Biologia Celular e Molecular
Biologia Celular e Molecular
Biologia Celular e Molecular
1. HISTÓRICO
2. ORIGEM DA VIDA
altas temperaturas;
elevada quantidade de radiação ultravioleta;
intensas tempestades;
composição atmosférica a base de vapor de água, amônia, metano e gás
hidrogênio.
A energia resultante da radiação, temperatura elevada e da incidência de
raios fez com que os constituintes atmosféricos reagissem entre si, gerando
os primeiros aminoácidos.
Os aminoácidos foram levados pela água da chuva, se alojaram em oceanos
e lagos e, quando em contato com as rochas quentes da crosta, formaram as
primeiras proteínas.
As proteínas, por sua vez, começaram a interagir, nutridas pelos compostos
orgânicos presentes nos oceanos e lagos. Formaram, assim, pequenos
blocos chamados de coacervados.
Em algum momento surgiu o material genético e reações
químicas começaram a ocorrer no interior desses blocos protéicos, sendo
mediadas pelos ácidos nucléicos que resultou no primeiro ser vivo (organismo
primitivo, unicelular e procarioto) que se nutria de compostos orgânicos –
organismo heterótrofo).
Esse organismo gerava energia por meio da fermentação – processo
metabólico que ocorrem sem a presença de oxigênio (anaeróbico) – liberação
de CO2.
Posteriormente, devido a mutações, surgem os primeiros organismos
capazes de realizar a fotossíntese (na presença de oxigênio) liberando O2 na
atmosfera – geração de energia a partir da respiração celular – geração de
energia a partir da molécula ATP sintetizada da degradação de moléculas
orgânicas (carboidratos e lipídios).
ESTRUTURAS E FUNÇÃO
MEMBRANA PLASMÁTICA
Proteínas
Carboidratos
Formas de transporte:
- algumas substâncias atravessam livremente a membrana plasmática
- outras atravessam por meio de poros proteicos
- outras movem-se através da membrana com a ajuda de proteínas
transportadoras.
NÚCLEO CELULAR
CITOPLASMA
ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS
Lisossomas
Ribossomas
Complexo de Golgi
Peroxissomas
Retículo Endoplasmático
Vacúolos
Centríolos
o As células animais e algumas das células vegetais mais primitivas têm
dois centríolos perto do núcleo.
o São estruturas pequenas de forma cilíndrica formada por duas peças
em posição perpendicular: diplossomas.
o Cada cilindro é constituído por nove grupos de três microtúbulos,
ligados entre si. À sua volta é típico a presença de microtúbulos – o
aster. Ao conjunto denomina-se centrossoma.
o Os centrossoma forma o fuso acromático durante a divisão celular,
uma vez que durante a mitose e meiose os feixes de microtúbulos e
microfibrilas são sintetizadas no citoplasma e uma das suas
extremidades fica ligada ao centríolo e a outra a uma estrutura celular.
Nesta fase o centríolo é duplicado e cada um, com os microtúbulos
associados, migra para uma extremidade da célula ajudando na
organização das estruturas celulares formadas durante a reprodução
celular.
Microtúbulos
Plasmodesmos
Cloroplastos
Leucoplastos
Cromoplastos
PAREDE CELULAR
Propriedades ou características:
Resistência.
Flexibilidade.
Permeabilidade.
Funções:
Proteção contra agressão mecânica e ataque de patógeno
Proteção contra ruptura proveniente da pressão de turgescência
(excesso de água que penetra na célula, a parede celular
impede sua ruptura)
Dar forma e sustentação às células que formam tecidos e
órgãos.
Em razão da permeabilidade, servem como meios de
comunicação entre as células.
A parede celular das plantas é considerada um componente
extracelular, pois está localizada externamente à membrana
plasmática (sintetizada e secretada pela célula). A madeira
possui células com uma parede celular bem espessa, daí a
característica rígida da madeira.
A parede celular da célula vegetal é mais espessa que a
membrana plasmática e divide-se em três camadas:
1) Parede primária - parede mais fina e flexível, produzida
principalmente por uma célula vegetal jovem, o que
permite seu crescimento.
2) Lamela média - formada durante a divisão celular e está
localizada entre as membranas primárias de células
adjacentes. Formada por um polissacarídeo chamado
pectina responsável pela adesão entre as células
vizinhas.
3) Parede secundária: nova parede celular entre a
membrana plasmática e a parede primária, mais
resistente e espessa e depositada em várias camadas de
lâminas.
O componente químico mais característico da parede celular dos
vegetais é o polissacarídeo celulose.
Nucléolo:
- estrutura densa e compacta
- Localiza-se no interior do núcleo
- Formado por RNA (ARN) e por proteínas especiais
- Função: produzir continuamente substâncias essenciais para a formação
dos ribossomos. É o centro organizador dos ribossomos
Ácidps nucléicos –
- DNA – Ácido Desoxirribonucleico - depósito de informação genética.
- RNA – Ácido Ribonucleico – tem várias funções
1) transporte da informação genética do núcleo para os ribossomos,
2) funções enzimáticas
3) transporte de aminoácidos
4) participação na expressão gênica
5) regulação da expressão gênica - ocorre pela ação de proteínas
(histonas) que podem ser acetiladas (possuem acetila na formação do
composto orgânico) ou desacetiladas.
Expressão gênica - processo pelo qual a informação hereditária contida
em um gene, tal como a sequência de DNA, é utilizada de modo a
formar um produto génico funcional, tal como proteínas ou RNA.
Genes são regiões do DNA contendo informação para a produção
gênica (que pode ser uma proteína ou RNA).
O DNA nos eucariotos está localizado no núcleo celular (cromossomos)
e nas mitocôndrias (100% do DNA mitocondrial é herdado da mãe).
Hereditariedade é a transmissão de informações específicas,
detalhadas, dos organismos parentais para os seus descendentes
durante a reprodução.
Mendel 1865 – inicio dos estudos sobre padrão de hereditariedade
usando ervilhas
Cromossomo – formado por DNA e proteínas
O cromossomo tem origem na condensação ou compactação da
cromatina localizada no núcleo celular.
Cromatina = material genético disperso no núcleo
Cromossomo – material genético condensado no núcleo
DNA é formado por hélices duplas, assimétricas (não totalmente
iguais).
Cromatina é o conjunto de DNA presente no núcleo celular. Cada
cromatina é constituída por uma molécula de DNA associada a
proteínas especiais
A transcrição (síntese de RNA) é o primeiro passo na expressão da
informação genética.
A seguir – código contido no RNA é traduzido (síntese protéica),
completando assim a expressão gênica.
O fluxo de informação desde o DNA até a PROTEINA é denominada de
“dogma central da biologia molecular” e é representativo para todos
os organismos.
Dogma central:
DESTINO DE PROTEÍNAS
SINALIZAÇÃO CELULAR
A sinalização entre as células ocorre por meio da mudança de
potenciais elétricos na membrana celular
O fluxo de corrente elétrica é controlado por canais iônicos
Canais iônicos:
- Retificadores ou passivos – permanecem abertos – membrana
apresenta potencial em repouso (potencial negativo)
- Regulados ou ativos – ocorre estimulação elétrica, química ou
mecânica – potencial de ação
Potencial da membra – potencial elétrico através da membrana
O principal fator que faz o potencial de repouso se aproximar do
potencial de equilíbrio é a permeabilidade da membrana, quanto mais
permeável for a um determinado íon, mais força terá para levar o
potencial de membrana em direção a um potencial de equilíbrio
Célula excitável – capazes de alterar rapidamente o potencial elétrico
(células nervosas e musculares).
Difusão de íons – direção de movimento depende de dois fatores:
- diferença de concentração
- diferença de potencial elétrico
Equilíbrio eletroquímico: as forças química ou elétrica são iguais e
opostas não ocorrendo mais a difusão iônica.
MATRIZ EXTRACELULAR
Materiais inorgânicos:
água
minerais
Orgânicos
Ácidos nucléicos
Vitaminas
Água:
- Substância essencial à vida – reações químicas do metabolismo só
ocorrem em presença de água.
- Preenche o interior da célula - solvente de substâncias.
Minerais:
o Presentes nos líquidos intra e extracelulares na forma de íons e de
sais.
Cálcio (Ca++) – contração muscular e coagulação sanguínea. Na
forma de sal participa da formação do esqueleto.
Magnésio (Mg++) – componente da molécula de clorofila, importante
na fotossíntese.
Sódio (Na+) e potássio (K+): - responsáveis pela condução do
impulso nervoso.
Ferro (Fe++): - forma a molécula de hemoglobina – transporte de O2
no organismo.
Fosfato (PO4 ---): componente dos ácidos nucléicos, alem de atuar
nos processos energéticos da célula.
Iodo - funcionamento da glândula tireóide
Flúor – resistência dos dentes.
Componentes orgânicos:
Proteínas e funções
o Lipídeos (gorduras)
- insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos.
- Triglicerídeos ou triglicérides (óleos e gorduras) – função energética –
constituídos por 3 moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol
- Fosfolipídeos – formam a membrana plasmática.
- Esteróides: a molécula de colesterol é matéria-prima; presentes em
todas as membranas celulares; necessários para a síntese de
vitamina D na pele; utilizados pelos ovários e testículos na síntese
dos hormônios sexuais.
Plastos:
- Presentes apenas em células de plantas e algas;
- São classificados em:
Cloroplastos
- Apresenta cor verde – pigmento clorofila (capta luz solar);
- Realizam a fotossíntese – CO2 e H2O reagem formando
glicídios e O2 (autotrofia).
Cromoplastos:
- Apresentam carotenoides – pigmentos amarelos, alaranjados
ou vermelhos:
- Responsáveis pela cor de frutos, flores e algumas raízes;
- Atração para animais (polinização e dispersão).
Leucoplastos:
- sem pigmentos
- presentes em certas raízes e caules tuberosos;
- armazenamento de amido – estoque de energia.
Funções:
Regulação da pressão osmótica;
Armazenamento de substâncias úteis;
Reservatório de substâncias prejudiciais;
Digestão intracelular – enzimas digestivas;
Depósito de pigmentos antocianinas
Em algumas plantas, pode conter drusas e ráfides – defesa
contra herbívoros
CICLO CELULAR
Ciclo Celular - conjunto de fases que uma célula passa com o intuito
de duplicar-se, dando origem a duas células novas.
Em células eucarióticas, o ciclo celular é dividido em 3 fases
principais:
1 - Intérfase, na qual ocorre crescimento da célula e preparo para a
divisão propriamente dita;
2 - Fase mitótica na qual ocorre a separação dos cromossomos da
célula-mãe
3 - Citocinese, na qual ocorre o rompimento das membranas
plasmáticas e a finalização do processo de divisão, dando origem a
duas células-filhas.
Essas fases são de suma importância para o funcionamento da
célula, erros nesses processos podem acarretar na morte celular ou
até no desenvolvimento de células tumorais.
Para que o ciclo seja mantido de forma organizada, a célula conta
com uma maquinaria de processos regulatórios dependente da ação
de ciclinas e cinase.
Fases do ciclo:
Interfase: fase mais longa do ciclo celular. Em média, a célula
passa cerca de 90% do tempo em Intérfase.
- Nessa fase, a célula consegue nutrientes, cresce e duplica suas
moléculas de DNA. Assim, prepara-se para a divisão celular.
A interfase divide-se em três fases:
1) Fase G1 - primeira etapa, marcada pela intensa síntese de enzimas,
de RNA e no "estocamento" de proteínas compensando sua síntese
descontinuada durante as etapas da Fase Mitótica.
Consequentemente ocorre o crescimento celular;
2) Fase S - segunda etapa da Interfase é marcada, principalmente pela
duplicação do material genético, logo, dobrando a quantidade de
DNA, fazendo que cada cromossomo apresente uma cromátide
irmã. Nessa fase, ocorre o início da duplicação dos centrossomas e
dos seus movimentos para os polos da célula;
3) Fase G2 - marcada pela intensa síntese de proteínas e
consequentemente de rápido crescimento celular, preparando a
célula para a Fase Mitótica.
- O deslocamento dos centrossomas se dá por meio de dineínas e
cinesinas.
- Depois que foram duplicados, os centrossomas já começam a produzir
fusos astrais. Esses são associados a dineínas causando um movimento
de "esteira" fazendo o centrossoma se deslocar para os polos.
- Ocorrem também a associação com duas cinesinas EG5 que
contribuem como uma segunda força para "empurrar" os microtúbulos e
deslocar os centrossomas.
- Quando o centrossoma já estiver em sua devida posição, o fuso astral
relaciona-se com cinesina fazendo uma força contrária à tendência de
movimento, fazendo com que o centrossoma pare em determinada
posição.
As fases G e S possuem estas denominações em decorrência de
abreviações do inglês - G para gap (intervalo) e S para síntese.
4) Fase G0: o estágio G0 não é presente em todas as células. Nessa
etapa a célula entra num estágio de repouso e não entra em processo
de divisão celular.
- Essa fase é observada mais frequentemente em células musculares e
nervosas.
Quando uma ciclina se liga a uma Cdk, isto tem dois efeitos
importantes: ativa a Cdk como uma quinase, mas também
direciona a Cdk para um conjunto específico de proteínas alvo,
adequadas para o período do ciclo celular controlado pela ciclina.
Quinases:
Moduladores de CDKs:
- A ligação com ciclinas não garante a ativação completa das
CDKs e tampouco é o único mecanismo de controle do ciclo.
- Para que ocorra ativação completa da CDK, é necessário que
uma CAK fosforile um aminoácido em seu sítio ativo.
- Uma fosforilação dupla adicional regulada pela proteína cinase
Wee1, porém, inibe a atividade da CDK, sendo preciso a
desfosforilação por uma fosfatase conhecida como Cdc25 para a
reativação.
- Esses inibidores só são fosfatados, e consequentemente
separados do complexo ciclina-CDK, quando todos os pontos de
regulação da célula aprovam a continuidade do ciclo celular.
Nesse caso, a cinase ativa fosfatará algum inibidor da
continuidade do ciclo e, assim, dará continuidade ao ciclo celular.
- Para concluir o processo cíclico é preciso haver a
descontinuidade de certas funções exercidas pelos complexos
ciclina-CDKs.
- Em alguns casos, essa desativação acontece a partir da
destruição de proteínas.
- O complexo promotor de anáfase ou ciclosomo (APC/C) catalisa
a ubiquitinização de securinas, promovendo a entrada na
anáfase, e das ciclinas-S e -M, completando a fase M, a partir da
consequente desfosforilação de alvos do complexo ciclina-CDK.
- Ubiquitina: polipeptídio constituído por 76 aminoácidos e
amplamente presente nas células eucariotas, tanto no citosol
como no núcleo. Se liga à ciclina na fase G1 da mitose, ajudando
a regular o ciclo celular.
- Nesse processo, moléculas de ubiquitina livres no citoplasma
são transferidos para elemento E1 do sistema de ubiquitinização.
- O elemento E2 consiste da proteína ubiquitina-transferase que é
responsável por transferir a ubiquitina para a substância alvo,
reconhecida pelo elemento E3.
- Proteínas com a adição de ubiquitinas são, comumente
direcionados para proteossomas, que realizará a clivagem das
ligações dissulfeto e consequentemente a fragmentação da
proteína.
- O processo de ubitinização relaciona-se diretamente com a
reciclagem de proteínas relacionadas com o ciclo celular, tendo
um papel importante para o seu regulamento.