Nicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
Niccolò di Bernardo dei Machiavelli
Nicolau Maquiavel foi um filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento.
É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e
o governo como realmente são, e não como deveriam ser.
O choque de realidade causado pelas suas ideias sobre a dinâmica do poder, seus textos geraram uma ameaça aos
valores cristãos vigentes, principalmente devido às análises do poder político da igreja católica contidas em "O
Príncipe".
Já na literatura e teatro ingleses do século 17, foi associado diretamente ao Diabo por meio das referências caricaturais
e do apelido "Old Nick". Surgiu, aí, na visão do pensamento enganoso e da trapaça, o adjetivo maquiavélico nas línguas
ocidentais
Maquiavel viveu a juventude sob o esplendor político da República Florentina durante o governo de Lourenço de
Médici.
Entrou para a política aos 29 anos de idade no cargo de Secretário da Segunda Chancelaria. Nesse cargo, Maquiavel
observou o comportamento de grandes nomes da época e a partir dessa experiência retirou alguns postulados para
sua obra. Depois de servir em Florença durante catorze anos foi afastado e escreveu suas principais obras.
Pouco se conhece da biografia de Maquiavel antes de entrar para a vida pública. Ele era o terceiro de quatro filhos de
Bernardo e Bartolomea de' Nelli. Bernardo era jurista e tesoureiro de uma província italiana chamada Marca de
Ancona. A mãe era próxima da nobre família de Florença.
Sua família era toscana, antiga e empobrecida. Iniciou seus estudos de latim com sete anos e, posteriormente, estudou
também o ábaco, bem como os fundamentos da língua grega antiga. Comparada com a de outros humanistas sua
educação foi fraca, principalmente por causa dos poucos recursos da família.
Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, mais conhecido como Nicolau Maquiavel, foi um filósofo que viveu
e produziu entre os séculos XV e XVI, na região de Florença.
Dedicou-se a explicação e compreensão do estado, politica e homens de estado como estes são na realidade,
em oposição àqueles autores que formularam teorias acerca de como deveria ser o estado ou o governante
ideal.
Para além de descrever o estado de sua época, Maquiavel também apresentou estratégias e métodos sobre
como os homens de estado deveriam comportar-se para tirar maior proveito da realidade, mantendo e
expandindo o poder.
Maquiavel é visto como um proponente do que viria a ser o cientista empirista moderno, defendendo que
expandir a partir da experiência e fatos históricos é o melhor método de se desenvolver uma filosofia
consistente, especialmente em política, e que a teorização a partir da imaginação é inútil.
Com esta aproximação, Maquiavel foi capaz de afastar a politica da teologia e da filosofia moral,
desenvolvendo-a como uma disciplina em si mesma.
Assim, contribuiu para a compreensão de como os governantes de fato agem e mesmo para a antecipação de
seu comportamento. Defendeu o estudo da fundação de uma nação e a compreensão de seus elementos
originais como essencial para a antecipação do futuro.
Grande dificuldade foi encontrada por autores posteriores ao tentar estabelecer a moral de Maquiavel. Devido
a sua posição realista acerca da natureza e forma de manutenção do estado e suas instituições, especialmente
sua descrição de como a desonestidade e a morte de inocentes pode ser útil aos políticos, em sua obra mais
famosa, O Príncipe. Maquiavel foi criticado e repudiado veementemente por diversos estudiosos políticos e,
especialmente, teóricos da moral, o que contribui para a associação de seu nome a uma característica
inescrupulosa, com a criação do adjetivo "maquiavélico".
Por outro lado, autores como Baruch Spinoza, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot defenderam que
Maquiavel era na verdade um republicano e que suas ideias foram extremamente úteis para a compreensão do
estado, inspirando o Iluminismo e consequentemente o desenvolvimento da filosofia politica democrática
moderna.
A interpretação aceita atualmente é a de que Maquiavel se coloca como um cientista politico, procurando
distinguir os fatos da vida politica dos valores do julgamento moral.
Encontramos em Maquiavel uma critica ao aristotelianismo teológico, aceite pela igreja, e a relação da igreja
com o estado, que levaria muitas decisões práticas a serem tomadas com base em ideais imaginários.
Embora seguidores de Maquiavel tenham preferido métodos mais pacíficos e baseados na economia para
promover o desenvolvimento, é aceite que a posição de aceitação de riscos, ousadia, ambição e inovação que
Maquiavel sugere aos lideres políticos ajudou a fundar novos modos de se fazer politica e negócios.
Biografia de Nicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um filósofo político, historiador, diplomata e escritor italiano, autor da
obra-prima "O Príncipe". Foi profundo conhecedor da política da época, estudou-a em suas diferentes obras.
Viveu durante o governo de Lourenço de Médici. Realista e patriota definiu os meios para erguer a Itália.
Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, Itália, no dia 3 de maio de 1469. Sua família de origem Toscana
participou dos cargos públicos por mais de três séculos. Filho de Bernardo Maquiavel, jurista e tesoureiro da
província de Marca de Ancona e de Bartolomea Nelli, que era ligada às mais ilustres família de Florença.
Interessado pelos problemas de seu tempo, Maquiavel participou ativamente da política de Florença. Com
29 anos, tornou-se secretário da Segunda Chancelaria durante o governo de Piero Soderim. Tinha a seu
cargo questões militares de ordem interna como a redação de documentos oficiais.
Entre 1502 e 1503, Maquiavel exerceu o cargo de embaixador junto a César Bórgia, estadista inescrupuloso
e capitão das forças papais. Dominava o governo papal e usava todos os meios para conquistar novas terras e
estender o domínio da família Bórgia na Itália. Os cinco meses como embaixador junto a César Bórgia o
encheu de admiração.
Exílio
Em 1512, quando os Médici derrubaram a República e retomaram o governo de Florença, perdido em 1494,
Maquiavel foi destituído de seu cargo e recolheu-se ao exílio voluntário na propriedade de San Casciano,
perto de Florença, onde iniciou sua atividade de escritor político, historiador e literato.
Em 1513 começa a trabalhar nos “Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio”, em que faz uma
análise da República Romana, e procura nas experiências do passado uma solução para os problemas da
Itália.
Durante o exílio escreveu também “O Príncipe” (1513), “O Diário em Torno de Nossa Língua” (1516)
procurando demonstrar a superioridade do dialeto florentino sobre os demais dialetos da Itália.
Escreveu “A Arte da Guerra”, publicada em 1521, em forma de diálogo, onde expõe as vantagens das
milícias nacionais sobre as tropas mercenárias e realiza um exaustivo estudo de estratégia e tática militar.
O Príncipe
A obra “O Príncipe”, escrita por Maquiavel em 1513, e publicada postumamente em 1532, se transformou
em sua obra-prima.
O livro, um manual sobre a arte de governar, foi inspirado no estilo político de César Bórgia um dos mais
ambiciosos comandantes italianos, que ficou conhecido por seu poder e atrocidades que cometeu para
conseguir o que queria. Maquiavel viu nele o modelo para os demais governantes da época.
A obra revela a preocupação de Maquiavel com o momento histórico da Itália, fragilizada pela falta de
unidade nacional e alvo de invasões e intrigas diplomáticas. Indignado com a decadência política e moral da
Itália, o autor dirige conselhos a um príncipe imaginário, com o único objetivo de unificar a Itália e criar
uma nação moderna e poderosa.
Para Maquiavel, o importante era realizar o desejo projetado, mesmo sob qualquer forma de governo –
monarquia ou república, e por qualquer meio, inclusive a violência.
Considerava os fatores morais, religiosos e econômicos, que operavam na sociedade como forças que um
governante hábil poderia e deveria utilizar para construir um estado nacional forte.
Assim, o príncipe com seu exército nacional que substituísse as precárias forças mercenárias, deveria ser
capaz de estender seu domínio sobre todas as cidades italianas, acabando com a discórdia.
A Volta à Florença
Em 1519, anistiado, volta à Florença, sob as graças dos Médici. Em 1520, conseguiu do Cardeal Gíulio de
Médici a função remunerada de escrever a “História de Florença”, um tratado em estilo clássico, que ficou
consagrado como a primeira obra da historiografia moderna.
Em 1526, é encarregado pelo papa Clemente VII de inspecionar as fortificações de Florença e organizar um
exército permanente para sua cidade, sob o comando de Giovanni Delle Bande.
Em 1527, o saque de Roma pelo imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico, restabeleceu a
república em Florença. Maquiavel, visto como favorito dos Médici foi excluído de toda atividade política.
Nicolau Maquiavel faleceu em Florença, Itália, no dia 22 de julho de 1527. Seu corpo foi sepultado na Igreja
da Santa Cruz, em Florença. Morreu sem ver seu sonho realizado, pois a unificação da Itália só se
completaria no século XIX.
Curiosidades: