os poetas.
no plural, o verbo deve ficar o plural. Este candidato é um dos que mais estudaram!
Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
Estados Unidos possui grandes universidades.  Se a expressão for de sentido contrário – nenhum
Alagoas impressiona pela beleza das praias. dos que, nem um dos que -, não aceita o verbo no
As Minas Gerais são inesquecíveis. singular:
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
Nem uma das que me escreveram mora aqui.
D) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos,  Quando “um dos que” vem entremeada de subs-
muitos, quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou tantivo, o verbo pode:
“de vós”, o verbo pode concordar com o primeiro
pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o 1. ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atraves-
pronome pessoal. sa o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio
Quais de nós são / somos capazes? que faça o mesmo).
LÍNGUA PORTUGUESA

Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? 2. ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão po-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- luídos (noção de que existem outros rios na mesma
vadoras. condição).

Observação: H) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o


Veja que a opção por uma ou outra forma indica a verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz Vossa Excelência está cansado?
ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?

58
I) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se D) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concor-
de acordo com o numeral. dância é feita no plural. Observe:
Deu uma hora no relógio da sala. Abraçaram-se vencedor e vencido.
Deram cinco horas no relógio da sala. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
Soam dezenove horas no relógio da praça.
Baterão doze horas daqui a pouco. 1.2.1. Casos Particulares

Observação:  Quando o sujeito composto é formado por núcleos


Caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito. Descaso e desprezo marca seu comportamento.
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. A coragem e o destemor fez dele um herói.
Soa quinze horas o relógio da matriz.
 Quando o sujeito composto é formado por nú-
cleos dispostos em gradação, verbo no singular:
J) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um se-
sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do sin-
gundo me satisfaz.
gular. São verbos impessoais: Haver no sentido de
 Quando os núcleos do sujeito composto são
existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que indi-
unidos por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural,
cam fenômenos da natureza. Exemplos: de acordo com o valor semântico das conjunções:
Havia muitas garotas na festa. Drummond ou Bandeira representam a essência da
Faz dois meses que não vejo meu pai. poesia brasileira.
Chovia ontem à tarde. Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de
1.2. Sujeito Composto “adição”. Já em:
Juca ou Pedro será contratado.
A) Quando o sujeito é composto e anteposto ao ver- Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada.
bo, a concordância se faz no plural:
Pai e filho conversavam longamente. Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam
Sujeito no singular.

Pais e filhos devem conversar com frequência.  Com as expressões “um ou outro” e “nem um
Sujeito nem outro”, a concordância costuma ser feita no singular.
Um ou outro compareceu à festa.
B) Nos sujeitos compostos formados por pessoas Nem um nem outro saiu do colégio.
gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguin-
te maneira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece  Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural
sobre a segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece ou no singular: Um e outro farão/fará a prova.
sobre a terceira (eles). Veja:
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.  Quando os núcleos do sujeito são unidos por
Primeira Pessoa do Plural (Nós) “com”, o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos re-
cebem um mesmo grau de importância e a palavra “com”
Tu e teus irmãos tomareis a decisão. tem sentido muito próximo ao de “e”.
O pai com o filho montaram o brinquedo.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
O governador com o secretariado traçaram os planos
para o próximo semestre.
Pais e filhos precisam respeitar-se.
O professor com o aluno questionaram as regras.
Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se
Observação: a ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Quando o sujeito é composto, formado por um ele- O pai com o filho montou o brinquedo.
mento da segunda pessoa (tu) e um da terceira (ele), é O governador com o secretariado traçou os planos
possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural para o próximo semestre.
(eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no lugar O professor com o aluno questionou as regras.
de “tomaríeis”.
C) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, Com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito
LÍNGUA PORTUGUESA

passa a existir uma nova possibilidade de concordância: composto. O sujeito é simples, uma vez que as expres-
em vez de concordar no plural com a totalidade do sujei- sões “com o filho” e “com o secretariado” são adjuntos
to, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo adverbiais de companhia. Na verdade, é como se hou-
do sujeito mais próximo. vesse uma inversão da ordem. Veja:
Faltaram coragem e competência. “O pai montou o brinquedo com o filho.”
Faltou coragem e competência. “O governador traçou os planos para o próximo semestre
Compareceram todos os candidatos e o banca. com o secretariado.”
Compareceu o banca e todos os candidatos. “O professor questionou as regras com o aluno.”

59
Casos em que se usa o verbo no singular: O Verbo “Ser”
Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó. A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân-
Quando os núcleos do sujeito são unidos por expres- cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo
sões correlativas como: “não só... mas ainda”, “não somen- do sujeito.
te”..., “não apenas... mas também”, “tanto...quanto”, o verbo
ficará no plural. Quando o sujeito ou o predicativo for:
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
Nordeste. A) Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia. SER concorda com a pessoa gramatical:
Quando os elementos de um sujeito composto são re- Ele é forte, mas não é dois.
sumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é Fernando Pessoa era vários poetas.
feita com esse termo resumidor. A esperança dos pais são eles, os filhos.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante B) nome de coisa e um estiver no singular e o outro
na vida das pessoas. no plural, o verbo SER concordará, preferencial-
mente, com o que estiver no plural:
1.2.2 Outros Casos Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros!
O Verbo e a Palavra “SE”
Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas Quando o verbo SER indicar
de particular interesse para a concordância verbal:
A) quando é índice de indeterminação do sujeito;  horas e distâncias, concordará com a expressão
B) quando é partícula apassivadora.
numérica:
É uma hora.
Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
São quatro horas.
acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilô-
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na tercei-
metros.
ra pessoa do singular:
Precisa-se de funcionários.
 datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
Confia-se em teses absurdas.
estar expressa ou subentendida:
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver-
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos Hoje é dia 26 de agosto.
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o Hoje são 26 de agosto.
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos:
Construiu-se um posto de saúde.  Quando o sujeito indicar peso, medida, quantida-
Construíram-se novos postos de saúde. de e for seguido de palavras ou expressões como
Aqui não se cometem equívocos pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo SER
Alugam-se casas. fica no singular:
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
#FicaDica Duas semanas de férias é muito para mim.
Para saber se o “se” é partícula apassivadora
ou índice de indeterminação do sujeito, tente  Quando um dos elementos (sujeito ou predica-
transformar a frase para a voz passiva. Se a fra- tivo) for pronome pessoal do caso reto, com este
se construída for “compreensível”, estaremos concordará o verbo.
diante de uma partícula apassivadora; se não, o No meu setor, eu sou a única mulher.
“se” será índice de indeterminação. Veja: Aqui os adultos somos nós.
Precisa-se de funcionários qualificados.
Tentemos a voz passiva: Observação:
Funcionários qualificados são precisados (ou Sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) repre-
precisos)? Não há lógica. Portanto, o “se” des- sentados por pronomes pessoais, o verbo concorda com
tacado é índice de indeterminação do sujeito. o pronome sujeito.
LÍNGUA PORTUGUESA

Agora: Eu não sou ela.


Vendem-se casas. Ela não é eu.
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção
correta! Então, aqui, o “se” é partícula apassi-  Quando o sujeito for uma expressão de sentido
vadora. (Dá para eu passar para a voz passiva. partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plu-
Repare em meu destaque. Percebeu semelhan- ral, o verbo SER concordará com o predicativo.
ça? Agora é só memorizar!) A grande maioria no protesto eram jovens.
O resto foram atitudes imaturas.

60
O Verbo “Parecer” Observação:
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução Os dois últimos exemplos apresentam maior clareza,
verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordân- pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos
cias: dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado
 Ocorre variação do verbo PARECER e não se fle- no plural masculino, que é o gênero predominante quan-
xiona o infinitivo: As crianças parecem gostar do do há substantivos de gêneros diferentes.
desenho. Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
 A variação do verbo parecer não ocorre e o infini- jetivo fica no singular ou plural.
tivo sofre flexão: A beleza e a inteligência feminina(s).
As crianças parece gostarem do desenho. O carro e o iate novo(s).
(essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho
aas crianças) C) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
O adjetivo fica no masculino singular, se o substanti-
vo não for acompanhado de nenhum modificador:
FIQUE ATENTO! Água é bom para saúde.
Com orações desenvolvidas, o verbo PARE- O adjetivo concorda com o substantivo, se este for
CER fica no singular. Por exemplo: As pare- modificado por um artigo ou qualquer outro determinati-
des parece que têm ouvidos. (Parece que as vo: Esta água é boa para saúde.
paredes têm ouvidos = oração subordinada
substantiva subjetiva). D) O adjetivo concorda em gênero e número com os
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encon-
trou-as muito felizes.
Concordância Nominal E) Nas expressões formadas por pronome indefinido
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE
A concordância nominal se baseia na relação entre no- + adjetivo, este último geralmente é usado no mas-
mes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se culino singular: Os jovens tinham algo de misterioso.
ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes F) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se: função adjetiva e concorda normalmente com o
nome a que se refere:
normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
Cristina saiu só.
termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
Cristina e Débora saíram sós.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
seguintes regras gerais:
Observação:
Quando a palavra “só” equivale a “somente” ou “ape-
A) O adjetivo concorda em gênero e número quando
nas”, tem função adverbial, ficando, portanto, invariável:
se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas
Eles só desejam ganhar presentes.
denunciavam o que sentia.

B) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, #FicaDica


a concordância pode variar. Podemos sistematizar
essa flexão nos seguintes casos: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”.
Se a frase ficar coerente com o primeiro,
 Adjetivo anteposto aos substantivos: trata-se de advérbio, portanto, invariável; se
O adjetivo concorda em gênero e número com o houver coerência com o segundo, função de
substantivo mais próximo. adjetivo, então varia:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ele está só descansando. (apenas descansan-
Encontramos caído o prendedor e a roupa. do) - advérbio
Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula
Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de depois de “só”, haverá, novamente, um ad-
parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. jetivo:
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. descansando)

 Adjetivo posposto aos substantivos: G) Quando um único substantivo é modificado por


LÍNGUA PORTUGUESA

O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usa-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina das as construções:
plural se houver substantivo feminino e masculi-  O substantivo permanece no singular e coloca-se
no). o artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. espanhola e a portuguesa.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita.  O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. portuguesa.

61
1. Casos Particulares Alerta - Menos

É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per- Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
mitido sempre invariáveis.
Os concurseiros estão sempre alerta.
 Estas expressões, formadas por um verbo mais um Não queira menos matéria!
adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se
referem possuir sentido genérico (não vier prece- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
dido de artigo). Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
É proibido entrada de crianças. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Em certos momentos, é necessário atenção. Paulo: Saraiva, 2010.
No verão, melancia é bom. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
É preciso cidadania. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Não é permitido saída pelas portas laterais. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
 Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto SITE
o verbo como o adjetivo concordam com ele. http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49.php
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima.
A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação. EXERCÍCIOS COMENTADOS

Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - 1. (POLÍCIA FEDERAL – ESCRIVÃO DE POLÍCIA FE-
Quite DERAL – CESPE – 2013) Formas de tratamento como
Vossa Excelência e Vossa Senhoria, ainda que sejam em-
Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú- pregadas sempre na segunda pessoa do plural e no femi-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem. nino, exigem flexão verbal de terceira pessoa; além disso,
Seguem anexas as documentações requeridas. o pronome possessivo que faz referência ao pronome
A menina agradeceu: - Muito obrigada. de tratamento também deve ser o de terceira pessoa, e
Muito obrigadas, disseram as senhoras. o adjetivo que remete ao pronome de tratamento deve
Seguem inclusos os papéis solicitados. concordar em gênero e número com a pessoa — e não
Estamos quites com nossos credores. com o pronome — a que se refere.

Bastante - Caro - Barato - Longe ( ) CERTO ( ) ERRADO

Estas palavras são invariáveis quando funcionam Resposta: Certo. Afirmações corretas. As concordân-
como advérbios. Concordam com o nome a que se refe- cias verbal e nominal ao se utilizar pronome de trata-
rem quando funcionam como adjetivos, pronomes adje- mento devem ser na terceira pessoa e concordar em
tivos, ou numerais. gênero (masculino ou feminino) com a pessoa a quem
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) se dirige: “Vossa Excelência está cansada(o)?” – con-
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. cordará com quem está se falando: uma mulher ou um
(pronome adjetivo) homem / “Vossa Santidade trouxe seus pertences?” /
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) “Vossas Senhorias gostariam de um café?”.
As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco. (advérbio) 2. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMEN-
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) TOS BÁSICOS CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL –
NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017)
Meio - Meia
Texto CB3A2BBB
A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo,
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos
meia porção de polentas. estão na base das Constituições democráticas modernas.
Quando empregada como advérbio permanece inva- A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o re-
LÍNGUA PORTUGUESA

riável: A candidata está meio nervosa. conhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos
em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo
#FicaDica tempo, o processo de democratização do sistema in-
ternacional, que é o caminho obrigatório para a busca
Dá para eu substituir por “um pouco”, assim do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma
saberei que se trata de um advérbio, não gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção
de adjetivo: “A candidata está um pouco dos direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos
nervosa”. humanos, democracia e paz são três elementos funda-

62
mentais do mesmo movimento histórico: sem direitos A forma verbal “surge” poderia, sem prejuízo gramati-
humanos reconhecidos e protegidos, não há democra- cal para o texto, ser flexionada no plural, para concordar
cia; sem democracia, não existem as condições mínimas com “velocidade, persistência, relevância, precisão e fle-
para a solução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, xibilidade”
a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se
tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns ( ) CERTO ( ) ERRADO
direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que
não tenha a guerra como alternativa, somente quando Resposta: Errado. O verbo está concordando com o
existirem cidadãos não mais apenas deste ou daquele termo “combinação”, por isso deve ficar no singular.
Estado, mas do mundo.
Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson 5. (TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL-
Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adapta- -DF – CONHECIMENTOS BÁSICOS – ANALISTA DE
ções). ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – ARQUIVOLOGIA –
CESPE – 2014 – ADAPTADA) (...) Há décadas, países
Preservando-se a correção gramatical do texto CB3A- como China e Índia têm enviado estudantes para países
2BBB, os termos “não há” e “não existem” poderiam ser centrais, com resultados muito positivos.(...)
substituídos, respectivamente, por A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída
por Fazem.
a) não existe e não têm.
b) não existe e inexiste. ( ) CERTO ( ) ERRADO
c) inexiste e não há.
d) inexiste e não acontece. Resposta: Errado. O verbo “fazer”, quando empre-
e) não tem e não têm. gado no sentido de tempo passado, não sofre flexão.
Portanto, sua forma correta seria: “faz décadas”
Resposta: Letra C.
Busquemos o contexto:
- sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.
há democracia = poderíamos substituir por “não exis-
te”, inexiste (verbo “haver” empregado com o sentido
de “existir”)
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
- sem democracia, não existem as condições mínimas
que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome
para a solução pacífica dos conflitos = sentido de “exis-
(regência nominal) e seus complementos.
tir”. Poderíamos substituir por inexiste, mas no plural, já
que devemos concordar com “as condições mínimas”.
1. Regência Verbal = Termo Regente: VERBO
A única “troca” adequada seria o verbo “haver” – que
pode ser utilizado com o sentido de “existir”. Teríamos:
sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, ine- A regência verbal estuda a relação que se estabele-
xiste democracia; sem democracia, não há as condições ce entre os verbos e os termos que os complementam
mínimas para a solução pacífica dos conflitos. (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (ad-
juntos adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma
3. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚS- regência, o que corresponde à diversidade de significa-
TRIA E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO dos que estes verbos podem adquirir dependendo do
ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) Em “Vossa Exce- contexto em que forem empregados.
lência deve estar satisfeita com os resultados das nego- A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar,
ciações”, o adjetivo estará corretamente empregado se contentar.
dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois o A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar
termo “satisfeita” deve concordar com a locução prono- agrado ou prazer”, satisfazer.
minal de tratamento “Vossa Excelência”. Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
“agradar a alguém”.
( ) CERTO ( ) ERRADO O conhecimento do uso adequado das preposições
é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência
Resposta: Errado. Se a pessoa, no caso o ministro, for verbal (e também nominal). As preposições são capazes
do sexo feminino (ministra), o adjetivo está correto; de modificar completamente o sentido daquilo que está
mas, se for do sexo masculino, o adjetivo sofrerá fle- sendo dito.
xão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento Cheguei ao metrô.
LÍNGUA PORTUGUESA

é apenas a maneira como tratar a autoridade, não re- Cheguei no metrô.


gendo as demais concordâncias. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no
segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado.
4. (ABIN – AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA –
CESPE – 2010 – ADAPTADA) (...) Da combinação entre A voluntária distribuía leite às crianças.
velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilida- A voluntária distribuía leite com as crianças.
de surge a noção contemporânea de agilidade, transfor- Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado
mada em principal característica de nosso tempo. como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (ob-

63
jeto indireto: às crianças); na segunda, como transitivo C) Verbos Transitivos Indiretos
direto (objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto Os verbos transitivos indiretos são complementados
adverbial). por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos uma preposição para o estabelecimento da relação de re-
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um gência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes pessoa que podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”,
formas em frases distintas. o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam os prono-
mes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos
A) Verbos Intransitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
Chegar, Ir Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo-
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver- sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para iguais para todos.
indicar destino ou direção são: a, para.
Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-
Fui ao teatro. mentos introduzidos pela preposição “a”:
Adjunto Adverbial de Lugar Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
Ricardo foi para a Espanha.
Adjunto Adverbial de Lugar Responder - Tem complemento introduzido pela pre-
posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
quem” ou “ao que” se responde.
Comparecer
Respondi ao meu patrão.
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por
Respondemos às perguntas.
em ou a.
Respondeu-lhe à altura.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
último jogo.
Observação:
O verbo responder, apesar de transitivo indireto quan-
B) Verbos Transitivos Diretos
do exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
Os verbos transitivos diretos são complementados por analítica:
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição O questionário foi respondido corretamente.
para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre- Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas ver- tos introduzidos pela preposição “com”.
bais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após Antipatizo com aquela apresentadora.
formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e Simpatizo com os que condenam os políticos que gover-
lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. nam para uma minoria privilegiada.
São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, D) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxi-
liar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, de- Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa-
fender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem des-
prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. taque, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São ver-
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente bos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e
como o verbo amar: objeto indireto relacionado a pessoas.
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Agradeço aos ouvintes a audiência.
Amo aquela moça. / Amo-a. Objeto Indireto Objeto Direto
Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Paguei o débito ao cobrador.
Objeto Direto Objeto Indireto
Observação:
LÍNGUA PORTUGUESA

Os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos com particular cuidado:
adnominais): Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car- Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
reira) Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu- Paguei minhas contas. / Paguei-as.
mor) Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.

64
Informar curso linguístico muito importante, pois além de permitir
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto a correta interpretação de passagens escritas, oferece
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre
Informe os novos preços aos clientes. os principais, estão:
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os no-
vos preços) Agradar
Na utilização de pronomes como complementos, veja Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
as construções: nhos, acariciar, fazer as vontades de.
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos pre- Sempre agrada o filho quando.
ços. Aquele comerciante agrada os clientes.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou
sobre eles) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
Observação: introduzido pela preposição “a”.
A mesma regência do verbo informar é usada para os O cantor não agradou aos presentes.
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. O cantor não lhes agradou.

Comparar O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indire-


Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite to: O cantor desagradou à plateia.
as preposições “a” ou “com” para introduzir o comple-
mento indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com Aspirar
o) de uma criança. Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, ins-
pirar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Pedir Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (As-
na forma de oração subordinada substantiva) e indireto pirávamos a ele)
de pessoa. Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes-
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”.
Pedi-lhe favores.
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
Objeto Indireto Objeto Direto
Aspiravam a ela)

Assistir
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
tar assistência a, auxiliar.
tantiva Objetiva Direta As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na lín- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
gua culta. No entanto, é considerada correta quando a ciar, estar presente, caber, pertencer.
palavra licença estiver subentendida. Assistimos ao documentário.
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini- No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
Preferir lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in- conturbada cidade.
direto introduzido pela preposição “a”:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. Chamar
Prefiro trem a ônibus. Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, so-
licitar a atenção ou a presença de.
Observação: Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá chamá-la.
Na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
LÍNGUA PORTUGUESA

um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere pre-
existente no próprio verbo (pre). dicativo preposicionado ou não.
A torcida chamou o jogador mercenário.
Mudança de Transitividade - Mudança de Signifi- A torcida chamou ao jogador mercenário.
cado A torcida chamou o jogador de mercenário.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transiti- A torcida chamou ao jogador de mercenário.
vidade, apresentam mudança de significado. O conheci- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal:
mento das diferentes regências desses verbos é um re- Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.

65
Custar Querer
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adver- vontade de, cobiçar.
bial: Frutas e verduras não deveriam custar muito. Querem melhor atendimento.
Queremos um país melhor.
No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração re- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
duzida de infinitivo. estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.

Muito custa viver tão longe da família. Visar


Verbo Intransitivo Oração Subordinada Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo.
Custou-me (a mim) crer nisso. O gerente não quis visar o cheque.
Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
A Gramática Normativa condena as construções que O ensino deve sempre visar ao progresso social.
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-
pessoa: Custei para entender o problema. -estar público.
= Forma correta: Custou-me entender o problema.
Esquecer – Lembrar
Implicar Lembrar algo – esquecer algo
Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (prono-
A) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
minal)
implicavam um firme propósito.
B) ter como consequência, trazer como consequência,
No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
seja, exigem complemento sem preposição: Ele esque-
ceu o livro.
Como transitivo direto e indireto, significa compro-
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me,
meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São,
econômicas.
No sentido de antipatizar, ter implicância, é transiti- portanto, transitivos indiretos:
vo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com Ele se esqueceu do caderno.
quem não trabalhasse arduamente. Eu me esqueci da chave.
Eles se esqueceram da prova.
Namorar Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Sempre tansitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
anos. Há uma construção em que a coisa esquecida ou
lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre
Obedecer - Desobedecer leve alteração de sentido. É uma construção muito rara
Sempre transitivo indireto: na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la
Todos obedeceram às regras. em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses.
Ninguém desobedece às leis. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa constru-
ção várias vezes.
Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
“lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas. Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=
Proceder momentos é sujeito)
Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa Simpatizar - Antipatizar
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto São transitivos indiretos e exigem a preposição
adverbial de modo. “com”:
As afirmações da testemunha procediam, não havia Não simpatizei com os jurados.
como refutá-las. Simpatizei com os alunos.
LÍNGUA PORTUGUESA

Você procede muito mal.


A norma culta exige que os verbos e expressões que
Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo- dão ideia de movimento sejam usados com a preposi-
sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introdu- ção “a”:
zido pela preposição “a”) é transitivo indireto. Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
O avião procede de Maceió. Cláudia desceu ao segundo andar.
Procedeu-se aos exames. Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
O delegado procederá ao inquérito.

66
2 Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
completiva nominal (subordinada substantiva).

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação:
Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- COLOCAÇÃO PRONOMINAL.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa “Prezado Candidato, o tópico acima foi abordado em:
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pro-
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- nome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. e sentido que imprimem às relações que estabelecem”

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61. CRASE.
php

A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais


idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a”
EXERCÍCIO COMENTADO com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos
pronomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e
1. (POLÍCIA FEDERAL – AGENTE DE POLÍCIA FEDE- com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as
RAL – CESPE – 2014 – ADAPTADA) quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se demar-
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, sé- cada pelo acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo,
ria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade à qual, às quais.
das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e O uso do acento indicativo de crase está condiciona-
culturais de todos os Estados e sociedades. Suas con- do aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal
sequências infligem considerável prejuízo às nações do e nominal, mais precisamente ao termo regente e termo
mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam regido. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome -
por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços que exige complemento regido pela preposição “a”, e o
geográficos, afetando homens e mulheres de diferen- termo regido é aquele que completa o sentido do termo
tes grupos étnicos, independentemente de classe social regente, admitindo a anteposição do artigo a(s).
e econômica ou mesmo de idade. Questão de relevân- Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela
cia na discussão dos efeitos adversos do uso indevido
contratada recentemente.
de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e
Após a junção da preposição com o artigo (destaca-
dos crimes conexos — geralmente de caráter transna-
dos entre parênteses), temos:
cional — com a criminalidade e a violência. Esses fato-
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contrata-
res ameaçam a soberania nacional e afetam a estrutura
da recentemente.
social e econômica interna, devendo o governo adotar
uma postura firme de combate ao tráfico de drogas, ar-
O verbo referir, de acordo com sua transitividade,
ticulando-se internamente e com a sociedade, de forma
classifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos re-
a aperfeiçoar e otimizar seus mecanismos de prevenção
e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos ferimos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição
cidadãos. a + o artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>. pronome demonstrativo aquela (àquela).

Observações importantes:
Nas linhas 12 e 13, o emprego da preposição “com”, em Alguns recursos servem de ajuda para que possamos
“com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns:
do vocábulo “conexos”.  Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a
( ) CERTO ( ) ERRADO crase está confirmada.
Os dados foram solicitados à diretora.
Resposta: Errado. Ao texto: (...) Questão de relevância Os dados foram solicitados ao diretor.
na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de
drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos  No caso de nomes próprios geográficos, substi-
crimes conexos — geralmente de caráter transnacional tui-se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso re-
— com a criminalidade e a violência. sulte na expressão “voltar da”, há a confirmação da
crase.
LÍNGUA PORTUGUESA

O termo está se referindo à associação – associação do Faremos uma visita à Bahia.


tráfico de drogas e crimes conexos (1) com a criminalidade Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada)
(2) (associação daquilo [1] com isso [2])
Não me esqueço da viagem a Roma.
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
mais vividos.

68
Nas situações em que o nome geográfico se apresen-  Constata-se o uso da crase se as locuções prepo-
tar modificado por um adjunto adnominal, a crase está sitivas à moda de, à maneira de apresentarem-se
confirmada. implícitas, mesmo diante de nomes masculinos:
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas Tenho compulsão por comprar sapatos à Luis XV. (à
praias. moda de Luís XV)
 Não se efetiva o uso da crase diante da locução
adverbial “a distância”: Na praia de Copacabana,
#FicaDica observamos a queima de fogos a distância.
Entretanto, se o termo vier determinado, teremos
Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedes-
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a tre foi arremessado à distância de cem metros.
Campinas. = Volto de Campinas. (crase pra  De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade
quê?) -, faz-se necessário o emprego da crase.
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) Ensino à distância.
Ensino a distância.
 Em locuções adverbiais formadas por palavras re-
Quando o nome de lugar estiver especificado, ocor- petidas, não há ocorrência da crase.
rerá crase. Veja: Ela ficou frente a frente com o agressor.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo Eu o seguirei passo a passo.
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Irei à Salvador de Jorge Amado. Casos em que não se admite o emprego da crase:

A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Antes de vocábulos masculinos.


aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
regente exigir complemento regido da preposição “a”. Esta caneta pertence a Pedro.
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) Antes de verbos no infinitivo.
Ele estava a cantar.
Iremos àquela reunião. Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)
Antes de numeral.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando O número de aprovados chegou a cem.
criança. (àquelas que eu ouvia quando criança) Faremos uma visita a dez países.
(preposição + pronome demonstrativo)
Observações:
A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-  Nos casos em que o numeral indicar horas – fun-
verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebem o acento cionando como uma locução adverbial feminina –
grave: ocorrerá crase: Os passageiros partirão às dezenove
 locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às horas.
pressas, à vontade...  Diante de numerais ordinais femininos a crase está
 locuções prepositivas: à frente, à espera de, à pro- confirmada, visto que estes não podem ser empre-
cura de... gados sem o artigo: As saudações foram direciona-
 locuções conjuntivas: à proporção que, à medida das à primeira aluna da classe.
que.  Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quando
essa não se apresentar determinada: Chegamos to-
Cuidado: quando as expressões acima não exercerem dos exaustos a casa.
a função de locuções não ocorrerá crase. Repare: Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto
Eu adoro a noite! adnominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos
exaustos à casa de Marcela.
Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer  Não há crase antes da palavra “terra”, quando essa
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não indicar chão firme: Quando os navegantes regressa-
preposição. ram a terra, já era noite.
Contudo, se o termo estiver precedido por um de-
Casos passíveis de nota: terminante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase.
LÍNGUA PORTUGUESA

Paulo viajou rumo à sua terra natal.


 A crase é facultativa diante de nomes próprios fe- O astronauta voltou à Terra.
mininos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
 Também é facultativa diante de pronomes posses-  Não ocorre crase antes de pronomes que reque-
sivos femininos: O diretor fez referência a (à) sua rem o uso do artigo.
empresa. Os livros foram entregues a mim.
 Facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja Dei a ela a merecida recompensa.
ficará aberta até as (às) dezoito horas.

69
 Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos quando entrou em vigor a LRF, esses estados, como os
à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, o demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do
uso da crase está confirmado no “a” que os antece- dinheiro público, para a criação de despesas e, em par-
de, no caso de o termo regente exigir a preposição. ticular, para os gastos com pessoal. Por que, tendo des-
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia. cumprido algumas dessas regras, estariam interessados
 Não ocorre crase antes de nome feminino utiliza- em torná-las ainda mais rigorosas?
do em sentido genérico ou indeterminado: Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis
Estamos sujeitos a críticas. pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a cum-
Refiro-me a conversas paralelas. priram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigoro-
sa, se nem nas condições atuais esses responsáveis estão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São setor público de adaptar suas despesas às receitas em
Paulo: Saraiva, 2010. queda por causa da crise.

SITE Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adapta-


http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-cra- ções).
se-.html
O emprego do acento grave em “às receitas” decorre da
regência do verbo “adaptar” e da presença do artigo de-
finido feminino determinando o substantivo “receitas”.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
( ) CERTO ( ) ERRADO
1. (POLÍCIA FEDERAL – AGENTE DE POLÍCIA FEDE-
Resposta: Certo. Texto: O verdadeiro problema é a di-
RAL – CESPE – 2014 – ADAPTADA) O acento indicativo
ficuldade do setor público de adaptar suas despesas às
de crase em “à humanidade e à estabilidade” é de uso
receitas em queda por causa da crise = quem adapta,
facultativo, razão por que sua supressão não prejudicaria
adapta algo/alguém A algo/alguém.
a correção gramatical do texto.
3. (FNDE – TÉCNICO EM FINANCIAMENTO E EXE-
( ) CERTO ( ) ERRADO
CUÇÃO DE PROGRAMAS E PROJETOS EDUCACIO-
NAIS – CESPE – 2012) O emprego do sinal indicativo de
RESPOSTA: Errado. Retomemos o contexto: (...) O
crase em “adequando os objetivos às necessidades” justi-
uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e fica-se pela regência do verbo adequar, que exige com-
persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das plemento regido pela preposição “a”, e pela presença de
estruturas e valores políticos (...). artigo definido feminino antes de “necessidades”.
O uso do acento indicativo de crase é obrigatório, já
que os termos “humanidade” e “estabilidade” comple- ( ) CERTO ( ) ERRADO
mentam o nome “ameaça” – “ameaça a quê? a quem?”
= a regência nominal pede preposição. RESPOSTA: Certo. Adequar o quê? – os objetivos
(objeto direto) – adequar o quê a quê? – a + as (=às)
2. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDI- necessidades – objeto indireto. A explicação do enun-
TOR DE CONTROLE EXTERNO – EDUCACIONAL – ciado está correta.
CESPE – 2016)
4. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA-SE – TÉCNICO JUDICIÁ-
Texto CB1A1BBB RIO – CESPE – 2014 – ADAPTADA) No trecho “deu
início à sua caminhada cósmica”, o emprego do acento
Estranhamente, governos estaduais cujas despesas com grave indicativo de crase é obrigatório.
o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou que
estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela ( ) CERTO ( ) ERRADO
Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando sua própria RESPOSTA: Errado. “deu início à sua caminhada cós-
LÍNGUA PORTUGUESA

legislação destinada a assegurar, como alegam, maior ri- mica” – o uso do acento indicativo de crase, neste
gor na gestão de suas finanças. Querem uma nova lei de caso, é facultativo (antes de pronome possessivo).
responsabilidade fiscal para, segundo argumentam, for-
talecer a estrutura legal que protege o dinheiro público
do mau uso por gestores irresponsáveis.
Examinando-se a situação financeira dos estados que
preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal,
fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000,

70
c) a dispersão e a menor capacidade de conservar con-
teúdos.
HORA DE PRATICAR! d) a distração e a possibilidade de haver colaboração de
colegas e chefes.
(TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO
e) o isolamento na realização das tarefas e a vigilância
- VUNESP – 2017 - ADAPTADA) Leia o texto, para res-
constante dos chefes.
ponder às questões de 1 a 7.
2. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos
no setor de tecnologia já tinham feito – ele transferiu sua DIO - VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que a
equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes nova redação dada ao seguinte trecho do primeiro pará-
e divisórias. grafo apresenta concordância de acordo com a norma-
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele -padrão: Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos
queria que todos estivessem juntos, para se conectarem executivos no setor de tecnologia já tinham feito.
e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo fi-
cou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. a) Muitos executivos já havia transferido suas equipes
Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove para o chamado escritório aberto, como feito por Ch-
empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio ris Nagele.
chefe. b) Mais de um executivo já tinham transferido suas equi-
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para pes para escritórios abertos, o que só aconteceu com
o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa para um Chris Nagele fazem mais de quatro anos.
espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio es- c) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas
paço, com portas e tudo. equipes para escritórios abertos, também foi feito por
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.
aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados Uni- d) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele trans-
dos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram feriu sua equipe para escritórios abertos, tais como foi
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas. transferido por muitos executivos.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até e) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o
15% da produtividade, desenvolver problemas graves que já tinham sido feitos por outros executivos do se-
de concentração e até ter o dobro de chances de ficar tor.
doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que
estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de 3. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
organização. DIO - VUNESP – 2017) É correto afirmar que a expressão
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele – até então –, em destaque no início do segundo pará-
já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem sentir grafo, expressa um limite, com referência
falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escri- a) temporal ao momento em que se deu a transferência
tório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e é da equipe de Nagele para o escritório aberto.
preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. b) espacial aos escritórios fechados onde trabalhava a
É improvável que o conceito de escritório aberto caia em equipe de Nagele antes da mudança para locais aber-
desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo tos.
de Nagele e voltando aos espaços privados. c) temporal ao dia em que Nagele decidiu seguir o exem-
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um plo de outros executivos, e espacial ao tipo de escritó-
espaço com quatro paredes e uma porta: foco. A verdade rio que adotou.
é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo d) espacial ao caso de sucesso de outros executivos do
tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco setor de tecnologia que aboliram paredes e divisórias.
por até 20 minutos. e) espacial ao novo tipo de ambiente de trabalho, e tem-
Retemos mais informações quando nos sentamos em um poral às mudanças favoráveis à integração.
local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga ambiental e
design de interiores. 4. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem ser ruins DIO - VUNESP – 2017) É correto afirmar que a expressão
para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Aces- – contudo –, destacada no quinto parágrafo, estabelece
so em: 04.04.2017. Adaptado) uma relação de sentido com o parágrafo
1. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- a) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das
DIO - VUNESP – 2017) Segundo o texto, são aspectos
LÍNGUA PORTUGUESA

empresas que adotaram o modelo de escritórios aber-


desfavoráveis ao trabalho em espaços abertos compar- tos.
tilhados
b) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção
do modelo de escritórios abertos.
a) a impossibilidade de cumprir várias tarefas e a restri-
c) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com
ção à criatividade.
base em resultados de pesquisas.
b) a dificuldade de propor soluções tecnológicas e a
d) anterior, introduzindo informações que se contrapõem
transferência de atividades para o lar.
à visão positiva acerca dos escritórios abertos.

71
e) posterior, contestando com dados estatísticos o for- patinadores, maracatus, big bands, corredores evangéli-
mato tradicional de escritório fechado. cos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos
de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja
5. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- artesanal.
DIO - VUNESP – 2017) Assinale a frase do texto em que Tenho estado atento às agruras e oportunidades da ci-
se identifica expressão do ponto de vista do próprio au- dade porque, depois de cinco anos vivendo na Granja
tor acerca do assunto de que trata. Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da
tarde, eu corria em volta de um lago, desviando de patos
a) “Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar e assustando jacus. Agora, aos domingos, corro pela Pau-
mais trabalho para casa”, diz ele. (6.º parágrafo). lista ou Minhocão e, durante a semana, venho testando
b) Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório diferentes percursos.
aberto... (4.º parágrafo). Corri em volta do parque Buenos Aires e do cemitério
c) Retemos mais informações quando nos sentamos em da Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas
um local fixo, afirma Sally Augustin... (último parágra- encostas do Sumaré, até que, na última terça, sem que-
fo). rer, descobri um insuspeito parque noturno com bastan-
d) Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas te gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de
ele queria que todos estivessem juntos... (2.º parágra- atividades: o estacionamento do estádio do Pacaembu.
fo). (Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha. Prefere esten-
e) É improvável que o conceito de escritório aberto caia dê-la e deitar em cima.” Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.
em desuso... (7.º parágrafo). br/colunas>. Acesso em: 13.04.2017. Adaptado)

6. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- É correto afirmar que, do ponto de vista do autor, o pau-
DIO - VUNESP – 2017) Na frase – É improvável que o listano
conceito de escritório aberto caia em desuso... (7.º pará-
grafo) – a expressão em destaque tem o sentido de a) busca em Ipanema o contato com a natureza exube-
rante que não consegue achar em sua cidade.
a) sofra censura. b) sabe como vencer a rudeza da paisagem de São Paulo,
b) torne-se obsoleto. encontrando nesta espaços para o lazer.
c) mostre-se alterado. c) se vê impedido de realizar atividades esportivas, no
d) mereça sanção. mar de asfalto que é São Paulo.
e) seja substituído. d) tem feito críticas à cidade, porque ela não oferece ati-
vidades recreativas a seus habitantes.
7. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- e) toma Ipanema como um símbolo daquilo que se pode
DIO - VUNESP – 2017) O trecho destacado na passagem alcançar, apesar de muito andar e andar.
– Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove
empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio 9. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
chefe.– tem sentido de: DIO - VUNESP – 2015)

a) até mesmo o próprio chefe. Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insis-
b) apesar do próprio chefe. te, briga, luta para se manter gentil. O motorista quase
c) exceto o próprio chefe. te mata de susto buzinando e te xingando porque você
d) diante do próprio chefe. usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado
e) portanto o próprio chefe. para ele. Você posta um pensamento gentil nas redes so-
ciais apesar de ler dezenas de comentários xenofóbicos,
8. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos.
DIO - VUNESP – 2017) Inclusive você. Afinal, você é obviamente um idiota gentil.
O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, “é que você Há teorias evolucionistas que defendem que as socieda-
anda, anda, anda e nunca chega a Ipanema”. Se tomar- des com maior número de pessoas altruístas sobrevive-
mos “Ipanema” ao pé da letra, a frase é absurda e cômi- ram por mais tempo por serem mais capazes de manter
ca. Tomando “Ipanema” como um símbolo, no entanto, a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados
como um exemplo de alívio, promessa de alegria em em estudos, que gestos de gentileza liberam substâncias
meio à vida dura da cidade, a frase passa a ser de um tris- que proporcionam prazer e felicidade.
te realismo: o problema de São Paulo é que você anda, Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas
anda, anda e nunca chega a alívio algum. O Ibirapuera, o para ser gentil nos dias de hoje. Só consigo associar a
LÍNGUA PORTUGUESA

parque do Estado, o Jardim da Luz são uns raros respiros aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes bati- parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragili-
das e os Corcovados de concreto armado. dades seriam uma vergonha social. Um empecilho à car-
O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere reira, ao acúmulo de dinheiro.
estendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável
metros quadrados de chão. É o que vemos nas aveni- diante da eterna ambivalência humana: queremos ser
das abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta li- bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que
berarem um pedacinho do cinza e surgem revoadas de você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar

72
os que não concordam com suas ideias é coisa de gente a) Talvez ele seje um caso de sucesso empresarial.
forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um b) A paralização da equipe técnica demorou bastante.
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, nin- c) O funcionário reinvindicou suas horas extras.
guém vai reparar que no nosso modelo de felicidade tem d) Deve-se expor com clareza a pretenção salarial.
alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil abala e) O assessor de imprensa recebeu o jornalista.
sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou
sempre fora de moda. Querendo falar de gentileza, ima- 13. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
ginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí exibindo minhas I – CESGRANRIO-2018) O grupo em que todas as pala-
vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, vras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da
esperar alguma cumplicidade. Deve ser a idade. língua portuguesa é:
(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em:
<http://www.istoe.com.br>. Acesso em: 27 jan 2015. Adaptado) a) admissão, infração, renovação
b) diversão, excessão, sucessão
É correto inferir que, do ponto de vista da autora, a gen- c) extenção, eleição, informação
tileza d) introdução, repreção, intenção
e) transmissão, conceção, omissão
a) é prerrogativa dos que querem ter sua importância re-
conhecida socialmente. 14. (MPE-AL - TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO –
b) é uma via de mão dupla, por isso não deve ser pratica- FGV-2018) “A crise não trouxe apenas danos sociais e
da se não houver reciprocidade. econômicos”; se juntarmos os adjetivos sublinhados em
c) representa um hábito primitivo, que pouco afeta as re- um só vocábulo, a forma adequada será
lações interpessoais. a) sociais-econômicos.
d) restringe-se ao gênero masculino, pois este representa b) social-econômicos.
os mais fortes. c) sociais-econômico.
d) socioeconômicos.
e) é uma qualidade desvalorizada em nossa sociedade
e) socioseconômicos.
nos dias atuais.
15. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO – AGRONOMIA –
10. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
FGV-2017) “É preciso levar em conta questões econômi-
DIO - VUNESP – 2015) No final do último parágrafo, a
cas e sociais”; se juntássemos os adjetivos sublinhados
autora caracteriza a gentileza como “ato de pura desobe-
em forma de adjetivo composto, a forma correta, no con-
diência civil”; isso permite deduzir que
texto, seria:
a) assumir a prática da gentileza é rebelar-se contra có- a) econômicas-sociais;
digos de comportamento vigentes, mesmo que não b) econômico-social;
declarados. c) econômica-social;
b) é inviável, em qualquer época, opor-se às práticas e d) econômico-sociais;
aos protocolos sociais de relacionamento humano. e) econômicas-social.
c) é possível ao sujeito aderir às ideias dos mais fortes,
sem medo de ver atingida sua individualidade, no 6. (PC-RS – ESCRIVÃO E INSPETOR DE POLÍCIA – FUN-
contexto geral. DATEC-2018 - ADAPTADA) Sobre os vocábulos expan-
d) há, nas sociedades modernas, a constatação de que sível, fácil, considerável, artificial, multiplicável e acessível,
a vulnerabilidade de alguns está em ver a felicidade afirma-se que:
como ato de rebeldia.
e) obedecer às normas sociais gera prazer, ainda que isso I. Todos são flexionados da mesma forma quando no plu-
signifique seguir rituais de incivilidade e praticar a in- ral.
tolerância. II. Apenas um assume forma diferente dos demais quan-
do flexionado no plural.
11. (EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ESTA- III. Todos devem ser acentuados em sua forma plural.
TÍSTICA – AOCP-2015) Assinale a alternativa correta em Quais estão corretas?
relação à ortografia dos pares.
a) Apenas I.
a) Atenção – atenciozo. b) Apenas II.
b) Aprender – aprendizajem. c) Apenas III.
c) Simples – simplissidade. d) Apenas I e II.
LÍNGUA PORTUGUESA

d) Fúria – furiozo. e) Apenas II e III.


e) Sensação – sensacional.
17. (ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO BARRO
12. (BADESC – TÉCNICO DE FOMENTO A – FGV-2010) BRANCO-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO PO-
As palavras jeitinho, pesquisa e intrínseco apresentam LICIAL MILITAR – VUNESP-2010)
diferentes graus de dificuldade ortográfica e estão corre-
tamente grafadas. Assinale a alternativa em que a grafia __________ moro fora do Brasil. Sou baiana e, cada vez que
da palavra sublinhada está igualmente correta. volto a Salvador, fico chocada, constrangida e enojada

73
com essa prática _________ e, _________ não dizer, machista dos meus conterrâneos – não se veem mulheres fazendo
xixi na rua. Mas, antes de prender os___________, tente encontrar um banheiro público em Salvador. Se encontrar, tente
entrar – normalmente estão trancados –, e tente então não passar __________. Vamos copiar a Europa na proibição, mas
também na infraestrutura.
(Seção “Leitor”, Veja, 14.07.2010. Adaptado)

Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente, com:

a) A dez anos … sub-desenvolvida … por quê … cidadões … mau


b) Há dez anos … subdesenvolvida … por que … cidadãos … mal
c) Fazem dez anos que … subdesenvolvida … porque … cidadões … mau
d) São dez anos que … sub desenvolvida … porquê … cidadãos … mal
e) Faz dez anos que … sub-desenvolvida … porque … cidadães … mau
18. (PM-SP - TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP-2014) Leia a tira de Hagar, por Chris
Browne, e assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, em conformidade com as regras
de ortografia.

(Folha de S.Paulo, 08.02.2014, http://zip.net/bdmBgf)

a) porque ... por que ... porque ... atraz


b) por que ... por quê ... por que ... atraz
c) por que ... por que ... porque ... atráz
d) porque ... porquê ... por que ... atrás
e) por que ... por quê ... porque ... atrás

19. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018)

A frase do menino na charge – “naum eh verdade” – mostra uma característica da linguagem escrita de internautas que
é:
LÍNGUA PORTUGUESA

a) a sintetização exagerada;
b) o desrespeito total pela norma culta;
c) a criação de um vocabulário novo;
d) a tentativa de copiar a fala;
e) a grafia sem acentos ou sinais gráficos.

74
20. (TJ-SP – ADVOGADO - VUNESP/2013) a) artigo e pronome.
A Polícia Militar prendeu, nesta semana, um homem de b) artigo e preposição.
37 anos, acusado de ____________ de drogas e ____________ c) preposição e artigo.
à avó de 74 anos de idade. Ele foi preso em __________ d) pronome e artigo.
com uma pequena quantidade de drogas no bairro Ira- e) preposição e pronome.
puá II, em Floriano, após várias denúncias de vizinhos.
De acordo com o Comandante do 3.º BPM, o acusado 24. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO
era conhecido na região pela atuação no crime. – FGV-2017)
(www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em 23.06.2013. Adaptado)
Texto 1 - “A democracia reclama um jornalismo vigoroso
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, e independente. A agenda pública é determinada pela
as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectiva- imprensa tradicional. Não há um único assunto relevan-
te que não tenha nascido numa pauta do jornalismo de
mente, com:
qualidade. Alguns formadores de opinião utilizam as
redes sociais para reverberar, multiplicar e cumprem as-
a) tráfico … mal-tratos … flagrante
sim relevante papel mobilizador. Mas o pontapé inicial é
b) tráfego … maltratos … fragrante
sempre das empresas de conteúdo independentes”.
c) tráfego … maus-trato … flagrante (O Estado de São Paulo, 10/04/2017)
d) tráfico … maus-tratos … flagrante O texto 1, do Estado de São Paulo, mostra um conjunto
e) tráfico … mau-trato … fragrante de adjetivos sublinhados que poderiam ser substituídos
por locuções; a substituição abaixo que está adequada é:
21. (CAMAR - CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS
DA AERONÁUTICA PARA O ANO DE 2016) De acordo a) independente = com dependência;
com seu significado, o conjunto de características for- b) pública = de publicidade;
mais e sua posição estrutural no interior da oração, as c) relevante = de relevância;
palavras podem pertencer à mesma classe de palavras d) sociais = de associados;
ou não. Estabeleça a relação correta entre as colunas a e) mobilizador = de motivação.
seguir considerando tais aspectos (considere as palavras
em destaque). 25. (PC-SP - AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP-2014)
Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica
(1) advérbio o substantivo, com ele concordando em gênero e núme-
(2) pronome ro, assinale a alternativa em que a palavra destacada é
(3) conjunção um adjetivo.
(4) substantivo
a) ... um câncer de boca horroroso, ...
( ) “Não há prisão pior [...]” b) Ele tem dezesseis anos...
( ) “O lugar de estudo era isso.” c) Eu queria que ele morresse logo, ...
( ) “E o olho sem se mexer [...]” d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa-
( ) “Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, [...]” mílias.
( ) “Emília respondeu com uma pergunta que me espan- e) E o inferno não atinge só os terminais.
tou.”
26. (TRE-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMI-
A sequência está correta em NISTRATIVA – AOCP-2015) Assinale a alternativa cujo
“que” em destaque funciona como pronome relativo.
a) 1 – 4 – 2 – 3 – 2
b) 2 – 1 – 3 – 3 – 4 a) «É uma maneira de expressar a vontade que a gente
c) 3 – 4 – 1 – 3 – 2 tem. Acho que um voto pode fazer a diferença”.
d) 4 – 2 – 4 – 1 – 3 b) “Ele diz que vota desde os 18...”.
c) “Acho que um voto pode fazer a diferença”.
22. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015) d) “... e acreditam que um voto consciente agora pode
Assinale a alternativa em que o termo destacado é um influenciar futuramente na vida de seus filhos e netos”.
pronome indefinido. e) “O idoso afirma que sempre incentivou sua família a
votar”.
a) “Ele não exige fatos...”.
b) “Era um ídolo para mim.”. 27. (TRF-1.ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO – INFOR-
LÍNGUA PORTUGUESA

c) “Discordo dele.”. MÁTICA – FCC- 2014-ADAPTADA) No período O livro


d) “... espécie de carinho consigo mesmo.”. explica os espíritos chamados ‘xapiris’, que os ianomâmis
e) “O bom humor está disponível a todos...”. creem serem os únicos capazes de cuidar das pessoas e
das coisas, a palavra grifada tem a função de pronome
23. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015) relativo, retomando um termo anterior. Do mesmo modo
Em “Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos.”, como ocorre em:
os termos destacados são, respectivamente,

75
a) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos Um neurocientista de uma equipe que pesquisa esse as-
espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura. sunto afirma que se busca reforçar a ideia de que a me-
b) Eu queria escrever para os não indígenas não acharem mória não pode ser considerada um papel carbono, ou
que índio não sabe nada. seja, de que ela não reproduz fielmente um acontecimen-
c) O branco está preocupado que não chove mais em to. “Nossa esperança é que, ao propor uma explicação
alguns lugares. neural para o processo de geração das falsas memórias,
d) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria haja aplicações práticas nas cortes de justiça, por exem-
trajetória. plo”, diz o cientista. “Jurados e magistrados precisam de
e) Não sabia o que me atrapalhava o sono. evidências de que, por mais real que aparente ser, um
fato recordado por uma testemunha pode não ser verda-
28. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AM- deiro. A memória humana não é como uma memória de
BIENTE JÚNIOR – CESGRANRIO-2018) De acordo com computador, não está certa o tempo todo.”
as normas da linguagem padrão, a colocação pronominal O neurocientista relatou que quase três quartos dos pri-
está INCORRETA em: meiros 250 americanos que tiveram suas condenações
penais anuladas graças ao exame de DNA haviam sido
a) Virgínia encontrava-se acamada há semanas. vítimas de falso testemunho ocular. Um psicólogo entre-
b) A ferida não se curava com os remédios. vistado afirmou que, dependendo de como se conduz
c) A benzedeira usava uma peruca que não favorecia-a. uma acareação, ela pode confundir a pessoa interrogada.
d) Imediatamente lhe deram uma caneta-tinteiro verme- Correio Braziliense, 26/7/2013 (com adaptações).
lha.
e) Enquanto se rezavam Ave-Marias, a ferida era circun- O trecho “a memória não pode ser considerada um papel
dada. carbono” poderia ser corretamente reescrita da seguinte
forma: não pode-se considerá-la papel carbono.
29. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) A
frase em que se deveria usar a forma EU em lugar de ( ) CERTO ( ) ERRADO
MIM é:
32. (PC-MS – DELEGADO DE POLÍCIA – FAPEMS-2017)
a) Um desejo de minha avó fez de mim um artista; De acordo com os padrões da língua portuguesa, assina-
b) Há muitas diferenças entre mim e a minha futura mu- le a alternativa correta.
lher;
c) Para mim, ver filmes antigos é a maior diversão; a) A frase: “Ela lhe ama” está correta visto que “amar”
d) Entre mim viajar ou descansar, prefiro o descanso; se classifica como verbo transitivo direto, pois quem
e) Separamo-nos, mas sempre de mim se lembra. ama, ama alguém.
b) Em: “Sou te fiel”, o pronome oblíquo átono desem-
30. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LE- penha função sintática de complemento nominal por
GISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018-ADAPTADA) O complementar o sentido de adjetivos, advérbios ou
segmento em que a substituição do termo sublinhado substantivos abstratos, além de constituir emprego de
por um pronome pessoal foi feita de forma adequada é: ênclise.
c) No exemplo: “Demos a ele todas as oportunidades”, o
a) “deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência” / dei- termo em destaque pode ser substituído por “Demo
xou de ser-lhe; lhes” todas as oportunidades”, tendo em vista o em-
b) “podemos definir violência” / podemos defini-la; prego do pronome oblíquo como complemento do
c) “Hoje, esse termo denota, além de agressão física, di- verbo.
versos tipos de imposição” / denota-los; d) Em: “Não me ..incomodo com esse tipo de barulho”,
d) “Consideremos o surgimento das desigualdades” / te.mos.um clássico emprego de mesóclise.
consideremos-lo; e) Na frase: “Alunos, aquietem-se! “, o termo destacado
e) “ao nos referirmos à violência” / ao nos referirmo-la. exemplifica o uso de próclise.

31. (MPU – Conhecimentos Básicos para os Cargos de 33. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU-
11 a 26 – CESPE-2013) NESP-2014)
Recordar algo nunca ocorrido é comum e pode aconte-
cer com pessoas de qualquer idade. Muitos indivíduos Compras de Natal
sequer percebem que determinadas lembranças foram
LÍNGUA PORTUGUESA

criadas, pois as cenas e até os sons evocados pelo cé- A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades.
rebro surgem com a mesma nitidez e o mesmo grau de __________ de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões
detalhamento das memórias reais. que não sobem, anjos e santos que não __________ , estre-
De acordo com alguns neurocientistas, quando a pessoa las que jamais estiveram no céu.
se recorda de uma sequência de eventos, o cérebro re- As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano
constrói o passado juntando os “tijolos” de dados, mas inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão
somente o ato de acessar as lembranças já modifica e de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coi-
distorce a realidade. sas que possam representar beleza e excelência.

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Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em po- 37. (TRE-PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMI-
bres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil NISTRATIVA – FCC-2017) A substituição do elemento
anos, num abrigo de animais, em Belém. sublinhado pelo pronome correspondente, com os ne-
(Cecília Meireles, Quatro Vozes. Adaptado) cessários ajustes no segmento, foi realizada de acordo
com a norma padrão em:
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e a) quem considera o amor abstrato = quem lhe consi-
respectivamente, com: dera abstrato
b) consideram o amor algo ingênuo e pueril = conside-
a) Se enche … movem-se ram-lhe algo ingênuo e pueril
b) Se enchem … se movem c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabili-
c) Enchem-se … se move za-lhe
d) Enche-se … move-se d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento
e) Enche-se … se movem lhe é cego
e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê
34. (PC-SP - AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP-2013)
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pro- 38. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LE-
nominal, de acordo com a norma-padrão da língua por- GISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018)
tuguesa.
Texto 1 – Guerra civil
a) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação Renato Casagrande, O Globo, 23/11/2017
de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
b) O homem se indignou quando propuseram-lhe que O 11.º Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pú-
blica, mostrando o crescimento das mortes violentas no
abrisse a bolsa que encontrara.
Brasil em 2016, mais uma vez assustou a todos. Foram
c) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos
61.619 pessoas que perderam a vida devido à violência.
restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
Outro dado relevante é o crescimento da violência em
d) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que
alguns estados do Sul e do Sudeste.
eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
Na verdade, todos os anos a imprensa nacional destaca
e) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten-
os inaceitáveis números da violência no país. Todos se
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus do-
assustam, o tempo passa, e pouca ação ocorre de fato.
nos.
Tem sido assim com o governo federal e boa parte das
demais unidades da Federação. Agora, com a crise, o ar-
35. (CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CUR- gumento é a incapacidade de investimento, mas, mesmo
SO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS - PM/2014) A em períodos de economia mais forte, pouco se viu da im-
frase – Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. plementação de programas estruturantes com o objetivo
– está corretamente reescrita quanto à flexão verbal, à de enfrentar o crime. Contratação de policiais, aquisição
pontuação e à colocação pronominal em: de equipamentos, viaturas e novas tecnologias são me-
a) Se remordia, o amigo, no seu canto, sem que nada didas essenciais, mas é preciso ir muito além. Definir me-
visse. tas e alcançá-las, utilizando um bom método de traba-
b) O amigo, sem que nada vesse, se remordia no seu lho, deve ser parte de um programa bem articulado, que
canto. permita o acompanhamento das ações e que incentive o
c) Remordia-se, no seu canto, o amigo, sem que nada trabalho integrado entre as forças policiais do estado, da
visse. União e das guardas municipais.
d) Se remordia no seu canto o amigo, sem que nada
vesse. O segmento do texto 1 em que a conjunção E tem valor
adversativo (oposição) e NÃO aditivo (adição) é:
36. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VU-
NESP-2017- ADAPTADA) Assinale a alternativa em que a) “...crescimento da violência em alguns estados do Sul
o trecho está reescrito conforme a norma-padrão da lín- e do Sudeste”;
gua portuguesa, com a expressão destacada substituída b) “Todos se assustam, o tempo passa, e pouca ação de-
pelo pronome correspondente. corre de fato”;
c) “Tem sido assim com o governo federal e boa parte
a) ... o prazer de contar aquelas histórias... → ... o prazer das demais unidades da Federação”;
LÍNGUA PORTUGUESA

de contar-nas... d) “...viaturas e novas tecnologias”;


b) ... meio século sem escrever livros. → ... meio século e) “Definir metas e alcançá-las...”.
sem escrevê-los.
c) ... puxo a mesinha... → ... puxo-lhe... 39. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – AR-
d) ... livro que reúne entrevistas e textos de Ernest He- QUITETURA – FGV-2017) “... implica poder decifrar as
mingway... → ... livro que reúne-as... referências cristãs...”; a forma reduzida sublinhada fica
e) O médico que atendia pacientes... → O médico que convenientemente substituída por uma oração em forma
lhe atendia... desenvolvida na seguinte opção:

77
a) a possibilidade de decifrar as referências cristãs; Instituída por Getúlio Vargas para outro Brasil — ainda
b) a possibilidade de decifração das referências cristãs; agrário, com indústria e serviços incipientes —, a CLT tem
c) que se pudessem decifrar as referências cristãs; sido defendida por sindicatos em nome da “preservação
d) que possamos decifrar as referências cristãs; dos direitos do trabalhador”.
e) a possibilidade de que decifrássemos as referências Na vida real, longe das ideologias, a CLT, em função dos
cristãs. custos que impõe ao empregador, é, na verdade, eficien-
te instrumento de precarização do próprio trabalhador.
40. (COMPESA-PE – ANALISTA DE GESTÃO – ADMI- O Globo, Editorial, 22/8/2013 (com adaptações).
NISTRADOR – FGV-2018) “... mas já conhecem a brutal
realidade dos desaventurados cuja sina é cruzar fronteiras A conjunção “se” tem valor condicional na oração em que
para sobreviver.” A forma reduzida de “para sobreviver” está inserida.
pode ser nominalizada de forma conveniente na seguinte
alternativa: ( ) CERTO ( ) ERRADO

a) para que sobrevivam. 43. (PC-RS – DELEGADO DE POLÍCIA – FUNDA-


b) a fim de que sobrevivessem. TEC-2018 - ADAPTADA) Observe a frase: “com o gover-
c) para sua sobrevida. no criando leis e começando a punir quem agride o meio
d) no intuito de sobreviverem. ambiente” e avalie as afirmações seguintes:
e) para sua sobrevivência.
I. O sujeito das formas verbais criando e começando é
o mesmo.
41. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR- II. O sujeito de punir é inexistente.
GO 33 – TÉCNICO ÁREA ADMINISTRATIVA - NÍVEL III. O sujeito de agride é representado pelo pronome in-
MÉDIO – CESPE-2013) definido, portanto, classifica-se como indeterminado.
O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do es-
tado brasileiro e da democracia. A sua história é marcada Quais estão corretas?
por processos que culminaram na sua formalização insti-
tucional e na ampliação de sua área de atuação. a) Apenas I.
No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito b) Apenas II.
lusitano. Não havia o Ministério Público como instituição. c) Apenas III.
Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordena- d) Apenas I e II.
ções Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores e) Apenas II e III.
de justiça, atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e
de promover a acusação criminal. Existiam os cargos de 44. (PROCESSO SELETIVO INTERNO DA SECRETARIA
procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e de DE DEFESA SOCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO-PE
procurador da Fazenda (defensor do fisco). – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR - FM-2010) A frase:
A Constituição de 1988 faz referência expressa ao Minis- “Começa vacinação contra gripe A.”, só não está correta-
tério Público no capítulo Das Funções Essenciais à Justiça. mente analisada em:
Define as funções institucionais, as garantias e as veda-
ções de seus membros. Isso deu evidência à instituição, a) O sujeito é classificado como simples
tornando-a uma espécie de ouvidoria da sociedade bra- b) O núcleo do sujeito é vacinação.
sileira. c) O verbo é classificado como intransitivo.
Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações). d) Vacinação é um substantivo abstrato.
e) O objeto direto é vacinação contra gripe A.
No período “A sua história é marcada por processos que
culminaram”, o termo “que” introduz oração de natureza 45. (TRF-4.ª REGIÃO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
restritiva. ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC-2014)

( ) CERTO ( ) ERRADO No campo da técnica e da ciência, nossa época produz


milagres todos os dias. Mas o progresso moderno tem
42. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR- amiúde um custo destrutivo, por exemplo, em danos irre-
GO 33 – TÉCNICO ÁREA ADMINISTRATIVA - NÍVEL paráveis à natureza, e nem sempre contribui para reduzir
MÉDIO – CESPE-2013) a pobreza.
LÍNGUA PORTUGUESA

Uma legislação que tenha hoje 70 anos de vigência en- A pós-modernidade destruiu o mito de que as humani-
trou em vigor muito antes do lançamento do primeiro dades humanizam. Não é indubitável aquilo em que acre-
computador pessoal e do início da histórica revolução ditam tantos filósofos otimistas, ou seja, que uma educa-
imposta pela tecnologia digital. Isso não seria proble- ção liberal, ao alcance de todos, garantiria um futuro de
ma se esse não fosse o caso da Consolidação das Leis liberdade e igualdade de oportunidades nas democracias
do Trabalho (CLT), destinada a regular um dos universos modernas. George Steiner, por exemplo, afirma que “bi-
mais impactados por esta revolução, o das relações tra- bliotecas, museus, universidades, centros de investigação
balhistas. por meio dos quais se transmitem as humanidades e as

78
ciências podem prosperar nas proximidades dos campos veram-se de tal forma a adequarem-se às necessidades
de concentração”. “O que o elevado humanismo fez de e vontades humanas. Contudo, o homem não mediu as
bom para as massas oprimidas da comunidade? Que uti- possíveis consequências que tal desenvolvimento pudes-
lidade teve a cultura quando chegou a barbárie?” se causar de modo a provocar o desequilíbrio ao meio
Numerosos trabalhos procuraram definir as característi- ambiente e a própria ameaça à vida humana.
cas da cultura no contexto da globalização e da extraordi- Desse modo, a preocupação com o meio ambiente é
nária revolução tecnológica. Um deles é o de Gilles Lipo- questionada, sendo centro de tomada de decisões, dian-
vetski e Jean Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se te da grave problemática que ameaça romper com o equi-
a ideia de uma cultura global − a cultura-mundo − que líbrio ecológico do Planeta. E não apenas nos tradicionais
vem criando, pela primeira vez na história, denominado- meios de comunicação, tais como jornais impressos, rádio,
res culturais dos quais participam indivíduos dos cinco televisão, revistas, dentre outros, como também nos espa-
continentes, aproximando-os e igualando-os apesar das ços virtuais de interatividade, por meio das novas mídias,
diferentes tradições e línguas que lhes são próprias. as quais representam novos meios de comunicação, tem-
Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio da ima- -se o debate sobre a problemática ambiental.
gem e do som sobre a palavra, ou seja, com a tela. A in- O capitalismo foi reestruturado e a partir das transforma-
dústria cinematográfica, sobretudo a partir de Hollywood, ções científicas e tecnológicas deu-se origem a um novo
“globaliza” os filmes, levando-os a todos os países, a to- estabelecimento social, em que por meio de redes e da
das as camadas sociais. Esse processo se acelerou com a cultura da virtualidade, configura-se a chamada socieda-
criação das redes sociais e a universalização da internet. de informacional, na qual a comunicação e a informação
Tal cultura planetária teria, ainda, desenvolvido um indivi- constituem-se ferramentas essenciais da Era Digital.
dualismo extremo em todo o globo. Contudo, a publici- As novas mídias, por meio da utilização da Internet, estão
dade e as modas que lançam e impõem os produtos cul- sendo consideradas como novos instrumentos de prote-
turais em nossos tempos são um obstáculo a indivíduos ção do meio ambiente, na medida em que proporcionam
independentes. a expansão da informação ambiental, de práticas susten-
O que não está claro é se essa cultura-mundo é cultura táveis, de reivindicações e ensejo de decisões em prol do
em sentido estrito, ou se nos referimos a coisas comple- meio ambiente.
tamente diferentes quando falamos, por um lado, de uma No ciberespaço, devido à conectividade em tempo real, é
ópera de Wagner e, por outro, dos filmes de Hitchcock e possível promover debates de inúmeras questões como a
de John Ford. construção da hidrelétrica de Belo Monte, o Novo Código
A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa- Florestal, Barra Grande, dentre outras, as quais ensejam por
do e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela tomada de decisões políticas, jurídicas e sociais. [...]
pretendiam transcender o tempo presente, continuar vi- Vislumbra-se que a Internet é um meio que aproxima pes-
vos nas gerações futuras, ao passo que os produtos deste soas e distâncias, sendo utilizada por um número ilimitado
são fabricados para serem consumidos no momento e de pessoas, a custo razoável e em tempo real. De fato, a
desaparecer. Cultura é diversão, e o que não é divertido Internet proporciona benefícios, pois, além de promover a
não é cultura. circulação de informações, a curto espaço de tempo, mui-
(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo. Rio de tos debates virtuais produzem manifestações sociais. Assim
Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook) sendo, tem-se a democratização das informações através
dos espaços virtuais, como blogs, websites, redes sociais, jor-
Possuem os mesmos tipos de complemento os verbos nais virtuais, sites especializados, sites oficiais, dentre outros,
grifados em: de modo a expandir conhecimentos, promover discussões e,
por vezes, influenciando nas tomadas de decisões dos go-
a) ... nossa época produz milagres todos os dias. // ... o vernantes e na proliferação de movimentos sociais. Desse
mito de que as humanidades humanizam. modo, os cidadãos acabam participando e exercendo a ci-
b) Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio... // dadania de forma democrática no ciberespaço. [...]
Um deles é o de Gilles Lipovetski... Faz-se necessária a execução de ações concretas em prol
c) A pós-modernidade destruiu o mito de que... // ... nos- do meio ambiente, com adaptação e intermédio do novo
sa época produz milagres todos os dias. padrão de democracia participativa fomentado pelas novas
d) Essa cultura de massas nasce com o predomínio... // ... mídias, a fim de enfrentar a gestão dos riscos ambientais,
e nem sempre contribui para... dentre outras questões socioambientais. Ainda, são ne-
e) ... as ciências podem prosperar nas proximidades... // A cessárias discussões aprofundadas sobre a complexidade
pós-modernidade destruiu o mito de que... ambiental, agregando a interdisciplinaridade para escolhas
sustentáveis e na difusão do conhecimento. E, embora haja
46. (TRF-2.ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA inúmeros desafios a percorrer com a utilização das tecno-
ADMINISTRATIVA – CONSULPLAN-2017) logias de comunicação e informação (novas TIC’s), enten-
LÍNGUA PORTUGUESA

de-se que a atuação das novas mídias é de suma impor-


Internet e as novas mídias: contribuições para a proteção tância, pois possibilita a expansão da informação, a práxis
do meio ambiente no ciberespaço ambiental, o debate e as aspirações dos cidadãos, contri-
buindo, dessa forma, para a proteção do meio ambiente.
A sociedade passou por profundas transformações em (SILVA NUNES, Denise. Internet e as novas mídias: contribuições para
que a realidade socioeconômica modificou-se com ra- a proteção do meio ambiente no ciberespaço. In: Âmbito Jurídico, Rio
pidez junto ao desenvolvimento incessante das econo- Grande, XVI, n. 115, ago. 2013. Disponível em: http://ambito - juridico.
com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13051&revis-
mias de massas. Os mecanismos de produção desenvol- ta_caderno=17. Acesso em: jan. 2017. Adaptado.)

79
Analise os trechos a seguir. a) A conexão é feita por meio de uma plataforma especí-
fica, e os conteúdos, podem ser acessados pelos dis-
I. “[...] adequarem-se às necessidades e vontades huma- positivos móveis dos passageiros.
nas.” (1º§) b) O mercado brasileiro de automóveis, ainda é muito
II. “Contudo, o homem não mediu as possíveis consequên- grande, porém não é capaz de absorver uma presença
cias [...]” (1º§) maior de produtos vindos do exterior.
III. “Desse modo, a preocupação com o meio ambiente é c) Depois de chegarem às telas dos computadores e ce-
questionada, [...]” (2º§) lulares, as notícias estarão disponíveis em voos inter-
IV. “[...] por meio das novas mídias, as quais representam nacionais.
novos meios de comunicação, [...]” (2º§) d) Os últimos dados mostram que, muitas economias
apresentam crescimento e inflação baixa, fazendo com
Os verbos que, no contexto, exigem o mesmo tipo de que os juros cresçam pouco.
complemento verbal, foram empregados em apenas e) Pode ser que haja uma grande procura de carros im-
portados, mas as montadoras vão fazer os cálculos e
a) I e II. ver, se a importação vale a pena.
b) I, III e IV.
c) II e IV. 50. (MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE-2010)
d) II, III e IV. Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e
47. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL traficantes que possam ser encontrados em uma rua es-
I – CESGRANRIO-2018) O sinal de dois-pontos (:) está cura da cidade são o cerne do problema criminal. Mas os
empregado de acordo com a norma-padrão da língua danos que tais criminosos causam são minúsculos quan-
portuguesa em: do comparados com os de criminosos respeitáveis, que
vestem colarinho branco e trabalham para as organiza-
a) A diferença entre notícias falsas e verdadeiras é maior ções mais poderosas. Estima-se que as perdas provoca-
no campo da política: é menor nas publicações rela- das por violações das leis antitrust — apenas um item de
cionadas às catástrofes naturais. uma longa lista dos principais crimes do colarinho bran-
b) A explicação para a difusão de notícias falsas é que co — sejam maiores que todas as perdas causadas pelos
os usuários compartilham informações com as quais crimes notificados à polícia em mais de uma década, e
concordam: pois não verificam as fontes antes. as relativas a danos e mortes provocadas por esse crime
c) As informações enganosas são mais difundidas do que apresentam índices ainda maiores. A ocultação, pela in-
as verdadeiras: de acordo com estudo recente feito dústria do asbesto (amianto), dos perigos representados
por um instituto de pesquisa. por seus produtos provavelmente custou tantas vidas
d) As notícias falsas podem ser desmascaradas com o quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos
uso do bom senso: mas esperar isso de todo mundo é nos Estados Unidos da América durante uma década in-
quase impossível. teira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, tam-
e) As revistas especializadas dão alguns conselhos: não bém provocam, a cada ano, mais mortes do que essas.
entre em sites desconhecidos e não compartilhe notí- James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., São Paulo: Manole,
cias sem fonte confiável.
2005, p. 1 (com adaptações).

48. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL


Não haveria prejuízo para o sentido original do texto
I – CESGRANRIO-2018) A vírgula está empregada cor-
nem para a correção gramatical caso a expressão “a cada
retamente em:
ano” fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, para
imediatamente depois de “e”.
a) A divulgação de histórias falsas pode ter consequên-
cias reais desastrosas: prejuízos, financeiros e cons-
( ) CERTO ( ) ERRADO
trangimentos às empresas.
b) As novas tecnologias, criaram um abismo ao separar
quem está conectado de quem não faz parte do mun- 51. (PC-SP - AUXILIAR DE NECROPSIA – VU-
do digital. NESP-2014) Assinale a alternativa cuja frase está correta
c) As pessoas tendem a aceitar apenas as declarações que quanto à pontuação.
confirmam aquilo que corresponde, às suas crenças.
d) Os jornalistas devem verificar as fontes citadas, cruzar a) O médico, solidário e comovido, apertou minha mão e
dados e checar se as informações refletem a realidade. entendeu o pedido de minha mãe.
e) Os consumidores de notícias não agem como cientis- b) A diferença entre parada cardíaca e morte, não é ensi-
nada, aos médicos nas faculdades.
LÍNGUA PORTUGUESA

tas porque não estão preocupados em conferir, pon-


tos de vista alternativos. c) Prof. Alvariz, chefe da clínica sabia qual a diferença en-
tre, parada cardíaca e morte.
49. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES- d) O aborto de fetos anencéfalos motivo de muita revol-
GRANRIO-2018) A vírgula foi plenamente empregada ta, foi bastante contestado.
de acordo com as exigências da norma-padrão da língua e) Iniciei assim que o velhinho teve uma parada cardíaca,
portuguesa em: os processos de reanimação.

80
52. (TRF-4.ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA a) Separar o aposto.
ADMINISTRATIVA – FCC-2014) Quanto à pontuação, a b) Delimitar o sujeito.
frase inteiramente correta é: c) Delimitar uma nova oração.
d) Separar o vocativo.
a) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde e) Marcar uma pausa forte.
partem os humanistas uma vez que, é nela, que se
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas 56. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR-
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as GO 33 – NÍVEL MÉDIO – CESPE-2013)
escolhas produzidas pelo escritor. O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do es-
b) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde tado brasileiro e da democracia. A sua história é marcada
partem os humanistas uma vez que é nela, que se por processos que culminaram na sua formalização insti-
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas tucional e na ampliação de sua área de atuação.
também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito
escolhas produzidas pelo escritor. lusitano. Não havia o Ministério Público como instituição.
c) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordena-
partem os humanistas, uma vez que é nela que se es- ções Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores
tabelecem, não apenas as relações de sentido, mas de justiça, atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as de promover a acusação criminal. Existiam os cargos de
escolhas produzidas pelo escritor. procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e de
d) Para Edward Said a linguagem é o terreno, de onde procurador da Fazenda (defensor do fisco).
partem os humanistas, uma vez que é nela que se A Constituição de 1988 faz referência expressa ao Minis-
estabelecem não apenas as relações de sentido mas, tério Público no capítulo Das Funções Essenciais à Justiça.
também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar as Define as funções institucionais, as garantias e as veda-
escolhas produzidas pelo escritor. ções de seus membros. Isso deu evidência à instituição,
e) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde
tornando-a uma espécie de ouvidoria da sociedade bra-
partem os humanistas, uma vez que é nela que se
sileira.
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas
Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações).
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as
escolhas produzidas pelo escritor.
Em “No período colonial, o Brasil foi orientado”, a vírgula
após “colonial” é utilizada para isolar aposto.
53. (TRF-3.ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
ADMINISTRATIVA – FCC-2016-ADAPTADA) Sem que
se altere o sentido da frase, todas as vírgulas podem ser ( ) CERTO ( ) ERRADO
substituídas por travessão, EXCETO em:
57. (CAMAR - CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS
a) Não se trata de defender a tradição, família ou pro- DA AERONÁUTICA PARA O ANO DE 2016) “Os astrô-
priedade... nomos eram formidáveis. Eu, pobre de mim, não desven-
b) Fiquei um pouco desconcertado pela atitude do meu daria os segredos do céu. Preso à terra, sensibilizar-me-ia
amigo, um homem... com histórias tristes [...]”. Nas alternativas a seguir, os vo-
c) Mas, como eu ia dizendo, estava voltando da Europa... cábulos acentuados do trecho anterior foram colocados
d) ... como precipitada, entre nós, de que estaria morto... em pares com palavras também acentuadas graficamen-
e) Mas a música brasileira, ao contrário de outras artes, te. Dentre os pares formados, indique o que apresenta
já traz... igual justificativa para tal evento.

54. (TRF-1.ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – INFOR- a) céu / avô


MÁTICA – FCC-2014-ADAPTADA) b) astrônomos / álibi
... a resposta a um problema que sempre atormentou ad- c) histórias / balaústre
ministradores: o recrutamento e a retenção de talentos. d) formidáveis / ínterim
O segmento introduzido pelos dois-pontos apresenta
sentido 58. (MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERO-
NÁUTICA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁU-
a) restritivo. TICA EXAME DE ADMISSÃO AO CFS-B 1-2/2014) Rela-
b) explicativo. cione as colunas quanto às regras de acentuação gráfica,
c) conclusivo. sabendo que haverá repetição de números. Em seguida,
d) comparativo. assinale a alternativa com a sequência correta.
LÍNGUA PORTUGUESA

e) alternativo.
(1) Põe-se acento agudo no i e no u tônicos que formam
55. (PROCESSO SELETIVO INTERNO DA SECRETARIA hiato com a vogal anterior.
DE DEFESA SOCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO- (2) Acentua-se paroxítona terminada em i ou u seguidos
-PE - SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR - FM-2010 - ou não de s.
ADAPTADA) “– Mas não é minha cabeça que eles querem (3) Todas as proparoxítonas devem ser acentuadas.
degolar a cada jogo, François.” O uso da vírgula destacada (4) Oxítona terminada em e ou o, seguidos ou não de s,
neste trecho tem a função de: é acentuada.

81
( ) íris 63. (PC-RS – ESCRIVÃO E INSPETOR DE POLÍCIA –
( ) saída FUNDATEC-2018 - ADAPTADA) Relacione a Coluna 1
( ) compraríamos e a Coluna 2, associando os vocábulos às respectivas re-
( ) vendê-lo gras de acentuação gráfica.
( ) bônus
( ) viúvo Coluna 1
( ) bisavôs 1. Monossílabo tônico terminado em -o, -e, -a, seguidos
ou não de s.
a) 2 – 1 – 3 – 4 – 2 – 1 – 4 2. Proparoxítona.
b) 1 – 2 – 3 – 4 – 1 – 1 – 4 3. Oxítona terminada em -o, -e, -a, -em, seguidos ou não
c) 4 – 1 – 1 – 2 – 2 – 3 – 2 de s.
d) 2 – 2 – 3 – 4 – 2 – 1 – 3 4. Regra do hiato.
59. (TRANSPETRO – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –
CESGRANRIO-2018) Em conformidade com o Acordo Coluna 2
Ortográfico da Língua Portuguesa vigente, atendem às ( ) Atrás.
regras de acentuação todas as palavras em: ( ) Último.
( ) Irá.
a) andróide, odisseia, residência ( ) Três.
b) arguição, refém, mausoléu ( ) Também.
c) desbloqueio, pêlo, escarcéu ( ) Está.
d) feiúra, enjoo, maniqueísmo ( ) Conteúdo.
e) sutil, assembléia, arremesso
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de
60. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – ARQUI- cima para baixo, é:
TETURA – FGV-2017-ADAPTADA) Entre as palavras
abaixo, retiradas dos textos 1 e 2, aquela que só existe a) 1 – 2 – 3 – 4 – 1 – 2 – 2.
com acento gráfico é: b) 3 – 1 – 2 – 3 – 4 – 3 – 2.
c) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 4 – 1.
a) história; d) 3 – 3 – 1 – 1 – 4 – 3 – 4.
b) evidência; e) 3 – 2 – 3 – 1 – 3 – 3 – 4.
c) até;
64. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR-PI – CURSO DE
d) país;
OFICIAIS – ENGENHEIRO CIVIL – NUCEPE-2014-A-
e) humanitárias.
DAPTADA) No trecho: “material altamente inflamável e
tóxico”, as palavras destacadas recebem acento gráfico.
61. (MPU – TÉCNICO – SEGURANÇA INSTITUCIONAL
Também devem receber esse acento as palavras:
E TRANSPORTE – CESPE-2015) A palavra “cível” recebe
acento gráfico em decorrência da mesma regra que de-
a) tórax e rúbrica.
termina o emprego de acento em amável e útil.
b) revólver e púdico.
c) alí e cadáver.
( ) CERTO ( ) ERRADO d) cajú e cálice.
e) bíceps e fétido.
62. (PC-RS – DELEGADO DE POLÍCIA – FUNDA-
TEC-2018 - ADAPTADA) Sobre acentuação gráfica de 65. (TJ-MG – OFICIAL JUDICIÁRIO – COMISSÁRIO DA
palavras, afirma-se que: INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – CONSULPLAN-2017) A
sequência de vocábulos: “Islâmico, vitória, até, público”
I. sustentável, climáticas e reciclá-los são acentuados pode ser empregada para demonstrar exemplos de três
em virtude da mesma regra. regras de acentuação gráfica diferentes. Indique a seguir
II. A regra que determina o acento gráfico em país e con- o grupo de palavras que apresenta palavras cuja acen-
tribuído é diferente da que justifica o acento gráfico em tuação tenha as mesmas justificativas das palavras do
resíduos e início. grupo anteriormente apresentado (considere a mesma
III. O vocábulo viés é acentuado por ser um monossílabo ordem da sequência apresentada).
tônico terminado em e – acrescido de s.
a) atípica, aparência, é, vítimas
LÍNGUA PORTUGUESA

Quais estão corretas? b) típico, província, será, Nínive


c) famílias, público, diários, várias
a) Apenas I. d) violência, próprios, já, violência
b) Apenas II.
c) Apenas III. 66. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018-ADAP-
d) Apenas I e II. TADA) Duas palavras que obedecem à mesma regra de
e) Apenas II e III. acentuação gráfica são:

82
a) indébita / também; 70. (BADESC – TÉCNICO DE FOMENTO A – FGV-2010)
b) história / veículo; De acordo com as regras gramaticais, no trecho “a exor-
c) crônicas / atribuídos; bitante carga tributária a que estão submetidas as empre-
d) coíba / já; sas”, não se deve empregar acento indicativo de crase,
e) calúnia / plágio. devendo ocorrer o mesmo na frase:

67. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – a) Entregue o currículo as assistentes do diretor.


VUNESP/2013) Assinale a alternativa com as palavras b) Recorra a esta empresa sempre que precisar.
acentuadas segundo as regras de acentuação, respecti- c) Avise aquela colega que chegou sua correspondência.
vamente, de intercâmbio e antropológico. d) Refira-se positivamente a proposta filosófica da com-
panhia.
a) Distúrbio e acórdão. e) Transmita confiança aqueles que observam seu de-
b) Máquina e jiló. sempenho.
c) Alvará e Vândalo.
d) Consciência e características. 71. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO –
e) Órgão e órfãs. CESGRANRIO-2018) De acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve
68. (FUNDASUS-MG – ANALISTA EM SERVIÇO PÚBLI- ser empregado na palavra destacada em:
CO DE SAÚDE - ANALISTA DE SISTEMA – AOCP-2015)
Observe o excerto: “Entre os fatores ligados à relação do a) A intenção da entrevista com o diretor estava relacio-
aluno com a instituição e com os colegas, gostar de ir à nada a programação que a empresa pretende desen-
escola (...)” e assinale a alternativa correta com relação volver.
ao emprego do acento utilizado nos termos destacados. b) As ações destinadas a atrair um número maior de
clientes são importantes para garantir a saúde finan-
a) Trata-se do acento grave, empregado para indicar a ceira das instituições.
supressão do advérbio “a” com o pronome feminino c) As instituições financeiras deveriam oferecer condições
“a” que acompanha os substantivos “relação” e “es- mais favoráveis de empréstimo a quem está fora do
cola”. mercado formal de trabalho.
b) Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a d) As pessoas interessadas em ampliar suas reservas fi-
nasalidade da vogal “a” que acompanha os substanti- nanceiras consideram que vale a pena investir na nova
vos “relação” e “escola”. moeda virtual.
c) Trata-se do acento circunflexo, empregado para assi- e) Os participantes do seminário sobre mercado financei-
nalar a vogal aberta “a” que acompanha os substanti- ro foram convidados a comparar as importações e as
vos “relação” e “escola”. exportações em 2017.
d) Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a
supressão da preposição “a” com o artigo feminino 72. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
“a” que acompanha os substantivos “relação” e “es- CESGRANRIO-2018) O emprego do acento indicativo
cola”. de crase está de acordo com a norma-padrão em:
e) Trata-se do acento grave, empregado para indicar a
junção da preposição “a” com o artigo feminino “a” a) O escritor de novelas não escolhe seus personagens
que acompanha os substantivos “relação” e “escola”. à esmo.
b) A audiência de uma novela se constrói no dia à dia.
69. (BADESC – ANALISTA DE SISTEMA – BANCO DE c) Uma boa história pode ser escrita imediatamente ou
DADOS – FGV-2010) Na frase “é ingênuo creditar a à prazo.
postura brasileira apenas à ausência de educação ade- d) Devido à interferências do público, pode haver mu-
quada” foi corretamente empregado o acento indicativo danças na trama.
de crase. e) O novelista ficou aliviado quando entregou a sinopse
Assinale a alternativa em que o acento indicativo de cra- à emissora.
se está corretamente empregado.
73. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES-
a) O memorando refere-se à documentos enviados na GRANRIO-2018) De acordo com a norma- -padrão
semana passada. da língua portuguesa, o acento grave indicativo da crase
b) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiên- deve ser empregado na palavra destacada em:
LÍNGUA PORTUGUESA

cia urgente.
c) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar a) Os novos lançamentos de smartphones apresentam,
com pessoas já desestimuladas. em geral, pequena variação de funções quando com-
d) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome parados a versões anteriores.
consta na lista. b) Estudantes do ensino médio fizeram uma pesquisa
e) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário junto a crianças do ensino fundamental para ver como
flexível e são responsáveis. elas se comportam no ambiente virtual.

83
c) O acesso dos jovens a redes sociais tem causado enor- 77. (TRF-4.ª REGIÃO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
mes prejuízos ao seu desempenho escolar, conforme – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC-2014-ADAPTADA)
o depoimento de professores. Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encon-
d) Os consumidores compulsivos sujeitam-se a ficar ho- tra entre parênteses, o sinal indicativo de crase deverá
ras na fila para serem os primeiros que comprarão os ser acrescentado em:
novos lançamentos.
e) As pessoas precisam ficar atentas a fatura do cartão a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos...
de crédito para não serem surpreendidas com valores (dispor de todos)
muito altos. b) ... por meio dos quais se transmitem as humanida-
des... − (ciências humanas)
74. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU- c) ... a todas as camadas sociais. − (qualquer classe so-
NESP-2014) cial)
A cada ano, ocorrem cerca de 40 mil mortes; segundo d) ... se nos referimos a coisas completamente diferen-
especialistas, quase metade delas está associada _____ tes... − (uma coisa completamente diferente)
bebidas alcoólicas. Isso revela a necessidade de um com- e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (cria-
bate efetivo _____ embriaguez ao volante. ção de indivíduos independentes)
As lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e 78. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRAN-
respectivamente, com: RIO-2018) De acordo com as exigências da norma-pa-
drão da língua portuguesa, o verbo destacado está cor-
a) às … a retamente empregado em:
b) as … à
c) à … à a) No mundo moderno, conferem-se às grandes me-
d) às … à trópoles importante papel no desenvolvimento da
e) à … a economia e da geopolítica mundiais, por estarem no
topo da hierarquia urbana.
75. (PC-SP - AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP-2013) b) Conforme o grau de influência e importância interna-
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, cional, classificou-se as 50 maiores cidades em três
o acento indicativo de crase está corretamente empre- diferentes classes, a maior parte delas na Europa.
gado em:
c) Há quase duzentos anos, atribuem-se às cidades a
responsabilidade de motor propulsor do desenvol-
a) A população, de um modo geral, está à espera de que,
vimento e a condição de lugar privilegiado para os
com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes.
negócios e a cultura.
b) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensa-
d) Em centros com grandes aglomerações populacionais,
rem a sua postura.
realiza-se negócios nacionais e internacionais, além
c) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à puni-
de um atendimento bastante diversificado, como jor-
ções muito mais severas.
d) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a vida nais, teatros, cinemas, entre outros.
dos demais motoristas e de pedestres. e) Em todos os estudos geopolíticos, considera-se as ci-
e) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento da dades globais como verdadeiros polos de influência
nova lei para que ela possa funcionar. internacional, devido à presença de sedes de grandes
empresas transnacionais e importantes centros de
76. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VUNESP-2017) pesquisas.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-
mente, as lacunas do texto a seguir. 79. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
I – CESGRANRIO-2018) A palavra destacada atende às
Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de atendi- exigências de concordância da norma-padrão da língua
mento _____ presos da Casa de Detenção, em São Paulo, portuguesa em:
o médico oncologista Drauzio Varella chega ao fim de
uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de “Es- a) Atualmente, causa impacto nas eleições de vários paí-
tação Carandiru” (1999), que mostra ________ entranhas ses as notícias falsas.
daquela que foi ________maior prisão da América Latina, b) A recomendação de testar a veracidade das notícias
e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários que tra- precisam ser seguidas, para não prejudicar as pes-
balham no sistema prisional, Varella agora faz um retrato soas.
das detentas da Penitenciária Feminina da Capital, tam- c) O propósito de conferir grandes volumes de dados
bém na capital paulista, onde cumprem pena mais de resultaram na criação de serviços especializados.
LÍNGUA PORTUGUESA

duas mil mulheres. d) Os boatos causam efeito mais forte do que as notícias
(https://oglobo.globo.com. Adaptado) reais porque vem acompanhados de títulos chama-
tivos.
a) à … às … a e) Os resultados de pesquisas recentes mostram que
b) a … as … a 67% das pessoas consultam os jornais diariamente.
c) a … às … a
d) à … às … à
e) a … as … à

84
80. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AM-
BIENTE JÚNIOR – CESGRANRIO-2018)
GABARITO
Texto I
1 C
Portugueses no Rio de Janeiro
2 C
O Rio de Janeiro é o grande centro da imigração por- 3 A
tuguesa até meados dos anos cinquenta do século pas-
4 D
sado, quando chega a ser a “terceira cidade portuguesa
do mundo”, possuindo 196 mil portugueses — um déci- 5 E
mo de sua população urbana. Ali, os portugueses dedi- 6 B
cam-se ao comércio, sobretudo na área dos comestíveis,
7 A
como os cafés, as panificações, as leitarias, os talhos,
além de outros ramos, como os das papelarias e lojas 8 B
de vestuários. Fora do comércio, podem exercer as mais 9 E
variadas profissões, como atividades domésticas ou as de
barbeiros e alfaiates. Há, de igual forma, entre os mais 10 A
afortunados, aqueles ligados à indústria, voltados para 11 E
construção civil, o mobiliário, a ourivesaria e o fabrico de 12 E
bebidas.
A sua distribuição pela cidade, apesar da não formação 13 A
de guetos, denota uma tendência para a sua concentra- 14 D
ção em determinados bairros, escolhidos, muitas das ve- 15 D
zes, pela proximidade da zona de trabalho. No Centro da
cidade, próximo ao grande comércio, temos um grupo 16 B
significativo de patrícios e algumas associações de por- 17 B
te, como o Real Gabinete Português de Leitura e o Liceu 18 E
Literário Português. Nos bairros da Cidade Nova, Estácio
de Sá, Catumbi e Tijuca, outro ponto de concentração 19 E
da colônia, se localizam outras associações portuguesas, 20 D
como a Casa de Portugal e um grande número de casas
21 A
regionais. Há, ainda, pequenas concentrações nos bairros
periféricos da cidade, como Jacarepaguá, originalmente 22 E
formado por quintas de pequenos lavradores; nos subúr- 23 A
bios, como Méier e Engenho Novo; e nas zonas mais pri-
24 C
vilegiadas, como Botafogo e restante da zona sul carioca,
área nobre da cidade a partir da década de cinquenta, 25 A
preferida pelos mais abastados. 26 A
PAULO, Heloísa. Portugueses no Rio de Janeiro: salaza-
ristas e opositores em manifestação na cidade. In: ALVES, 27 D
Ida et alii. 450 Anos de Portugueses no Rio de Janeiro. Rio 28 C
de Janeiro: Ofi cina Raquel, 2017, pp. 260-1. Adaptado. 29 D
O texto emprega duas vezes o verbo “haver”. Ambos es-
tão na 3.ª pessoa do singular, pois são impessoais. Esse 30 B
papel gramatical está repetido corretamente em: 31 Errado
32 B
a) Ninguém disse que os portugueses havia de saírem
da cidade. 33 E
b) Se houvessem mais oportunidades, os imigrantes fi- 34 D
cariam ricos.
35 C
c) Haveriam de haver imigrantes de outras procedências
na cidade. 36 B
d) Os imigrantes vieram de Lisboa porque lá não haviam 37 D
LÍNGUA PORTUGUESA

empregos.
38 B
e) Os portugueses gostariam de que houvesse mais ofer-
tas de trabalho. 39 D
40 E
41 Certo
42 Certo

85
43 A ANOTAÇÕES
44 E
45 C
46 C ________________________________________________

47 E _________________________________________________
48 D _________________________________________________
49 C
_________________________________________________
50 Certo
51 A _________________________________________________
52 E _________________________________________________
53 A
_________________________________________________
54 B
_________________________________________________
55 D
56 Errado _________________________________________________
57 B _________________________________________________
58 A
_________________________________________________
59 B
60 E _________________________________________________

61 Certo _________________________________________________
62 B _________________________________________________
63 E
_________________________________________________
64 E
65 B _________________________________________________
66 E _________________________________________________
67 D
_________________________________________________
68 E
_________________________________________________
69 D
70 B _________________________________________________
71 A _________________________________________________
72 E
_________________________________________________
73 E
74 D _________________________________________________
75 A _________________________________________________
76 B _________________________________________________
77 E
_________________________________________________
78 C
79 E _________________________________________________
80 E _________________________________________________

_________________________________________________
LÍNGUA PORTUGUESA

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

86
ÍNDICE

MATEMÁTICA

Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação


com números racionais, nas suas representações fracionária ou decimal;............................................................................................. 01
Mínimo múltiplo comum;............................................................................................................................................................................................ 01
Máximo divisor comum;............................................................................................................................................................................................... 01
Porcentagem;................................................................................................................................................................................................................... 09
Razão e proporção;........................................................................................................................................................................................................ 12
Regra de três simples ou composta;....................................................................................................................................................................... 15
Equações do 1º ou do 2º graus;............................................................................................................................................................................... 18
Sistema de equações do 1º grau;............................................................................................................................................................................. 18
Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa;......................................................... 23
Relação entre grandezas – tabela ou gráfico;.................................................................................................................................................... 28
Tratamento da informação – média aritmética simples;................................................................................................................................. 28
Noções de Geometria – forma, ângulos, área, perímetro, volume, Teoremas de Pitágoras ou de Tales..................................... 44
1.1.1. Propriedades da Adição de Números Racio-
RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA, nais
ENVOLVENDO: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO,
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO O conjunto Q é fechado para a operação de adição,
OU RADICIAÇÃO COM NÚMEROS isto é, a soma de dois números racionais resulta em um
RACIONAIS, NAS SUAS REPRESENTAÇÕES número racional.
FRACIONÁRIA OU DECIMAL; MÍNIMO - Associativa: Para todos em : a + ( b + c ) = ( a + b
MÚLTIPLO COMUM; MÁXIMO DIVISOR )+c
- Comutativa: Para todos em : a + b = b + a
COMUM;
- Elemento neutro: Existe em , que adicionado a
todo em , proporciona o próprio , isto é: q + 0 = q
NÚMEROS RACIONAIS: FRAÇÕES, NÚMEROS - Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em
DECIMAIS E SUAS OPERAÇÕES Q, tal que q + (–q) = 0

1. Números Racionais 1.2. Subtração de Números Racionais

Um A subtração de dois números racionais e é a própria


m número racional é o que pode ser escrito na for-
ma n , onde m e n são números inteiros, sendo que n operação de adição do número com o oposto de q, isto
deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m é: p – q = p + (–q)
para significar a divisão de m por n . n
Como podemos observar, números racionais podem 1.3. Multiplicação (Produto) de Números Racio-
ser obtidos através da razão entre dois números inteiros, nais
razão pela qual, o conjunto de todos os números racio-
nais é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na Como todo número racional é uma fração ou pode
literatura a notação: ser escrito na forma de umaa fração,
c
definimos o produto
de dois números racionais b e d , da mesma forma que o
Q= { m
n
: m e n em Z,n diferente de zero } produto de frações, através de:

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjun- a c a�c


tos: � =
∗ b d b� d
• 𝑄 = conjunto dos racionais não nulos;
• 𝑄+ = conjunto dos racionais não negativos;
• 𝑄+∗
= conjunto dos racionais positivos; O produto dos números racionais a e b também pode
• − = conjunto dos racionais não positivos;
𝑄 ser indicado por a × b, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal
• 𝑄−∗ = conjunto dos racionais negativos. entre as letras.
Para realizar a multiplicação de números racionais,
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
que representa esse número ao ponto de abscissa zero. toda a Matemática:
(+1)�(+1) = (+1) – Positivo Positivo = Positivo
3
3 3 3 (+1)�(-1) = (-1) - Positivo Negativo = Negativo
Exemplo: Módulo de - 2 é 2 . Indica-se − =
2 2 (-1)�(+1) = (-1) - Negativo Positivo = Negativo
Módulo de+ 3 é 3 . Indica-se 3 3 (-1)� (-1) = (+1) – Negativo Negativo = Positivo
=
2 2 2 2
3 3 #FicaDica
Números Opostos: Dizemos que− 2 e 2 são núme-
ros racionais opostos ou simétricos e cada um deles é O produto de dois números com o mesmo
o oposto do outro. As distâncias dos pontos− 3 e 3 ao sinal é positivo, mas o produto de dois
ponto zero da reta são iguais. 2 2 números com sinais diferentes é negativo.

1.1. Soma (Adição) de Números Racionais


1.3.1. Propriedades da Multiplicação de Números
Como todo número racional é uma fração ou pode Racionais
ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição
a c
entre os números racionais e , , da mesma forma que O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é,
a soma de frações, através de:
b d o produto de dois números racionais resultaem um nú-
mero racional.
a c a�d+b�c - Associativa: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b ∙ c ) = ( a
MATEMÁTICA

+ = ∙b)∙c
b d b�d - Comutativa: Para todos a,b em Q: a ∙ b = b ∙ a
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado
por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é:
q∙1=q

1
a b - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
- Elemento inverso: Para todo q = b em Q,
q−1 =
a di- sinal da base.
ferente de zero, existe em Q: q � q−1 = 1, ou seja,
a b
b
×a =1 3
2 2 2 2 8
  =   .  .   =
- Distributiva: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b + c ) = ( a  3   3   3   3  27
∙ b ) + ( a∙ c )
- Toda potência com expoente par é um número po-
1.4. Divisão de Números Racionais sitivo.

A divisão de dois números racionais p e q é a própria 2


 1  1  1 1
operação de multiplicação do número p pelo inverso de −  = −  .−  =
q, isto é: p ÷ q = p × q-1  5   5   5  25
De maneira prática costuma-se dizer que em uma di-
visão de duas frações, conserva-se a primeira fração e
multiplica-se pelo inverso da segunda: - Produto de potências de mesma base. Para redu-
a
Observação: É possível encontrar divisão de frações zir um produto de potências de mesma base a uma só
da seguinte forma: b c .
. O procedimento de cálculo é o potência, conservamos a base e somamos os expoentes.
mesmo.
d 2 3 2+3 5
 2  2  2 2 2 2 2  2 2
1.5. Potenciação de Números Racionais   .   =  . . . .  =   = 
𝐧
 5  5 5 55 5 5 5 5
A potência q do número racional é um produto
de fatores iguais. O número é denominado a base e o - Quociente de potências de mesma base. Para redu-
número é o expoente. zir um quociente de potências de mesma base a uma só
n potência, conservamos a base e subtraímos os expoen-
q = q � q � q � q � . . .� q, (q aparece n vezes) tes.

Exs: 3 3 3 3 3
5. . . . 2 5− 2 3
3 3 2 2 2 2 2 3 3
a)  2  =  2  .  2  .  2  =
3
8
:
    = =   =  
5 3 5 5 5
125
2 2 3 3 2 2
.
b)  − 1  =  − 1  .  − 1  .  − 1  = 1 2 2
  −
 2  2  2  2 8
c) (– 5)² = (– 5) � ( – 5) = 25 - Potência de Potência. Para reduzir uma potência de
potência a uma potência de um só expoente, conserva-
d) (+5)² = (+5) � (+5) = 25 mos a base e multiplicamos os expoentes.

3
1.5.1. Propriedades da Potenciação aplicadas a nú-  1  2  2 2
1 1 1
2
1
2+ 2+ 2
1
3+ 2
1
6

   =   .  .  =   =  = 
meros racionais  2   2 2 2 2 2 2

Toda potência com expoente 0 é igual a 1.


1.6. Radiciação de Números Racionais
0
 2
+  = 1 Se um número representa um produto de dois ou
 5 mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do
número. Vejamos alguns exemplos:
- Toda potência com expoente 1 é igual à própria
base. Ex:
9
1 4 Representa o produto 2. 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz
 9
−  =− quadrada de 4. Indica-se 4 = 2.
 4 4
Ex:
- Toda potência com expoente negativo de um núme- 2
ro racional diferente de zero é igual a outra potência que 1 1 1 1
Representa o produto . ou   .
tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente 9 3 3 3
MATEMÁTICA

igual ao oposto do expoente anterior.


1 1 1 1
Logo, é a raiz quadrada de .Indica-se =
 3  5
−2
25 2
3 9 9 3
−  = −  =
 5  3 9

2
Ex: 6
0,216 Representa o produto 0,6 � 0,6 � 0,6 ou (0,6)3 . Assim, diz-se que é uma fração equivalente a 3
10 5
3
Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 0,216 = 0,6 .
2. Operações com Frações
Assim, podemos construir o diagrama:
2.1. Adição e Subtração

2.1.1. Frações com denominadores iguais:

Ex:
Jorge comeu 3 de um tablete de chocolate e Miguel
5
8
desse mesmo tablete. Qual a fração do tablete de cho-
8
colate que Jorge e Miguel comeram juntos?

A figura abaixo representa o tablete de chocolate.


Nela também estão representadas as frações do tablete
que Jorge e Miguel comeram:
FIQUE ATENTO!
Um número racional, quando elevado ao
quadrado, dá o número zero ou um número
racional positivo. Logo, os números racio-
nais negativos não têm raiz quadrada em Q. 3 2 5
Observe que = =
8 8 8
5
O número −
100
não tem raiz quadrada em Q, pois Portanto, Jorge e Miguel comeram juntos do table-
8
9 10 te de chocolate.
tanto −
10 como + , quando elevados ao quadrado, dão
100 . 3 3
Na adição e subtração de duas ou mais frações que
9
têm denominadores iguais, conservamos o denominador
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no comum e somamos ou subtraímos os numeradores.
conjunto dos números racionais se ele for um quadrado Outro Exemplo:
perfeito.

O número 2 não tem raiz quadrada em Q, pois não


3 5 7 3+5−7 1
3 + − = =
2 2 2 2 2
existe número racional que elevado ao quadrado dê
2.
3 2.1.2. Frações com denominadores diferentes:
3 5
Frações Calcular o valor de + Inicialmente, devemos re-
8 6
duzir as frações ao mesmo denominador comum. Para
Frações são representações de partes iguais de um isso, encontramos o mínimo múltiplo comum (MMC) en-
todo. São expressas como um quociente de dois núme- tre os dois (ou mais, se houver) denominadores e, em se-
x guida, encontramos as frações equivalentes com o novo
ros , sendo x o numerador e y o denominador da
y denominador:
fração, com y ≠ 0 .
3 5 9 20
mmc (8,6) = 24 = = =
1. Frações Equivalentes 8 6 24 24
São frações que, embora diferentes, representam a 24 ∶ 8 � 3 = 9
mesma parte do mesmo todo. Uma fração é equivalente
a outra quando pode ser obtida multiplicando o nume- 24 ∶ 6 � 5 = 20
rador e o denominador da primeira fração pelo mesmo
número. Devemos proceder, agora, como no primeiro caso,
simplificando o resultado, quando possível:
Ex: 3 e 6 .
5 10 9 20 29
+ =
A segunda fração pode ser obtida multiplicando o 24 24 24
MATEMÁTICA

numerador e denominador de 3 por 2:


5
3�2 6 3 5 9 20 29
= Portanto: + = + =
5 � 2 10 8 6 24 24 24

3
#FicaDica #FicaDica
Na adição e subtração de duas ou mais fra- Sempre que possível, antes de efetuar a
ções que têm os denominadores diferentes, multiplicação, podemos simplificar as fra-
reduzimos inicialmente as frações ao menor ções entre si, dividindo os numeradores e os
denominador comum, após o que procede- denominadores por um fator comum. Esse
mos como no primeiro caso. processo de simplificação recebe o nome de
cancelamento.

2.2. Multiplicação

Ex:
De uma caixa de frutas, 4 são bananas. Do total de 2.3. Divisão
2 5
bananas, estão estragadas. Qual é a fração de frutas
3 Duas frações são inversas ou recíprocas quando o nu-
da caixa que estão estragadas? merador de uma é o denominador da outra e vice-versa.

Exemplo
2 é a fração inversa de 3
3 2
Representa 4/5 do conteúdo da caixa 5 ou 5 é a fração inversa de 1
1 5

Considere a seguinte situação:

Lúcia recebeu de seu pai os 4 dos chocolates con-


tidos em uma caixa. Do total de5 chocolates recebidos,
Lúcia deu a terça parte para o seu namorado. Que fração
Representa 2/3 de 4/5 do conteúdo da caixa. dos chocolates contidos na caixa recebeu o namorado
de Lúcia?
Repare que o problema proposto consiste em calcular
2
o valor de de 4 que, de acordo com a figura, equivale A solução do problema consiste em dividir o total de
3 5 chocolates que Lúcia recebeu de seu pai por 3, ou seja,
a 8
do total de frutas. De acordo com a tabela acima, 2 4
15 3 :3
2 4 5
de 4 equivale a � . Assim sendo:
5 3 5
Por outro lado, dividir algo por 3 significa calcular 1
2 4 8 desse algo. 3
� =
3 5 15 4 1
Portanto: : 3 = de 4
Ou seja: 5 3 5
2 de 4 2 4 2�4 8 1 4 1 4 4 1
= � = = Como de 5= 3 � 5 = � , resulta que
3 5 3 5 3�5 15
3 5 3
O produto de duas ou mais frações é uma fração cujo 4 4 3 4 1
:3 = : = �
numerador é o produto dos numeradores e cujo deno- 5 5 1 5 3
minador é o produto dos denominadores das frações
dadas. 3 1
Observando que as frações e são frações inver-
1 3
2 4 7 2�4�7 56 sas, podemos afirmar que:
Outro exemplo: � � = =
3 5 9 3 � 5 � 9 135
Para dividir uma fração por outra, multiplicamos a pri-
meira pelo inverso da segunda.
4 4 3 4 1 4
Portanto 5 : 3 = 5 ∶ 1 = 5 � 3 = 15
4
Ou seja, o namorado de Lúcia recebeu do total de
MATEMÁTICA

15
chocolates contidos na caixa.
4 8 41 5 5
Outro exemplo: : = . 2 =
3 5 3 8 6
Observação:

4
1.2. Multiplicação
Note a expressão: . Ela é equivalente à expressão
3 1 Vamos calcular o valor do seguinte produto:
:
2 5
2,58 � 3,4 .
Transformaremos, inicialmente, os números decimais
em frações decimais:
Portanto
258 34 8772
2,58 � 3,4 = � = = 8,772
100 10 1000
Números Decimais
Portanto 2,58 � 3,4 = 8,772
De maneira direta, números decimais são números
que possuem vírgula. Alguns exemplos: 1,47; 2,1; 4,9587;
0,004; etc. #FicaDica
1. Operações com Números Decimais Na prática, a multiplicação de números
decimais é obtida de acordo com as
1.1. Adição e Subtração seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como
Vamos calcular o valor da seguinte soma: se eles fossem números naturais.
- No resultado, colocamos tantas casas
5,32 + 12,5 + 0, 034 decimais quantas forem as do primeiro fator
somadas às do segundo fator.
Transformaremos, inicialmente, os números decimais
em frações decimais: Exemplo:
532 125 34 5320
Disposição
12500 34
prática:
17854
5,32 + 12,5 + 0,034 = 100 + 10
+ 1000 = 1000
+ 1000 + 1000 = 1000
= 17,854
652,2  1 casa decimal
532 125 34 5320 12500 34 17854
= + + = + + = = 17,854 X 2,03  2 casas decimais
100 10 1000 1000 1000 1000 1000
19 566
Portanto: 5,32 + 12,5 + 0, 034 = 17, 854

Na prática, a adição e a subtração de números deci- 1 304 4


mais são obtidas de acordo com a seguinte regra:
1 323,966  1 + 2 = 3 casas decimais
- Igualamos o número de casas decimais, acrescen-
tando zeros. 1.3. Divisão
- Colocamos os números um abaixo do outro, deixan-
do vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais
como se eles fossem números naturais.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vír-
gula dos números dados.

Exemplo

2,35 + 14,3 + 0, 0075 + 5 Vamos, por exemplo, efetuar a seguinte divisão:


24 ∶ 0,5
Disposição prática:
2,3500 Inicialmente, multiplicaremos o dividendo e o divisor
da divisão dada por 10.
14,3000
+ 0,0075
24 ∶ 0,5 = (24 � 10) ∶ (0,5 � 10) = 240 ∶ 5
5,0000
MATEMÁTICA

21,6575 A vantagem de tal procedimento foi a de transformar-


mos em número natural o número decimal que aparecia
na divisão. Com isso, a divisão entre números decimais
se transforma numa equivalente com números naturais.

5
Portanto: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48 2. Representação Decimal das Frações
p
Tomemos um número racional q tal que P não seja
#FicaDica múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta
Na prática, a divisão entre números decimais efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Igualamos o número de casas decimais do Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
dividendo e do divisor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão 1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
como se os números fossem naturais. um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2
= 0,4
5
Ex: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48 1
= 0,25
4
Disposição prática: 35
= 8,75
4
153
= 3,06
50
Nesse caso, o resto da divisão é igual à zero. Assim
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o quocien-
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se pe-
te é exato.
riodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
Ex: 9,775 ∶ 4,25 1
= 0,333 …
3
Disposição prática:
1
= 0,04545 …
22

167
Nesse caso, o resto da divisão é diferente de zero. = 2,53030 …
66
Assim sendo, a divisão é chamada de divisão aproximada
e o quociente é aproximado.
FIQUE ATENTO!
Se quisermos continuar uma divisão aproximada, de-
Se após as vírgulas os algarismos não são pe-
vemos acrescentar zeros aos restos e prosseguir dividin-
riódicos, então esse número decimal não está
do cada número obtido pelo divisor. Ao mesmo tempo
contido no conjunto dos números racionais.
em que colocamos o primeiro zero no primeiro resto,
colocamos uma vírgula no quociente.
3.Representação Fracionária dos Números Deci-
mais

Trata-se do problema inverso: estando o número ra-


cional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo
na forma de fração. Temos dois casos:

1º) Transformamos o número em uma fração cujo


Ex: 0,14 ∶ 28
numerador é o número decimal sem a vírgula e o deno-
minador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos
zeros quantas forem as casas decimais do número deci-
mal dado:

Ex: 2 ∶ 16
MATEMÁTICA

6
Subtraindo membro a membro, temos:
9
0,9 =
10 990x = 1234,34. . . – 12,34 … 990x = 1222

57 990x = 1234,34. . . – 12,34 … 990x = 1222


5,7 =
10

611
76 Simplificando, obtemos x = , a fração geratriz
0,76 = da dízima 1,23434... 495
100

Analisando todos os exemplos, nota-se que a idéia


348 consiste em deixar após a vírgula somente a parte pe-
3,48 =
100 riódica (que se repete) de cada igualdade para, após a
subtração membro a membro, ambas se cancelarem.

5 1
0,005 = = EXERCÍCIOS COMENTADOS
1000 200
1. (EBSERH – Médico – IBFC/2016) Mara leu 1/5 das
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; páginas de um livro numa semana. Na segunda semana,
para tanto, vamos apresentar o procedimento através de leu mais 2/3 de páginas. Se ainda faltam ler 60 (sessenta)
alguns exemplos: páginas do livro, então o total de páginas do livro é de:

Ex: a) 300
Seja a dízima 0,333... b) 360
Façamos e multipliquemos ambos os membros por 10: c) 400
d) 450
10x = 0,333 e) 480

Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade Resposta: Letra D.


da segunda:
Mara leu 1 2 3+10 13 do livro.
3 + = =
10x – x = 3,333 … – 0,333. . . 9x = 3 x = 5 3 15 15
9
13 15−13 2
3 Logo, ainda falta 1 − = = para ser
= 3,333 … – 0,333. . . 9x = 3 x = lido. 15 15 15
9 Essa fração que falta ser lida equivale a 60 páginas
3 2
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração . Assim:  60 páginas.
Ex: 9 15
Seja a dízima 5,1717... Portanto,
1 30 páginas.

15
Façamos x = 5,1717. . . e 100x = 517,1717. . . Logo o livro todo (15/15) possui: 15∙30=450 páginas

Subtraindo membro a membro, temos: 2. Em uma caixa de ferramentas, 4/5 são chaves de fen-
da. Do total das chaves, 2/3 estão enferrujadas. Qual é
99x = 512 x = 512⁄99 a fração de chaves da caixa de ferramentas que estão
enferrujadas?
512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99 Resposta: 8/15
Ex: O problema proposto consiste em calcular o valor de
Seja a dízima 1,23434... 2/3 de 4/5, que equivale a 8/15 do total das chaves.
MATEMÁTICA

Façamos

x = 1,23434 … ;10x = 12,3434 …; 1000x = 1234,34 …


434 … ;10x = 12,3434 …; 1000x = 1234,34 …

7
Números Primos, MDC e MMC Quando a = k.b, então a é múltiplo de b e se conhe-
cemos b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta
O máximo divisor comum e o mínimo múltiplo co- fazer k assumir todos os números naturais possíveis.
mum são ferramentas extremamente importantes na Ex. Para obter os múltiplos de dois, isto é, os números
matemática. Através deles, podemos resolver alguns da forma a = k x 2, k seria substituído por todos os nú-
problemas simples, além de utilizar seus conceitos em meros naturais possíveis.
outros temas, como frações, simplicação de fatoriais, etc.
Porém, antes de iniciarmos a apresentar esta teoria, é
importante conhecermos primeiramente uma classe de FIQUE ATENTO!
números muito importante: Os números primos. Um número b é sempre múltiplo dele mes-
mo. a = 1 x b ↔ a = b.
1. Números primos

Um número natural é definido como primo se ele tem A definição de divisor está relacionada com a de múl-
exatamente dois divisores: o número um e ele mesmo. tiplo.
Já nos inteiros, p ∈ ℤ é um primo se ele tem exatamente Um número natural b é divisor do número natural a,
quatro divisores: ±1 e ±𝑝 . se a é múltiplo de b.
Ex. 3 é divisor de 15, pois , logo 15 é múltiplo de 3 e
FIQUE ATENTO! também é múltiplo de 5.
Por definição, 0, 1 e − 1 não são números
primos. #FicaDica
Um número natural tem uma quantidade fi-
Existem infinitos números primos, como demonstra-
nita de divisores. Por exemplo, o número 6
do por Euclides por volta de 300 a.C.. A propriedade de
poderá ter no máximo 6 divisores, pois tra-
ser um primo é chamada “primalidade”, e a palavra “pri-
balhando no conjunto dos números naturais
mo” também são utilizadas como substantivo ou adje-
não podemos dividir 6 por um número maior
tivo. Como “dois” é o único número primo par, o termo
do que ele. Os divisores naturais de 6 são os
“primo ímpar” refere-se a todo primo maior do que dois.
números 1, 2, 3, 6, o que significa que o nú-
O conceito de número primo é muito importante
mero 6 tem 4 divisores.
na teoria dos números. Um dos resultados da teoria dos
números é o Teorema Fundamental da Aritmética, que
afirma que qualquer número natural diferente de 1 pode MDC
ser escrito de forma única (desconsiderando a ordem)
como um produto de números primos (chamados fato- Agora que sabemos o que são números primos, múl-
res primos): este processo se chama decomposição em tiplos e divisores, vamos ao MDC. O máximo divisor co-
fatores primos (fatoração). É exatamente este conceito mum de dois ou mais números é o maior número que é
que utilizaremos no MDC e MMC. Para caráter de me- divisor comum de todos os números dados.
morização, seguem os 100 primeiros números primos Ex. Encontrar o MDC entre 18 e 24.
positivos. Recomenda-se que memorizem ao menos os Divisores naturais de 18: D(18) = {1,2,3,6,9,18}.
10 primeiros para MDC e MMC: Divisores naturais de 24: D(24) = {1,2,3,4,6,8,12,24}.
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, Pode-se escrever, agora, os divisores comuns a 18 e
59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113, 24: D(18)∩ D (24) = {1,2,3,6}.
127, 131, 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181, Observando os divisores comuns, podemos identifi-
191, 193, 197, 199, 211, 223, 227, 229, 233, 239, 241, 251, car o maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja:
257, 263, 269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317, MDC (18,24) = 6.
331, 337, 347, 349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397, Outra técnica para o cálculo do MDC:
401, 409, 419, 421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463,
467, 479, 487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541 Decomposição em fatores primos: Para obter o
MDC de dois ou mais números por esse processo, proce-
2. Múltiplos e Divisores de-se da seguinte maneira:
Decompõe-se cada número dado em fatores primos.
Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada
natural b, se existe um número natural k tal que: um deles elevado ao seu menor expoente.
Exemplo: Achar o MDC entre 300 e 504.
𝑎 = 𝑘. 𝑏
MATEMÁTICA

Ex. 15 é múltiplo de 5, pois 15=3 x 5

Quando a=k.b, segue que a é múltiplo de b, mas tam-


bém, a é múltiplo de k, como é o caso do número 35 que
é múltiplo de 5 e de 7, pois: 35 = 7 x 5.

8
Fatorando os dois números:
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (FEPESE-2016) João trabalha 5 dias e folga 1, enquan-


to Maria trabalha 3 dias e folga 1. Se João e Maria folgam
no mesmo dia, então quantos dias, no mínimo, passarão
para que eles folguem no mesmo dia novamente?

a) 8
b) 10
Temos que: c) 12
300 = 22.3 .52 d) 15
504 = 23.32 .7 e) 24

O MDC será os fatores comuns com seus menores Resposta: Letra C. O período em que João trabalha
expoentes: e folga corresponde a 6 dias enquanto o mesmo pe-
Mdc (300,504)= 22.3 = 4 .3=12 ríodo, para Maria, corresponde a 4 dias. Assim, o pro-
blema consiste em encontrar o mmc entre 6 e 4. Logo,
MMC eles folgarão no mesmo dia novamente após 12 dias
pois mmc (6,4)=12.
O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números
é o menor número positivo que é múltiplo comum de 2. Quais dos números a seguir são primos? Justifique.
todos os números dados. Consideremos:
Ex. Encontrar o MMC entre 8 e 6 a) 88
Múltiplos positivos de 6: M(6) = b) 20
{6,12,18,24,30,36,42,48,54,...} c) 101
Múltiplos positivos de 8: M(8) =
{8,16,24,32,40,48,56,64,...} Resposta: Letra C. Para ser número primo, um núme-
ro deve ser divisível apenas por 1 e por ele mesmo.
Podem-se escrever, agora, os múltiplos positivos co- Em outras palavras, caso um número seja múltiplo de
muns: M(6)∩M(8) = {24,48,72,...} qualquer outro, ele não é primo.
Observando os múltiplos comuns, pode-se identificar a) 88 é divisível por 2, 4, 8, 11, 22, entre outros. Logo,
o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja: como existem divisores diferentes de 1 e de 88, dize-
Outra técnica para o cálculo do MMC: mos que 88 não é primo.
b) 20 é divisível por 2, 4, 5 e 10. Logo, como existem
Decomposição isolada em fatores primos: Para ob- divisores diferentes de 1 e de 20, dizemos que 20 não
ter o MMC de dois ou mais números por esse processo, é primo.
procedemos da seguinte maneira: c) 101 é primo porque não é divisível por nenhum nú-
- Decompomos cada número dado em fatores pri- mero primo menor que ele.
mos.
- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-
-comuns, cada um deles elevado ao seu maior ex- PORCENTAGEM;
poente.

Ex. Achar o MMC entre 18 e 120. A definição de porcentagem passa pelo seu próprio
nome, pois é uma fração de denominador centesimal, ou
Fatorando os números: seja, é uma fração de denominador 100. Representamos
porcentagem pelo% e lê-se: “por cento”.
50
Deste modo, a fração 100 ou qualquer uma equiva-
lente a ela é uma porcentagem que podemos representar
por 50%.

A porcentagem nada mais é do que uma razão, que


representa uma “parte” e um “todo” a qual referimos
18 = 2 .32 como 100%. Assim, de uma maneira geral, temos que:
MATEMÁTICA

120 = 23.3 .5 𝑝
𝐴= .𝑉
3 2
mmc (18, 120) = 2 � 3 � 5 = 8 � 9 � 5 = 360 100

9
Onde A, é a parte, p é o valor da porcentagem e V é o Ex. Um atirador tem taxa de acerto de 75% de seus
todo (100%). Assim, os problemas básicos de porcenta- tiros ao alvo. Se em um treinamento ele acertou 15 tiros,
gem se resumem a três tipos: quantos tiros ele deu no total?
Neste caso, o problema gostaria de saber quanto vale
Cálculo da parte (Conheço p e V e quero achar A): o “todo”, assim:
Para calcularmos uma porcentagem de um valor V, bas-
𝑝
ta multiplicarmos a fração correspondente, ou seja, 100 𝐴 15
por V. Assim: 𝑉= . 100 = . 100 = 0,2.100 = 20 𝑡𝑖𝑟𝑜𝑠
𝑝 75
𝑝
P% de V =A= 100 .V
Forma Decimal: Outra forma de representação de
porcentagens é através de números decimais, pois to-
Ex. 23% de 240 = 23 .240 = 55,2 dos eles pertencem à mesma classe de números, que são
100 os números racionais. Assim, para cada porcentagem, há
Ex. Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que um numero decimal equivalente. Por exemplo, 35% na
67% de uma amostra assistem a certo programa de TV. forma decimal seriam representados por 0,35. A conver-
Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas são é muito simples: basta fazer a divisão por 100 que
assistem ao tal programa? está representada na forma de fração:
Aqui, queremos saber a “parte” da população que as- 75
siste ao programa de TV, como temos a porcentagem e o 75% = = 0,75
100
total, basta realizarmos a multiplicação:
67 Aumento e desconto percentual
67% de 56000=A= 56000=37520
100
Resp. 37 520 pessoas. Outra classe de problemas bem comuns sobre por-
centagem está relacionada ao aumento e a redução per-
Cálculo da porcentagem (conheço A e V e quero centual de um determinado valor. Usaremos as defini-
achar p): Utilizaremos a mesma relação para achar o va- ções apresentadas anteriormente para mostrar a teoria
lor de p e apenas precisamos rearranjar a mesma: envolvida

𝑝 𝐴 Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial


𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100
100 𝑉 V que deve sofrer um aumento de de seu valor. Chame-
mos de VA o valor após o aumento. Assim:
Ex. Um time de basquete venceu 10 de seus 16 jogos. p
Qual foi sua porcentagem de vitórias? VA = V + .V
100
Neste caso, o exercício quer saber qual a porcenta-
gem de vitórias que esse time obteve, assim: Fatorando:
p
𝐴 10 VA = ( 1 + ) .V
𝑝 = . 100 = . 100 = 62,5% 100
𝑉 16
Em que (1 + p ) será definido como fator de au-
Resp: O time venceu 62,5% de seus jogos.
100
mento, que pode estar representado tanto na forma de
Ex. Em uma prova de concurso, o candidato acertou fração ou decimal.
48 de 80 questões. Se para ser aprovado é necessário
acertar 55% das questões, o candidato foi ou não foi Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial
aprovado? V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Cha-
Para sabermos se o candidato passou, é necessário memos de VD o valor após o desconto.
calcular sua porcentagem de acertos:
p
𝐴 48 VD = V – .V
𝑝 = . 100 = . 100 = 60% > 55% 100
𝑉 80
Fatorando:
Logo, o candidato foi aprovado. p
VD = (1 – ) .V
100
Calculo do todo (conheço p e A e quero achar V):
No terceiro caso, temos interesse em achar o total (Nosso p
Em que (1 – ) será definido como fator de des-
MATEMÁTICA

100%) e para isso basta rearranjar a equação novamente: 100


conto, que pode estar representado tanto na forma de
𝑝 𝐴 𝐴 fração ou decimal.
𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100 → 𝑉 = . 100
100 𝑉 𝑝

10
Ex. Uma empresa admite um funcionário no mês de 𝑝2
janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de au- V2 = V1 .(1 + )
mento. Se a empresa deseja que o salário desse funcio- 100
nário, a partir de março, seja R$ 3 500,00, com que salário Como temos também uma expressão para V1, basta
deve admiti-lo? substituir:
Neste caso, o problema deu o valor de e gostaria de 𝑝1 𝑝2
saber o valor de V, assim: V2 = V .(1 + ) .(1 + )
100 100
p
VA = ( 1 + 100 ).V
40
Assim, para cada aumento, temos um fator corres-
3500 = ( 1 + ).V pondente e basta ir multiplicando os fatores para chegar
100
ao resultado final.
3500 =(1+0,4).V
No caso de desconto, temos o mesmo caso, sendo V
3500 =1,4.V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois
3500 descontos sucessivos de p1% e p2%.
V= =2500
1,4
Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:
Resp. R$ 2 500,00 𝑝1
V1 = V.(1 – )
Ex. Uma loja entra em liquidação e pretende abaixar 100
em 20% o valor de seus produtos. Se o preço de um deles
é de R$ 250,00, qual será seu preço na liquidação? Sendo V2 o valor após o segundo desconto, ou seja,
Aqui, basta calcular o valor de VD : após já ter descontado uma vez, temos que:
p 𝑝2
VD = (1 – ) .V V2 = V_1 .(1 – )
100 100
20
VD = (1 – ) .250,00 Como temos também uma expressão para , basta
100 substituir:
VD = (1 –0,2) .250,00 𝑝1 𝑝2
V2 = V .(1 – ) .(1 – )
VD = (0,8) .250,00 100 100
Além disso, essa formulação também funciona para
VD = 200,00 aumentos e descontos em sequência, bastando apenas
a identificação dos seus fatores multiplicativos. Sendo V
Resp. R$ 200,00 um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um
aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%.
FIQUE ATENTO! Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
Em alguns problemas de porcentagem são
𝑝1
necessários cálculos sucessivos de aumen- V1 = V .(1+ )
tos ou descontos percentuais. Nesses ca- 100
sos é necessário ter atenção ao problema,
pois erros costumeiros ocorrem quando se Sendo V2 o valor após o desconto, temos que:
calcula a porcentagens do valor inicial para 𝑝2
obter todos os valores finais com descon- V2 = V_1 .(1 – )
tos ou aumentos. Na verdade, esse cálculo 100
só pode ser feito quando o problema diz Como temos uma expressão para , basta substituir:
que TODOS os descontos ou aumentos 𝑝1 𝑝2
são dados a uma porcentagem do valor V2 = V .(1+ ) .(1 – )
inicial. Mas em geral, os cálculos são feitos 100 100
como mostrado no texto a seguir. Ex. Um produto sofreu um aumento de 20% e depois
sofreu uma redução de 20%. Isso significa que ele voltará
Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos ao seu valor original.
um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor ( ) Certo ( ) Errado
após o primeiro aumento, temos:
MATEMÁTICA

𝑝1 Este problema clássico tem como finalidade concei-


V1 = V .(1 + ) tuar esta parte de aumento e redução percentual e evitar
100 o erro do leitor ao achar que aumentando p% e dimi-
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, ou seja, nuindo p%, volta-se ao valor original. Se usarmos o que
após já ter aumentado uma vez, temos que: aprendemos, temos que:

11
𝑝1 𝑝2 A razão basicamente é uma fração, e como sabem,
V2 = V . 1+ . 1– frações são números racionais. Entretanto, a leitura des-
100 100
𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜
te número é diferente, justamente para diferenciarmos
quando estamos falando de fração ou de razão.
20 20 3
V2 = V .(1+ ) .(1 – ) a) Quando temos o número 5 e estamos tratando de
100 100
fração, lê-se: “três quintos”.
V2 = V .(1+0,2) .(1 – 0,2 ) 3
b) Quando temos o número 5
e estamos tratando
V2 = V .(1,2) .(0,8) de razão, lê-se: “3 para 5”.

96 Além disso, a nomenclatura dos termos também é


V2 = 0,96.V= V=96% de V diferente:
100
Ou seja, o valor final corresponde a 96% de V e não O número 3 é numerador
100%, assim, eles não são iguais, portanto deve-se assi-
nalar a opção ERRADO
3
a) Na fração 5

EXERCÍCIOS COMENTADOS O número 5 é denominador

1. (UNESP) Suponhamos que, para uma dada eleição, O número 3 é antecedente


uma cidade tivesse 18.500 eleitores inscritos. Suponha-
mos ainda que, para essa eleição, no caso de se verificar
3
um índice de abstenções de 6% entre os homens e de 9% b) Na razão
5
entre as mulheres, o número de votantes do sexo mas-
culino será exatamente igual ao número de votantes do
sexo feminino. Determine o número de eleitores de cada
sexo. O número 5 é consequente
20 2
Resposta: Denotamos o número de eleitores do sexo Ex. A razão entre 20 e 50 é = já a razão entre 50
50 5 50 5
femininos de F e de votantes masculinos de M. Pelo e 20 é = . Ou seja, deve-se sempre indicar o antece-
20 2
enunciado do exercícios, F+M = 18500. Além disso, o dente e o consequente para sabermos qual a ordem de
índice de abstenções entre os homens foi de 6% e montarmos a razão.
de 9% entre as mulheres, ou seja, 94% dos homens
e 91% das mulheres compareceram a votação, onde Ex.Numa classe de 36 alunos há 15 rapazes e 21 mo-
94%M = 91%F ou 0,94M = 0,91F. Assim, para deter- ças. A razão entre o número de rapazes e o número de
minar o número de eleitores de cada sexo temos os moças é 15 , se simplificarmos, temos que a fração equi-
seguinte sistema para resolver: 5 21
valente 7 , o que significa que para “cada 5 rapazes há 7
moças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapa-
F + M = 18500 zes e o total de alunos é dada por 15 = 5 , o que equivale
� 36 12
0,94M = 0,91F a dizer que “de cada 12 alunos na classe, 5 são rapazes”.
0,91
Da segunda equação, temos que M = 0,94 F . Agora, Razão entre grandezas de mesma espécie: A razão
substituindo M na primeira equação do sistema en- entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente
contra-se F = 9400 e por fim determina-se M = 9100. dos números que expressam as medidas dessas grande-
zas numa mesma unidade.
Ex. Um automóvel necessita percorrer uma estrada de
RAZÃO E PROPORÇÃO; 360 km. Se ele já percorreu 240 km, qual a razão entre a
distância percorrida em relação ao total?
Como os dois números são da mesma espécie (dis-
Razão tância) e estão na mesma unidade (km), basta fazer a ra-
zão:
Quando se utiliza a matemática na resolução de pro- 𝑟=
240 𝑘𝑚 2
=
blemas, os números precisam ser relacionados para se 360 𝑘𝑚 3
MATEMÁTICA

obter uma resposta. Uma das maneiras de se relacionar


os números é através da razão. Sejam dois números reais No caso de mesma espécie, porém em unidades di-
a e b, com b ≠ 0,define-se razão entre a e b (nessa ordem) ferentes, deve-se escolher uma das unidades e converter
𝑎
o quociente a ÷ b, ou . a outra.
𝑏

12
Ex. Uma maratona possui aproximadamente 42 km de Ex. A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais,
extensão. Um corredor percorreu 36000 metros. Qual a Rio de Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de
razão entre o que falta para percorrer em relação à ex- 927 286 km2 e uma população de 66 288 000 habitantes,
tensão da prova? aproximadamente, segundo estimativas projetadas pelo
Veja que agora estamos tentando relacionar metros Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o
com quilômetros. Para isso, deve-se converter uma das ano de 1995. Qual a razão entre o número de habitantes
unidades, vamos utilizar “km”: e a área total?
36000 m=36 km Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte-
remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
Como é pedida a razão entre o que falta em relação
ao total, temos que: 66288000 ℎ𝑎𝑏 ℎ𝑎𝑏
𝑑= = 71,5
927286 𝑘𝑚² 𝑘𝑚2
42 𝑘𝑚 − 36 𝑘𝑚 6 𝑘𝑚 1
𝑟= = =
42 𝑘𝑚 42 𝑘𝑚 7

Ex. Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse compri- #FicaDica


mento é representado num desenho por 20 cm. Qual é a
A razão entre o número de habitantes e a
razão entre o comprimento representado no desenho e
área deste local é denominada densidade
o comprimento real?
demográfica.
Convertendo o comprimento real para cm, temos
que:
Ex. Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L
20 𝑐𝑚 1 de gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros per-
𝑒= =
800 𝑐𝑚 40 corridos pelo número de litros de combustível consumi-
dos, teremos o número de quilômetros que esse carro
percorre com um litro de gasolina:
#FicaDica
A razão entre um comprimento no desenho 83,76 𝑘𝑚 𝑘𝑚
e o correspondente comprimento real, cha-
𝑐= = 10,47
8𝑙 𝑙
ma-se escala
#FicaDica
Razão entre grandezas de espécies diferentes: É
A razão entre a distância percorrida em rela-
possível também relacionar espécies diferentes e isto
ção a uma quantidade de combustível é de-
está normalmente relacionado a unidades utilizadas na
finida como “consumo médio”
física:

Ex. Considere um carro que às 9 horas passa pelo qui- Proporção


lômetro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilô-
metro 170. Qual a razão entre a distância percorrida e o A definição de proporção é muito simples, pois se tra-
tempo gasto no translado? ta apenas da igualdade de razões.
Para montarmos a razão, precisamos obter as infor- 3 6
mações: Na proporção = (lê-se: “3 está para 5 assim
5 10
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
como 6 está para 10”).
Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
Observemos que o produto 3 x 10=30 é igual ao pro-
Calculamos a razão entre a distância percorrida e o
duto 5 x 6=30, o que caracteriza a propriedade funda-
tempo gasto para isso:
mental das proporções

140 𝑘𝑚 70 #FicaDica
𝑣= = = 70 𝑘 𝑚 ⁄ℎ
2ℎ 1
Se multiplicarmos em cruz (ou em x), tere-
Como são duas espécies diferentes, a razão entre elas mos que os produtos entre o numeradores
será uma espécie totalmente diferente das outras duas. e os denominadores da outra razão serão
iguais.

#FicaDica
MATEMÁTICA

2 6
Ex. Na igualdade = , temos 2 x 9=3 x 6=18, logo,
A razão entre uma distância e uma medida 3 9
temos uma proporção.
de tempo é chamada de velocidade.

13
Ex. Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se 5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
a seguinte dosagem: 7 gotas para cada 3 kg do “peso” da = → = → =
2 4 5 10 5 10
criança. Se uma criança tem 15 kg, qual será a dosagem
correta? ou
Como temos que seguir a receita, temos que atender
a proporção, assim, chamaremos de x a quantidade de 5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
gotas a serem ministradas: = → = → =
2 4 2 4 2 4
7 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑥 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠
= b) Diferença dos termos: Analogamente a soma, te-
3 𝑘𝑔 15 𝑘𝑔
mos também que se realizarmos a diferença entre
os termos, também chegaremos em outras pro-
Logo, para atendermos a proporção, precisaremos porções:
encontrar qual o número que atenderá a proporção. Mul- 4 8 4−3 8−6 1 2
tiplicando em cruz, temos que: = → = → =
3 6 4 8 4 8
3x=105 ou

4 8 4−3 8−6 1 2
105 = → = → =
𝑥= 3 6 3 6 3 6
3
c) Soma dos antecedentes e consequentes: A soma
x=35 gotas dos antecedentes está para a soma dos conse-
quentes assim como cada antecedente está para o
Ou seja, para uma criança de 30 kg, deve-se ministrar seu consequente:
35 gotas do remédio, atendendo a proporção.
12 3 12 + 3 15 12 3
Outro jeito de ver a proporção: Já vimos que uma = → = = =
8 2 8+2 10 8 2
proporção é verdadeira quando realizamos a multiplica-
ção em cruz e encontramos o mesmo valor nos dois pro- d) Diferença dos antecedentes e consequentes: A
dutos. Outra maneira de verificar a proporção é verificar soma dos antecedentes está para a soma dos con-
se a duas razões que estão sendo igualadas são frações sequentes assim como cada antecedente está para
equivalentes. Lembra deste conceito? o seu consequente:

12 3 12 − 3 9 12 3
FIQUE ATENTO! = → = = =
Uma fração é equivalente a outra quando
8 2 8−2 6 8 2
podemos multiplicar (ou dividir) o nume-
rador e o denominador da fração por um
mesmo número, chegando ao numerador e FIQUE ATENTO!
denominador da outra fração. Usamos razão para fazer comparação entre
duas grandezas. Assim, quando dividimos uma
grandeza pela outra estamos comparando a
4 12 primeira com a segunda. Enquanto proporção é
Ex. e são frações equivalentes, pois:
3 9 a igualdade entre duas razões.
4x=12 →x=3
3x=9 →x=3
4
Ou seja, o numerador e o denominador de quan-
3 EXERCÍCIOS COMENTADOS
do multiplicados pelo mesmo número (3), chega ao nu-
merador e denominador da outra fração, logo, elas são
equivalentes e consequentemente, proporcionais. 1. O estado de Tocantins ocupa uma área aproximada de
278.500 km². De acordo com o Censo/2000 o Tocantins
Agora vamos apresentar algumas propriedades da tinha uma população de aproximadamente 1.156.000 ha-
proporção: bitantes. Qual é a densidade demográfica do estado de
Tocantins?
a) Soma dos termos: Quando duas razões são pro-
MATEMÁTICA

porcionais, podemos criar outra proporção soman- Resposta : A densidade demográfica é definida como
do os numeradores com os denominadores e divi- a razão entre o número de habitantes e a área ocu-
dindo pelos numeradores (ou denominadores) das pada:
razões originais:

14
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
1 156 000 hab. mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que
d= = 4,15 ha b⁄k m² se correspondem em uma mesma linha:
278 500 km² Distância (km) Litros de álcool
180 15
2. Se a área de um retângulo (A1 ) mede 300 cm² e a 210 x
área de um outro retângulo (A2 ) mede 100 cm², qual é o
valor da razão entre as áreas (A1 ) e (A2 ) ? Na coluna em que aparece a variável x (“litros de ál-
cool”), vamos colocar uma flecha:
Resposta : Ao fazermos a razão das áreas, temos:
A1 300
= =3
A2 100

Então, isso significa que a área do retângulo 1 é 3 ve- Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo
zes maior que a área do retângulo 2. de álcool também duplica. Então, as grandezas distância
e litros de álcool são diretamente proporcionais. No
3.(CELESC – Assistente Administrativo – FEPESE/2016) esquema que estamos montando, indicamos esse fato
Dois amigos decidem fazer um investimento conjunto colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo
por um prazo determinado. Um investe R$ 9.000 e o ou- sentido da flecha da coluna “litros de álcool”:
tro R$ 16.000. Ao final do prazo estipulado obtêm um
lucro de R$ 2.222 e decidem dividir o lucro de maneira
proporcional ao investimento inicial de cada um. Portan-
to o amigo que investiu a menor quantia obtém com o
investimento um lucro:

a) Maior que R$ 810,00


b) Maior que R$ 805,00 e menor que R$ 810,00
c) Maior que R$ 800,00 e menor que R$ 805,00
d) Maior que R$ 795,00 e menor que R$ 800,00 Armando a proporção pela orientação das flechas,
e) Menor que R$ 795,00 temos:

Resposta : Letra D. Ambos aplicaram R$ 9000,00+R$


16000,00=R$ 25000,00 e o lucro de R$ 2222,00 foi so-
bre este valor. Assim, constrói-se uma proporção en-
tre o valor aplicado (neste caso, R$ 9000,00 , pois o
exercício quer o lucro de quem aplicou menos) e seu
respectivo lucro:

9000 25000
= → 25x = 19998 → x = R$ 799,92
x 2222
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

REGRA DE TRÊS SIMPLES OU COMPOSTA;


#FicaDica
Procure manter essa linha de raciocínio nos di-
Regra de Três Simples
versos problemas que envolvem regra de três
simples ! Identifique as variáveis, verifique qual
Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
é a relação de proporcionalidade e siga este
mente ou inversamente proporcionais podem ser resol-
exemplo !
vidos através de um processo prático, chamado regra de
três simples.
Ex: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos Ex: Viajando de automóvel, à velocidade de 60 km/h,
litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km? eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumentando
a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse
Solução: percurso?
O problema envolve duas grandezas: distância e litros Solução: Indicando por x o número de horas e colo-
MATEMÁTICA

de álcool. cando as grandezas de mesma espécie em uma mesma


Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser coluna e as grandezas de espécies diferentes que se cor-
consumido. respondem em uma mesma linha, temos:

15
Velocidade (km/h) Tempo (h) 1 � x = 0,02 � 12 → x = R$ 0,24
60 4
80 x Note que foi necessário passar 2 cm para metros, para
que as unidades de comprimento fiquei iguais. Assim,
Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), va- cada 2 cm custaram R$ 0,24 para o vendedor. Como
mos colocar uma flecha: ele vendeu 4 m de tecido, esses 2 cm não foram con-
siderados quatro vezes. Assim, ele deixou de ganhar
Velocidade (km/h) Tempo (h)
60 4 2. Para se construir um muro de 17m² são necessários 3
80 x trabalhadores. Quantos trabalhadores serão necessários
para construir um muro de 51m²?
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo
fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas Resposta: 9 trabalhadores.
velocidade e tempo são inversamente proporcionais.
No nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na As grandezas (área e trabalhadores) são diretamente
coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao proporcionais. Assim, a regra de três é direta:
da flecha da coluna “tempo”:

Área N Trabalhadores
17 3
51 x

17 � x = 51 � 3 → x = 9 trabalhadores

Na montagem da proporção devemos seguir o senti-


do das flechas. Assim, temos: Regra de Três Composta

O processo usado para resolver problemas que en-


volvem mais de duas grandezas, diretamente ou inver-
samente proporcionais, é chamado regra de três com-
posta.
Ex: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em
quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produzi-
riam 300 dessas peças?

Solução: Indiquemos o número de dias por x. Co-


Resposta: Farei esse percurso em 3 h. loquemos as grandezas de mesma espécie em uma só
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CBTU – ASSISTENTE OPERACIONAL – FU-


MARC/2016) Dona Geralda comprou 4 m de tecido im-
portado a R$ 12,00 o metro linear. No entanto, o metro
linear do lojista media 2 cm a mais. A quantia que o lojis- Comparemos cada grandeza com aquela em que está
ta deixou de ganhar com a venda do tecido foi: o x.

a) R$ 0,69 As grandezas peças e dias são diretamente propor-


b) R$ 0,96 cionais. No nosso esquema isso será indicado colocan-
c) R$ 1,08 do-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido
d) R$ 1,20 da flecha da coluna “dias”:

Resposta: Letra B. As grandezas (comprimento e pre-


ço) são diretamente proporcionais. Assim, a regra de
três é direta:
MATEMÁTICA

Metros Preço
1 12
0,02 x

16
As grandezas máquinas e dias são inversamente pro- Comparando-se as grandezas duas a duas, nota-se
porcionais (duplicando o número de máquinas, o número que:
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso • Digitadores e formulários são diretamente propor-
será indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma cionais, pois se o número de digitadores aumenta,
flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: a quantidade de formulários que pode ser digitada
também aumenta.
• Digitadores e linhas são diretamente proporcio-
nais, pois se a quantidade de digitadores aumenta,
o número de linhas que pode ser digitado também
aumenta.
• Digitadores e horas são inversamente proporcio-
nais, pois se o número de horas trabalhadas au-
menta, então são necessários menos digitadores
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão para o serviço e, portanto, a quantidade de digi-
que contém o x, que é 4 , com o produto das outras ra- tadores diminui.
x
zões, obtidas segundo a orientação das flechas 6 � 160 :
8 300
A regra de três fica:

40 2400 12 3
= � �
x 5616 18 2,5
40 86400
→ =
x 252720
→ 86500x = 10108800
→ x = 117 digitadores

Resposta: Em 10 dias. 2. Em uma fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20


carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados
por 4 homens em 16 dias?
FIQUE ATENTO!
Resposta:
Repare que a regra de três composta,
embora tenha formulação próxima à
regra de três simples, é conceitualmente Homens Carrinhos Dias
distinta devido à presença de mais de duas 8 20 5
grandezas proporcionais.
4 x 16
Observe que, aumentando o número de homens, a
produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação
é diretamente proporcional (não precisamos inverter
EXERCÍCIOS COMENTADOS a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carri-
nhos aumenta. Portanto a relação também é direta-
1. (SEDUC-SP - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA IN- mente proporcional (não precisamos inverter a razão).
FORMAÇÃO – VUNESP/2014) Quarenta digitadores Devemos igualar a razão que contém o termo x com o
preenchem 2 400 formulários de 12 linhas, em 2,5 horas. produto das outras razões.
Para preencher 5 616 formulários de 18 linhas, em 3 horas, Montando a proporção e resolvendo a equação, te-
e admitindo-se que o ritmo de trabalho dos digitadores mos:
seja o mesmo, o número de digitadores necessários será
20 8 5
a) 105 = �
π 4 16
b) 117
c) 123 Logo, serão montados 32 carrinhos.
d) 131
e) 149

Resposta: Letra B.
A tabela com os dados do enunciado fica:
MATEMÁTICA

Digitadores Formulários Linhas Horas


40 2400 12 2,5
x 5616 18 3

17
Aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no 1º mem-
EQUAÇÕES DO 1º OU DO 2º GRAUS; bro. Para isso, divide-se ambos os lados da equação por
SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU; 3, fazendo com que no 1º membro reste apenas :

EQUAÇÃO DO 1º GRAU 3x 12 12
= →x= → x = 4 → S = {4�
Uma equação é uma igualdade na qual uma ou mais 3 3 3
variáveis, conhecidas por incógnitas, são desconhecidas.
Resolver uma equação significa encontrar o valor das in-
2x
cógnitas. Equações do primeiro grau são equações onde Exemplo: Resolva a equação +2 x− 4 = x +1
3
há somente uma incógnita a ser encontrada e seu ex-
poente é igual a 1. A forma geral de uma equação do Aplicando a regra 1, eliminam-se os parênteses. Para
primeiro grau é: ax+b=0 isso, aplica-se a distributiva no termo com parênteses:
Onde e são números reais. 2x
+ 2x − 8 = x + 1
O “lado esquerdo” da equação é denominado 1º 3
membro enquanto o “lado direito” é denominado 2º Aplicando a regra 2, igualam-se os denominadores
membro. de todos os termos. Nessa equação, o denominador co-
mum é “3”:

#FicaDica 2x 6x 24 3x 3
+ − = +
Para resolver uma equação do primeiro grau, 3 3 3 3 3
costuma-se concentrar todos os termos que
contenham incógnitas no 1º membro e to- Como há o mesmo denominador em todos os ter-
dos os termos que contenham somente nú- mos, eles podem ser “cortados”: 2x+6x-24=3x+3
meros no 2º membro.
Aplicando a regra 3, transfere-se o termo “” para o 1º
membro: 2x+6x-3x-24=3
Há diversas formas de equações do primeiro grau e
a seguir serão apresentados alguns deles. Antes, há uma Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “” para o 2º
lista de “regras” para a solução de equações do primeiro membro: 2x+6x-3x=24+3
grau:
Aplicando a regra 5, simplificam-se as expressões em
Regra 1 – Eliminar os parênteses ambos os membros: 5x=27
Regra 2 – Igualar os denominadores de todos os ter-
mos caso haja frações Por fim, aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no 1º
Regra 3 – Transferir todos os termos que contenham 27 27
membro: x = →S =
incógnitas para o 1º membro 5 5
Regra 4 – Transferir todos os termos que contenham
somente números para o 2º membro EQUAÇÃO DO 2º GRAU
Regra 5 – Simplificar as expressões em ambos os
membros Equações do segundo grau são equações nas quais
Regra 5 – Isolar a incógnita no 1º membro o maior expoente de é igual a 2. Sua forma geral é ex-
pressa por: ax2+bx+c=0
Exemplo: Resolva a equação 5x-4=2x+8
Onde a,b e c e são números reais e a≠0. Os números
As regras 1 e 2 não se aplicam pois não há parênteses, a, b e c são chamados coeficientes da equação:
nem frações. Aplicando a regra 3, transfere-se o termo “” - a é sempre o coeficiente do termo em X2 .
para o 1º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo no 1º - b é sempre o coeficiente do termo em X.
membro com o sinal trocado: 5x-4-2x=8 - c é sempre o coeficiente ou termo independente.

Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “” para o 2º EQUAÇÃO COMPLETA E INCOMPLETA:


membro. Para fazer isso, basta colocá-lo no 1º membro
com o sinal trocado: 5x-2x=8+4 - Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz
Aplicando a regra 5, simplifica-se as expressões em completa.
MATEMÁTICA

ambos os membros. Simplificar significa “juntar” todos Exemplos:


os termos com incógnitas em um único termo no 1º 5x2 – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5,b
membro e fazer o mesmo com todos os temos que con- = – 8,c = 3).
tenham somente números no 2º membro: 3x=12 y2 + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1,b
= 12,c = 20.

18
Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º Exemplo: Resolva a equação
grau se diz incompleta. Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=-1 e c=-6
Exemplos : Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:
x2 – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1,b = 0 Δ=b^2-4∙a∙c=(-1)2-4∙1∙(-6)=1+24=25
e c = – 81).
10t2 +2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10,b = Como o discriminante não é negativo, aplica-se a re-
2 e c = 0). gra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara:
5y2 = 0 é uma equação incompleta (a = 5,b = 0 e c
= 0). 1 +5 6
−b ± Δ − −1 ± 25 1 ± 5 = =3
2 2
Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + x=
2a
=
2 ×1
=
2
=
1 −5 −4
bx + c = 0 , que é denominada forma normal ou forma = = −2
2 2
reduzida de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não
estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0 ; por meio de Assim, S={-2,3}
transformações convenientes, em que aplicamos o prin-
cípio aditivo para reduzi-las a essa forma. Exemplo: Resolva a equação x2-4x+4=0
Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=-4 e c=4
Ex: Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante: Δ=b-
Dada a equação: 2x2 – 7x + 4 = 1 – x^2, vamos escre- 2
-4∙a∙c=(-4)2-4∙1∙4=16-16=0
vê-la na forma normal ou reduzida.
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0 Como o discriminante não é negativo, aplica-se a re-
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0 gra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara:
3x2 – 7x + 3 = 0
−b ± Δ − −4 ± 0 4 ± 0 4
RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU: FÓR- x= = = = =2
2a 2×1 2 2
MULA DE BHÁSKARA
Assim, S={2}
Para encontras as soluções de equações do segundo Note que, como o discriminante é nulo, a equação
grau, é necessário conhecer seu discriminante, represen- possui duas raízes reais e idênticas iguais a 2.
tado pela letra grega Δ (delta).
Δ=b2 - 4∙a∙c Exemplo: Resolva a equação x2+2x+3=0
Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=2 e c=3
FIQUE ATENTO! Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante: Δ=b-
2
-4∙a∙c=(2)2-4∙1∙3=4-12=-8
O discriminante fornece importantes informa-
ções de uma equação do 2ª grau:
Como o discriminante é negativo, a equação não pos-
Se Δ>0→ A equação possui duas raízes reais
sui raízes reais.
e distintas
Assim, S=∅ (solução vazia).
Se Δ=0→ A equação possui duas raízes reais
e idênticas
Se Δ<0→ A equação não possui raízes reais
EXERCÍCIOS COMENTADOS
A solução é dada pela Fórmula de Bháskara: 1. (ENEM 2009) Um grupo de 50 pessoas fez um orça-
−b± Δ válida para os casos onde Δ>0 ou Δ=0. mento inicial para organizar uma festa, que seria dividido
x= ,
2a entre elas em cotas iguais. Verificou-se ao final que, para
Observações importantes: arcar com todas as despesas, faltavam R$ 510,00, e que
• Para utilizar a Fórmula de Bháskara a equação deve 5 novas pessoas haviam ingressado no grupo. No acerto
estar obrigatoriamente no formato ax2+bx+c=0. foi decidido que a despesa total seria dividida em partes
Caso não esteja, é necessário colocar a equação iguais pelas 55 pessoas. Quem não havia ainda contribuí-
nesse formato para, em seguida, aplicar a fórmula! do pagaria a sua parte, e cada uma das 50 pessoas do
• Quando b=0 diz-se que as raízes das equações são grupo inicial deveria contribuir com mais R$ 7,00.
simétricas. De acordo com essas informações, qual foi o valor da
cota calculada no acerto final para cada uma das 55 pes-
As regras para solução de uma equação do 2º grau soas?
são as seguintes:
MATEMÁTICA

Regra 1 – Identificar os números e a) R$ 14,00.


Regra 2 – Calcular o discriminante b) R$ 17,00.
Regra 3 – Caso o discriminante não seja negativo, uti- c) R$ 22,00.
lizar a Fórmula de Bháskara d) R$ 32,00.
e) R$ 57,00.

19
Resolução: Letra D. De acordo com o enunciado da Inequação do 1˚ Grau
questão, 50 pessoas já haviam pagado sua parte da
despesa total, por isso não consideraremos o valor to- Inequação é toda sentença aberta expressa por uma
tal para elas, apenas o valor de R$ 7,00 adicional, que desigualdade. Ao invés do sinal de igualdade ( = ) rela-
deverá ser multiplicado por 50 pessoas. Além desse cionando duas expressões matemáticas, teremos os si-
pessoal, outros cinco juntaram-se ao grupo e preci- nais de maior ( > ), menor ( < ), maior ou igual ( ≥ ) ou
sam pagar sua parte, um valor que não conhecemos menor ou igual ( ≤ ). Abaixo seguem alguns exemplos:
e, portanto, podemos identificar como x. Somando-se x+1>0
o valor que essas pessoas pagarão ao valor acrescen- 2x-3≤5
tado ao restante do grupo, teremos um recolhimento -3x+7<2x+3
de R$ 510,00. Podemos então montar uma equação x-2≤4x-1
do 1° grau:
As inequações acima são do primeiro grau pois o ex-
(50 · 7) + (5 · x) = 510 poente da variável x é igual a 1.
350 + 5x = 510
5x = 510 – 350
FIQUE ATENTO!
5x = 160
x = 32 O método de resolução das inequações de
Portanto, cada um pagou o valor total de R$ 32,00. primeiro grau é o mesmo do método de
equações.
2. (ENEM 2013) A temperatura T de um forno (em graus
centígrados) é reduzida por um sistema a partir do ins-
tante de seu desligamento
2
(t = 0) e varia de acordo com a PROPRIEDADES DA DESIGUALDADE
expressão T t = − t4 + 400 com t em minutos. Por motivos
de segurança, a trava do forno só é liberada para abertu- a) Propriedade Aditiva:
ra quando o forno atinge a temperatura de 39 ºC. Qual o
tempo mínimo de espera, em minutos, após se desligar o Mesmo sentido
forno, para que a porta possa ser aberta?

a) 19,0. Exemplo: Se 8 > 3, então 8 + 2 > 3 + 2, isto é: 10 > 5


b) 19,8.
c) 20,0. Somamos +2 aos dois membros da desigualdade
d) 38,0.
e) 39,0. b) Propriedade Multiplicativa:

Resolução: Letra D. De acordo com o enunciado, te- Mesmo sentido


t2
mos a equação T t = − + 400 e a informação
4
de que o forno só pode ser aberto quando T = 39. Exemplo: Se 8 > 3, então 8∙ 2 > 3 ∙ 2, isto é: 16 > 6.
Vamos igualar a equação a esse valor:

t2 Multiplicamos os dois membros por 2


39 = − + 400
4
Mudou de sentido
Novamente, para facilitar os cálculos, multiplicaremos
toda a equação por 4:
– t² + 1600 = 156 Exemplo: Se 8 > 3, então 8 ∙ (–2) < 3 ∙ (–2), isto é: –16
– t² = – 1444 < –6
Multiplicando toda a equação por (– 1), teremos a se-
guinte equação do 2° grau incompleta: Multiplicamos os dois membros por –2
t² = 1444
𝑡 = 1444
t = ± 38 FIQUE ATENTO!
Uma desigualdade não muda de sentido
Como estamos procurando um valor para o “tempo”,
quando adicionamos ou subtraímos um
podemos desconsiderar a resposta negativa. Portan-
mesmo número aos seus dois membros, nem
to, t = 38 minutos.
MATEMÁTICA

quando multiplicamos ou dividimos seus dois


membros por um mesmo número positivo ou
negativo.

20
CONJUNTO UNIVERSO
2x − 3 ≤ 5
Toda inequação (assim como toda equação) deve ser
resolvida em um conjunto universo dado. O conjunto
2x ≤ 5 + 3
universo () corresponde ao conjunto de todos os valores
possíveis para a varíavel (ou outra incógnita).
2x ≤ 8
Vejamos, através do exemplo, a resolução de inequa-
ções do 1º grau. 8
x≤2
a) x < 5, sendo U = ℕ

Os números naturais que tornam a desigualdade ver- x≤4


dadeira são: 0, 1, 2, 3 ou 4. Então V = {0, 1, 2, 3, 4}.
Colocando na solução tradicional:
b) x < 5, sendo U = ℤ
S = x∈ ℝ ⁄ x ≤ 4
Todo número inteiro menor que 5 satisfaz a desigual-
dade. Logo, V = {..., –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4}. Já a solução em colchetes fica:

c) x < 5, sendo U = ℚ S = −∞, 4


Ou seja, neste caso, o colchete é fechado no lado do
Todo número racional menor que 5 é solução da ine- número 4 pois ele é o limite superior (todos os valores
quação dada. Como não é possível representar os infi- da solução devem ser maiores ou iguais a ele) e neste
nitos números racionais menores que 5 nomeando seus caso, ele também é solução (devido a ser maior ou igual
elementos, nós o faremos por meio da propriedade que e não somente maior), já o limite inferior vai para menos
caracteriza seus elementos. Assim: infinito e permanece com colchete aberto.

V = {X ∈ Q|x<5 }
RESOLUÇÃO DE INEQUAÇÕES DO 1º GRAU EXERCÍCIOS COMENTADOS

Como mencionado, a resolução de inequações ocorre 1.(FGV 2010). O conjunto de todas as soluções reais da
de forma similar à de equações. A diferença está na re- inequação 2x + 1 < 3x + 2 é
presentação do conjunto solução. Para mostrarmos essa
diferença, vamos resolver os dois primeiros exemplos a) ]-∞, -1[
apresentados sem U = ℝ b) ]-∞, 1[
c) ]-1, +∞[
x+1>0 d) ]1, +∞[
e) ]-1, 1[
Passando o +1 para o lado direito: x>-1

Ou seja, o conjunto solução desta inequação serão to- Resposta: Letra c. Resolvendo a inequação do primei-
dos os valores de x pertencente ao domínio (neste caso, ro grau:
vamos utilizar todo o conjunto dos números reais) maio- 2x + 1 < 3x + 2
res que -1, assim a solução fica: S = x ∈ ℝ ⁄ x > −1 2x – 3x < 2 – 1
-x < 1
Uma outra maneira é a representação entre colchetes, x > -1
que fica da seguinte forma: S = −1, +∞
A solução da inequação é o conjunto de números reais
Vamos explicar essa representação. A representação maiores que -1.
dos colchetes para fora indica que o número de dentro Logo, S = ]-1,+∞[.
não pertence a solução e também representa quando há
a presença do infinito (seja “mais” ou “menos” infinito). 2.(CESGRANRIO 2012) Qual é o menor valor inteiro que
Assim, -1 não está na solução mas é o limite inferior da satisfaz a desigualdade apresentada a seguir?
mesma. 9x + 2(3x – 4) > 11x – 14
Resolvendo agora o segundo exemplo, temos que:
MATEMÁTICA

a) -2
b) -1
c) 0
d) 1
e) 2

21
Resposta: Letra b. Resolvendo a inequação do pri-
meiro grau:
9x + 2(3x – 4) > 11x – 14
9x + 6x – 8 > 11x – 14
15x – 8 > 11x – 14
15x – 11x > – 14 + 8 Como desejamos valores menores que zero, as raízes
4x > – 6 não entram no conjunto solução (“Bolinha vazia”). Assim,
x > -6/4 os valores possíveis que atendem a inequação são os va-
x > -3/2 lores entre 1 e 2. Pela representação dos colchetes, temos
que: S = 1,2
Como -3/2 = -1,5, o menor valor inteiro que satisfaz a
inequação é -1. Ou por outra representação: S = x ∈ ℝ 1 < 𝑥 < 2 }

b) a<0 e Δ>0: Observe neste tipo de gráfico que os


INEQUAÇÕES DO 2˚ GRAU valores de y menores que x1 e maiores que x2 pos-
suem y negativo e entre x1 e x2, y é positivo. Assim,
As inequações de segundo grau seguem exatamente uma representação na reta real indicará o seguinte:
o que foi visto nos diversos tipos de posição que a pa-
rábola pode ter no plano cartesiano. Basicamente uma
inequação de segundo grau possui a seguinte forma:
ax2+bx+c >0
ax2+bx+c<0
ax2+bx+c ≥0 ou
ax2+bx+c ≤0

FORMAS DA INEQUAÇÃO DO 2º GRAU

Vamos analisar novamente os seis casos possíveis de


combinações de valores de “a” e Δ e verificar o que ocor- A diferença das duas representações está se a ine-
re com o sinal de “y”: quação será apenas maior ou menor (“bolinha vazia” nas
a) a>0 e Δ>0: Observe neste tipo de gráfico que os va- raízes, ou seja, elas não entrarão no conjunto solução) ou
lores de y menores que x1 e maiores que x_]2 pos- maior ou igual ou menor ou igual (“bolinha cheia” nas
suem y positivo e entre x_1 e x2, y é negativo. Assim, raízes, elas entrarão no conjunto solução)
uma representação na reta real indicará o seguinte:
Exemplo:
Resolva a seguinte inequação: -x2+5x-4≤0
Resolução: Se você resolver a função do segundo
grau, encontrará como raízes, os números 1 e 4, ou seja,
Δ>0. Como a<0, temos a seguinte representação na reta
ou real:

Como desejamos valores menores ou iguais a zero,


temos como solução, todos os valores abaixo de 1 e to-
FIQUE ATENTO! dos os valores acima de 4. Assim, na representação por
A diferença das duas representações está se a colchetes: S = −∞, 1 ∪ 4, +∞
inequação será apenas maior ou menor (“bo-
linha vazia” nas raízes, ou seja, elas não entra- Ou por outra representação: S = x ∈ ℝ x ≤ 1ou x ≥ 4}
rão no conjunto solução) ou maior ou igual ou
menor ou igual (“bolinha cheia” nas raízes, elas c) a>0 e Δ=0: Nos casos onde Δ=0, há apenas um
entrarão no conjunto solução). toque da parábola no eixo x. Assim, o sinal de “a”
determina se os valores da parábola serão positi-
vos ou negativos. No caso de “a” positivo, temos
Exemplo: toda a parábola positiva:
MATEMÁTICA

Resolva a seguinte inequação: x2-3x+2<0


Resolução: As raízes dessa função de segundo grau
são 1 e 2 (Verifique!). Com isso, temos que Δ>0 e pela
expressão, temos que a>0. Colocando na reta real, temos
que

22
ou
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1.(CESGRANRIO) O conjunto-solução da inequação 9 –


x² > 0 é:
A única diferença é se a raiz entrará ou não no con-
junto solução. a) – 3 > x > 3
b) – 3 < x < 3
a) a<0 e Δ=0: Nos casos onde Δ=0, há apenas um c) x = 3
toque da parábola no eixo x. Assim, o sinal de “a” d) x < 3
determina se os valores da parábola serão positi- e) x > 3
vos ou negativos. No caso de “a” negativo, temos
toda a parábola negativa: Resposta: Letra B. Sabemos que a função f(x) = 9 – x²
é uma função quadrática, onde a=-1, b=0 e c=9.
Podemos concluir que o gráfico de f é uma parábola
com a concavidade para baixo, pois a<0.
Vamos agora descobrir as raízes da função f resolven-
do a equação:
ou 9 – x² = 0
x² = 9
x = ± √9
x=±3

Daí, o conjunto solução da equação é S = {-3, 3}.


A única diferença é se a raiz entrará ou não no con- O gráfico de f com as informações obtidas é apresen-
junto solução. tado a seguir.

b) a>0 e Δ<0: Os dois últimos tipos serão os mais


simples. Como a parábola não toca no eixo x, ape-
nas o sinal de “a” determina todo o sinal da pa-
rábola, assim, para “a” positivo temos a parábola
toda positiva:

c) a<0 e Δ<0: Como a parábola não toca no eixo x,


apenas o sinal de “a” determina todo o sinal da pa-
rábola, assim, para “a” negativo temos a parábola
toda negativa:

Logo, como queremos os valores de x onde f(x) > 0, te-


mos que o conjunto solução é: S = {x ∈ R | − 3 < 𝑥 < 3 }

FIQUE ATENTO!
Em resumo, para resolver uma inequação, GRANDEZAS E MEDIDAS – QUANTIDADE,
inicialmente calculamos os zeros da equação TEMPO, COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE,
de segundo grau, ou seja, os pontos em que CAPACIDADE E MASSA;
o gráfico toca o eixo x. Em seguida, sabendo
qual a concavidade da parábola e os zeros da
equação, o gráfico pode ser esboçado e a O sistema de medidas e unidades existe para quanti-
análise do sinal pode ser feita. ficar dimensões. Como a variação das mesmas pode ser
gigantesca, existem conversões entre unidades para me-
MATEMÁTICA

lhor leitura.

23
Medidas de Comprimento

A unidade principal (utilizada no sistema internacional de medidas) de comprimento é o metro. Para medir dimen-
sões muito maiores ou muito menores que essa referência, surgiram seis unidades adicionais:

km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)

A conversão de unidades de comprimento segue potências de 10. Para saber o quanto se deve multiplicar (ou divi-
dir), utiliza-se a regra do , onde c é o número de casas que se andou na tabela acima. Adicionalmente, se você andou
para a direita, o número deverá ser multiplicado, se andou para a esquerda, será dividido. As figuras a seguir exempli-
ficam as conversões:
Ex: Conversão de 2,3 metros para centímetros

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você anda de uma unidade para a outra. De metro para centímetro
foram 2 casas.

3o passo: Como foram duas casas (c=2) e andou-se para a direita, basta pegar o número em metros e multi-
plicar por 102=100. Assim, 2,3 x 100=230 cm.

Ex: Conversão de 125 000 mm para decâmetro:

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você anda de uma unidade para a outra. De milímetro para decâ-
metro são 4 casas.

3o passo: Como foram quatro casas (c=4) e andou-se para a esquerda, basta pegar o número em milímetros
e dividir por 104=1000. Assim, 125000 mm = 125000:10000=12,5 dam.

Medidas de Área (Superfície)

As medidas de área seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o metro
quadrado e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:
MATEMÁTICA

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²


(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)

24
A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a re-
gra de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 2. A definição se multiplica ou divide segue
a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:

Ex: Conversão de 2 km² para m²

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você andou. Neste caso, de km2 para m2, andou-se 3 casas.

3o passo: Como foram 3 casas (c=3) e andou-se para a direita, basta pegar o número em km2 e multiplicar por
102x3=106=1000000. Assim, 2km2=2000000 m2.
Ex: Conversão de 20 mm² para cm²

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você andou. Neste caso, de mm2 para cm2, andou-se 1 casa.

3o passo: Como foi apenas 1casa (c=1) e andou-se para a esquerda, basta pegar o número em mm2 e dividir
por 102x1=100. Assim, 20 km2=20:100=0,2 cm2.

Medidas de Volume (Capacidade)

As medidas de volume seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o
metro cúbico e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a re-
gra de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 3. A definição se multiplica ou divide segue
a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:
MATEMÁTICA

25
Ex: Conversão de 3,7 m³ para cm³

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você andou. Neste caso, de m3 para cm3, forma 2 casas.

3o passo: Como foram 2 casas (c=2) e andou-se para a direita, basta pegar o número em m3 e multiplicar por
10 =106=1000000. Assim, 3,7 m3=37000000 m3.
3x2

Ex: Conversão de 50000 dm³ para m³

1o passo: Inicia-se da unidade que você vai converter.

2o passo: Conte a quantidade de casas que você andou. Neste caso, de m3 para dm3, andou-se 1 casa.

3o passo: Como foi apenas 1casa (c=1) e andou-se para a esquerda, basta pegar o número em dm3 e multi-
plicar por 103x1=1000. Assim, 5000 dm3=50 m3.

kL hL dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(quilolitro) (hectolitro) (decalitro) (litro) (decilitro) (centilitro) (mililitro)

Para essa tabela, o roteiro para converter unidades de medidas é o mesmo utilizado para as medidas anteriores. A
diferença é que para cada unidade à direita multiplica-se por 10 e para cada unidade à esquerda divide-se por 10 (igual
para unidades de comprimento).

Medidas de Massa

As medidas de massa segue a base 10, como as medidas de comprimento. A unidade principal é o grama (g) e suas
MATEMÁTICA

seis unidades complementares estão apresentadas a seguir:


kg hg dag g dg cg mg
(kilograma) (hectograma) (decagrama) (grama) (decígrama) (centígrama) (milígrama)

26
Os passos para conversão de unidades segue o mes-
mo das medidas de comprimento. Utiliza-se a regra do ,
multiplicando se caminha para a direita e divide quando EXERCÍCIOS COMENTADOS
caminha para a esquerda.
1. (ENEM 2011) O medidor de energia elétrica de uma
residência, conhecido por “relógio de luz”, é constituído
FIQUE ATENTO! de quatro pequenos relógios, cujos sentidos de rotação
Outras unidades importantes: estão indicados conforme a figura:
• Massa: A tonelada, sendo que 1 tonelada
vale 1000 kg.
• Volume : O litro (l) que vale 1 decímetro
cúbico (dm³) e o mililitro, que vale 1 cm³.
• Área: O hectare (ha) que vale 1 hectômetro
quadrado (ou 10000 m²) e o alqueire, (varia
de região para região e normalmente a con-
versão desejada é dada na prova).

Medidas de Tempo A medida é expressa em kWh. O número obtido na lei-


tura é composto por 4 algarismos. Cada posição do nú-
Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mero é formada pelo último algarismo ultrapassado pelo
mede intervalos de tempo, é o mais conhecido. ponteiro.

2h = 2 ∙ 60min = 120 min = 120 ∙ 60s = 7 200s O número obtido pela leitura em kWh, na imagem, é

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, a) 2 614.


multiplica-se por 60. b) 3 624.
c) 2 715.
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 d) 3 725.
décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que e) 4 162.
0,3h = 18min.
Resposta: Letra a. Basta notar que o “relógio de luz”
Para medir ângulos, também temos um sistema não funciona como um relógio comum independente do
decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na as- sentido de rotação. Depois basta fazer a composição
tronomia, na cartografia e na navegação são necessárias das classes de algarismos, baseada nas ilustrações.
medidas inferiores a 1º. Temos, então: Então:
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’) • Milhar = 2
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”) • Centena = 6
• Dezena = 1
Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é • Unidade = 4
claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo.
Há uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que Compondo todos os fatores, resulta que o consumo
os indicam são diferentes: foi de 2614 kWh.

1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante 2. (NOVA 2017) Raquel saiu de casa às 13h 45min, ca-
do dia. minhando até o curso de inglês que fica a 15 minutos
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo. de sua casa, e chegou na hora da aula cuja duração é de
uma hora e meia. A que horas terminará a aula de inglês?
#FicaDica a) 14h
Por motivos óbvios, cálculos no sistema b) 14h 30min
hora – minuto – segundo são similares a c) 15h 15min
cálculos no sistema grau – minuto – segun- d) 15h 30min
do, embora esses sistemas correspondam a e) 15h 45min
grandezas distintas.
Resposta: Letra D. Basta somarmos todos os valores
mencionados no enunciado do teste, ou seja:
MATEMÁTICA

13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min

27
RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS – TABELA OU GRÁFICO; TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO –
MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES;

Estatística

Definições Básicas

Estatística: ciência que tem como objetivo auxiliar na tomada de decisões por meio da obtenção, análise, organi-
zação e interpretação de dados.
População: conjunto de entidades (pessoas, objetos, cidades, países, classes de trabalhadores, etc.) que apresen-
tem no mínimo uma característica em comum. Exemplos: pessoas de uma determinada cidade, preços de um produto,
médicos de um hospital, estudantes que prestam determinado concurso, etc.

Amostra: É uma parte da população que será objeto do estudo. Como em muitos casos não é possível estudar a
população inteira, estuda-se uma amostra de tamanho significativo (há métodos para determinar isso) que retrate o
comportamento da população. Exemplo: pesquisa de intenção de votos de uma eleição. Algumas pessoas são entre-
vistadas e a pesquisa retrata a intenção de votos da população.
Variável: é o dado a ser analisado. Aqui, será chamado de e cada valor desse dado será chamado de . Essa variável
pode ser quantitativa (assume valores) ou qualitativa (assume características ou propriedades).

Medidas de tendência central

São medidas que auxiliam na análise e interpretação de dados para a tomada de decisões. As três medidas de ten-
dência central são:

Média aritmética simples: razão entre a soma de todos os valores de uma mostra e o número de elementos da
amostra. Expressa por . Calculada por:
∑xi
x� =
n
Média aritmética ponderada: muito parecida com média aritmética simples, porém aqui cada variável tem um
peso diferente que é levado em conta no cálculo da média.
∑xi pi
x� =
∑pi

Mediana: valor que divide a amostra na metade. Em caso de número para de elementos, a mediana é a média entre
os elementos intermediários

Moda: valor que aparece mais vezes dentro de uma amostra.


Ex: Dada a amostra {1,3,1,2,5,7,8,7,6,5,4,1,3,2} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução
Média:
1 + 3 + 1 + 2 + 5 + 7 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 1 + 3 + 2 55
x� = = = 3,92
14 14
Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente:
{1,1,1,2,2,3,3,4,5,5,6,7,7,8}

Como a amostra tem 14 valores (número par), os elementos intermediários são os 7º e 8º elementos. Nesse exem-
3+4 7
plo, são os números 3 e 4. Portanto, a mediana é a média entre eles: = = 3,5
2 2
Moda:
MATEMÁTICA

O número que aparece mais vezes é o número 1 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: Dada a amostra {2,4,8,10,15,6,9,11,7,4,15,15,11,6,10} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução:
Média:

28
2 + 4 + 8 + 10 + 15 + 6 + 9 + 11 + 7 + 4 + 15 + 15 + 11 + 6 + 10 133
x� = = = 8,867
15 14

Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente
{2,4,4,6,6,7,8,9,10,10,11,11,15,15,15}
Como a amostra tem 15 valores (número par), o elemento intermediário é o 8º elemento. Logo, a mediana é igual
a 9.

Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 15 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: A média de uma disciplina é calculada por meio da média ponderada de três provas. A primeira tem peso 3, a
segunda tem peso 4 e a terceira tem peso 5. Calcule a média de um aluno que obteve nota 8 na primeira prova, 5 na
segunda e 6 na terceira.

Solução:
Trata-se de um caso de média aritmética ponderada.
∑xi pi 3 ∙ 8 + 4 ∙ 5 + 5 ∙ 6 74
x� = = = = 6,167
∑pi 3+4+5 12

Tabelas e Gráficos

Tabelas
Tabelas podem ser utilizadas para expressar os mais diversos tipos de dados. O mais importante é saber interpretá-
-las e para isso é conveniente saber como uma tabela é estruturada. Toda tabela possui um título que indica sobre o
que se trata a tabela. Toda tabela é dividida em linhas e colunas onde, no começo de uma linha ou de uma coluna, está
indicado qual o tipo de dado que aquela linha/coluna exibe.
Ex:
Tabela 1 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso

Curso Número de Estudantes


Administração 2000
Arquitetura 1450
Direito 2500
Economia 1800
Enfermagem 800
Engenharia 3500
Letras 750
Medicina 1500
Psicologia 1000
TOTAL 15300

Nesse caso, as colunas são: curso e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da Universi-
dade com o respectivo número de alunos de cada curso.

Tabela 2 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso e gênero

Curso Gênero Número de Estudantes


Homem 1200
Administração
Mulher 800
MATEMÁTICA

Homem 850
Arquitetura
Mulher 600
Homem 1600
Direito
Mulher 900

29
Homem 800
Economia
Mulher 1000
Homem 350
Enfermagem
Mulher 450
Homem 2500
Engenharia
Mulher 1000
Homem 200
Letras
Mulher 550
Homem 700
Medicina
Mulher 800
Homem 400
Psicologia
Mulher 600
TOTAL 15300

Nesse caso, as colunas são: curso, gênero e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da
Universidade com o respectivo número de alunos de cada curso separados por gênero.

#FicaDica
Acima foram exibidas duas tabelas como exemplos. Há uma infinidade de tabelas cada uma com sua par-
ticularidade o que torna impossível exibir todos os tipos de tabelas aqui. Porém em todas será necessário
identificar linhas, colunas e o que cada valor exibido representa.

Gráficos

Para falar de gráficos em estatística é importante apresentar o conceito de frequência.

Frequência: Quantifica a repetição de valores de uma variável estatística.

Tipos de frequência
Absoluta: mede a quantidade de repetições.
Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência absoluta:
fi = 4

Relativa: Relaciona a quantidade de repetições com o total (expresso em porcentagem)


Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência relativa:
6
fr = ∙ 100 = 20%
30

Tipos de Gráficos

Gráficos de coluna: gráficos que têm como objetivo atribuir quantidades a certos tipos de grupos. Na horizontal
são apresentados os grupos (dados qualitativos) dos quais deseja-se apresentar dados enquanto na vertical são apre-
sentados os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos ou frequências absolutas)

Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
estudantes separados pelos seus continentes de origem:
MATEMÁTICA

30
Gráficos em pizzas: gráficos nos quais são expressas
Estudantes da Universidade ALFA relações entre grandezas em relação a um todo. Nesse
700 gráfico é possível visualizar a relação de proporcionalida-
600 de entre as grandezas. Recebe esse nome pois lembram
uma pizza pelo formato redondo com seus pedaços (fre-
500
quências relativas).
400

300 Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo


200
todo. A seguir há um gráfico que mostra a distribuição de
estudantes de acordo com seus continentes de origem
100

0
América do América do América Europa Ásia África Oceania
Norte Sul Central Estudantes da Universidade ALFA
30

Gráficos de barras: gráficos bastante similares aos de 150

colunas, porém, nesse tipo de gráfico, na horizontal são 260 630


apresentados os valores referentes a cada grupo (dados
quantitativos) enquanto na vertical são apresentados os
grupos (dados qualitativos) 440

Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo 150


520

todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de


estudantes separados pelos seus continentes de origem:
América do Norte América do Sul América Central Europa Ásia África Oceania

Ex: Foi feito um levantamento do idioma falado


Estudantes da Universidade ALFA pelos alunos de um curso da Universidade ALFA.
Oceania Frequências absolutas:
África

Ásia

Europa

América Central

América do Sul

América do Norte

0 100 200 300 400 500 600 700

Gráficos de linhas: gráficos nos quais são exibidas


séries históricas de dados e mostram a evolução dessas
séries ao longo do tempo.

Ex: A Universidade ALFA tem 10 anos de existências


e seu reitor apresentou um gráfico mostrando o número
de alunos da Universidade ao longo desses 10 anos. Frequências relativas:

Estudantes da Universidade ALFA ao longo de 10 anos

2500

2000

1500

1000
MATEMÁTICA

500

0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

31
x = 6 ∙ 5
EXERCÍCIO COMENTADO x = 30
Do mesmo modo, se a turma tem 25 meninas
1. (SEGEP-MA - Técnico da Receita Estadual – (Me é a média aritmética de suas notas), o quociente
FCC/2016) Três funcionários do Serviço de Atendimento da soma das notas das meninas (y) e a quantidade de
ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que meninas (25) deve ser igual a Me, isto é:
atribuíram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento (x + y)/(25+5) = 7
recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses y = 25∙Me
funcionários em um determinado dia. Para calcular a média da turma, devemos somar as no-
tas dos meninos (30) às notas das meninas (y) e dividir
pela quantidade de alunos (25 + 5 = 30). O resultado
deverá ser 7. Sendo assim, temos:

x + y
= 7
25 + 5
Considerando a totalidade das 95 avaliações desse dia, 30 + 25 ∙ Me
= 7
é correto afirmar que a média das notas dista da moda 30
dessas mesmas notas um valor absoluto, aproximada-
30 + 25 ∙ Me = 7 • 30
mente, igual a:
30 + 25 ∙ Me = 210
a) 0,33 25 ∙ Me = 210 – 30
b) 0,83
c) 0,65 25 ∙ Me = 180
d) 0,16
e) 0,21 Me = 7,2

Resposta: Letra C Trata-se de um caso de média arit- Portanto, a média aritmética das notas das meninas
mética ponderada. Considerando as 95 avaliações, o é 7,2. A alternativa correta é a letra b.
peso de cada uma das notas é igual ao total de pes-
soas que atribuiu a nota. Analisando a tabela
8 pessoas atribuíram nota 1
18 pessoas atribuíram nota 2
21 pessoas atribuíram nota 3
29 pessoas atribuíram nota 4
19 pessoas atribuíram nota 5
Assim, a média das 95 avaliações é calculada por:
Então, logo:
8 ∙ 1 + 18 ∙ 2 + 21 ∙ 3 + 29 ∙ 4 + 19 ∙ 5 318
x� = = = 3,34
8 + 18 + 21 + 29 + 19 95 P A1 ∪ A2 ∪ ⋯ ∪ An = P A1 + P A2 + ⋯ + P(An )

P A1 ∪ A2 ∪ ⋯ An = P S = 1
2. (UFC - 2016) A média aritmética das notas dos alunos
de uma turma formada por 25 meninas e 5 meninos é Portanto:
igual a 7. Se a média aritmética das notas dos meninos
P(A1 ) + P(A2 ) + P(A3 ) + . . . + P(An ) = 1
é igual a 6, a média aritmética das notas das meninas é
igual a:

a) 6,5 Probabilidade Condicionada


b) 7,2
c) 7,4 Considere dois eventos A e B de um espaço amostral
d) 7,8 S, finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a
e) 8,0 A é dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo
que já ocorreu A. É representada por P(B/A).
Resposta: Letra B. Primeiramente, será identificada a
n(A ∩ B)
soma das notas dos meninos por x e a da nota das Veja: P(B/A) =
meninas por y. Se a turma tem 5 meninos e a média n(A)
MATEMÁTICA

aritmética de suas notas é igual a 6, então a soma das


notas dos meninos (x) dividida pela quantidade de
meninos (5) deve ser igual a 6, isto é:
x
= 6
5

32
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1.Uma bola será retirada de uma sacola contendo 5 bolas


verdes e 7 bolas amarelas. Qual a probabilidade desta
bola ser verde?

Resposta: 5/12. Neste exercício o espaço amostral


possui 12 elementos, que é o número total de bolas,
portanto a probabilidade de ser retirada uma bola ver-
de está na razão de 5 para 12.
Eventos Independentes Sendo S o espaço amostral e E o evento da retirada de
uma bola verde, matematicamente podemos repre-
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral sentar a resolução assim:
S, finito e não vazio. Estes serão independentes somente n E
quando: P E =
n S
P(A/B) = P(A) 5
P(B/A) = P(B) P E =
12
Logo, a probabilidade desta bola ser verde é 5/12.
Intersecção de Eventos
2. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Entre os cin-
Considerando A e B como dois eventos de um espaço co números 2, 3, 4, 5 e 6, dois deles são escolhidos ao
amostral S, finito e não vazio, logo: acaso e o produto deles dois é calculado. A probabilida-
de desse produto ser um número par é:

n(A ∩ B) n A ∩ B + n(S) P(A ∩ B) a) 60%


P(B/A) = = = b) 75%
n(A) n A + n(S) P(A)
c) 80%
d) 85%
n(A ∩ B) n A ∩ B + n(S) P(A ∩ B)
P(A/B) = = = e) 90%
n(B) n B + n(S) P(B)
Resposta: Letra E. Para sabermos o tamanho do es-
paço amostral, basta calcularmos a combinação dos
Assim sendo: 5 elementos tomados 2 a 2 (a ordem não impor-
P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B/A) ta, pois a ordem dos fatores não altera o produto):
P A ∩ B = P B ∙ P(A/B) 5! 5 ∙ 4 .
C5,2 = = = 10
2! 3! 2
Considerando A e B como eventos independentes, Para o produto ser par, os dois números escolhidos
logo P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B) deverão ser par ou um deles é par. O único caso onde
= P(A)∙ P(B). Para saber se os eventos A e B são indepen- o produto não dá par é quando os dois números são
dentes, podemos utilizar a definição ou calcular a proba- ímpares. Assim, apenas o produto 3 5 não pode ser
bilidade de A ∩ B. Veja a representação: escolhido. Logo, se 1/10 = 10% não terá produto par,
os outros 90% terão.
A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou
A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B)
GRÁFICOS E TABELAS
FIQUE ATENTO!
Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
Um exercício de probabilidade pode envol-
dois dados relacionados entre si.
ver aspectos relativos à análise combinató-
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
ria. É importante ter em mente a diferença
vão depender do contexto, mas de uma maneira geral
conceitual que existe entre ambos.
um bom gráfico deve:
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto
possível.
MATEMÁTICA

-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar cla-


ro o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre
aspectos descritos ou mostrados numericamente
através de tabelas.

33
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos da-
dos.

Tipos de gráficos

Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantida-


de.

Barra vertical

Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e


queremos demonstrar cada parte, separando cada peda-
ço como numa pizza.
Fonte: tecnologia.umcomo.com.br

Barra horizontal

Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br

Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-


mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

Histogramas

São gráfico de barra que mostram a frequência de


uma variável específica e um detalhe importante que são
faixas de valores em x.
MATEMÁTICA

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar


mais fácil a compreensão de todos sobre um tema.

34
c) 50%.
d) 75%.
e) 90%.

Resposta: Letra E. 13,7/7,2=1,90


Houve um aumento de 90%.

2. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-


NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a
distribuição, percentual e quantitativa, da frota de uma
empresa de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de
uso destes.
Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua-
lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.

Podem ser tabelas simples:

Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua


casa?
aparelho quantidade
O número total de ônibus dessa empresa é
televisão 3
celular 4 a) 270.
b) 250.
Geladeira 1 c) 220
d) 180.
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio e) 120.
lógico
Resposta: Letra D
81+27=108
EXERCÍCIOS COMENTADOS 108 ônibus somam 60%(100-35-5)
108-----60
x--------100
1. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) x=10800/60=180
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Con-
tínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-
Estatística (IBGE), foram obtidos os dados da taxa de NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros ven-
desocupação da população em idade para trabalhar. Es- didos por uma concessionária nos cinco dias subsequen-
ses dados, em porcentagem, encontram-se indicados na tes à veiculação de um anúncio promocional.
apresentação gráfica abaixo, ao longo de trimestres de
2014 a 2017.

Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta a O número médio de carros vendidos por dia nesse perí-
melhor aproximação para o aumento percentual da taxa odo foi igual a
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em re-
MATEMÁTICA

lação à taxa de desocupação do primeiro trimestre de a) 10.


2014. b) 9.
c) 8.
a) 15%. d) 7.
b) 25%. e) 6.

35
Resposta: Letra C. Tendo como referência o gráfico precedente, que mostra
os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação
de receitas e aos gastos com despesas do estado do Pa-
raná nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção
correta.
4. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)
Uma professora elaborou um gráfico de setores para a) No ano considerado, o segundo trimestre caracteri-
representar a distribuição, em porcentagem, dos cinco zou-se por uma queda contínua na arrecadação de
conceitos nos quais foram agrupadas as notas obtidas receitas, situação que se repetiu no trimestre seguinte.
pelos alunos de uma determinada classe em uma prova b) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um período
de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta- de queda simultânea dos gastos com despesas e da
gens referentes a cada conceito foram substituídas por x arrecadação de receitas e dois períodos de aumento
ou por múltiplos e submúltiplos de x. simultâneo de gastos e de arrecadação.
c) No último bimestre do ano de 2015, foram registrados
tanto o maior gasto com despesas quanto a maior ar-
recadação de receitas.
d) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os úni-
cos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas.
e) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor
gasto mensal com despesas foram verificados, respec-
tivamente, no primeiro e no segundo semestre do ano
de 2015.

Resposta: Letra B. Analisando o primeiro quadrimes-


tre, observamos que os dois primeiros meses de recei-
ta diminuem e os dois meses seguintes aumentam, o
Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida do mesmo acontece com a despesa.
ângulo interno correspondente ao setor circular que re-
presenta o conceito BOM é igual a

a) 144º.
b) 135º.
c) 126º
d) 117º
e) 108º.

Resposta: Letra A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°

5. (TCE/PR – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CES-


PE/2016)
MATEMÁTICA

36
6. (BRDE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FUN- 7. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VU-
DATEC/2015) Assinale a alternativa que representa a NESP/2015) A distribuição de salários de uma empresa
nomenclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. com 30 funcionários é dada na tabela seguinte.

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que

a) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.


b) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 sa-
lários.
c) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
d) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda
total.
e) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda
total.

Resposta: Letra D. a) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x


2+15,0x1=104 salários
b) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
c)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
d) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
e) 60% de 30=0,6x30=18
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20

8. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VU-


NESP/2015) Considere a tabela de distribuição de fre-
quência seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a
frequência absoluta dos dados.
a) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de
Linha.
c) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de Ten- xi fi
dência. 30-35 4
c) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de Li-
35-40 12
nha.
d) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de Bar- 40-45 10
ras. 45-50 8
e) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico de
Linha. 50-55 6
TOTAL 40
Resposta: Letra C. Como foi visto na teoria, gráfico de
barras, de setores ou pizza e de linha Assinale a alternativa em que o histograma é o que me-
lhor representa a distribuição de frequência da tabela.
MATEMÁTICA

a)

37
b)

c)

d)

e)

Resposta: Letra A. Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, 40-45, 35-40,

9. (DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL – CESPE/2015)

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional — Sistema Integrado de Informações Penitenciárias –


InfoPen, Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro, dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com
adaptações)
A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013. Nesse
ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e a quan-
tidade de detentos no sistema penitenciário — registrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média nacional,
havia 277,5 detentos por 100 mil habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se encontrava na região Sudeste.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: Certo
555----100%
MATEMÁTICA

x----55%
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.

38
Estatística Descritiva

Teste de Hipóteses

Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional.

Para testar um parâmetro populacional, você deve afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que repre-
sente a afirmação e outra, seu complemento. Quando uma é falsa, a outra é verdadeira.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipótese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém afir-
mação de desigualdade, como <, ≠, >.

Vamos ver como montar essas hipóteses


Um caso bem simples.

Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira


Há uma regrinha para formular essas hipóteses

Formulação verbal H0 Formulação Matemática Formulação verbal Ha


A média é A média é
...maior ou igual a k. ...menor que k
....pelo menos k. ... abaixo de k
...não menos que k. ...menos que k.
...menor ou igual a k. ..maior que k
....no máximo k. ... acima de k
...não mais que k. ...mais do que k.
... igual a k. ... não igual a k.
.... k. .... diferente de k.
...exatamente k. ...não k.

Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira é menor
que 2,5 galões por minuto.

Referências
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
Frequências

A primeira fase de um estudo estatístico consiste em recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre uma
população estatística ou sobre uma amostra dessa população.

1. Frequência Absoluta

É o número de vezes que a variável estatística assume um valor.

1.1. Frequência Relativa

É o quociente entre a frequência absoluta e o número de elementos da amostra.


Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:
MATEMÁTICA

39
2. Média aritmética

Média aritmética de um conjunto de números é o va-


lor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo
número de elementos do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável en-
volvida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido cal-
cular a média aritmética para variáveis quantitativas.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística
entre diferentes grupos, se for possível calcular a média,
1.2. Distribuição de frequência sem intervalos de ficará mais fácil estabelecer uma comparação entre esses
classe: grupos e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das
É a simples condensação dos dados conforme as re- alturas dos jogadores é:
petições de seu valores. Para um ROL de tamanho ra-
zoável esta distribuição de frequência é inconveniente, já
que exige muito espaço. Veja exemplo abaixo:

Dados Frequência Se dividirmos esse valor pelo número total de joga-


dores, obteremos a média aritmética das alturas:
41 3
42 2
43 1
44 1 A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.
45 1
2.1. Média Ponderada
46 2
50 2 A média dos elementos do conjunto numérico A re-
lativa à adição e na qual cada elemento tem um “deter-
51 1 minado peso” é chamada média aritmética ponderada.
52 1
54 1
57 1
58 2 2.2. Mediana (Md)
60 2 Sejam os valores escritos em rol:
Total 20

Distribuição de frequência com intervalos de clas-


se: Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que
o número de termos da sequência que precedem é
Quando o tamanho da amostra é elevado é mais ra- igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é
cional efetuar o agrupamento dos valores em vários in- termo médio da sequência ( ) em rol.
tervalos de classe. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela
média aritmética entre os termos e , tais que o nú-
mero de termos que precedem é igual ao número de
Classes Frequências
termos que sucedem , isto é, a mediana é a média
41 |------- 45 7 aritmética entre os termos centrais da sequência ( ) em
45 |------- 49 3 rol.
49 |------- 53 4 Exemplo 1:
53 |------- 57 1 Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
57 |------- 61 5
MATEMÁTICA

Total 20 Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio des-
se rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.

40
Exemplo 2: Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}. tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:

Solução: Jogo Número de pontos


Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-
-se: 1 22
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit- 2 18
mética entre os dois termos centrais do rol.
3 13
Logo: 4 24
5 26
Resposta: Md=15
6 20
3. Moda (Mo) 7 19
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência. 8 18

Observação: a) Qual a média de pontos por jogo?


A moda pode não existir e, se existir, pode não ser b) Qual a variância do conjunto de pontos?
única.
Solução:
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda a) A média de pontos por jogo é:
igual a 8, isto é, Mo=8.

Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

4. Medidas de dispersão

Duas distribuições de frequência com medidas de b) A variância é:


tendência central semelhantes podem apresentar ca-
racterísticas diversas. Necessita-se de outros índices
numéricas que informem sobre o grau de dispersão ou
variação dos dados em torno da média ou de qualquer
outro valor de concentração. Esses índices são chamados
medidas de dispersão.
Desvio médio
Variância
Definição
Há um índice que mede a “dispersão” dos elemen-
tos de um conjunto de números em relação à sua média Medida da dispersão dos dados em relação à média
aritmética, e que é chamado de variância. Esse índice é de uma sequência. Esta medida representa a média das
assim definido: distâncias entre cada elemento da amostra e seu valor
Seja o conjunto de números , tal que médio.
é sua média aritmética. Chama-se variância desse con-
junto, e indica-se por , o número:
Desvio padrão

Isto é: Definição
Seja o conjunto de números , tal que
é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse
conjunto, e indica-se por , o número:
E para amostra
MATEMÁTICA

41
Isto é: 2. (TJM/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para respon-
der a questão.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 can-
didatos que realizaram a prova da segunda fase de um
concurso, que continha 5 questões de múltipla escolha
Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de bas- Número de Número de candidatos
quetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. acertos
Calcular:
a) A estatura média desses jogadores. 5 204
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas. 4 132

Solução: 3 96
2 78
Sendo a estatura média, temos:
1 66
0 24

A média de acertos por prova foi de


Sendo o desvio padrão, tem-se:
a) 3,57.
b) 3,43
c) 3,32.
d) 3,25.
e) 3,19.
Resposta: Letra B.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CRBIO – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – VU- 3. (PREF. GUARULHOS/SP – ASSISTENTE DE GES-


NESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no to- TÃO ESCOLAR – VUNESP/2016) Certa escola tem 15
tal: 70 possuem curso superior e 50 não possuem curso classes no período matutino e 10 classes no período ves-
superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa pertino. O número médio de alunos por classe no perío-
é de R$ 5.000,00, e que a média salarial somente dos fun- do matutino é 20, e, no período vespertino, é 25. Consi-
cionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. derando os dois períodos citados, a média aritmética do
Desse modo, é correto afirmar que a média salarial dos número de alunos por classe é
funcionários dessa empresa que não possuem curso su-
perior é de a) 24,5.
b) 23.
a) R$ 4.000,00. c) 22,5.
b) R$ 3.900,00. d) 22.
c) R$ 3.800,00. e) 21.
d) R$ 3.700,00.
e) R$ 3.600,00. Resposta: Letra D.

Resposta: Letra E. S=cursam superior


M=não tem curso superior
M=300

S+M=600000
V=250

S=420000
MATEMÁTICA

M=600000-420000=180000

42
4. (SEGEP/MA – TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL a) 1,5
– FCC/2016) Para responder à questão, considere as in- b) 2
formações abaixo. c) 2,5
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente d) 3
de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuí- e) 3,5
ram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido.
A tabela mostra as notas recebidas por esses funcioná- Resposta: Letra B. Como 24 é um número par, deve-
rios em um determinado dia. mos fazer a segunda regra:

6. (UFAL – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – COPE-


VE/2016) A tabela apresenta o número de empréstimos
de livros de uma biblioteca setorial de um Instituto Fede-
Considerando a avaliação média individual de cada fun- ral, no primeiro semestre de 2016.
cionário nesse dia, a diferença entre as médias mais pró-
ximas é igual a Mës Empréstimos
a) 0,32. Janeiro 15
b) 0,21. Fevereiro 25
c) 0,35.
d) 0,18. Março 22
e) 0,24. Abril 30
Maio 28
Resposta: Letra B.
Junho 15

Dadas as afirmativas,

I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por mês.


II. A mediana da série de valores é igual a 26.
III. A moda da série de valores é igual a 15.

Verifica-se que está(ão) correta(s)


a) II, apenas.
3,36-3,15=0,21 b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
5. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – e) I, II e III.
UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que
x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A mediana desses números é igual a Resposta: Letra D.
x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética
de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for par. Uma prova composta
por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A
tabela seguinte relaciona o número de acertos obtidos
na prova com o número de alunos que obtiveram esse Mediana
número de acertos. Vamos colocar os números em ordem crescente

Número de acertos Número de alunos 15,15,22,25,28,30


0 4
1 5
2 4 Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.
3 3 7. (COSANPA - QUÍMICO – FADESP/2017) Algumas
4 5 Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1)
MATEMÁTICA

foram executadas (em triplicata) paralelamente por qua-


5 3
tro laboratórios e os resultados são mostrados na tabela
abaixo.
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica
que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na
prova. A mediana dos números de acertos é igual a

43
Replicatas Laboratório c) R$ 2.010,00.
d) R$ 2.004,00.
1 2 3 4 e) R$ 2.008,00.
1 30,3 30,9 30,3 30,5
Resposta: Letra C. Vamos chamar de x a soma dos
2 30,4 30,8 30,7 30,4 salários dos 13 funcionários
3 30,0 30,6 30,4 30,7 x/13=1998
X=13.1998
Média 30,20 30,77 30,47 30,53
X=25974
Desvio 0,20 0,15 0,21 0,15 Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
Padrão nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior,
pois ele ganha y+10% de y
Utilize essa tabela para responder à questão. Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o de 25974+2,1y=15∙2013
número 2,1y=30195-25974
2,1y=4221
a) 1. Y=2010
b) 2.
c) 3. 10. (PREF. DE NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO –
d) 4. FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da
prefeitura foram submetidos a um teste de avaliação de
Resposta: Letra C. Como o desvio padrão é maior no conhecimentos de computação e a pontuação deles, em
3, o erro padrão é proporcional, portanto também é uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
maior em 3.
50 55 55 55 55 60
8. (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO- 62 63 65 90 90 100
ESAF/2016) Os valores a seguir representam uma amos-
tra O número de funcionários com pontuação acima da mé-
dia é:
331546248
a) 3;
Então, a variância dessa amostra é igual a b) 4;
c) 5;
a) 4,0 d) 6;
b) 2,5. e) 7.
c) 4,5.
d) 5,5 Resposta: Letra A.
e) 3,0

Resposta: Letra C.

M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.

NOÇÕES DE GEOMETRIA – FORMA,


ÂNGULOS, ÁREA, PERÍMETRO, VOLUME,
TEOREMAS DE PITÁGORAS OU DE TALES.

9. (MPE/SP – OFICIAL DE PROMOTORIA I – VU- INTRODUÇÃO A GEOMETRIA PLANA


NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários 1. Ponto, Reta e Plano
foram contratados, um com o salário 10% maior que o
do outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a A definição dos entes primitivos ponto, reta e pla-
MATEMÁTICA

ser R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos no é quase impossível, o que se sabe muito bem e aqui
funcionários, é igual a será o mais importante é sua representação geométrica
e espacial.
a) R$ 2.002,00.
b) R$ 2.006,00.

44
1.1. Representação, (notação) - Duas retas são concorrentes se tiverem apenas um
ponto em comum.
→ Pontos serão representados por letras latinas
maiúsculas; ex: A, B, C,…
→ Retas serão representados por letras latinas minús-
culas; ex: a, b, c,…
→ Planos serão representados por letras gregas mi-
núsculas; ex: β,∞,α,...

1.2. Representação gráfica


Observe que r ∩ s = {H} . Sendo que H está contido
na reta r e na reta s.

Um plano é um subconjunto do espaço R³ de tal


modo que quaisquer dois pontos desse conjunto podem
ser ligados por um segmento de reta inteiramente con-
tida no conjunto.
Um plano no espaço R³ pode ser determinado por
qualquer uma das situações:
Postulados primitivos da geometria, qualquer postu- - Três pontos não colineares (não pertencentes à
lado ou axioma é aceito sem que seja necessária a prova, mesma reta);
contanto que não exista a contraprova. - Um ponto e uma reta que não contem o ponto;
- Numa reta bem como fora dela há infinitos pontos - Um ponto e um segmento de reta que não contem
distintos. o ponto;
- Dois pontos determinam uma única reta (uma e so- - Duas retas paralelas que não se sobrepõe;
mente uma reta). - Dois segmentos de reta paralelos que não se so-
brepõe;
- Duas retas concorrentes;
- Dois segmentos de reta concorrentes.

Duas retas (segmentos de reta) no espaço R³ podem


ser: paralelas, concorrentes ou reversas.
Duas retas são ditas reversas quando uma não tem
- Pontos colineares pertencem à mesma reta. interseção com a outra e elas não são paralelas. Pode-se
pensar de uma reta r desenhada no chão de uma casa e
uma reta s desenhada no teto dessa mesma casa.

- Três pontos determinam um único plano. Uma reta é perpendicular a um plano no espaço R³, se
ela intersecta o plano em um ponto P e todo segmento
de reta contido no plano que tem P como uma de suas
extremidades é perpendicular à reta.

- Se uma reta contém dois pontos de um plano, esta


reta está contida neste plano. Uma reta r é paralela a um plano no espaço R³, se
existe uma reta s inteiramente contida no plano que é
paralela à reta dada.
Seja P um ponto localizado fora de um plano. A dis-
MATEMÁTICA

tância do ponto ao plano é a medida do segmento de


reta perpendicular ao plano em que uma extremidade é
o ponto P e a outra extremidade é o ponto que é a inter-
seção entre o plano e o segmento.
Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula.

45
Diremos que quatro segmentos de reta, AB, BC, CD e DE
, nesta ordem, são proporcionais se: A B⁄B C = C D⁄D E .
Os segmentos AB e DE são os segmentos extremos e
os segmentos BC e CD e são os segmentos meios.
A proporcionalidade acima é garantida pelo fato que
existe uma proporção entre os números reais que repre-
sentam as medidas dos segmentos:
Planos concorrentes no espaço R³ são planos cuja in-
terseção é uma reta. m (AB) m (CD)
=
Planos paralelos no espaço R³ são planos que não m (BC) m (DE)
tem interseção.
Quando dois planos são concorrentes, dizemos que Feixe de Retas Paralelas
tais planos formam um diedro e o ângulo formado en-
tre estes dois planos é denominado ângulo diedral. Para Um conjunto de três ou mais retas paralelas num pla-
obter este ângulo diedral, basta tomar o ângulo forma- no é chamado feixe de retas paralelas. A reta que inter-
do por quaisquer duas retas perpendiculares aos planos cepta as retas do feixe é chamada de reta transversal. As
concorrentes. retas a, b, c e d que aparecem no desenho anexado, for-
mam um feixe de retas paralelas enquanto que as retas s
e t são retas transversais.

Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um


ângulo reto (90°).

Razão entre Segmentos de Reta

Segmento de reta é o conjunto de todos os pontos


de uma reta que estão limitados por dois pontos que são
as extremidades do segmento, sendo um deles o ponto
inicial e o outro o ponto final. Denotamos um segmento
por duas letras como, por exemplo, AB, sendo A o início
e B o final do segmento.
Ex: AB é um segmento de reta que denotamos por AB. Teorema de Tales: Um feixe de retas paralelas de-
termina sobre duas transversais quaisquer, segmentos
proporcionais. A figura abaixo representa uma situação
onde aparece um feixe de três retas paralelas cortadas
por duas retas transversais.
Segmentos Proporcionais

Proporção é a igualdade entre duas razões equiva-


lentes. De forma semelhante aos que já estudamos com
números racionais, é possível estabelecer a proporcio-
nalidade entre segmentos de reta, através das medidas
desse segmentos.
Vamos considerar primeiramente um caso particular
com quatro segmentos de reta com suas medidas apre-
sentadas na tabela a seguir:

m(AB) = 2cm m(PQ) =4 cm


m(CD) = 3cm m(RS) = 6cm
Identificamos na sequência algumas proporções:
A razão entre os segmentos AB e CD e a razão entre
os segmentos PQ e RS e , são dadas por frações equivalen- A B⁄B C = DE⁄E F
tes, isto é A B⁄C D = 2⁄3; PQ/RS = 4/6 e como 2/3 = 4/6,
MATEMÁTICA

B C⁄ A B = EF ⁄D E
segue a existência de uma proporção entre esses quatro A B⁄D E = B C⁄ E F
segmentos de reta. Isto nos conduz à definição de seg- D E⁄ A B = E F ⁄B C
mentos proporcionais.

46
Ex: Consideremos a figura ao lado com um feixe de
retas paralelas, sendo as medidas dos segmentos indica-
das em centímetros.

Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não


pertence à circunferência e os lados são tangentes à ela.
Assim:
B C⁄A B = E F⁄D E
A B⁄D E = B C⁄E F
D E⁄A B = E F⁄B C

#FicaDica
Uma proporção entre segmentos pode ser
formulada de várias maneiras. Se um dos
segmentos do feixe de paralelas for desco-
Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a
nhecido, a sua dimensão pode ser determi-
uma circunferência e seus lados são secantes a ela.
nada com o uso de razões proporcionais.

Ângulos

Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego


- gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem
não colineares.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do


que 90º.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


que 90º.
[

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;


- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Central
MATEMÁTICA

a) Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o cen-


tro da circunferência;
b) Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do
polígono regular e cujos lados passam por vértices
consecutivos do polígono.

47
Ângulo Reto:

- É o ângulo cuja medida é 90º;


- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendi-
culares.

Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência


em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde
a 1/360 da circunferência denominamos de grau.

Ângulos formados por duas retas paralelas com


uma transversal
Ângulos Complementares: Dois ângulos são com-
plementares se a soma das suas medidas é 900. Lembre-se: Retas paralelas são retas que estão no
mesmo plano e não possuem ponto em comum.

Vamos observar a figura abaixo:

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a


mesma medida.
Todos esses ângulos possuem relações entre si, e elas
estão descritas a seguir:

Ângulos colaterais internos: O termo colateral sig-


nifica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma des-
tes ângulos será sempre 180°

Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são


opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro.

Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos su-


MATEMÁTICA

plementares se a soma das suas medidas de dois ângulos


é 180º.

Assim a soma dos ângulos 4 e 5 é 180° e a soma dos


ângulos 3 e 6 também será 180°

48
Ângulos colaterais externos: O termo colateral sig-
nifica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma
destes ângulos será sempre 180°

Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 7 e o ângulo 2 é


igual ao ângulo 8

Ângulos correspondentes: São ângulos que ocupam


Assim a soma dos ângulos 2 e 7 é 180° e a soma dos uma mesma posição na reta transversal, um na região in-
ângulos 1 e 8 também será 180° terna e o outro na região externa.

Ângulos alternos internos: O termo alterno significa


lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre se-
rão congruentes

Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 5, o ângulo 2 é


igual ao ângulo 6, o ângulo 3 é igual ao ângulo 7 e o
ângulo 4 é igual ao ângulo 8.

FIQUE ATENTO!
Há cinco classificações distintas para os
Assim, o ângulo 4 é igual ao ângulo 6 e o ângulo 3 é ângulos formados por duas retas parale-
igual ao ângulo 5 las que intersectam uma transversal. Então,
procure visualizar bem as imagens para as-
MATEMÁTICA

Ângulos alternos externos: O termo alterno signifi- sociá-las a cada classificação existente.
ca lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre
serão congruentes

49
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CS-UFG-2016) Considere que a figura abaixo representa um relógio analógico cujos ponteiros das horas (menor)
e dos minutos (maior) indicam 3 h e 40 min. Nestas condições, a medida do menor ângulo, em graus, formado pelos
ponteiros deste relógio, é:

a) 120°
b) 126°
c) 135°
d) 150°

Resposta: Letra B. Considerando que cada hora equivale a um ângulo de 30° (360/12 = 30) e que a cada 15 min o
ponteiro da hora percorre 7,5°. Assim, as 3h e 40 min indica um ângulo de aproximadamente 126°.

2. Na imagem a seguir, as retas u, r e s são paralelas e cortadas por uma reta transversal. Determine o valor dos ângu-
los x e y.

Resposta: x = 50° e y = 130°


Facilmente observamos que os ângulos x e 50° são opostos pelo vértice, logo, x = 50°. Podemos constatar também
que y e 50° são suplementares, ou seja:

50° + y = 180°
y = 180° – 50°
y = 130°
Portanto,os ângulos procurados são y = 130° e x = 50°.

POLÍGONOS

Um polígono é uma figura geométrica plana limitada por uma linha poligonal fechada. A palavra “polígono” advém
do grego e quer dizer muitos (poly) e ângulos (gon).
MATEMÁTICA

Linhas poligonais e polígonos

Linha poligonal é uma sucessão de segmentos consecutivos e não-colineares, dois a dois. Classificam-se em:

50
Linha poligonal fechada simples:

Linha poligonal fechada não-simples:

Linha poligonal aberta simples:

Linha poligonal aberta não-simples:

FIQUE ATENTO!
Polígono é uma linha fechada simples. Um polígono divide o plano em que se encontra em duas regiões (a
interior e a exterior), sem pontos comuns.

Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

Lados: Cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: AB, BC, CD, DE, EA.

Vértices: Ponto de encontro de dois lados consecutivos: A, B, C, D, E

Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: AC, AD, BD, BE, CE

Ângulos internos: Ângulos formados por dois lados consecutivos: a� , b� , c� , d


� , e� .
MATEMÁTICA

Ângulos externos: Ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo: a�1 , b1 , c1, d1 , e1

51
Classificação dos polígonos quanto ao número de lados

Nome Número de lados Nome Número de lados


triângulo 3 quadrilátero 4
pentágono 5 hexágono 6
heptágono 7 octógono 8
eneágono 9 decágono 10
hendecágono 11 dodecágono 12
tridecágono 13 tetradecágono 14
pentadecágono 15 hexadecágono 16
heptadecágono 17 octodecágono 18
eneadecágono 19 icoságono 20

A classificação dos polígonos pode ser ilustrada pela seguinte árvore:

Um polígono é denominado simples se ele for descrito por uma fronteira simples e que não se cruza (daí divide o
plano em uma região interna e externa), caso o contrário é denominado complexo.
Um polígono simples é denominado convexo se não tiver nenhum ângulo interno cuja medida é maior que 180°,
caso o contrário é denominado côncavo.
Um polígono convexo é denominado circunscrito a uma circunferência ou polígono circunscrito se todos os vértices
pertencerem a uma mesma circunferência.
Um polígono inscritível é denominado regular se todos os seus lados e todos os seus ângulos forem congruentes.

Alguns polígonos regulares:

a) triângulo equilátero
b) quadrado
c) pentágono regular
d) hexágono regular

Propriedades dos polígonos

De cada vértice de um polígono de n lados, saem dv = n – 3

O número de diagonais de um polígono é dado por:


n n−3
d=
2
Onde n é o número de lados do polígono.

A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono de n lados (Si) é dada por:
MATEMÁTICA

Si = n − 2 � 180°

A soma das medidas dos ângulos externos de um polígono de n lados (Se) é igual a:

52
360°
Se = EXERCÍCIOS COMENTADOS
n

Em um polígono convexo de n lados, o número de 1. (PREF. DE POÁ-SP – ENGENHEIRO DE SEGURAN-


triângulos formados por diagonais que saem de cada ÇA DE TRABALHO – VUNESP/2015) A figura ilustra
vértice é dado por n - 2. um octógono regular de lado 2 m.

A medida do ângulo interno de um polígono regular


de n lados (ai ) é dada por:
n − 2 � 180°
ai =
n

A medida do ângulo externo de um polígono regular


de n lados (ae ) é dada por:
360°
ae =
n
Sendo a altura do trapézio ABCD igual a 1 cm, a área do
triângulo retângulo ADE vale, em cm²
A soma das medidas dos ângulos centrais de um po-
lígono regular de n lados (Sc ) é igual a 360º.
a) 5
b) 4
A medida do ângulo central de um polígono regular
c) 5
de n lados () é dada por:
d) 2 + 1
360° e) 2
ac =
n
Resposta: Letra D.
Polígonos regulares

Os polígonos regulares são aqueles que possuem to-


dos os lados congruentes e todos os ângulos congruen-
tes. Todas as propriedades anteriores são válidas para os
polígonos regulares, a diferença é que todos os valores
são distribuídos uniformemente, ou seja, todos os ângulos
terão o mesmo valor e todas as medidas terão o mesmo COMENTÁRIO:
valor.

Como a altura do trapézio mede 1 cm, temos um trian-


#FicaDica gulo isósceles de hipotenusa AB, assim, o segmento
Polígonos regulares são formas de polígo- AD = 2 + 2 . Assim, a área de ADE é:
nos mais estudadas e cobradas em questões
de concursos. 2+2 2 2 2 2
A= = + =1+ 2
2 2 2

2. (UNIFESP - 2003) Pentágonos regulares congruentes


podem ser conectados lado a lado, formando uma estrela
de cinco pontas, conforme destacado na figura a seguir
MATEMÁTICA

53
Nessas condições, o ângulo θ mede: Paralelogramo

a) 108°.
b) 72°.
c) 54°.
d) 36°.
e) 18°.

Resposta: Letra D.
Na ponta da estrela onde está destacado o ângulo θ,
temos o encontro de três ângulos internos de pen-
tágonos regulares. Para descobrir a medida de cada
um desses ângulos, basta calcular a soma dos ângulos
internos do pentágono e dividir por 5.

Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC .
Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes-
ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC
A altura é medida em relação a distância entre os seg-
mentos paralelos, ou seja: BG: altura = h
A base é justamente a medida dos lados que se me-
diu a altura: AD: base = b
A área é calculada como o produto da base pela al-
A fórmula para calcular a soma dos ângulos internos tura: Área= b∙h
de um polígono é: S = (n – 2) · 180 O perímetro é calculado como a soma das medidas
de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
*n é o número de lados do polígono. No caso desse
exercício: Retângulo

S = (5 – 2) · 180
S = 3 · 180
S = 540

Dividindo a soma dos ângulos internos por 5, pois um


pentágono possui cinco ângulos internos, encontrare-
mos 108° como medida de cada ângulo interno.
Observe na imagem anterior que a soma de três ângu-
los internos do pentágono com o ângulo θ tem como
resultado 360°.
Características:
108 + 108 + 108 + θ = 360
324 + θ = 360 Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
θ = 360 – 324
θ = 36° Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes-
ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC

Quadriláteros, Circunferência e Círculo Diferentemente do paralelogramo, todos os ângulos


do retângulo medem 90°: A
�=B � = C� = D
� = 90°
Quadriláteros
No retângulo, um par de lados paralelos
São figuras que possuem quatro lados dentre os será a base e o outro será a altura, no desenho:
quais temos os seguintes subgrupos: AB: altura = h e AD: base = b
MATEMÁTICA

A área é calculada como o produto da base pela al-


tura: Área= b∙h

54
O perímetro é calculado como a soma das medidas Trapézio
de todos os quatro lados:

Perímetro = AB + BC + CD + DA = 2b + 2h

Losango

Características:
Possuirá apenas um par de lados paralelos que serão
chamados de bases maior e menor:
AD// BC, AB: base maior = B e CD: base menor = b
A altura será definida como a distância entre as bases:
Características: BG: altura = h
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja: A área é calculada em função das bases e da altura:
AB // DC e AD // BC B+b
Possuem os quatro lados com medidas iguais: Área =
2
�h
AB = DC = AD = BC
No losango, definem-se diagonais como a distância O perímetro é calculado como a soma das medidas
entre vértices opostos, assim: de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
BD: diagonal maior = D e AC: diagonal menor = d
Circunferência e Círculo
A área é Dcalculada
�d
a partir das diagonais e não dos
lados: Área = 2 Uma circunferência é definida como o conjunto de
pontos cuja distância de um ponto, denominado de cen-
O perímetro é calculado como a soma das medidas tro, O é igual a R, definido como raio.
de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA

Quadrado

Já um círculo é definido como um conjunto de pontos


cuja distância de O é menor ou igual a R.
Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
Possuem os quatro lados com medidas iguais:
AB = DC = AD = BC
Diferentemente do losango, todos os ângulos do
quadrado medem 90°: A �=B � = C� = D
� = 90°
Seguindo a lógica do retângulo, temos o valor da base
e da altura iguais neste caso: BC: lado = L e AB: lado =
MATEMÁTICA

A área é calculada de maneira simples: Área = L2


O perímetro é calculado como a soma
das medidas de todos os quatro lados:
Perímetro = AB + BC + CD + DA = 4L

55
Características: Características:
A medida relevante da circunferência é o raio (R) que
é a distância de qualquer ponto da circunferência em re- A Área do Setor Circular (para α em radianos):
lação ao centro C. R2
A área é calculada em função do raio: Área = πR2 A= α − sen α
2
O perímetro, também chamado de comprimento da
circunferência, é calculado em função do raio também: 3. Posições Relativas entre Retas e Circunferências
Perímetro = 2πR
Dado uma circunferência de raio R e uma reta ‘r’ cuja
Setor Circular distância ao centro da circunferência é ‘d’, temos as se-
guintes posições relativas:
Um Setor Circular é uma região de um círculo com-
preendida entre dois segmentos de reta que se iniciam Reta Tangente: Reta e circunferência possuem ape-
no centro e vão até a circunferência. nas um ponto em comum (dOP = R)

#FicaDica
Em termos práticos, um setor circular é um
“pedaço” de um círculo.

Reta Exterior: Reta e circunferência não possuem


pontos em comum (dOP > R)

Características:

O ângulo α é definido como ângulo central


απR2
Área do Setor Circular (para α em graus): A =
360

Área do Setor Circular (para α em radianos):


αR2
A=
2

Segmento Circular

Um Segmento Circular é uma região de um círculo


compreendida entre um segmento que liga os pontos de Reta Secante: Reta e circunferência possuem dois
cruzamento dos segmentos de reta com a circunferência, pontos em comum (dOP < R)
ao qual definimos como corda AB e a circunferência.
MATEMÁTICA

56
TRIÂNGULOS E TEOREMA DE PITÁGORAS
EXERCÍCIOS COMENTADOS Definição

1.(SEEDUC-RJ – Professor – CEPERJ/2015) O quadrado Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono


MNPQ abaixo tem lado igual a 12cm. Considere que as que possui o menor número de lados. Talvez seja o polí-
curvas MQ e QP representem semicircunferências de diâ- gono mais importante que existe. Todo triângulo possui
metros respectivamente iguais aos segmentos MQ e QP. alguns elementos e os principais são: vértices, lados, ân-
gulos, alturas, medianas e bissetrizes.
Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes
sobre os mesmos.

A área sombreada, em cm2, corresponde a:


a) Vértices: A,B,C.
a) 30 b) Lados: AB,BC e AC.
b) 36 c) Ângulos internos: a, b e c.
c) 3 46π − 2
d) 6(36π − 1) Altura: É um segmento de reta traçada a partir de
e) 2(6π − 1) um vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice
formando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo.

Resposta: Letra B. Aplicando a fórmula do segmen-


to circular, encontra-se a área de intersecção dos dois
círculos. Subtraindo esse valor da área do semicírculo,
chega-se ao resultado.

2. A figura abaixo é um losango. Determine o valor


de x e y, a medida da diagonal AC , da diagonal BD e
o perímetro do triângulo BMC.
Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto
médio do lado oposto. BM é uma mediana.

Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em


Resposta: Aplicando as relações geométricas referen- duas partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e
tes ao losango, tem-se: neste caso Ê = Ô.
x = 15
y = 20
AC = 20 + 20 = 40
BD = 15 + 15 = 30
BMC = 15 + 20 + 25 = 60
MATEMÁTICA

Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângu-


lo. Todo triângulo possui três ângulos internos.

57
Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triân-
gulo e pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto


(90 graus). Atenção a esse tipo de triângulo pois ele é
muito cobrado!

Classificação dos triângulos quanto ao número de


lados

Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas


iguais. .
m(AB) = m(BC) = m(CA)

Medidas dos Ângulos de um Triângulo

Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po-


deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos
ângulos internos desse triângulo.

#FicaDica
Triângulo Isósceles: Dois lados têm medidas iguais.
m(AB) = m(AC). Em alguns locais escrevemos as letras maiús-
culas, acompanhadas de acento () para re-
presentar os ângulos.

Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas


diferentes.
Seguindo a regra dos polígonos, a soma dos ângu-
los internos de qualquer triângulo é sempre igual a 180
graus, isto é: a + b + c = 180°

Ex: Considerando
o triângulo abai-
xo, podemos achar o
valor de x, escrevendo:
70º + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos
2.1. Classificação dos triângulos quanto às medi- x = 180º − 70º − 60º = 50º
das dos ângulos

Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos


são agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores
do que 90º.
Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC.
Como observamos no desenho, as letras minúsculas
representam os ângulos internos e as respectivas letras
maiúsculas os ângulos externos.
MATEMÁTICA

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtu-


so, isto é, possui um ângulo com medida maior do que
90º.

58
Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma
dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo
externo. Assim: A = b + c, B = a + c, C = a + b

Ex: No triângulo desenhado, podemos achar


a medida do ângulo externo x, escrevendo:
x = 50º + 80º = 130°.

LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um


ângulo. Dois triângulos são congruentes quando têm
dois lados congruentes e os ângulos formados por eles
também são congruentes.

Congruência de Triângulos

Duas figuras planas são congruentes quando têm a


mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, o mesmo
tamanho. Para escrever que dois triângulos ABC e DEF
são congruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e
Para os triângulos das figuras abaixo, existe a congruên- um lado. Dois triângulos são congruentes quando têm
cia entre os lados, tal que: AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e um lado e dois ângulos adjacentes a esse lado, respecti-
entre os ângulos: vamente, congruentes.

Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST,


escrevemos: A�~R � , B� ~ S� , C� ~ �T LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido
um lado, um ângulo e um ângulo oposto ao lado. Dois
triângulos são congruentes quando têm um lado, um ân-
FIQUE ATENTO! gulo, um ângulo adjacente e um ângulo oposto a esse
Dois triângulos são congruentes, se os lado respectivamente congruente.
seus elementos correspondentes são
ordenadamente congruentes, isto é, os três
lados e os três ângulos de cada triângulo
têm respectivamente as mesmas medidas.
Deste modo, para verificar se um triângulo
é congruente a outro, não é necessário
saber a medida de todos os seis elementos,
basta conhecerem três elementos, entre os
quais esteja presente pelo menos um lado.
Para facilitar o estudo, indicaremos os lados Semelhança de Triângulos
correspondentes congruentes marcados
com símbolos gráficos iguais. Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma
forma, mas não necessariamente o mesmo tamanho. Se
duas figuras R e S são semelhantes, denotamos:
Casos de Congruência de Triângulos
Ex: As ampliações e as reduções fotográficas são figu-
LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conheci- ras semelhantes. Para os triângulos:
dos. Dois triângulos são congruentes quando têm, res-
MATEMÁTICA

pectivamente, os três lados congruentes. Observe que os


elementos congruentes têm a mesma marca.

59
Os três ângulos são respectivamente congruentes, isto é: A~R, B~S, C~T

Casos de Semelhança de Triângulos

Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem dois ângulos correspondentes congruentes, então os triângulos
são semelhantes.

Se A~D e C~F então: ABC =


� DEF

Dois lados proporcionais: Se dois triângulos tem dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos formados
por esses lados também são congruentes, então os triângulos são semelhantes.

Como m(AB) ⁄ m(EF) = m(BC) ⁄ m(FG) = 2 ,

então ABC =
� EFG
Ex: Na figura abaixo, observamos que um triângulo pode ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângulos
semelhantes e o valor de x será igual a 8.

Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os três lados correspondentes proporcionais, então os triângulos
são semelhantes.
MATEMÁTICA

60
Teorema de Pitágoras

Dizem que Pitágoras, filósofo e matemático grego que viveu na cidade de Samos no século VI a. C., teve a intuição
do seu famoso teorema observando um mosaico como o da ilustração a seguir.

Observando o quadro, podemos estabelecer a seguinte tabela:

Triângulo ABC Triângulo A`B`C` Triângulo A``B``C``


Área do quadrado construído sobre a hipotenusa 4 8 16
Área do quadrado construído sobre um cateto 2 4 8
Área do quadrado construído sobre o outro cateto 2 4 9

Como 4 = 2 + 2 � 8 = 4 + 4 � 16 = 8 + 8 , Pitágoras observou que a área do quadrado construído sobre


a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos.

A descoberta feita por Pitágoras estava restrita a um triângulo particular: o triângulo retângulo isósceles. Estudos
realizados posteriormente permitiram provar que a relação métrica descoberta por Pitágoras era válida para todos os
triângulos retângulos. Os lados do triângulo retângulo são identificados a partir a figura a seguir:
MATEMÁTICA

61
Onde os catetos são os segmentos que formam o No triângulo equilátero, a altura e a mediana coin-
ângulo de 90° e a hipotenusa é o lado oposto a esse cidem. Logo, é ponto médio do lado BC. No triângulo
ângulo. Chamando de “a” e “b” as medidas dos catetos e retângulo AHC, é ângulo reto. De acordo com o teorema
“c” a medida da hipotenusa, define-se um dos teoremas de Pitágoras, podemos escrever:
mais conhecidos da matemática, o Teorema de Pitágoras:
c 2 = a2 + b2

Onde a soma das medidas dos quadrados dos catetos


é igual ao quadrado da hipotenusa.

Teorema de Pitágoras no quadrado

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabe-


lecer uma relação importante entre a medida d da diago- 3l2
nal e a medida l do lado de um quadrado. h² =
4

l 3
h=
2

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1.(TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – VU-


NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão
d= medida da diagonal indicadas em metros, mostra as regiões R e R , e ,
1 2
l= medida do lado ambas com formato de triângulos retângulos, situadas
em uma praça e destinadas a atividades de recreação in-
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retân- fantil para faixas etárias distintas.
gulo ABC, temos:

d² = l² + l²
d = √2l²
d=l 2

Teorema de Pitágoras no triângulo equilátero

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabe-


lecer uma relação importante entre a medida h da altura
e a medida l do lado de um triângulo equilátero.

Se a área de R eé R
1
54 ,m², então o perímetro
2
e R 2 , é, em
R1de
metros, igual a:

a) 54
b) 48
c) 36
d) 40
e) 42

Resposta: Letra B. Esse problema se resolve tanto por


semelhança de triângulos, quanto pela área de . Em
ambos os casos, encontraremos x = 12 m. Após isso,
MATEMÁTICA

pelo teorema de Pitágoras, achamos a hipotenusa do


R1 e R 2 , , que será 20 m. Assim, o perímetro será
triângulo
l= medida do lado 12+16+20 = 48 m.
h= medida da altura

62
2. (PM SP 2014 – VUNESP). Duas estacas de madei-
ra, perpendiculares ao solo e de alturas diferentes, estão a b c
distantes uma da outra, 1,5 m. Será colocada entre elas = = = 2R
� sen B
sen A � sen C�
uma outra estaca de 1,7 m de comprimento, que ficará
apoiada nos pontos A e B, conforme mostra a figura.
Lei dos Cossenos

A lei dos cossenos é considerada uma generalização


do teorema de Pitágoras, onde para qualquer triângulo,
conseguimos relacionar seus lados com a subtração de
um termo que possui o ângulo oposto do lado de refe-
rência.

A diferença entre a altura da maior estaca e a altura da


menor estaca, nessa ordem, em cm, é:

a2 = b2 + c 2 − 2 � b � c � cos A
a) 95.
b) 75. 2 2 2
b = a + c − 2 � a � c � cos B �
c) 85. c = a + b − 2 � a � b � cos C�
2 2 2
d) 80.
e) 90.

Resposta: Letra D. Note que x é exatamente a dife- FIQUE ATENTO!


rença que queremos, e podemos calculá-lo através do Há três formas distintas de utilizar a Lei dos
Teorema de Pitágoras: Cossenos. Quando for utilizá-la, tenha cui-
dado ao expressar os termos conhecidos e a
1,72 = 1,52 + x 2 incógnita em uma das três equações propos-
2,89 = 2,25 + x 2 tas. Note que o termo à esquerda do sinal de
igual é o lado oposto ao ângulo que deve
x 2 = 2,89 – 2,25
aparecer na equação.
x² = 0,64x = 0,8 m ou 80 cm

LEI DOS SENOS E LEI DOS COSSENOS

Lei dos Senos EXERCÍCIOS COMENTADOS

A Lei dos senos relaciona os senos dos ângulos de 1. Calcule a medida de x:


um triângulo qualquer (não precisa necessariamente ser
retângulo) com os seus respectivos lados opostos. Além
disso, há uma relação direta com o raio da circunferência
circunscrita neste triângulo:

Resposta: Aplicando a lei dos senos, lembrando que


MATEMÁTICA

temos que aplicar ao ângulo oposto ao lado que ire-


mos usar. Assim, o lado de medida 100 possui o ângu-
� como oposto, e ele mede 30°, dado as medidas
lo A
dos outros ângulos, assim:

63
x 100
=
sen 45° sen 30° HORA DE PRATICAR!

x 100 1.(SAAE de Aimorés – MG) Em uma festa de aniversário,


= cada pessoa ingere em média 5 copos de 250 ml de refri-
2/2 1/2 gerante. Suponha que em uma determinada festa, havia
20 pessoas presentes. Quantos refrigerantes de 2 litros o
x = 100 2 organizador da festa deveria comprar para alimentar as
20 pessoas?

2.Calcule a medida de x: a) 12
b) 13
c) 15
d) 25

2. Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa


CORRETA:
I) 3 𝑥 4 ∶ 2 = 6
II) 3 + 4 𝑥 2 = 14
III) O resto da divisão de 18 por 5 é 3

a) I somente
Resposta: Aplicando a lei dos senos, lembrando que b) I e II somente
ela se relaciona com a circunferência circunscrita ao c) I e III somente
triângulo: d) I, II e III

3. (Pref. de Timon – MA) O problema de divisão 648 : 2


x é equivalente à:
= 2R
sen 60°
a) 600: 2 𝑥 40: 2 𝑥 8: 2
b) 6: 2 + 4: 2 + 8: 2
x
=2 3 c) 600: 2 − 40: 2 − 8: 2
3/2 d) 600: 2 + 40: 2 + 8: 2
e) 6: 2𝑥4: 2𝑥8: 2
x=3
4. (Pref. de São José do Cerrito – SC) Qual o valor da
expressão: 34 + 14.4⁄2 − 4 ?

a) 58
b) -31
c) 92
d) -96

5. (IF-ES) Um caminhão tem uma capacidade máxima de


700 kg de carga. Saulo precisa transportar 35 sacos de ci-
mento de 50 kg cada um. Utilizando-se desse caminhão,
o número mínimo de viagens que serão necessárias para
realizar o transporte de toda a carga é de:

a) 4
b) 5
c) 2
d) 6
e) 3
MATEMÁTICA

64
6. (Pref. Teresina – PI) Roberto trabalha 6 horas por dia 12. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à
de expediente em um escritório. Para conseguir um dia primeira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o
extra de folga, ele fez um acordo com seu chefe de que que ocorrerá com o total?
trabalharia 20 minutos a mais por dia de expediente pelo
número de dias necessários para compensar as horas de a) -2
um dia do seu trabalho. O número de dias de expediente b) -1
que Roberto teve que trabalhar a mais para conseguir c) +1
seu dia de folga foi igual a Parte superior do formulário d) +2
e) +3
a) 16
b) 15 13. (Prefeitura de Chapecó – Engenheiro de Trânsito
c) 18 – IOBV/2016) A alternativa cujo valor não é divisor de
18.414 é:
d) 13
e) 12
a) 27
b) 31
7.(ITAIPU BINACIONAL) O valor da expressão: c) 37
1 + 1 + 1 + 1𝑥7 + 1 + 1𝑥0 + 1 − 1 é d) 22
a) 0 14. Verifique se os números abaixo são divisíveis por 4.
b) 11
c) 12 a) 23418
d) 29 b) 65000
e) 32 c) 38036
d) 24004
8. Qual a diferença prevista entre as temperaturas no e) 58617
Piauí e no Rio Grande do Sul, num determinado dia, se-
gundo as informações? Tempo no Brasil: Instável a enso- 15. (ALGÁS – ASSISTENTE DE PROCESSOS ORGANI-
larado no Sul. Mínima prevista -3º no Rio Grande do Sul. ZACIONAIS – COPEVE/2014)
Máxima prevista 37° no Piauí.
Critério de divisibilidade por 11
a) 34
b) 36 Esse critério é semelhante ao critério de divisibilidade por
c) 38 9. Um número é divisível por 11 quando a soma alter-
d) 40 nada dos seus algarismos é divisível por 11. Por soma
e) 42 alternada queremos dizer que somamos e subtraímos al-
garismos alternadamente (539  5 - 3 + 9 = 11).
9. Qual é o produto de três números inteiros consecuti- Disponível em:<http://educacao.globo.com> . Acesso
vos em que o maior deles é –10? em: 07 maio 2014.

a) -1320 Se A e B são algarismos do sistema decimal de numera-


b) -1440 ção e o número 109AB é múltiplo de 11, então
c) +1320
d) +1440 a) B = A
e) nda b) A+B=1
c) B-A=1
10. Três números inteiros são consecutivos e o menor d) A-B=10
deles é +99. Determine o produto desses três números. e) A+B=-10

a) 999.000 16. (IF-SE – TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFOR-


b) 999.111 MAÇÃO - FDC-2014) João, nascido entre 1980 e 1994,
c) 999.900 irá completar, em 2014, x anos de vida. Sabe-se que x
d) 999.999 é divisível pelo produto dos seus algarismos. Em 2020,
e) 1.000.000 João completará a seguinte idade:

11. Adicionando –846 a um número inteiro e multiplican- a) 32


do a soma por –3, obtém-se +324. Que número é esse? b) 30
c) 28
a) 726 d) 26
MATEMÁTICA

b) 738
c) 744
d) 752
e) 770

65
17. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINIS- II- O número 71 não é um número primo;
TRATIVO – IDHTEC/2016) O número 102 + 101 + 100 é III- Os números 20 e 21 são primos entre si.
a representação de que número?
Dos itens acima:
a) 100
b) 101 a) Apenas o item I está correto.
c) 010 b) Apenas os itens I e II estão corretos.
d) 111 c) Apenas os itens I e III estão corretos.
e) 110 d) Todos os itens estão corretos.
18. (TRF-SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) O 23. (SAMAE DE CAXIAS DO SUL –RS – OPERADOR
resultado da expressão numérica 53 : 51 × 54 : 5 × 55 : 5 : DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO
56 - 5 é igual a : – OBJETIVA/2017) Marcar C para as afirmativas Certas,
E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apre-
a) 120.
senta a sequência CORRETA:
1
b)
5 (---) Pertencem ao conjunto dos números naturais ímpa-
c) 55. res os números ímpares negativos e os positivos.
d) 25. (---) O número 72 é divisível por 2, 3, 4, 6, 8 e 9
e) 620. (---) A decomposição do número 256 em fatores primos é
27
19. (FEI-SP) O valor da expressão B = 5 . 108 . 4 . 10-3 é: (---) Considerando-se os números 84 e 96, é correto afir-
mar que o máximo divisor comum é igual a 12.
a) 206
b) 2 . 106 a) E - E - C - C.
c) 2 . 109 b) E - C - C - E.
d) 20 . 10-4 c) C - E - E - E.
d) E - C - E - C.
20. (PREF. GUARULHOS-SP –ASSISTENTE DE GES- e) C - E - C - C.
TÃO ESCOLAR – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita
monitorada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos 24. (PREF. GUARULHOS-SP – AGENTE ESCOLAR
do 9º ano de certa escola foram divididos em grupos, – VUNESP/2016) No ano de 2014, três em cada cinco
todos com o mesmo número de alunos, sendo esse nú- estudantes, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, estavam
mero o maior possível, de modo que cada grupo tivesse cursando o ensino superior, segundo dados do Instituto
somente alunos de um único ano e que não restasse ne- Brasileiro de Geografia e Estatística. Supondo-se que na-
nhum aluno fora de um grupo. Nessas condições, é cor- quele ano 2,4 milhões de estudantes, naquela faixa etária,
reto afirmar que o número total de grupos formados foi não estivesse cursando aquele nível de ensino, o número
dos que cursariam o ensino superior, em milhões, seria:
a) 8
b) 12 a) 3,0
c) 13 b) 3,2
d) 15 c) 3,4
e) 18 d) 3,6
e) 4,0
21. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINIS-
TRATIVO – IDHTEC/2016) Um ciclista consegue fazer 2.5 (PREF. TERRA DE AREIA-RS – AGENTE ADMI-
um percurso em 12 min, enquanto outro faz o mesmo NISTRATIVO – OBJETIVA/2016) Três funcionários
percurso 15 min. Considerando que o percurso é circular (Fernando, Gabriel e Henrique) de determinada empresa
e que os ciclistas partem ao mesmo tempo do mesmo deverão dividir o valor de R$ 950,00 entre eles, de forma
local, após quanto tempo eles se encontrarão? diretamente proporcional aos dias trabalhos em certo
mês. Sabendo-se que Fernando trabalhou 10 dias, Ga-
a) 15 min briel, 12, e Henrique, 16, analisar os itens abaixo:
b) 30 min
c) 1 hora I - Fernando deverá receber R$ 260,00.
d) 1,5 horas II - Gabriel deverá receber R$ 300,00.
e) 2 horas III - Henrique deverá receber R$ 410,00.
MATEMÁTICA

22. (PREF. SANTA TERIZINHA DO PROGRESSO-SC Está(ão) CORRETO(S):


– PROFESSOR DE MATEMÁTICA – CURSIVA/2018)
Acerca dos números primos, analise. a) II
b) I e II
I- O número 11 é um número primo; c) I e III

66
d) II e III 31. A herança de R$ 30.000,00 deve ser repartida entre
e) Todos os itens Antonio, Bento e Carlos. Cada um deve receber em par-
tes diretamente proporcionais a 3, 5 e 6, respectivamen-
26. (TRT- 15ª REGIÃO SP– ANALISTA JUDICIÁRIO – te, e inversamente proporcionais às idades de cada um.
FCC/2018) André, Bruno, Carla e Daniela eram sócios em Sabendo-se que Antonio tem 12 anos, Bento tem 15 anos
um negócio, sendo a participação de cada um, respecti- e Carlos 24 anos, qual será a parte recebida por Bento?
vamente, 10%, 20%, 20% e 50%. Bruno faleceu e, por não
ter herdeiros naturais, estipulara, em testamento, que sua a) R$ 12.000,00.
parte no negócio deveria ser distribuída entre seus só- b) R$ 14.000,00.
cios, de modo que as razões entre as participações dos b) R$ 8.000,00.
três permanecessem inalteradas. Assim, após a partilha, a c) R$ 24.000,00.
nova participação de André no negócio deve ser igual a:
32. (SAAE Aimorés- MG – Ajudante – MÁXIMA/2016)
a) 20%. Misturam-se 30 litros de álcool com 20 litros de gasolina.
b) 8% A porcentagem de gasolina na mistura é igual a:
c) 12,5%
a) 40%
d) 15%
b) 20%
e) 10,5% c) 30%
d) 10%
27. (PREF. GUARULHOS-SP – AUXILIAR ADMINIS-
TRATIVO – VUNESP/2018) Um terreno retangular tem 33. (PREF. PIRAÚBA-MG – OFICIAL DE SERVIÇO PÚ-
35 m de largura e 1750 m2 de área. A razão entre a largu- BLICO – MS CONCURSOS/2017) Certo estabelecimen-
ra e o comprimento desse terreno é to de ensino possui em seu quadro de estudantes alunos
de várias idades. A quantidade de alunos matriculados
a) 0,8. neste estabelecimento é de 1300. Sabendo que deste to-
b) 0,7. tal 20% são alunos maiores de idade, podemos concluir
c) 0,6. que a quantidade de alunos menores de idade que estão
d) 0,5. matriculados é:
e) 0,4.
a) 160
28. (UTPR 2018) O preço de cada peça é definido pro- b) 1040
porcionalmente à área de cada uma em relação à unida- c) 1100
de padrão. Por exemplo, a área da peça B é metade da d) 1300
área da unidade padrão, desse modo o preço da peça B
é metade do preço da unidade padrão, ou seja, R$ 12,00. 34. (PREF. JACUNDÁ-PA – AUXILIAR ADMINISTRATI-
Assim, as peças A, C e D custam respectivamente: VO – INAZ/2016) Das 300 dúzias de bananas que seu José
foi vender na feira, no 1° dia, ele vendeu 50% ao preço de
a) R$ 12,00; R$ 12,00; R$ 4,00 R$ 3,00 cada dúzia; no 2° dia ele vendeu 30% da quantidade
b) R$ 12,00; R$ 6,00; R$ 6,00 que sobrou ao preço de R$ 2,00; e no 3° dia ele vendeu 20%
c) R$ 6,00; R$ 4,00; R$ 4,00 do que restou da venda dos dias anteriores ao preço de R$
d) R$ 12,00; R$ 4,00; R$ 6,00 1,00. Quanto seu José apurou com as vendas das bananas
e) R$ 12,00; R$ 6,00; R$ 4,00 nos três dias?

29. Dividindo-se 660 em partes inversamente proporcio- a) R$ 700,00


nais aos números 1/2, 1/3 e 1/6 obtém-se que números? b) R$ 540,00
c) R$ 111,00
a) 30, 10, 5. d) R$ 450,00
b) 30, 20, 10. e) R$ 561,00
c) 40, 30, 20.
d) 20, 10, 5 35. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2016) Com a
criação de leis trabalhistas, houve muitos avanços em re-
lação aos direitos dos trabalhadores. Entretanto, ainda há
30. Certo concreto é obtido misturando-se uma parte de
muitas barreiras. Atualmente, a renda das mulheres cor-
cimento, dois de areis e quatro de pedra. Qual será (em
responde, aproximadamente, a três quartos da renda dos
m³) a quantidade de areia a ser empregada, se o volume
homens. Considerando os dados apresentados, qual a dife-
a ser concretado é 378 m³?
rença aproximada, em termos percentuais, entre a renda do
homem e a da mulher?
a) 108m3
b) 100m3
MATEMÁTICA

a) 75%
c) 80m3
b) 60%
e) 60m3
c) 34%
d) 25%

67
36. (EBSERH – TÉCNICO EM ENFERMAGEM – 41. (TRT 11ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
IBFC/2017) Paulo gastou 40% de 3/5 de seu salário e FCC/2015) Em 2015 as vendas de uma empresa foram
ainda lhe restou R$ 570,00. Nessas condições o salário 60% superiores as de 2014. Em 2016 as vendas foram
de Paulo é igual a: 40% inferiores as de 2015. A expectativa para 2017 é de
que as vendas sejam 10% inferiores as de 2014. Se for
a) R$ 2375,00 confirmada essa expectativa, de 2016 para 2017 as ven-
b) R$ 750,00 das da empresa vão.
c) R$ 1240,00
d) R$ 1050,00 a) diminuir em 6,25%
e) R$ 875,00 b) aumentar em 4%
c) diminuir em 4%
d) diminuir em 4,75%
37. (PREF. TANGUÁ-RJ – TÉCNICO E ENFERMAGEM e) diminuir em 5,5%
– MS CONCURSOS/2017) Raoni comprou um fogão
com 25% de desconto, pagando por ele R$ 330,00. Qual
42. (SAMAE CAXIAS DO SUL –RS –AJUSTADOR DE
era o preço do fogão sem o desconto?
HIDRÔMETROS – OBJETIVA/2017) Em certa turma de
matemática do Ensino Fundamental, o professor dividiu
a) R$ 355,00
igualmente os 34 alunos em dois grupos (A e B) para que
b) R$ 412,50
participassem de certa competição de matemática en-
c) R$ 440,00
volvendo frações. Para cada resposta correta dada pelo
d) R$ 460,00
grupo, este ganhava 10 pontos e, para cada resposta
incorreta, o grupo transferia 5 dos seus pontos para a
38. (EBSERH – ADVOGADO – IBFC/2016) Ao comprar
equipe adversária. Considerando-se que os grupos A e B
um produto, José obteve um desconto de 12% (doze
iniciaram a competição com 20 pontos cada, e as ques-
por cento) por ter pagado à vista e pagou o valor de R$
tões foram as seguintes, assinalar a alternativa CORRETA:
105,60 (cento e cinco reais e sessenta centavos). Nessas
condições, o valor do produto, sem desconto, é igual a:

a) R$ 118,27
b) R$ 125,00
c) R$ 120,00
d) R$ 130,00
e) R$ 115,00

39. (PREF. ITAPEMA-SC – AGENTE MUNICIPAL DE


TRÂNSITO – MS CONCURSOS/2016) Segundo da-
dos do IBGE, a população de Itapema (SC) em 2010 era
de, aproximadamente, 45.800 habitantes. Já atualmente,
essa população é de, aproximadamente, 59.000 habitan-
tes. O aumento percentual dessa população no período
de 2010 a 2016 foi de:

a) 22,4%
b) 28,8%
c) 71,2%
d) 77,6%

40. (EBSERH – ADVOGADO – IBFC/2016) Joana gas-


tou 60% de 50% de 80% do valor que possuía. Portanto, a) grupo B ficou com 25 pontos a mais do que o grupo A.
a porcentagem que representa o que restou para Joana b) grupo A ficou com 10 pontos a mais do que o grupo B.
do valor que possuía é: c) grupo B ganhou ao todo 30 pontos e perdeu 5.
d) grupo A ganhou ao todo 20 pontos e perdeu 10.
a) 76% e) Os dois grupos terminaram a competição com a mes-
b) 24% ma pontuação, 30 pontos cada.
c) 32%
d) 68% 43. (UFGO) Uma fração equivalente a 3/4 cujo denomi-
e) 82% nador é um múltiplo dos números 3 e 4 é:
MATEMÁTICA

a) 6/8
b) 9/12
c) 15/24
d) 12/16

68
44. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2018) O nú- 48. (PREF. SUZANO-SP – GUARDA CIVIL MUNICIPAL
mero decimal que representa a quantidade de crianças e – VUNESP/2018) Para imprimir um lote de panfletos, uma
jovens envolvidos em atividades não agrícolas no Brasil, gráfica utiliza apenas uma máquina, trabalhando 5 horas por
segundo o PNAD 2015, é: dia durante 3 dias. O número de horas diárias que essa má-
quina teria que trabalhar para imprimir esse mesmo lote em
a) 68/10 2 dias seria
b) 0,68
c) 6,8 a) 8,0.
d) 68/100 b) 7,5.
c) 7,0.
45. Em seu testamento, uma mulher decide dividir seu d) 6,5.
patrimônio entre seus quatro filhos. Tal divisão foi feita e) 6,0.
da seguinte forma:
49. (VUNESP – CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CAR-
• João receberá 1/5; LOS – AGENTE DE COPA – 2013) Com uma lata de leite
• Camila receberá 15%; condensado, é possível se fazer 30 brigadeiros. Sabendo
• Ana receberá R$ 16.000,00; que o preço de cada lata é de 4 reais, e para uma come-
• Carlos receberá 25%. moração serão necessários 450 brigadeiros, o total gasto,
em reais, para fazer esses brigadeiros, será de
A fração que representa a parte do patrimônio recebida
por Ana é: a) 45
b) 53
a) 2/4. c) 60
b) 3/5. d) 70.
c) 2/5.
d) 1/4. 50. (VUNESP – CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS
e) 3/4. – RECEPCIONISTA – 2013) Num posto de gasolina, foi pedi-
do ao frentista que enchesse o tanque de combustível. Foram
46. Bela é uma leitora voraz. Ela comprou uma cópia colocados 20,6 litros de gasolina, pelos quais custou R$ 44,29.
do best seller «A Beleza da Matemática». No primeiro dia, Se fossem colocados 38 litros de gasolina, o valor a ser pago
Bela leu 1/5 das páginas mais 12 páginas, e no segundo seria de
dia, ela leu 1/4 das páginas restantes mais 15 páginas.
No terceiro dia, ela leu 1/3 das páginas restantes mais 18 a) R$ 37,41.
páginas. Então, Bela percebeu que restavam apenas 62 b) R$ 79,80.
páginas para ler, o que ela fez no dia seguinte. Então, o c) R$ 81,70.
livro lido por Bela possuía o seguinte número de páginas: d) R$ 85,30.
e) R$ 88,50.
a) 120.
b) 180. 51. (VUNESP - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CAR-
c) 240. LOS – RECEPCIONISTA – 2013) Lendo 30 páginas por
d) 300. dia de um livro, gastarei 6 dias para ler esse livro. Se eu ler
20 páginas por dia desse mesmo livro, gastarei

a) 9 dias.
47. (EMAP – CARGOS DE NÍVEL MËDIO – CES-
b) 8 dias.
PE/2018) Os operadores dos guindastes do Porto de
c) 6 dias.
Itaqui são todos igualmente eficientes. Em um único dia,
d) 5 dias.
seis desses operadores, cada um deles trabalhando du-
e) 4 dias.
rante 8 horas, carregam 12 navios.
52. (VUNESP – PROCON – AUXILIAR DE MANUTEN-
Com referência a esses operadores, julgue o item seguin-
ÇÃO – 2013) Um supermercado fez a seguinte oferta
te.
“3/4 de quilograma de carne moída por apenas R$ 4,50
‘’. Uma pessoa aproveitou a oferta e comprou 3 quilogra-
Para carregar 18 navios em um único dia, seis desses
mas de carne moída. Essa pessoa pagou pelos 3 quilo-
operadores deverão trabalhar durante mais de 13 horas.
gramas de carne
( ) CERTO ( ) ERRADO
R$ 18,00.
MATEMÁTICA

R$ 18,50.
R$ 19,00.
R$ 19,50.
R$ 20,00.

69
53. (VUNESP – TJM – SP – AGENTE DE SEGURAN- 57. (CISMARPA – AUXILIAR ADMINISTRATIVO –
ÇA JUDICIÁRIA – 2013) Se certa máquina trabalhar IPEFAE/2015) Em um restaurante, 4 cozinheiros fazem
seis horas por dia, de forma constante e sem parar, ela 120 pratos em 5 dias. Para atender uma demanda maior
produzira n peças em seis dias. Para produzir quantidade de pessoas, o gerente desse estabelecimento contratou
igual das mesmas peças em quatro dias, essa máquina mais 2 cozinheiros. Quantos pratos serão feitos em 8 dias
deverá trabalhar diariamente, nas mesmas condições, um de funcionamento do restaurante?
número de horas igual a a) 288
b) 294
a) 12. c) 296
b) 10. d) 302
c) 9.
d) 8. 58. (CRO-SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
VUNESP/2015) Cinco máquinas, todas de igual eficiên-
54. (VUNESP – AUXILIAR AGROPECUÁRIO – 2014) cia, funcionando 8 horas por dia, produzem 600 peças
O refeitório de uma fábrica prepara suco para servir no por dia. O número de peças que serão produzidas por 12
almoço. Com 5 litros de suco é possível encher comple- dessas máquinas, funcionando 10 horas por dia, durante
tamente 20 copos de 250 ml. Em um certo dia, foram 5 dias, será igual a
servidas 90 refeições e acompanhando cada uma delas,
1 copo com 250 ml de suco. O número, mínimo, de litros a) 1800.
de suco necessário para o almoço, desse dia, foi b) 3600.
c) 5400.
a) 21,5. d) 7200.
b) 22. e) 9000.
c) 22,5.
d) 23. 59. (PREF. PORTO ALEGRE-RS – FMP CONCUR-
e) 23,5. SOS/2012) A construção de uma casa é realizada em 10
dias por 30 operários trabalhando 8 horas por dia. O nú-
mero de operários necessários para construir uma casa
55. (PREF. TERESINA-PI – PROFESSOR – NUCE- em 8 dias trabalhando 6 horas por dia é
PE/2016) Sabendo que o comprimento do muro Parque
Zoobotânico é de aproximadamente 1,7 km e sua altura a) 18.
é de 1,7 m, um artista plástico pintou uma área corres- b) 24.
pondente a 34 m² do muro em 8 horas trabalhadas em c) 32.
um único dia. Trabalhando no mesmo ritmo e nas mes- d) 38.
mas condições, para pintar este muro, o pintor levará e) 50.

a) 83 dias. 60.(VUNESP – PMESP – CURSO DE FORMAÇÃO DE


b) 84 dias. OFICIAIS – 2014) A tabela, com dados relativos à cidade
c) 85 dias. de São Paulo, compara o número de veículos de frota, o
d) 86 dias. número de radares e o valor total, em reais, arrecada-
e) 87 dias. do com multas de trânsito, relativos aos anos de 2004 e
2013:
56. (SES-PR – TÉCNICO DE ENFERMAGEM –
UFPR/2009) Uma indústria metalúrgica consegue pro-
Ano Frota Radares Arrecadação
duzir 24.000 peças de determinado tipo em 4 dias, tra-
balhando com seis máquinas idênticas, que funcionam 8 2004 5,8 milhões 260 328 milhões
horas por dia em ritmo idêntico de produção. Quantos 2013 7,5 milhões 601 850 milhões
dias serão necessários para que essa indústria consiga
produzir 18.000 peças, trabalhando apenas com 4 dessas Se o número de radares e o valor da arrecadação ti-
máquinas, no mesmo ritmo de produção, todas elas fun- vessem crescido de forma diretamente proporcional ao
cionando 12 horas por dia? crescimento da frota de veículos no período considera-
do, então em 2013 a quantidade de radares e o valor
a) 3. aproximado da arrecadação, em milhões de reais (des-
b) 4. considerando-se correções monetárias), seriam, respec-
c) 5. tivamente,
d) 6.
e) 8. a) 336 e 424.
b) 336 e 426.
MATEMÁTICA

c) 334 e 428.
d) 334 e 430.
e) 330 e 432.

70
61. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI- 65. (PC-SP – AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA – VUNESP
NISTRATIVO – IBGP – 2018) Analise o trecho e assina- – 2018) Considere falsidade a proposição I, e verdade a
le a alternativa que completa CORRETAMENTE a lacuna: proposição II:
“___________ são declarações às quais pode ser atribuído
ou valor verdadeiro ou valor falso.” I. Se Ana é auxiliar de papiloscopista, então Caio é inves-
tigador.
a) Proposições II. Caio é investigador ou Monica é escrivã.
b) Conjunções
c) Permutações Com base no que foi apresentado, é verdade que
d) Afirmações
a) Caio não é investigador, e Monica não é escrivã.
62. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI- b) Ana não é auxiliar de papiloscopista, e Monica é es-
NISTRATIVO – IBGP – 2018) Acerca das proposições, crivã.
analise. c) Ana não é auxiliar de papiloscopista, e Caio não é in-
vestigador.
I. A árvore é vermelha. Pode-se dizer que essa afirmação d) Ana é auxiliar de papiloscopista, e Monica é escrivã.
ou é falsa ou é verdadeira. Portanto, trata-se de uma pro- e) Caio é investigador, e Mônica é escrivã.
posição.
II. Bom dia! Trata-se de uma saudação. Não podemos di- 66. (AL-RS – AGENTE LEGISLATIVO – FUNDATEC –
zer que a frase é falsa, nem mesmo que é verdadeira. 2018) A tabela-verdade da fórmula é equivalente à ta-
Portanto, a frase não é uma proposição. bela-verdade da fórmula da alternativa:
III. As informações das proposições possuem valor lógico
totalmente verdadeiro ou totalmente falso. Nunca uma a) ¬𝑃 → (𝑄 ∨ 𝑅)
proposição será verdadeira e falsa ao mesmo tempo. b) 𝑃 ∨ (¬𝑄 ∨ ¬𝑅)
c) 𝑃 ∨ (𝑄 ∨ 𝑅)
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s). d) 𝑃 → (¬𝑄 ∧ ¬𝑅)
e) (𝑄 ∨ 𝑅) → 𝑃
a) I apenas
b) III apenas 67. (AL-RS – TÉCNICO LEGISLATIVO – FUNDATEC–
c) I e II apenas 2018) A tabela-verdade da fórmula :
d) I, II, III
a) Só é falsa quando P e Q são falsos
63. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI- b) É uma tautologia
NISTRATIVO – IBGP – 2018) “Se o pássaro cantar, então c) É uma contradição
ele está vivo.” d) Só é falsa quando P e Q são verdadeiros
Com base na estrutura lógica, assinale a alternativa COR- e) Só é falsa quando P é verdadeiro e Q é falso
RETA.
68. (IGP-SC – PERITO CRIMINAL AMBIENTAL – IESES–
a) 𝑝∨𝑞 2017) Indique a alternativa que representa uma tauto-
b) 𝑝∧𝑞 logia:
c) 𝑝↔𝑞
d) 𝑝⟶𝑞 a) Se Rafael é inteligente ou Fabricio é chato então Rafael
não é inteligente e Fabricio não é chato.
64. (ARCON-PA – ASSISTENTE TÉCNICO – IADES – b) Se Rafael é inteligente e Fabricio é chato então Rafael
2018) Considere as proposições a seguir. é inteligente e Fabricio não é chato.
c) Se Rafael é inteligente ou Fabricio é chato então Rafael
i) Se Amanda vai ao parque, não está calor; é inteligente e Fabricio é chato.
ii) Se está calor, Jorge toma um suco gelado; d) Se Rafael é inteligente e Fabricio é chato então Rafael
iii) Se Jorge vai ao parque, Amanda fica em casa. é inteligente ou Fabricio é chato

Sabendo que Amanda não fica em casa e que Jorge toma 69. (PREFEITURA DE NITERÓI – ANALISTA – FGV –
um suco gelado, infere-se que 2018) A negação de “Nenhum analista é magro” é:

a) está calor. a) “Há pelo menos um analista magro”.


b) Amanda vai ao parque. b) “Alguns magros são analistas”.
c) Jorge fica em casa. c) “Todos os analistas são magros”.
d) Jorge não vai ao parque d) “Todos os magros são analistas”.
MATEMÁTICA

e) não está calor e) “Todos os analistas não são magros”.

71
70. (PBH ATIVOS S.A. – ANALISTA JURÍDICO – IBGP 75. (PREFEITURA DE CONCHAS. – ASSISTENTE AD-
– 2018) A negação da frase “Toda gestão imobiliária pre- MINISTRATIVO – METRO CAPITAL SOLUÇÕES – 2018)
cisa de regulação cadastral” é equivalente a: Sabe-se que Heloísa dança ballet e fala italiano, a nega-
ção desta proposição então é:
a) “Existe alguma gestão imobiliária que não precisa de
regularização cadastral”. a) Heloísa não dança ballet ou não fala italiano.
b) “Nenhuma gestão imobiliária precisa da regularização b) Se Heloísa dança ballet, então não fala italiano.
cadastral”. c) Heloísa não dança ballet, e não fala italiano.
c) “Toda gestão imobiliária independe da regularização d) Heloísa fala italiano ou não dança ballet.
cadastral”. e) Heloísa não fala italiano ou dança ballet.
d) “Alguma gestão imobiliária precisa da regularização
cadastral”. 76. (PREFEITURA DE NITERÓI. – AUDITOR MUNICI-
PAL – FGV – 2018) Considere a sentença: “Se Arlindo é
71. (PC-SP – AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2018) Leia baixo, então Arlindo não é atleta”. Assinale a opção que
a frase a seguir: “Qualquer pessoa sabe andar de bicicle- apresenta a sentença logicamente equivalente à senten-
ta”. A afirmação que corresponde à negação lógica dessa ça dada.
frase é:
a) “Se Arlindo não é atleta, então Arlindo é baixo”.
a) Todos que andam de bicicleta também andam de mo- b) “Se Arlindo não é baixo, então Arlindo é atleta”.
tocicleta. c) “Se Arlindo é atleta, então Arlindo não é baixo”.
b) Apenas uma pessoa sabe andar de bicicleta d) “Arlindo é baixo e atleta”.
c) Pelo menos uma pessoa não sabe andar de bicicleta. e) “Arlindo não é baixo e não é atleta”.
d) As crianças não sabem andar de bicicleta
e) Ninguém sabe andar de bicicleta 77. (TRT 15° REGIÃO – ANALISTA – FCC – 2018) Consi-
dere os dois argumentos a seguir:
72. (TJ-SC – TÉCNICO JUDICÁRIO AUXILIAR – FGV –
2018) Considere a afirmação: “Nenhum médico é cego”. I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não
A negação dessa afirmação é: sabe escrever petições. Ana Maria nunca escreve peti-
ções. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
a) Há, pelo menos, um médico cego. II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela
b) Nenhum cego é médico. nunca escreve petições. Ana Maria nunca escreve peti-
c) Todos os médicos são cegos. ções. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
d) Todos os cegos são médicos. Comparando a validade formal dos dois argumentos e
e) Todos os médicos não são cegos. a plausibilidade das primeiras premissas de cada um, é
correto concluir que
73. (SEFAZ-RS – TÉCNICO TRIBUTÁRIO – CESPE – 2018)
A negação da proposição “O IPTU, eu pago parcelado; o a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido,
IPVA, eu pago em parcela única” pode ser escrita como mesmo que a primeira premissa de I seja mais plausí-
vel que a de II.
a) “Eu não pago o IPTU parcelado e não pago o IPVA em b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das pri-
parcela única” meiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
b) “Eu não pago o IPTU parcelado e pago o IPVA parce- c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das
lado” primeiras premissas de ambos serem ou não plausí-
c) “Eu não pago o IPTU parcelado ou não pago o IPVA em veis.
parcela única” d) o argumento I é inválido e o II é válido, pois a primeira
d) “Eu pago o IPTU em parcela única e pago o IPVA par- premissa de II é mais plausível que a de I.
celado” e) o argumento I é válido e o II é inválido, mesmo que a
e) “Eu pago o IPTU em parcela única ou pago o IPVA par- primeira premissa de II seja mais plausível que a de I.
celado”
78. (PC-SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2018) De um argu-
74. (PREFEITURA DE MARICÁ – ORIENTADOR PEDA- mento válido, sabe-se que suas premissas são:
GÓGICO – COESAC – 2018) A negação lógica da afirma-
ção condicional “se Ana adoece, então Pedro fica triste” I. Se a investigação é feita adequadamente e as provas
é: são consistentes, então é certo que o réu será condena-
do.
a) Se Ana não adoece, Pedro não fica triste. II. O réu não foi condenado.
b) Se Ana adoece, então Pedro não fica triste.
MATEMÁTICA

c) Ana adoece ou Pedro não fica triste. Dessa forma, uma conclusão para esse argumento está
d) Ana adoece e Pedro não fica triste. contida na alternativa:
e) Se Pedro fica triste, Ana adoece.
a) A investigação não foi feita adequadamente e as pro-
vas não foram consistentes.

72
b) A investigação foi feita adequadamente ou as provas 82. (EPE – ANALISTA – CESGRANRIO, 2014).
foram consistentes. A probabilidade de um indivíduo selecionado aleatoria-
c) A investigação não foi feita adequadamente, mas as mente em uma população apresentar problemas circula-
provas foram consistentes. tórios é de 25%. Sabe-se que indivíduos com problemas
d) A investigação não foi feita adequadamente ou as pro- de circulação apresentam o dobro da probabilidade de
vas não foram consistentes. serem fumantes do que aqueles sem tais problemas. Se
e) A investigação foi feita adequadamente mas as provas um indivíduo fumante é selecionado dessa população,
não foram consistentes. qual a probabilidade de ele apresentar problemas circu-
latórios?
79. (CRF-TO – ANALISTA DE TI - IADES, 2019).
Suponha que, no Conselho Federal de Farmácia, traba- a) 2/5
lhem 5 analistas de tecnologia da informação. Uma nova b) 1/4
rede de computadores será projetada e implementada c) 1/3
para modernização dos processos. Para tanto, será mon- d) 1/2
tada uma equipe com 4 analistas, sendo 2 responsáveis e) 2/3
unicamente por projetar a rede e outros 2 responsáveis
unicamente por instalar e configurar a rede. Quantas 83. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
equipes distintas podem ser formadas para a execução CESGRANRIO, 2018).
da tarefa? Para montar uma fração, deve-se escolher, aleatoriamen-
te, o numerador no conjunto N = {1, 3, 7, 10} e o denomi-
a) 20 nador no conjunto D = {2, 5, 6, 35}.
b) 40
c) 35 Qual a probabilidade de que essa fração represente um
d) 30 número menor do que 1(um)?
e) 25
a) 50%
80. (CRF-TO – ANALISTA DE TI - IADES, 2019). b) 56,25%
Geraldo tem 4 porta-arquivos de mesa de cores diferen- c) 25%
tes (azul, verde, amarelo e vermelho) para organizar os d) 75%
processos administrativos da própria repartição. Ele pre- e) 87,5%
tende colocar os porta-arquivos lado a lado sobre uma
escrivaninha. De quantas maneiras diferentes ele pode
organizar esses porta-arquivos?
GABARITO
a) 36
b) 12
c) 24 1 B
d) 48 2 C
e) 8 3 D
4 A
81. (POLÍCIA FEDERAL – AGENTE DE POLÍCIA - FU-
VEST, 2013). 5 E
Em um aeroporto, 30 passageiros que desembarcaram 6 C
de determinado voo e que estiveram nos países A, B ou
7 B
C, nos quais ocorre uma epidemia infecciosa, foram sele-
cionados para ser examinados. Constatou-se que exata- 8 D
mente 25 dos passageiros selecionados estiveram em A 9 A
ou em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
desses 25 passageiros estiveram em A e em B. 10 C
11 B
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item 12 E
que segue.
13 C
Se 2 dos 30 passageiros selecionados forem escolhidos 14 B
ao acaso, então a probabilidade de esses 2 passageiros 15 C
terem estado em 2 desses países é inferior a 1/30.
16 B
MATEMÁTICA

( ) CERTO ( ) ERRADO 17 D
18 A
19 B

73
20 D 65 D
21 C 66 D
22 C 67 A
23 D 68 D
24 D 69 A
25 A 70 A
26 C 71 C
27 B 72 A
28 E 73 C
29 A 74 D
30 B 75 A
31 A 76 C
32 A 77 E
33 B 78 D
34 E 79 D
35 D 80 C
36 B 81 ERRADO
37 C 82 A
38 C 83 B
39 B
40 A
41 A
42 C
43 B
44 C
45 B
46 C
47 ERRADO
48 B
49 C
50 C
51 A
52 A
53 C
54 C
55 C
56 A
57 A
58 E
59 E
60 A
61 A
MATEMÁTICA

62 D
63 D
64 D

74
ÍNDICE

LEGISLAÇÃO

Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, Título VI – Dos deveres, das proibições e das responsabilidades, arts. 241 a
250...................................................................................................................................................................................................................................... 01
quando é emitida uma ordem para o servidor subordi-
LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968, nado, este deve dar cumprimento ao comando. Porém
TÍTULO VI – DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES quando a ordem é visivelmente ilegal, arbitrária, incons-
E DAS RESPONSABILIDADES, ARTS. 241 A titucional ou absurda, o servidor não é obrigado a dar
250. seguimento ao que lhe é ordenado. Quando a ordem é
manifestamente ilegal? Há uma margem de interpreta-
ção, principalmente se o servidor subordinado não tiver
CAPÍTULO I nenhuma formação de ordem jurídica. Logo, é o bom
Dos Deveres e das Proibições senso que irá margear o que é flagrantemente incons-
titucional”.
SEÇÃO I
Dos Deveres III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de
que for incumbido;
Os deveres do servidor aqui previstos são em muito “O zelo diz respeito às atribuições funcionais e tam-
compatíveis com os previstos no Código de Ética profis- bém ao cuidado com a economia do material, os bens
sional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fede- da repartição e o patrimônio público. Sob o prisma da
ral (Decreto n° 1.171/94) e na própria Lei nº 8.112/1990, disciplina e da conservação dos bens e materiais da re-
que fixa o regime jurídico dos servidores públicos civis partição, o servidor deve sempre agir com dedicação no
federais. Descrevem algumas das condutas esperadas do desempenho das funções do cargo que ocupa, e que lhe
servidor público quando do desempenho de suas fun- foram atribuídas desde o termo de posse. O servidor não
ções. Em resumo, o servidor público deve desempenhar é o dono do cargo. Dono do cargo é o Estado que o re-
suas funções com cuidado, rapidez e pontualidade, sen- munera. Se o referido cargo não lhe pertence, o servidor
do leal à instituição que compõe, respeitando as ordens deve exercer suas funções com o máximo de zelo que
de seus superiores que sejam adequadas às funções que estiver ao seu alcance. Sua eventual menor capacidade
desempenhe e buscando conservar o patrimônio do Es- de desempenho, para não configurar desídia ou insufi-
tado. No tratamento do público, deve ser prestativo e ciência de desempenho, deverá ser compensada com um
não negar o acesso a informações que não sejam sigi- maior esforço e dedicação de sua parte. Se um servidor
losas. Caso presencie alguma ilegalidade ou abuso de altamente preparado e capaz, vem a praticar atos que
poder, deve denunciar. Tomam-se como base os ensina- configurem desídia ou mesmo falta mais grave, poderá
mentos de Lima1 a respeito destes deveres: vir a ser punido. Porque o que se julgará não é a pessoa
do servidor, mas a conduta a ele imputável. O zelo não
Art. 241. São deveres do funcionário: deve se limitar apenas às atribuições específicas de sua
I - ser assíduo e pontual; atividade. O servidor deve ter zelo não somente com os
“Dois conceitos diferentes, porém parecidos. Ser assí- bens e interesses imateriais (a imagem, os símbolos, a
duo significa ser presente dentro do horário do expedien- moralidade, a pontualidade, o sigilo, a hierarquia) como
te. O oposto do assíduo é o ausente, o faltoso. Pontual é também para com os bens e interesses patrimoniais do
aquele servidor que não atrasa seus compromissos. É o Estado”.
que comparece no horário para as reuniões de trabalho
e demais atividades relacionadas com o exercício do car- IV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e,
go que ocupa. Embora sejam conceitos diferentes, aqui especialmente, sobre despachos, decisões ou providências;
o dever violado, seja por impontualidade, seja por inassi- “O agente público deve guardar sigilo sobre o que se
duidade (que ainda não aquela inassiduidade habitual de passa na repartição, principalmente quanto aos assun-
60 dias ensejadora de demissão), merece reprimenda de tos oficiais. Pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
advertência, com fins educativos e de correção do ser- 2011, hoje está regulamentado o acesso às informações.
vidor”. Porém, o servidor deve ter cuidado, pois até mesmo o
fornecimento ou divulgação das informações exigem um
II - cumprir as ordens superiores, representando quan- procedimento. Maior cuidado há que se ter, quando a
do forem manifestamente ilegais; informação possa expor a intimidade da pessoa huma-
“O servidor integra a estrutura organizacional do ór- na. As informações pessoais dos administrados em geral
gão em que presta suas atribuições funcionais. O Estado devem ser tratadas forma transparente e com respeito à
se movimenta através dos seus diversos órgãos. Dentro intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pes-
dos órgãos públicos, há um escalonamento de cargos e soas, bem como às liberdades e garantias individuais, se-
funções que servem ao cumprimento da vontade do ente gundo o artigo 31, da Lei nº 21.527, 2011. A exceção para
estatal. Este escalonamento, posto em movimento, é o o sigilo existe, pois, não devemos tratar a questão em
que vimos até agora chamando de hierarquia. A hierar- termos de cláusula jurídica de caráter absoluto, poden-
quia existe para que do alto escalão até a prática dos do ter autorizada a divulgação ou o acesso por terceiros
LEGISLAÇÃO

administrados as coisas funcionem. Disso decorre que quando haja previsão legal. Outra exceção é quando há
o consentimento expresso da pessoa a que elas se refe-
1 LIMA, Fábio Lucas de Albuquerque. O regime dis-
rirem. No caso de cumprimento de ordem judicial, para
ciplinar dos servidores federais. Disponível em: <http://
www.sato.adm.br/artigos/o_regime_disciplinar_dos_servi-
a defesa de direitos humanos, e quando a proteção do
dores_federais.htm>. Acesso em: 11 ago. 2013. interesse público e geral preponderante o exigir, também

1
devem ser fornecidas as informações. Portanto, o ser- adiante poderá ser causa inclusive de demissão, se não
vidor há que ter reserva no seu comportamento e fala, cumprir o presente dever, quando por descumprimento
esquivando-se de revelar o conteúdo do que se passa dele a gravidade do fato implicar a infração a normas
no seu trabalho. Se o assunto pululante é uma irregu- mais graves”.
laridade absurda, deve então reduzir a escrito e repre-
sentar para que se apure o caso. Deveriam diminuir as X - apresentar-se convenientemente trajado em ser-
conversas de corredor e se efetivar a apuração dos fatos viço ou com uniforme determinado, quando for o caso;
através do processo administrativo disciplinar. Os assun- As roupas devem refletir o respeito à instituição e se-
tos objeto do serviço merecem reserva. Devem ficar cir- rem compatíveis com a função desempenhada.
cunscritos aos servidores designados para o respectivo
trabalho interno, não devendo sair da seção ou setor de XI - atender prontamente, com preferência sobre
trabalho, sem o trâmite hierárquico do chefe imediato. Se qualquer outro serviço, às requisições de papéis, docu-
o assunto ou o trabalho, enfim, merecer divulgação mais mentos, informações ou providências que lhe forem feitas
ampla, deve ser contatado o órgão de assessoria de co- pelas autoridades judiciárias ou administrativas, para
municação social, que saberá proceder de forma oficial, defesa do Estado, em Juízo;
obedecendo ao bom senso e às leis vigentes”. “Este dever foi insculpido na lei para que o servidor
público trabalhe diuturnamente no sentido de desfazer
V - representar aos superiores sobre todas as irregu- a imagem desagradável que o mesmo possui perante a
laridades de que tiver conhecimento no exercício de suas sociedade. Exige-se que atue com presteza no atendi-
funções; mento a informações solicitadas pela Fazenda Pública.
“Todo servidor público é obrigado a dar conhecimen- Esta engloba o fisco federal, estadual, municipal e distri-
to ao chefe da repartição acerca das irregularidades de tal. O servidor público tem que ser expedito, diligente,
que toma conhecimento no exercício de suas atribuições. laborioso. Não há mais lugar para o burocrata que se
Deve levar ao conhecimento da chefia imediata pelo sis- afasta do administrado, dificultando a vida de quem ne-
tema hierárquico. Supõe-se que os titulares das chefias cessita de atendimento rápido e escorreito. Entretanto,
ou divisões detêm um conhecimento maior de como cor- há um longo caminho a ser percorrido até que se atinja
rigir o erro ou comunicar aos órgãos de controle para a um mínimo ideal de atendimento e de funcionamento
devida apuração. De nada adiantaria o servidor, ciente de dos órgãos públicos, o que deve necessariamente pas-
um ato irregular, ir comunicar ao público ou a terceiros. sar por critérios de valorização dos servidores bons e de
Além do dever de sigilo, há assuntos que exigem certas treinamento e qualificação permanente dos quadros de
reservas, visando ao bem do serviço público, da seguran- pessoal”.
ça nacional e mesmo da sociedade”.
XII - cooperar e manter espírito de solidariedade com
VI - tratar com urbanidade as pessoas; os companheiros de trabalho,
“No mundo moderno, e máxime em nossa civilização O ambiente de trabalho não deve ser um ambiente
ocidental, o trato tem que ser o mais urbano possível. Ur- de litígio, mas sim de cooperação.
bano, nessa acepção, não quer dizer citadino ou oriundo
da urbe (cidade), mas, sim, educado, civilizado, cordato e XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, regi-
que não possa criar embaraços aos usuários dos serviços mentos, instruções e ordens de serviço que digam respeito
públicos”. às suas funções; e
“A função desta norma é de não deixar sem resposta
VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde au- qualquer que seja a irregularidade cometida. Daí a ne-
torizado; cessária correlação nesses casos que temos de fazer do
O objetivo da disciplina é impor que o servidor sem- art. 116, inciso III, com a norma violada, e já prevista em
pre seja acessível, não precise se locomover grandes outra lei, decreto, instrução, ordem de serviço ou por-
distâncias quando solicitado, o que permite ainda que taria”.
conheça a realidade local.
XIV - proceder na vida pública e privada na forma
VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem, que dignifique a função pública.
no assentamento individual, a sua declaração de famí- O bom comportamento não deve se fazer presente
lia; somente no exercício das funções. Cabe ao funcionário
Trata-se do dever de manter seus registros atualiza- se portar bem quando estiver em sua vida privada, na
dos, inclusive no que se refere aos membros de sua fa- convivência com seus amigos e familiares, bem como
mília. nos momentos de lazer. Por melhor que seja como fun-
cionário, não será aceito aquele que, por exemplo, for
IX - zelar pela economia do material do Estado e pela visto frequentemente embriagado ou for sempre denun-
ciado por violência doméstica.
LEGISLAÇÃO

conservação do que for confiado à sua guarda ou utili-


zação;
“Esse deve é basilar. Se o agente não zelar pela eco-
nomia e pela conservação dos bens públicos presta um
desserviço à nação que lhe remunera. E como se verá

2
III - requerer ou promover a concessão de privilégios,
#FicaDica garantias de juros ou outros favores semelhantes, fe-
derais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de
O servidor deve desempenhar suas atri- invenção própria;
buições de acordo com os princípios que IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, em-
regem a administração, notadamente: le- prego ou função em empresas, estabelecimentos ou
galidade, impessoalidade, moralidade, pu- instituições que tenham relações com o Governo, em
blicidade e eficiência (artigo 37, CF). Os de- matéria que se relacione com a finalidade da reparti-
veres dos servidores devem ser obedecidos ção ou serviço em que esteja lotado;
tanto no exercício da função quanto na vida V - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem
privada. O rol de deveres é exemplificativo, autorização do Presidente da República;
cabendo ao servidor obedecer todos prin- VI - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais
cípios morais e éticos em sua conduta. nas condições mencionadas no item II deste artigo,
podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou
comanditário;
SEÇÃO II VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos
Das Proibições de sabotagem contra o serviço público; (INCONSTI-
TUCIONAL)
Art. 242. Ao funcionário é proibido:
Em contraposição aos deveres do servidor público, O Supremo Tribunal Federal decidiu que os servidores
existem diversas proibições. A violação dos deveres ou a públicos possuem o direito de greve, devendo se atentar
prática de alguma das violações abaixo descritas caracteri- pela preservação da sociedade quando exercê-lo. En-
zam infração administrativa disciplinar. quanto não for elaborada uma legislação específica para
“Nas Proibições constata-se, desde logo, sua objetivi- os funcionários públicos, deverá ser obedecida a lei geral
dade e taxatividade, o que veda sua ampliação e o uso de de greve para os funcionários privados, qual seja a Lei n°
interpretações analógicas ou sistemáticas visto serem con- 7.783/89 (Mandado de Injunção nº 20).
dutas restritivas de direitos, sujeitas, portanto, ao princí-
pio da reserva legal. O descumprimento dessas proibições VIII - praticar a usura;
podem inclusive, ensejar o enquadramento penal do ser- IX - constituir-se procurador de partes ou servir de
vidor, pois muitas das condutas ali descritas, configuram intermediário perante qualquer repartição pública,
prática de delito penal”2. exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou pa-
I - (Revogado). rente até segundo grau;
II - retirar, sem prévia permissão da autoridade com- X - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de
petente, qualquer documento ou objeto existente na entidades fiscalizadas, no País, ou no estrangeiro,
repartição; mesmo quando estiver em missão referente à compra
III - entreter-se, durante as horas de trabalho, em pales- de material ou fiscalização de qualquer natureza;
tras, leituras ou outras atividades estranhas ao serviço; XI - valer-se de sua qualidade de funcionário para
IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa justi- desempenhar atividade estranha às funções ou para
ficada; lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito; e
V - tratar de interesses particulares na repartição; XII - fundar sindicato de funcionários ou deles fazer
VI - promover manifestações de apreço ou desapreço parte. (INCONSTITUCIONAL)
dentro da repartição, ou tornar-se solidário com elas;
VII - exercer comércio entre os companheiros de serviço, Os servidores públicos têm direito de fundar sindica-
promover ou subscrever listas de donativos dentro da tos, o que é inerente ao direito fundamental à liberdade
repartição; e de associação.
VIII - empregar material do serviço público em serviço
particular. Parágrafo único. Não está compreendida na proibição
dos itens II e VI deste artigo, a participação do funcio-
Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário: nário em sociedades em que o Estado seja acionista,
I - fazer contratos de natureza comercial e industrial bem assim na direção ou gerência de cooperativas e
com o Governo, por si, ou como representante de ou- associações de classe, ou como seu sócio.
trem;
II - participar da gerência ou administração de em- Art. 244. É vedado ao funcionário trabalhar sob as or-
presas bancárias ou industriais, ou de sociedades co- dens imediatas de parentes, até segundo grau, salvo
merciais, que mantenham relações comerciais ou ad- quando se tratar de função de confiança e livre escolha,
ministrativas com o Governo do Estado, sejam por este não podendo exceder a 2 (dois) o número de auxiliares
subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas nessas condições.
com a finalidade da repartição ou serviço em que es- É a chamada prática de nepotismo. Do latim nepos,
neto ou descendente, é o termo utilizado para designar
LEGISLAÇÃO

teja lotado;
o favorecimento de parentes (ou amigos próximos) em
2 MORGATO, Almir. O Regime Disciplinar dos Ser-
detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente
vidores Públicos da União. Disponível em: <http://www.
no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos.
canaldosconcursos.com.br/artigos/almirmorgado_artigo1.
Destaca-se o teor da súmula vinculante nº 13 do STF:
pdf>. Acesso em: 11 ago. 2013.

3
Súmula Vinculante nº 13: “A nomeação de cônjuge, Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo anterior,
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por a importância da indenização poderá ser descontada
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade do vencimento ou remuneração não excedendo o des-
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, in- conto à 10ª (décima) parte do valor destes.
vestido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, Parágrafo único. No caso do item IV do parágrafo único
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, do art. 245, não tendo havido má-fé, será aplicada a
ou, ainda, de função gratificada na Administração Públi- pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
ca direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, com- Art. 249. Será igualmente responsabilizado o funcio-
preendido o ajuste mediante designações recíprocas, nário que, fora dos casos expressamente previstos nas
viola a Constituição Federal.” Obs.: se o concurso pedir leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas
pelo entendimento jurisprudencial, vá pela súmula, mas estranhas às repartições, o desempenho de encargos
se não mencionar nada se atenha ao texto da lei, visto que lhe competirem ou aos seus subordinados.
que há pequenas variações entre o texto da súmula e o
Art. 250. A responsabilidade administrativa não exi-
da lei.
me o funcionário da responsabilidade civil ou criminal
que no caso couber, nem o pagamento da indenização
a que ficar obrigado, na forma dos arts. 247 e 248, o
#FicaDica exame da pena disciplinar em que incorrer.
§ 1º A responsabilidade administrativa é independen-
As proibições dos servidores públicos for- te da civil e da criminal.
mam um rol taxativo, não exemplificativo. § 2º Será reintegrado ao serviço público, no cargo que
Entre elas, destacam-se a proibição de va- ocupava e com todos os direitos e vantagens devidas,
ler-se da função pública para ter proveitos o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples
pessoais e a de nepotismo. comprovação do trânsito em julgado de decisão que
negue a existência de sua autoria ou do fato que deu
origem à sua demissão.
CAPÍTULO II § 3º O processo administrativo só poderá ser sobresta-
Das Responsabilidades do para aguardar decisão judicial por despacho moti-
vado da autoridade competente para aplicar a pena.
Art. 245. O funcionário é responsável por todos os Segundo Carvalho Filho3, “a responsabilidade se ori-
prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Es- gina de uma conduta ilícita ou da ocorrência de determi-
tadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. nada situação fática prevista em lei e se caracteriza pela
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a res- natureza do campo jurídico em que se consuma. Desse
ponsabilidade: modo, a responsabilidade pode ser civil, penal e adminis-
I - pela sonegação de valores e objetos confiados à trativa. Cada responsabilidade é, em princípio, indepen-
sua guarda ou responsabilidade, ou por não prestar dente da outra”.
contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo É possível que o mesmo fato gere responsabilidade
estabelecidos nas leis, regulamentos, regimentos, ins- civil, penal e administrativa, mas também é possível que
truções e ordens de serviço; este gere apenas uma ou outra espécie de responsabili-
II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros pre- dade. Daí o fato das responsabilidades serem indepen-
juízos que sofrerem os bens e os materiais sob sua dentes: o mesmo fato pode gerar a aplicação de qual-
quer uma delas, cumulada ou isoladamente.
guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
O instituto da responsabilidade civil é parte integran-
III - pela falta ou inexatidão das necessárias averba-
te do direito obrigacional, uma vez que a principal con-
ções nas notas de despacho, guias e outros documen-
sequência da prática de um ato ilícito é a obrigação que
tos da receita, ou que tenham com eles relação; e
gera para o seu auto de reparar o dano, mediante o pa-
IV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a gamento de indenização que se refere às perdas e danos.
Fazenda Estadual. Afinal, quem pratica um ato ou incorre em omissão que
gere dano deve suportar as consequências jurídicas de-
Art. 246. O funcionário que adquirir materiais em correntes, restaurando-se o equilíbrio social.4
desacordo com disposições legais e regulamentares, A responsabilidade civil, assim, difere-se da penal, po-
será responsabilizado pelo respectivo custo, sem pre- dendo recair sobre os herdeiros do autor do ilícito até os
juízo das penalidades disciplinares cabíveis, poden- limites da herança, embora existam reflexos na ação que
do-se proceder ao desconto no seu vencimento ou apure a responsabilidade civil conforme o resultado na
remuneração. esfera penal (por exemplo, uma absolvição por negativa
de autoria impede a condenação na esfera cível, ao passo
Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda Esta- que uma absolvição por falta de provas não o faz).
LEGISLAÇÃO

dual, o funcionário será obrigado a repor, de uma só


3 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de
vez, a importância do prejuízo causado em virtude de
direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris,
alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar
2010.
recolhimento ou entrada nos prazos legais.
4 GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade
Civil. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

4
Genericamente, os elementos da responsabilidade siva ou omissiva e os fatos que o configuram são os pre-
civil se encontram no art. 186 do Código Civil: “aquele vistos na legislação estatutária. Por exemplo, as sanções
que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou im- aplicadas pela Comissão de Ética por violação ao Decreto
prudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda n° 1.171/94 são administrativas.
que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Este é o Se as responsabilidades se cumularem, também as
artigo central do instituto da responsabilidade civil, que sanções serão cumuladas. Daí afirmar-se que tais respon-
tem como elementos: ação ou omissão voluntária (agir sabilidades são independentes, ou seja, não dependem
como não se deve ou deixar de agir como se deve), cul- uma da outra.
pa ou dolo do agente (dolo é a vontade de cometer uma Determinadas decisões na esfera penal geram exclu-
violação de direito e culpa é a falta de diligência), nexo são da responsabilidade nas esferas civil e administrati-
causal (relação de causa e efeito entre a ação/omissão e va, quais sejam: absolvição por inexistência do fato ou
o dano causado) e dano (dano é o prejuízo sofrido pelo negativa de autoria. A absolvição criminal por falta de
agente, que pode ser individual ou coletivo, moral ou provas não gera exclusão da responsabilidade civil e ad-
material, econômico e não econômico). ministrativa.
A absolvição proferida na ação penal, em regra, nada
Prevê o artigo 37, §6° da Constituição Federal: prejudica a pretensão de reparação civil do dano ex delic-
to, conforme artigos 65, 66 e 386, IV do CPP: “art. 65. Faz
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer
privado prestadoras de serviços públicos responderão pe- ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em
los danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o res- ou no exercício regular de direito” (excludentes de an-
ponsável nos casos de dolo ou culpa. tijuridicidade); “art. 66. não obstante a sentença abso-
lutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta
Este artigo deixa clara a formação de uma relação quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a
jurídica autônoma entre o Estado e o agente público que inexistência material do fato”; “art. 386, IV – estar pro-
causou o dano no desempenho de suas funções. Nesta vado que o réu não concorreu para a infração penal”.
relação, a responsabilidade civil será subjetiva, ou seja, Entendem Fuller, Junqueira e Machado6: “a absolvição
caberá ao Estado provar a culpa do agente pelo dano dubitativa (motivada por juízo de dúvida), ou seja, por
causado, ao qual foi anteriormente condenado a reparar. falta de provas, (art. 386, II, V e VII, na nova redação con-
Direito de regresso é justamente o direito de acionar o ferida ao CPP), não empresta qualquer certeza ao âmbito
causador direto do dano para obter de volta aquilo que da jurisdição civil, restando intocada a possibilidade de,
pagou à vítima, considerada a existência de uma relação na ação civil de conhecimento, ser provada e reconhe-
obrigacional que se forma entre a vítima e a instituição cida a existência do direito ao ressarcimento, de acordo
que o agente compõe. com o grau de cognição e convicção próprios da seara
Assim, o Estado responde pelos danos que seu agen- civil (na esfera penal, a decisão de condenação somente
te causar aos membros da sociedade, mas se este agen- pode ser lastreada em juízo de certeza, tendo em vista o
te agiu com dolo ou culpa deverá ressarcir o Estado do princípio constitucional do estado de inocência)”.
que foi pago à vítima. O agente causará danos ao prati-
car condutas incompatíveis com o comportamento ético
dele esperado.5 #FicaDica
A responsabilidade civil do servidor exige prévio pro-
cesso administrativo disciplinar no qual seja assegurado A Administração Pública tem direito de
contraditório e ampla defesa. regresso contra o servidor que agiu com
Trata-se de responsabilidade civil subjetiva ou com dolo ou culpa. Sendo assim, a responsabi-
culpa. Havendo ação ou omissão com culpa do servidor lidade civil do servidor é subjetiva (embora
que gere dano ao erário (Administração) ou a terceiro a responsabilidade do Estado seja objeti-
(administrado), o servidor terá o dever de indenizar. va). Além da responsabilização civil, caberá
Já a responsabilidade penal do servidor decorre de a penal e a administrativa, independentes
uma conduta que a lei penal tipifique como infração pe- entre si.
nal, ou seja, como crime ou contravenção penal.
O servidor poderá ser responsabilizado apenas pe-
nalmente, uma vez que somente caberá responsabiliza-
ção civil se o ato tiver causado prejuízo ao erário (ele-
mento dano).
Os crimes contra a Administração Pública se encon-
tram nos artigos 312 a 326 do Código Penal, mas exis-
tem outros crimes espalhados pela legislação específica.
Por seu turno, quando o servidor pratica um ilícito
LEGISLAÇÃO

administrativo, a ele é atribuída responsabilidade admi-


6 FULLER, Paulo Henrique Aranda; JUNQUEIRA, Gus-
nistrativa. O ilícito pode verificar-se por conduta comis-
tavo Octaviano Diniz; MACHADO, Angela C. Cangiano. Pro-
5 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. cesso Penal. 9. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
ed. São Paulo: Método, 2011. (Coleção Elementos do Direito)

5
Resposta: Letra B. Os itens I e II estão incorretos e os
itens III e IV estão corretos.
EXERCÍCIO COMENTADO I. Incorreto porque nos termos do art. 250, “a respon-
sabilidade administrativa não exime o funcionário da
1. (TJ-SP - Estatístico Judiciário - VUNESP - 2015) So- responsabilidade civil ou criminal que no caso couber,
bre a responsabilidade dos funcionários públicos, é cor- nem o pagamento da indenização a que ficar obriga-
reto afirmar, nos moldes da Lei n° 10.261/68, que: do, na forma dos arts. 247 e 248, o exame da pena
disciplinar em que incorrer”.
a) o funcionário é responsável por todos os prejuízos que, II. Incorreto porque nos termos do art. 247, “nos ca-
nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual, indepen- sos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário
dentemente de dolo ou culpa, devidamente apurados. será obrigado a repor, de uma só vez, a importância
b) a responsabilidade administrativa exime o funcionário do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque,
da responsabilidade civil. remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou en-
c) a responsabilidade administrativa do funcionário de- trada nos prazos legais”.
pende da criminal e da civil. III. Correto, porque nos termos do art. 246, “o funcio-
d) o funcionário que for absolvido pela justiça em pro- nário que adquirir materiais em desacordo com dispo-
cesso criminal, por qualquer motivo, não responderá sições legais e regulamentares, será responsabilizado
civil e administrativamente pelo mesmo fato. pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades
e) o processo administrativo só poderá ser sobrestado disciplinares cabíveis, podendo-se proceder ao des-
para aguardar decisão judicial por despacho motivado conto no seu vencimento ou remuneração”.
da autoridade competente para aplicar a pena. IV. Correto, porque nos termos do art. 250, §3º, “o pro-
cesso administrativo só poderá ser sobrestado para
Resposta: Letra E. De acordo com o art. 250, §1º, “o aguardar decisão judicial por despacho motivado da
processo administrativo só poderá ser sobrestado autoridade competente para aplicar a pena
para aguardar decisão judicial por despacho motivado
da autoridade competente para aplicar a pena”. 3. (TJM-SP - Oficial de Justiça - VUNESP - 2011) Nos
A. Está errada porque conforme o art. 245, “funcio- termos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do
nário é responsável por todos os prejuízos que, nessa Estado de São Paulo, é proibido ao funcionário público
qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou cul- I. participar na gerência ou administração de empre-
pa, devidamente apurados”. sas bancárias ou industriais, ou de sociedades comerciais,
B e C. Estão erradas porque nos termos do art. 250 “a que mantenham relações comerciais ou administrativas
responsabilidade administrativa não exime o funcio- com o Governo do Estado, sejam por este subvenciona-
nário da responsabilidade civil ou criminal”. das ou estejam relacionadas com a finalidade da reparti-
D. Está errada porque o artigo 250 prevê que o fun- ção ou serviço em que esteja lotado;
cionário que for absolvido pela justiça em processo II. entreter-se, durante as horas de trabalho, em pa-
criminal não responderá civil e administrativamente lestras, leituras ou outras atividades estranhas ao serviço;
pelo mesmo fato, apenas se a absolvição se der por III. referir-se depreciativamente, em informação, pare-
inexistência do fato ou ausência de autoria. cer ou despacho, ou pela imprensa, ou qualquer meio de
divulgação, às autoridades constituídas;
2. (TJM-SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP - IV. exercer, mesmo fora das horas de trabalho, empre-
2011) Das responsabilidades dos funcionários públicos, go ou função em empresas, estabelecimentos ou insti-
pode-se afirmar que tuições que tenham relações com o Governo, em matéria
I. a responsabilidade administrativa exime o funcionário que se relacione com a finalidade da repartição ou servi-
da responsabilidade civil que no caso couber; ço em que esteja lotado.
II. nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o fun-
cionário será obrigado a repor, de forma parcelada, a im- Está correto o contido em
portância do prejuízo causado em virtude do desfalque;
III. o funcionário que adquirir materiais em desacordo a) I, II e IV, apenas.
com disposições legais e regulamentares será responsa- b) III e IV, apenas.
bilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das pena- c) I, II e III, apenas.
lidades disciplinares cabíveis, podendo-se proceder ao d) I e III, apenas.
desconto no seu vencimento ou remuneração; e) I, II, III e IV.
IV. o processo administrativo só poderá ser sobrestado
para aguardar decisão judicial por despacho motivado da Resposta: Letra A. Os itens I, II e IV estão corretos, ao
autoridade competente para aplicar a pena. passo que o item III está incorreto.
Está correto o contido em I. Correto porque o art. 243, II proíbe “participar na
gerência ou administração de empresas bancárias ou
a) I e II, apenas. industriais, ou de sociedades comerciais, que mante-
LEGISLAÇÃO

b) III e IV, apenas. nham relações comerciais ou administrativas com o


c) I, II e III, apenas. Governo do Estado, sejam por este subvencionadas ou
d) II, III e IV, apenas. estejam relacionadas com a finalidade da repartição
e) I, II, III e IV. ou serviço em que esteja lotado”.

6
II. Correto porque o art. 242, III proíbe “entreter-se, du-
rante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou
outras atividades estranhas ao serviço”. HORA DE PRATICAR!
III. Incorreto porque o dispositivo que assim previa, o
artigo 242, I, foi revogado. 1. (TJ-SP - Estatístico Judiciário - VUNESP - 2015) A
IV. Correto porque o art. 243, IV proíbe “exercer, mes- Lei n° 10.261/68 dispõe que ao funcionário público é
mo fora das horas de trabalho, emprego ou função proibido
em empresas, estabelecimentos ou instituições que
tenham relações com o Governo, em matéria que se a) fazer parte dos quadros sociais de qualquer tipo de
relacione com a finalidade da repartição ou serviço em sociedade comercial.
que esteja lotado”. b) deixar de comparecer ao serviço, mesmo que por cau-
sa justificada.
c) participar da gerência de sociedades comerciais, mes-
mo daquelas que não mantenham relações comerciais
ou administrativas com o Governo do Estado.
d) exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego
ou função em qualquer tipo de empresa.
e) empregar material do serviço público em serviço par-
ticular.

2. (SAP-SP - Oficial Administrativo - VUNESP - 2011)


De acordo com a Lei nº 10.261/68, ao funcionário público
é permitido

a) tratar de interesses particulares na repartição.


b) aceitar representação de Estado estrangeiro, com au-
torização do Presidente da República.
c) promover manifestações de apreço ou desapreço den-
tro da repartição, ou tornar-se solidário com elas.
d) empregar material do serviço público em serviço par-
ticular.
e) fazer contratos de natureza comercial com o Governo,
por si, ou como representante de outrem.

3. (TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP


- 2010) Sobre a pena de suspensão prevista na Lei nº
10.261/68, é correto afirmar que

a) não excederá noventa dias.


b) não acarretará a perda dos direitos e vantagens decor-
rentes do exercício do cargo do funcionário suspenso.
c) não admite a sua conversão em multa.
d) será aplicada no caso de ineficiência no serviço.
e) será aplicada ao funcionário que revelar segredos de
que tenha conhecimento em razão do cargo, desde
que o faça dolosamente e com prejuízo para o Estado
ou particulares.

GABARITO

1 E
2 B
3 A
LEGISLAÇÃO

7
ANOTAÇÕES

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LEGISLAÇÃO

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ÍNDICE

HISTÓRIA DO BRASIL
Da Revolução de 1930 ao Brasil contemporâneo: A Era Vargas; o Brasil na II Guerra.................................................................................01
Regime Militar – 1964-1985: o Golpe de 1964 e o Regime Militar; a repressão política e o “milagre econômico”; fim do Regime
Militar; Campanha Diretas Já! (1984); Eleições de Tancredo Neves e José Sarney (1985). Presidentes posteriores.........................08
O fim da República da Espada se dá com a eleição do
civil paulista Prudente de Morais. O governo de Morais
DA REVOLUÇÃO DE 1930 AO BRASIL CON- (1894 - 1898) tinha como um de seus objetivos pacificar
TEMPORÂNEO: A ERA VARGAS; O BRASIL de vez a nação. Não foi o que aconteceu. Seu governo
NA II GUERRA. ficou marcado pela guerra de Canudos (1896 - 1897). Ca-
nudos é uma região do sertão baiano. À época, os ser-
tanejos viviam na mais completa miséria, enquanto ao
1ª República seu redor viviam enormes latifúndios improdutivos. Um
líder religioso de nome Antônio Conselheiro peregrina-
Após derrubar a Monarquia, cabia aos dois principais va pelo sertão e seu discurso conseguia atrair multidões.
setores que impulsionaram a República, oligarcas do café Por onde passava, ele buscava ajudar em obras públicas,
paulista e exército, definir como se organizaria institucio- reformando igrejas, construindo cemitérios. Seguidores
nalmente o novo período. No primeiro momento, receo- começaram a acompanhá-lo. Fixaram-se em uma fazen-
sos de sublevações que pusessem em jogo o novo regime, da abandonada, a fazenda de Canudos, e ali ergueram
como a volta dos monarcas ao poder, os paulistas acharam a aldeia de Belo Monte - uma aldeia livre, que chegou
de bom tom que os militares assumissem a transição em a contar com aproximadamente 30 mil moradores, que
vistas da manutenção da ordem. De 1889 a 1894 estabele- sobrevivia por meio de uma agricultura de subsistência.
ceu-se o que ficou conhecido como a República da Espada. Alegando que o líder religioso era monarquista, o go-
O governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca verno mandou uma expedição do exército para acabar
foi estabelecido. Ele revogou a Constituição de 1824 - e suas com a aldeia. A primeira expedição de 100 homens foi
instituições,  promoveu a separação da Igreja com o Estado, derrotada. A segunda com 500 teve o mesmo destino.
e convocou eleições para uma assembleia constituinte. A A terceira com 1300 homens, também. Canudos só foi
nova constituição brasileira foi promulgada em 1891, ins- derrotada, ou melhor, massacrada, quando o exército le-
pirada na constituição norte-americana. Dentre suas prin- vou 15000 homens, liderados pelo próprio ministro da
cipais características, podemos citar: a) a transformação do Guerra. O exército, força que desejava voltar ao governo,
país em uma República federativa com um governo central saiu desmoralizado da campanha. Com o fim do governo
e vinte estados (antigas províncias) - fato que fomentou a de Prudente de Morais, iniciava-se o período de apogeu
descentralização do poder; b) equilíbrio em três poderes  - da ordem oligárquica (1898 - 1914), definitivamente es-
executivo, legislativo e judiciário - nos âmbitos federal, es- tabelecida.
tadual e municipal; c) voto universal masculino, não-secreto, Dois foram os principais mecanismos políticos do
proibido a analfabetos, padres e soldados. A maior parcela poder oligárquico. O primeiro, a política do café-com-
da sociedade estava excluída da política. -leite. O título desta se deve à aliança costurada entre
A assembleia constituinte elegeu o novo presidente paulistas e mineiros pela hegemonia na presidência do
- o próprio Deodoro da Fonseca, que governou apenas país. Os paulistas detinham o poder econômico derivado
um ano. A política econômica proposta em seu gover- do café. Os mineiros, além de certo poder econômico,
no provisório e continuada agora, aumentou de maneira eram responsáveis pelo maior colégio eleitoral do país,
exorbitante a inflação, prejudicando as exportações e, ou seja, tinham grande poder político.
consequentemente, os cafeicultores. A oposição a seu O segundo mecanismo foi a política dos governado-
governo estava escancarada. Para tentar debelar os opo- res. Lembre-se que vivíamos uma república presidencia-
sicionistas, decretou estado de sítio, fechou o congresso lista e, nesta, o poder executivo precisa negociar com o
e prendeu opositores. A reação foi imediata: estados pe- legislativo. Somente com o apoio das bancadas paulistas
garam em armas, a oposição dentro do próprio exército e mineiras, governar se tornaria impraticável. É para con-
aumentou, e até mesmo a marinha posicionou seus na- tornar este problema que Campos Sales (1898 - 1902)
vios na Baía da Guanabara para atacar o governo. Não implementa a política dos governadores. Sua ideia era
suportando a pressão, Deodoro renunciou. Quem assu- simples: o presidente deixaria os estados à vontade, com
miu em seu lugar foi o vice-presidente Marechal Floriano a maior autonomia possível, desde que os governadores
Peixoto, eleito na chapa de oposição a Deodoro (presi- destes estados elegessem bancadas favoráveis ao go-
dente e vice-presidente eram votações separadas). verno federal. O projeto era interessante tanto para os
O governo de Floriano foi muito hábil no equilíbrio governadores, quanto para o presidente. Para que o go-
de interesses - agradou setores do exército, os cafeicul- vernador pudesse obter o êxito eleitoral, ele precisaria do
tores paulistas e mesmo setores populares. Apesar da tê- apoio das lideranças locais de seu estado, as lideranças
nue costura promovida pelo governo, a situação voltou dos municípios. Estas eram formadas pelos chamados
a se conturbar. Disputas regionais no Rio Grande do Sul coronéis, homens que detinham o poder econômico da
desembocaram em um conflito civil entre republicanos localidade. O processo se desenvolvia da seguinte ma-
(apoiadores de Floriano) e federalistas (opositores). A neira: o coronel valia-se da prática do clientelismo, ou
HISTÓRIA DO BRASIL

marinha, sentindo-se desprestigiada e fomentada por seja, trocava favores com a população local - isso era
setores monarquias, repetiu o que fez com Deodoro possível pela completa ausência de serviços públicos. O
apontando seus canhões para a cidade. Floriano não se voto não era secreto: quem não votasse nos candidatos
abalou e enfrentou os revoltosos. A situação de guerra do coronel, perdia os favores. E mais: se os favores não
civil perdurou por seis meses, de setembro de 1893 a bastassem, os contrários eram ameaçados violentamen-
março de 1894, até que as forças governistas debelaram te. No plano local, os coronéis garantiam a eleição da
os revoltosos e normalizaram a situação. oligarquia estadual e da oligarquia federal. Em troca, o

1
governo federal deixava o governo estadual dos apoia- Paulo concentra este processo. Com a urbanização e in-
dores à vontade com sua autonomia e o governo esta- dustrialização, ao menos três setores surgem com peso
dual privilegiaria os interesses dos coronéis locais que político: a burguesia industrial, o operariado (a primeira
o apoiassem. A estrutura política e social do país ficava grande greve brasileira foi realizada em 1917) e as cama-
assim fixada. das médias urbanas. Do interior do exército, surge um
Coincidentemente, no período em que a ordem oli- movimento de oficiais de baixa patente - o tenentismo,
gárquica se fixa, a economia cafeeira começa a entrar em que questionava a imoralidade na administração pública.
crise. O preço do café cai no mercado internacional e im- A década de 1920 bota à prova a estrutura da 1ª Re-
possibilita o pagamento da dívida externa, que só cresce. pública. A sucessão mineira-paulista no governo federal
Uma das saídas buscadas para a crise foi o funding-loan, começa a ser combatida pelas oligarquias dissidentes,
acordo firmado entre o governo brasileiro e os bancos pelo tenentismo, pelas classes médias urbanas. Inclusi-
credores. Na prática, ele implicava um novo empréstimo, ve, com levantes internos - como a Revolta do Forte de
agora só para pagar os juros e um corte profundo nos Copacabana em 1922, a Revolução Gaúcha de 1923, a
gastos do governo com aumento dos impostos. De um Revolução Paulista de 1924 e a Coluna Prestes por toda
lado, a inflação foi controlada, a moeda valorizada e o a década pelo interior do Brasil. Durante quase todo o
pagamento dos juros realizado de maneira sagrada. De governo de Artur Bernardes (1922 - 1926), o Brasil viveu
outro, o país entrou em recessão, o desemprego aumen- sob estado de sítio.
tou e a população, sobretudo a mais humilde, ficou ainda O próximo e último presidente da 1ª República foi
mais desassistida. Washington Luís (1926 - 1930). Seu governo foi mais
Uma outra política implementada para a salvação do conciliador que o anterior - finalizou o estado de sítio
café foi tocada por governos estaduais. Os governos de e desfez prisões políticas. Contudo, seu principal objeti-
Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (os três princi- vo era fortalecer a moeda nacional, a partir da formação
pais produtores de café) se reuniram e firmaram o Con- de um enorme depósito de ouro. A quebra da bolsa de
vênio de Taubaté. Este garantia que os governos com- Nova York, em 1929, pôs fim a qualquer possibilidade de
prariam a um preço fixo toda a produção cafeeira, que recuperação econômica. Com o preço do café empurra-
ficaria estocada. Quando o preço subisse no mercado do a um abismo, os cafeicultores, principais fiadores do
internacional, o governo venderia. Quando não, manteria presidente, buscaram seu auxílio para novamente seus
estocado ocasionando a falta do café internacionalmente lucros serem salvos. Washington não aceitou.
e provocando o aumento de seu preço. Na prática, esta Em 1930, novas eleições aconteceram. O candidato
política só salvou o lucro dos barões do café. Com a falta escolhido por Washington Luís foi o paulista Júlio Pres-
no mercado externo, outros países passaram a produzir tes. Do outro lado, a crescente frente de oposição se
o café, e os governos precisaram realizar vultuosos em- formou em torno do gaúcho Getúlio Vargas, candida-
préstimos, enquanto deliberadamente os oligarcas super to a presidente, e João Pessoa como candidato a vice-
produziam, cientes de que não perderiam um centavo. -presidente, da Paraíba. Júlio Prestes, em novas eleições
Este período de apogeu também ficou conhecido marcadas pelas fraudes, ganhou o pleito. Dias antes da
pelas revoltas - que não cessaram ao longo de toda a posse de Prestes, João Pessoa foi assassinado a tiros. A
1ª República. As mais importantes foram 1) a Revolta da agitação social se tornou insustentável. Oligarquias dissi-
Vacina, ocorrida em 1904, no Rio de Janeiro - revolta po- dentes com apoio popular e aliadas ao exército depuse-
pular contra os desmandos e autoritarismo do governo; ram Washington Luís e nomearam Getúlio Vargas como
2) a Revolta da Chibata, em 1910, também no Rio de Ja- o novo presidente do Brasil.
neiro - marinheiros se levantaram contra as condições
desumanas a que eram submetidos no exercício de seus
ofícios; 3) a Revolta do Contestado, em 1914, na região FIQUE ATENTO!
interiorana entre Santa Catarina e Paraná - semelhante O advento da 1ª República atualizou em
ao massacre acontecido em Canudos, o governo se ele- novas linguagens as formas de subordinação
vou contra a organização do povo em torno do líder José e inferiorização da massa trabalhadora de
Maria. origem mestiça e escrava. Dentre suas armas
A 1ª República tem o seu declínio no período entre ideológicas para moldar uma política de
1914 a 1930. O controle do poder político significa con- reconstrução nacional, podemos citar: a)
trole dos investimentos - significa dinheiro. Oligarquias reurbanização; b) sanitarismo; c) federalismo
secundárias nos estados e outras oligarquias que não as político; d) imigração de camponeses europeus.
mineiras e paulistas se sentiam desprestigiadas no plano Sobretudo, queria-se dar fim à continuada
federal. Essas oligarquias começavam a formar um grupo mobilização social das massas urbanas, que
de oligarquias dissidentes. se iniciou nos anos 1880 com a campanha
Outras mudanças também impactaram o tecido de abolicionista. Em 1930, o regime centrado no
HISTÓRIA DO BRASIL

controle oligárquico. O Brasil começava a se urbanizar e autoritarismo e marcado pelo domínio das
industrializar. As cidades se tornaram importantes pon- oligarquias cafeeiras chegava ao fim.
tos no contexto político - ainda não tinham o peso da
áreas rurais, mas crescente. Em 1914, explode a 1ª Guer-
ra Mundial na Europa, o que implicou no desabasteci-
mento de gêneros manufaturados em nosso país. Foi a
oportunidade para a indústria começar a crescer. São

2
1ª República. Buscando centralizar ainda mais o poder, o
governo provisório decretou a dissolução do Congres-
EXERCÍCIO COMENTADO so Nacional e das Assembleias estaduais e municipais, e
substituiu governadores estaduais eleitos por intervento-
(Vunesp - PM, 2013) A partir de 1890, quando a capoei- res nomeados pelo próprio Presidente.
ra foi criminalizada, através do artigo 402 do Código Pe- Das medidas concretas, o governo provisório começou a
nal, como atividade proibida (com pena que poderia le- organizar uma legislação trabalhista para ganhar apoio das
var de dois a seis meses de reclusão), a repressão policial crescentes massas urbanas e iniciou um processo de fomen-
abateu-se duramente sobre seus praticantes. Os capoei- to estatal à indústria para substituir importações. Em relação
ristas eram considerados por muitos como “mendigos ao café, principal mercadoria de exportação nacional, Vargas
ou vagabundos”. Outras práticas afro-brasileiras, como o retirou o poder decisório de São Paulo ao criar o Conselho
samba e os candomblés, foram igualmente perseguidas. Nacional do Café, em 1931, e assim enfraquecer o Instituto
(Revista de História da Biblioteca Nacional, 21 jul.08) do Café do Estado de São Paulo. Cabia, a partir desse mo-
A criminalização descrita no trecho pode ser associada mento, ao governo federal elaborar as políticas em torno
deste produto, que passava por grave crise após a quebra
a) à política de valorização da diversidade promovida da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. O governo
pela República, desde que não fossem práticas imo- provisório não rompe com o modelo anterior de subsídio e
rais. compra das sacas excedentes de café. Ao contrário, mantém
b) à dificuldade das autoridades da época de combate- a compra de parte da safra de café paulista, queima tonela-
rem a malandragem e a prostituição sem o apoio da das de café para evitar a queda nos preços internacionais e
lei. estabelece acordos de venda com diversos países. Este foi
c) à intenção da elite da República Velha de civilizar o um aceno para acalmar os cafeicultores paulistas. Aceno
país, reprimindo aspectos de uma cultura selvagem e contraditório, pois ao mesmo tempo em que mantinha os
primitiva. lucros destes, retirava das mãos dos mesmos o poder de-
d) à iniciativa do poder público de proteger a população cisório sobre a política cafeeira e passa a fomentar outras
de práticas historicamente ligadas à vadiagem e à cri- atividades econômicas, como a indústria já citada, mas tam-
minalidade. bém a produção de açúcar, cacau, borracha e algodão.
e) às marcas do racismo e da discriminação da cultura A agitação entre os paulistas em torno da convoca-
afro-brasileira, mesmo após a abolição da escravidão. ção da assembleia constituinte não diminuía. Em 1932,
o governo provisório elaborou um novo Código Eleito-
Resposta: Letra E. O período da 1ª República se des- ral. Neste, houve a criação da Justiça Eleitoral, adoção
taca como um período altamente autoritário e elitista. do voto secreto e obrigatório para todos os maiores de
21 anos e voto universal para homens, mulheres, alfa-
betizados e não-alfabetizados. Tal atitude não foi sufi-
Era Vargas (1930 - 1945) ciente para acalmar os ânimos paulistas, também porque
Vargas nomeou um interventor militar e não-paulista no
O período identificado como Era Vargas se estende estado, o que só agravou a situação. Em fins de 1932,
do momento em que Getúlio Vargas toma posse em 3 inicia-se uma guerra civil que durou apenas três meses
de novembro de 1930, após a deposição de Washing- - era o Movimento Constitucionalista de 1932. O levante
ton Luís, até o dia em que o próprio Getúlio é deposto foi derrotado pelas forças federais, contudo seu objetivo
por uma junta militar em 29 de outubro de 1945. Divide- político surtiu efeito: Vargas indicou um novo interventor
-se o período em três partes: Governo Provisório (1930 para o estado - paulista e civil, e convocou as eleições
- 1934), Governo Constitucional (1934 - 1937) e Estado para a assembleia constituinte em 1933.
Novo (1937 - 1945). No ano seguinte, a Assembleia Constituinte promul-
Um dos primeiros atos do Governo Provisório de Var- gou a Constituição de 1934, de características modernas
gas foi a suspensão da Constituição de 1891. Desta for- como o sufrágio universal, fortalecimento do Judiciário
ma, Vargas acaba concentrando poderes discricionários. com a independência da Corte Suprema, garantia de li-
A suspensão interessava aos revolucionários de 1930, berdades básicas e direitos trabalhistas, como o salário
pois havia o receio de que, convocada novas eleições mínimo, limite de 8 horas de trabalho diário, folgas se-
aos moldes da primeira república, as oligarquias do café- manais, férias anuais remuneradas e proibição do traba-
-com-leite assumissem novamente o comando do país. lho de menores de 14 anos. Após a promulgação, Vargas
Obviamente, estas oligarquias se desgostaram da atitude foi reeleito presidente em eleição indireta realizada pela
e buscavam maneiras de se opor ao processo. própria Assembleia Constituinte. Iniciava-se o período
Em seu período provisório, a disputa política de Var- do Governo Constitucional (1934 - 1937).
gas esteve ao redor da formação de uma assembleia O Governo Constitucional foi marcado pela instabi-
HISTÓRIA DO BRASIL

constituinte para a elaboração de uma nova constituição. lidade política e manutenção da política econômica do
O então presidente retardava ao máximo a convocação governo provisório. Dois grupos antagônicos, além das
de eleições para representantes de tal assembleia, por- forças políticas tradicionais, disputavam e polarizavam a
que seu interesse não era de rever uma ordem demo- sociedade - a Ação Integralista Brasileira (AIB) e a Aliança
crática. Vargas e os tenentistas que o acompanhavam Nacional Libertadora (ANL). A primeira é ligada aos ideais
acreditavam ser necessário um governo forte e centra- fascistas, enquanto a segunda aos comunistas.
lizado em oposição à descentralização que foi marca da

3
Para entendermos o significado de se aproximar dos
fascistas ou dos comunistas, vamos fazer uma digressão. FIQUE ATENTO!
Com o advento da ordem social capitalista, marcada so- O Estado Novo (1937 – 1945) foi o período
bretudo pela Revolução Industrial (em seus aspectos técni- ditatorial de Getúlio Vargas. Desde sua chegada
cos e econômicos) e pela Revolução Francesa (em seu as- ao poder em 1930, desejava governar com
pecto político), três concepções sobre a nova sociedade se máximos poderes em uma estrutura política
estruturam no século XIX: o liberalismo, o conservadorismo nacional centralizada no governo federal.
e o comunismo. Os liberais vão elogiar a nova sociedade Exemplo máximo da ideia de “um povo, uma
- apontavam o rompimento das amarras do Antigo Regi- nação, um Estado” foi a cerimônia da queima
me e, a partir daí, os indivíduos poderão disputar as posi- das bandeiras estaduais em 27 de novembro
ções sociais através do próprio mérito, e não do sangue. de 1937 – agora, como em toda ditadura, as
Os conservadores rejeitavam a nova sociedade - para eles, disposições só poderiam se voltar um único
era a época da desagregação social e rompimento com tipo de orgulho, de desejo – neste momento,
os costumes construídos há séculos; defendiam a volta à ao Brasil e a seu líder, Getúlio Vargas.
ordem anterior, queriam conservar as características do
Antigo Regime. Os comunistas encaravam a nova ordem
de maneira contraditória: ao mesmo tempo em que era Como marca do novo período, construiu-se a Cons-
um avanço em relação à ordem anterior do Antigo Regi- tituição de 1937. Esta constituição ficou conhecida como
me, a desigualdade econômica colocada pelo capitalismo Constituição Polaca, pois inspirada na Constituição de
era algo nunca visto na história e inaceitável. A polarização 1935 da Polônia, de caráter antiliberal, próxima ao fascis-
principal entre liberais e comunistas residia, e até hoje re- mo. Os partidos políticos estavam proibidos, o parlamento
side, na maneira como encarar a propriedade privada. Para perdia sua função e o judiciário se torna um simples refe-
os liberais, o direito à propriedade privada é característica rendador do executivo. Criou-se, em 1939, o Departamen-
essencial da sociedade - sendo mesmo sagrado. Para os to de Imprensa e Propaganda (DIP). Sua função era criar e
socialistas, a propriedade privada deve ser abolida. fomentar uma identidade nacional - a valorização do Bra-
No século XX, com o advento das eleições que en- sil alegre e miscigenado, e reivindicar a figura de Getúlio
volviam contingentes enormes da população, surge na Vargas como o grande líder da nação, o “pai dos pobres”.
Europa, especificamente na Itália, o movimento fascista. O DIP agia nas cartilhas escolares, propagandas públicas
Este negava tanto os liberais, quanto os comunistas. Ne- em rádio e rua, construção de datas comemorativas - todo
gavam os primeiros, pois creditavam a eles a defesa de lugar era lugar para reivindicar a figura varguista.
uma classe burguesa parasitária, que em nada conhecia Politicamente, o período se caracterizou pela perse-
a realidade dos trabalhadores. Negava os segundos, pois guição a opositores - com direito a prisões e torturas. Até
carregavam um ideal de igualdade entre os seres huma- mesmo a AIB foi proibida de atuar, o que revela o caráter
nos que os fascistas discordavam. Os fascistas surgem do governo varguista - de posições e alianças sempre ao
como um movimento de características de massas, mili- sabor do jogo político. Em 1938, membros da AIB ligados
tarista, nacionalista e de viés antidemocrático. às Forças Armadas tentaram um golpe para retirar Vargas
No Brasil, até mesmo embates físicos entre membros do poder - no qual foram mal sucedidos.
da AIB e ANL estavam ocorrendo. Ambos desejavam Vargas equilibrou também outro grupo conflitante: o
conduzir as massas e tomar o poder. Em novembro de dos operários e industriais. Ao mesmo tempo em que
1935, os partidários da ANL, muitos deles jovens tenen- permitia àqueles a representação por meio de sindica-
tes, junto ao Partido Comunista Brasileiro iniciaram um tos e interlocução com o governo, só era permitido um
levante para a deposição de Vargas e a tomada do poder sindicato por categoria - e o sindicato só poderia atuar
- a Revolta Comunista de 1935. Quartéis no Rio Grande depois de regulamentado pelo mesmo governo. Ou seja,
do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro se sublevaram só existiam os sindicatos que seguissem as ordens gover-
junto a greves de trabalhadores. A força do movimen- namentais. Os industriais, por sua vez, viam seu capital
to foi, contudo, bem abaixo da necessária aos objetivos crescer com o estímulo à indústria.
desejados. Rapidamente o governo federal derrotou os Vargas é considerado o grande mentor nacional do
revoltosos e ganhou o argumento do “Perigo Comunista” populismo - política na qual o governante equilibra os
para reforçar características autoritárias, sempre almeja- conflitos sociais, ora cedendo a um, ora a outro, sem
das, como a censura e as prisões políticas. A AIB coopera- nunca alterar radicalmente a organização econômica. Se
va com o governo Vargas neste sentido. Em setembro de os trabalhadores urbanos ganharam direitos, os indus-
1937, o capitão Olympio Mourão Filho, membro da AIB, triais ganhavam mais dinheiro com o estímulo estatal.
criou um documento chamado Plano Cohen. Sintetica- No campo econômico, Vargas inicia o projeto na-
mente, este documento dizia das intenções comunistas cional desenvolvimentista - fomento à criação de uma
de tomar o poder à força e assassinar diversos políticos. verdadeira indústria de base nacional. Ao mesmo tempo,
HISTÓRIA DO BRASIL

Cohen é o fictício comunista que assina o documento. em 1939, iniciava-se a Segunda Guerra Mundial, o que
Logo, o governo, valendo-se de seu controle sobre os deixava mais fácil o caminho para essa política. Recursos
meios de comunicação, divulgou amplamente os objeti- naturais, fontes de energia e riquezas foram nacionaliza-
vos do plano. No dia 2 de outubro de 1937, Vargas de- das. Criou-se a Companhia Siderúrgica Nacional (1941),
creta estado de guerra devido à ameaça comunista e em a Companhia Vale do Rio Doce (1942), a Fábrica Nacio-
10 de novembro do mesmo ano, com o apoio do alto nal de Motores (1942), a Companhia Hidrelétrica do São
escalão das Forças Armadas, instaura o Estado Novo. Francisco (1945) - todas estatais.

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A característica dúbia do varguismo também pode ser Resposta: Letra E. Esse movimento, conhecido como
notada em relação à Segunda Guerra Mundial. A Cons- Revolução de 1930, impulsionou o primeiro momento
tituição de 1937 é de inspiração fascista, assim como da Era Vargas – o governo provisório.
muitas das medidas de Vargas. Porém, até 1941, ele não
havia declarado apoio do Brasil nem ao Eixo, nem aos 2. (Vunesp - Concurso PM, 2010) 1) Leia as afirmações
Aliados. Sua declaração só surgiu depois da entrada dos sobre a Revolução de 1930 e a Era Vargas.
Estados Unidos na Guerra e à leitura política de que seria
muito difícil uma vitória do Eixo. I. A emergência da classe média, do tenentismo e do mo-
Em 1945, com a Segunda Guerra quase decidida, o vimento operário contribuiu para a vitória da Revolução
Estado Novo já não conseguia mais manter sua elevada de 1930.
centralização e autoritarismo. Cedendo à pressão inter- II. Estados da Federação, insatisfeitos especialmente com
na, Vargas decreta o fim da censura à imprensa, a liber- a hegemonia de São Paulo, associados a setores econô-
tação de presos políticos, a volta dos partidos políticos micos, como charqueadores, produtores de açúcar, de ca-
e eleições em dezembro do mesmo ano. Quatro impor- cau e segmentos industriais, contribuíram para derrubar o
tantes partidos são criados: 1) a União Democrática Na- Estado oligárquico.
cional (UDN), fortemente liberal; 2) o Partido Trabalhista III. Em 1937, Vargas fechou o Congresso Nacional, ins-
Brasileiro (PTB), liderado por Vargas; 3) O Partido Social talou o Estado Novo e passou a governar com poderes
Democrático (PSD), formado por tradicionais políticos ditatoriais. O governo passou a ser centralizado e o De-
brasileiros, desejosos de voltar ou se manter no poder, partamento de Imprensa e Propaganda atuou na linha de
no caso dos interventores; 4) o Partido Comunista Brasi- frente da censura.
leiro (PCB), com nome autoexplicativo. IV. Entre as realizações da Era Vargas pode-se destacar: a
PTB e PSD se unem em torno da candidatura do gene- criação da Justiça do Trabalho, do salário-mínimo, da Con-
ral Eurico Gaspar Dutra. A UDN lança o brigadeiro Eduardo solidação das Leis do Trabalho, além de obras na área de
Gomes e o PCB lança Yedo Fiúza. Contudo, setores popu- infraestrutura como a Companhia Siderúrgica Nacional.
lares rejeitam as eleições e iniciam uma campanha pela
continuidade do governo Vargas. Este movimento ficou Estão corretas as afirmações
conhecido como “queremismo”, pois inscreviam nas pa-
redes das cidades a palavra de ordem “queremos Vargas”.
a) I, II, III e IV.
Receosos de alguma manobra varguista, a cúpula do exér-
b) I, II e III, apenas.
cito dá um golpe de estado em 29 de outubro de 1945
c) I e IV, apenas.
para garantir as eleições, que ocorrem em 2 de dezembro
d) II e IV, apenas.
do mesmo ano. Dutra, apoiado por Vargas, é eleito presi-
e) II e III, apenas.
dente com 55% dos votos. Estava extinto o Estado Novo.
Resposta: Letra A. Todas as afirmações estão corretas.
Estes diversos elementos compõem a trajetória da as-
EXERCÍCIO COMENTADO censão e estruturação da Era Vargas.

(IFBC - PM-BA, 2017) Assinale a alternativa correta. A


História do Brasil mostra que a ascensão do Presidente Período Democrático (1946 - 1964)
Getúlio Vargas ao poder rompeu com quatro décadas de
revezamento entre paulistas e mineiros na presidência, Após a deposição de Vargas e a realização de elei-
conhecida como política do “café-com-leite”. Para im- ções, o Estado Novo estava definitivamente acabado.
pedir que os paulistas continuassem como mandatários Dutra, o presidente eleito, comandou as Forças Expedi-
do país foi criada a Aliança Libertadora que articulou um cionárias Brasileiras na 2ª Guerra, era ligado ao Estado
golpe que impediu a candidatura de Júlio Prestes. Novo e tinha o apoio de Vargas - sua eleição era certa,
neste contexto. Junto a ele, foram eleitos os parlamen-
a) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no po- tares constituintes. Cabe destacar que Getúlio foi eleito
der (1930 – 1945 – “Estado Novo”) e ficou conhecida para senador e o PCB elegeu 15 deputados e um sena-
como Revolução de 1930. dor - com um total de 500 mil votos, número muito ex-
b) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no po- pressivo. O novo período terá também forte influência
der (1934 – 1937 – “Governo Provisório“) e ficou co- da Guerra Fria.
nhecida como Revolução de 1934. Em 1946, promulgava-se mais uma constituição do
c) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no Brasil. O voto manteve-se secreto e universal, porém res-
poder (1929 – 1934 – “Governo Provisório“) ficando trito aos alfabetizados, o que excluía considerável parce-
HISTÓRIA DO BRASIL

conhecida como Revolução de 1929. la da sociedade, sobretudo a mais pobre. A organização


d) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no sindical ainda mantinha parte do atrelamento imposto
poder (1930 – 1934 – “Governo Constituinte“)e ficou no período anterior e os três poderes (executivo, legisla-
conhecida como Revolução de 1930. tivo e judiciário) voltaram a se equilibrar.
e) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no po- O governo Dutra (1946 - 1951) foi social e politica-
der (1930 – 1934 – “Governo Provisório“) e, historica- mente calmo. Não houve levantes populares, nem mo-
mente, é conhecida como Revolução de 1930. bilizações políticas para derrubá-lo. Economicamente,

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sobretudo em seus primeiros anos de governo, aplicou de compra dos trabalhadores. Greves aconteceram e na
a cartilha liberal de não-intervenção estatal na econo- tentativa de acalmar a situação, o governo nomeou João
mia e abertura do mercado aos produtos importados, Goulart como ministro do trabalho. Ao contrário, a situa-
marcadamente produtos norte-americanos. O resultado ção se agravou: Goulart propôs um aumento de 100%
dessa política econômica foi a desvalorização da moe- no salário mínimo para repor as perdas inflacionárias, o
da nacional, aumento da dívida externa e diminuição da que revoltou os patrões e parte das Forças Armadas, que
produção industrial nacional. Ciente da necessidade de viam nessa medida uma “tendência comunista” que o
proteção da economia nacional, Dutra propõe, em 1947, governo tomava.
o Plano Salte - investimentos do governo nas áreas de A UDN era o partido que mais combatia o governo.
saúde, alimentação, transporte e energia. A valorização Carlos Lacerda, o líder udenista, fazia discursos inflama-
do café no mercado externo também ajudou as finanças dos contra Vargas e acusava duramente o governo de
públicas ao fim do mandato. corrupção. Para elevar ainda mais a tensão, no dia 5 de
Dutra se alinhou aos norte-americanos não apenas agosto de 1954, Lacerda sofreu uma emboscada e ten-
nas relações comerciais. Politicamente, agiu fortemente tativa de assassinato. Seu guarda-costas foi morto. As
para enfraquecer os comunistas, que ganhavam força. investigações levaram à pessoa de Gregório Fortunato
Interveio em sindicatos e conseguiu a cassação do PCB - como o mentor do atentado. Gregório era chefe da guar-
uma das justificativas para a ação era a de que constava da pessoal de Vargas. Pressionado pelo Parlamento e pe-
no programa político do partido a revolução comunista, las Forças Armadas, que exigiam sua renúncia, Getúlio
fato que não coadunava, na argumentação de Dutra e resistiu por 19 dias. Na manhã de 24 de agosto, o país
dos conservadores, com um sistema democrático. acordou com o informe de que o presidente, o “pai dos
Em 1950, as candidaturas se organizavam para novas pobres”, havia se suicidado com um tiro no coração. A
eleições. PSD, partido de Dutra, lançou Cristiano Macha- comoção popular foi enorme e violenta - todos os sím-
do a presidente, a UDN foi novamente com Eduardo Go- bolos antivarguistas foram atacados. Se havia uma movi-
mes e o PTB com Getúlio Vargas. Nenhuma força política mentação golpista para retirar Vargas do poder à força,
conseguia rivalizar com o carisma construído em 15 anos ela precisou ser abortada.
de política centralizada na figura de Vargas. Com 48% Café Filho, o vice-presidente, assumiu a cadeira prin-
dos votos, ele foi eleito novamente presidente da Repú- cipal. Seu governo ficou marcado não tanto pelas suas
blica. políticas, mas mais pela sucessão presidencial. Em 1955,
O segundo governo de Getúlio Vargas (1951 - 1954) as eleições ocorreram em meio a enorme tensão. O PTB,
foi de grande instabilidade. O primeiro ponto de disten- desgastado pelo último período, não lançou candidatu-
são política foi em torno do debate entre liberalismo e ra a presidente. Firmou-se uma chapa entre PSD-PTB. O
nacionalismo. De um lado, setores da sociedade acredi- candidato a presidente era Juscelino Kubitschek (PSD), o
tavam que a melhor maneira de desenvolver o país era candidato a vice era João Goulart (PTB). A UDN lançou
através da política liberal, que apregoava portas abertas Juarez Tavora e do PSP (Partido Social Progressista) veio
ao capital internacional. A burguesia nacional e o Estado Ademar de Barros.
brasileiro não teriam dinheiro, nem tecnologia suficiente Juscelino venceu o pleito com 36%, somente 6 pon-
para dinamizar a economia. Com a abertura, emprésti- tos percentuais a mais que o segundo colocado, Juarez
mos internacionais aos industriais brasileiros seriam fa- Tavora (UDN). Os udenistas não aceitaram o resultado,
cilitados, assim como o investimento direto das grandes alegando fraude, e convocaram as Forças Armadas a se
indústrias norte-americanas e europeias. sublevar contra os “corruptos comunistas” que queriam
Por outro lado, os nacionalistas argumentavam que chegar ao poder. Foi através da ação do então ministro
a abertura ao capital internacional enfraqueceria nossa da Guerra, Teixeira Lott, militar legalista, que o resultado
economia e nos tornaria dependentes das políticas eco- foi cumprido e Juscelino empossado.
nômicas dos países centrais. Os grandes investidores es- O governo Juscelino esteve longe de ser comunista.
trangeiros só aportariam seus recursos aqui na medida Ao contrário, implementou uma política desenvolvimen-
em que conseguissem explorar tanto os recursos natu- tista que aliava tanto investimentos estatais, quanto pri-
rais, quanto a mão-de-obra. Não ficaria nenhum legado vados. Houve mesmo uma política estatal direcionada
ao país, a não ser a dependência econômica. para atrair o capital estrangeiro - nunca antes este tinha
Vargas, de bases nacionalistas, na composição de seu sido tão presente. A industrialização do país crescia a
governo se aliou ao PSD para ter a base legislativa ne- passos largos com a presença pungente das multinacio-
cessária para governar, o que acabou enfraquecendo sua nais. A indústria automobilística é fortemente fomenta-
política nacionalista. A grande disputa entre liberais e na- da, assim como a criação e ampliação de estradas. Uma
cionalistas se deu em torno da criação da Petrobrás. Os das facetas mais visíveis de seu desenvolvimentismo, do
primeiros queriam formar uma empresa de capital priva- desejo por grandes obras, é explicitado na construção de
do, sem interferência do Estado. Os segundos desejavam Brasília como nova capital federal.
HISTÓRIA DO BRASIL

uma empresa estatal com monopólio da extração e uso O PIB nacional crescia a 7% ao ano. Contudo, esse
dos derivados do petróleo - argumentavam em torno da forte crescimento escondia a grave crise econômica que
soberania nacional. Em 1953, a Petrobras foi criada aos se desenhava. O crescimento nacional se deu graças a
moldes nacionalistas. investimentos e empréstimos internacionais - na hora de
A instabilidade do governo se deu porque a econo- pagá-los, a conta não fechava, pois as nossas exporta-
mia ia mal. Desde que Vargas assumiu a presidência, a in- ções não conseguiam crescer na mesma velocidade que
flação mais que dobrou, impactando em perda do poder a dívida avançava. Para pagar a dívida, novos emprésti-

6
mos. Assim a dívida externa foi galgando cifras enormes. O regime parlamentarista não vingou: entre setembro
Apesar dos problemas deixados para o próximo governo, de 1961 e janeiro de 1963, foram três os primeiros-mi-
social e politicamente o governo JK transcorreu e termi- nistros. A instabilidade política e na administração dos
nou tranquilamente. órgãos públicos implicou negativamente na economia,
Em 1960, ocorreu a última eleição presidencial do que já não ia bem. No início de 1963, a população foi
período democrático (1946 - 1964). PSD e PTB mantive- consultada em plebiscito se desejava a manutenção do
ram a aliança vitoriosa no pleito anterior e lançaram o parlamentarismo ou a volta do presidencialismo. A volta
general Lott como candidato a presidente e novamente do presidencialismo ganhou com mais de 90% dos votos.
João Goulart como vice-presidente. O PSP foi mais uma Na prática, Goulart governou por pouco mais de um
vez com a candidatura do paulista Ademar de Barros e a ano com poderes de presidente, do plebiscito no início
UDN apoiou o candidato independente, e então gover- de 1963 até o golpe militar que o destituiu do poder, em
nador de São Paulo, Jânio Quadros. Com 48% dos votos, 31 de março de 1964.
o candidato a presidente apoiado pela UDN foi eleito. O Goulart tinha um ousado projeto socioeconômico. A
eleito para a vice-presidência foi João Goulart. primeira parte deste se concentrava no Plano Trienal - a
Jânio Quadros agia de maneira distinta dos políticos partir do investimento estatal no mercado interno, gra-
tradicionais, e talvez seja esse o seu grande feito. Politica- dualmente substituiria-se a importação de mercadorias.
mente, não se atrelava a nenhum grupo ou ideologia. Sua As consequências que se esperava obter como o controle
bandeira era a da moralidade - limpar a sujeirada da po- da inflação que rondava a casa dos 70% ao ano, a volta
lítica. Construía seu próprio personagem com discursos do crescimento do PIB e distribuição de renda, não foram
rebuscados, ternos desalinhados, caspa nos ombros e, na alcançadas. O ano de 1964 começou com uma inflação
frente dos populares, comia um belo sanduíche de mor- ainda maior - acima de 90%.
tadela. Em sua carreira política no estado de São Paulo, O insucesso do Plano Trienal se aliou às polêmicas
fazia visitas surpresas a repartições públicas como se fos- em torno das Reformas de Base. Desejava-se alterar pro-
se um grande fiscal. A população, cansada dos mesmos fundamente quatro pontos da organização social - as
quadros políticos de sempre, gostava de seu jeito. Assim estruturas agrária, financeira, administrativa e tributária.
ele foi eleito e assim governou - amparado em polêmicas O Brasil estava à flor da pele. Os congressistas não con-
e sem um direcionamento claro na economia, nem na seguiam encaminhar mínimos consensos. As ruas passa-
política. Dentre seus “grandes” feitos estão a proibição ram a ser tomadas por mobilizações. Em 13 de março de
do uso de lança-perfume e das brigas de galo. 1964, Goulart fez um inflamado e radical discurso para
Jânio não se importava com as negociações congres- uma plateia de mais de 150 mil pessoas na Central do
suais, bem ao estilo autoritário. Sua política econômica Brasil, no Rio de Janeiro. Defendeu uma profunda refor-
aliada à herança de JK em poucos meses levou o país à ma agrária e urbana.
recessão. Ao mesmo tempo em que era conservador nos Em 19 de março do mesmo ano, em São Paulo se de-
costumes e aplicava a cartilha liberal do FMI na econo- senrolou a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
mia, na política externa se alinhava a setores da esquerda. 500 mil pessoas estavam presentes e pediam a deposi-
Chegou mesmo a convidar Ernesto Che Guevara, líder da ção de Goulart. Doze dias depois, as Forças Armadas com
revolução cubana, e condecorá-lo com a mais importan- o apoio de importantes políticos depõe o então presi-
te medalha nacional. Governava como um Frankenstein. dente. Era o fim do curto período democrático.
Sem maiores explicações, apenas oito meses trans-
corridos de seu mandato, enviou o vice-presidente em
missão oficial à China comunista, e no dia 25 de agosto
de 1961 renunciou para se defender contra “forças ter- EXERCÍCIO COMENTADO
ríveis” que se organizavam contra ele. Até hoje não se
sabe quais eram essas “forças terríveis”. Supõe-se que a (Vunesp - Concurso PM, 2013) 3. No final de 1951, o
renúncia foi uma manobra política de Jânio: sem apoio presidente Getúlio Vargas enviou ao Congresso Nacional
político no Congresso, nem nas Forças Armadas, com a o projeto de criação da companhia Petróleo Brasileiro S.
população descontente com a recessão, renunciou cren- A. (Petrobras). Em um discurso pronunciado, poucos me-
do que todos o procurariam para rever a decisão com ses depois, no estado da Bahia, assim se referiu Getúlio
medo de que o trabalhista João Goulart assumisse a pre- Vargas a Petrobras:
sidência com seus ideais de esquerda. A Petrobras será o próprio Governo agindo no campo da
O Congresso aceitou sem grandes problemas a re- indústria petrolífera, tal como já o faz na indústria do aço,
núncia. Os militares se mobilizaram para impedir que através da Companhia Siderúrgica Nacional. E isto sem o
Goulart assumisse. O Congresso, contudo, rejeitou a prejuízo do concurso do capital privado. Mas nem remo-
ideia. As Forças Armadas estavam divididas entre os que tamente existe o perigo de que, através da participação do
defendiam a legalidade da posse e os que exigiam um capital privado, venham a agir os grupos financeiros estran-
HISTÓRIA DO BRASIL

golpe. Para contornar a crise, os congressistas aprovaram geiros, ou mesmo nacionais. Afastou-se tal perigo, reduzin-
que Goulart assumiria, contudo em um regime parla- do o montante de sua participação na sociedade, ficando a
mentarista, não presidencialista. O regime parlamenta- União Federal com nunca menos de 51% do total.
rista diminui o poder do presidente, pois cabe ao pri-
meiro-ministro, eleito indiretamente pelo congresso, a (Getúlio Vargas. O governo trabalhista do Brasil. Vol. III. Rio de
prerrogativa de muitas ações. Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, p. 157. Adaptado)

7
O discurso apresenta uma característica essencial do go- ces oficiais. Inflação controlada significa oferta de crédito
verno de Getúlio Vargas, que não se limita à fase do go- pelos bancos. No mesmo sentido das outras medidas,
verno democrático dos anos cinquenta, que foi a salários foram arrochados e funcionários públicos perde-
ram a estabilidade do cargo.
a) procura de formação de blocos econômicos regionais, A política de segurança nacional ia ao encontro da
com a finalidade de resistir ao domínio imperialista. política econômica. Os opositores tinham seus direitos
b) privatização das empresas estatais, com a venda de políticos cassados. As medidas impopulares do governo
ações das grandes indústrias nas bolsas de investi- puderam ser postas em prática também pelo autorita-
mento. rismo do presidente - a oposição estava desmantelada.
c) liberalização econômica, com a abertura dos mercados Em relação à implementação do arrocho salarial, nada
nacionais aos capitais financeiros. os sindicalistas puderam fazer - a maioria dos dirigentes
d) política de socialização da economia brasileira, com o estava presa. Mesmo os apoiadores de primeira hora,
controle da produção pelos trabalhadores. como os udenistas, começaram a demonstrar insatisfa-
e) presença estatal em setores estratégicos da economia, ção. O mandato de Castelo Branco, que deveria ir até
com a limitação de investimentos particulares. 31 de janeiro de 1966, foi estendido por mais um ano
através de emenda à constituição.
Resposta: Letra E. O populismo varguista se carac- Em 27 de outubro de 1965, após avanços da oposi-
teriza justamente pelo equilíbrio e apaziguamento de ção nas eleições estaduais e municipais, o governo de-
contraditórios, ainda que ao fim a postura autoritária creta o Ato Institucional número 2. Muito mais radical
prevaleça. Em específico sobre os setores estratégicos que o anterior, ele aponta a “revolução” como o poder
da economia, sua política sempre foi nacionalista. constituinte, que se legitima a si mesmo. Na prática, o
AI-2 concentra ainda mais poder nas mãos do executi-
vo - facultando ao presidente encerrar os trabalhos dos
REGIME MILITAR – 1964-1985: O GOLPE legislativos federal, estaduais e municipais. As eleições
DE 1964 E O REGIME MILITAR; A REPRES- que seriam diretas em fins de 1965, passam a ser in-
SÃO POLÍTICA E O “MILAGRE ECONÔMI- diretas. Os partidos políticos são extintos. No entanto,
CO”; FIM DO REGIME MILITAR; CAMPA- criam-se dois: a Arena (partido de apoio ao regime) e
NHA DIRETAS JÁ! (1984); ELEIÇÕES DE MDB (partido de oposição consentida).
TANCREDO NEVES E JOSÉ SARNEY (1985). A ditadura dia após dia se radicalizava. Em feverei-
PRESIDENTES POSTERIORES. ro de 1966, novo decreto: o Ato Institucional número
3, que estendia eleições indiretas também nas esferas
estaduais e municipais. Com direitos políticos reserva-
dos apenas aos apoiadores ou opositores “que não se
Ditadura militar
opunham”, as eleições perdem seu sentido representati-
vo. Em dezembro de 1966, o Ato Institucional número 4
Com a deposição de Goulart em 31 de março de
é editado para a formulação de uma nova constituição.
1964, os militares tomaram o poder e decretaram o Ato
Institucional número 1. Ele autorizava o poder executivo O general Castelo Branco é substituído, após eleição
a cassar mandatos de representantes eleitos, suspender indireta, pelo também militar marechal Artur da Costa
direitos políticos e decretar estado de sítio sem neces- e Silva, no início de 1967. A oposição parlamentar era
sidade do aval do congresso nacional. O AI-1 também definitivamente uma farsa. Nomes como Juscelino Ku-
decretava eleição indireta para presidente e nova eleição bitschek, Carlos Lacerda e João Goulart - antigos rivais
direta após um ano. O congresso, com os oposicionistas políticos, se unem em torno de uma organização suprai-
suspensos e perseguidos, por meio de eleição indireta deológica denominada Frente Ampla, em vistas à defesa
elegeu o general do exército Humberto Castelo Branco da democracia. A Frente é desmontada pelo governo
para assumir a presidência da República. Seu governo com seus principais líderes sendo exilados.
era apoiado pela UDN e por setores conservadores das O último gueto de resistência ao regime autoritário
classes médias. foi a rua. Capitaneados por jovens lideranças estudantis,
Ao analisar os anos em que os militares estiveram no o ano de 1968 foi marcado por atos de rua e tensão.
poder é possível realizar sempre dois recortes: em rela- No campo da cultura também se resistia - o teatro se
ção à política econômica e em relação à política de segu- reinventava, assim como o cinema e a música. A morte
rança nacional. do estudante Edson Luís em março de 1968, na cida-
No campo econômico, o governo Castelo Branco de do Rio de Janeiro, após brutal repressão contra um
(1964 - 1967) se caracterizou pelo alinhamento com os ato que pedia diminuição nos preços de um restaurante
norte-americanos, aliás, fiadores do golpe militar execu- estudantil comoveu a sociedade. Setores urbanos e da
HISTÓRIA DO BRASIL

tado no Brasil. O primeiro ponto atacado foi o do défi- Igreja se sensibilizaram com o movimento em ascensão.
cit público. Para alterar a situação que se agravava ano Em junho do mesmo ano, ocorreu a Passeata dos Cem
a ano, o governo elevou impostos e reduziu gastos em Mil, grande ato de oposição à ditadura, com diversos
empresas públicas, o que acabou elevando o custo de setores sociais.
vida. Logo após, buscou controlar a crescente inflação Cada vez mais incomodados com a oposição ao re-
através da indexação da economia - processo no qual o gime, o governo militar de Costa e Silva (1967 - 1969)
governo regula os reajustes dos preços através de índi- decreta o mais pesado dos atos institucionais no dia 13

8
de dezembro de 1968: o AI-5. Este ato decretava a sus- à falta de possibilidade de mudança política voltava a
pensão do Congresso Nacional, Assembleias estaduais incomodar parcelas da sociedade. A abertura tornava-
e câmaras municipais - pelo tempo que o presidente -se algo vislumbrável a longo prazo. Os empecilhos para
desejasse. Cabia ao presidente além de executar as leis, tal processo vinham de dentro do próprio governo: a
também editá-las. O artigo décimo do Ato permitiu pri- dificuldade da linha mais dura das Forças Armadas em
sões arbitrárias e torturas como prática de Estado - o aceitar novos rumos políticos e também possíveis apu-
direito ao habeas corpus estava suspenso. O AI-5 é man- rações de crimes cometidos pelos agentes nos processos
tido por onze anos. Poucos meses depois, Costa e Silva repressivos. Geisel desempenhou importante função na
sofre um derrame cerebral e morre. Seu vice, civil, Pedro desmontagem do aparelho repressivo, inclusive revo-
Aleixo é impedido de assumir. Inicia-se, então, o gover- gando o AI-5. O governo continuava manobrando as
no do general Emílio Garrastazu Médici (1969 - 1974). regras eleitorais para manter a maioria no congresso e
O governo Médici é marcado como o período de assembleias estaduais e municipais. Contudo, cada vez
maior violência de todo o regime militar. Com a inten- era mais difícil evitar o caminho para o fim da ditadura.
sificação do autoritarismo e da repressão, surgem mo- Em março de 1979, assumiu o general João Batista Fi-
vimentos de luta armada contra o governo. É sobre o gueiredo. Seu governo seguiria no processo de abertura
argumento do perigo que estes movimentos represen- política. Figueiredo promove a lei da anistia aos exilados
tam que Médici executa suas ações. As ações de guer- políticos, com exceção dos que fossem acusados de ter-
rilha nos interiores rurais são reprimidas pelo governo rorismo. Cada vez mais se organizava frentes de resis-
rapidamente. O movimento de guerrilha urbana criado tência. As greves do ABC, em fins da década de 1970,
por Carlos Marighella, no entanto, se mostra mais difícil com a mobilização de mais de 300 mil metalúrgicos, sob
de ser exterminado. Fortalecem-se para este objetivo os a liderança do jovem líder sindical Luís Inácio da Silva, o
serviços de inteligência do governo. O estado de vigília e Lula, são um exemplo disso. Em seu governo também há
suspeição é constante. A censura toma conta da impren- a volta do pluripartidarismo: a criação do PMDB, lide-
sa e das expressões artísticas e culturais. rado por Ulysses Guimarães; do PDT, de Leonel Brizola;
No plano econômico, o Brasil se caracterizou no pe- do PT, dos novos sindicalistas destacadamente Lula; e o
PDS, novo nome da antiga Arena. No campo econômico,
ríodo pelo Milagre Econômico. Este foi possível graças à
o governo Figueiredo vê a estagnação econômica e o
continuidade de ações já iniciadas no governo Castelo
crescimento desenfreado da inflação, na casa dos 200%,
Branco. Incentivou-se as exportações nacionais e a en-
corroer a já cambaleante popularidade do governo.
trada de capital estrangeiro no país. A balança de pa-
Em 1982, após anos de intervencionismo federal,
gamentos (diferença entre o dinheiro que entra e o que
acontecem eleições diretas para os cargos de governa-
sai), deficitária no início dos governos militares, passava
dores - e a oposição conquista importantes resultados.
agora a ser superavitária. Os juros baixos no mercado
O governo militar havia determinado também eleições
internacional, na casa dos 2,2% ao ano, favoreciam os
indiretas para presidente em 1985 e diretas em 1989.
empréstimos e a consequente expansão de investimen- Pelos bons resultados nas eleições de 1982 e pelo des-
tos internos. Os baixos salários também se mantinham contentamento cada vez maior da população, no ano de
- qualquer movimentação contrária dos operárias era 1983 tem início o movimento das Diretas Já!, que levam
duramente reprimida. Os maiores beneficiários do cres- milhares de pessoas às ruas de todo o Brasil. O movi-
cimento econômico, além da elite econômica do país, mento queria que já em 1985 fossem realizadas eleições
são os membros da classe média. O incentivo ao consu- diretas. O Congresso, ainda controlado pelas forças liga-
mo era feito sobretudo para os trabalhadores mais es- das ao regime, rejeitou o projeto.
pecializados. Apesar do autoritarismo, o governo Médici Em 1985, aproveitando-se de um racha político no in-
gozava de apoio de setores importantes da população. terior do PSL, que originaria um novo partido chamado
O milagre econômico deixa de ser milagroso a partir PFL, Tancredo Neves (PMDB) vence Paulo Maluf (PSL) nas
da crise internacional do petróleo em 1973. A crise foi eleições indiretas. Tancredo teve como vice de sua chapa
uma retaliação dos países árabes produtores de petró- José Sarney(ex-PDS, atual PMDB). A aliança com setores
leo aos países que apoiaram direta ou indiretamente o dissidentes do PSL foi fundamental para conseguir derro-
Estado de Israel na Guerra do Yom Kippur. A retaliação tar a candidatura de Maluf. Após 21 anos, o Brasil tinha
foi um aumento de mais de 400% no preço do barril um novo presidente civil. Era o fim da ditadura militar
de petróleo. O Brasil, que importava 80% do petróleo (1964 - 1985) e o início do processo de redemocratização.
utilizado, tomou um duro golpe em seu crescimento Dias antes de assumir a presidência, Tancredo foi
econômico. Os juros internacionais voltaram a subir, acometido por uma grave infecção generalizada e aca-
consequentemente a dívida externa também. A inflação, bou vindo a óbito. Em meio à tensão instaurada por
controlada até então, mostrava sinais de descontrole. possível uma retomada do poder pelos militares, o vice
No ano de 1974, finda-se o governo Médici. Inicia- Sarney assume e governa até 1990. Duas são as carac-
HISTÓRIA DO BRASIL

-se, então, o governo do general Ernesto Geisel (1974 terísticas principais de seu governo: a criação de uma
- 1979). Assembleia Constituinte para a formulação de uma nova
O governo Geisel é marcado por um abrandamento constituição para o Brasil, e a luta contra a inflação. Em
do autoritarismo e uma abertura à redemocratização de relação a esta última, Sarney lança alguns planos ao lon-
maneira “lenta, gradual e segura”. O perigo de levan- go de seu mandato - todos ineficientes. De 367% ao ano
tes armados tinha sido definitivamente derrotado no em 1986, a inflação chegou a 1764% ao ano no fim do
governo anterior. A desaceleração da economia aliada mandato.

9
da Silva, candidato do PT. Em uma eleição marcada por
polêmicas, sobretudo pela cobertura da imprensa, Collor
EXERCÍCIOS COMENTADOS é eleito presidente.
O governo Collor (1990 - 1992) iniciou de maneira
1. (Vunesp - Concurso PM, 2013) 2) O processo de re- mais destacada a nova política econômica apregoada
democratização do Brasil avançou em 1979, com a extin- pelos Estados Unidos - o neoliberalismo. Flexibilizava-se
ção do Ato Institucional número 5 (AI-5) e a anistia po- taxas alfandegárias e incentivava-se a entrada do capital
lítica. Ele foi, de certa forma, consolidado, em 1982, com privado no país, com respectiva diminuição do Estado e
dos gastos públicos. O país entrou em recessão e den-
a) a adoção de medidas econômicas liberais. tre suas medidas mais polêmicas esteve o congelamen-
b) a criação da Lei de Segurança Nacional. to dos saques das poupanças. Seu governo teve um fim
c) as eleições diretas para os governos estaduais. prematuro por conta de denúncias de corrupção que,
d) a extensão do direito de voto aos analfabetos. após intensas manifestações populares (o movimento
e) a vitória da oposição no Colégio Eleitoral. dos caras pintadas), levou à aprovação de seu impeach-
ment. Pouco antes de confirmado o impeachment, Col-
Resposta: Letra C. As eleições diretas para os gover- lor renuncia em fins de 1992.
nos estaduais foram o grande ponto de ruptura rumo Em janeiro de 1993, o então vice-presidente Itamar
ao fim do período militar. Franco assume o governo. Dois eram os grandes desa-
fios do governo Franco (1993 - 1994) - não deixar que a
2. (Vunesp - PM, 2017) O processo de descompressão crise política incendiasse e resolver a longa crise econô-
do sistema político começara a ser orquestrado em 1975, mica, que não fora resolvida desde o fim da década de
pelos generais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva, 1970. Com costuras políticas entre diversos partidos, so-
ambos convencidos de que a ditadura deveria fazer suas bretudo PMDB e PSDB, o primeiro desafio foi resolvido.
escolhas e definir o momento mais conveniente para re- Em relação aos problemas econômicos, ficou a cargo do
vogar os poderes de exceção.
ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (FHC),
(Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, Brasil: uma biografia.
a implementação do Plano Real. Este seguia a tendên-
São Paulo: Companhia das Letras, 2015. P. 467. Adaptado)
cia neoliberal. Houve forte redução dos gastos públicos,
Tal processo se deu com o objetivo de
privatização de empresas públicas e maior fiscalização
em relação às evasões de divisas, aumento das taxas de
(A) manter a oposição longe do Executivo, de modo a
juros e a criação de uma nova moeda, o Real - que se-
garantir que a transição se realizasse de maneira tu-
ria pareado com o dólar. A inflação foi controlada, ainda
telada, restrita aos círculos civis aliados e sem riscos
que para isso a economia nacional precisasse ficar em
institucionais.
(B) realizar uma abertura política plena, reestabelecen- situação de dependência com o capital internacional.
do os direitos políticos e as liberdades civis no tempo Graças ao sucesso do Plano Real, em 1994, FHC lan-
mais curto possível, superando a situação autoritária ça-se candidato a Presidente pelo PSDB. Ele vence o plei-
na qual o país se encontrava. to em primeiro turno com 54% dos votos. Lula fica em
(C) sustentar o bipartidarismo do MDB e da Arena na segundo com 27%. Em seu primeiro mandato consegue
cena política nacional, impedindo, com isso, a legali- a aprovação de uma Emenda à Constituição que permiti-
zação de partidos e grupos políticos mais à esquerda, ria a reeleição presidencial. Em 1998, é reeleito presiden-
tais como o Partido Comunista. te com 53% dos votos válidos, novamente a frente de
(D) efetivar um projeto de institucionalização da ditadura, Lula, que ficou com 31%. Seus dois mandatos mantém a
de tal forma que os poderes de exceção fossem revo- política neoliberal na economia.
gados, mas os militares ficassem no poder por tempo Em 2003, Lula, após três derrotas eleitorais, é eleito
indeterminado. presidente do Brasil com 61% dos votos válidos, derro-
(E) garantir uma abertura política em que os exilados tando no segundo turno José Serra (PSDB). Seus gover-
não teriam o direito de voltar ao Brasil, assim como nos mantém a estrutura econômica herdada do governo
os presos políticos permaneceriam detidos até que se anterior de subordinação do orçamento ao pagamento
completasse a redemocratização. de juros e da dívida pública, porém busca uma maior in-
tervenção estatal e mecanismos mais fortes de distribui-
Resposta: Letra A. Os militares foram hábeis politi- ção de renda. Lula é reeleito em 2006 com 60% dos votos
camente – orquestraram uma abertura política “lenta, válidos, também em segundo turno, com vitória sobre
gradual e segura” sob seu controle. Geraldo Alckmin (PSDB).
Em 2010, sustentado por massivo apoio popular, Lula
consegue eleger sua sucessora Dilma Rousseff, que ha-
HISTÓRIA DO BRASIL

Em 1989 ocorre eleição direta para Presidente da via sido ministra de Minas e Energia e depois ministra
República, após 29 anos. 22 candidatos concorriam ao da Casa Civil em seus governos, derrotando em segundo
pleito - o que mostra o quadro de renovação política turno, José Serra (PSDB). Dilma é reeleita em 2014 com
apertada vitória em segundo turno sobre o tucano Aécio
e disputa por projetos hegemônicos. Dois candidatos
Neves. Em 2016 com seu governo em meio a uma cri-
passam ao segundo turno: Fernando Collor, um outsider
se econômica e política sofre um processo de impeach-
político, que se portava como o oposto à velha política
ment. Em seu lugar, assume Michel Temer (2016 - 2018).
e com capacidade de moralizar o país; e Luís Inácio Lula

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Nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro (PSL) dá fim a mais
de 20 anos de polarização PT-PSDB e é eleito presidente
do Brasil para o período 2018 - 2022. HORA DE PRATICAR!

1. (UFMT/2015 - IF-MT) Durante o período imperial


brasileiro, o liberalismo foi uma das correntes políticas
EXERCÍCIOS COMENTADOS influentes na composição do nascente Estado indepen-
dente, tendo, em diferentes momentos, pautado seus
1. (Vunesp - PM, 2013) Um dos pontos altos da Cons- rumos. Há que se observar, no entanto, que, diferente-
tituição é o artigo 5.º, que garante amplas liberdades [...] mente do modelo europeu, o liberalismo encontrado no
Foram asseguradas as liberdades de manifestação, opi- Brasil tinha suas idiossincrasias. A partir do exposto, mar-
que V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
nião e organização. O crime de racismo foi considerado
inafiançável e imprescritível…
( ) Os limites do liberalismo brasileiro estiveram marca-
dos pela manutenção da escravidão e da estrutura arcai-
(Marco Antônio Villa. A história das Constituições brasileiras.São ca de produção.
Paulo: Leya, 2011, p. 119) ( ) Os adeptos do liberalismo pertenciam às classes mé-
dias urbanas, agentes públicos e manumitidos ou libertos.
O texto refere-se a atual Constituição brasileira, promul- ( ) O liberalismo brasileiro mostrou seus limites durante
gada em 1988. Os princípios assegurados pela Consti- a elaboração da Constituição de 1824.
tuição. ( ) A aproximação de D. Pedro I com os portugueses no
Brasil ajudou a estruturar o pensamento liberal no pri-
a) comprovam a ausência de preconceitos raciais na so- meiro reinado.
ciedade brasileira.
b) garantem à sociedade direitos democráticos, assim Assinale a sequência correta. 
como a salvaguarda das diferenças cultural e étnica.
c) caracterizam o Brasil, desde a independência, como a) F, V, F, V
país democrático. b) V, V, F, F
d) legitimam a liberdade de crença no Brasil, com a união c) V, F, V, F
entre Estado e religião. d) F, F, V, V
e) reconhecem a impossibilidade de implantação da de-
2. (FGV/2016 – SME/SP) “Comecemos pela expressão
mocracia plena no Brasil. ‘República Oligárquica’. Oligarquia é uma palavra grega
que significa governo de poucas pessoas, pertencentes
Resposta: Letra B. A Constituição Cidadã tem como a uma classe ou família. De fato, embora a aparência de
uma de suas premissas fundamentais assegurar os di- organização do país fosse liberal, na prática o poder foi
reitos democráticos da sociedade. controlado por um reduzido grupo de políticos em cada
Estado.”
2. (Vunesp - PM, 2016) Em concorrida cerimônia no ple-
nário da Câmara dos Deputados, transmitida ao vivo pela FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995, p. 61.
televisão para todo o país, em 5 de outubro de 1988, o
deputado Ulysses Guimarães, presidente da Constituinte, Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos
declarou promulgada a nova Constituição brasileira. mecanismos próprios da ordem oligárquica brasileira na
(Américo Freire, Marly Motta e Dora Rocha, História em Primeira República.
curso: o Brasil e suas relações com o mundo ocidental)
a) Com a política dos governadores, o governo estadual
Um dos princípios que orientaram a atual Constituição passou a sustentar os grupos dominantes em cada esta-
brasileira foi do, em troca de apoio eleitoral para o Executivo federal.
b) Com a aliança entre Minas Gerais e Rio de Janeiro,
detentores das maiores bancadas no Congresso no
a) o unitarismo político-administrativo, que inviabiliza a
período, as oligarquias do Centro-Sul garantiram o
formação de partidos. controle do Executivo e do Legislativo federais. 
b) a restrição dos direitos políticos, que assegura a im- c) Com o coronelismo, controlou-se o eleitorado no cam-
parcialidade nas eleições. po, incorporado ao processo político pelo fim do cri-
c) o estabelecimento do Estado de direito, que garante as tério censitário, e garantiu-se a hegemonia das oligar-
liberdades individuais. quias rurais regionais, interferindo no processo eleitoral.
d) a criação do Ministério da Defesa, que protege a socie- d) Com a criação de um novo ator político - os gover-
dade dos abusos do poder público. nadores, eleitos a partir das máquinas estaduais -, os
HISTÓRIA DO BRASIL

e) o predomínio do Legislativo sobre os demais poderes, estados aprofundaram o federalismo e combateram o


que permite a harmonia entre eles. coronelismo, visto como sobrevivência arcaica da or-
dem imperial. 
Resposta: Letra C. Os direitos civis, políticos e sociais e) Com o pacto federativo, acirraram-se as hostilidades
são assegurados pela Constituição Cidadã. existentes entre Executivo e Legislativo, criando a dis-
puta entre São Paulo e Minas Gerais pela presidência
da República.

11
3 (MPE-GO/2016 - MPE-GO) Em 1945 chega ao fim o 6. (IFB/2017 – IFB) “A principal característica política
Estado Novo implantado pelo presidente Getúlio Vargas. da independência brasileira foi a negociação entre a elite
Entre as causas tivemos a(s) nacional, a coroa portuguesa e a Inglaterra, tendo como
figura mediadora o príncipe D. Pedro”
a) Revolução de 1945 realizada pelos sindicatos e apoia- (CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho.
do pelo Partido Trabalhista Brasileiro daquela época. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 26).
b) Atuação do movimento estudantil, liderado pela UNE, Leia as afirmativas com relação ao processo de emanci-
que assumiu o poder apoiando o partido da União pação política do Brasil.
Democrática Nacional.
c) Pressões norte-americanas obrigando Getúlio Vargas a I) As tentativas das Cortes lusitanas em recolonizar o
extinguir o Estado Novo e tornar o país uma democracia. Brasil uniram os luso-americanos em torno da ideia de
d) Adesão de Getúlio ao Fascismo, propiciando que ele perpetuar os laços políticos que uniam, entre si, os lados
implante no Brasil um regime semelhante após 1945. europeu e americano do Império Português.
e) Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial ao lado das II) A escolha da monarquia em vez da república, como
democracias, criando uma situação interna contraditó- alternativa política para o Brasil independente, derivou
ria, pois o país vivia, até aquele ano, uma ditadura. da convicção da elite brasileira de que só um monarca
poderia manter a ordem social e a união territorial.
4. (MPE-GO/2016 - MPE-GO) Com relação à ditadura III) Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em 1821,
militar brasileira, que teve início em 1964, e a redemocra- a elite brasileira percebeu a necessidade de uma solução po-
tização no Brasil pós - ditadura, identifique as afirmativas lítica que implicasse a separação entre Brasil e Portugal.
a seguir como verdadeiras(V) ou falsas (F): IV) O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para a
transição do Brasil de colônia para emancipado politicamente.
( ) A publicação dos atos institucionais foi um forma de V) A independência do Brasil trouxe grandes limitações
legitimar rapidamente as medidas do governo. Entre os dos direitos civis, uma vez que manteve a escravidão.
atos publicados no período, o AI-5 concedia ao presiden-
te da República plenos poderes, como o direito de cassar
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirma-
mandados.
tivas CORRETAS.
( ) O período foi marcado por significativo desenvolvi-
mento econômico, que ficou conhecido como “milagre
a) I, V 
brasileiro”.
b) II, IV 
( ) Em meio a manifestações de artistas e estudantes con-
c) II, V 
trários ao regime, os operários conseguiram manter um
diálogo contínuo com o governo, devido à importância d) I, IV 
dessa classe trabalhadora para a economia do país. e) III, IV
( ) Uma das ações que marcou o processo de redemo-
cratização foi a campanha pelas eleições diretas para a 7. (CESPE/2017 - Instituto Rio Branco) Durante o Pri-
presidência da República, que ficou conhecida como “Di- meiro Reinado consolidou-se a independência nacional,
retas já”. construiu-se o arcabouço institucional do Império do
( ) O bipartidarismo foi uma das marcas do período pós- Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com di-
-ditadura, motivo pelo qual a ARENA e o MDB foram os versos países. Acerca desse período da história do Brasil,
únicos partidos políticos autorizados a funcionar no pe- julgue (C ou E) o item subsequente.
ríodo Originalmente uma questão concernente apenas ao eixo
das relações simétricas entre os Estados envolvidos, a
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, Guerra da Cisplatina encerrou-se com a interferência de
de cima para baixo uma potência externa ao conflito.

a) V  - F - V - V - F  ( ) CERTO ( ) ERRADO
b) V - V - F - V - F 
c)  F - F - V - F - V
d)  F - V - F - F - V
e) V - V - F - V - V  GABARITO
5. (Prefeitura de Betim/MG – 2015 - Prefeitura de Be-
tim/MG) Sobre a economia do Brasil colonial, assinale a 1 C
alternativa CORRETA. 2 C
HISTÓRIA DO BRASIL

3 E
a) Com a descoberta do ouro, foi introduzida a mão de
obra escrava negra. 4 B
b) O ciclo do açúcar foi irrelevante e pouco rentável. 5 D
c) A colônia podia desenvolver-se livremente sem nenhu-
ma interferência da metrópole. 6 C
d) A economia da colônia foi controlada e limitada pelas 7 CERTO
práticas mercantilistas.

12
ÍNDICE

GEOGRAFIA
O Brasil no mundo: localização; extensão.....................................................................................................................................................................01
A natureza brasileira: os grandes domínios morfoclimáticos. Hidrografia e aproveitamento dos principais rios. A vegetação
original. Os recursos naturais..............................................................................................................................................................................................01
Os problemas ambientais.....................................................................................................................................................................................................03
A população brasileira: crescimento e distribuição. Estrutura da população. Mobilidade. ......................................................................09
A organização do espaço brasileiro: As atividades industriais..............................................................................................................................10
O espaço agropecuário. Comércio, transportes e comunicações. O espaço urbano. As relações do Brasil com o mundo: o Brasil
no Mercosul...............................................................................................................................................................................................................................17
Os principais acontecimentos históricos que contribuí-
O BRASIL NO MUNDO: LOCALIZAÇÃO; ram para o povoamento do país foram:
EXTENSÃO. No século XVI: a ocupação limitava-se ao litoral, a princi-
pal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana
para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa,
Existem no mundo dezenas de países que ocupam a produção era destinada à exportação. As propriedades ru-
um território estabelecido em determinada posição geo- rais eram grandes extensões de terra, cultivadas com força
gráfica no globo terrestre. de trabalho escrava. O crescimento da exportação levou aos
Dessa forma, o Brasil ocupa uma área no espaço geo- primeiros centros urbanos no litoral, as cidades portuárias.
gráfico mundial e, consequentemente, possui uma locali- Século XVII e XVIII: foram marcados pela produção
zação, ou seja, um “endereço” próprio. pastoril que adentrou a oeste do país e também pela desco-
O território brasileiro está localizado, quase em sua berta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás,
totalidade, mais precisamente 93% do território, no He- Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi chamado de
misfério Sul, ocupando apenas 7% do Hemisfério Norte. aurífero e fez surgir várias cidades.
O país está estabelecido no ocidente, ou seja, a oeste do Século XIX: a atividade que contribuiu para o processo
meridiano de Greenwich; além disso, é cortado ao norte de urbanização foi a produção de café, principalmente nos
pelo paralelo do Equador. Encontra-se na zona intertro- estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito
pical, zona temperada sul e no Trópico de Capricórnio. O Santo. Essa atividade também contribuiu para o surgimento
Brasil compõe a América do Sul e faz fronteira com todos de várias cidades.
os países dessa porção do continente americano, exceto
Equador e Chile. Geografia do Brasil:
O Brasil destaca-se quanto à extensão territorial, ocu-
pando o quinto lugar do mundo, por isso é considerado RELEVO
um país de dimensão continental. O espaço geográfico O relevo brasileiro pode ser classificado da seguinte
ocupado representa 5,7% das terras emersas do planeta, forma:
com uma área de 8.514.876,6 km². - Planalto: formado a partir de erosões eólicas (pelo
O litoral brasileiro totaliza 7.367 km e de fronteiras, vento) ou pela água
15.719 km. O extremo do país no sentido leste (Ponta do - Planície: como o próprio nome já diz são áreas pla-
Seixas) a oeste (Serra Contamana) possui uma distância nas e baixas. As principais planícies brasileiras são
de 4319 km, já no sentido de norte (Monte Caburaí) a sul as planícies Amazônica, do Pantanal e Litorânea
(Arrroio Chuí), 4.394 km. Essas dimensões favorecem a - Depressões: resultado de erosões
formação de três fusos horários distintos.
Essas características físicas do território favorecem a CLIMA
permanência de grande variedade de clima, vegetação,
relevo, fuso etc. São todas as variações do tempo de um lugar.
Através do conceito de massas de ar, podemos en-
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-locali- tender todas as mudanças no comportamento dos fe-
zacao-brasil-no-mundo.htm nômenos atmosféricos, pois elas atuam sobre as tem-
peraturas e índices pluviométricos nas várias regiões do
Brasil. Existem massas de ar polares, equatoriais, oceâ-
A NATUREZA BRASILEIRA: OS GRANDES nicas e continentais.
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Existe uma certa movimentação de massas onde cada
HIDROGRAFIA E APROVEITAMENTO uma vai empurrando a outra, passando a ocupar o seu
DOS PRINCIPAIS RIOS. A VEGETAÇÃO lugar. Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações
ORIGINAL. OS RECURSOS NATURAIS. do tempo de uma determinada região.
Quando duas massas de ar se encontram temos o
que chamamos de frente.
No território brasileiro ocorrem as seguintes massas
O território do Brasil ocupa uma área de 8 514 876 de ar:
km². Em virtude de sua extensão territorial, o Brasil é con- - MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA (mEa): quente e
siderado um país continental por ocupar grande parte da úmida
América do Sul. O país se encontra em quinto lugar em - MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (mEc): quente
tamanho de território. e muito úmida
A população brasileira está irregularmente distribuída, pois - MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): quente e úmi-
grande parte da população habita na região litorânea, onde da
se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do - MASSA TROPICAL CONTINENTAL (mTc): quente
que uma herança histórica, resultado da forma como o Brasil e seca
foi povoado, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
GEOGRAFIA

- MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e úmida


Até o século XVI, o Brasil possuía apenas a área estabe-
lecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por
Portugal e Espanha. Esse tratado dividia as terras da América
do Sul entre Portugal e Espanha.

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OS CLIMAS DO BRASIL Principais Bacias Hidrográficas do Brasil:

Clima Equatorial (úmido e semi-úmido): quente e - Bacia Amazônica: considerada a maior do planeta,
úmido ela abrange na América do Sul, uma área de 6 mi-
-pouca variação de temperatura durante o ano lhões de km.
- compreende a Amazônia brasileira - Bacia do Tocantins: ocupa quase 10% do território
- é um clima dominado pela mEc em quase toda sua nacional. É a maior bacia localizada inteiramente
extensão e durante todo o ano. Na parte litorânea dentro do território brasileiro.
da Amazônia existe um pouco de influência da - Bacia do São Francisco: também é totalmente bra-
mEa, e algumas vezes, durante o inverno a frente sileira, juntamente com a Bacia do Tocantins.
fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, ocasio- - Bacia do Paraná: essa bacia é usada na construção
nando uma queda da temperatura chamada fria- de usinas hidrelétricas, dentre elas, Furnas, Ma-
gem rimbondo e a maior hidrelétrica do mundo – Itai-
pu – (entre o Brasil e Paraguai).
Clima Litorâneo Úmido - Bacia do Uruguai: apesar de não ser muito usada
- influenciado pela mTa para a fabricação de usinas hidrelétricas podemos
- compreende as proximidades do litoral desde o Rio destacar as usinas Garibaldi, Socorro, Irai, Pinhei-
Grande do Norte até a parte setentrional do estado ro e Machadinho.
de São Paulo. - Bacias secundárias: formada por rios que não per-
tencem a nenhuma bacia principal, porém foram
Clima Tropical (alternadamente úmido e seco) reunidas em 3 grupos de bacias isoladas devido a
- é o clima predominante na maior parte do Brasil sua localização:
- é um clima quente e semi-úmido com uma estação - Bacia do Norte-Nordeste
chuvosa (verão) e outra seca ( inverno) - Bacia do Leste
- Bacia do Sudeste-Sul
Clima Semiárido
- sertão do nordeste VEGETAÇÃO
- clima quente mais próximo do árido
- as chuvas não são regulares e são mal distribuídas Vários fatores como luz, calor e tipo de solo contri-
buem para o desenvolvimento da vegetação de um dado
Clima Subtropical local.
-abrange a porção do território brasileiro ao sul do
Trópico de Capricórnio. A Floresta Amazônica
- Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, - milhares de espécies vegetais
principalmente no verão. No inverno há o predo- - não perde suas folhas no outono, ou seja, está sem-
mínio das chuvas frontais pre verde
- Apesar de chover o ano todo, há uma maior concen- - é dividida em 3 tipos de matas: Igapó, Várzea, Terra
tração no verão Firme
- vive do seu próprio material orgânico
HIDROGRAFIA - a fauna é rica e variada
- espécies ameaçadas: mogno (tipo de madeira) e a
Características da Rede Hidrografia Brasileira onça-pintada
-Rica em rios e pobre em lagos - Desmatamento da Amazônia
- Os rios brasileiros dependem das chuvas para se
“alimentarem”. O Rio Amazonas embora precise A Mata Atlântica
das chuvas ele também se alimenta do derretimen- - é menos densa que a Floresta Amazônica
to da neve da Cordilheira dos Andes, onde nasce - quase 100% dela já foi destruída, porém, antes po-
- A maior parte dos rios é perene (nunca seca total- díamos encontrar o pau-brasil, cedro, peroba e
mente) o jacarandá (leia mais sobre o desmatamento da
- As águas fluviais deságuam no mar, porém podem Mata Atlântica).
desaguar também em depressões no interior do - os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-
continente ou se infiltrarem no subsolo -canastra e a arara-azul-pintada são originários da
- A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de Mata Atlântica, porém estão ameaçados de extin-
energia (hidrelétricas) e muito pouco para nave- ção
gação. vivem ainda na mata, os gambás, tamanduás, pregui-
ça, mas estão fora do perigo das extinção.
BACIAS HIDROGRÁFICAS - Em razão da Mata Atlântica tenha sido muito utili-
É a área compreendida por um rio principal, seus zada no passado para a fabricação de móveis, hoje
GEOGRAFIA

afluentes e subafluentes. calcula-se que apenas 5% de sua área ainda per-


maneça.

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Caatinga - predomínio da vegetação de juncos, gravatas e
- vegetação típica do clima semi-árido do sertão nor- aguapés que propiciam um habitat ideal para as
destino várias espécies de animais (garças, marrecos, vea-
- vegetação pobre, com plantas que são adaptadas dos, onças-pintadas, lontras e capivaras)
à aridez, são as chamadas plantas xerófilas (man-
dacaru, xiquexique, faveiro), elas possuem folhas De todos os banhados, o banhado do Taim, considerado
atrofiadas, caules grossos e raízes profundas para ótimo para a pastagem rural, é o mais importante, devido a
suportar o longo período de estiagem riqueza do seu solo.
- arbustos e pequenas árvores (juazeiro, aroeira e
braúna) também fazem parte da paisagem Vegetações Litorâneas
São características das terras baixas e planícies do litoral.
Mata de Araucária Formam vários tipos de vegetação: mangues ou man-
- corresponde às áreas de clima subtropical, é uma guezais, a vegetação de praias, a vegetação das dunas e
mata homogênea, pois há o predomínio de pinhei- a vegetação das restingas.
ros, erva-mate, imbuia, canela, cedros e ipês
- Quanto a fauna, destacam-se a cutia e o garimpeiro
(espécie de ave) OS PROBLEMAS AMBIENTAIS.

Cerrado
Típica da região centro-oeste do Brasil é formada por Nunca se falou tanto em preservação ambiental como
plantas tropófilas, ou seja, plantas adaptadas a uma es- nos dias de hoje. A preocupação com o meio ambiente
tação seca e outra úmida. Há também o predomínio de tomou conta dos meios de comunicação, das escolas e
arbustos com galhos retorcidos, cascas grossas e raízes até mesmo das indústrias. Mas, apesar de todo o embate,
profundas, para ajudar a suportar o período de seca. a natureza ainda está sofrendo grandes desgastes por
Quase 50% da vegetação dos cerrados foi destruída causa da ação do homem, e os efeitos desse desgaste já
devido o crescimento da agropecuária no Brasil. O cer- podem ser sentidos no nosso dia a dia.
rado é cortado por 3 grandes bacias hidrográficas (To-
cantins, São Francisco e Prata) contribuindo muito para Inundações, secas, catástrofes naturais, falta de ali-
a biodiversidade da região que é realmente surpreenden- mento e de combustível são apenas algumas das conse-
te, por exemplo, existem mais de 700 espécies de aves, quências que já começam a ser sentidas – e a previsão de
quase 200 espécies de répteis e mais de 190 mamíferos. cientistas e pesquisadores é que este cenário piore.
Para inverter este quadro, é preciso uma ação coleti-
Pantanal va intensa e imediata. E, para que isso ocorra, é preciso
Vegetação heterogênea: plantas higrófilas (em áreas compreender quais são os maiores problemas ambien-
alagadas pelo rio) e plantas xerófilas  (em áreas altas e tais da atualidade e como eles afetam nosso cotidiano.
secas), palmeiras, gramíneas. São vários os problemas apontados por organizações
O Pantanal sofre a influência de vários  ecossiste- ambientais como World Wide Fund (WWF) e Greenpea-
mas (cerrado, Amazônia, chaco e Mata Atlântica), ou seja, ce, e mesmo por órgãos governamentais, como a Orga-
o Pantanal é a união de diferentes formações vegetais. nização das Nações Unidas (ONU). Porém, alguns são
Por causa da sua localização e também às tempora- apontados como mais urgentes ou mais alarmantes.
das de seca e cheia com altas temperaturas, o Pantanal é
o local com a maior reunião de fauna do continente ame- Efeito estufa
ricano, encontramos jacarés, araraunas, papagaios, tuca-
nos e tuiuiú. O efeito estufa é um mecanismo atmosférico natural
Quase todas as espécies de plantas e animais depen- que mantém o planeta aquecido nos limites de tempera-
dem do fluxo das águas. Durante um período de 6 meses tura necessários à preservação da vida. Se não houvesse
(de outubro a abril) as chuvas aumentam o volume dos a proteção do efeito estufa, os raios solares que aquecem
rios que inundam a planície, por esta razão muitos ani- o planeta seriam refletidos para o espaço e a Terra apre-
mais buscam abrigo nas terra “firmes” ocupando todas sentaria temperaturas médias abaixo de -10°C.
as áreas que não foram inundadas, assim vários peixes se O efeito estufa ocorre quando uma parte da radia-
reproduzem e as plantas aquáticas entram em processo ção solar refletida pela superfície terrestre é absorvida
de floração. por determinados gases presentes na atmosfera, entre
Quando as chuvas começam a parar (entre junho e os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), o
setembro), as águas voltam ao seu curso natural, deixan- metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
do no solo todos os nutrientes necessários que fertiliza- Ocorre que, com a queima de florestas e a exagerada
rão o solo. utilização de combustíveis fósseis, grandes quantidades
de CO2 têm sido lançadas na atmosfera. A emissão de-
Os Campos senfreada desse e de outros gases acentua o efeito estu-
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- é uma vegetação rasteira e está localizada em diver- fa, a ponto de não permitir que a radiação solar, depois
sas áreas do Brasil de refletida na Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia
-a paisagem é marcada pelos banhados (ecossiste- o calor, aumentando a temperatura do planeta e provo-
mas alagados) cando o aquecimento global.

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Para se discutir o problema e encontrar soluções, vá- A calota de gelo ocidental da Antártida está derre-
rias reuniões internacionais têm sido realizadas. O prin- tendo a uma velocidade de 250 quilômetros cúbicos por
cipal documento aprovado até agora é o Protocolo de ano, elevando o nível dos oceanos em 0,2 milímetros a
Kyoto, assinado em 1997, que estabelece metas de redu- cada 12 meses. O degelo desta calota pode fazer os ocea-
ção dos gases para diferentes países. nos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâ-
neas pelo mundo e ilhas inteiras. Os resultados também são
Aquecimento Global escassez de comida, disseminação de doenças e mortes.
O aquecimento global pode ser considerado respon-
Verões cada vez mais quentes; pessoas morrendo sável por 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo,
por causa das altas temperaturas; peixes migrando para devido a ondas de calor, inundações, e doenças acarre-
águas mais profundas por causa do calor; gelo dos polos tadas por catástrofes naturais – como furacões e grandes
derretendo; inundações em algumas regiões, secas em tempestades, que se tornam mais comuns com as mu-
outras... Essa visão apocalíptica não faz parte de nenhu- danças climáticas.
ma profecia exagerada, mas sim representa um quadro A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à
real que já está acontecendo nos dias de hoje e que, se modificação do clima 2,4% dos casos de diarreia e 2%
não freado a tempo, poderá ter consequências catastró- dos de malária em todo o mundo. Esse quadro pode fi-
ficas: o aquecimento global. car ainda mais sombrio: alguns cientistas alertam que o
O aquecimento global é um fenômeno causado pela aquecimento global pode se agravar nas próximas déca-
retenção de calor acima do nível considerado normal das e a OMS calcula que para o ano de 2030 as alterações
pela atmosfera, sem que ele se dissipe adequadamente – climáticas poderão causar 300 mil mortes por ano.
algo semelhante com a ação de tampar uma panela para
manter a comida quente. Soluções
Esse fenômeno acontece por causa de uma elevação
nos níveis de dióxido de carbono na atmosfera, que au- Apesar de preocupante, o aquecimento global não é
mentam por causa da queima de combustível fóssil, além irreversível. Há muitas ações que podem ser colocadas
do crescimento progressivo na emissão de gases e outros
em prática pelos governos e pela população em geral
produtos químicos produzidos pelo homem durante os
para amenizar seus efeitos e até mesmo fazer regredir
últimos cem anos. Isso alterou as características da atmos-
seu desenvolvimento. Uma das principais ações reco-
fera, fazendo com que o calor ficasse concentrado como
mendadas pelos cientistas e pesquisadores é a redução
numa estufa – de onde vem o nome “efeito estufa”.
da emissão de gases de efeitos estufa.
Cientistas do mundo todo há anos pesquisam os efei-
Para tanto, recomenda-se diminuir o uso de combus-
tos e as consequências dessas alterações na atmosfera. A
tíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene) e aumentar o
Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) confirmou em
mais de uma ocasião que a temperatura no planeta está uso de biocombustíveis (biodíesel) e etanol, e outras fon-
aumentando. tes de energia não-poluentes (como solar, eólica, etc).
Utilizando satélites, os pesquisadores constataram Os automóveis devem ser regulados constantemente
que a temperatura média global aumentou 0,43oC por para evitar a queima de combustíveis de forma desregu-
década, entre os anos de 1981 e 1998. O Painel Intergo- lada, e o uso de catalisador em escapamentos de auto-
vernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que móveis, motos e caminhões deve ser obrigatório. As in-
a variação climática pode chegar a 5 oC. Mesmo as ver- dústrias também devem reduzir suas emissões através da
sões mais otimistas, que apontam um aquecimento de instalação de sistemas de controle de emissão de gases
apenas 2 oC, são problemáticas – esse índice já é mais poluentes e procurar utilizar fontes de energia alternati-
que o planeta pode suportar. vas não-poluentes.
Além disso, recomenda-se aumentar o sistema de co-
Consequências leta seletiva e reciclagem, recuperar o gás metano nos
aterros sanitários, e não praticar desmatamento ou quei-
O aquecimento global pode trazer consequências madas. Aliás, o plantio de árvores é uma das formas que
graves para todo o planeta – incluindo plantas, animais melhor contribuem para diminuir o aquecimento global,
e seres humanos. A retenção de calor na superfície ter- pois o reflorestamento é capaz de neutralizar as emis-
restre pode influenciar fortemente o regime de chuvas e sões de carbono, um dos grandes vilões do aquecimento
secas em várias partes do planeta, afetando plantações global.
e florestas.
Algumas florestas podem sofrer processo de deserti- Desmatamento e extinção de espécies
ficação, enquanto plantações podem ser destruídas por
alagamentos. O resultado disso é o movimento migratório A exploração comercial dos recursos materiais está
de animais e seres humanos, escassez de comida, aumento levando a natureza a um colapso. Florestas inteiras são
do risco de extinção de várias espécies animais e vegetais, derrubadas para a comercialização de madeira ou quei-
e aumento do número de mortes por desnutrição. madas para que se dê lugar a pastos para gado, ou mes-
Outro grande risco do aquecimento global é o der- mo pela simples expansão das cidades.
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retimento das placas de gelo da Antártica. Esse derreti- Os animais, através da caça predatória para comercia-
mento já vem acontecendo há milhares de anos, por um lização de sua pele e carne, do tráfico ilegal, ou por causa
lento processo natural. Mas a ação do homem e o efeito da destruição de seu habitat, também correm grande riso
estufa aceleraram o processo e o tornaram imprevisível. de desaparecerem.

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Some-se a isso a mineração e a indústria poluente Mas quando uma espécie desaparece, toda a cadeia
e o resultado é a extinção de espécies animais e vege- alimentar fica alterada. Por exemplo, se a população de
tais – muitas já desapareceram, e um número igualmente gaviões diminui ou desaparece, aumenta a população de
grande está em vias de desaparecer. E o planeta todo, cobras, uma vez que esses são seus maiores predadores.
especialmente os seres humanos, já está sentindo as Muitas cobras precisariam de mais alimentos e, con-
consequências. sequentemente, o número de sapos diminuiria e aumen-
As florestas e bosques restantes no planeta todo taria a população de gafanhotos. Esses gafanhotos pre-
possuem apenas uma pequena parcela de sua cobertura cisariam de muito alimento e com isso poderiam atacar
original. Nos países em desenvolvimento, principalmente outras plantações, causando perdas para o homem.
asiáticos como a China, quase toda a cobertura vegetal É importante lembrar que o desaparecimento de de-
foi explorada. Estados Unidos e Rússia também destruí- terminadas espécies de animais interrompe os ciclos vi-
ram suas florestas com o passar do tempo. tais de muitas plantas. Ou seja, a extinção de uma espécie
O Brasil também assiste, ano após ano, sua riqueza animal causa uma reação em cadeia na natureza, afetan-
natural desaparecendo. Um relatório divulgado pela ONG do o ser humano com a diminuição de certas fontes de
ecológica World Wild Fund (WWF) apontou que o desma- alimento ou com a proliferação de pragas e doenças.
tamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original.
O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois Soluções
apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de
1500. No mundo todo, 150 mil quilômetros quadrados Parar o processo de extinção de espécies animais e
de floresta tropical são derrubados por ano, sendo que vegetais, e do desflorestamento, não é fácil nem rápido.
no Brasil, esse número gira em torno de 20 mil quilôme- Mas também não é impossível. A primeira ação é uma
tros quadrados. vigilância mais acirrada acerca do tráfico de animais sil-
A situação da fauna é igualmente preocupante. Cien- vestres, da derrubada de árvores e das queimadas.
tistas do Plano das Nações Unidas para o Meio Ambiente Um maior policiamento, com punições mais severas,
calculam que existam entre 10 e 100 milhões de espécies já ajudaria a diminuir a taxa preocupante de diminuição
de seres vivos no planeta, das quais 25% estão ameaça- de espécies de plantas e animais.
dos de extinção. Todo dia, no mundo inteiro, desapare- Da mesma forma, um maior controle na mineração
cem quase trezentas espécies animais e vegetais devido e na poluição das indústrias (tanto do ar, como da água
à destruição de seus habitats. e do solo) garantiria maior saúde ao meio ambiente – e,
consequentemente, a toda sociedade.
Consequências Além disso, o planejamento para a expansão das
cidades e das áreas agrícolas, para que não agridam o
Os resultados da ação exploratória do homem na meio ambiente, e da exploração dos recursos naturais,
natureza já podem ser percebidos nos quatro cantos do como a madeira, são indispensáveis.
planeta. A diminuição significativa da cobertura vegetal Mas não é só controle e vigilância as soluções para
acelera o processo de erosão da terra – assim, quando esse problema. É preciso também conscientizar e educar
há uma chuva forte, por exemplo, as possibilidades de a sociedade, os governos, as empresas.
acontecer enchentes e inundações são muito maiores. Através de programas de educação ecológica, em
Além disso, sem a proteção da vegetação, o solo so- que se aprenda o valor e a função de cada animal e de
fre mais com a ação do sol, ressecando-se e podendo cada planta para a vida das outras espécies e para a vida
provocar o processo de desertificação (formação de de- humana, em como tratar e preservar o meio ambiente,
sertos e regiões áridas em áreas antes verdes). No Brasil, e como valorizar a natureza e o planeta todo como um
este processo vem ocorrendo no sertão nordestino e no lar, é possível brecar o processo de extinção de várias
cerrado de Tocantins nas últimas décadas. espécies e o desmatamento, e até mesmo fazê-los regre-
Mas não é só: sem habitat natural, muitas pragas po- dir, através do reflorestamento e do cultivo e cuidado da
dem migrar para os centros urbanos – como, por exem- natureza.
plo, o inseto conhecido como barbeiro, que pode trans-
mitir a doença de Chagas. Diminuição dos recursos hídricos

A extinção de espécies vegetais, que podem servir de Uma das maiores preocupações atuais é o término
alimento e também de base para medicamentos, tanto das reservas de petróleo. Por ser um produto não-reno-
para seres humanos como animais, pode desequilibrar vável, muitas reservas já se esgotaram e outras estão es-
toda a cadeia ecológica. casseando, gerando crise econômica e até guerras – isso
Por fim, o desmatamento tem sido apontado com um porque grande parte da energia consumida no mundo
dos grandes contribuidores para o aquecimento global, todo depende hoje deste combustível fóssil. Porém, uma
pois as árvores são capazes de neutralizar as emissões de outra crise – maior e mais assustadora – está ameaçando
carbono, um dos grandes vilões do aquecimento global. o mundo todo: a falta de água.
O desaparecimento de espécies animais também tem Cerca de 70% do planeta é coberto por água, porém
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consequências na vida no homem. A questão vai muito apenas 2% da água do planeta é doce – ou seja, própria
mais além do que o simples drama “as gerações futuras para o consumo humano. Desta pequena parcela, 90%
nunca vão ver um mico-leão-dourado” – o que, por si só, está no subsolo ou nos pólos, em forma de gelo.
é bem triste.

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Ou seja: a água que pode ser usada para beber, tomar águas. Fora isso, é possível também realizar a despolui-
banho, preparar alimentos, etc, é muito pouca – e está ção de rios e mananciais, revitalizando esses importantes
diminuindo. Mais da metade dos rios do mundo dimi- recursos hídricos e tornando-os novamente saudáveis e
nuíram seu fluxo ou estão contaminados, ameaçando a próprios para o uso.
saúde das pessoas.
A escassez de água se deve basicamente à má gestão Consumo
dos recursos hídricos e ao aumento da demanda e não à
falta de chuvas. Uma das maiores agressões para a formação Lojas de departamentos de vários andares, shopping
de água doce é a ocupação e o uso desordenado do solo. centers que oferecem todos os tipos de serviços, bouti-
Para agravar ainda mais a situação são previstas as ques finas que servem champanhe aos clientes, peque-
adições de mais de três bilhões de pessoas que nascerão nas lojas que vendem toda sorte de produtos por menos
neste século, sendo a maioria em países que já tem es- de R$ 2,00.
cassez de água, como Índia, China e Paquistão. Há décadas consumir deixou de ser um simples ato
O Brasil possui a maior reserva de água doce do mun- de subsistência para ser identificado com uma forma de
do, cerca de 12% de toda a água doce do planeta. Só que lazer, de libertação e até mesmo de cidadania. Homens
essa reserva também está ameaçada pelo mau planeja- e mulheres são levados a consumir, mesmo sem neces-
mento e uso, pela poluição e pelo desperdício. sidade, apenas pelo simples ato de comprar. Porém, o
50% da água tratada é desperdiçada no país. Entre consumo desenfreado também é uma grande ameaça ao
os maus hábitos estaria a lavagem de carro, calçadas, meio ambiente.
roupas, banhos demorados, louças na qual é desperdiça- A finitude dos recursos naturais é evidente, e é agra-
da mais água do que o necessário, além de vazamentos vada pelo modo de produção regente, que destrói e po-
(uma gota de água caindo o dia inteiro corresponde a lui o meio ambiente. O primeiro e mais importante limite
46 litros). dessa cultura do consumo, que estamos testemunhando
hoje, são os próprios limites ambientais.
Consequências O planeta não suportaria se cada habitante tivesse
um automóvel, por exemplo. Nos níveis e padrões atuais,
A água já é hoje em dia uma ameaça à paz mundial.
o consumo precisa ser modificado em direção a formas
Muitos países da Ásia e do Oriente Médio já estão dispu-
mais sustentáveis, tanto do ponto de vista social quanto
tando recursos hídricos.
ambiental.
Relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU)
Dados recentes fornecidos pelo Programa das Na-
apontam que um bilhão de pessoas não tem acesso a
ções Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostraram
água tratada e com isso quatro milhões de crianças mor-
que o mundo está consumindo 40% além da capacidade
rem devido a doenças como cólera e malária. A expec-
de reposição da biosfera (energia, alimentos, recursos
tativa é de que nos próximos 25 anos 2,76 bilhões de
pessoas sofrerão com a escassez de água. naturais) e o déficit é aumentado 2,5% ao ano.
Cerca de 70% da água consumida mundialmente, in- Relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU)
cluindo a desviada dos rios e a bombeada do subsolo, apontam que 85% de produção e do consumo no mun-
são utilizadas para irrigação. Aproximadamente 20% vão do estão localizados nos países industrializados que tem
para a indústria e 10% para as residências. apenas 19% da população. Os EUA têm 5% da população
A falta de água afetaria diretamente todo esse siste- mundial e consomem 40% dos recursos disponíveis. Se
ma. A escassez dos recursos hídricos pode levar ao au- os seis bilhões de pessoas usufruíssem o mesmo padrão
mento de fontes de contaminação devido à dificuldade de vida dos 270 milhões de americanos, seriam necessá-
de acesso à água de qualidade (tratada e potável), o que rios seis planetas.
também acarretaria a contaminação de alimentos (ani-
mais e vegetais) e a escassez dos mesmos, numa reação Consequências
em cadeia que comprometeria saúde humana e saúde
pública, com deterioração da qualidade de vida e do de- A consequência do consumo desenfreado é, princi-
senvolvimento econômico e social. palmente, o fim dos recursos naturais. Para suprir a de-
manda por produtos, é preciso produzir mais produtos.
Soluções E isso significa consumir mais energia, mas combustível,
mais madeira, e minérios – enfim, mais materiais prove-
Para se evitar que a crise da água se torne crítica, é nientes da natureza.
preciso tomar uma série de ações. A primeira delas é pro- Por sua vez, essa prática gera mais poluição industrial
mover uma melhor administração dos recursos hídricos e mais lixo. Quem primeiro sobre com isso é o meio
em nível de bacias hidrográficas, desenvolvendo tecno- ambiente. Os resultados dessa prática são logos sentidos
logias avançadas de monitoramento e gestão, ampliando pelos homens também. Basta pensar na crise de energia
a participação da comunidade – usuários e público em que o mundo vem passando, no aumento do preço de
geral – nessa gestão e no compartilhamento dos proces- certos materiais que já começam a escassear, na satu-
sos tecnológicos que irão melhorar a infraestrutura do ração de lixões e aterros sanitários, na poluição e seus
GEOGRAFIA

banco de dados e dar maior sustentabilidade às ações. efeitos sobre a saúde humana.
Além disso, ações de educação e conscientização da Mas não é só. O consumismo também agrava a po-
população, de empresas e mesmo de governos são indis- breza, aumentando a distância entre ricos e pobres. Paí-
pensáveis para se evitar o desperdício e a poluição das ses ricos e altamente industrializados geralmente explo-

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ram os recursos naturais dos países mais pobres, que, no Se depositado no leito dos rios, o lixo pode provocar
entanto, não enriquecem com isso (ao contrário, ficam assoreamentos e consequentemente, enchentes e conta-
ainda mais pobres). minação da água, afetando o meio ambiente e a saúde
Um dado interessante para ilustrar esse problema é das populações ribeirinhas.
que é estimado que sejam gastos no planeta 435 bilhões Se o destino do lixo for a queima a céu aberto, nova-
de dólares por ano em publicidade. 15 bilhões de dólares mente o impacto é negativo tanto para as pessoas como
seriam suficientes para acabar com a fome do mundo, para a natureza: a queima lança no ar dezenas de produ-
que mata 10 milhões de crianças por ano. tos tóxicos, que variam da fuligem, que afeta os pulmões,
às dioxinas, resultantes da queima de plásticos, que são
Soluções cancerígenas.

A alternativa para o consumismo é tentar torná-lo Soluções


uma prática mais sustentável. Não é preciso parar de
consumir, nem mesmo cortar drasticamente o consumo. A reciclagem é uma solução comum e viável para re-
Mas sim é preciso um maior controle, e também maior solver o problema do lixo. A maioria dos materiais despe-
consciência nas consequências que o consumo desenfrea- jados em lixões pode ser reaproveitada. A técnica, além
do pode trazer à natureza e à sociedade como um todo. de diminuir a quantidade de lixo nas cidades, também
Atitudes como reciclar e dar preferência a produtos de tem vantagens sociais e econômicas, como geração de
empresas ecologicamente corretas, ou produtos que sejam emprego e criação de indústrias de reciclagem.
menos agressivos ao meio ambiente, são indispensáveis.
Embora muito esteja se fazendo nesta área em nível
Lixo mundial, ainda são poucos os materiais aproveitados no
Brasil onde é estimada uma perda de cerca de quatro bi-
Com o aumento da população e com a expansão das lhões de dólares por ano. Mas há indícios de melhora na
cidades e das indústrias, o lixo acabou se tornando um área no país onde se tem como melhor exemplo as latas
dos grandes problemas atuais. A maioria dos lixões e de alumínio, cuja produção é 63% reciclada.
aterros sanitários no mundo está ou saturada, ou muito Mas o lixo também pode ser reaproveitado para se
próxima de seu limite. converter em energia. E a energia, hoje tão cara e sob a
Como a produção de lixo é contínua e em volume ameaça de escassear num futuro bem próximo, poderia
muito grande (seis bilhões de pessoas no mundo todo ter uma fonte de abastecimento inesgotável – e ecologi-
produzindo lixo todos os dias), o acúmulo desses resí- camente correta.
duos se torna um grande problema social, ambiental e
econômico para o país. Em muitas localidades, o destino Nos países europeus, nos Estados Unidos e no Japão,
do lixo acaba sendo em aterros irregulares, leitos de rio gerar energia a partir do lixo é uma realidade desde os anos
ou ainda a queima a céu aberto – o que agrava ainda 1980. Esses países processam 130 milhões de toneladas de
mais o problema. lixo, gerando energia elétrica e térmica em 650 instalações.
A quantidade de lixo produzida semanalmente por Somente a União Europeia extrai mais de 10 mil MW
um ser humano é de cinco quilos. Só no Brasil se produz de cerca de 60 milhões de toneladas de lixo por ano em
cerca de 240 mil toneladas de lixo por dia, de acordo com 400 usinas, que são capazes de produzir eletricidade para
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística atender 27 milhões de pessoas (o equivalente a soma da
(IBGE). Desde total, 76% do lixo é jogado a céu aberto população da Dinamarca, da Finlândia e da Holanda).
sendo visível ao longo de estradas e também são carre-
gados para represas de abastecimento durante o perío- Se o Brasil transformasse seu lixo em energia, con-
do de chuvas. seguiria implantar cerca de 750 usinas, que forneceriam
energia para aproximadamente 22,5 milhões de habitan-
Consequências tes - cada 200 toneladas por dia do lixo doméstico orgâ-
nico permitiriam a implantação de uma Usina Termelétri-
O acúmulo do lixo em lixões e aterros (regulares ou ca com a potência de três Megawatts, capaz de atender
não) e seu contato com as condições climáticas – sol e uma população de 30 mil habitantes. A energia via lixo
chuva – acaba produzindo o chorume, um líquido escuro pode iluminar casas, ativar indústrias e mover carros.
e altamente tóxico que polui a água do lençol freático, e Isso também se refletiria positivamente na economia,
o metano (CH4), um gás ainda mais prejudicial à atmos- não apenas com o corte de gastos que esta fonte de
fera que o próprio dióxido de carbono (CO2), considera- energia traria, mas com os recursos que captaria.
do o grande vilão do efeito estufa. O aproveitamento de resíduos é considerado uma
Além disso, representa um grande risco para a saúde alternativa viável para substituir combustíveis fósseis
humana, já que propicia a manifestação de várias doen- (petróleo, carvão e gás), sendo uma boa opção para a
ças como cólera, cisticercose, disenteria e giardíase. redução da emissão de gases poluentes que provocam
A situação ainda piora, pois o lixo acumulado é o am- o efeito estufa.
GEOGRAFIA

biente adequado para a proliferação de insetos e roe- Com a venda de créditos de carbono, o Brasil poderia
dores, como baratas, mosquitos e ratos, que são vetores vir a arrecadar cerca de U$100 milhões por ano com essa
comuns de doenças como febre amarela, dengue e lep- alternativa, de acordo com pesquisadores do Instituto
tospirose. Virtual Internacional de Mudanças Climáticas (IVIG)

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Buraco na camada de ozônio Sustentabilidade, aquecimento global no Brasil e no
mundo, desmatamento... Todas essas palavras são muito
O gás ozônio envolve a Terra na forma de uma frágil comuns nos nossos dias. A natureza nunca respondeu
camada que protege a vida da ação dos raios ultravioleta com tanta força aos maus tratos dados pelo homem.
(emitidos pelo Sol). Os raios ultravioleta causam muta- Conforme os anos passam, são registradas mais inun-
ções nos seres vivos, modificando as moléculas de DNA. dações, furacões, terremotos e se as ações do homem
Em seres humanos, o excesso de ultravioleta pode causar não mudar, a tendência é só piorar. Com isso, até mesmo
câncer de pele e afetar o sistema imunológico. fenômenos naturais, como El Niño e a La Niña, terão im-
Nos últimos anos, contudo, cientistas detectaram um pactos maiores e mais prejudiciais ao homem.
“buraco” na camada de ozônio, exatamente sobre a An-
tártida, o que deixa sem proteção uma área de cerca de Degelo no Mundo
30 milhões de km2.
Pesquisadores acreditam que o gás clorofluorcarbo- O constante processo de elevação da temperatura
no (CFC) é o principal responsável pela destruição da ca- média global, desencadeado principalmente pela inten-
mada de ozônio. Esse gás é utilizado em aparelhos de re- sificação do efeito estufa, está provocando uma série de
frigeração, sprays e na produção de materiais como, por fenômenos maléficos ao meio ambiente, como é o caso
exemplo, o isopor. Ao chegar à atmosfera, o CFC entra do degelo, uma das consequências do aquecimento glo-
em contato com grande quantidade de raios ultravioleta, bal.
que quebram as moléculas de CFC e liberam cloro. Este, As regiões polares são as mais atingidas pelo dege-
por sua vez, rompe as moléculas de ozônio (O3), forman- lo, pois o derretimento dessas áreas está ocorrendo de
do monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). Ocorre que forma muito rápida. Conforme cientistas ambientais, o
esses dois gases não são eficientes para proteger a Terra degelo agrava ainda mais o aquecimento da Terra, haja
dos raios ultravioleta. vista que durante esse processo ocorre a liberação de
Em 1985, vários países assinaram a Convenção de gases prejudiciais ao meio ambiente.
Viena - e, dois anos depois, o Protocolo de Montreal -, se Pesquisas realizadas confirmam que o Oceano Árti-
comprometendo a diminuir a produção de CFC. co teve sua área reduzida em 14%, além da camada de
gelo ter se tornado 40% mais fina. A Antártida, por sua
Os efeitos de El Niño e La Niña vez, perdeu 3 mil quilômetros quadrados de extensão,
em consequência de uma elevação de 2,5 °C desde 1940.
São fenômenos que se manifestam nas águas oceâni- Com o derretimento das calotas do Ártico e da Antártica,
cas do Pacífico ocasionando alterações no clima do pla- uma grande camada de água, proveniente do gelo, fluirá
neta Terra e interferências nas variações de temperatura para os oceanos, podendo contribuir para a elevação do
e na regularidade das chuvas. nível do mar. Tal ocorrência ameaça milhões de pessoas
O El Niño acontece por meio do enfraquecimento dos em todo o mundo
ventos alísios. Isso causa um aquecimento nas águas do
Pacífico, perto da costa oeste da América do Sul, sendo Outra área bastante afetada pelo degelo é a Groelândia.
que em condições normais, esse aquecimento teria que Conforme pesquisa divulgada pela revista Science, o dege-
acontecer perto na região da Indonésia. lo na Groelândia triplicou nos últimos anos. Atualmente,
o gelo dessa região derrete a um ritmo muito acelerado,
Em ano El Niño, ou de La Niña, o mundo tem seus sendo que esse processo tem se intensificado desde 2004.
climas habituais mudados: aumento de chuvas em al- Conforme dados da Worldwatch Institute, as princi-
guns lugares, secas em outros e em algumas regiões os pais cordilheiras do mundo estão sofrendo significativas
temidos furacões arrasam cidades inteiras, junto com reduções em massa de gelo e neve. Monitoramentos re-
enchentes e outras catástrofes. Importante frisar que, ape- velam que as geleiras dos Alpes recuaram cerca de 35%.
sar desses fenômeno contribuírem para o acontecimento Um artigo da revista britânica Science, de outubro de
dessas tragédias, eles não são os responsáveis por elas. Há 2002, afirma que a capa de neve a qual cobre o monte
um “sensacionalismo” geral por parte da imprensa mundial Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer em 20 anos.
que atribui fatalidades ao El Niño. Esses fenômenos climáti- De acordo com cientistas da Universidade de Edim-
cos acontecem independentemente da ação humana, mas burgo e da Universidade de Londres, a quantidade de
suas consequências variam de acordo com as condições gelo derretido chega a 125 trilhões de toneladas por
que cada região apresenta, em função da ação humana. ano. Fato que proporciona um aumento no nível do mar,
que, apesar de ser de poucos centímetros em algumas
E a menos conhecida, mas nem por isso menos im- regiões, já é o suficiente para promover um desequilíbrio
portante, La Niña, que acontece, como já foi dito, em ambiental. Em 2010, o nível dos oceanos deverá estar
sentido contrário ao El Niño. Os ventos alísios ganham aproximadamente um metro acima do que estava pre-
força e empurram a massa de ar mais aquecida para visto pelo Painel do Clima das Nações Unidas (IPCC).
ainda mais perto da costa australiana. Assim como em
outros anos, o vapor da água quente sobe e forma uma A elevação da temperatura global está afetando o
camada vertical de ar. Essa camada viaja pela troposfera equilíbrio ambiental, atingindo todos os tipos de vida.
GEOGRAFIA

e se descarrega na costa sul-americana. O ocorrido em Várias espécies de animais marinhos e peixes estão
anos de La Niña é semelhante com o que acontece em ameaçadas pelo degelo. Um exemplo bastante represen-
anos “comuns” (sem El Nino), mas com uma intensidade tativo é a redução do gelo na Antártica, a qual fez com
bem maior. que a população de pinguins diminuísse em 33%.

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Calcula-se que aproximadamente 200 milhões de in- Embora as grandes cidades estejam mantendo uma
divíduos serão afetados com o aumento do nível do mar, maior concentração populacional, existe um  desloca-
e que 60% da população residente em áreas costeiras mento para o interior do Brasil, preferencialmente para
terão que migrar para outras regiões. Texto adaptado de as cidades de médio porte, que variam de 100 a 500 mil
BUENO, C. habitantes.

Mais informações sobre o crescimento e distribui-


A POPULAÇÃO BRASILEIRA: CRESCIMENTO ção da população brasileira
E DISTRIBUIÇÃO. ESTRUTURA DA
POPULAÇÃO. MOBILIDADE. De 1970 até a atualidade,  a parcela urbana da po-
pulação brasileira cresceu de 58% naquela década para
80% em 2000, havendo uma estimativa de crescimento
A população brasileira está irregularmente distribuída populacional, verificando-se que as aglomerações urba-
no território, isso fica evidente quando se compara algu- nasdas Regiões Norte e Centro-Oeste crescem mais do
mas regiões ou estados, o Sudeste do país, por exemplo, que os centros urbanos já estabelecidos do eixo Sudeste-
apresenta uma densidade demográfica de 87 hab/km2, -Sul, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica
as regiões Nordeste, Sudeste e Sul reúnem juntas 88% Aplicada (IPEA).
da população, distribuída em 36% de todo o território, Houve um crescimento mais intenso, entre 2001 e
fato contrário à densidade demográfica do Norte e Cen- 2005, da população brasileira nas regiões Norte e Cen-
tro-Oeste, que são, respectivamente, 4,1 hab/km2 e 8,7 tro-Oeste, enquanto que na região Sudeste e Sul um rá-
hab/km2, correspondendo a 64% do território total.  Os pido crescimento urbano ocorreu. A região Centro-Oeste
brasileiros atualmente exercem um grande fluxo migra- teve a experiência de ter a maior taxa de crescimento
tório, internacional e nacionalmente, nesse processo é anual (4,9%), justificado pela ocorrência de fluxos migra-
importante salientar a diferença entre emigração (saída tórios relativos a atividades de expansão econômica.
voluntária do país de origem) e imigração (o ato de esta- A menor taxa de crescimento e distribuição da po-
belecer-se em país estrangeiro). pulação brasileira, desde a década de 1990, é apresen-
Acerca das migrações externas o significado está tada pela região Nordeste, que embora apresente índi-
no fluxo de pessoas que saem do seu país para viver, ces elevados de natalidade, possui uma abundância de
ou mesmo visitar, outro país, geralmente países desen- oferta de mão de obra barata que provoca a migração
volvidos; já as migrações internas caracterizam-se pelo para a região Sudeste, que possui uma demanda grande
deslocamento populacional que se realiza dentro de um de empregos para atender às necessidades do desenvol-
mesmo país, seja entre regiões, estado ou municípios. No vimento concentrado nos polos dinâmicos da economia
Brasil cerca de 40% dos habitantes residem fora dos mu- brasileira.
nicípios que nasceram. Os processos de  industrialização e urbanização
Os principais fluxos migratórios no Brasil estão voltados estão intrinsecamente interligados. Foi com os avanços
para os nordestinos que saem em direção ao Sudeste e Cen- e transformações proporcionados, por exemplo, pelas
tro-Oeste, isso muita vezes é provocado devido às questões Revoluções Industriais na Europa que esse continente
de seca, falta de emprego, baixo índice de industrialização concebeu o crescimento exponencial de suas principais
em relação às outras regiões, dentre outros fatores.  cidades, aquelas mais industrializadas. Ao mesmo tem-
Outro fluxo bastante difundido é em relação aos mi- po, o processo de urbanização intensifica o consumo nas
grantes do Sul que saem em direção às regiões do Cen- cidades, o que acarreta a produção de mais mercadorias
tro-Oeste e Norte, esse processo deve-se aos agriculto- e o aumento do ritmo da atividade industrial.
res gaúchos que procuram novas áreas de cultivo com A industrialização é um dos principais fatores de
preços mais baixos. transformação do espaço geográfico, pois interfere nos
fluxos populacionais, reorganiza as atividades nos con-
GEOGRAFIA DO BRASIL textos da sociedade e promove a instrumentalização das
diferentes técnicas e meios técnicos, que são essenciais
Crescimento e Distribuição da População Brasileira para as atividades humanas. A atividade industrial, por
definição, corresponde ao arranjo de práticas econômi-
A população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro cas em que o trabalho e o capital transformam maté-
de Geografia e Estatística (IBGE, 2014) fica em torno de rias-primas ou produtos de base em bens de produção
203 milhões de habitantes distribuídos pelas 26 unida- e consumo.
des de federação e 5.570 municípios e o Distrito Federal. Com o avanço nos sistemas de comunicação e trans-
Com isso podemos ter dados do crescimento e distri- porte – fatores que impulsionaram a globalização –, pra-
buição da população brasileira. ticamente todos os povos do mundo passaram a con-
Três estados em particular, São Paulo (44 milhões de sumir produtos industrializados, independentemente da
habitantes, taxa de 21,7% do total da população), Mi- distância entre o seu local de produção e o local de consu-
nas Gerais (20,7 milhões, taxa de 10,2%) e Rio de Janeiro mo. Estabelece-se, com isso, uma rede de influências que
GEOGRAFIA

(16,5 milhões, taxa de 8,1%) concentram 40% da popula- atua em escalas que vão do local ao global.
ção. São 27 capitais que condensam 23,8% da população Graças ao processo de industrialização e sua ampla
do país, índice que vem se mantendo estável há mais de difusão pelo mundo, incluindo boa parte dos países
uma década. subdesenvolvidos e emergentes, a urbanização também

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cresceu, a ponto de, segundo dados da ONU, o mundo
ter se tornado, pela primeira vez, majoritariamente urba- A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO:
no, isto é, com a maior parte da população residindo em AS ATIVIDADES INDUSTRIAIS.
cidades, feito ocorrido no ano de 2010 em diante.
Mas como a industrialização interfere na urbaniza-
ção? O Brasil é um país organizado em forma de República
É errôneo pensar que a industrialização é o único fa- Federativa e está localizado na América do Sul, sendo o
tor que condiciona o processo de urbanização. Afinal, maior país dessa região continental, com uma área de
tal fenômeno está relacionado também a outros even- 8.515.767,049 km². Politicamente, o território brasileiro
tos, que envolvem dinâmicas macroeconômicas, sociais é subdividido em 26 estados e o Distrito Federal, cuja
e culturais, além de fatores específicos do local. No en- capital é a cidade de Brasília.
tanto, a atividade industrial exerce uma influência quase A área territorial do Brasil faz com que esse país
que preponderante, pois ela atua tanto no espaço das seja o quinto maior do mundo, atrás somente de Rús-
cidades, que apresentam crescimento, quanto no espaço sia, Canadá, China e Estados Unidos. Por essa razão, é
rural, que vê uma gradativa diminuição de seu contin- caracterizado como um país continental ou país com
gente populacional em termos proporcionais. dimensões continentais, uma vez que o tamanho de
No meio rural, o processo de industrialização inter-
sua área é muito próximo ao de um dos continentes, no
fere com a produção e inserção de modernos maquiná-
caso a Oceania.
rios no sistema produtivo, como tratores, colheitadeiras,
No total, o Brasil ocupa 47% da América do Sul –
semeadeiras e outros. Dessa forma, boa parte da mão
quase a metade, portanto – e não faz fronteira somen-
de obra anteriormente empregada é substituída por má-
quinas e técnicos qualificados em operá-las. Como con- te com dois países sul-americanos: Equador e Chile. A
sequência, boa parte dessa população passa a residir em leste, o Brasil é banhado em uma vasta extensão pelo
cidades, por isso, elas tornam-se cada vez maiores e mais Oceano Atlântico, com um litoral que percorre um total
povoadas. Vale lembrar que a mecanização não é o único de 7.367km², o que coloca o país como o 16º no ranking
fator responsável pelo processo de migração em mas- mundial de maiores áreas litorâneas.
sa do campo para a cidade, o que chamamos de êxodo A população brasileira, de acordo com estimativas
rural, mas é um dos elementos mais importantes nesse recentes divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geogra-
sentido. fia e Estatística (IBGE), é de 202.033.270 habitantes, a
Além disso, a industrialização das cidades faz com quinta maior do planeta, atrás de China, Índia, Estados
que elas se tornem mais atrativas em termos de migra- Unidos e Indonésia. Desse total, a maior parte concen-
ções internas, o que provoca o aumento de seus espaços tra-se nas áreas litorâneas, principalmente na região Su-
graças à maior oferta de empregos, tanto na produção deste. Como as taxas de crescimento demográfico são
fabril em si quanto no espaço da cidade, que demandará baixas atualmente, é possível que nas próximas décadas
mais trabalho no setor comercial e também na prestação o Brasil seja ultrapassado por Paquistão e Nigéria.
de serviços. Os aspectos físicos do Brasil indicam a presença de
Não por acaso, os primeiros países a industrializem- três principais formas de relevo: as planícies, os planal-
-se foram também os primeiros a conhecer a urbani- tos e as depressões relativas, não havendo depressões
zação em sua versão moderna, tornando-se territórios absolutas (abaixo do nível do mar) nem montanhas,
verdadeiramente urbano-industriais. Atualmente, esse apenas serras. Em uma dessas serras, a do Imeri, encon-
processo vem ocorrendo em países emergentes e sub- tra-se o ponto mais alto do país, o Pico da Neblina, que
desenvolvidos, tal qual o Brasil, que passou por isso ao possui uma altitude de 2.994 m acima do nível do mar.
longo de todo o século XX. Segundo a ONU, até 2030, Em geral, essas características são resultantes do
todas as regiões do mundo terão mais pessoas vivendo fato de o relevo brasileiro ser geologicamente antigo
nas cidades do que no meio rural. e também por não se encontrar nas áreas de encontro
O grande gargalo desse modelo é o crescimen-
entre duas placas tectônicas, o que explica a não ocor-
to acelerado das cidades, que contribui para fomentar
rência de vulcões e de grandes e frequentes terremotos.
a  macrocefalia urbana, quando há o inchaço urbano,
Pelo mesmo motivo, o território do Brasil abriga apenas
com  problemas ambientais e sociais, além da ausên-
dois tipos de províncias geológicas: as bacias sedimen-
cia de infraestruturas, crescimento da periferização e do
trabalho informal, excesso de poluição, entre outros pro- tares e os crátons (plataformas continentais e escudos
blemas. Estima-se, por exemplo, que até 2020 quase 900 cristalinos), não existindo os dobramentos modernos.
milhões de pessoas estarão vivendo em favelas, em con- Uma característica marcante do Brasil em termos
dições precárias de moradia e habitação. naturais é a grande diversidade em termos de fauna e
flora. No país, existe uma grande variedade de flores-
tas, classificadas em seis grupos principais (Amazônica,
Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Araucárias e Pampa)
e três residuais (Pantanal, Mata de Cocais e os Mangue-
GEOGRAFIA

zais). Em número de espécies de animais, o Brasil tam-


bém se destaca, o que o classifica como o território de
maior biodiversidade do planeta.

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Quanto aos aspectos econômicos do Brasil, destaca- Fatores da Industrialização no Brasil
-se o fato de o país possuir um dos maiores PIBs (Pro-
duto Interno Bruto) do mundo, com US$ 2,2 trilhões. No
entanto, o seu PIB per capita, que é o valor dividido pela
população, ainda é menor do que uma grande quantida-
de de países. Em termos gerais, a economia brasileira é
caracterizada como de perfil subdesenvolvido emergen-
te, compondo o grupo de países que, eventualmente,
podem apresentar um maior grau de desenvolvimento.
O país também faz parte do grupo das economias em
desenvolvimento altamente industrializadas, embora a
maior parte dessas indústrias pertença a empresas es-
trangeiras.
Em termos culturais, o Brasil apresenta uma imensa
diversidade em costumes, folclores, religiões e tradições. Vários fatores contribuíram para o processo de indus-
Essa complexidade cultural também representa a gran- trialização no Brasil:
de miscigenação étnica existente no país, muito embora • a exportação de café gerou lucros que permiti-
existam, em grande escala, problemas concernentes à in- ram o investimento na indústria;
tolerância e ao preconceito. • os imigrantes estrangeiros traziam consigo as
O Brasil alcançou um papel de destaque no mundo técnicas de fabricação de diversos produtos;
nos últimos dez anos. A nação é uma das mais importan- • a formação de uma classe média urbana consu-
tes dentro do bloco dos países emergentes e tem dado midora, estimulou a criação de indústrias;
muitas demonstrações de força econômica e social. • a dificuldade de importação de produtos in-
O Brasil melhorou economicamente, conseguiu redu- dustrializados durante a Primeira Guerra Mundial (1914-
zir a desigualdade social e tirou milhões de pessoas da 1918) estimulou a indústria.
extrema pobreza desde o governo do ex-presidente Luís A passagem de uma sociedade operária para uma ur-
Inácio Lula da Silva. Segundo o Relatório de Desenvolvi- bano industrial, mudou a paisagem de algumas cidades
mento Humano (RDH), do Programa das Nações Unidas brasileiras, principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro.
para o Desenvolvimento (Pnud) 2013, a previsão é de  
que o Brasil, juntamente com China e Índia, responda por Resumo das fases do desenvolvimento industrial
40% da riqueza global em 2050. brasileiro
O destaque do Brasil como emergente também pos-
sibilitou que o país conseguisse eleger o diplomata Ro- Mais de trezentos anos sem indústrias
berto Azevêdo para o posto de diretor-geral da Organi- Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a
zação Mundial do Comércio. Esse fato demonstra que o 1822) não houve desenvolvimento industrial em nosso
país tem uma boa reputação internacional, pois essa é a país. A metrópole proibia o estabelecimento de fábricas
primeira vez na história que um latino-americano alcança em nosso território, para que os brasileiros consumissem
o posto máximo da organização. os produtos manufaturados portugueses. Mesmo com a
Outro ponto de destaque para o Brasil diz respeito a chegada da família real (1808) e a Abertura dos Portos
sua influência no cenário internacional. Os avanços so- às Nações Amigas, o Brasil continuou dependente do
ciais e econômicos do Brasil levaram o país a desenvolver exterior, porém, a partir deste momento, dos produtos
uma imagem positiva no exterior. ingleses.
A ONU também tem destacado o papel do Brasil na
diminuição do índice de pobreza mundial. A nação foi História do início da industrialização 
elogiada por ter elevado seus índices de educação e por Foi somente no final do século XIX que começou o
ter aumentado o salário mínimo nos últimos anos. desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeiculto-
Dessa forma, o Brasil vem garantindo sua inserção so- res passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a
berana no mundo e tem alcançado um protagonismo na exportação do café, no estabelecimento de indústrias,
América do Sul. principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábri-
cas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação
Industrialização no Brasil mais simples. A mão de obra usada nestas fábricas era,
A industrialização no Brasil foi historicamente tardia na maioria das vezes, formada por imigrantes italianos.
ou retardatária. Enquanto na Europa se desenvolvia a Pri-
meira Revolução Industrial, o Brasil vivia sob o regime de Era Vargas e desenvolvimento industrial 
economia colonial. Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas
(1930-1945) que a indústria brasileira ganhou um gran-
de impulso. Vargas teve como objetivo principal efetivar
a industrialização do país, privilegiando as indústrias
GEOGRAFIA

nacionais, para não deixar o Brasil cair na dependência


externa. Com leis voltadas para a regulamentação do
mercado de trabalho, medidas protecionistas e investi-
mentos em infraestrutura, a indústria nacional cresceu

11
significativamente nas décadas de 1930-40. Porém, este “Um recurso que é extraído mais rápido do que é
desenvolvimento continuou restrito aos grandes centros renovado por Processos naturais é um recurso não re-
urbanos da região sudeste, provocando uma grande dis- novável. Um recurso que é Reposto tão rápido quanto
paridade regional. é extraído é certamente renovável” (Irene Domenes Za-
Durante este período, a indústria também se benefi- pparoli).
ciou com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), O principal critério para a classificação dos recursos
pois, os países europeus, estavam com suas indústrias ar- naturais é a capacidade de recomposição de um recur-
rasadas, necessitando importar produtos industrializados so no horizonte do tempo humano. Um recurso que é
de outros países, entre eles o Brasil. extraído mais veloz do que é renovado por processos
Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um gran- naturais é um recurso não-renovável. Um recurso que é
de desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de reposto tão rápido quanto é retirado é certamente um
gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas, recurso renovável.
plásticos, fertilizantes, etc.).
Em relação a Economia dos Recursos Naturais temos
Período JK a atual classificação:
Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 - Renováveis: solos, ar, águas, florestas, fauna e flora
-1960) o desenvolvimento industrial brasileiro ganhou no geral.
novos rumos e feições. JK abriu a economia para o capi- - Não renováveis, ou exauríveis, esgotáveis ou não re-
tal internacional, atraindo indústrias multinacionais. Foi produtíveis: minérios, combustíveis.
durante este período que ocorreu a instalação de mon- O estudo da economia dos recursos naturais tem
tadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, adquirido importância crescente em várias correntes do
Volkswagen e Willys) em território brasileiro.  pensamento econômico, mas a abordagem dominante
ainda é a da economia neoclássica (também chamada de
Últimas décadas do século XX economia convencional).
Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil
continuou a crescer, embora, em alguns momentos de Existem basicamente 4 tipos de Recursos Naturais:
crise econômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Bra-
sil possui uma boa base industrial, produzindo diversos - Recursos Minerais: água, solo, ouro, prata, cobre,
produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas, bronze; 
roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios in- - Recursos Energéticos: sol, vento, petróleo, gás; 
dustrializados, eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a in- - Recursos Renováveis: madeira, peixes, vegetais –
dústria nacional ainda é dependente, em alguns setores, podem ser finitos, a depender do seu grau de utilização
(informática, por exemplo) de tecnologia externa. - Recursos Não-Renováveis: petróleo, gás, demais
Dados atuais minérios – podem ser recuperados, porém em escalas de
- Felizmente, o Brasil está apresentando, embora pe- tempo sobre-humanas.
quena, recuperação na produção industrial. De acordo Como podemos perceber analisando o breve esque-
com dados do IBGE, divulgados em 1 de fevereiro de ma acima a maioria dos recursos naturais, mesmo os
2019, a indústria brasileira apresentou crescimento de renováveis, podem não ser inesgotáveis, principalmente
1,1% em 2018. se forem utilizados de maneira irresponsável e em lar-
ga escala. Com isso, talvez o maior desafio, não somente
Economica dos recursos naturais dos gestores ambientais, mas de toda a espécie huma-
A economia dos recursos naturais é o ramo da econo- na, seja justamente o de conciliar o desenvolvimento
mia que lida com os aspectos da extração e exploração econômico com a preservação e conservação do meio
dos recursos naturais ao longo do tempo, e a sua opti- ambiente.
mização em termos económicos e ambientais.[1] Procura E uma boa alternativa pode ser, realmente, a utili-
compreender o papel dos recursos naturais na economia, zação de fontes de energia limpas, baratas e econo-
a fim de desenvolver métodos de gestão mais sustentá- micamente viáveis, para que sejam atendidas todas as
vel destes recursos para garantir a sua disponibilidade necessidades energéticas da humanidade, porém, sem
para as gerações futuras. prejudicar nem esgotar as reservas naturais, preservan-
O que se conhece por “economia dos recursos natu- do-as e conservando-as para as próximas gerações que
rais” é um campo da teoria microeconômica que emerge estão por vir.
das análises neoclássicas a respeito da utilização das ter- Diversas soluções criativas e viáveis vêm surgindo, dia
ras agrícolas, dos recursos minerais, dos peixes, dos re- após dia, em todo o mundo. Painéis solares à base de
cursos florestais madeireiros e não madeireiros, da água, garrafas PET, biodigestores, moinhos e cataventos ge-
todos os recursos naturais reprodutíveis e os não repro- radores de energia eólica, geradores de energia a par-
dutíveis. (Maria Amélia Enriquez) tir das ondas do mar, carregadores de celular à base de
- Renováveis - São recursos compatíveis com o hori- energia solar, carros movidos à energia elétrica ou solar,
zonte de vida do homem. computadores que funcionam movidos a pedais de bici-
Ex: solos, ar, águas, florestas, fauna e flora. cleta, enfim, uma verdadeira infinidade de ideias inova-
GEOGRAFIA

- Não Renováveis - São recursos que necessitam de doras que, com investimento e, sobretudo, boa vontade,
eras “geológicas” para sua formação. podem perfeitamente ajudar a solucionar boa parte dos
Ex: Os minérios em geral e os combustíveis fósseis problemas ambientais, nesse caso, suprir nossas necessi-
(petróleo e gás natural). dades energéticas de locomoção e bem-estar.

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Estrutura fundiária do Brasil responsável por quase R$100 bilhões em volume de ex-
A estrutura fundiária corresponde ao modo como as portações em conjunto com a pecuária, segundo dados
propriedades rurais estão dispersas pelo território e seus da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério
respectivos tamanhos, que facilita a compreensão das da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). A
desigualdades que acontecem no campo. produção agrícola no Brasil, portanto, é uma das prin-
A desigualdade estrutural fundiária brasileira confi- cipais responsáveis pelos valores da balança comercial
gura como um dos principais problemas do meio rural, do país.
isso por que interfere diretamente na quantidade de Ao longo da história, o setor da agricultura no Brasil
postos de trabalho, valor de salários e, automaticamen- passou por diversos ciclos e transformações, indo desde
te, nas condições de trabalho e o modo de vida dos tra- a economia canavieira, pautada principalmente na pro-
balhadores rurais. dução de cana-de-açúcar durante o período colonial,
No caso específico do Brasil, uma grande parte das até as recentes transformações e expansão do café e
terras do país se encontra nas mãos de uma pequena da soja. Atualmente, essas transformações ainda ocor-
parcela da população, essas pessoas são conhecidas rem, sobretudo garantindo um ritmo de sequência às
como latifundiários. Já os minifundiários são proprietá- transformações técnicas ocorridas a partir do século XX,
rios de milhares de pequenas propriedades rurais espa- como a mecanização da produção e a modernização das
lhadas pelo país, algumas são tão pequenas que muitas atividades.
vezes não conseguem produzir renda e a própria subsis- A modernização da agricultura no Brasil atual está
tência familiar suficiente. diretamente associada ao processo de industrialização
Diante das informações, fica evidente que no Brasil ocorrido no país durante o mesmo período citado, fator
ocorre uma discrepância em relação à distribuição de que foi responsável por uma reconfiguração no espaço
terras, uma vez que alguns detêm uma elevada quan- geográfico e na divisão territorial do Brasil. Nesse novo
tidade de terras e outros possuem pouca ou nenhuma, panorama, o avanço das indústrias, o crescimento do se-
esses aspectos caracterizam a concentração fundiária tor terciário e a aceleração do processo de urbanização
brasileira. colocaram o campo economicamente subordinado à ci-
É importante conhecer os números que revelam dade, tornando-o dependente das técnicas e produções
quantas são as propriedades rurais e suas extensões: industriais (máquinas, equipamentos, defensivos agríco-
existem pelo menos 50.566 estabelecimentos rurais in- las etc.).
ferior a 1 hectare, essas juntas ocupam no país uma área Podemos dizer que a principal marca da agricultu-
de 25.827 hectares, há também propriedades de tama- ra no Brasil atual – e também, por extensão, a pecuária
nho superior a 100 mil hectares que juntas ocupam uma – é a formação dos complexos agrícolas, notadamente
área de 24.047.669 hectares. desenvolvidos nas regiões que englobam os estados de
Outra forma de concentração de terras no Brasil é São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina,
proveniente também da expropriação, isso significa a Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Mato
venda de pequenas propriedades rurais para grandes Grosso do Sul. Nesse contexto, destacam-se a produção
latifundiários com intuito de pagar dívidas geralmente de soja, a carne para exportação e também a cana-de-
geradas em empréstimos bancários, como são muito -açúcar, em razão do aumento da necessidade nacional
pequenas e o nível tecnológico é restrito diversas ve- e internacional por etanol.
zes não alcançam uma boa produtividade e os custos Na região Sul do país, a produção agrícola é carac-
são elevados, dessa forma, não conseguem competir no terizada pela ocupação histórica de grupos imigrantes
mercado, ou seja, não obtêm lucros. Esse processo fa- europeus, pela expansão da soja voltada para a exporta-
vorece o sistema migratório do campo para a cidade, ção nos últimos decênios e pela intensiva modernização
chamado de êxodo rural. agrícola. Essa configuração é preponderante no oeste
A problemática referente à distribuição da terra no do Paraná e de Santa Catarina, além do norte do Rio
Brasil é produto histórico, resultado do modo como no Grande do sul. Além da soja, cultivam-se também, em
passado ocorreu a posse de terras ou como foram con- larga escala, o milho, a cana-de-açúcar e o algodão. Na
cedidas. pecuária, a maior parte da produção é a de carne de
A distribuição teve início ainda no período colonial porco e de aves.
com a criação das capitanias hereditárias e sesmarias, Na região Sudeste, assim como na região sul, a me-
caracterizada pela entrega da terra pelo dono da capita- canização e produção com base em procedimentos in-
nia a quem fosse de seu interesse ou vontade, em suma, tensivos de alta tecnologia são predominantes. Embora
como no passado a divisão de terras foi desigual os re- seja essa a região em que a agricultura encontra-se mais
flexos são percebidos na atualidade e é uma questão ex- completamente subordinada à indústria, destacam-se os
tremamente polêmica e que divide opiniões. altos índices de produtividade e uso do solo. Por outro
lado, com a maior presença de maquinários, a geração
Agricultura no Brasil atual de empregos é limitada e, quando muito, gerada nas
Atualmente, a agricultura no Brasil é marcada pelo agroindústrias. As principais culturas cultivadas são o
processo de mecanização e expansão das atividades em café, a cana-de-açúcar e a fruticultura, com ênfase para
GEOGRAFIA

direção à região Norte. os laranjais.


A atividade do setor agrícola é uma das mais impor-
tantes da economia brasileira, pois, embora componha
pouco mais de 5% do PIB brasileiro na atualidade, é

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da são de caráter extensivo e de baixa tecnologia, com
ênfase na pecuária primitiva, na soja em expansão e em
outros produtos, que passam a competir com o extrativis-
mo vegetal existente.

Produção cafeeira em Alfenas, Minas Gerais

Na região Nordeste, por sua vez, encontra-se uma


relativa pluralidade. Na Zona da Mata, mais úmida, pre-
domina o cultivo das plantations, presente desde tempos
coloniais, com destaque novamente para a cana, voltada
atualmente para a produção de álcool e também de açúcar.
Nas áreas semiáridas, ressalta-se a presença da agricultura
familiar e também de algumas zonas com uma produção Pecuária extensiva na área de expansão agrícola da região
mais mecanizada. O principal cultivo é o de frutas, como o Norte
melão, a uva, a manga e o abacaxi. Além disso, a agricul-
tura de subsistência também possui um importante papel.
Já a região Centro-Oeste é a área em que mais se ex- As relações de trabalho no campo
pande o cultivo pela produção mecanizada, que se expan-
de em direção à Amazônia e vem pressionando a expan- Diminuição do sistema de parceria:
são da fronteira agrícola para o norte do país. A Revolução Com a capitalização do campo, as relações de traba-
Verde, no século passado, foi a principal responsável pela lho tradicionais vão desaparecendo porque são substituí-
ocupação dos solos do Cerrado nessa região, pois permi- das pelo trabalho assalariado, ou porque o proprietário
tiu o cultivo de diversas culturas em seus solos de elevada prefere deixar a terra ociosa á espera de valorização.
acidez. O principal produto é a soja, também voltada para
o mercado externo. Expansão de um regime associativo:
Com a capitalização do campo, as relações de traba-
lho tradicionais tendiam a desaparecer mais, porque são
substituídas pelo trabalho assalariado, no entanto, para
diminuir custo e encargos, as grandes empresas desen-
volveram uma nova forma de trabalhar no campo, incen-
tivando o pequeno e o médio produtor a produzir para
eles.

 Agricultura Familiar x  Agricultura  Comercial


A produção agrícola no Brasil está organizada basica-
mente em dois modelos. A agricultura familiar representa
boa parte do estabelecimento agrícolas brasileiros, e se
dedica basicamente à produção de alimentos que abas-
tecem o mercado interno. Nesse tipo de agricultura, as
técnicas empregadas são em geral rudimentares, ou seja,
sem um elevado grau tecnológico. São utilizadas técnicas
que não contribuem para elevada produtividade, como
por exemplo as queimadas, ou mesmo a rotação de cul-
Produção mecanizada de soja no Mato Grosso turas e pousio. Esse agricultores contam com o apoio de
programas de acesso ao crédito, como o “Pronaf”, contu-
Por fim, a região Norte é caracterizada por receber, do ainda tem dificuldades na aquisição dos insumos agrí-
atualmente, as principais frentes de expansão, vindas do colas, como fertilizantes e maquinário.
Nordeste e do Centro-Oeste. A região do “matopiba” Por outro lado, a agricultura comercial, também co-
(Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por exemplo, é a nhecida como agronegócio, baseia-se na produção em
GEOGRAFIA

área onde a pressão pela expansão das atividades agrá- larga escala das chamadas COMMODITIES agrícolas,
rias ocorre mais intensamente, o que torna a região Nor- principalmente de grãos como a soja, milho e café. Esses
te como o futuro centro de crescimento do agronegócio produtos tem grande demanda mundial, e tem seus valo-
brasileiro. As atividades mais praticadas nessa região ain- res definidos por ela. São produzidos em grandes exten-

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sões de terra, uma vez que a abundância delas no Brasil reduz seu valor. Como esses agricultores detêm elevado poder
econômico ocorre a aquisição de largas faixas do território brasileiro, com destaque para as regiões Centro-Oeste e mais
recentemente Norte e Nordeste (oeste da Bahia, Tocantins, Piauí e Maranhão).
Em termos de tecnologia, a agricultura comercial faz uso intensivo de maquinário,  fertilizantes químicos, pesticidas,
ou mesmo organismos geneticamente alterados (OGM`s).  O emprego da tecnologia garante a esses produtores agríco-
las grande eficiência na produção, o que também repercute em lucros elevados.  As lavouras também são restritas a um
único tipo de cultivo, as chamadas “monoculturas de exportação”. É importante destacar que essas lavouras respondem
por 22% do PIB brasileiro e que promovem crescimento econômico também no setor secundário, por meio da produção
de máquinas e equipamentos utilizados no plantio/colheita, bem como no setor terciário, uma vez que dependem do
armazenamento, transporte e comércio de sua produção.
Em resumo, enquanto a agricultura familiar é marcada pela diversidade de cultivos, a agricultura comercial está dire-
tamente a atrelada a elevada produção de apenas um gênero agrícola.

A Geografia dos conflitos fundiários no Brasil


 Os conflitos fundiários são disputas pela posse da terra presentes ao longo de toda a história brasileira. Eles estão
ligados basicamente a grande abundância desse fator produtivo (a terra), aliada aos processos concentradores, bem
como a consolidação de um cenário de grande desigualdade social no campo. Em 1850, a promulgação da Lei de Terras,
estabeleceu a compra como único meio de obtenção desse importante recurso produtivo. Dessa forma, as elites agrárias
foram beneficiadas, dado que elas dispunham do poder econômico, o que lhes conferiu grande vantagem na aquisição de
vastas áreas. Ao mesmo tempo, os pequenos agricultores, destituídos do poder econômico (e também político), acabaram
por se manter a margem da aquisição de terras.

GEOGRAFIA

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Se considerarmos os valores do êxodo rural a partir
Os resultados da Lei de Terras associados a outros
do número de migrantes em relação ao tamanho total
fatos históricos, repercutem nos dias atuais. No entan-
da população residente no campo no Brasil, temos que,
to, há uma nítida concentração das disputas que envol-
entre 2000 e 2010, a taxa de êxodo rural foi de 17,6%, um
vem a terra na região de expansão da fronteira agrí-
número bem menor do que o da década anterior: 25,1%.
cola, basicamente na região Norte do país. Entende-se
Na década de 1980, essa taxa era de 26,42% e, na déca-
como fronteira agrícola, as áreas incorporadas pela agro-
da de 1970, era de 30,02%. Portanto, nota-se claramente
pecuária ao longo do século XX. Ao final dos ano 1940,
a tendência de desaceleração, ao passo que as regiões
a elevação dos preços da terra na região Sudeste e Sul,
Centro-Oeste e Norte, até mesmo, apresentam um pe-
associada à necessidade de expansão das lavouras, mo-
queno crescimento no número de habitantes do campo.
tivou a abertura de novas faixas produtivas no território
Os principais fatores responsáveis pela queda do êxo-
brasileiro. Elas se concentraram, inicialmente, ao norte do
do rural no Brasil são: a quantidade já escassa de tra-
estado do Paraná, e na porção sul do atual Mato Gros-
balhadores rurais no país, exceto o Nordeste, que ainda
so do Sul. A baixa aptidão agrícola dos solos do Cerra-
possui uma relativa reserva de migrantes; e os investi-
do,  típicos da região Centro-Oeste do Brasil, foi resol-
mentos, mesmo que tímidos, para os pequenos produto-
vida por meio da biotecnologia utilizada pela Empresa
res e agricultores familiares. Existem, dessa forma, vários
Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA), que
desenvolveu sementes  adaptadas às restrições pedoló- programas sociais do governo para garantir que as pes-
gicas. Simultaneamente, o governo brasileiro, por meio soas encontrem melhores condições de vida no campo,
de incentivos fiscais (descontos e isenções de impostos) embora esses investimentos não sejam considerados tão
na compra da terra, estimulou o avanço da agropecuá- expressivos.
ria para a fronteira agrícola. Contudo, a medida que a Entre os efeitos do êxodo rural no Brasil, podemos
agropecuária se consolidava nessa porção do território destacar:
brasileiro, as empresas agrícolas, detentoras de capital, e – Aceleração da urbanização, que ocorreu concentra-
tecnologia de ponta, passaram a se estabelecer no espa- da, sobretudo, nas grandes metrópoles do país, sobre-
ço antes ocupados por pequenos e médios agricultores. tudo as da região sudeste ao longo do século XX. Essa
concentração ocorreu, principalmente, porque o êxodo
Êxodo rural rural foi acompanhado de uma migração interna no país,
em direção aos polos de maiores atratividades econômi-
O êxodo rural corresponde ao processo de migração cas e com mais acentuada industrialização;
em massa da população do campo para as cidades, fe- – Expansão desmedida das periferias urbanas, com a
nômeno que costuma ocorrer em um período de tempo formação de habitações irregulares e o crescimento das
considerado curto, como o prazo de algumas décadas. favelas em várias metrópoles do país;
Trata-se de um elemento diretamente associado a várias – Aumento do desemprego e do emprego informal:
dinâmicas socioespaciais, tais como a urbanização, a in- o êxodo rural, acompanhado do crescimento das cida-
dustrialização, a concentração fundiária e a mecanização des, propiciou o aumento do setor terciário e também
do campo. do campo de atuação informal, gerando uma maior pre-
Um dos maiores exemplos de como essa questão carização das condições de vida dos trabalhadores. Além
costuma gerar efeitos no processo de produção do espa- disso, com um maior exército de trabalhadores de reserva
ço pode ser visualizado quando analisamos a conjuntura nas cidades, houve uma maior elevação do desemprego;
do êxodo rural no Brasil. Sua ocorrência foi a grande – Formação de vazios demográficos no campo: em
responsável pela aceleração do processo de urbanização regiões como o Sudeste, o Sul e, principalmente, o Cen-
em curso no país, que aconteceu mais por valores repul- tro-Oeste, formaram-se verdadeiros vazios demográficos
sivos do que atrativos, isto é, mais pela saída de pessoas no campo, com densidades demográficas praticamente
do campo do que pelo grau de atratividade social e fi- nulas em várias áreas.
nanceira das cidades brasileiras.
O êxodo rural no Brasil ocorreu, de forma mais inten- Já entre as causas do êxodo rural no Brasil, é pos-
sa, em apenas duas décadas: entre 1960 e 1980, man- sível citar:
tendo patamares relativamente elevados nas décadas se- – Concentração da produção do campo, na medida
guintes e perdendo força total na entrada dos anos 2000. em que a menor disponibilidade de terras proporciona
Segundo estudos publicados pela Embrapa (Empresa maior mobilidade da população rural de média e baixa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o êxodo rural, nas renda;
duas primeiras décadas citadas, contribuiu com quase – Mecanização do campo, com a substituição dos
20% de toda a urbanização do país, passando para 3,5% trabalhadores rurais por maquinários, gerando menos
entre os anos 2000 e 2010.¹ empregos no setor primário e forçando a saída da popu-
De acordo com o Censo Demográfico de 2010 divul- lação do campo para as cidades;
gado pelo IBGE, o êxodo rural é, realmente, desacelerado – Fatores atrativos oferecidos pelas cidades, como
nos tempos atuais. Em comparação com o Censo anterior mais empregos nos setores secundário e terciário, o que
GEOGRAFIA

(2000), quando a taxa de migração campo-cidade por foi possível graças ao rápido – porém tardio – processo
ano era de 1,31%, a última amostra registrou uma queda de industrialização vivido pelo país na segunda metade
para 0,65%. Esses números consideraram as porcenta- do século XX.
gens em relação a toda a população brasileira.

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Agronegócio e a produção agropecuária brasileira terísticas levam os líderes dos Estados Unidos e da União
O agronegócio, que atualmente recebe o nome de Europeia a conduzir sua produção agrícola de modo
agrobusiness (agronegócios em inglês), corresponde à subsidiado pelos seus respectivos governos, esses criam
junção de diversas atividades produtivas que estão dire- medidas protecionistas (barreiras alfandegárias, impe-
tamente ligadas à produção e subprodução de produtos dimento de importação de produtos de bens agrícolas)
derivados da agricultura e pecuária. para preservar as atividades de seus produtores.
Quando se fala em agronegócio é comum associar Em suma, o agronegócio ocupa um lugar de destaque
somente a produção in natura, como grãos e leite, por na economia mundial, principalmente nos países sub-
exemplo, no entanto esse segmento produtivo é muito desenvolvidos ou em desenvolvimento, pois garante o
mais abrangente, pois existe um grande número de par- sustento alimentar das pessoas e sua manutenção, além
ticipantes nesse processo. disso, contribui para o crescimento da exportação e do
O agronegócio deve ser entendido como um proces- país que o executa.
so, na produção agropecuária intensiva é utilizado uma
série de tecnologias e biotecnologias para alcançar níveis
elevados de produtividade, para isso é necessário que al- O ESPAÇO AGROPECUÁRIO. COMÉRCIO,
guém ou uma empresa forneça tais elementos. TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. O
Diante disso, podemos citar vários setores da eco- ESPAÇO URBANO. AS RELAÇÕES DO
nomia que faz parte do agronegócio, como bancos que BRASIL COM O MUNDO: O BRASIL NO
fornecem créditos, indústria de insumos agrícolas (fer- MERCOSUL.
tilizantes, herbicidas, inseticidas, sementes selecionadas
para plantio entre outros), indústria de tratores e peças,
lojas veterinárias e laboratórios que fornecem vacinas e A agropecuária consiste no conjunto de atividades
rações para a pecuária de corte e leiteira, isso na primeira primárias, estando diretamente associada ao cultivo de
etapa produtiva. plantas (agricultura) e à criação de animais (pecuária)
Posteriormente a esse processo são agregados no- para o consumo humano ou para o fornecimento de
vos integrantes do agronegócio que correspondem às matérias-primas na fabricação de roupas, medicamen-
agroindústrias responsáveis pelo processamento da ma- tos, biocombustíveis, produtos de beleza, entre outros.
téria-prima oriunda da agropecuária. Esse segmento da economia é um dos elementos que
A agroindústria realiza a transformação dos produtos compõem o Produto Interno Bruto (PIB) de um deter-
primários da agropecuária em subprodutos que podem minado lugar.
inserir na produção de alimentos, como os frigoríficos,
indústria de enlatados, laticínios, indústria de couro, bio- Essa atividade é exercida há milhares de anos, sendo
combustíveis, produção têxtil entre muitos outros. de fundamental importância para a sobrevivência huma-
A produção agropecuária está diretamente ligada aos na, pois é através dela que se obtém alimento. O desen-
alimentos, processados ou não, que fazem parte do nos- volvimento de técnicas proporcionou (e ainda proporcio-
so cotidiano, porém essa produção é mais complexa, isso na) muitas transformações na estrutura da agropecuária,
por que muitos dos itens que compõe nossa vida são fato notório ao analisarmos a evolução dos métodos de
oriundos dessa atividade produtiva, madeira dos móveis, cultivo e de criação de animais ao longo dos anos.
as roupas de algodão, essência dos sabonetes e grande
parte dos remédios têm origem nos agronegócios. Apesar da evolução tecnológica, muitas propriedades
A partir de 1970, o Brasil vivenciou um aumento no continuam utilizando métodos tradicionais de cultivo e
setor agroindustrial, especialmente no processamento de de criação de rebanhos, sobretudo nos países subdesen-
café, soja, laranja e cana-de-açúcar e também criação de volvidos, onde há pouco investimento na mecanização
animais, principais produtos da época. das atividades rurais. Nesse sentido, surgiu uma classi-
A agroindústria, que corresponde à fusão entre a ficação dos sistemas agropecuários: sistema extensivo,
produção agropecuária e a indústria, possui uma inter- sistema intensivo de mão de obra e sistema intensivo.
dependência com relação a diversos ramos da indústria, - Sistema extensivo: se caracteriza pela ausência de
pois necessitam de embalagens, insumos agrícolas, irri- tecnologia e por uma baixa produtividade. Esse
gação, máquinas e implementos. sistema é praticado por agricultores que utilizam a
Esse conjunto de interações dá à atividade alto grau queimada como forma de preparo do solo e mão
de importância econômica para o país, no ano de 1999 de obra familiar. A pecuária é desenvolvida em
somente a agropecuária respondeu por 9% do PIB do grandes áreas, onde o rebanho fica solto no pasto
Brasil, entretanto, se enquadrarmos todas as atividades e procura seu próprio alimento.
(comercial, financeira e serviços envolvidos) ligadas ao - Sistema intensivo de mão de obra: praticado em
setor de agronegócios esse percentual se eleva de for- regiões subdesenvolvidas, esse sistema apresenta
ma significativa com a participação da agroindústria para características similares ao sistema extensivo (pou-
aproximadamente 40% do PIB total. ca ou nenhuma mecanização, não há seleção de
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Esse processo também ocorre nos países centrais, sementes, métodos tradicionais de cultivo e de
nos quais a agropecuária responde, em média, por 3% pastoreio, etc.). No entanto, esse sistema utiliza
do Produto Interno Bruto (PIB), mas os agronegócios ou muitos trabalhadores, não se limitando à mão de
agrobusiness representam um terço do PIB. Essas carac- obra familiar.

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- Sistema intensivo: altamente mecanizado, adequa- Na era moderna, podemos dizer que o processo de
ção do solo para determinado plantio, beneficia- crescimento do espaço urbano ocorre por dois argumen-
mento de sementes, utilização de fertilizantes, tos de elementos principais, os fatores atrativos e os fa-
implementos agrícolas, confinamento do reba- tores repulsivos.
nho, entre outros elementos que contribuem para Por fatores atrativos entende-se o crescimento das
intensificar a produtividade e a lucratividade dos cidades a partir dos supostos benefícios que elas ofe-
proprietários. Exige pouca mão de obra e muito recem, principalmente aqueles relativos ao crescimento
aparato tecnológico. Esse sistema é praticado, prin- industrial, em que boa parte da população do campo é
cipalmente, em regiões desenvolvidas. atraída pela oferta de mão de obra, e às possibilidades
de crescimento e emancipação sociais. Esses elementos
Fonte:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geo- foram predominantes em países hoje considerados de-
grafia/agropecuaria-5.htm senvolvidos, que passaram pelo processo de industriali-
zação clássica. Entre as cidades, podemos citar os casos
O Espaço Urbano pode ser definido como o espaço de Londres, Nova York, Paris e outras.
Por fatores repulsivos entende-se o crescimento das
das cidades, o conjunto de atividades que ocorrem em
cidades em função da saída dos trabalhadores do cam-
uma mesma integração local, com a justaposição de ca-
po, em face da mecanização da produção agrícola ou da
sas e edifícios, atividades e práticas econômicas, sociais e
concentração fundiária. A urbanização causada por fato-
culturais. O espaço da cidade é, dessa forma, uma paisa- res repulsivos costuma ser mais acelerada e revela uma
gem representativa do espaço geográfico, um território maior quantidade de problemas sociais, sendo caracte-
das práticas políticas e um lugar das visões de mundo e rística dos países subdesenvolvidos. Entre as cidades, po-
mediações culturais. demos citar os casos de São Paulo, Rio de Janeiro, Cidade
No entanto, é preciso estabelecer uma distinção en- do México, entre outras.
tre o urbano e as cidades. Existem cidades, por exemplo, Assim, através dos fatores atrativos e repulsivos,
que não são consideradas urbanas, por possuírem uma podemos perceber que o espaço urbano cresce, princi-
pequena quantidade de habitantes e uma baixa dinâmica palmente, com a migração do tipo campo-cidade que,
econômica. Para o IBGE, cidades com menos de 20 mil ha- quando ocorre em massa, é chamada de êxodo rural.
bitantes são consideradas como espaço rural. Além disso, Quando esse processo proporciona um crescimento de-
no meio agrário, evidenciam-se algumas práticas e carac- sordenado das cidades, ou seja, quando esse crescimento
terísticas do espaço urbano, o que nos leva a crer que o foge do controle do Estado e dos governos, observa-se
urbano transcende (vai além) do espaço das cidades. a emergência de graves problemas sociais urbanos, dos
Nesse ínterim, podemos dizer que o espaço urbano quais destacam-se: a favelização, ocupações irregulares,
é economicamente produzido, mas socialmente viven- índices de miséria, violência e muitos outros.
ciado, ou seja, apropriado e transformado com base em Além de problemas sociais, a urbanização acelerada
ações racionais e também afetivas. pode evidenciar a emergência de problemas ambientais
O geógrafo brasileiro Roberto Lobato Corrêa afirma, urbanos, dentre eles, merecem destaque as ilhas de calor,
em várias de suas obras, que o espaço urbano é fragmen- as chuvas ácidas e a inversão térmica.
tado, articulado; é também o condicionante das ações so-
ciais e o reflexo destas, em uma interação dialética. Além Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geo-
disso, segundo o mesmo autor, ele pode ser compreendi- grafia/o-que-e-espaco-urbano.htm
do como um conjunto de símbolos e como um campo de
lutas, principalmente envolvendo as classes sociais. O BRASIL NO MERCOSUL

1 – INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento das técnicas, o homem pas-
sou a viver em sociedade e, assim, passou a construir as
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é a união
suas cidades, os seus espaços de moradia. As mais antigas
aduaneira composta por quatro países-membros - Ar-
cidades datam de cerca de 9.000 a.C., que é o caso das gentina, Paraguai, Uruguai e Brasil - e um país em pro-
cidades de Jericó (Palestina) e de Damasco (na Síria). No cesso de adesão, a Venezuela.
entanto, durante a maior parte da história da humanida- O embrião do processo integrador na América Latina
de, a população foi majoritariamente rural. remonta aos anos 60 do século XX, quando foi criada a
Dessa forma, com o desenvolvimento das relações ALALC (Associação Latino Americana de Livre Comércio)
industriais, o processo de urbanização – crescimento do e aos anos 80, quando surgiu a ALADI (Associação Latino
espaço urbano em relação ao espaço rural – passou a ser Americana de Integração). Nesta década, Brasil e Argen-
a principal representação da modernidade. Assim, temos tina iniciam conversações e assinam acordos bilaterais
a evidência de como a industrialização interfere e acentua (Declaração de Iguaçu – 1985 e o Tratado de Integração,
o processo de urbanização. Cooperação e Desenvolvimento – 1988) visando incre-
Antes da Primeira Revolução Industrial, cerca de 90% mentar o comércio entre si e criar um mercado maior,
da população das diferentes sociedades era rural. Atual- aberto aos países que quisessem dele participar.
GEOGRAFIA

mente, com a Terceira Revolução Industrial em curso, a Diante disso, Paraguai e Uruguai passam a integrar
humanidade atingiu pela primeira vez a maioria urbana, o grupo em 1991 a partir da assinatura do Tratado de
segundo dados de 2010 da Organização das Nações Assunção, criando assim o MERCOSUL (Mercado Comum
Unidas. do Sul).

18
Alguns outros países participam do bloco na qua- Pelo lado brasileiro, algumas políticas são realizadas
lidade de estados associados como Bolívia, Chile, Peru, com a finalidade de reduzir essas assimetrias, tais como
Colômbia e Equador. O “status” de estados associados investimentos em outros países do bloco e empréstimos
confere aos mesmos o direito de participarem de reu- e financiamentos de bancos de desenvolvimento (BN-
niões do MERCOSUL como convidados e de assinarem DES) a atividades produtivas nos países menos favoreci-
tratados onde haja interesses comuns. Para ser consi- dos. Isso pode parecer, à primeira vista, um benefício de
derado um associado, o país deverá assinar acordos de mão-única, mas na verdade rende frutos como:
complementação econômica e obedecer a um cronogra- - Juros dos empréstimos e financiamentos realizados;
ma para redução de tarifas e criação de uma zona de livre - Fornecimento de equipamentos e matérias-primas
comércio com o bloco econômico. para equipar o novo parque produtivo;
- Geração de renda nos países, o que estimulará a
2- ESTRUTURA E OBJETIVOS DO MERCOSUL demanda por produtos brasileiros;
- Possibilidade da venda de novos bens compatíveis
A estrutura funcional do MERCOSUL é formada por com o novo padrão de produção no Uruguai e no
diversos órgãos como: Paraguai.
- Conselho de Mercado Comum, responsável pela po-
lítica de integração do bloco e representada pelos 4- O BRASIL NO MERCOSUL
chanceleres e ministros da fazenda dos estados-
-membros. O papel do Brasil no MERCOSUL é, portanto, cada vez
- Grupo de Mercado Comum, responsável pelos acor- mais integrador. Contudo, é incontestável sua posição de
dos e tratados para implementação das políticas líder, em função de suas características econômicas, po-
econômicas e comerciais entre os países. pulacionais, geográficas etc. É importante perceber que a
- Comissão de Comércio, órgão técnico que assessora posição de líder aumenta a responsabilidade do Brasil na
o Grupo de Mercado Comum nas suas decisões. condução e na sobrevivência do MERCOSUL.
Aliado à característica integradora, o Brasil, a partir
Além disso, possui uma secretaria geral, sediada em do MERCOSUL, demarca definitivamente a América do
Montevidéu e uma Comissão Parlamentar Conjunta. Sul como sua área de influência político-econômica. Re-
Os objetivos do MERCOSUL são bastante ambicio- força, ainda, a posição a favor do multilateralismo para
sos, abrangendo áreas relacionadas não somente à eco- fazer frente à posição norte-americana e à tentativa de
nomia, mas também à cultura, educação, deslocamentos implementação da ALCA (ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO
populacionais, trabalhista, entre outros. DAS AMÉRICAS).

3- O MERCOSUL NO CENÁRIO MUNDIAL Fonte:http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_


link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11029&revista_
Economicamente o bloco se situa como o terceiro caderno=19
maior, atrás do NAFTA e da UE, sendo o seu Produto In-
terno Bruto (PIB) de aproximadamente US$ 3,0 trilhões,
mensurados a partir da paridade do poder compra. Des-
ses, o Brasil se apresenta como a maior economia, sendo
responsável por 70% do PIB gerado.
Essa supremacia pode resultar em problemas, uma
vez que as economias mais fortes geralmente acabam
por ter maiores vantagens no relacionamento comercial
e se impõem naturalmente no mercado de outros países.
Os problemas intrabloco acabam acontecendo por
conta das assimetrias econômicas e de desenvolvimento.
Para que se tenha uma ideia, o comércio entre Brasil e Ar-
gentina, as duas maiores economias do bloco é cerca de
15 vezes maior que o comércio entre Paraguai e Uruguai,
as economias mais fracas. Além disso, o valor agrega-
do das mercadorias exportadas por Brasil e Argentina é
maior, auxiliando, assim, na geração de crescentes supe-
rávits em favor desses países.
No confronto Brasil e Uruguai ou Brasil e Paraguai,
assim como a Argentina com os mesmos países, os dois
maiores integrantes do bloco têm registrado superávits
crescentes em suas balanças comerciais, gerando de-
sequilíbrios. O poder que Uruguai e Paraguai possuem
GEOGRAFIA

de colocar suas mercadorias nos mercados brasileiro e


argentino é muito menor do que o poder que Brasil e
Argentina têm de atingir os mercados uruguaio e para-
guaio.

19
Na representação cartográfica, símbolos como os apresen-
tados acima são adequados para a composição da
HORA DE PRATICAR!
a) escala numérica
1. (CESPE/2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA/PE) No que se b) legenda
refere ao objeto de estudo da hidrologia, assinale a op- c) escala gráfica
ção correta. d) projeção
e) orientação
a) A vazão dos canais e o nível dos reservatórios são ava-
liados pelo escoamento do lençol freático. 6. (IBF/2017 – IFB) Há diversas formações vegetais em
b) Nos estudos de interceptação natural, avalia-se o es- nosso planeta, as quais apresentam características, desde
formações florestais muito densas, como outras de menor
coamento que ocorre de forma espontânea sobre a
densidade e diversidade de espécies. Este tipo é bastante
superfície de uma bacia hidrográfica.
usado como pastagem, apresentando um solo muito fértil.
c) A geomorfologia é a área da hidrologia que está relacio- Este tipo de formação vegetal é:
nada à análise das características da qualidade da água.
d) A hidrometeorologia corresponde ao estudo das ca- a) Estepes 
racterísticas da água na atmosfera. b) Savana 
e) Os estudos de escoamento superficial são relativos à c) Mediterrânea 
observação qualitativa da vazão dos cursos de água. d) Floresta boreal
e) Pradarias 
2. (IDECAN/2016 – SEARH/RN) Por sua dimensão conti-
nental, todas as massas de ar responsáveis pelas condições 7. (IFB/2017 – IFB) Nas últimas décadas, as questões am-
climáticas na América do Sul atuam no Brasil direta ou indi- bientais vêm ganhando peso nas preocupações mundiais.
retamente. A relação correta entre a massa de ar e as suas As relações entre o modelo de desenvolvimento econômico
respectivas características pode ser encontrada em: e o meio ambiente vêm sendo profundamente questiona-
das. Julgue abaixo os questionamentos a este respeito, as-
a) Tropical Atlântica (mTa) – fria e seca.   sinalando (V) para os VERDADEIROS e (F) para os FALSOS.
b) Polar Atlântica (mPa) – quente e seca. 
c) Equatorial Continental (mEc) – fria e seca. ( ) As ideias associadas ao modelo de desenvolvimento
econômico hegemônico são a da modernização e progres-
d) Equatorial Atlântica (mEa) – quente e úmida.
so, que creem e professam um caminho evolutivo a seguir,
tendo como referencial de sociedade “desenvolvida” aque-
3. (CESPE/2015 – CESPE) Os processos erosivos que la que está no centro do sistema capitalista.
ocorrem na superfície da Terra envolvem transporte e se- ( ) Os diferentes espaços urbano e rural direcionam-se para a
dimentação de materiais. Acerca desse assunto, julgue o formação das sociedades modernas, mercadologizadas tan-
item a seguir. to em escala regional, quanto em escalas nacional e global,
Estratificações cruzadas são encontradas tipicamente em impulsionados por um modelo desenvolvimentista, com ca-
depósitos sedimentares eólicos ou fluviais. racterísticas inerentes de preservação ambiental.
( ) O modelo de desenvolvimento econômico hegemônico
( ) CERTO ( ) ERRADO prima pelos interesses privados (econômicos) frente aos
bens coletivos (meio ambiente).
4. (CESPE/2015 – MEC) Acerca da energia eólica, que é a ( ) A ideia de desenvolvimento econômico hegemônico
denominação da energia cinética contida nas massas de consubstancia-se em uma visão antropocêntrica de mun-
ar em movimento, julgue o item subsequente. do, gerador de fortes impactos socioambientais.
O aproveitamento da energia eólica ocorre por meio da ( ) A crítica mais comum à sociedade de consumo, repre-
conversão da energia cinética de translação em energia sentante e representada pelo modelo de desenvolvimento
cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas. hegemônico, é que essa sociedade está imersa em um pro-
cesso de massificação cultural.
( ) CERTO ( ) ERRADO
A sequência dos questionamentos é:
5. (CESGRANRIO/2016 – IBGE) a) F, F, V, V, F
b) V, F, F, V, F
c) V, V, F, F, V
d) V, F, V, V, V
e) F, V, F, V, V

8. (CESPE/2015 – MPOG) A afirmação “o aquecimento


global deverá elevar a temperatura média da superfície
GEOGRAFIA

da Terra em até cinco graus Celsius nos próximos anos”


Disponível em:<http://blog.arletemeneguette.zip.net/images/pictori- está relacionada ao conceito de clima.
cos.JPG>. Acesso em: 30 maio 2016.
( ) CERTO ( ) ERRADO

20
ANOTAÇÕES
GABARITO

1 E ________________________________________________
2 D _________________________________________________
3 CERTO _________________________________________________
4 CERTO
_________________________________________________
5 B
6 E _________________________________________________
7 D _________________________________________________
8 CERTO
_________________________________________________

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GEOGRAFIA

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21
ANOTAÇÕES

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GEOGRAFIA

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22
ÍNDICE

NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA


MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de
arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos MS-Office 2010.............01
MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas,
marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices,
inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto...................................................................................................................................09
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas
e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e
numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados...............................................................................................17
MSPowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés,
noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e
transição entre slides.............................................................................................................................................................................................................29
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos...............................................37
Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas.............................................................41
“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7,
MS-WINDOWS 7: CONCEITO DE PAS- você precisará de um processador capaz de executar
TAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATA- uma versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um
LHOS, ÁREA DE TRABALHO, ÁREA DE sistema operacional de 64 bits ficam mais claros quan-
TRANSFERÊNCIA, MANIPULAÇÃO DE do você tem uma grande quantidade de RAM (memória
ARQUIVOS E PASTAS, USO DOS MENUS, de acesso aleatório) no computador, normalmente 4 GB
PROGRAMAS E APLICATIVOS, INTERA- ou mais. Nesses casos, como um sistema operacional de
ÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATI- 64 bits pode processar grandes quantidades de memó-
ria com mais eficácia do que um de 32 bits, o sistema
VOS MS-OFFICE 2010.
de 64 bits poderá responder melhor ao executar vários
programas ao mesmo tempo e alternar entre eles com
WINDOWS frequência”.
Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é
O Windows assim como tudo que envolve a informá- reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse
tica passa por uma atualização constante, os concursos caso, é possível instalar:
públicos em seus editais acabam variando em suas ver- - Sobre o Windows XP;
sões, por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto - Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista
as versões do Windows quanto do Linux. (Win Vista), também 32 bits;
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
software, um programa de computador desenvolvido por - Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
programadores através de códigos de programação. Os - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares, - Win 7 em um computador e formatar o HD duran-
são considerados como a parte lógica do computador, te a insta- lação;
uma parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada - Win 7 em um computador sem SO;
apenas quando o computador está em funcionamento. O
Sistema Operacional (SO) é um programa especial, pois é Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual
o primeiro a ser instalado na máquina. tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a
Quando montamos um computador e o ligamos pela chave do produto, que é um código que será solicitado
primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algu- durante a instalação.
mas rotinas presentes nos chipsets da máquina. Para uti- Vamos adotar a opção de instalação com formatação
lizarmos todos os recursos do computador, com toda a de disco rígido, segundo o site oficial da Microsoft Cor-
qualidade das placas de som, vídeo, rede, acessarmos a poration:
Internet e usufruirmos de toda a potencialidade do hard- - Ligue o seu computador, de forma que o Windows
ware, temos que instalar o SO. seja inicializado normalmente, insira do disco de
Após sua instalação é possível configurar as placas instalação do Windows 7 ou a unidade flash USB e
para que alcancem seu melhor desempenho e instalar desligue o seu computador.
os demais programas, como os softwares aplicativos e - Reinicie o computador.
utilitários. - Pressione qualquer tecla, quando solicitado a fazer
O SO gerencia o uso do hardware pelo software e ge- isso, e siga as instruções exibidas.
rencia os demais programas. - Na página de Instalação Windows, insira seu idio-
A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits ma ou outras preferências e clique em avançar.
e 64 bits está na forma em que o processador do com- - Se a página de Instalação Windows não aparecer
putador trabalha as informações. O Sistema Operacional e o programa não solicitar que você pressione al-
de 32 bits tem que ser instalado em um computador que guma tecla, talvez seja necessário alterar algumas
tenha o processador de 32 bits, assim como o de 64 bits configurações do sistema. Para obter mais infor-
tem que ser instalado em um computador de 64 bits. mações sobre como fazer isso, consulte. Inicie o
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, seu computador usando um disco de instalação do
segundo o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais Windows 7 ou um pen drive USB.
memória que as versões de 32 bits do Windows. “Isso - Na página Leia os termos de licença, se você acei-
ajuda a reduzir o tempo despendido na permuta de pro- tar os termos de licença, clique em aceito os ter-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

cessos para dentro e para fora da memória, pelo arma- mos de licença e em avançar.
zenamento de um número maior desses processos na - Na página que tipo de instalação você deseja? cli-
memória de acesso aleatório (RAM) em vez de fazê-lo que em Personalizada.
no disco rígido. Por outro lado, isso pode aumentar o - Na página onde deseja instalar Windows? clique
desempenho geral do programa”. em opções da unidade (avançada).
- Clique na partição que você quiser alterar, clique na
WINDOWS 7 opção de formatação desejada e siga as instruções.
- Quando a formatação terminar, clique em avançar.
Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta: - Siga as instruções para concluir a instalação do
1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito Windows 7, inclusive a nomenclatura do compu-
em computador e clique em Propriedades. tador e a configuração de uma conta do usuário
2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema. inicial.

1
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIA-
MENTO DE INFORMAÇÕES; ARQUIVOS, PASTAS E
PROGRAMAS.

Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar


arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos – são registros digitais criados e salvos por
meio de programas aplicativos. Por exemplo, quando
abrimos o Microsoft Word, digitamos uma carta e a sal-
vamos no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones – são imagens representativas associadas a
programas, arquivos, pastas ou atalhos.
Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais
curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
Figura 66: Tela da pasta criada
1. Criação de pastas (diretórios)
Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la
e agora criaremos mais duas pastas dentro dela:
Para criarmos as outras duas pastas, basta repetir o
procedimento: botão direito, Novo, Pasta.

2. Área de trabalho:

Figura 64: Criação de pastas


Figura 67: Área de Trabalho
#FicaDica A figura acima mostra a primeira tela que vemos
Clicando com o botão direito do mouse quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome
em um espaço vazio da área de trabalho de área de trabalho, pois a ideia original é que ela sir-
ou outro apropriado, podemos encontrar a va como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e
opção pasta. documentos para dar início ou continuidade ao trabalho.
Clicando nesta opção com o botão esquerdo Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra
do mouse, temos então uma forma prática de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:
de criar uma pasta.

Figura 68: Barra de tarefas

1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato


NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

com todos os outros programas instalados, programas


que fazem parte do sistema operacional e ambientes de
configuração e trabalho. Com um clique nesse botão,
abrimos uma lista, chamada Menu Iniciar, que contém
Figura 65: Criamos aqui uma pasta chamada “Traba- opções que nos permitem ver os programas mais aces-
lho”. sados, todos os outros programas instalados e os recur-
sos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de
acesso para todas as opções disponíveis no computador.
Por meio do botão Iniciar, também podemos:
- desligar o computador, procedimento que encerra
o Sistema Operacional corretamente, e desliga efe-
tivamente a máquina;

2
- colocar o computador em modo de espera, que
reduz o consumo de energia enquanto a máquina
estiver ociosa, ou seja, sem uso. Muito usado nos
casos em que vamos nos ausentar por um breve
período de tempo da frente do computador;
- reiniciar o computador, que desliga e liga automa-
ticamente o sistema. Usado após a instalação de
alguns programas que precisam da reinicialização
do sistema para efetivarem sua instalação, durante
congelamento de telas ou travamentos da máqui-
na.
- realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com
nome e senha de outro usuário, tendo assim um
ambiente com características diferentes para cada
Figura 70: Propriedades de data e hora
usuário do mesmo computador.
Nessa janela, é possível configurarmos a data e a hora,
determinarmos qual é o fuso horário da nossa região e
especificar se o relógio do computador está sincronizado
automaticamente com um servidor de horário na Inter-
net. Este relógio é atualizado pela bateria da placa mãe,
que vimos na figura 26. Quando ele começa a mostrar
um horário diferente do que realmente deveria mostrar,
na maioria das vezes, indica que a bateria da placa mãe
deve precisar ser trocada. Esse horário também é sincro-
nizado com o mesmo horário do SETUP.
Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo
usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, po-
demos clicar com o botão direito do mouse sobre eles e
depois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma
vez sobre o objeto desejado e depois pressionar o botão
delete, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão
para lixeira o que foi excluído, sendo possível a restaura-
ção, caso haja necessidade. Para restaurar, por exemplo,
um arquivo enviado para a lixeira, podemos, após abri-la,
restaurar o que desejarmos.

Figura 69: Menu Iniciar – Windows 7

Na figura acima temos o menu Iniciar, acessado com


um clique no botão Iniciar.
2) Ícones de inicialização rápida: São ícones coloca-
dos como atalhos na barra de tarefas para serem
acessados com facilidade.
3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de Figura 71: Restauração de arquivos enviados para a
idioma que está sendo usada pelo teclado. lixeira
4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones
são configurados para entrar em ação quando o A restauração de objetos enviados para a lixeira pode
computador é iniciado. Muitos deles ficam em exe- ser feita com um clique com o botão direito do mouse
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

cução o tempo todo no sistema, como é o caso sobre o item desejado e depois, outro clique com o es-
de ícones de programas antivírus que monitoram querdo em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente
constantemente o sistema para verificar se não há o arquivo para seu local de origem.
invasões ou vírus tentando ser executados.
5) Propriedades de data e hora: Além de mostrar o
relógio constantemente na sua tela, clicando duas #FicaDica
vezes, com o botão esquerdo do mouse nesse íco-
Outra forma de restaurar é usar a opção
ne, acessamos as Propriedades de data e hora.
“Restaurar este item”, após selecionar o
objeto.

3
Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho Na guia “Barra de Tarefas”, temos, entre outros:
muito grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira. - Bloquear a barra de tarefas – que impede que ela
Sempre que algo for ser excluído, aparecerá uma mensa- seja posicionada em outros cantos da tela que não seja o
gem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele inferior, ou seja, impede que seja arrastada com o botão
item para a Lixeira, ou avisando que o que foi selecionado esquerdo do mouse pressionado.
será permanentemente excluído. Outra forma de excluir - Ocultar automaticamente a barra de tarefas – ocul-
documentos ou pastas sem que eles fiquem armazenados ta (esconde) a barra de tarefas para proporcionar maior
na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete. aproveitamento da área da tela pelos programas abertos,
A barra de tarefas pode ser posicionada nos quatro e a exibe quando o mouse é posicionado no canto infe-
cantos da tela para proporcionar melhor visualização de rior do monitor.
outras janelas abertas. Para isso, basta pressionar o botão
esquerdo do mouse em um espaço vazio dessa barra e
com ele pressionado, arrastar a barra até o local desejado
(canto direito, superior, esquerdo ou inferior da tela).
Para alterar o local da Barra de Tarefas na tela, temos
que verificar se a opção “Bloquear a barra de tarefas” não
está marcada.

Figura 74: Guia Menu Iniciar e Personalizar Menu


Iniciar

Pela figura acima podemos notar que é possível a


aparência e comportamento de links e menus do menu
Iniciar.

Figura 72: Bloqueio da Barra de Tarefas

Propriedades da barra de tarefas e do menu iniciar: Por


meio do clique com o botão direito do mouse na barra de Figura 21: Barra de Ferramentas
tarefas e do esquerdo em “Propriedades”, podemos acessar
a janela “Propriedades da barra de tarefas e do menu iniciar”. 3. Painel de controle

O Painel de Controle é o local onde podemos alterar


configurações do Windows, como aparência, idioma, confi-
gurações de mouse e teclado, entre outras. Com ele é pos-
sível personalizar o computador às necessidades do usuário.
Para acessar o Painel de Controle, basta clicar no Bo-
tão Iniciar e depois em Painel de Controle. Nele encon-
tramos as seguintes opções:
- Sistema e Segurança: “Exibe e altera o status do
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

sistema e da segurança”, permite a realização de


backups e restauração das configurações do sis-
tema e de arquivos. Possui ferramentas que per-
mitem a atualização do Sistema Operacional, que
exibem a quantidade de memória RAM instalada
no computador e a velocidade do processador.
Oferece ainda, possibilidades de configuração de
Firewall para tornar o computador mais protegido.
- Rede e Internet: mostra o status da rede e possibili-
ta configurações de rede e Internet. É possível tam-
Figura 73: Propriedades da barra de
bém definir preferências para compartilhamento
tarefas e do menu iniciar
de arquivos e computadores.

4
- Hardware e Sons: é possível adicionar ou remover WINDOWS 8
hardwares como impressoras, por exemplo. Tam-
bém permite alterar sons do sistema, reproduzir É o sistema operacional da Microsoft que substituiu o
CDs automaticamente, configurar modo de eco- Windows 7 em tablets, computadores, notebooks, celu-
nomia de energia e atualizar drives de dispositivos lares, etc. Ele trouxe diversas mudanças, principalmente
instalados. no layout, que acabou surpreendendo milhares de usuá-
- Programas: através desta opção, podemos realizar rios acostumados com o antigo visual desse sistema.
a desinstalação de programas ou recursos do Win-
dows. A tela inicial completamente alterada foi a mudança
- Contas de Usuários e Segurança Familiar: aqui al- que mais impactou os usuários. Nela encontra-se todas
teramos senhas, criamos contas de usuários, deter- as aplicações do computador que ficavam no Menu Ini-
minamos configurações de acesso. ciar e também é possível visualizar previsão do tempo,
- Aparência: permite a configuração da aparência da cotação da bolsa, etc. O usuário tem que organizar as
área de trabalho, plano de fundo, proteção de tela, pequenas miniaturas que aparecem em sua tela inicial
menu iniciar e barra de tarefas. para ter acesso aos programas que mais utiliza.
- Relógio, Idioma e Região: usamos esta opção para Caso você fique perdido no novo sistema ou dentro
alterar data, hora, fuso horário, idioma, formatação de uma pasta, clique com o botão direito e irá aparecer
de números e moedas. um painel no rodapé da tela. Caso você esteja utilizando
- Facilidade de Acesso: permite adaptarmos o com- uma das pastas e não encontre algum comando, clique
putador às necessidades visuais, auditivas e moto- com o botão direito do mouse para que esse painel apa-
ras do usuário. reça.
A organização de tela do Windows 8 funciona como
3.1. Computador o antigo Menu Iniciar e consiste em um mosaico com
imagens animadas. Cada mosaico representa um aplica-
tivo que está instalado no computador. Os atalhos dessa
#FicaDica área de trabalho, que representam aplicativos de versões
anteriores, ficam com o nome na parte de cima e um pe-
Através do “Computador” podemos queno ícone na parte inferior. Novos mosaicos possuem
consultar e acessar unidades de disco e tamanhos diferentes, cores diferentes e são atualizados
outros dispositivos conectados ao nosso automaticamente.
computador. A tela pode ser customizada conforme a conveniência
do usuário. Alguns utilitários não aparecem nessa tela,
mas podem ser encontrados clicando com o botão direi-
Para acessá-lo, basta clicar no Botão Iniciar e em to do mouse em um espaço vazio da tela. Se deseja que
Computador. A janela a seguir será aberta: um desses aplicativos apareça na sua tela inicial, clique
com o botão direito sobre o ícone e vá para a opção Fixar
na Tela Inicial.

1. Charms Bar

O objetivo do Windows 8 é ter uma tela mais limpa


e esse recurso possibilita “esconder” algumas configura-
ções e aplicações. É uma barra localizada na lateral que
pode ser acessada colocando o mouse no canto direito e
inferior da tela ou clicando no atalho Tecla do Windows +
C. Essa função substitui a barra de ferramentas presente
no sistema e configurada de acordo com a página em
que você está.
Com a Charm Bar ativada, digite Personalizar na bus-
ca em configurações. Depois escolha a opção tela inicial
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 76: Computador e em seguida escolha a cor da tela. O usuário também


pode selecionar desenhos durante a personalização do
Observe que é possível visualizarmos as unidades de papel de parede.
disco, sua capacidade de armazenamento livre e usada.
Vemos também informações como o nome do computa- 2. Redimensionar as tiles
dor, a quantidade de memória e o processador instalado
na máquina. Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou-
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão di-
reito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser
destacar no computador.

5
3. Grupos de Aplicativos 10. Internet Explorer no Windows 8

Pode-se criar divisões e grupos para unir programas Se você clicar no quadrinho Internet Explorer da pá-
parecidos. Isso pode ser feito várias vezes e os grupos gina inicial, você terá acesso ao software sem a barra de
podem ser renomeados. ferramentas e menus.
WINDOWS 10
4. Visualizar as pastas
O Windows 10 é uma atualização do Windows 8 que
A interface do programas no computador podem ser veio para tentar manter o monopólio da Microsoft no
vistos de maneira horizontal com painéis dispostos lado mundo dos Sistemas Operacionais, uma das suas mis-
a lado. Para passar de um painel para outro é necessário sões é ficar com um visual mais de smart e touch.
usar a barra de rolagem que fica no rodapé.

5. Compartilhar e Receber

Comando utilizado para compartilhar conteúdo, en-


viar uma foto, etc. Tecle Windows + C, clique na opção
Compartilhar e depois escolha qual meio vai usar. Há
também a opção Dispositivo que é usada para receber
e enviar conteúdos de aparelhos conectados ao compu-
tador.

6. Alternar Tarefas

Com o atalho Alt + Tab, é possível mudar entre os Figura 77: Tela do Windows 10
programas abertos no desktop e os aplicativos novos do
SO. Com o atalho Windows + Tab é possível abrir uma O Windows 10 é disponibilizado nas seguintes ver-
lista na lateral esquerda que mostra os aplicativos mo- sões (com destaque para as duas primeiras):
dernos.
1. Windows 10
7. Telas Lado a Lado
É a versão de “entrada” do Windows 10, que possui a
Esse sistema operacional não trabalha com o concei-
maioria dos recursos do sistema. É voltada para Desktops
to de janelas, mas o usuário pode usar dois programas ao
e Laptops, incluindo o tablete Microsoft Surface 3.
mesmo tempo. É indicado para quem precisa acompanhar
o Facebook e o Twitter, pois ocupa ¼ da tela do compu-
2. Windows 10 Pro
tador.

8. Visualizar Imagens Além dos recursos da versão de entrada, fornece pro-


teção de dados avançada e criptografada com o BitLoc-
O sistema operacional agora faz com que cada vez ker, permite a hospedagem de uma Conexão de Área de
que você clica em uma figura, um programa específico Trabalho Remota em um computador, trabalhar com má-
abre e isso pode deixar seu sistema lento. Para alterar quinas virtuais, e permite o ingresso em um domínio para
isso é preciso ir em Programas – Programas Default – Se- realizar conexões a uma rede corporativa.
lecionar Windows Photo Viewer e marcar a caixa Set this
Program as Default. 3. Windows 10 Enterprise

9. Imagem e Senha Baseada na versão 10 Pro, é disponibilizada por meio


do Licenciamento por Volume, voltado a empresas.
O usuário pode utilizar uma imagem como senha ao
invés de escolher uma senha digitada. Para fazer isso, 4. Windows 10 Education
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

acesse a Charm Bar, selecione a opção Settings e logo


em seguida clique em More PC settings. Acesse a opção Baseada na versão Enterprise, é destinada a atender
Usuários e depois clique na opção “Criar uma senha com as necessidades do meio educacional. Também tem seu
imagem”. Em seguida, o computador pedirá para você método de distribuição baseado através da versão aca-
colocar sua senha e redirecionará para uma tela com um dêmica de licenciamento de volume.
pequeno texto e dando a opção para escolher uma foto.
Escolha uma imagem no seu computador e verifique se a 5. Windows 10 Mobile
imagem está correta clicando em “Use this Picture”. Você
terá que desenhar três formas em touch ou com o mou- Embora o Windows 10 tente vender seu nome fanta-
se: uma linha reta, um círculo e um ponto. Depois, finalize sia como um sistema operacional único, os smartphones
o processo e sua senha estará pronta. Na próxima vez, com o Windows 10 possuem uma versão específica do
repita os movimentos para acessar seu computador. sistema operacional compatível com tais dispositivos.

6
6. Windows 10 Mobile Enterprise 2. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) A instalação e
a atualização de programas na plataforma Linux a serem
Projetado para smartphones e tablets do setor cor- efetuadas com o comando aptget, podem ser acionadas
porativo. Também estará disponível através do Licencia- por meio das opções install e upgrade, respectivamente.
mento por Volume, oferecendo as mesmas vantagens do Em ambos os casos, é indispensável o uso do comando
Windows 10 Mobile com funcionalidades direcionadas sudo, ou equivalente, se o usuário não for administrador
para o mercado corporativo. do sistema.

7. Windows 10 IoT Core ( ) CERTO ( ) ERRADO

IoT vem da expressão “Internet das Coisas” (Internet Resposta: Errado.O comando para a atualização é
of Things). A Microsoft anunciou que haverá edições do “sudo apt-get upgrade”. O comando para instalar pa-
Windows 10 baseadas no Enterprise e Mobile Enterprise cotes é “sudo apt-get install nome_do_pacote”. O co-
destinados a dispositivos como caixas eletrônicos, ter- mando é “apt-get” e não “aptget”. O comando sudo
minais de autoatendimento, máquinas de atendimento realmente permite a usuários comuns obter privilégios
para o varejo e robôs industriais. Essa versão IoT Core de outro usuário como o administrador
será destinada para dispositivos pequenos e de baixo
custo. 3. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Em compu-
Para as versões mais populares (10 e 10 Pro), a Micro- tadores com sistema operacional Linux ou Windows, o
soft indica como requisitos básicos dos computadores: aumento da memória virtual possibilita a redução do
consumo de memória RAM em uso, o que permite exe-
• Processador de 1 Ghz ou superior; cutar, de forma paralela e distribuída, no computador,
• 1 GB de RAM (para 32bits); 2GB de RAM (para uma quantidade maior de programas.
64bits);
• Até 20GB de espaço disponível em disco rígido; ( ) CERTO ( ) ERRADO
• Placa de vídeo com resolução de tela de 800×600
ou maior. Resposta: Errado. O que torna esta alternativa mais
eficaz é o uso da memória em um dispositivo alterna-
tivo (para o PC não “travar”), e não uma redução de
EXERCÍCIOS COMENTADOS consumo de memória RAM em uso, visto que esta op-
ção foi projetada para ajudar quando a memória RAM
do PC for insuficiente para a execução de demasiados
1. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Considere programas.
que o usuário de um computador com sistema opera-
cional Windows 7 tenha permissão de administrador e 4. (PAPILOSCOPISTA – CESPE – 2012) Tanto no siste-
deseje fazer o controle mais preciso da segurança das ma operacional Windows quanto no Linux, cada arquivo,
conexões de rede estabelecidas no e com o seu compu- diretório ou pasta encontra-se em um caminho, podendo
tador. Nessa situação, ele poderá usar o modo de segu- cada pasta ou diretório conter diversos arquivos que são
rança avançado do firewall do Windows para especificar gravados nas unidades de disco nas quais permanecem
precisamente quais aplicativos podem e não podem fa- até serem apagados. Em uma mesma rede é possível ha-
zer acesso à rede, bem como quais serviços residentes ver comunicação e escrita de pastas, diretórios e arquivos
podem, ou não, ser externamente acessados. entre máquinas com Windows e máquinas com Linux.

( ) CERTO ( ) ERRADO ( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. Um firewall (em português: Parede Resposta: Certo. O sistema Linux e o sistema Windo-
de fogo) é um dispositivo de uma rede de compu- ws conseguem compartilhar diretórios/pastas entre si
tadores que tem por objetivo aplicar uma política de pois utilizam se do protocolo, o SMB.CIFS.
segurança a um determinado ponto da rede. O fire-
wall pode ser do tipo filtros de pacotes, proxy de apli- 5. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

cações, etc. Os firewalls são geralmente associados a Windows, não há possibilidade de o usuário interagir
redes TCP/IP. com o sistema operacional por meio de uma tela de
Este dispositivo de segurança existe na forma de soft- computador sensível ao toque.
ware e de hardware, a combinação de ambos é cha-
mada tecnicamente de “appliance”. A complexidade ( ) CERTO ( ) ERRADO
de instalação depende do tamanho da rede, da polí-
tica de segurança, da quantidade de regras que con- Resposta: Errado. As versões mais recentes do Win-
trolam o fluxo de entrada e saída de informações e do dows existe este recurso. Para usá-lo há a necessidade
grau de segurança desejado. de que a tela seja sensível ao toque.

7
6. (AGENTE – CESPE – 2014) Comparativamente a computadores com outros sistemas operacionais, computadores
com o sistema Linux apresentam a vantagem de não perderem dados caso as máquinas sejam desligadas por meio de
interrupção do fornecimento de energia elétrica.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. Nenhum sistema operacional possui a vantagem de não perder dados caso a máquina seja des-
ligada por meio de interrupção do fornecimento de energia elétrica.

7. (AGENTE – CESPE – 2014) As rotinas de inicialização GRUB e LILO, utilizadas em diversas distribuições Linux, podem
ser acessadas por uma interface de linha de comando.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. É possível acessar as rotinas de inicialização GRUB e LILO para realizar a sua configuração, assim
como é possível alterar as opções de inicialização do Windows (em Win+Pause, Configurações Avançadas do Siste-
ma, Propriedades do Sistema, Inicialização e Recuperação).

8. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Considere que um usuário de login joao_jose esteja usando o Windows
Explorer para navegar no sistema de arquivos de um computador com ambiente Windows 7. Considere ainda que,
enquanto um conjunto de arquivos e pastas é apresentado, o usuário observe, na barra de ferramentas do Windows
Explorer, as seguintes informações: Bibliotecas > Documentos > Projetos. Nessa situação, é mais provável que tais ar-
quivos e pastas estejam contidos no diretório C:\Bibliotecas\Documentos\Projetos que no diretório C:\Users\joao_jose\
Documents\Projetos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. O correto é “C:\Users\joao_jose\Documents\Projetos”. Há possibilidade das pastas estarem em


outro diretório, se forem feitas configurações customizadas pelo usuário. Mesmo na configuração em português o
diretório dos documentos do usuário continua sendo nomeado em inglês: “documents”. Portanto, a afirmação de
que o diretório seria “C:\biblioteca\documentos\projetos” não está correta. O item considera o comportamento
padrão do sistema operacional Windows 7, e, portanto, a afirmação não pode ser absoluta, devido à flexibilidade
inerente a este sistema software. A premissa de que a informação fosse apresentada na barra de ferramentas não
compromete o entendimento da questão.”

9. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No ambiente Linux, é possível utilizar comandos para copiar arqui-
vos de um diretório para um pen drive.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. No ambiente Linux, é permitida a execução de vários comandos por meio de um console. O co-
mando “cp” é utilizado para copiar arquivos entre diretórios e arquivos para dispositivos.

10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Ao se clicar a opção , será exibida uma janela por meio da
qual se pode verificar diversas propriedades do arquivo, como o seu tamanho e os seus atributos.
Em computadores do tipo PC, a comunicação com periféricos pode ser realizada por meio de diferentes interfaces.
Acerca desse assunto, julgue os seguintes itens.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. Dentre as diversas opções que podem ser consultadas ao se ativar as propriedades de um arquivo
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

estão as opções: tamanho e os seus atributos.

8
MS-WORD 2010: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEX-
TOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉ-
RICOS, TABELAS, IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGEN-
DAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO.

EDITOR DE TEXTO

O Microsoft Word é um processador de texto que cria textos de diversos tipos e estilos, como por exemplo, ofícios,
relatórios, cartas, enfim, todo conteúdo de texto que atende às necessidades de um usuário doméstico ou de uma
empresa.
O Microsoft Word é o processador de texto integrante dos programas Microsoft Office: um conjunto de softwares
aplicativos destinados a uso de escritório e usuários domésticos, desenvolvidos pela empresa Microsoft.
Os softwares da Microsoft Office são proprietários e compatíveis com o sistema operacional Windows.

Word 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 6: Tela do Microsoft Word 2010

As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 7.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 7: Extensões de Arquivos ligados ao Word

9
#FicaDica
As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada
guia quebram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando
ou exibem um menu de comandos.

Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo
da imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.

Figura 8: Indicadores de caixa de diálogo

Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo
do grupo, contendo mais opções de formatação.
As réguas orientam na criação de tabulações e no ajuste de parágrafos, por exemplo.
Determinam o recuo da primeira linha, o recuo de deslocamento, recuo à esquerda e permitem tabulações esquer-
da, direita, centralizada, decimal e barra.
Para ajustar o recuo da primeira linha, após posicionar o cursor do mouse no parágrafo desejado, basta pressionar
o botão esquerdo do mouse sobre o “Recuo da primeira linha” e arrastá-lo pela régua.
Para ajustar o recuo à direita do documento, basta selecionar o parágrafo ou posicionar o cursor após a linha dese-
jada, pressionar o botão esquerdo do mouse no “Recuo à direita” e arrastá-lo na régua.
Para ajustar o recuo, deslocando o parágrafo da esquerda para a direita, basta selecioná-lo e mover, na régua, como
explicado anteriormente, o “Recuo deslocado”.
Podemos também usar o recurso “Recuo à esquerda”, que move para a esquerda, tanto a primeira linha quanto o
restante do parágrafo selecionado.
Com a régua, podemos criar tabulações, ou seja, determinar onde o cursor do mouse vai parar quando pressionar-
mos a tecla Tab.

Figura 9: Réguas

Grupo edição

Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações e
selecionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar no
botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que dese-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

jamos localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.


Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada
em minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas
e palavra maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos
localizar a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa
opção não estiver marcada. Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.
- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o
caractere curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho”
e “término”).
Veja a lista de caracteres que são considerados curinga, retirada do site do Microsoft Office:

10
Para localizar digite exemplo
Qualquer caractere único ? s?o localiza salvo e sonho.
Qualquer sequência de caracteres * t*o localiza tristonho e término.
<(org) localiza
O início de uma palavra < organizar e organização,
mas não localiza desorganizado.
(do)> localiza medo e cedo, mas não
O final de uma palavra >
localiza domínio.
Um dos caracteres especificados [] v[ie]r localiza vir e ver
[r-t]ã localiza rã e sã.
Qualquer caractere único neste intervalo [-] Os intervalos devem estar em ordem
crescente.
Qualquer caractere único, exceto os caracteres no intervalo F[!a-m]rro localiza forro, mas não lo-
[!x-z]
entre colchetes caliza ferro.
ca{2}tinga localiza caatinga, mas não
Exatamente n ocorrências do caractere ou expressão anterior {n}
catinga.
Pelo menos n ocorrências do caractere ou expressão anterior {n,} ca{1,}tinga localiza catinga e caatinga.
De n a m ocorrências do 10{1,3} localiza 10,
{n,m}
caractere ou expressão anterior 100 e 1000.
ca@tinga localiza
Uma ou mais ocorrências do caractere ou expressão anterior @
catinga e caatinga.

O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.

Figura 10: Estilos de Tabela

Fornece estilos predefinidos de tabela, com formatações de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes e de-
mais itens presentes na mesma. Além de escolher um estilo predefinido, podemos alterar a formatação do sombrea-
mento e das bordas da tabela.
Com essa opção, podemos alterar o estilo da borda, a sua espessura, desenhar uma tabela ou apagar partes de
uma tabela criada e alterar a cor da caneta e ainda, clicando no “Escolher entre várias opções de borda”, para exibir a
seguinte tela:
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 11: Bordas e sombreamento

11
Na janela Bordas e sombreamento, no campo “Defi- Grupo Links:
nição”, escolhemos como será a borda da nossa tabela:
- Nenhuma: retira a borda; Inserir hyperlink: cria um link para uma página da Web,
- Caixa: contorna a tabela com uma borda tipo caixa; uma imagem, um e – mail. Indicador: cria um indicador
- Todas: aplica bordas externas e internas na tabela para atribuir um nome a um ponto do texto. Esse indica-
iguais, conforme a seleção que fizermos nos de- dor pode se tornar um link dentro do próprio documento.
mais campos de opção; Referência cruzada: referência tabelas.
- Grade: aplica a borda escolhida nas demais opções Grupo cabeçalho e rodapé:
da janela (como estilo, por exemplo) ao redor da Insere cabeçal
tabela e as bordas internas permanecem iguais. hos, rodapés e números de páginas.
- Estilo: permite escolher um estilo para as bordas
da tabela, uma cor e uma largura. Grupo texto:
- Visualização: através desse recurso, podemos defi-
nir bordas diferentes para uma mesma tabela. Por
exemplo, podemos escolher um estilo e, em visu-
alização, clicar na borda superior; escolher outro
estilo e clicar na borda inferior; e assim colocar em
cada borda um tipo diferente de estilo, com cores
e espessuras diferentes, se assim desejarmos.

A guia “Borda da Página”, desta janela, nos traz re-


cursos semelhantes aos que vimos na Guia Bordas. A di-
ferença é que se trata de criar bordas na página de um Figura 13: Grupo Texto
documento e não em uma tabela.
Outra opção diferente nesta guia, é o item Arte. Com 1 – Caixa de texto: insere caixas de texto pré-forma-
ele, podemos decorar nossa página com uma borda que tadas. As caixas de texto são espaços próprios para
envolve vários tipos de desenhos. inserção de textos que podem ser direcionados exa-
Alguns desses desenhos podem ser formatados tamente onde precisamos. Por exemplo, na figura
com cores de linhas diferentes, outros, porém não per- “Grupo Texto”, os números ao redor da figura, do 1
mitem outras formatações a não ser o ajuste da largura. até o 7, foram adicionados através de caixas de texto.
Podemos aplicar as formatações de bordas da página 2 – Partes rápidas: insere trechos de conteúdos reuti-
no documento todo ou apenas nas sessões que desejar- lizáveis, incluindo campos, propriedades de docu-
mos, tendo assim um mesmo documento com bordas mentos como autor ou quaisquer fragmentos de
em uma página, sem bordas em outras ou até mesmo texto pré-formado.
bordas de página diferentes em um mesmo documento. 3 – Linha de assinatura: insere uma linha que serve
como base para a assinatura de um documento.
Grupo Ilustrações: 4 – Data e hora: insere a data e a hora atuais no do-
cumento.
5 – Insere objeto: insere um objeto incorporado.
6 – Capitular: insere uma letra maiúscula grande no
início de cada parágrafo. É uma opção de forma-
tação decorativa, muito usada principalmente, em
livros e revistas. Para inserir a letra capitular, bas-
ta clicar no parágrafo desejado e depois na opção
“Letra Capitular”. Veja o exemplo:

Neste parágrafo foi inserida a letra capitular


Figura 12: Grupo Ilustrações
Guia revisão
1 – Inserir imagem do arquivo: permite inserir no teto
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

uma imagem que esteja salva no computador ou Grupo revisão de texto


em outra mídia, como pendrive ou CD.
2 – Clip-art: insere no arquivo imagens e figuras
que se encontram na galeria de imagens do Word.
3 – Formas: insere formas básicas como setas, cubos,
elipses e outras.
4 – SmartArt: insere elementos gráficos para co-
municar informações visualmente.
5 – Gráfico: insere gráficos para ilustrar e comparar
dados.

Figura 14: Grupo revisão de texto

12
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando
pesquisas em materiais de referência como jornais, #FicaDica
enciclopédias e serviços de tradução.
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre Por exemplo, a palavra informática. Se cli-
algumas palavras é possível realizar sua tradução carmos com o botão direito do mouse so-
para outro idioma. bre ela, um menu suspenso nos será mos-
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar trado, nos dando a opção de escolher a
a correção de ortografia e gramática. palavra informática. Clicando sobre ela, a
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os palavra do texto será substituída e o texto
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. ficará correto.
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte-
rar a palavra selecionada por outra de significado Grupo comentário:
igual ou semelhante.
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para Novo comentário: adiciona um pequeno texto que
outro idioma. serve como comentário do texto selecionado, onde é
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica possível realizar exclusão e navegação entre os comen-
e gramatical do documento. Assim que clicamos tários.
na opção “Ortografia e gramática”, a seguinte tela
será aberta: Grupo controle:

Figura 16: Grupo controle

1 – Controlar alterações: controla todas as alterações


feitas no documento como formatações, inclusões,
exclusões e alterações.
2 – Balões: permite escolher a forma de visualizar as
alterações feitas no documento com balões no
próprio documento ou na margem.
3 – Exibir para revisão: permite escolher a forma de
exibir as alterações aplicadas no documento.
4 – Mostrar marcações: permite escolher o tipo de
marcação a ser exibido ou ocultado no documen-
Figura 15: Verificar ortografia e gramática to.
5 – Painel de revisão: mostra as revisões em uma tela
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já separada.
busca trechos do texto ou palavras que não se enqua-
drem no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais Grupo alterações:
e ortográficas. Na parte de cima da janela “Verificar orto-
grafia e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou pa-
lavra considerada inadequada. Em baixo, aparecerão as
sugestões. Caso esteja correto e a sugestão do Word não
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

se aplique, podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a


regra apresentada esteja incorreta ou não se aplique ao
trecho do texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar
regra”; caso a sugestão do Word seja adequada, clicamos
em “Alterar” e podemos continuar a verificação de orto-
grafia e gramática clicando no botão “Próxima sentença”. Figura 17: Grupo alterações
Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho,
indicando que o Word a considera incorreta, podemos 1 – Rejeitar: rejeita a alteração atual e passa para a
apenas clicar com o botão direito do mouse sobre ela e próxima alteração proposta.
verificar se uma das sugestões propostas se enquadra. 2 – Anterior: navega até a revisão anterior para que
seja aceita ou rejeitada.

13
3 – Próximo: navega até a próxima revisão para que
possa ser rejeitada ou aceita. #FicaDica
4 – Aceitar: aceita a alteração atual e continua a nave-
gação para aceitação ou rejeição. Perguntas de intervalos de impressão são
constantes em questões de concurso!
Para imprimir nosso documento, basta clicar no bo-
tão do Office e posicionar o mouse sobre o ícone “Im-
primir”. Este procedimento nos dará as seguintes opções: Word 2013
- Imprimir – onde podemos selecionar uma impresso-
ra, o número de cópias e outras opções de confi- Vejamos abaixo alguns novos itens implementados
guração antes de imprimir. na plataforma Word 2013:
- Impressão Rápida – envia o documento diretamente Modo de leitura: o usuário que utiliza o software para
para a impressora configurada como padrão e não
a leitura de documentos perceberá rapidamente a di-
abre opções de configuração.
ferença, pois seu novo Modo de Leitura conta com um
- Visualização da Impressão – promove a exibição do
método que abre o arquivo automaticamente no for-
documento na forma como ficará impresso, para
mato de tela cheia, ocultando as barras de ferramentas,
que possamos realizar alterações, caso necessário.
edição e formatação. Além de utilizar a setas do teclado
(ou o toque do dedo nas telas sensíveis ao toque) para
a troca e rolagem da página durante a leitura, basta o
usuário dar um duplo clique sobre uma imagem, tabe-
la ou gráfico e o mesmo será ampliado, facilitando sua
visualização. Como se não bastasse, clicando com o bo-
tão direito do mouse sobre uma palavra desconhecida,
é possível ver sua definição através do dicionário inte-
grado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um
documento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao
Adobe Acrobat. Em seu novo formato, o Word é capaz
de converter o arquivo em uma extensão padrão e, de-
pois de editado, salvá-lo novamente no formato origi-
nal. Esta façanha, contudo, passou a ser de extensa uti-
lização, pois o uso de arquivos PDF está sendo cada vez
mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata nor-
malmente a colaboração de outras pessoas na criação
de um documento, ou seja, os comentários realizados
neste, como se cada um fosse um novo tópico. Com o
Word 2013 é possível responder diretamente o comen-
tário de outra pessoa clicando no ícone de uma folha,
presente no campo de leitura do mesmo. Esta interação
de usuários, realizada através dos comentários, aparece
Figura 18: Imprimir em forma de pequenos balões à margem documento.
Compartilhamento Online: compartilhar seus docu-
As opções que temos antes de imprimir um arqui- mentos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por
vo estão exibidas na imagem acima. Podemos escolher e-mail tornou-se um grande diferencial da nova plata-
a impressora, caso haja mais de uma instalada no com- forma Office 2013. O responsável por esta apresentação
putador ou na rede, configurar as propriedades da im- online é o Office Presentation Service, porém, para isso,
pressora, podendo estipular se a impressão será em alta você precisa estar logado em uma Conta Microsoft para
qualidade, econômica, tom de cinza, preto e branca, en- acessá-lo. Ao terminar o arquivo, basta clicar em  Ar-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

tre outras opções. quivo / Compartilhar / Apresentar Online / Apresentar


Escolhemos também o intervalo de páginas, ou seja, Online e o mesmo será enviado para a nuvem e, com
se desejamos imprimir todo o documento, apenas a pá- isso, você irá receber um link onde poderá compartilhá-
gina atual (página em que está o ponto de inserção), ou -lo também por e-mail, permitindo aos demais usuários
um intervalo de páginas. Podemos determinar o número baixá-lo em formato PDF.
de cópias e a forma como as páginas sairão na impres- Ocultar títulos em um documento: apontado como
são. Por exemplo, se forem duas cópias, determinamos uma dificuldade por grande parte dos usuários, a rola-
se sairão primeiro todas as páginas de número 1, depois gem e edição de determinadas partes de um arquivo
as de número 2, assim por diante, ou se desejamos que muito extenso, com vários títulos, acabou de se tornar
a segunda cópia só saia depois que todas as páginas da uma tarefa mais fácil e menos desconfortável. O Word
primeira forem impressas. 2013 permite ocultar as seções e/ou títulos do docu-
mento, bastando os mesmos estarem formatados no

14
estilo Títulos (pré-definidos pelo Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma espécie de triângulo a
sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repetir a ação para o mesmo
reaparecer.
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda
esta relação online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para
seus aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft. 
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e down-
load de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu
conteúdo sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada. 
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instala-
do pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou
baixar fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem
acessados e contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, mi-
nutos Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso
pagando uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém,
aqui estamos falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.
Veja abaixo as versões do Office 365

Figura 19: Versões Office 365

LibreOffice Writer

O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e de código aberto que foi desenvolvido tendo como
base o OpenOffice. Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows, Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou
seja, é multiplataforma. Os aplicativos dessa suíte são:
• Writer - editor de texto;
• Calc - planilha eletrônica;
• Impress - editor de apresentações;
• Draw - ferramenta de desenho vetorial;
• Base - gerenciador de banco de dados;
• Math - editor de equações matemáticas.

- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applica-
tions (ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

utilizam o mesmo “prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra.
Writer → .odt (Open Document Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Do-
cument Presentations).

Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades


do aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo
Writer.

15
Figura 20: Tela do Libreoffice Writer
 
O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lin-
guagem LibreOffice Basic). 
 O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As
principais teclas de atalho do Writer são:
Destacar essa tabela devido a recorrência em cair atalhos em concurso
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

 Figura 21: Atalhos Word x Writer

16
MS-EXCEL 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS,
COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMU-
LAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS,
CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS,
CLASSIFICAÇÃO DE DADOS.

UTILIZAÇÃO DOS EDITORES DE PLANILHAS (MICROSOFT EXCEL E LIBREOFFICE CALC)

O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e
rastrear informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um
modelo faça a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.

Excel 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 23: Tela Principal do Excel 2013

Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar o programa
aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os co-
mandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e,
para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 24: Faixa de Opções

17
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:
A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões
de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Figura 25: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Adicionando e Removendo Componentes:


Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar
à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta bar-
ra, clicando na seta lateral. Na janela apresentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais
Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do Excel.

Figura 26: Adicionando componentes à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de
Ferramentas de Acesso Rápido.

Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas
teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.

Figura 27: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela pode-
mos ativar ou desativar vários componentes de visualização.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

18
Figura 28: Personalizar Barra de Status

Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontal-
mente, e assim poder visualizar toda a sua planilha.
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, na qual você fará a inserção de dados
e fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas
com letras (A, B, C, etc.).

NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 29: Planilha de Cálculo

Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeçalho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, toda
a coluna é selecionada.

19
Figura 30: Seleção de Coluna

Ao dar um clique com o botão direito do mouse sobre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up, onde
as opções deste menu são as seguintes:
-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida permite escolher a formatação de fonte e formato de dados, bem
como mesclagem das células (será abordado mais detalhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado
e, após colada, essa coluna é excluída do local de origem.
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado.
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de itens que estão na área de transferência e que tenham sido
recortadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplicati-
vos.
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente antes da coluna selecionada.
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas opções para fazer a formatação das células (tal procedimento
será visto detalhadamente adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da coluna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos, neces-
sários para a totalização geral, mas desnecessários na visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.

Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um cabeçalho, que contém o número que a identifica. Clicando no
cabeçalho de uma linha, esta ficará selecionada.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 31: Cabeçalho de linha

#FicaDica
Célula: As células, são as combinações entre linha e colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a
célula A1. Na Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra o cursor.

Sendo assim, as células são representadas como mostra a tabela:

20
Figura 32: Representação das Células

Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou, ao
contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor. Após
dar um “Enter”, o cursor será automaticamente posicionado na célula desejada.
Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas
já eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se ne-
cessitar. Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho, clique no sinal + ( ). Para alternar entre as
planilhas, basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja trabalhar.
Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cruzar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de traba-
lho diferentes, utilizando as guias de planilhas.
Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das planilhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um menu
pop up.

Figura 33: Menu Planilhas

As funções deste menu são as seguintes:


-Inserir: insere uma nova planilha exatamente antes da planilha selecionada.
-Excluir: exclui a planilha selecionada e os dados que ela contém.
-Renomear: renomeia a planilha selecionada.
-Mover ou copiar: você pode mover a planilha para outra posição, ou mesmo criar uma cópia da planilha com todos
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

os dados nela contidos.


-Proteger Planilha: para impedir que, por acidente ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode proteger determinados elementos da planilha (pla-
nilha: o principal documento usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha
eletrônica. Uma planilha consiste em células organizadas em colunas e linhas; ela é sempre armazenada em uma
pasta de trabalho.) ou da pasta de trabalho, com ou sem senha (senha: uma forma de restringir o acesso a uma
pasta de trabalho, planilha ou parte de uma planilha. As senhas do Excel podem ter até 255 letras, números, es-
paços e símbolos. É necessário digitar as letras maiúsculas e minúsculas corretamente ao definir e digitar senhas.).
É possível remover a proteção da planilha, quando necessário.
-Exibir código: pode-se criar códigos de programação em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às guias de
planilhas (trata-se de tópico de programação avançada, que não é o objetivo desta lição, portanto, não será
abordado).

21
-Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas.
-Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha.
-Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em todas as planilhas para que possam ser configuradas e impres-
sas juntamente.

Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, todas as células da planilha ativa serão selecionadas.

Figura 34: Caixa Selecionar Tudo

Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digitadas as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias
de suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que, para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, temos
que ter sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece uma entrada no Excel que o faz diferenciar textos ou números
comuns de uma fórmula.
Somar: Se tivermos uma sequência de dados numéricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes formas
de fazê-lo:

Figura 35: Soma simples

Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.


Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até o
último valor.
Após a sequência de células a serem somadas, clicar no ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
A última forma que veremos é a função soma digitada. Vale ressaltar que, para toda função, um início é fundamental:
= nome da função (

1 - Sinal de igual.
2 – Nome da função.
3 – Abrir parênteses.

Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno lembrete sobre a função que iremos usar, e nele é possível clicar
e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo a seguir, a função = soma(B2:B4).
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Lembre-se, basta colocar a célula que contém o primeiro valor, em seguida os dois pontos (:) e por último a célula
que contém o último valor.
Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois valores, por isso não precisamos de uma função específica.
Tendo dois valores em células diferentes, podemos apenas clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e depois
clicar na segunda célula. Usamos na figura a seguir a fórmula = B2-B3.

Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, procedemos de forma semelhante à subtração. Clicamos no primeiro
número, digitamos o sinal de multiplicação que, para o Excel é o “*” asterisco, e depois, clicamos no último valor. No
próximo exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3.
Outra forma de realizar a multiplicação é através da seguinte função:
=mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo valor da célula C2.

22
Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de
forma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos
no primeiro número, digitamos o sinal de divisão que,
para o Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último
valor. No próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de
Figura 37: Início da função arredondar para cima
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular
a maior idade digitada no intervalo de células de A2 até
Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial
A5. A função digitada será = máximo(A2:A5).
da função, o Excel nos mostra que temos que selecio-
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) –
nar o num, ou seja, a célula que desejamos arredondar
refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver
e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de
qual é o maior valor. No caso a resposta seria 10.
dígitos para a qual queremos arredondar.
Mínimo: Mostra o menor valor existente em um in-
Na próxima figura, para efeito de entendimento, dei-
tervalo de células selecionadas.
xaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos
Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi-
na coluna C:
tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
mínimo (A2:A5).
A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o
Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) –
mesmo conceito.
refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver
Resto: Com essa função podemos obter o resto de
qual é o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
Média: A função da média soma os valores de uma
= mod (núm;divisor)
sequência selecionada e divide pela quantidade de valo-
Onde:
res dessa sequência.
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar
Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas
o resto.
de quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o
Foi digitado “= média )”, depois, foram selecionados
número.
os valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter
for pressionada, o resultado será automaticamente colo-
cado na célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for altera-
do, recalculam o valor final.
Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
planilha.
Figura 38: Exemplo de digitação da função MOD

Os valores do exemplo a cima serão, respectivamen-


te: 1,5 e 1.
Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o
valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o nú-
mero sem o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:
=abs(núm)
Figura 36: Exemplo função hoje
Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da fun-
ção =hoje(), que aparece na barra de fórmulas.
Inteiro: Com essa função podemos obter o valor in-
teiro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2).
Lembramos que A2 é a célula escolhida e varia de acordo
com a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.
Arredondar para cima: Com essa função, é possível
Figura 39: Exemplo função abs
arredondar um número com casas decimais para o nú-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

mero mais distante de zero.


Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas
Sua sintaxe é: = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_
com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30
dígitos)
dias). Sua sintaxe é:
Onde:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Núm: é qualquer número real que se deseja arredon-
Onde:
dar.
data_inicial = a data de início de contagem.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se
Data_final = a data a qual quer se chegar.
deseja arredondar núm.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias fal-
tam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como
data inicial o dia 05/03/2018. A função utilizada será
=dias360(A2;B2)

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Figura 40: Exemplo função dias360

Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)

Figura 41: Exemplo (Se, SomaSe, Cont.se)

Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.
A sintaxe dessa função é a seguinte:
=SE(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_falso”)
=: Significa a chamada para uma fórmula/função
SE: função SE
teste_lógico: a pergunta a qual se deseja ter resposta
“valor_se_verdadeiro”: se a resposta da pergunta for verdadeira, define o resultado “valor_se_falso” se a resposta da
pergunta for falsa, define o resultado.
Usando a planilha acima como exemplo, na coluna ‘E’ queremos colocar uma mensagem se o funcionário recebe um
salário igual ou acima do valor mínimo R$ 724,00 ou abaixo do valor mínimo determinado em R$ 724,00.
Assim, temos a condição:
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O
RESULTADO NA CÉLULA E3
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Teste lógico: C3>=724


Valor_se_verdadeiro: “Acima”
Valor_se_falso: “Abaixo”
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos:
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”)
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e co-
lunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim:
E4 ↑ =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5 ↑ =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E6 ↑ =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7 ↑ =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E8 ↑ =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)

24
E9 ↑ =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
E10 ↑ =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) “intervalo”
Usando a planilha acima como exemplo, queremos
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma saber quantas pessoas ganham R$ 1.200,00 ou mais, e
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determina- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
da condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula
seguinte: D15. Para isso precisamos criar a seguinte condição:
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma)
=Significa a chamada para uma fórmula/função R$ 1.200,00 ou MAIS:
SomaSe: função SOMASE SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise OU IGUAL A 1.200,00, ENTÃO
dos dados CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
liados a fim de chegar à condição verdadeira
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- Traduzindo a condição em variáveis teremos:
cada a condição para soma dos valores Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar onde devemos digitar a fórmula
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar Intervalo para análise: C3:C10
o resultado na célula D16. E também queremos somar Critério: >=1200
os salários das funcionárias mulheres e mostrar o resul- Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
tado na célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
condição: MENOS DE R$ 1.200,00:
HOMENS: SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCU- NOR QUE 1200, ENTÃO
LINO, ENTÃO CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
INTERVALO D3 ATÉ D10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Traduzindo a condição em variáveis teremos: Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é onde devemos digitar a fórmula
onde devemos digitar a fórmula Intervalo para análise: C3:C10
Intervalo para análise: C3:C10 Critério: <1200
Critério: “MASCULINO” Assim, com o cursor na célula D15, digitamos:
Intervalo para soma: D3:D10 =CONT.SE(C3:C10;”<1200”)

Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: Observações: fique atento com o > (maior) e < (me-
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) nor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivés-
MULHERES: semos determinado a contagem de valores >1200 (maior
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI- que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200
NO, ENTÃO (igual a 1200) não entraria na contagem.
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10 Formatação de Células: Ao observar a planilha abai-
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17 xo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, va-
Traduzindo a condição em variáveis teremos: mos deixar ela de uma maneira mais agradável.
Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: “FEMININO”
Intervalo para soma: D3:D10
Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

=SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)

Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-


tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de
registros, SE determinada condição for verdadeira. A sin-
taxe desta função é a seguinte:
=CONT.SE(intervalo;“critérios”)
= : significa a chamada para uma fórmula/função
CONT.SE: chamada para a função CONT.SE Figura 42: Planilha sem Formatação
intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
dos dados Vamos utilizar os 3(três) passos apontados na Figura
abaixo:

25
Figura 43: Formatando a planilha

O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar, entre outras
opções de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.

Figura 44: Formatando a planilha (Passo 1)

Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos
mudar o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as for-
matações.

Figura 45: Formatando a planilha (Passo 2)

Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser rea-
lizado vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está
escrito geral e escolher.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 46: Formatando a planilha (Passo 3)

O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:

26
Figura 47: Planilha Formatada

Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente)
ou classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação cres-
cente ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá
classificar os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão
alterados. Nas versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação
dos dados junto com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.
Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da
nossa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e
visualizar somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.

Grupo ferramentas de dados:


- Texto para colunas: separa o conteúdo de uma célula do Excel em colunas separadas.
- Remover duplicatas: exclui linhas duplicadas de uma planilha - Validação de dados: permite especificar valores
inválidos para uma planilha. Por exemplo, podemos especificar que a planilha não aceitará receber valores me-
nores que 10.
- Consolidar: combina valores de vários intervalos em um novo intervalo.
- Teste de hipóteses: testa diversos valores para a fórmula na planilha.

Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapida-
mente e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.

Figura 48: Gráficos

Utilizando a planilha da Concessionária Grupo Nova, teremos o seguinte gráfico escolhido


NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

27
Figura 49: Gráfico de Colunas – 3D

Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na
página, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.

#FicaDica
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte
do Office 365, que podem ser comprados conforme figura 39.

LibreOffice Calc

O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Docu-
ment Spreadsheet).
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada
pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:

Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retor-
nará a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).

28
Figura 50: Exemplo de Operação no Calc

Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_pla-
nilha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito
usando o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).

Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, planilhas, gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.

MSPOWERPOINT 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES,


ANOTAÇÕES, RÉGUA, GUIAS, CABEÇALHOS E RODAPÉS, NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO
DE APRESENTAÇÕES, INSERÇÃO DE OBJETOS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, BOTÕES DE AÇÃO,
ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES.

PowerPoint 2010, 2013 e detalhes gerais

Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova
apresentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.

NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 52: Tela Principal do PowerPoint 2013

29
Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao
iniciar o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções: Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo
de atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 53: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da
tela e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas
de acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será
exibida uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

Figura 54: Adicionando itens à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o
menu Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além
da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre
o ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na
sua apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom
e os botões de ‘Modos de Exibição’.

Figura 55: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela pode-
mos ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

os antigos slides fotográficos.


O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresenta-
ção. Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado
o Modo de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a
apresentação).

Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe
como começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa
iniciar a criação de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por
temas (é necessário estar conectado à internet).

30
Figura 56: Modelos e temas online

Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão
vários modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.

Figura 57: Apresentações Modelo ‘Negócios’

Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA
APRESENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender
às suas necessidades.

Apresentação de Slides:

Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor
como funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

assim:
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de
Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.

Figura 58: Botões de Navegação e Outras Ferramentas

31
Exibição de Slides: Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções,
no menu ‘EXIBIÇÃO’.

Alternando entre os Modos de Exibição


Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.

Figura 59: Modo de Exibição ‘Normal’.

#FicaDica
Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela,
ou utilize as teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.

Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a
construção do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides
pra você.
Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estrutura-
ção de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos
de animação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 60: Classificação de Slides

Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode
ocultar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.

32
Alterando o Design: A utilização destes recursos é muito simples, bastan-
O design de um slide é a apresentação visual do mes- do clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja
mo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. utilizar.
O PowerPoint disponibiliza vários temas prontos para Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’
aplicar ao design de sua apresentação. e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver
Para inserir um Tema de design pronto nos slides a utilização dos recursos de Conteúdo.
acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta la-
lateral para visualizar todos os temas existentes. teral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide sele- opções. Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
cionado. O tema será aplicado em todos os slides. Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mos-
Variantes -> Cores e Variantes -> Fontes: ainda na trado na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro
guia ‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, al- do slide possui diversas opções de tipo de conteúdo que
terando cores e fontes, criando novos temas de cores. se pode utilizar.
Clique na seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
Passe o mouse sobre cada tema para visualizar o efeito
na apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê • Escolher Elemento Gráfico SmartArt
um clique com o mouse para aplicá-la à apresentação. • Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo

Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para


enriquecer seus conhecimentos e, em consequência,
criar apresentações muito mais interessantes. O funcio-
namento de cada item é semelhante aos já abordados.
Agora é com você!
Exercite: crie diversos slides de conteúdo, procurando
utilizar todas as opções oferecidas para cada tipo de con-
Figura 61: Variantes de Temas de Design teúdo. Desta forma, você estará aprendendo ainda mais
utilizar os recursos do PowerPoint e do Office.
Variantes -> Efeitos: os efeitos de tema especificam Animação dos Slides: A animação dos slides é um
como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, for- dos últimos passos da criação de uma apresentação.
mas e imagens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para Essa é uma etapa importante, pois, apesar dos inúmeros
acessar a galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos recursos oferecidos pelo programa, não é aconselhável
rapidamente a aparência dos objetos. exagerar na utilização dos mesmos, pois além de tornar
a apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que
Layout de Texto: estão assistindo, ao invés de dar foco ao conteúdo da
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um apresentação, passam a dar foco para as animações.
‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo Transições: A transição dos slides nada mais é que
da palestra ou reunião, mas apenas o título e um subtítu- a mudança entre um slide e outro. Você pode escolher
lo pois trata-se do slide inicial. entre diversas transições prontas, através da faixa de op-
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui ções ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa
para adicionar um título’, e escreva o título de sua apre- apresentação e clique nesta opção.
sentação. A apresentação que criaremos será sobre ‘Gru- Escolha uma das transições prontas e veja o que
po Nova”. acontece. Explore os diversos tipos de transições, apenas
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adi- clicando sobre elas e assistindo os efeitos que elas pro-
cionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da duzem. Isso pode ser bastante divertido, mas dependen-
empresa em que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado do do intuito da apresentação, o exagero pode tornar
ao tema da apresentação. sua apresentação pouco profissional.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o
o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando so- avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

bre a ‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações. Clicar com o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. também pode aplicar som durante a transição.
Será criado um novo slide com layout diferente do an-
terior. Isso acontece porque o programa entende que o Animações: As animações podem ser definidas para
próximo slide não é mais de título, e sim de conteúdo, cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apre-
e assim sucessivamente para a criação da sua apresen- sentação você pode optar em ir abrindo o texto confor-
tação. me trabalha os assuntos.
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa
Layouts de Conteúdo: apresentação para enriquecer as explicações. Clique um
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir uma das caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMA-
figura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe ÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.
de mídia (que podem ser animações, imagens, sons, etc.).

33
Figura 62: Animações

Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te
agradar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.

Figura 63: Abrindo a lista do Painel de Animações

Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção
de animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o
anterior. Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer
juntos após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos
aparecerão ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.

Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presen-
tations).
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide.
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.

- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substi-
tuir, Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Layout de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;


• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em
objetos e na transição de slides.

34
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (ESCRIVÃO – DE POLÍCIA – CESPE 2013) Título, assunto, palavras-chave e comentários de um documento são
metadados típicos presentes em um documento produzido por processadores de texto como o BrOffice e o Microsoft
Office.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTO. Quando um determinado documento de texto produzido tanto pelo BrOffice quanto pelo Mi-
crosoft Office ele fica armazenado em forma de arquivo em uma memória especificada no momento da gravação
deste. Ao clicar como botão direito do mouse no arquivo de texto armazenado e clicar em propriedades é possível
por meio da guia Detalhes perceber os metadados “Título, assunto, palavras-chave e comentários”.

2. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Considere que um usuário disponha de um computador apenas com Linux e
BrOffice instalados. Nessa situação, para que esse computador realize a leitura de um arquivo em formato de planilha
do Microsoft Office Excel, armazenado em um pendrive formatado com a opção NTFS, será necessária a conversão
batch do arquivo, antes de sua leitura com o aplicativo instalado, dispensando-se a montagem do sistema de arquivos
presente no pendrive.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: ERRADO. Um pendrive formatado com o sistema de arquivos NTFS será lido normalmente pelo Linux,
sem necessidade de conversão de qualquer natureza. E o fato do suposto arquivo estar em formato Excel (xls ou xlsx)
é indiferente também, já que o BrOffice é capaz de abrir ambos os formatos.

3. (PAPILOSCOPISTA – CESPE – 2012) O BrOffice 3, que reúne, entre outros softwares livres de escritório, o editor de
texto Writer, a planilha eletrônica Calc e o editor de apresentação Impress, é compatível com as plataformas computa-
cionais Microsoft Windows, Linux e MacOS-X

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTO. O BrOffice 3 faz parte de um conjunto de aplicativos para escritório livre multiplataforma chama-
do OpenOffice.org.
Distribuída para Microsoft Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X, mantida pela Apache Software Foundation.

4. (AGENTE – CESPE – 2014) No Word 2013, a partir de opção disponível no menu Inserir, é possível inserir em um
documento uma imagem localizada no próprio computador ou em outros computadores a que o usuário esteja conec-
tado, seja em rede local, seja na Web.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTO. A opção Inserir, Ilustrações, Imagem possibilita a inserção de imagens no documento, sejam elas
armazenadas no computador, na rede ou na Internet (no 2013 é possível na opção Imagens on-line, no 2010 não).

5. (AGENTE – CESPE – 2014) Para criar um documento no Word 2013 e enviá-lo para outras pessoas, o usuário deve
clicar o menu Inserir e, na lista disponibilizada, selecionar a opção Iniciar Mala Direta.

( ) CERTO ( ) ERRADO
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Resposta: ERRADO. A mala direta é usada para criar correspondências em massa que podem ser personalizadas
para cada destinatário. É possível adicionar elementos individuais a qualquer parte de uma etiqueta, carta, envelope,
ou e-mail, desde a saudação até o conteúdo do documento, inclusive imagens. O Word preenche automaticamente
os campos com as informações do destinatário e gera todos os documentos individuais. Contudo, não envia um
arquivo a outros usuários como diz a questão.

6. (AGENTE – CESPE – 2014) No Word 2013, ao se selecionar uma palavra, clicar sobre ela com o botão direito do
mouse e, na lista disponibilizada, selecionar a opção definir, será mostrado, desde que estejam satisfeitas todas as con-
figurações exigidas, um dicionário contendo significados da palavra selecionada.

( ) CERTO ( ) ERRADO

35
Resposta: CERTO. A inclusão do dicionário no botão Resposta: CERTO. A opção para imprimir documentos
direito na versão Word 2013 é novidade, mas já é an- assim como para efetuar as devidas configurações da
tiga no Word pelo comando Shift + F7(dicionário de impressão podem ser feitas através do Menu Arquivo
sinônimos). / Imprimir ou utilizando-se do atalho CTRL+P.

9. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Para en-


contrar todas as ocorrências do termo “Ibama” no docu-
mento em edição, é suficiente realizar o seguinte proce-
dimento: aplicar um clique duplo sobre o referido termo;
clicar sucessivamente o botão .

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: ERRADO.O botão mostrado na questão


não deve ser utilizado para encontrar ocorrências de
um determinado termo no documento que se está
editando, tal recurso pode ser conseguido através do
botão Localizar ou do atalho CTRL+L.

Considerando a figura acima, que ilustra uma janela do


Word 2000 contendo parte de um texto extraído e adap-
tado do sítio http://www.funai.gov.br, julgue os itens
subsequentes.

7. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Conside-


re o seguinte procedimento: selecionar o trecho “Funai,
(...) Federal”; clicar a opção
Estilo no menu ; na janela decorrente dessa ação,
A figura acima mostra uma janela do Excel 2002 com uma
marcar o campo todas em maiúsculas; clicar OK. Esse
planilha em processo de edição. Com relação a essa figu-
procedimento fará que todas as letras do referido trecho
ra e ao Excel 2002, e considerando que apenas a célula
fiquem com a fonte maiúscula.
C2 está formatada como negrito, julgue o item abaixo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) É possí-
vel aplicar negrito às células B2, B3 e B4 por meio da se-
Resposta: ERRADO. O procedimento correto é: se-
guinte sequência de ações, realizada com o mouse: clicar
lecionar o trecho “Funai, (...) Federal”; clicar a opção
a célula C2; clicar ; posicionar o ponteiro sobre o centro
FONTE no menu FORMATAR na janela decorrente des-
da célula B2; pressionar e manter pressionado o botão
sa ação, marcar o campo Todas em maiúsculas; clicar
esquerdo; posicionar o ponteiro no centro da célula B4;
OK.
liberar o botão esquerdo.
Em um computador cujo sistema operacional é o Windo-
8. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) As infor-
ws XP, ao se clicar, com o botão direito do mouse, o ícone
mações contidas na figura mostrada permitem concluir
, contido na área de trabalho e referente a determi-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

que o documento em edição contém duas páginas e,


nado arquivo, foi exibido o menu mostrado na figura ao
caso se disponha de uma impressora devidamente ins-
lado. A respeito dessa figura e do Windows XP, julgue os
talada e se deseje imprimir apenas a primeira página do
itens a seguir.
documento, é suficiente realizar as seguintes ações: clicar
a opção Imprimir no menu ; na janela aberta em
decorrência dessa ação, assinalar, no campo apropriado,
que se deseja imprimir a página atual; clicar OK.

( ) CERTO ( ) ERRADO

36
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21.
com.br
A caixa postal é composta pelos seguintes itens:
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as
mensagens recebidas.
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não
enviadas.
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os
e-mails que foram enviados.
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda
não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão
Resposta: CERTO. Com o botão “Pincel” é possível presentes:
copiar toda a formatação de uma célula para outra cé- » Para – é o campo onde será inserido o endereço do
lula, e o procedimento correto foi descrito na questão. destinatário.
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da
mesma mensagem, ao usar este campo os endere-
CORREIO ELETRÔNICO: USO DE COR- ços aparecerão para todos os destinatários.
REIO ELETRÔNICO, PREPARO E ENVIO » Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior,
DE MENSAGENS, ANEXAÇÃO DE AR- no entanto os endereços só aparecerão para os
QUIVOS respectivos donos.
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensa-
gem.
O correio eletrônico1 se parece muito com o correio » Anexos – são dados que são anexados à mensagem
tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e (imagens, programas, música, arquivos de texto,
uma caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve etc.).
sua mensagem, diz pra quem quer mandar e a Internet » Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida
cuida do resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão a mensagem.
depressa? A primeira coisa é pelo custo. Você não paga
nada por uma comunicação via e-mail, apenas os cus- Alguns nomes podem mudar de servidor para ser-
tos de conexão com a Internet. Outro fator é a rapidez, vidor, porém representando as mesmas funções. Além
enquanto o correio tradicional levaria dias para entregar dos destes campos tem ainda os botões para EVIAR, EN-
uma mensagem, o eletrônico faz isso quase que instan- CAMINHAR e EXCLUIR as mensagens, este botões bem
taneamente e não utiliza papel. Por último, a mensagem como suas funcionalidades veremos em detalhes, mais
vai direto ao destinatário, não precisa passa de mão-em- à frente.
-mão (funcionário do correio, carteiro, etc.), fica na sua Para receber seus e-mails você não precisa estar co-
caixa postal onde somente o dono tem acesso e, ape- nectado à Internet, pois o e-mail funciona com prove-
sar de cada pessoa ter seu endereço próprio, você pode dores. Mesmo você não estado com seu computador
acessar seu e-mail de qualquer computador conectado ligado, seus e-mail são recebidos e armazenados na sua
à Internet. Bem, o e-mail mesclou a facilidade de uso do caixa postal, localizada no seu provedor. Quando você
correio convencional com a velocidade do telefone, se acessa sua caixa postal, pode ler seus e-mail on-line (di-
tornando um dos melhores e mais utilizado meio de co- retamente na Internet, pelo WebMail) ou baixar todos
municação. para seu computador através de programas de correio
eletrônico. Um programa muito conhecido é o Outlook
Estrutura e Funcionalidade do e-mail Express, o qual detalhar mais à frente.
A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço
Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos de e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço,
os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, pode enviar mensagens para você. Também é possível
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

nome do usuário + @ + host, onde: enviar mensagens para várias pessoas ao mesmo tem-
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido po, para isto basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos
pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: acima.
sergiodecastro. Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa maioria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na
o nome do usuário do seu provedor. Internet através do navegador. Este tipo de correio é cha-
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o en- mado de WebMail. O WebMail é responsável pela gran-
dereço eletrônico. Exemplo: click21.com.br . de popularização do e-mail, pois mesmo as pessoas que
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao não tem computador, podem acessar sua caixa postal de
serviço 24 horas por dia. qualquer lugar (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para
ter um endereço eletrônico basta querer e acessar a In-
1 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioe-
ternet, é claro. Existe quase que uma guerra por usuários.
letronicoewebmail001.asp

37
Os provedores, também, disputam quem oferece maior 3. Após preencher todo o formulário clique no botão
espaço em suas caixas postais. Há pouco tempo encon- “Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado.
trar um e-mail com mais de 10 Mb, grátis, não era fácil.
Lembro que, quando a Embratel ofereceu o Click21 com Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co-
30 Mb, achei que era muito espaço, mas logo o iBest ofe- mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por
receu 120 Mb e não parou por ai, a “guerra” continuo outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem
culminando com o anúncio de que o Google iria oferecer lhe informando do problema. Isso acontece porque den-
1 Gb (1024 Mb). A última campanha do GMail, e-mail do tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes
Google, é de aumentar sua caixa postal constantemente, de usuários iguais. A solução é procurar outro nome que
a última vez que acessei estava em 2663 Mb. ainda esteja livre, alguns provedores mostram sugestões
como: seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso
WebMail com você (o que é bem provável que acontecerá) escolha
uma das sugestões ou informe outro nome (não desista,
O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação você vai conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail
acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de vai está pronto para ser usado.
usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos
os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In- » Entendendo a Interface do WebMail
ternet. É grande o número de provedores que oferecem A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail
correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma que nos liga do mundo externo aos comandos do pro-
lista dos mais populares. grama. Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer
» Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com WebMail que você tiver e também para o Outlook, que
» GMail – http://www.gmail.com é um programa de gerenciamento de e-mails, vamos ver
» Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br este programa mais adiante.
» iG Mail – http://www.ig.com.br 1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar
» Yahoo – http://www.yahoo.com.br
sua caixa de entrar, verificando se há novas men-
sagens no servidor.
Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição
seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espa-
observado é o tamanho máximo permitido por anexo,
ço no qual você vai redigir, responder e encami-
este foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há
nhar mensagens. Semelhante à função novo e-mail
pouco tempo a maioria dos provedores permitiam em
do Outlook.
torno de 2 Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus
média 25 Mb. Além de caixa postal os provedores costu-
mam oferecer serviços de agenda e contatos. endereços de e-mail são previamente guardados
Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a cri- para utilização futura, nesta seção também é possí-
tério de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, vel criar grupos para facilitar o gerenciamento dos
eu, por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma in- seus contatos.
terface com o menor propaganda possível. 4. Configurações – Este botão abre (como o próprio
nome já diz) a janela de configurações. Nesta ja-
» Criando seu e-mail nela podem ser feitas diversas configurações, tais
Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente como: mudar senha, definir número de e-mail por
simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste página, assinatura, resposta automática, etc.
WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os 5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma
entendimentos, no entanto você pode acessar qualquer seção com vários tópicos de ajuda.
dos endereços informados acima ou ainda qualquer ou- 6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através
tro que você conheça. O processo de cadastro é muito dele que você vai fechar sua caixa postal, muito
simples, basta preencher um formulário e depois você recomendado quando o uso de seu e-mail ocorrer
terá sua conta de e-mail pronta para ser usada. Vamos em computadores de terceiros.
aos passos: 7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu
1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com. endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

br) ou qualquer outro de sua preferência. posta; parte utilizada em porcentagem e um pe-
2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, queno gráfico.
será aberto um formulário, preencha-o observan- 8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
do todos os campos. Os campos do formulário têm está, no exemplo a Caixa de Entrada.
suas particularidades de provedor para provedor, 9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
no entanto todos trazem a mesma ideia, colher in- sagens que estão na tela e também o total da se-
formações do usuário. Este será a primeira parte ção selecionada.
do seu e-mail e é igual a este em qualquer cadas- 10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
tro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção todos os comandos relacionados com as mensa-
do nome de usuário com o nome do provedor é gens exibidas. Para usar estes comandos, selecione
que será seu endereço eletrônico. No exemplo fi- uma ou mais mensagens o comando desejado e
caria o seguinte: [email protected]. clique no botão “OK”. O botão “Bloquear”, blo-

38
queia o endereço de e-mail da mensagem, útil para ciador de e-mails, o Outlook possui funcionalidades de
bloquear e-mails indesejados. Já o botão “Contas grupos de discussão com base em padrões avançados
externas” abre uma seção para configurar outras de internet, além de possuir calendário integral e geren-
contas de e-mails que enviarão as mensagens a ciamento de tarefas e de contatos. Além disso, possui
sua caixa postal. Para o correto funcionamento capacidades de colaboração em tempo de execução e
desta opção é preciso que a conta a ser acessada em tempo de criação robustos e integrados.
tenha serviço POP3 e SMTP.
11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lis- Configurando uma conta2
ta de página, que aumenta conforme a quantidade Em muitos casos, o Outlook pode configurar a sua
de e-mails na seção. Para acessar selecione a pági- conta para você apenas com um endereço de email e
na desejada e clique no botão “OK”. Veja que todos uma senha. Ao iniciar o Outlook pela primeira vez, o As-
os comandos estão disponíveis também na parte sistente Automático de Conta é iniciado.
inferior, isto para facilitar o uso de sua caixa postal.
12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de Para configurar uma conta automaticamente
um correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensa-
gens Enviadas; Rascunho e Lixeira. Um detalhe im- Abra o Outlook e, quando o Assistente Automático
portante é o estilo do nome, quando está normal de Conta for aberto, escolha Avançar.
significa que todas as mensagens foram abertas, Observação : Se o Assistente não abrir ou se você
porém quando estão em negrito, acusam que há quiser adicionar uma outra conta de email, na barra de
uma ou mais mensagens que não foram lidas, o ferramentas, escolha a guia Arquivo.
número entre parêntese indica a quantidade. Este
detalhe funciona para todas as pastas e mensa-
gens do correio.
13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exi-
bir as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa
postal, é exibido o conteúdo da Caixa de Entrada,
mas este painel exibe também as mensagens das
diversas pastas existentes na sua caixa postal. A
observação feita no item anterior, sobre negrito,
também é válida para esta seção. Observe as caixas
de seleção localizadas do lado esquerdo de cada
mensagem, é através delas que as mensagens são
selecionadas. A seleção de todos os itens ao mes- Na página Contas de Email, escolha Avançar > Adi-
mo tempo, também pode ser feito pela caixa de cionar Conta.
seleção do lado esquerdo do título da coluna “Re-
metente”. O título das colunas, além de nomeá-las,
também serve para classificar as mensagens que
por padrão estão classificadas através da coluna
“Data”, para usar outra coluna na classificação bas-
ta clicar sobre nome dela.
14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível
adicionar, renomear e apagar as suas pastas. As
pastas são um modo de organizar seu conteúdo,
armazenando suas mensagens por temas. Quando
seu e-mail é criado não existem pastas nesta se-
ção, isso deve ser feito pelo usuário de acordo com
suas necessidades.
15. Contas Externas – Este item é um link que abri-
rá a seção onde pode ser feita uma configuração
que permitirá você acessar outras caixas postais
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

diretamente da sua. O próximo link, como o nome


já diz, abre a janela de configuração dos e-mails
bloqueados e mais abaixo o link para baixar um
plug-in que lhe permite fazer uma configuração
automática do Outlook Express. Estes dois primei- Na página Configuração Automática de Conta, insira
ros links são os mesmos apresentados no item 10. o seu nome, endereço de email e senha e escolha Avan-
çar.
Outlook Observação : Se você receber uma mensagem de erro
após escolher Avançar, verifique novamente seu endere-
O Microsoft Outlook é um software de automação de ço de email e senha. Se ambos estiverem corretos, esco-
escritório e cliente de correio electrónico que faz parte lha Configuração manual ou tipos de servidor adicionais..
do pack Microsoft Office. Mas não é apenas um geren-
2 Fonte: Ajuda do MSOutlook

39
Escolha Concluir.

A configuração automática não funcionou

Se a instalação não tiver sido concluída, o Outlook


pode solicitar que você tente novamente usando uma
conexão não criptografada com o servidor de email. Se
isso não funcionar, escolha Configuração manual ou ti-
pos de servidor adicionais.
Observações: Se estiver usando o Outlook 2016, você
não poderá usar o tipo de configuração manual para
as contas do Exchange. Contate o seu administrador se
houver falha na configuração automática de conta. Ele
informará a você o nome do Exchange Server para seu
email e o ajudará a configurar o Outlook.
Se você atualizar para o Outlook 2016 a partir de uma
versão anterior e receber mensagens de erro informan-
do que não é possível fazer logon ou iniciar o Outlook,
é porque o serviço Descoberta Automática do Exchange
não foi configurado ou não está funcionando correta-
mente.

Para configurar uma conta manualmente Na lista de contas de email, selecione a conta que de-
seja excluir e escolha Remover.
Escolha Configuração manual ou tipos de servidor
adicionais > Avançar.

Obs.: Microsoft Exchange Server é uma aplicação ser-


Selecione o tipo de conta desejado e escolha Avançar. vidora de e-mails de propriedade da Microsoft Corp e
Preencha as seguintes informações: que pode ser instalado somente em plataformas da fa-
Seu Nome, Endereço de Email, Tipo de Conta, Servi- mília Windows Server.
dor de Entrada de Emails, Servidor de Saída de Emails,
Nome de Usuário e Senha. Criar uma mensagem de email
Escolha Testar Configurações da Conta para verificar Clique em Novo Email, ou pressione Ctrl + N.
as informações inseridas.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Observação : Se o teste falhar, escolha Mais Configu-


rações. O administrador poderá solicitar que você faça
outras alterações, incluindo inserir portas específicas
para o servidor de entrada (POP3 ou IMAP) ou o servidor
de saída (SMTP).
Escolha Avançar > Concluir.

Excluir uma conta de email

Para excluir uma conta de email Se várias contas de email configuradas no Microsoft
No painel direito da guia Arquivo, selecione Configu- Outlook, o botão de aparece e a conta que enviará a men-
rações de Conta > Configurações de Conta. sagem é mostrada. Para alterar a conta, clique em de.

40
Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem. Enviado para – para localizar emails enviados a você,
Insira os endereços de email dos destinatários ou os não enviados diretamente a você ou enviados por outro
nomes na caixa Para, Cc ou Cco. Separe vários destinatá- destinatário
rios com um ponto e vírgula. Sinalizado – para localizar emails sinalizados por você
Para selecionar os nomes dos destinatários em uma apenas
lista no Catálogo de Endereços, clique em Para, Cc ou Importante – para localizar somente emails rotulados
Cco e clique nos nomes desejados. como importantes
Não vejo a caixa Cco. Como posso ativá-lo?
Para exibir a caixa Cco para esta e todas as mensagens
futuras, clique em Opções e, no grupo Mostrar Campos, INTERNET: NAVEGAÇÃO NA INTERNET,
clique em Cco. CONCEITOS DE URL, LINKS, SITES, BUSCA
Clique em Anexar arquivo para adicionar um anexo. E IMPRESSÃO DE PÁGINAS.
Ou clique em Anexar Item para anexar itens do Outlook,
como mensagens de email, tarefas, contatos ou itens de
calendário. REDES DE COMPUTADORES

Redes de Computadores refere-se à interligação por


meio de um sistema de comunicação baseado em trans-
missões e protocolos de vários computadores com o ob-
jetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa
ligação é chamada de estações de trabalho (nós, pontos
ou dispositivos de rede).
Atualmente, existe uma interligação entre computa-
Dica : Se você não gostar a fonte ou o estilo do seu dores espalhados pelo mundo que permite a comunica-
email, você pode alterar sua aparência. Também é uma ção entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam
boa ideia Verificar a ortografia em sua mensagem antes pela internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessá-
de enviar. rio utilizar recursos como impressoras para imprimir do-
Após terminar de redigir sua mensagem, clique em cumentos, reuniões através de videoconferência, trocar
Enviar. e-mails, acessar às redes sociais ou se entreter por meio
Observação : Se você não consegue encontrar o botão de jogos, etc.
Enviar, talvez você precise configurar uma conta de email. Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails,
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à inter-
Pesquisar email net nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens,
o crescimento das redes de computadores também tem
Da Caixa de Entrada, ou de qualquer outra pasta de seu lado negativo. A cada dia surgem problemas que
email, localize a caixa Pesquisar na parte superior de suas prejudicam as relações entre os indivíduos, como pirata-
mensagens. ria, espionagem, phishing - roubos de identidade, assun-
Para encontrar uma palavra que você sabe que está tos polêmicos como racismo, sexo, pornografia, sendo
em uma mensagem ou uma mensagem de uma pessoa destacados com mais exaltação, entre outros problemas.
em particular, digite a palavra ou o nome da pessoa na Há muito tempo, o ser humano sentiu a necessida-
caixa Pesquisar. Mensagens que contenham a palavra ou de de compartilhar conhecimento e estabelecer relações
o nome que você especificou serão exibidas com o texto com pessoas a distância. Na década de 1960, durante
de pesquisa destacado nos resultados. a Guerra Fria, as redes de computadores surgiram com
objetivos militares: interconectar os centros de comando
Restrinja os resultados de pesquisa dos EUA para com objetivo de proteger e enviar dados.

No grupo  Escopo  na faixa de opções, escolha onde 1. Alguns tipos de Redes de Computadores
você deseja pesquisar: Todas as Caixas de Correio, Caixa
de Correio Atual, Pasta Atual, Subpasta ou Todos os Itens Antigamente, os computadores eram conectados em
do Outlook. distâncias curtas, sendo conhecidas como redes locais. Mas,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

No grupo Refinar na faixa de opções, escolha se você com a evolução das redes de computadores, foi necessário
está procurando pela pessoa que enviou a mensagem ou aumentar a distância da troca de informações entre as pes-
pelo assunto. soas. As redes podem ser classificadas de acordo com sua
Você pode filtrar ainda mais os resultados da pesqui- arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring, etc.), a exten-
sa ao selecionar: são geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN, etc.), a topologia
Com Anexos  – para localizar somente emails com (anel, barramento, estrela, ponto-a-ponto, etc.) e o meio de
anexos transmissão (redes por cabo de fibra óptica, trançado, via
Categorizado – para localizar emails que tenham sido rádio, etc.).
atribuídos a uma categoria específica Veja alguns tipos de redes:
Esta Semana – para pesquisar quando o email foi re- Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se
cebido. Há vários períodos de tempo para escolher (Hoje, comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Bluetooth;
Ontem, Mês Passado, etc.)

41
Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e de
que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala, difícil instalação. São velozes e imunes a interferências
um prédio ou um campus de universidade; eletromagnéticas.
Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –
MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de #FicaDica
10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – Após montar o cabeamento de rede é ne-
WAN) – rede que faz a cobertura de uma grande área cessário realizar um teste através dos testa-
dores de cabos, adquirido em lojas especia-
geográfica, geralmente, um país, cerca de 100 km; lizadas. Apesar de testar o funcionamento,
Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re- ele não detecta se existem ligações incorre-
des espalhadas pelo mundo podendo ser interconecta- tas. É preciso que um técnico veja se os fios
das a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem dos cabos estão na posição certa.
maiores, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet;
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos 4. Sistema de Cabeamento Estruturado
eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio Para que essa conexão não prejudique o ambiente de
para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para trabalho, em uma grande empresa, são necessárias várias
grandes distâncias. conexões e muitos cabos, sendo necessário o cabeamen-
to estruturado.
2. Topologia de Redes Por meio dele, um técnico irá poupar trabalho e tem-
po, tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção
Astopologias das redes de computadores são as es- da rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que pos-
truturas físicas dos cabos, computadores e componen- sibilitam que vários conectores possam ser inseridos em
tes. Existem as topologias físicas, que são mapas que um único local, sem a necessidade de serem conectados
mostram a localização de cada componente da rede que diretamente no hub.
serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo Além disso, o sistema de cabeamento estruturado
modo que os dados trafegam na rede: possui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os
Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es- cabos das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um
tão interconectadas por pares através de um roteamento concentrador de tomadas, favorecendo a manutenção
de dados; das redes. Eles são adaptados e construídos para serem
Topologia de Estrela – modelo em que existe um pon- inseridos em um rack.
to central (concentrador) para a conexão, geralmente um Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto
hub ou switch; do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é
Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em pensada de forma a realizar a sua expansão.
automação industrial e na década de 1980 pelas redes To- Repetidores: Dispositivo capaz de expandir o cabea-
ken Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores são mento de rede. Ele poderá transformar os sinais recebi-
entreligados formando um anel e os dados são propagados dos e enviá-los para outros pontos da rede. Apesar de
de computador a computador até a máquina de origem; serem transmissores de informações para outros pontos,
Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri- eles também diminuem o desempenho da rede, poden-
meiras conexões feitas pelas redes Ethernet. Refere- se do haver colisões entre os dados à medida que são ane-
a computadores conectados em formato linear, cujo ca- xas outras máquinas. Esse equipamento, normalmente,
beamento é feito sequencialmente; encontra-se dentro do hub.
Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas Hubs: Dispositivos capazes de receber e concentrar
estão interligadas por um mesmo canal através de paco- todos os dados da rede e compartilhá-los entre as outras
tes endereçados (unicast, broadcast e multicast). estações (máquinas). Nesse momento nenhuma outra
máquina consegue enviar um determinado sinal até que
3. Cabos os dados sejam distribuídos completamente. Eles são uti-
lizados em redes domésticas e podem ter 8, 16, 24 e 32
Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura portas, variando de acordo com o fabricante. Existem os
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

física utilizada para conectar computadores em rede, es- Hubs Passivos, Ativos, Inteligentes e Empilháveis.
tando relacionados a largura de banda, a taxa de trans- Bridges: É um repetidor inteligente que funciona
missão, padrões internacionais, etc. Há vantagens e des- como uma ponte. Ele lê e analisa os dados da rede, além
vantagens para a conexão feita por meio de cabeamento. de relacionar diferentes arquiteturas.
Os mais utilizados são: Switches: Tipo de aparelho semelhante a um hub,
Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por sua mas que funciona como uma ponte: ele envia os dados
velocidade, pode ser feito sob medida, comprados em apenas para a máquina que o solicitou. Ele possui muitas
lojas de informática ou produzidos pelo usuário; portas de entrada e melhor performance, podendo ser
Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância utilizado para redes maiores.
maior na transmissão de dados, apesar de serem flexíveis, Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento ISA, e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
suporte não encontrado em computadores mais novos; como um tipo de ponte na camada de rede do modelo

42
OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter- merciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta
conexão de sistemas abertos para conectar máquinas de de todos os setores sociais até atingir a amplitude de sua
diferentes fabricantes), identificando e determinando um difusão nos tempos atuais.
IP para cada computador que se conecta com a rede. Um marco que é importante frisar é o surgimento do
Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de da- WWW que foi a possibilidade da criação da interface grá-
dos na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os fica deixando a internet ainda mais interessante e vanta-
roteadores estáticos, capaz de encontrar o menor cami- josa, pois até então, só era possível a existência de textos.
nho para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver con- Para garantir a comunicação entre o remetente e o
gestionada; e os roteadores dinâmicos que encontram destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido
caminhos mais rápidos e menos congestionados para o como o pai da internet criou os protocolos TCP/IP, que
tráfego. são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMIS-
Modem: Dispositivo responsável por transformar a SION CONTROL PROTOCOL (Protocolo de Controle de
onda analógica que será transmitida por meio da linha Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo
telefônica, transformando-a em sinal digital original. de Internet) são conjuntos de regras que tornam possível
Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes tanto a conexão entre os computadores, quanto ao en-
de computadores, como por exemplo, envio de arquivos tendimento da informação trocada entre eles.
ou e-mail. Os computadores que acessam determinado A internet funciona o tempo todo enviando e rece-
servidor são conhecidos como clientes. bendo informações, por isso o periférico que permite a
Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunica- conexão com a internet chama MODEM, porque que ele
ção entre os computadores da rede. Cada arquitetura de MOdula e DEModula sinais, e essas informações só po-
rede depende de um tipo de placa específica. As mais dem ser trocadas graças aos protocolos TCP/IP.
utilizadas são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em
anel). 1. Protocolos Web

Já que estamos falando em protocolos, citaremos ou-


CONCEITOS DE TECNOLOGIAS RELACIONADAS tros que são largamente usados na Internet:
À INTERNET E INTRANET, BUSCA E PESQUISA - HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de
NA WEB, MECANISMOS DE BUSCA NA WEB. transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para
trocar informações na Internet. Quando digitamos um
O objetivo inicial da Internet era atender necessida- site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
des militares, facilitando a comunicação. A agência nor- Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
te-americana ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PRO- Onde:
JECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermí-
na década de 60, criaram um projeto que pudesse conec- dia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter
tar os computadores de departamentos de pesquisas e texto, som, imagem, filmes e links.
bases militares, para que, caso um desses pontos sofres- - URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão
se algum tipo de ataque, as informações e comunicação de recursos, serve para endereçar um recurso na web,
não seriam totalmente perdidas, pois estariam salvas em é como se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de
outros pontos estratégicos. acessar um determinado site.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma co- Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:
nexão a longa distância e possibilitava que as mensagens
fossem fragmentadas e endereçadas ao seu computador
Faz a solicitação de um arquivo de
de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da http://
hiper mídia para a Internet.
informação poderia ser realizado por várias rotas, assim,
caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados Estipula que esse recurso está na rede
poderiam seguir por outro caminho garantindo a entre- mundial de computadores (veremos
www
ga da informação, é importante mencionar que a maior mais sobre www em um próximo
distância entre um ponto e outro, era de 450 quilôme- tópico).
tros. No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as É o endereço de domínio. Um
barreiras de distância, passando a interligar e favorecer endereço de domínio representará
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

a troca de informações de computadores de universi- novaconcursos


sua empresa ou seu espaço na
dades dos EUA e de outros países, criando assim uma Internet.
rede (NET) internacional (INTER), consequentemente seu
nome passa a ser, INTERNET. Indica que o servidor onde esse site
A evolução não parava, além de atingir fronteiras está
.com
continentais, os computadores pessoais evoluíam em hospedado é de finalidades
forte escala alcançando forte potencial comercial, a Inter- comerciais.
net deixou de conectar apenas computadores de univer- .br Indica queo servidor está no Brasil.
sidades, passou a conectar empresas e, enfim, usuários
domésticos. Na década de 90, o Ministério das Comu-
nicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil
trouxeram a Internet para os centros acadêmicos e co-

43
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, - UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua
que demonstram a finalidade e organização que o criou, na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP).
como: Permite que a aplicação escreva um datagrama en-
.gov - Organização governamental capsulado num pacote IP e transportado ao des-
.edu - Organização educacional tino. É muito comum lermos que se trata de um
.org - Organização protocolo não confiável, isso porque ele não é im-
.ind - Organização Industrial plementado com regras que garantam tratamento
.net - Organização telecomunicações de erros ou entrega.
.mil - Organização militar
.pro - Organização de profissões 2. Provedor
.eng – Organização de engenheiros
E também, do país de origem: O provedor é uma empresa prestadora de serviços
.it – Itália que oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é
.pt – Portugal necessário conectar-se com um computador que já este-
.ar – Argentina ja na Internet (no caso, o provedor) e esse computador
.cl – Chile deve permitir que seus usuários também tenham acesso
.gr – Grécia a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
que se trata de um site hospedado em um servidor dos computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
Estados Unidos. que é a conexão física que interliga o provedor de aces-
so com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida
- HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Se- como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet
melhante ao HTTP, porém permite que os dados no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse
sejam transmitidos através de uma conexão cripto- uma avenida de três pistas e os links como se fossem as
grafada e que se verifique a autenticidade do servi- ruas que estão interligadas nesta avenida. Tanto o link
dor e do cliente através de certificados digitais. como o backbone possui uma velocidade de transmis-
- FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transfe- são, ou seja, com qual velocidade ele transmite os dados.
rência de arquivo, é o protocolo utilizado para po- Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo).
der subir os arquivos para um servidor de internet, Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
seus programas mais conhecidos são, o Cute FTP, que fornecerá um nome de usuário, uma senha de aces-
FileZilla e LeechFTP, ao criar um site, o profissio- so e um endereço eletrônico na Internet.
nal utiliza um desses programas FTP ou similares
e executa a transferência dos arquivos criados, o 3. Home Page
manuseio é semelhante à utilização de gerencia-
dores de arquivo, como o Windows Explorer, por Pela definição técnica temos que uma Home Page é
exemplo. um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de com-
- POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto putadores rodando um Navegador (Browser), que per-
dos Correios permite, como o seu nome o indica, mite o acesso às informações em um ambiente gráfico
recuperar o seu correio num servidor distante (o e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de
servidor POP). É necessário para as pessoas não informações dentro das Home Pages.
ligadas permanentemente à Internet, para pode-
rem consultar os mails recebidos offline. Existem
duas versões principais deste protocolo, o POP2 e #FicaDica
o POP3, aos quais são atribuídas respectivamente
as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de O endereço de Home Pages tem o seguinte
comandos textuais radicalmente diferentes, na tro- formato:
ca de e-mails ele é o protocolo de entrada. http://www.endereço.com/página.html
- IMAP (Internet Message Access Protocol): É um pro- Por exemplo, a página principal do meu pro-
tocolo alternativo ao protocolo POP3, que ofere- jeto de mestrado:
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

ce muitas mais possibilidades, como, gerir vários http://www.youtube.com/canaldoovidio


acessos simultâneos e várias caixas de correio,
além de poder criar mais critérios de triagem.
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o protoco- 4. Plug-ins
lo padrão para envio de e-mails através da Internet.
Faz a validação de destinatários de mensagens. Ele Os plug-ins são programas que expandem a capaci-
que verifica se o endereço de e-mail do destinatá- dade do Browser em recursos específicos - permitindo,
rio está corretamente digitado, se é um endereço por exemplo, que você toque arquivos de som ou veja
existente, se a caixa de mensagens do destinatário filmes em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas
está cheia ou se recebeu sua mensagem, na troca de software vêm desenvolvendo plug-ins a uma veloci-
de e-mails ele é o protocolo de saída. dade impressionante. Maiores informações e endereços
sobre plug-ins são encontradas na página:

44
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/ HTML, e-mail, FTP, etc.) que vêm, atualmente fazendo
Software/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/ muito sucesso. Entre as razões para este sucesso, estão
Indices/ o custo de implantação relativamente baixo e a facilida-
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo de de uso propiciada pelos programas de navegação na
temos uma relação de alguns deles: Web, os browsers.
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
etc.). 2. Objetivo de construir uma Intranet
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, Organizações constroem uma intranet porque ela é
BMP, PCX, etc.). uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficien-
- Negócios e Utilitários. te para economizar tempo, diminuir as desvantagens da
- Apresentações. distância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de
capital com conhecimentos das operações e produtos da
INTRANET empresa.

A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de 3. Aplicações da Intranet


uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de co-
de comunicação internas baseadas na tecnologia usada municações corporativas em uma intranet dá para simpli-
na Internet. Como um jornal editado internamente, e que ficar o trabalho, pois estamos virtualmente todos na mes-
pode ser acessado apenas pelos funcionários da empre- ma sala. De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde
sa. a intranet vai ser mais efetiva para unir (no sentido opera-
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais cional) os diversos profissionais de uma empresa. Mas em
e departamentos, mesclando (com segurança) as suas algumas áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
informações particulares dentro da estrutura de comuni- - Marketing e Vendas - Informações sobre produ-
cações da empresa. tos, listas de preços, promoções, planejamento de
O grande sucesso da Internet, é particularmente da
eventos;
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de
evolução da informática nos últimos anos.
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilida-
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
des de membros das equipes, situações de proje-
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
tos;
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
- Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis-
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democrati-
temas de melhoria contínua (Sistema de Suges-
zaram o acesso à informação através de redes de com-
putadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca tões), manuais de qualidade;
base de usuários, já familiarizados com conhecimentos - Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos-
básicos de informática e de navegação na Internet. Fi- tilas, políticas da companhia, organograma, opor-
nalmente, surgiram muitas ferramentas de software de tunidades de trabalho, programas de desenvolvi-
custo zero ou pequeno, que permitem a qualquer orga- mento pessoal, benefícios.
nização ou empresa, sem muito esforço, “entrar na rede”
e começar a acessar e colocar informação. O resultado Para acessar as informações disponíveis na Web cor-
inevitável foi a impressionante explosão na informação porativa, o funcionário praticamente não precisa ser trei-
disponível na Internet, que segundo consta, está dobran- nado. Afinal, o esforço de operação desses programas se
do de tamanho a cada mês. resume quase somente em clicar nos links que remetem
Assim, não demorou muito a surgir um novo concei- às novas páginas. No entanto, a simplicidade de uma in-
to, que tem interessado um número cada vez maior de tranet termina aí. Projetar e implantar uma rede desse
empresas, hospitais, faculdades e outras organizações tipo é uma tarefa complexa e exige a presença de pro-
interessadas em integrar informações e usuários: a intra- fissionais especializados. Essa dificuldade aumenta com
net. Seu advento e disseminação promete operar uma o tamanho da intranet, sua diversidade de funções e a
revolução tão profunda para a vida organizacional quan- quantidade de informações nela armazenadas.
to o aparecimento das primeiras redes locais de compu-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

tadores, no final da década de 80. 4. A intranet é baseada em quatro conceitos:

1. O que é Intranet? - Conectividade - A base de conexão dos computa-


dores ligados por meio de uma rede, e que podem
O termo “intranet” começou a ser usado em meados transferir qualquer tipo de informação digital entre si;
de 1995 por fornecedores de produtos de rede para se - Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa-
referirem ao uso dentro das empresas privadas de tecno- dores e sistemas operacionais podem ser conecta-
logias projetadas para a comunicação por computador dos de forma transparente;
entre empresas. Em outras palavras, uma intranet consis- - Navegação - É possível passar de um documento
te em uma rede privativa de computadores que se baseia a outro por meio de referências ou vínculos de
nos padrões de comunicação de dados da Internet pú- hipertexto, que facilitam o acesso não linear aos
blica, baseadas na tecnologia usada na Internet (páginas documentos;

45
- Execução Distribuída - Determinadas tarefas de 5.4. palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
acesso ou manipulação na intranet só podem ocor-
rer graças à execução de programas aplicativos, Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
que podem estar no servidor, ou nos microcompu- chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
tadores que acessam a rede (também chamados exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas
de clientes, daí surgiu à expressão que caracteriza relevantes sobre pelo menos um dos dois temas - nes-
a arquitetura da intranet: cliente-servidor). se caso, como as duas palavras chaves são populares, os
- A vantagem da intranet é que esses programas dois resultados são apresentados em posição de desta-
são ativados através da WWW, permitindo grande que.
flexibilidade. Determinadas linguagens, como Java,
assumiram grande importância no desenvolvimen- 5.5. filetype:tipo
to de softwares aplicativos que obedeçam aos três
conceitos anteriores. Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de
extensão especificada. Por exemplo, em uma busca fi-
5. Mecanismos de Buscas letype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da palavra
chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos
Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno de extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT,
exatamente o que você queria pode trazer algumas ho- DOC.
ras de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os
algoritmos de busca sejam sempre revisados e busquem 5.6. palavra_chave_01 * palavra_chave_02
de certa forma “adivinhar” o que se passa em sua cabeça,
lançar mão de alguns artifícios para que sua busca seja Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o *
otimizada poupará seu tempo e fará com que você tenha um indicador de “qualquer conteúdo”, retorna resultados
acesso a resultados mais relevantes. em que os termos inicial e final aparecem, independente
Os mecanismos de buscas contam com operadores
do que “esteja entre eles”. Realize uma busca do tipo fa-
para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no
cebook * msn e veja o resultado na prática.
entanto, pode não interessar a você, caso não seja um
praticante de SEO. Contudo, alguns são realmente úteis
6. Áudio e Vídeo
e estão listados abaixo. Realize uma busca simples e de-
pois aplique os filtros para poder ver o quanto os resul-
A popularização da banda larga e dos serviços de
tados podem ser mais especializados em relação ao que
e-mail com grande capacidade de armazenamento está
você procura.
aumentando a circulação de vídeos na Internet. O pro-
5.1. -palavra_chave blema é que a profusão de formatos de arquivos pode
tornar a experiência decepcionante.
Retorna uma busca excluindo aquelas em que a pa- A maioria deles depende de um único programa para
lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai neces-
por computação, provavelmente encontrarei na relação sitar do QuickTime, da Apple. Outros, além de um player
dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computa- de vídeo, necessitam do “codec” apropriado. Acrônimo
ção“. Contudo, se eu fizer uma busca por computação de “COder/DECoder”, codec é uma espécie de comple-
-ciência, os resultados que tem a palavra chave ciência mento que descomprime - e comprime - o arquivo. É o
serão omitidos. caso do MPEG, que roda no Windows Media Player, des-
de que o codec esteja atualizado - em geral, a instalação
5.2. +palavra_chave é automática.
Com os três players de multimídia mais populares -
Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você
uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga dificilmente encontrará problemas para rodar vídeos,
ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com- tanto offline como por streaming (neste caso, o down-
putação, terei como retorno uma gama mista de resul- load e a exibição do vídeo são simultâneos, como na TV
tados. Caso eu queira filtrar somente os casos em que Terra).
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

ciências aparece, e também no estado de SP, realizo uma Atualmente, devido à evolução da internet com os
busca do tipo computação + ciência SP. mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais,
há uma grande demanda por programas para trabalhar
com imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a
5.3. “frase_chave” isso, também há no mercado uma ampla gama de ferra-
mentas existentes que fazem algum tipo de tratamento
Retorna uma busca em que existam as ocorrências ou conversão de imagens.
dos termos que estão entre aspas, na ordem e grafia Porém, muitos destes programas não são o que se
exatas ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão
busca do tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta em seu uso ou na manipulação dos recursos existentes.
da palavra FAZER, verá resultados em que a frase idêntica Caso o que você precise seja apenas um programa para
foi empregada. visualizar imagens e aplicar tratamentos e efeitos simples

46
ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar FTP anônimo versus FTP com autenticação existem dois
uma conferida em alguns aplicativos mais leves e com re- tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada, é a cone-
cursos mais enxutos como os visualizadores de imagens. xão anônima, na qual não é preciso possuir um username
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos ou password (senha) no servidor de FTP, bastando apenas
deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis identificar-se como anonymous (anônimo). Neste caso, o
de se utilizar dos editores, para você que não precisa de que acontece é que, em geral, a árvore de diretório que
tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um trata- se enxerga é uma sub-árvore da árvore do sistema. Isto é
mento especial para as suas mais variadas imagens. muito importante, porque garante um nível de segurança
O Picasa está com uma versão cheia de inovações que adequado, evitando que estranhos tenham acesso a todas
faz dele um aplicativo completo para visualização de fo- as informações da empresa. Quando se estabelece uma co-
tos e imagens. Além disso, ele possui diversas ferramen- nexão de “FTP anônimo”, o que acontece em geral é que a
tas úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de conexão é posicionada no diretório raiz da árvore de diretó-
imagem do computador. rios. Dentre os mais comuns estão: pub, etc, outgoing e in-
As ferramentas de edição possuem os métodos mais coming. O segundo tipo de conexão envolve uma autenti-
avançados para automatizar o processo de correção de cação, e portanto, é indispensável que o usuário possua um
imagens. No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o username e uma password que sejam reconhecidas pelo
programa consegue identificar e corrigir todos os olhos sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste
caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no
vermelhos da foto automaticamente sem precisar sele-
diretório criado para a conta do usuário – diretório home, e
cionar um por um. Além disso, é possível cortar, endirei-
dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas só
tar, adicionar textos, inserir efeitos, e muito mais.
escrever e ler arquivos nos quais ele possua.
Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa Assim como muitas aplicações largamente utilizadas
biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligen- hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema
te de armazenamento capaz de filtrar imagens que con- operacional UNIX, que foi o grande percursor e respon-
tenham apenas rostos. Assim você consegue visualizar sável pelo sucesso e desenvolvimento da Internet.
apenas as fotos que contém pessoas.
Depois de tudo organizado em seu computador, você 8. Algumas dicas
pode escolher diversas opções para salvar e/ou compartilhar
suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso pode ser 1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o
feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web. O progra- número de conexões simultâneas para evitar uma
ma possui integração com o PicasaWeb, o qual possibilita sobrecarga na máquina. Uma outra limitação pos-
enviar um álbum inteiro pela internet em poucos segundos. sível é a faixa de horário de acesso, que muitas
vezes é considerada nobre em horário comercial,
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve e portanto, o FTP anônimo é temporariamente de-
e com uma interface gráfica simples porém otimizada e sativado.
fácil de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade 2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites
com este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site
recursos simples de editor. Com ele é possível fazer ope- sendo acessado.
rações como copiar e deletar imagens até o efeito de re- 3. Antes de realizar a transferência de qualquer arqui-
moção de olhos vermelhos em fotos. O programa oferece vo verifique se você está usando o modo correto,
alternativas para aplicar efeitos como texturas e alteração isto é, no caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e
de cores em sua imagem por meio de apenas um clique. no caso de arquivos binários (.exe, .com, .zip, .wav,
Além disso sempre é possível a visualização de ima- etc.), o modo é binário. Esta prevenção pode evitar
gens pelo próprio gerenciador do Windows. perda de tempo.
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servi-
dor de FTP em seu computador. Isto pode permitir
7. Transferência de arquivos pela internet
que um amigo seu consiga acessar o seu compu-
tador como um servidor remoto de FTP, bastando
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferên-
que ele tenha acesso ao número IP, que lhe é atri-
cia de Arquivos) é uma das mais antigas formas de inte-
buído dinamicamente.
ração na Internet. Com ele, você pode enviar e receber
arquivos para, ou de computadores que se caracterizam
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

9. Grupos de Discussão e Redes Sociais


como servidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito
de arquivo texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não São espaços de convivências virtuais em que grupos
texto (Binários – código 8 bits). Há uma diferença interes- de pessoas ou empresas se relacionam por meio do en-
sante entre enviar uma mensagem de correio eletrônico vio de mensagens, do compartilhamento de conteúdo,
e realizar transferência de um arquivo. A mensagem é entre outras ações.
sempre transferida como uma informação textual, en- As redes sociais tiveram grande avanço devido a evo-
quanto a transferência de um arquivo pode ser caracteri- lução da internet, cujo boom aconteceu no início do mi-
zada como textual (ASCII) ou não-textual (binário). lênio. Vejamos como esse percurso aconteceu:
Um servidor FTP é um computador que roda um pro- Em 1994 foi lançado o GeoCities, a primeira comuni-
grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é dade que se assemelha a uma rede social. O GeoCities
capaz de se comunicar com outro computador na Rede que, no entanto, não existe mais, orientava as pessoas
que o esteja acessando através de um cliente FTP. para que elas próprias criassem suas páginas na internet.

47
Em 1995 surge o The Globe, que dava aos internautas Além disso, as redes sociais oferecem uma forma rá-
a oportunidade de interagir com um grupo de pessoas. pida e eficaz de comunicar algo para um grande número
No mesmo ano, também surge uma plataforma que de pessoas ao mesmo tempo.
permite a interação com antigos colegas da escola, o Podemos citar como exemplo o fato de poder avisar
Classmates. um acontecimento, a preparação de uma manifestação
Já nos anos 2000, surge o Fotolog, uma plataforma que, ou a mobilização de um grupo para um protesto.
desta vez, tinha como foco a publicação de fotografias. No entanto, em decorrência de alguns perigos, as re-
des sociais apresentam as suas desvantagens. Uma delas
Em 2002 surge o que é considerada a primeira verda- é a falta de privacidade.
deira rede social, o Friendster. Por esse motivo, o uso das redes sociais tem sido
No ano seguinte, é lançado o LinkedIn, a maior rede cada vez mais discutido, inclusive pela polícia, que alerta
social de caráter profissional do mundo. para algumas precauções.
E em 2004, junto com a maior de todas as redes, o
Facebook, surgem o Orkut e o Flickr.
Há vários tipos de redes sociais. A grande diferença #FicaDica
entre elas é o seu objetivo, os quais podem ser:
• Estabelecimento de contatos pessoais (relações de Por ser algo muito atual, tem caído mui-
amizade ou namoro). tas questões de redes sociais nos concursos
• Networking: partilha e busca de conhecimentos atualmente.
profissionais e procura emprego ou preenchimen-
to de vagas.
• Partilha e busca de imagens e vídeos.
• Partilha e busca de informações sobre temas varia-
dos. EXERCÍCIOS COMENTADOS
• Divulgação para compra e venda de produtos e
serviços. 1. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se uma
• Jogos, entre outros. impressora estiver compartilhada em uma intranet por
meio de um endereço IP, então, para se imprimir um ar-
Há dezenas de redes sociais. Dentre as mais conheci- quivo nessa impressora, é necessário, por uma questão
das, destacamos: de padronização dessa tecnologia de impressão, indicar
• Facebook: interação e expansão de contatos. no navegador web a seguinte url:
• Youtube: partilha de vídeos. , em
• Whatsapp: envio de mensagens instantâneas e que deve estar acessível via rede e
chamadas de voz.
• Instagram: partilha de fotos e vídeos. deve ser do tipo PDF.
• Twitter: partilha de pequenas publicações, as quais
são conhecidas como “tweets”.
• Pinterest: partilha de ideias de temas variados. ( ) CERTO ( ) ERRADO
• Skype: telechamada.
• LinkedIn: interação e expansão de contatos profis- Resposta: Errado. Pelo comando da questão, esta afir-
sionais. ma que somente arquivos no formato PDF, poderiam
• Badoo: relacionamentos amorosos. ser impressos, o que torna o item errado, o comando
• Snapchat: envio de mensagens instantâneas. para impressão não verifica o formato do arquivo, tão
• Messenger: envio de mensagens instantâneas. somente o local onde está o arquivo a ser impresso.
• Flickr: partilha de imagens.
• Google+: partilha de conteúdos.
• Tumblr: partilha de pequenas publicações, seme-
lhante ao Twitter.

10. Vantagens e Desvantagens


NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Existem várias vantagens em fazer parte de redes


sociais e é principalmente por isso que elas tiveram um
crescimento tão significativo ao longo dos anos.
Isso porque as redes sociais podem aproximar as pes-
soas. Afinal, elas são uma maneira fácil de manter as re-
lações e o contato com quem está distante, propiciando,
assim, a possibilidade de interagir em tempo real.
As redes também facilitam a relação com quem está
mais perto. Em decorrência da rotina corrida do dia a dia,
nem sempre há tempo para que as pessoas se encon-
trem fisicamente.

48
2. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se, em 3. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se o
uma intranet, for disponibilizado um portal de informa- servidor proxy responder na porta 80 e a conexão passar
ções acessível por meio de um navegador, será possível por um firewall de rede, então o firewall deverá permitir
acessar esse portal fazendo-se uso dos protocolos HTTP conexões de saída da estação do usuário com a porta 80
ou HTTPS, ou de ambos, dependendo de como esteja de destino no endereço do proxy.
configurado o servidor do portal.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. E muitas redes LAN o servidor pro-


xy e o firewall estão no mesmo servidor físico/virtual,
porém isso não é uma regra, ou seja, os dois serviços
podem aparecer eventualmente em servidores físicos/
virtuais separados. Para que uma estação de usuário
(que utiliza proxy na porta 80) possa “sair” da rede
LAN para o mundo exterior “WAN” é necessário que
o firewall permita conexões de saída na mesma porta
em que o proxy está respondendo, ou seja, a porta 80.

4. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) A opção


de usar um servidor proxy para a rede local faz que o IE
solicite autenticação em toda conexão de Internet que
for realizada.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Com base na figura acima, que ilustra as configurações
da rede local do navegador Internet Explorer (IE), versão Resposta: Errado. Somente é solicitado a autentica-
9, julgue os próximos itens. ção se o servidor assim estiver configurado, do con-
trário nenhuma senha é solicitada, além de que foi de-
( ) CERTO ( ) ERRADO finido para a rede Interna e não para acesso à Internet.

Resposta: Certo. HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) 5. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Considere
é um protocolo, ou seja, uma determinada regra que que um usuário necessite utilizar diferentes dispositivos
permite ao seu computador trocar informações com computacionais, permanentemente conectados à Inter-
um servidor que abriga um site. Isso significa que, uma net, que utilizem diferentes clientes de e-mail, como o
vez conectados sob esse protocolo, as máquinas po- Outlook Express e Mozilla Thunderbird. Nessa situação, o
dem receber e enviar qualquer conteúdo textual – os usuário deverá optar pelo uso do protocolo IMAP (Inter-
códigos que resultam na página acessada pelo nave- net message access protocol), em detrimento do POP3
gador. (post office protocol), pois isso permitirá a ele manter o
O problema com o HTTP é que, em redes Wi-Fi ou conjunto de e-mails no servidor remoto ou, alternativa-
outras conexões propícias a phishing (fraude eletrô- mente, fazer o download das mensagens para o compu-
nica) e hackers, pessoas mal-intencionadas podem tador em uso.
atravessar o caminho e interceptar os dados transmiti-
dos com relativa facilidade. Portanto, uma conexão em ( ) CERTO ( ) ERRADO
HTTP é insegura.
Nesse ponto entra o HTTPS (Hyper Text Transfer Pro- Resposta: Certo. Em clientes de correios eletrônicos o
tocol Secure), que insere uma camada de proteção na padrão é utilizar o Protocolo POP ou POP3 que tem a
transmissão de dados entre seu computador e o ser- função de baixar as mensagens do servidor de e-mail
vidor. Em sites com endereço HTTPS, a comunicação para o computador que o programa foi configurado.
é criptografada, aumentando significativamente a se- Quando o POP é substituído pelo IMAP, essas men-
gurança dos dados. É como se cliente e servidor con- sagens são baixadas para o computador do usuário
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

versassem uma língua que só as duas entendessem, só que apenas uma cópia delas, deixando no servidor
dificultando a interceptação das informações. as mensagens originais; quando o acesso é feito por
Para saber se está navegando em um site com crip- outro computador essas mensagens que estão no ser-
tografia, basta verificar a barra de endereços, na qual vidor são baixadas para este outro computador, dei-
será possível identificar as letras HTTPS e, geralmente, xando sempre a original no servidor.
um símbolo de cadeado que denota segurança. Além
disso, o usuário deverá ver uma bandeira com o nome 6. (PAPILOSCOPISTA – CESPE – 2012) Twitter, Orkut,
do site, já que a conexão segura também identifica pá- Google+ e Facebook são exemplos de redes sociais que
ginas na Internet por meio de seu certificado. utilizam o recurso scraps para propiciar o compartilha-
mento de arquivos entre seus usuários

( ) CERTO ( ) ERRADO

49
Resposta: Errado. Scrap é um recado e sua função 10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) O ar-
principal é enviar mensagens e não o compartilha- mazenamento de informações em arquivos denomina-
mento de arquivos. Ainda que algumas redes permi- dos cookies pode constituir uma vulnerabilidade de um
tam o compartilhamento de fotos e gifs animados, o sistema de segurança instalado em um computador. Para
objetivo não é o compartilhamento de arquivos e nem reduzir essa vulnerabilidade, o IE6 disponibiliza recursos
todas as redes citadas na questão permitem. para impedir que cookies sejam armazenados no com-
putador. Caso o delegado deseje configurar tratamentos
7. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) Nas referentes a cookies, ele encontrará recursos a partir do
versões recentes do Mozilla Firefox, há um recurso que uso do menu .
mantém o histórico de atualizações instaladas, no qual
são mostrados detalhes como a data da instalação e o ( ) CERTO ( ) ERRADO
usuário que executou a operação.
Resposta: Certo. No navegador Internet Explorer 11, a
( ) CERTO ( ) ERRADO seguinte sequência de ação pode ser usada para fazer
o bloqueio de cookies: Clicar no botão Ferramentas,
Reposta: Errado. Esse recurso existe nas últimas ver- depois em Opções da Internet, ativar guia Privacidade
sões do Firefox, contudo o histórico não contém o e, em Configurações, mover o controle deslizante até
usuário que executou a operação. Este recurso está em cima para bloquear todos os cookies e, em segui-
disponível no menu Firefox – Opções – Avançado – da, clicar em OK.
Atualizações – Histórico de atualizações.
11. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Caso o
8. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No acesso à Internet descrito tenha sido realizado mediante
Internet Explorer 10, por meio da opção Sites Sugeridos, um provedor de Internet acessível por meio de uma co-
o usuário pode registrar os sítios que considera mais im- nexão a uma rede LAN, à qual estava conectado o com-
portantes e recomendá-los aos seus amigos. putador do delegado, é correto concluir que as informa-
ções obtidas pelo delegado transitaram na LAN de modo
( ) CERTO ( ) ERRADO criptografado.

Resposta: Errado. O recurso Sites Sugeridos é um ser- ( ) CERTO ( ) ERRADO


viço online que o Internet Explorer usa para recomen-
dar sítios de que o usuário possa gostar, com base nos Resposta: Errado. Pela barra de endereço se verifica
sítios visitados com frequência. Para acessá-lo, basta que o protocolo utilizado é o HTTP; dessa forma se
clicar o menu Ferramentas-Arquivo- Sites Sugeridos. conclui que não há uma criptografia, se fosse o proto-
Considere que um delegado de polícia federal, em colo HTTPS, poderia se aferir que haveria algum tipo
uma sessão de uso do Internet Explorer 6 (IE6), obteve de criptografia do tipo SSL.
a janela ilustrada acima, que mostra uma página web
do sítio do DPF, cujo endereço eletrônico está indica- 12. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Por
do no campo . A partir dessas informações, meio do botão , o delegado poderá obter, desde que
julgue os itens de 09 a 12. disponíveis, informações a respeito das páginas previa-
mente acessadas na sessão de uso do IE6 descrita e de
9. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) O con- outras sessões de uso desse aplicativo, em seu computa-
teúdo da página acessada pelo delegado, por conter da- dor. Outro recurso disponibilizado ao se clicar nesse bo-
dos importantes à ação do DPF, é constantemente atua- tão permite ao delegado realizar pesquisa de conteúdo
lizado por seu webmaster. Após o acesso mencionado nas páginas contidas no diretório histórico do IE6.
acima, o delegado desejou verificar se houve alteração
desse conteúdo. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Nessa situação, ao clicar no botão , o delegado terá
condições de verificar se houve ou não a alteração men- Resposta: Certo. É possível através do botão descrito,
cionada, independentemente da configuração do IE6, o botão de histórico, que se encontre informações das
mas desde que haja recursos técnicos e que o IE6 esteja páginas acessadas anteriormente, e também permite
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

em modo online. que se pesquise a respeito de conteúdos nas páginas


contidas no diretório do IE6.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. O botão atualizar (F5) efetua uma NOÇÕES BÁSICAS DE FERRAMENTAS E APLICA-
nova consulta ao servidor WEB, recarregando deste TIVOS DE NAVEGAÇÃO E CORREIO ELETRÔNICO
modo o arquivo novamente, se houver alterações, es-
tas serão exibidas, caso contrário o arquivo será reexi- Um browser ou navegador é um aplicativo que opera
bido sem alterações. através da internet, interpretando arquivos e sites web
desenvolvidos com frequência em código HTML que
contém informação e conteúdo em hipertexto de todas
as partes do mundo.

50
Navegadores: Navegadores de internet ou browsers
são programas de computador especializados em vi-
sualizar e dar acesso às informações disponibilizadas na
web, até pouco tempo atrás tínhamos apenas o Internet
Explorer e o Netscape, hoje temos uma série de navega-
dores no mercado, iremos fazer uma breve descrição de
cada um deles, e depois faremos toda a exemplificação Figura 4: Símbolo do Safari
utilizando o Internet Explorer por ser o mais utilizado em
todo o mundo, porém o conceito e usabilidade dos ou- Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o nave-
tros navegadores seguem os mesmos princípios lógicos. gador padrão do Windows. Como o próprio nome diz, é
Chrome: O Chrome é o navegador do Google e con- um programa preparado para explorar a Internet dando
sequentemente um dos melhores navegadores existen- acesso a suas informações. Representado pelo símbolo
tes. Outra vantagem devido ser o navegador da Google do “e” azul, é possível acessá-lo apenas com um duplo
é o mais utilizado no meio, tem uma interface simples clique em seu símbolo.
muito fácil de utilizar.

Figura 5: Símbolo do Internet Explorer


Figura 1: Símbolo do Google Chrome

#FicaDica
#FicaDica Glossário interessante que abordam inter-
Ultimamente tem caído perguntas relacio- net e correio eletrônico
nadas a guia anônima que não deixa rastro Anti-spam: Ferramenta utilizada para filtro
(senhas, auto completar, entre outros), e é de mensagens indesejadas.
acessado com o atalho CTRL+SHIFT+N Browser: Programa utilizado para navegar
na Web, também chamado de navegador.
Exemplo: Mozilla Firefox.
Cliente de e-mail: Software destinado a ge-
Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente renciar contas de correio eletrônico, possi-
navegador ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não bilitando a composição, envio, recebimen-
ter uma interface tão amigável, porém é um dos navega- to, leitura e arquivamento de mensagens.
dores mais rápidas e com maior segurança contra hac- A seguir, uma lista de gerenciadores de
kers. e-mail (em negrito os mais conhecidos e
utilizados atualmente):
Microsoft Office Outlook, Microsoft
Outlook Express, Mozilla Thunderbird, Eu-
dora,
Pegasus Mail, Apple Mail (Apple), Kmail
(Linux) e Windows Mail.
Figura 2: Símbolo do Mozilla Firefox

Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande Outros pontos importantes de conceitos que podem
desempenho, porém especialistas em segurança o consi- ser abordado no seu concurso são:
dera o navegador com menos segurança. MIME (Multipurpose Internet Mail Extensions – Exten-
sões multiuso do correio da Internet): Provê mecanismos
para o envio de outros tipo sde informações por e-mail,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

como imagens, sons, filmes, entre outros.


MTA (Mail Transfer Agent – Agente de Transferência
de Correio): Termo utilizado para designar os servidores
de Correio Eletrônico.
Figura 3: Símbolo do Opera MUA (Mail User Agent – Agente Usuário de Correio):
Programas clientes de e-mail, como o Mozilla Thunder-
Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo bird, Microsoft Outlook Express etc.
navegador considerado pelos especialistas e possui uma POP3 (Post Office Protocol Version 3 - Protocolo de
interface bem bonita, apesar de ser um navegador da Agência de Correio “Versão 3”): Protocolo padrão para
Apple existem versões para Windows. receber e-mails. Através do POP, um usuário transfere
para o computador as mensagens armazenada sem sua
caixa postal no servidor.

51
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol - Protocolo de Os agentes de transferência usam três protoco-
Transferência Simples de Correio): É um protocolo de en- los: SMTP (Simple Transfer Protocol), POP (Post Office
vio de e-mail apenas. Com ele, não é possível que um Protocol) e IMAP (Internet Message Protocol). O SMTP
usuário descarregue suas mensagens de umservidor. é usado para transferir mensagens eletrônicas entre os
Esse protocolo utiliza a porta 25 do protocolo TCP. computadores. O POP é muito usado para verificar men-
Spam: Mensagens de correio eletrônico não autori- sagens de servidores de e-mail quando ele se conecta ao
zadas ou não solicitadas pelo destinatário, geralmente servidor suas mensagens são levadas do servidor para o
de conotação publicitária ou obscena, enviadas em larga computador local. Pode ser usado por quem usa conexão
escala para uma lista de e-mails, fóruns ou grupos de discada.
discussão. Já o IMAP também é um protocolo padrão que per-
mite acesso a mensagens nos servidores de e-mail. Ele
1. Um pouco de história possibilita a leitura de arquivos dos e-mails, mas não per-
mite que eles sejam baixados. O IMAP é ideal para quem
A internet é uma rede de computadores que liga os acessa o e-mail de vários locais diferentes.
computadores a redor de todo o mundo, mas quando ela
começou não era assim, tinham apenas 4 computadores
e a maior distância entre um e outro era de 450 KM. No #FicaDica
fim da década de 60, o Departamento de Defesa norte- Um e-mail hoje é um dos principais meios
-americano resolveu criar um sistema interligado para tro- de comunicação, por exemplo:
car informações sobre pesquisas e armamentos que não [email protected]
pudesse chegar nas mãos dos soviéticos. Sendo assim, Onde, canaldoovidio é o usuário o arro-
foi criado o projeto Arpanet pela Agência para Projeto de ba quer dizer na, o gmail é o servidor e o
Pesquisa Avançados do Departamento de Defesa dos EUA. .com é a tipagem.
Ao ganhar proporções mundiais, esse tipo de cone-
xão recebeu o nome de internet e até a década de 80
ficou apenas entre os meios acadêmicos. No Brasil ela
Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrô-
chegou apenas na década de 90. É na internet que é exe-
nicas em um único computador, sem necessariamente
cutada a World Wide Web (www), sistema que contém
estarmos conectados à Internet no momento da criação
milhares de informações (gráficos, vídeos, textos, sons,
ou leitura do e-mail, podemos usar um programa de cor-
etc) que também ficou conhecido como rede mundial.
reio eletrônico. Existem vários deles. Alguns gratuitos,
Tim Berners-Lee na década de 80 começou a criar um
como o Mozilla Thunderbird, outros proprietários como
projeto que pode ser considerado o princípio da World
Wide Web. No início da década de 90 ele já havia elabo- o Outlook Express. Os dois programas, assim como vá-
rado uma nova proposta para o que ficaria conhecido rios outros que servem à mesma finalidade, têm recursos
como WWW. Tim falava sobre o uso de hipertexto e a similares. Apresentaremos os recursos dos programas de
partir disso surgiu o “http” (em português significa pro- correio eletrônico através do Outlook Express que tam-
tocolo de transferência de hipertexto). Vinton Cerf tam- bém estão presentes no Mozilla Thunderbird.
bém é um personagem importante e inclusive é conheci- Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia
do por muitos como o pai da internet. com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos
de teclado para a realização de diversas funções dentro
do Outlook. Para você começar os seus estudos, anote
#FicaDica alguns atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta
URL: Tudo que é disponível na Web tem apertar Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada
seu próprio endereço, chamado URL, ele mensagem aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso
facilita a navegação e possui característi- em consideração inclua os atalhos de teclado na sua ro-
cas específicas como a falta de acentuação tina de estudos e vá preparado para o concurso com os
gráfica e palavras maiúsculas. Uma url pos- principais na cabeça.
sui o http (protocolo), www (World Wide Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para
Web), o nome da empresa que representa profissionais que compartilham uma mesma área é o
o site, .com (ex: se for um site governa- compartilhamento de calendário entre membros de uma
mental o final será .gov) e a sigla do país mesma equipe.
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de origem daquele site (no Brasil é usado Por isso mesmo é importante que você tenha o co-
o BR). nhecimento da técnica na hora de fazer uma prova de
concurso que exige os conhecimentos básicos de infor-
mática, pois por ser uma função bastante utilizada tem
CORREIOS ELETRÔNICOS maiores chances de aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante
Os correios eletrônicos se dividem em duas formas: do Outlook que permite que o usuário organize de for-
os agentes de usuários e os agentes de transferência de ma completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas,
mensagens. Os agentes usuários são exemplificados pelo compromissos e reuniões de maneira organizada por dia,
Mozilla Thunderbird e pelo Outlook. Já os agentes de de forma a ter um maior controle das atividades que de-
transferência realizam um processo de envio dos agentes vem ser realizadas durante o seu dia a dia.
usuários e servidores de e-mail.

52
Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permite
que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou #FicaDica
parte dele com quem você desejar, de forma a permitir Para: deve ser digitado o endereço
que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o eletrônico ou o contato registrado no
que pode ser uma ótima pedida para profissionais den- Outlook do destinatário da mensagem.
tro de uma mesma equipe, principalmente quando um Campo obrigatório.
determinado membro entra de férias. Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico
Para conseguir utilizar essa função basta que você en- ou o contato registrado no Outlook do
tre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. destinatário que servirá para ter ciência
Feito isso, basta que você clique em Enviar Calendário desse e-mail.
por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários
no seu Outlook. ficam ocultos.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as
informações que vão ser compartilhadas com quem você
deseja, de forma que o Outlook vai formular um calen- Assunto: campo onde será inserida uma breve des-
dário de forma simples e detalhada de fácil visualização crição, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase
para quem você deseja enviar uma mensagem. sobre o conteúdo da mensagem. É um campo opcional,
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que tra- mas aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento
balha dentro de uma empresa tem uma assinatura pró- pode levar o destinatário a não dar a devida importância
pria para deixar os comunicados enviados por e-mail à mensagem ou até mesmo desconsiderá-la.
com uma aparência mais profissional. Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico equivalente à folha onde será digitada a mensagem.
saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que A mensagem, após digitada, pode passar pelas for-
este conteúdo pode ser cobrado em alguma questão matações existentes na barra de formatação do Outlook:
dentro de um concurso público. Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation
seus estudos do conteúdo básico de informática para a (mesma criadora do Mozilla Firefox).
sua preparação para concurso. Ao contrário do que mui- Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que
ta gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar não necessita de instalação no computador do usuário, já
uma assinatura é bastante simples, de forma que perder que funciona como uma página de internet, bastando o
pontos por conta dessa questão em específico é perder usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com
pontos à toa. seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha mobili-
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta dade já que não necessita estar na máquina em que um
que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail.
de Opções. Lá você vai encontrar o botão para E-mail
e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde
você deve clicar. Feito isso, você vai conseguir adicio- #FicaDica
nar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem Segmentos do Outlook Express
maiores problemas. Painel de Pastas: permite que o usuário
No Outlook Express podemos preparar uma mensa- salve seus e-mails em pastas específicas e
gem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na fi- dá a possibilidade de criar novas pastas;
gura acima, ao clicar nessa imagem aparecerá a tela a Painel das Mensagens: onde se concentra
seguir: a lista de mensagens de determinada
pasta e quando se clica em um dos e-mails
o conteúdo é disponibilizado no painel de
conteúdo.
Painel de Conteúdo: esse painel é onde
irá aparecer o conteúdo das mensagens
enviadas.
Painel de Contatos: nesse local se
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

concentram as pessoas que foram


cadastradas em sua lista de endereço.

Figura 6: Tela de Envio de E-mail

53
b) Como as duas mensagens têm o mesmo assunto, a
EXERCÍCIOS COMENTADOS segunda mensagem não foi transmitida, permanecen-
do no computador do destinatário apenas a primeira
mensagem.
1. (TJ-ES – CBNM1-01 – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2011) c) A segunda mensagem não pode ser transmitida e fica
UM PROGRAMA DE CORREIO ELETRÔNICO VIA WEB bloqueada na caixa de saída do remetente, até que a
(WEBMAIL) é uma opção viável para usuários que es- primeira mensagem tenha sido lido pelo destinatário.
tejam longe de seu computador pessoal. A partir de d) O destinatário recebeu 2 mensagens, sendo, a primei-
qualquer outro computador no mundo, o usuário pode, ra, sem anexo, e a segunda, com o anexo.
via Internet, acessar a caixa de correio armazenada no e) O remetente não recebeu nenhuma das mensagens,
próprio computador cliente remoto e visualizar eventuais pois não é possível transmitir mais de uma mensagem
novas mensagens. com o mesmo assunto e mesmo remetente.
( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Letra D. Alternativa “A” está incorreta, pois
todas mensagens enviadas são armazenadas de forma
Resposta: Errado. O programa WebMail irá acessar o independente, novas mensagens com mesmo assun-
servidor de e-mail, e não a máquina dousuário (com- to ou ainda idênticas a anteriores não influenciam em
putador cliente remoto). mensagens já enviadas.
Alternativa “B” está incorreta, pois é perfeitamente
2. (ENGENHEIRO CIVIL – VUNESP – 2018) No MS- possível enviar mensagens com mesmo assunto ou
-Outlook 2010, em sua configuração padrão, quando ainda idênticas, sem prejuízo algum de mensagens
uma mensagem está sendo preparada, o usuário pode anteriores.
indicar aos destinatários que a mensagem precisa de Alternativa “C” está incorreta, pois Todas as mensa-
atenção utilizando a marca de _________________. Esse re- gens serão enviadas, independentemente do destina-
curso pode ser encontrado no grupo Marcas, da guia tário ler as anteriores.
Mensagem. Alternativa “D” está correta, pois o destinatário rece-
Assinale a alternativa que apresenta a opção que preen- beu 2 mensagens, sendo, a primeira, sem anexo, e a
che corretamente a lacuna do enunciado. segunda, com o anexo.
Alternativa “E” está incorreta, pois é possível enviar
a) SPAM. mais de uma mensagem, com mesmo assunto e mes-
b) Alta Prioridade. mo destinatário.
c) Baixa Prioridade.
d) Assinatura Personalizada. 4. (SOLDADO – PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017)
e) Arquivo Anexado. João recebeu uma mensagem de correio eletrônico com
as seguintes características:
Resposta: Letra B. É possível sinalizar a mensagem De: Pedro
como sendo de alta prioridade quando se deseja que Para: João; Marta
as pessoas saibam que a mensagem precisa de aten- Cc: Ricardo; Ana
ção urgente. Se a mensagem é apenas um informativo Usando o Microsoft Outlook 2010, em sua configuração
ou se está enviando um e-mail sobre um tema que padrão, ele usou um recurso para responder a mensa-
não precisa ser priorizado, defina o indicador de baixa gem que manteve apenas Pedro na lista de destinatários.
prioridade. Isso significa que João usou a opção:
A maioria dos clientes de e-mail, os destinatários veem
um indicador específico na lista de mensagens ou nos a) Responder.
cabeçalhos. b) Arquivar.
Na faixa de opções, é possível saber quando a priori- c) Marcar como não lida.
dade foi definida, pois o botão fica realçado. d) Responder a todos.
e) Marcar como lida
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2017) Um usuário
preparou uma mensagem de correio eletrônico usando o Resposta: Letra A. Se o João deseja “responder” ao
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Microsoft Outlook 2010, em sua configuração padrão, e e-mail recebido de Pedro, e deseja responder apenas
enviou para o destinatário. Porém, algum tempo depois, ao remetente já se pode eliminar as alternativas “B”,
percebeu que esqueceu de anexar um arquivo. Esse mes- “C” e “E” por não terem correspondência com a função
mo usuário preparou, então, uma nova mensagem com “Resposta”.
o mesmo assunto, e enviou para o mesmo destinatário, Tem-se então, apenas duas alternativas, “A” e “D”, mas
agora com o anexo. Assinale a alternativa correta. como o João deseja responder apenas para Pedro ele
deve escolher a opção “Responder”, pois se escolhes-
a) A mensagem original, sem o anexo, foi automatica- se “Responder a todos”, Marta, Ricardo e Ana também
mente apagada no computador do destinatário e receberiam a mensagem.
substituída pela segunda mensagem, uma vez que
ambas têm o mesmo assunto e são do mesmo reme-
tente.

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5. (AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2013)Observe o ar- c) atualizada.
gumento de busca que o usuário fará utilizando o Goo- d) enviada por e-mail.
gle, na ilustração apresentada a seguir. e) aberta em uma nova aba.

Resposta: Letra C. a) Imediatamente fechada.


۰ Alt + F4 = fecha todas as guias
۰ Ctrl + F4 = fecha só guia atual
b) Enviada para impressão.
۰ Ctrl + P
c) Atualizada.
۰ F5
Com base na figura e no que foi digitado, assinale a al- d) Enviada por e-mail.
ternativa correta. ۰ CTRL + Enter (MS Outlook)
e) Aberta em uma nova aba.
a) Será pesquisado o conjunto exato de palavras. ۰ Ctrl + T = abre uma nova aba
b) A pesquisa trará como resultados o que encontrar ۰ Ctrl + N = abre um novo comando
como antônimo do que foi digitado.
c) O conjunto de palavras será excluído dos resultados
pesquisados. Computação na nuvem (cloud computing)
d) A pesquisa trará somente as imagens e vídeos não re-
lacionados ao argumento digitado. Ao utilizar e acessar arquivos e executar tarefas pela
e) Além das palavras digitadas, a pesquisa também trará internet, o usuário está utilizando o conceito de compu-
os seus sinônimos tação em nuvens, não há a necessidade de instalar apli-
cativos no seu computador para tudo, pois pode acessar
Resposta: Letra A. diferentes serviços online para fazer o que precisa, já que
O comando “entre aspas” durante uma busca, efetua os dados não se encontram em um computador específi-
a busca pela ocorrência exata de tudo que está en- co, mas sim em uma rede, um grande exemplo disso é o
tre as aspas, agrupado da mesma forma, desta forma, Google com o Google Docs, Planilhas, e até mesmo porta
para esta questão será retornado o resultado da ocor- aquivos como o Google Drive, ou de outras empresas
rência “garota de Ipanema”. como o One Drive.
Obs.: As pesquisas com aspas podem excluir resulta- Uma vez devidamente conectado ao serviço online, é
dos relevantes. Por exemplo, uma pesquisa por “Ale- possível desfrutar suas ferramentas e salvar todo o tra-
xander Bell” excluirá páginas que se referem a Alexan- balho que for feito para acessá-lo depois de qualquer
der G. Bell. lugar — é justamente por isso que o seu computador
estará nas nuvens, pois você poderá acessar os aplicati-
6. (ENGENHEIRO CIVIL – VUNESP – 2018) Considere a vos a partir de qualquer computador que tenha acesso
imagem a seguir, extraída do Internet Explorer 11, em sua à internet.
configuração padrão. A página exibida no navegador foi
completamente carregada.
#FicaDica
Basta pensar que, a partir de uma conexão
com a internet, você pode acessar um ser-
vidor capaz de executar o aplicativo deseja-
do, que pode ser desde um processador de
textos até mesmo um jogo ou um pesado
editor de vídeos. Enquanto os servidores
executam um programa ou acessam uma
determinada informação, o seu computa-
dor precisa apenas do monitor e dos perifé-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

ricos para que você interaja.

Ao pressionar o botão F5 do teclado, a página exibida


será

a) imediatamente fechada.
b) enviada para impressão.

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5. (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um
computador com o sistema operacional Windows insta-
HORA DE PRATICAR! lado, um funcionário deseja enviar 50 arquivos, que jun-
tos totalizam 2 MB de tamanho, anexos em um e-mail.
1. (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE Para facilitar o envio, resolveu compactar esse conjunto
ADMINISTRATIVO) Um computador é um equipamen- de arquivos em um único arquivo utilizando um softwa-
to capaz de processar com rapidez e segurança grande re compactador. Só não poderá ser utilizado nessa tarefa
quantidade de informações. o software: 
Assim, além dos componentes de hardware, os compu-
tadores necessitam de um conjunto de softwares deno- a) 7-Zip.
minado: b) WinZip.
c) CuteFTP.
a) arquivo de dados. d) jZip.
b) blocos de disco. e) WinRAR.
c) navegador de internet.
d) processador de dados. 6. (MPE-CE 2013 - FCC - Analista Ministerial - Direito)
e) sistemaoperacional. Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em portu-
guês, é correto afirmar que,
2. (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ADMINISTRATIVA) As características básicas da segu- a) para mostrar tipos diferentes de informações sobre
rança da informação — confidencialidade, integridade e cada arquivo de uma janela, basta clicar no botão
disponibilidade — não são atributos exclusivos dos siste- Classificar na barra de ferramentas da janela e esco-
mas computacionais. lher o modo de exibição desejado.
b) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele
( ) CERTO ( ) ERRADO é apagado permanentemente e não pode ser poste-
riormente recuperado caso tenha sido excluído por
engano.
3. (TRE/CE 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – JURÍ- c) para excluir um arquivo de um pen drive, basta clicar
DICA) São ações para manter o computador protegido, com o botão direito do mouse sobre ele e selecionar a
EXCETO: opção Enviar para a lixeira.
d) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que
a) Evitar o uso de versões de sistemas operacionais ultra- estão no mesmo disco rígido, ele será compartilhado
passadas, como Windows 95 ou 98. entre todos os usuários que possuem acesso a essas
b) Excluir spams recebidos e não comprar nada anuncia- pastas.
do através desses spams. e) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco
c) Não utilizar firewall. rígido para uma mídia removível, como um pen drive,
d) Evitar utilizar perfil de administrador, preferindo sem- ele será copiado.
pre utilizar um perfil mais restrito.
e) Não clicar em links não solicitados, pois links estranhos 7. (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema
muitas vezes são vírus. operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado
a manipulação de arquivos é:
4. (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu-
rança do Trabalho) A ferramenta Outlook : a) kill
b) cat
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos c) rm
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. d) cp
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com o e) ftp
Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7.
c) permite que todas as pessoas possam ver o calendá- 8. (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
rio de um usuário, mas somente aquelas com e-mail - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Outlook.com podem agendar reuniões e responder a desenvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade
convites. de backup em uma aplicação móvel para, de tempos em
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não tempos, armazenar dados automaticamente. A classe da
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em tele- API de Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
fones com Android.
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas do a) BkpAgent;
pacote de webmail Office 356 da Microsoft.] b) BkpHelper;
c) BackupManager;
d) BackupOutputData;
e) BackupDataStream.

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9. (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará 14. (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da
- Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada
de prevenir perda de informações. Qual é o Backup que de um computador:
só efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados
pelo usuário ou sistema? a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.
b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
a) Backup incremental c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
b) Backup diferencial d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
c) Backup completo e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.
d) Backup Normal
e) Backup diário 15. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Li-
10. (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departa- nux e Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema
mento) Como é chamado o backup em que o sistema operacional Windows 8, há a possibilidade de integrar-se
não é interrompido para sua realização? à denominada nuvem de computadores que fazem parte
da Internet.
a) Backup Incremental.
b) Cold backup. ( ) CERTO ( ) ERRADO
c) Hot backup.
d) Backup diferencial. 16. (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁ-
e) Backup normal TICA) Alguns programas do computador de Ana estão
muito lentos e ela receia que haja um problema com o
11. (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) hardware ou com a memória principal. Muitos de seus
Um funcionário precisa conectar um projetor multimídia programas falham subitamente e o carregamento de ar-
a um computador. Qual é o padrão de conexão que ele quivos grandes de imagens e vídeos está muito demo-
deve usar? rado. Além disso, aparece, com frequência, mensagens
indicando conflitos em drivers de dispositivos. Como ela
a) RJ11 utiliza o Windows 7, resolveu executar algumas funções
b) RGB de diagnóstico, que poderão auxiliar a detectar as causas
c) HDMI para os problemas e sugerir as soluções adequadas.
d) PS2 Para realizar a verificação da memória e, em seguida do
e) RJ45 hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:

12. (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Ad- a) Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de
ministração) Correspondem, respectivamente, aos ele- desempenho.
mentos placa de som, editor de texto, modem, editor de b) Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
planilha e navegador de internet: conflitos do Windows.
c) Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
a) software, software, hardware, software e hardware. desempenho de hardware.
b) hardware, software, software, software e hardware. d) Mapeamento de Memória do Windows e Mapeamen-
c) hardware, software, hardware, hardware e software. to de hardware do Windows.
d) software, hardware, hardware, software e software. e) Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnóstico
e) hardware, software, hardware, software e software. de hardware do Windows.

13. (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) 17. (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO -
Um computador à venda em um sítio de comércio ele- EXECUÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um
trônico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa escritório de advocacia e utiliza um computador com o
configuração indica que: Windows 7 Professional em português. Certo dia notou
que o computador em que trabalha parou de se comu-
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. nicar com a internet e com outros computadores ligados
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. na rede local. Após consultar um técnico, por telefone,
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB. foi informada que sua placa de rede poderia estar com
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6 por- problemas e foi orientada a checar o funcionamento do
tas USB. adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou no Painel de
Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no grupo
Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:

a) Central de redes e compartilhamento.


b) Verificar status do computador.
c) Redes e conectividade.
d) Gerenciador de dispositivos.
e) Exibir o status e as tarefas de rede.

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18, (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI- 22. (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-
CA) No console do sistema operacional Linux, alguns CUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamen-
comandos permitem executar operações com arquivos to financeiro de uma grande empresa de vendas no vare-
e diretórios do disco. jo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um clientes inadimplentes uma carta com um texto padrão,
diretório vazio são, respectivamente, na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e
a data em que deveria comparecer à empresa para nego-
a) pwd, mv e rm. ciar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo
b) md, ls e rm. de clientes, João pesquisou recursos no Microsoft Office
c) mkdir, cd e rmdir. 2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas
d) cdir, lsdir e erase. os dados dos clientes e as datas em que deveriam com-
e) md, cd e rd. parecer à empresa e automatizar o processo de impres-
são, sem ter que mudar os dados manualmente. Após
19. (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO imprimir todas as correspondências, João desejava ainda
- ADMINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema imprimir, também de forma automática, um conjunto de
operacional (ambientes Linux e Windows) e de redes de etiquetas para colar nos envelopes em que as correspon-
computadores, julgue os itens.3Por ser um sistema ope- dências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Offi-
racional aberto, o Linux, comparativamente aos demais ce 2010 que permitem atender às necessidades de João
sistemas operacionais, proporciona maior facilidade de são os recursos
armazenamento de dados em nuvem.
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na
( ) CERTO ( ) ERRADO guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
b) de automatização de impressão de correspondências
20. (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft Power-
Acerca de organização e gerenciamento de informações, Point 2010.
arquivos, pastas e programas, de segurança da informa- c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondên-
ção e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os cias do Microsoft Word 2010.
itens subsequentes.1Um arquivo é organizado logica- d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir
mente em uma sequência de registros, que são mapea- do Microsoft Word 2010.
dos em blocos de discos. Embora esses blocos tenham e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia
um tamanho fixo determinado pelas propriedades físicas Correspondências do Microsoft Excel 2010.
do disco e pelo sistema operacional, o tamanho do re-
gistro pode variar. 23. (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO
FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR
( ) CERTO ( ) ERRADO Office, é possível modificar e criar estilos para utilização
no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para
21. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉC- um determinado estilo, é INCORRETO afirmar que é pos-
NICO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu tra- sível alterar um valor para
balho o editor de texto Microsoft Word 2010 (em portu-
guês) para produzir os documentos da empresa. Certo a) recuo da primeira linha.
dia Paulo digitou um documento contendo 7 páginas de b) recuo antes do texto.
texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, c) recuo antes do parágrafo.
6 e 7. Para imprimir apenas essas páginas, Paulo clicou no d) espaçamento acima do parágrafo.
Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configu- e) espaçamento abaixo do parágrafo.
rações, selecionou a opção Imprimir Intervalo Personali-
zado. Em seguida, no campo Páginas, digitou 24. CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir. ordenar, por data, os registros inseridos na planilha, é
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora. suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir. menu Dados e, na lista disponibilizada, clicar ordenar
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora. data.


e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
( ) CERTO ( ) ERRADO

58
ANOTAÇÕES
GABARITO

1 E ________________________________________________

2 CERTO _________________________________________________
3 C _________________________________________________
4 B
_________________________________________________
5 C
_________________________________________________
6 E
7 A _________________________________________________
8 C _________________________________________________
9 A
_________________________________________________
10 C
_________________________________________________
11 C
12 E _________________________________________________
13 A _________________________________________________
14 C _________________________________________________
15 CERTO
_________________________________________________
16 A
17 D _________________________________________________

18 C _________________________________________________
19 ERRADO _________________________________________________
20 CERTO
_________________________________________________
21 A
_________________________________________________
22 A
23 C _________________________________________________
24 ERRADO _________________________________________________
25 D
_________________________________________________
26 B
_________________________________________________
27 D
28 E _________________________________________________
29 B _________________________________________________
30 C
_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

_________________________________________________

_________________________________________________

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_________________________________________________

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59
ANOTAÇÕES

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NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

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