Pobreza PDF
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Porto, 2010
Porto, 2010
que algo não funciona na sociedade. É um espelho em que ninguém, ou quase ninguém,
se quer ver; os políticos, porque de algum modo a existência de pobreza deslegitima a sua
realidade, nem sempre agradável ou fácil verificam amiúde que os resultados da sua
intervenção nem sempre são positivos ou só são visíveis a longo prazo; os empresários,
porque acham que compete aos outros tratarem dos pobres; os sindicatos, porque os vêem
como uma potencial força de trabalho que pode fazer pressão para baixar salários; e os
cidadãos cujo poder de compra é maior, por lhes trazer más recordações de épocas ou
situações anteriores (em que eles próprios viveram situações de dificuldade). Por todas
estas razões, constroem-se muros (umas vezes visíveis, outras invisíveis) entre “não
exclusão.”
Capucha (2005)
A problemática da pobreza tem vindo a ganhar uma atenção crescente tanto no plano
nacional como a nível da União Europeia e da Comunidade Internacional. Esta atenção
revela-se no esforço de um conhecimento mais aprofundado sobre o fenómeno,
procurando identificar as suas causas, extensão e características, tentando encontrar as
melhores práticas para a combater.
Assim, por um lado, é de extrema premência uma política, que combata a pobreza de
maneira mais «estrutural», pois, a pobreza envergonhada é uma realidade que se tornou
mais pertinente com a crise que o mundo enfrenta.
The issue of poverty has gained increasing attention both nationally and at European
Union and the International Community. This attention appears to be in the effort to a
better understanding of the phenomenon, trying to identify the causes, extent and
characteristics, trying to find the best practices to combat it.
CJ – Corpo de Juventude
Agradecimentos .................................................................................................................. IV
Resumo ........................................................................................................................V
Abstract ....................................................................................................................... VI
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 14
2. O Voluntariado........................................................................................................ 79
4. Tipo de Voluntariado............................................................................................... 84
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................... 160
10
Quadro 7 – A descrição do perfil do voluntário mudou nos últimos anos? ............................. 118
Quadro 9 – Número de Horas que os voluntários dedicam à sua actividade ......................... 119
Quadro 22 – Nome da associação onde desenvolve o seu trabalho como voluntário ........... 129
12
Quadro 36 – Como avalia o apoio prestado por esta instituição? .......................................... 150
Quadro 38 – Sugestões para a melhoria da A.P. perante estas situações? .......................... 151
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Assim, a grande solução para estes males é, sem dúvida, a educação. Mas, é
sobretudo o problema das atitudes sociais perante a pobreza que é preocupante,
porque em vez de solidariedade e compaixão, temos apenas a indiferença.
Temos de fazer um esforço para alterar estas atitudes perante este problema
social que é a pobreza. E, neste âmbito o Educador Social muito tem a fazer.
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16
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
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A luta contra a pobreza e a exclusão social tem de ser encarada não só como
uma questão de justiça social, mas também como uma condição necessária para
a sobrevivência de uma democracia sólida. Para termos um país socialmente
coeso, não podem existir cidadãos que sejam excluídos de participarem na
economia e na sociedade.
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Outro conceito que interessa analisar é o de pobreza que muitas vezes é utilizado
indistintamente do conceito de exclusão social.
Mas, afinal quem são os pobres? Pobre não é aquele que se encontra em
situação de privação, com falta de recursos a todos os níveis. Pobre, é o que,
debatendo-se com a privação e a falta de recursos, vive na dependência.
No entanto, o pobre, pelo facto de ser pobre, está limitado no domínio das
relações sociais. A condição do pobre é também caracterizada pela «exclusão»
de maior ou menor número de sistemas sociais básicos. Sobretudo nos centros
urbanos, estará excluído dos meios sociais correntes da sociedade, e terá um
círculo de convivência muito restrito, circunscrito à família, aos vizinhos que vivem
em condições semelhantes, e aos colegas de trabalho. Se for desempregado, a
rede de relações é ainda mais limitada, o que leva à perda significativa da sua
identidade social.
Contudo, e segundo Zorrilla (1987, p.14), “los pobres son los necessitados,
desamparados, menesterosos, desherdados….” Neste sentido, o pobre é aquele
que se encontra numa situação de fraqueza, de dependência, de humilhação,
19
Sendo assim, e para Alfredo Bruto da Costa (2008, p.31) “o pobre pode ser
definido como alguém totalmente destituído de poder.” Daí que o combate à
pobreza implique, além do mais, a devolução do poder ao pobre. Poder em todas
as suas formas: poder político, económico, social, cultural, de influência, de
pressão social.
Como salienta Capucha (2005) “do lado do pobre é importante reconhecer que a
sua condição é marcada, além do mais pela total ausência de poder, a ponto de
nem sequer ter poder para reivindicar os seus direitos mais elementares”.
Como refere Costa (2008, p. 24), “a pobreza tal como a entendemos consiste
numa situação de privação, por falta de recursos”. Ambas as condições –
privação e falta de recursos – são essenciais à definição. Daqui resulta, por
exemplo, que uma situação de privação que não resulte da falta de recursos não
significa pobreza, mesmo que possa apresentar-se como um problema social
grave. Porém, para resolvermos uma situação de pobreza, não é suficiente
resolver a privação. Isto é, além de vencer a privação, é necessário que o pobre
passe também a ser auto-suficiente ao nível de recursos, ganhando a vida
através de um dos meios de vida correntes na sociedade a que pertence.
Neste sentido, como salienta Costa (2008), a dependência, para além da privação
e falta de recursos, caracteriza igualmente o quotidiano do pobre. E, com o passar
do tempo, este contexto de vida vai afectando o pobre em todos os aspectos da
sua personalidade. Modificam-se os hábitos, surgem novos comportamentos,
alteram-se os valores, transforma-se a cultura, ensaiam-se estratégias de
sobrevivência, a revolta inicial vai dando lugar ao conformismo, enfraquece a
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A pobreza tradicional como refere Bruto da Costa (1984, p.34) “está associada a
uma situação crónica, geralmente localizada no mundo rural, que enquadra um
estatuto inferior e desvalorizado. A nova pobreza está directamente relacionada
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Assim, algumas perdas que o pobre sofre podem ocorrer na pobreza recente, a
perda de identidade social, e do sentimento de pertença à sociedade, perda de
auto-confiança, descrença na capacidade de ultrapassar a situação, enfim,
progressivamente, até à eventual perda de identidade pessoal e à ruptura dos
laços familiares e afectivos.
Assim, quando verificamos que cerca de dois milhões de portugueses são pobres,
é difícil conceber que tanta gente seja vítima da preguiça, imprevidência ou
desgoverno dos que representam as respectivas famílias. E, se assim fosse,
teríamos de procurar alguma causa social para os chefes das famílias
portuguesas estarem afectados por o que seria uma verdadeira «epidemia de
irresponsabilidade» (Costa, 2008).
Porém, para Capucha (2005, p. 13) “a pobreza sobreviveu até aos nossos dias.
Pensou-se ainda que ela seria erradicada, primeiro nos países mais
desenvolvidos e depois, por difusão, no resto do mundo.” Mas, o fim da segunda
guerra mundial, a primeira crise do petróleo, «a questão social» do capitalismo,
permitiram nomeadamente sucessivos ganhos de produtividade, crescimento
económico, oferta de emprego de qualidade crescente, melhor remuneração do
trabalho e do capital, expansão do consumo, satisfação das necessidades de
cada vez maiores sectores da população e melhoria dos padrões sociais,
tornaram visivelmente alcançável o objectivo da erradicação da pobreza.
26
Desta forma, e para Barreto (1997, p. 74), “a pobreza existe nos países
desenvolvidos da Europa por duas razões: a primeira devido à competição dos
salários; a segunda devido aos diferentes sistemas fiscais.”
No entanto, como refere Rodrigues (2007, p.16) “o comércio entre a Europa rica e
os países menos desenvolvidos do mundo é demasiado pequeno para produzir
tais efeitos de desemprego.” Por isso, as causas têm de ser encontradas no seio
dos sistemas económicos dos países desenvolvidos.
Porém, como afirma Costa (2008), enquanto a velha pobreza era apanágio dos
que não acompanhavam o progresso, a nova pobreza resulta exactamente do
progresso económico. Portanto, continuam a estar excluídos dessa sociedade e a
não gozar em pleno os seus direitos (económico-sociais).”
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Sem dúvida que a pobreza é o principal factor de exclusão social, exclusão não é
ser um «não-membro» da sociedade, mas sim um membro da sociedade a quem
foram retirados direitos de cidadania. Assim, a exclusão social não deve ser
entendida neste âmbito como um absurdo isolamento social, mas como uma
limitação de acesso à condição de cidadania (Capucha, 2005).
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De acordo com Diogo Fernando (2008, p. 46), “Portugal tem uma pobreza
reconhecidamente extensa, por comparação com os seus parceiros europeus”.
Porém, a maior parte dos grupos, famílias e pessoas pobres não se encontram
em situação de ruptura com o tecido social, ou com o mercado de trabalho. Pelo
contrário, constituem uma parte importante da sociedade (Barreto, 1997).
Neste sentido, na primeira metade dos anos 90, os três principais grupos eram
constituídos por famílias de pensionistas, de trabalhadores empregados e de
trabalhadores por conta própria, e verificamos, também, que a maior parte das
famílias pobres eram pequenas (uma ou duas pessoas) ou médias, ou seja, que a
dimensão da família não explicava a pobreza (Costa, 2008).
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Outros
6%
Empregados
Ref ormados
38%
56%
Patrão ou Outros
trabalhador por 15%
conta própria
33%
Reformados
Trabalhador 36%
por conta de
outrém
16%
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Em contrapartida, e de acordo com Diogo Fernando (2008, p.43) “uma boa parte
dos pobres em Portugal trabalha ou pertence a famílias com activos
empregados”. Neste sentido, a realidade de hoje, é a seguinte: os trabalhadores
são possuidores de baixas qualificações, fazem-no em sectores pouco produtivos,
e onde predominam baixos e muito baixos salários, principal factor de
sobrevivência das empresas. Ainda que esses salários sejam combinados com
outras fontes de rendimento, como a agricultura familiar, ou outras práticas de
economia, o somatório não se revela capaz de conduzir à superação da pobreza.
Como nos refere Carlos Rodrigues (2007, p.39), “à medida que o país se
desenvolve, torna-se mais chocante a preservação, e a geração de territórios
onde os grupos pobres se localizam e, onde tendem a fechar-se e a reproduzir-se
nas teias da exclusão”. Mas, segundo o mesmo autor o processo de
modernização tem trazido por sua vez, o progresso.
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Resumindo, como refere Serge Paugam (2006, p.78), “os grupos desfavorecidos
são-no não apenas porque estão em desvantagem por possuírem menores
capacidades, mas também porque as oportunidades que se lhes ofereceram
tendem a ser igualmente desvantajosas”.
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No nosso país têm vindo a ser construídas, nos últimos anos, políticas que
respondam às problemáticas de pobreza e de exclusão social. Podemos porém,
supor que essas políticas têm produzido efeitos positivos, apesar de, por vezes, a
sua aplicação prática ficar atrás das expectativas alimentadas. Mas, também não
será difícil provar, como nos diz Costa (2008, p. 48), “que o caminho ainda a
percorrer é enorme, se o objectivo for atingir uma sociedade sem pobreza e sem
exclusão social”.
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Segundo Carlos Farinha Rodrigues (2007, p.45), “Portugal é dos países onde a
desigualdade em matéria da distribuição de rendimento é bastante significativa”.
No ano de 2008, e de acordo com os dados do INE, 20% da população com maior
rendimento recebia aproximadamente 6.1 vezes o rendimento dos 20% da
população com o rendimento mais baixo. A condição perante o trabalho é um dos
indicadores que detém um impacto significativo na taxa de risco de pobreza.
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Concluindo, como refere Diogo Fernando (2008, p.119), “a Europa, e uma parte
considerável do mundo enfrentam actualmente a pior crise financeira, económica,
social e política, desde a década de 30 do Século XX. A consequência inevitável,
actualmente muito visível e com assustadores impactos, é o aumento da pobreza
e da exclusão social”.
Em grande medida, e de acordo com Alfredo Bruto da Costa (2008, p.56), “ […] a
União Europeia deu prioridade à liberalização e à defesa dos mercados não
regulados, em vez de investir em estratégias presididas pela coesão social e que
promovam a equidade, a justiça social, a redução da pobreza e as desigualdades
na União Europeia e no mundo”.
Assim, para Luís Capucha (1995), uma nova cultura social, efectivamente
focalizada no bem-comum, deverá ter por base o acesso de todos aos direitos e
dignidade, para assegurar que cada homem e cada mulher sejam considerados,
de facto, cidadãos e cidadãs de pleno direito, devendo ser garantidos a todos,
sem descriminação, os direitos sociais fundamentais – cuidados de saúde,
habitação, educação, rendimento adequado.
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Como refere Luís Capucha (1995, p.61) “é tempo de repensar os sistemas e pôr
em prática políticas onde a solidariedade, os direitos sociais e o bem comum
venham em primeiro lugar […] uma sociedade livre de pobreza é […] uma
sociedade diferente, onde todas as políticas – sociais, económicas, emprego,
educação, habitação – são mobilizadas de forma a acabar com a pobreza.”
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Desde 1996, a experiência demonstrou que, o RMG tem sido aplicado com muitas
deficiências. Passados cinco anos de vigência do RMG, tornou-se necessário
repensar alguns pontos desta medida, não pondo em causa a sua bondade social
e muito menos os objectivos que visou atingir, mas tornou-se necessário modificar
o que estava mal ou o que funcionava deficientemente. Trata-se de uma
exigência política e social.
É desta forma que se propõe o Rendimento Social de Inserção, de modo a
aprofundar o carácter social da prestação, e ao mesmo tempo conferindo-lhe
maior eficácia, maior transparência e uma maior exigência e rigor na atribuição e
fiscalização. “Alteram-se a filosofia e as regras para se gastar melhor com quem
efectivamente mais carece de apoio. E procura-se melhorar a fiscalização para
distribuir com mais equidade social” (Silva, 1998, p.97).
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Outra inovação prende-se com o facto de ter sido criado um novo sistema de
responsabilização que possibilita as Instituições Particulares de Solidariedade
Social (IPSS) de participarem no processo de desenvolvimento de acções de
inserção inerentes ao RSI, celebrando protocolos com as entidades distritais da
Segurança Social, tendo como objectivo o envolvimento da própria sociedade no
processo de inclusão dos beneficiários.
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Deve ser feita uma reflexão sobre a forma como os indivíduos se comportaram, e
que estratégias mobilizaram para sobreviver até ao momento em que requereram
o RSI, porque as propostas de solução que o próprio sugere de maneira a
resolver os seus problemas serão certamente mais adequadas do que outras
quaisquer.
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Além disso, a aplicação desta medida tem sempre que conviver com um risco de
ocorrência de ineficiências: desincentivos à oferta de trabalho; situações de
selecção adversa e/ou risco moral resultantes da informação imperfeita que os
gestores da medida podem ter relativamente aos seus beneficiários. Por estas
razões é necessário um bom conhecimento das realidades locais e das várias
dimensões de pobreza existente nas diversas áreas abrangidas pelo projecto,
quer pelas entidades directamente envolvidas e instituições colaboradoras, quer
pela própria população. De facto, “é cada vez mais importante que todos tenham
consciência da dimensão do problema e, mais do que isso, que este não afecta
apenas aqueles cuja medida incide, como também aqueles que, à partida, nada
julgam ter a ver com ela” (Henriques, 2002, p.122).
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A abordagem centra-se nos modos como estes grupos são afectados pelas
dinâmicas “societais” nomeadamente, no impacto que têm sobre as posições
sociais ocupadas pelos sujeitos. Simultaneamente reforça-se o lado activo
associado aos estilos de vida, às representações, interesses, ambições, valores e
modos de agir e de pensar dos indivíduos que integram aquelas categorias.
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51
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De referir que esta foi a dimensão que revelou maiores dificuldade na selecção
dos indicadores mais pertinentes. De facto, uma primeira aproximação aos
possíveis indicadores a incluir revelou a sua inexistência por concelho (ex:
toxicodependência, sem abrigo). Tornou-se, assim, necessário seleccionar
indicadores que traduzissem uma aproximação mais indirecta para algumas das
sub-dimensões da “desafiliação” (Costa, 2008).
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Por fim, para Alfredo Bruto da Costa (2008), “a criminalidade surge como uma
sub-dimensão da desafiliação, associada a processos de desvinculação voluntária
das normas sociais e de factores de erosão da coesão social, tendo como
indicador a taxa de criminalidade”.
De acordo com Alfredo Bruto da Costa (2008, p.56), “[…] quanto aos handicaps
pessoais considerou-se a população com deficiência cujos problemas impõem às
pessoas limitações objectivas importantes e confrontam as instituições com
questões muito específicas”. Considerou-se ainda a população infectada com
HIV, como ilustração da situação das pessoas com doenças crónicas. Esta opção
prendeu-se com a dificuldade em encontrar dados sobre o universo dos doentes
crónicos.
As limitações que impõe aos indivíduos são suficientemente importantes para dar
conta da exclusão do mercado de trabalho. Obviamente que, a estas situações se
56
Mais uma vez, concordamos com Rodrigues (2007, p.89) quando afirma:
“no que diz respeito às famílias numerosas estamos conscientes da sua dupla leitura,
ou seja, se por um lado pode revelar, efectivamente um reforço dos laços sociais
primários, uma vez que a dimensão mais elevada da família face à média nacional
pode revelar formas mais intensas de suporte intra e intergeracional. Por outro lado,
também pode traduzir situações de maior vulnerabilidade à pobreza pela eventual
dificuldade em se fazer face à satisfação das necessidades básicas”.
57
Por muito boa que tenha sido a intenção, o resultado é inútil e em nada dignifica a
função da Assembleia da República, tal a incongruência e a falta de
conhecimento do tema que a resolução reflecte. Não se trata apenas de falta de
ambição, ao colocar-se a expressão “a pobreza conduz à violação dos direitos
humanos […]” onde se deveria ter escrito “a pobreza constitui uma violação dos
direitos humanos […]”. Trata-se de uma resolução desprovida de condições para
produzir qualquer efeito positivo na sociedade portuguesa.
59
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Mas, para Paugam (2006, p. 72), “ […] é igualmente frequente utilizar como
variável a mediana, relativamente à qual também se podem estabelecer diversos
limiares de pobreza, obtendo-se resultados diferentes dos que resultam da
utilização da média, dado que as duas medidas se situam em pontos diferentes
da curva de distribuição dos rendimentos e, além disso, uma é mais sensível aos
valores centrais da curva e a outra mais sensível aos extremos.”
61
Em resumo, cada conceito de pobreza, cada indicador e cada limiar tem virtudes
e limitações que impedem a escolha de uma solução óptima. Deve acrescentar-se
que as desigualdades sociais estão longe de se resumir às que a pobreza
denuncia. Desigualdades de classe, de género, de estatuto social, geracionais, de
origem nacional e migratória, de local de residência, entre outras, são igualmente
relevantes (Paugam, 2006).
Para Serge Paugam (2006, p.75), “nenhum limiar de pobreza diferente daquele
que tem vindo a ser utilizado pelas autoridades nacionais e europeias pode
assumir-se como o “bom limiar” ou sequer uma melhor alternativa”.
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Risco de privação 20 18 18 19 19 20 19
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Mas, como refere Serge Paugam (2006, p. 45), “este não é um problema que se
possa resolver com a mudança de indicador. Além disso, o mesmo problema se
coloca a qualquer das outras fontes disponíveis, nomeadamente ao Inquérito às
Despesas das Famílias. Neste caso, além da sua aplicação ser quinquenal (na
melhor das hipóteses), os resultados só são acessíveis cerca de três anos depois
dos factos de que pretendem dar conta.”
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De acordo com Pedro Silva (1998, p. 116), “o facto de acreditarmos que existe
assimetria na exposição pública das políticas dirigidas aos mais desfavorecidos,
tornando-as permanentemente objecto de suspeição, não pode restringir a
disponibilidade para, em nome da respectiva qualidade e eficácia, se acolher a
avaliação sistémica dessas políticas. Seria porém muito empobrecedor reduzir o
objecto às políticas que directamente podem ter impacto directo sobre a pobreza”.
Mas, como medir exactamente o efeito líquido de cada uma das políticas e de
cada esfera relevante? Há modelo, econométrico ou de qualquer outro tipo, que o
permita fazer? Em teoria, é possível construir um tal modelo. Mas na prática,
ainda não se encontrou nenhuma metodologia capaz de o fazer
convenientemente.
67
Logo, uma vez mais, no que respeita às relações entre domínios específicos e
inespecíficos de política e a pobreza, é preferível a realização de estudos
focalizados em problemas delimitados, do que reduzir todos os impactos dessas
políticas a um referencial fixo, ainda por cima tão frágil como o é o limiar de
pobreza (Rodrigues, 2007).
Enfim, para que servirá um limiar de pobreza diferente do que hoje partilham os
diferentes países da EU quando podemos, em vez de inventar o que já está
inventado, pressionar no sentido de melhorar a fontes de informação (o que se
afigura, essa sim, uma tarefa urgente) e promover um programa de pesquisas que
permita questionar o fenómeno nas suas diferentes dimensões, com a
complexidade exigível, mas nunca redutível a uma simples mudança de limiar?
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Sendo certo que há cada vez mais amplos consensos sobre quem são as
pessoas que vivem na pobreza extrema e isso possa permitir formular critérios de
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O que não quer dizer que não haja fenómenos de concentração de pobreza nos
centros históricos e nos subúrbios das grandes cidades, ao mesmo tempo que
processos de gentrificação das elites económicas e culturais se verificam. À priori,
portanto, a localização de uma organização pode ser um sinal do seu nível de
compromisso. Mas nem sempre, já que se pode trabalhar num bairro onde a
maioria dos moradores é pobre, mas não trabalhar com eles ou fazê-lo noutra
zona.
Ou, o caso de um camponês que possui uma boa extensão de terra, a qual não
pode vender, e morre de um ataque de apendicite porque não chega a tempo ao
distante hospital.
Por tudo isto, começa a ser cada vez mais consensual que a medição da pobreza
deve ter em consideração o acesso a um conjunto de bens e serviços de que as
pessoas dispõem ou não. O que leva a fixar uma linha de privação calculada em
71
A pobreza está relacionada com a capacidade e o uso real dos bens e serviços e
com o capital social e as redes sociais de que as pessoas dispõem e utilizam.
Deste modo, e segundo Rodrigues (2007) “as organizações que promovem este
tipo de respostas e a sua utilização, contribuindo para o desenvolvimento social,
individual e colectivo, também estão a lutar contra a pobreza”.
72
Resultam, ainda, de uma entrega e uma dádiva de tempo de vida, que tem sido
feita na base de uma dinâmica própria, que tem levado à concretização de
múltiplas acções, na sua grande maioria com resultados concretos e palpáveis na
73
Essa ciência de saber crer, saber querer e saber fazer assenta numa cultura, ou
numa forma de estar na vida, em que se foram desenvolvendo valores como os
da fé, da vontade, da justiça, da verdade, da persistência, da teimosia, da defesa
e promoção de valores e saberes – de natureza e de virtude – que sustentam a
solidariedade como valor estruturante de todas as motivações dessas
organizações, quais são as Instituições Particulares de Solidariedade Social –
IPSS – e, particularmente, dos seus voluntários e voluntárias e voluntariosos
dirigentes (Capucha, 1995, p.55).
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78
2. O Voluntariado
Neste sentido, e de acordo com Alfredo Bruto da Costa (2008, p.34) “um projecto
de luta contra a pobreza, se quiser ser global, tem de ser necessariamente um
vector de mudança social”, e daí a necessidade de imprimir um carácter de
sistematicidade às acções praticadas por pessoas da sociedade civil que se
disponham a intervir na prevenção e combate a este flagelo social.
80
Como salienta Ana Almeida (2001, p.114), “ a luta contra a pobreza e a exclusão
social, fazem parte dessa «obrigação social» de todos nós enquanto cidadãos
verdadeiramente empenhados e responsáveis.”
Porém, e como refere Ana Almeida (2001, p.118), “ não cabe unicamente, às
ONG o papel de mobilizar, orientar e operacionalizar a acção do voluntário.
De acordo com António Garcia (2002, p.22), “o trabalho voluntário tem-se tornado
um importante factor de crescimento das Organizações Não Governamentais,
componentes do Terceiro Sector. É graças a esse tipo de trabalho que muitas
acções da sociedade organizada têm suprido o fraco investimento ou a falta de
investimento governamental em educação, saúde, lazer”.
81
Contudo, e como foi referido anteriormente, ser voluntário não significa isenção ou
diminuição de responsabilidades. Existe ainda o conceito de que, dadas as
características do trabalho voluntário, emergente da vontade única do cidadão,
nada se lhe deve exigir ou impor. Tal não pode acontecer, já que a actuação do
voluntário decorre de um compromisso, por si livremente aceite, de participação
nas actividades que se lhe são propostas (Almeida, 2001).
Portanto, o voluntário não é só o que dá, mas também o que recebe, e muito:
satisfação e realização pessoal, apaziguamento da consciência, reconhecimento
e reforço do sentido de dever de cidadão.
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83
Os Membros do CNPV têm igualdade de voto, com excepção dos que detêm
estatuto de observador, tendo as suas decisões carácter deliberativo.
4. Tipos de Voluntariado
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a) Voluntariado Jovem
b) Voluntariado Empresarial
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87
Para tal, o CNPV faculta apoio técnico específico à entidade do BLV, de modo a
que os procedimentos estejam de acordo com o estabelecido, tendo em vista a
sua integração na base de dados nacional, bem como a articulação com outros
Bancos.
Antes do BLV (Banco Local de Voluntariado) iniciar a sua actividade deverá ser
assinado, entre a entidade e o CNPV, um Protocolo de colaboração que reveste a
forma de compromisso para o desenvolvimento e melhor organização do
Voluntariado, não lhe retirando, contudo, a marca da especificidade de uma
actividade livremente assumida.
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ESTUDO EMPÍRICO
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Ao nível qualitativo:
91
Sendo que, tal como refere Grawitz (1993, p.38), “nem todos os métodos
influenciam da mesma maneira as etapas da investigação”, embora
metodologicamente tendencialmente qualitativo, o estudo proposto preconiza uma
articulação entre procedimentos operativos qualitativos e quantitativos. Embora
fundamentados em paradigmas distintos, entende-se que ambos, ao nível da
92
93
Com uma população que atinge 135 964 indivíduos, no contexto da Área
Metropolitana do Porto (AMP), um dos mais dinâmicos municípios em termos
demográficos. De 1991 para 2001, a população do concelho registou um
crescimento na ordem dos 15% - uma das mais fortes dinâmicas de crescimento
em toda a AMP.
94
95
(Unidade: %)
Portugal
Continente
Região Norte
97
− Primeiros Socorros
− Programas de juventude
− Resposta a catástrofes
− Apoio a refugiados
− Campanhas de saúde
a) Corpos de Voluntariado
b) Corpo de Juventude
99
De acordo com os objectivos traçados para este corpo (art.º 78), pretende-se,
nomeadamente:
- Incentivar a entreajuda;
100
- Prestar, sempre que lhe for solicitado cuidados de enfermagem geral aos
diferentes níveis de, prevenção, nomeadamente, prestação de cuidados no
domicilio;
101
Mercado da Solidariedade
102
103
− As dificuldades em gerir casos sociais, visto não ter uma estrutura técnica
preparada (…) e as dificuldades em pôr em funcionamento redes de trabalho
e de parcerias com as instituições;
105
106
− Voluntários;
107
− Pesquisa documental;
Tal como sugere Albarello (2005, p.29), “ não nos documentamos ao acaso, mas
em função de uma investigação”. Contudo, “nem todos os documentos oficiais
são imediatamente acessíveis aos investigadores” (idem, p.22), sendo muitas
vezes considerados, errada ou correctamente, confidenciais, privados e,
consequentemente, dificilmente disponibilizados, procedemos antecipadamente a
uma consciencialização dos objectivos fundadores da investigação perante os
órgãos de gestão visando criar desde o inicio uma empatia e clima de confiança
que permitam minorar as limitações de acesso tendencialmente impostas a
determinadas fontes oficiais.
110
111
112
Por outro lado, analisaremos também os dados recolhidos a partir das entrevistas
aos beneficiários das associações, tentando averiguar, em primeiro lugar, as
causas e evolução da situação de pobreza e, em segundo lugar, o apoio prestado
pelas associações.
113
100%
80%
60%
40% 90%
20%
0% 0% 10% 0%
Local Autónomo Nacional Internacional
114
“Não temos esses dados, a instituição tem apenas 2 anos”. (entrevista 1).
115
Com o objectivo primordial de melhoria da qualidade de vida dos que por razões
socioeconómicas e culturais se encontram excluídos e para proporcionar
respostas aos elevados números de pobreza existentes, o responsável deverá
apoiar-se cada vez mais na ajuda do voluntário para o efectuar. Desta forma, o
responsável deverá “orientar e organizar o trabalho do voluntário” (entrevista 2),
“orientar e traçar um plano de actuação para as situações de emergência”
(entrevista 3), bem como “orientar e informar os voluntários” (entrevista 4).
116
“Sim. Com o Banco alimentar contra a fome, com o mercado da solidariedade, com
os dadores benévolos de sangue”. (entrevista 3).
“Sim. Com Banco alimentar, com os dadores benévolos de sangue”. (entrevista 4).
117
“As pessoas já não vêm o voluntariado como algo remunerado”. (entrevista 2).
“As pessoas ainda veêm o voluntário de uma forma não muito boa”. (entrevista 3).
118
119
120
“Na sala de reuniões. São traçadas estratégias para termos sucesso nas
várias situações”. (entrevista 4).
121
123
124
125
Concluindo, existem muitas falhas, por parte das instituições, ao nível quer da
actuação do voluntariado, quer do funcionamento da associação/organização,
desde a inexistência de formação, à falha no diálogo entre responsáveis e
voluntários, à falta de avaliação tanto por parte da organização, como do
voluntário, entre outros.
126
60%
40%
50% 50%
20%
0%
Masculino Feminino
Número de
Nível de Estudos pessoas
Sem estudos 0
E. Básico (4 anos) 4
E. Secundário 6
E. Universitário 4
Qual ao motivo que o/a levou a ser voluntário? Quisemos iniciar a apresentação
dos dados recolhidos nas entrevistas realizadas precisamente por esta questão.
O quadro 21 apresenta as informações recolhidas nesse âmbito.
127
“Gosto pela área da saúde, e por poder ajudar a sociedade”. (entrevista 1).
“Ser útil à sociedade, e a esta faixa etária dos idosos”. (entrevista 3).
“Gosto pelo trabalho com outras pessoas, especialmente os idosos”. (entrevista 6).
129
No que concerne a experiência como voluntário, verificamos que 75% dos nossos
entrevistados exercem a actividade de voluntário há mais de dez anos. Sendo
que, apenas 25% dos entrevistados exercem há menos de seis anos. O gráfico 9
mostra as informações recolhidas.
80% 75%
60%
40%
25%
20%
0%
Menos de 6 Maisde 10
Anos Anos
60%
40%
25%
20%
0%
Sim Não
130
60%
50%
40%
30%
50%
20%
30%
10%
10% 10%
0% 0%
<5 horas 5-10horas 11-16horas 17-21horas >21horas
Este tempo dedicado ao voluntariado revela que, cada vez há uma maior
necessidade de um apoio/ajuda de forma permanente, contínua e personalizada.
No entanto, apenas 30% dos entrevistados dedicam lhe em média> 21horas. Esta
a necessidade, traduzida em número de voluntários e de horas a ele dedicadas,
aumenta sobretudo devido ao acréscimo das necessidades da população
portuguesa.
O papel do voluntariado vai-se tornando cada vez mais visível nas mais variadas
áreas, desde a Infância, à Terceira Idade, passando pela Cooperação
Internacional.
131
14
12
10
8
6
4
2
0
za
o
cia
de
s
s
ral
l
nta
na
nte
tro
so
vic
bre
Ida
ltu
ân
cio
clu
bie
Ou
Cí
de
Cu
Po
Inf
rna
ira
Re
Am
en
rce
nte
ep
od
Te
oI
xic
çã
To
era
op
Co
No entanto, é no âmbito da Terceira Idade que existe uma maior intervenção (12
elementos). Não obstante, a infância, a toxicodependência e a pobreza também
se apresentam como áreas susceptíveis de maior intervenção.
100%
80%
60%
40% 90%
20%
0% 10%
Sessões individuais Sessões Colectivas
132
7
6
5
4
3 6
2 4
1 2
1 1
0
Actividades de campo Orientação Pessoal Entretenimento Trabalhos manuais Ajuda
Assim, seis dos entrevistados referem que é no âmbito da “ajuda” que realizam a
sua actividade como voluntários. No entanto, quatro dos entrevistados executam
a sua actividade com o objectivo de “orientação pessoal”. Quanto à “actividade de
campo”, ao “entretenimento” e aos “trabalhos manuais”, os mesmos apresentam
uma baixa aplicação.
Como evidencia o quadro anterior, o voluntário exerce a sua actividade nas mais
diversas áreas. Desta forma, e para a efectivação da sua actividade tende à
utilização de uma, ou mais técnicas para intervir, com o intuito de ajudar o outro.
Como demonstra o quadro 23 a técnica mais utilizada pelos voluntários é: o
trabalho em grupo.
133
134
6
5
4
3
5
2
1 2 2 2 2
1
0 0
<10 10 31-40 41-50 51-60 >70
135
136
“Sim, a nível de socorro, alguma sim, outra foi investida”. (entrevista 1).
“Ajuda ao próximo, hoje um amigo pode precisar e amanhã posso ser eu”. (entrevista 12).
138
“Sim, também porque o socorro é uma área específica da saúde, e que este país tem muitas
falhas”. (entrevista 1).
“Sim, também porque todos os dias surgem situações novas, é necessário formação para
cimentar os conhecimentos que temos”. (entrevista 2).
“Sim, sim porque é fundamental ter um conhecimento mais pormenorizado para poder dar
resposta às necessidades”. (entrevista 3).
“Sim, não, acho que a experiência de vida é que nos ensina”. (entrevista 4).
“Sim, sim. Porque é fundamental para saber lidar com as pessoas idosas, neste caso”.
(entrevista 5).
“Sim, na nossa vida e em todos os aspectos (a nível pessoal, social, etc.)”. (entrevista 6).
“Sim, também porque com a evolução do mundo, sem formação, fica parado no tempo”.
(entrevista 7).
“Sim, também é importante haver formação para nós, para podermos clarificar algumas
ideias erradas acerca da dádiva de sangue”. (entrevista 12).
“Sim, também porque todos os dias surgem novas situações de pobreza, é necessária
formação”. (entrevista 13).
“Sim, também porque os níveis de pobreza têm aumentado de dia, para dia”. (entrevista 14).
139
“Formação ao nível da língua gestual, psicologia, ter uma visão holística da pessoa em si”.
(entrevista 1).
140
7 7
6 66 6 6 6
5
4 4 44
3 33 3 3
2 2 2222 2 22
1 11 1 1 1 1 1
0
Realização da Recursos Qualidade Horas Actividades Relação com
tarefa outrso
profissionais
Por fim, a relação com os outros profissionais é caracterizada pela maioria dos
entrevistados como “grau 7”.
141
15
10
13 14 14
5
0 1 1
Reconhecimento Gratificação Participação Ajuda ao próximo Outros
Social Pessoal Social
12
10
8
6 11
4 8
6 6 5 6
2
0
Maior Mais recursos Mais Oferta Maior participação Mais campanhas Mais difusão nos
reconhecimento Formativa social de sensibilização centros educativos
social
142
70%
60%
50%
40%
30% 60%
20%
10% 20%
10% 10%
0%
Muito negativo Negativo Regular Positivo Muito Positivo
143
“De vez em quando reunimos e falamos sobre vários aspectos. Há”. (entrevista 3).
“Há uma organização. Temos de cumprir o que está estipulado”. (entrevista 10).
De acordo com os dados supra referidos, deverá ser fomentada uma relação de
proximidade entre “responsável/voluntário”, no sentido de uma melhoria da
qualidade de serviços prestados. Com o crescimento dos números de pobreza do
concelho, este torna-se um aspecto a melhorar.
144
145
“Mais meios, para podermos ajudar mais. Não faço voluntariado para obter
esse reconhecimento”. (entrevista 9).
146
147
1 2
0,5
0,5 1
0 0
16-23 24-31 32-39 40-47 48-55 mais
Feminino Masculino 55
148
“A vida nem sempre é um mar de rosas. E, os filhos são a nossa prioridade, fazemos
muitos sacrifícios por eles.” (entrevista 1).
Neste sentido algumas famílias, colocam a “educação dos filhos como prioridade”
(entrevista 1). A problemática do “desemprego” que afecta inúmeras famílias
portuguesas (entrevista 2), e as “baixas reformas” dos nossos idosos, que muito
“deixam a desejar” (entrevista 3). Estes problemas estruturais encontram-se de tal
forma enraizados na nossa sociedade que tendem a um crescimento abrupto. Por
isso, hoje o sentimento é global, o pessimismo que circunda todas as pessoas
que se encontram em situação de vulnerabilidade e de desespero são uma
constante.
O Banco Alimentar é uma das instituições que presta auxílio às famílias mais
carenciadas, neste caso, a ajuda é realizada através de bens alimentícios
(entrevista 1). A conferência de S. Vicente de Paulo que apoia no pagamento de
algumas despesas (entrevista 2).
149
150
No conceito de voluntário que nos foi sendo transmitido por aqueles que nele se
encontram envolvidos, encontra-se a principal motivação para o seu exercício: a
satisfação pessoal na ajuda ao próximo.
151
152
154
A relevância do papel do voluntariado vai-se tornando cada vez mais visível nas
mais variadas áreas, desde a Infância, à Terceira Idade, passando pela
Cooperação Internacional. Surge assim a seguinte questão - Q4 – Que tipo de
apoio é facultado pelos voluntários na luta contra a pobreza? Como podemos
analisar, as áreas de intervenção dos entrevistados são as mais variadas.
(Gráfico 12, p.132). No entanto, é no âmbito da Terceira Idade que existe uma
maior intervenção (12 elementos). Não obstante, a infância, a toxicodependência
e a pobreza também se apresentam como áreas susceptíveis de maior
intervenção.
O Banco Alimentar é uma das instituições que presta auxílio às famílias mais
carenciadas, neste caso, a ajuda é realizada através de bens alimentícios como
afirmam os inquiridos: “Não tenho qualquer apoio, apenas recebo bens
alimenticios do Banco Alimentar.” (entrevista 1).“Não apoia, a Conferência de S.
Vicente de Paulo ajuda-me com o pagamento de algumas despesas.” (entrevista
2). (Quadro 34,p.149).
155
Concordamos com Costa (2008) quando afirma que “os baixos salários são um
problema grave, que contribui para a pobreza em Portugal. É preciso aumentar os
ordenados e democratizar as empresas” pois, uma grande parte da população
portuguesa está numa situação vulnerável à pobreza. Quantas pessoas, ao longo
de seis anos, passaram pela pobreza e foram apanhadas como pobres em pelo
menos um dos anos.
Apesar de tudo, muitas das pessoas têm a ideia de que mais vale ser pobre em
Portugal do que em alguns países de África ou da Ásia, o que não é de todo
verídico. Porque, a pobreza é um fenómeno social, não apenas individual.
Desta forma, para alguns ser pobre é não ter recursos para participar nos hábitos
e costumes da sociedade. Ou seja, se uma criança pobre não pode vestir-se
como os seus colegas, para não ser ridicularizada, mesmo que tenha mais que
uma criança em África, sofre de exclusão. O que é preciso para não ser
estigmatizado em Portugal é muito mais do que noutros países. Há uma definição
do século XIX, que diz que uma pessoa é pobre quando não tem dinheiro para
vestir uma camisa que seja aceitável na sociedade.
157
Em 2004, terá sido de dezanove por cento (19%), em 2005 terá sido dezoito
(18%) por cento. Mesmo que se admita que houve uma tendência ligeiramente
decrescente, não explica que a ordem de grandeza se situe nos 20 por cento. A
pobreza em Portugal ou se manteve estável ou teve uma redução sem proporção
com o esforço feito.
158
Os pobres de hoje já não são só estas pessoas, não estão apenas nos bairros
sociais ou a viver do rendimento mínimo. Os pobres de hoje têm outros rostos que
requerem medidas estruturais que remedeiem essa problemática social. É neste
âmbito que o voluntariado assume uma nova importância na sociedade actual.
159
161
162
163
164
165
166
167
Universidad de
Zaragoza
Universidad de
Lusófona
Nº ENTREVISTA:
INVESTIGACIÓN:
POBREZA Y VOLUNTARIADO
2009
ORGANISMOS COLABORADORES
168
(la pregunta 12 no es una pregunta cerrada, los parentesis sólo proporcionan una guía)
Datos de identificación
País:_Portugal_____________________________Fecha:_______________________
Cargo:________________________________________________________________
Àmbito de actuación
o Local X
o Autonómico
o Nacional
o Internacional
Formación del entrevistado: Licenciatura em Serviço Social ______
Las organizaciones
1. Servicios de la asociación:
1.2 ¿Ha cambiado el perfil del usuario? ¿En qué? ¿Por qué? ___________
o Si
o No X
2.1. ¿Cuáles son sus funciones?_______________________________
o Si
o No X
3.1. ¿Cómo se realiza esa evaluación?__________________________
170
o Si
o No X
4.1. ¿Con cuáles?________________________________________________
El voluntariado
5. Breve descripción del perfil del voluntario ¿Ha cambiado estos últimos años? ¿En
qué?______________________________________________________________
10. ¿Qué tipo de coordinación existe entre los voluntarios y el equipo técnico de la
organización? São realizadas reuniões mensais. __________________________
10.1. ¿Cuáles son los espacios de encuentro y diálogo? As reuniões são realizadas nas
salas de reunião. _____________________________________________
o Si
o No X
11.1.¿En qué consiste?_________________________________
o Si
o No X
12.1. ¿Cómo se estructuran? _______________________________________
o Siempre
o Nunca
171
o Si
o No
o A veces X
15. ¿ Se tiene en cuenta los intereses del voluntariado en el ámbito en que les gustaría
trabajar?
o Si
o No
o Depende de las necesidades X
16. ¿Se evalúa la relación de la organización con los voluntarios?
o Si
o No X
16.1. ¿Cómo se realiza esa evaluación?:____________________________
17.5. Otros:__________________________________________
18.5. Otros:___________________________________________
o Si
o No X
19.1. ¿Porque?_Não, porque o voluntariado ainda é muito recente na nossa
instituição.
o Muy positivamente
172
Retos y sugerencias
21. Sugerencias:
______________________________________________________________
173
(la pregunta 12 no es una pregunta cerrada, los parentesis sólo proporcionan una guía)
Datos de identificación
País:Portugal_____________________________Fecha:____________________________
Cargo:____________________________________________________________________
Àmbito de actuación
o Local X
o Autonómico
o Nacional
o Internacional
Formación del entrevistado: Comerciante ___________________________
Las organizaciones
1. Servicios de la asociación:
1.2 ¿Ha cambiado el perfil del usuario? ¿En qué? ¿Por qué? ____________________
o Si X
o No
2.1. ¿Cuáles son sus funciones? Orientar e informar os voluntários das novas situações de
pobreza e de necessidades. ___________________________________________
o Si X
o No
3.1. ¿Cómo se realiza esa evaluación? Através de entrevistas e de conversas informais.
____________________________________________________________________
174
4. ¿Se relacionan o coordinan con otras entidades de voluntariado que trabajan en éste ámbito?
o Si
o No X
4.1. ¿Con cuáles?___________________________________________________________
El voluntariado
5. Breve descripción del perfil del voluntario ¿Ha cambiado estos últimos años? ¿En qué?
7. Horas dedicación aproximadas de los voluntarios: Mais de 10 horas por semana ______
10. ¿Qué tipo de coordinación existe entre los voluntarios y el equipo técnico de la
organización? São realizadas reuniões quinzenais. ________________________________
o Si
o No X
11.1.¿En qué consiste?__________________________________________________
o Si
o No X
12.1. ¿Cómo se estructuran? ____________________________________________
175
o Si
o No X
o A veces
15. ¿ Se tiene en cuenta los intereses del voluntariado en el ámbito en que les gustaría
trabajar?
o Si
o No
o Depende de las necesidades X
16. ¿Se evalúa la relación de la organización con los voluntarios?
o Si
o No X
16.1. ¿Cómo se realiza esa evaluación? ___________________________________
19. ¿Se evaluan las tareas que llevan a cabo los voluntarios?
o Si
o No X
19.1. ¿Porque?_________________________________
176
Retos y sugerencias
177
(la pregunta 12 no es una pregunta cerrada, los parentesis sólo proporcionan una guía)
Datos de identificación
País:_Portugal_____________________________Fecha:____________________________
Cargo:____________________________________________________________________
Àmbito de actuación
o Local
o Autonómico
o Nacional X
o Internacional
Formación del entrevistado: Licenciatura em Enfermagem ___________________________
Las organizaciones
1. Servicios de la asociación:
1.1 ¿Ha aumentado el número de usuarios desde 2004 al 2008? Tem vindo a aumentar.
1.2 ¿Ha cambiado el perfil del usuario? ¿En qué? ¿Por qué?___________________
o Si X
o No
2.1. ¿Cuáles son sus funciones? Orientar e traçar um plano de actuação para as situações
de emergência. _________________________________________________
o Si
o No X
3.1. ¿Cómo se realiza esa evaluación?_____________________________________
4. ¿Se relacionan o coordinan con otras entidades de voluntariado que trabajan en éste ámbito?
178
El voluntariado
5. Breve descripción del perfil del voluntario ¿Ha cambiado estos últimos años? ¿En qué? As
pessoas ainda vêm o voluntario de uma forma não muito boa. ____________________
7. Horas dedicación aproximadas de los voluntarios: Mais de 10 horas por semana ______
10. ¿Qué tipo de coordinación existe entre los voluntarios y el equipo técnico de la
organización? São realizadas reuniões quinzenais. _______________________________
o Si
o No X
11.1.¿En qué consiste?________________________________________________
o Si
o No X
12.1. ¿Cómo se estructuran?____________________________________________
o Siempre X
o Nunca
o A veces
o Solo la estrictamente necesaria
14. ¿El desconocimiento de idiomas así como el de otras culturas dificulta la actuación del
voluntariado con algunos sectores de población?
o Si X
179
o Si
o No
o Depende de las necesidades X
16. ¿Se evalúa la relación de la organización con los voluntarios?
o Si
o No X
16.1. ¿Cómo se realiza esa evaluación?:_____________________________________
17.5. Otros:______________________________________________________
18.5. Otros:______________________________________________________
o Si X
o No
19.1. ¿Porque?__________________________
o Muy positivamente
o Bastante Positivamente X
o Postiivamente
o Bastante Negativamente
o Muy negativamente
19.3. ¿Cuáles piensa que han sido los motivos
180
Retos y sugerencias
181
(la pregunta 12 no es una pregunta cerrada, los parentesis sólo proporcionan una guía)
Datos de identificación
País: Portugal_____________________________Fecha:____________________________
Cargo:____________________________________________________________________
Àmbito de actuación
o Local
o Autonómico
o Nacional X
o Internacional
Formación del entrevistado: Engenheiro Mecânico ___________________________
Las organizaciones
1.2 ¿Ha cambiado el perfil del usuario? ¿En qué? ¿Por qué?______________________
o Si X
o No
2.1. ¿Cuáles son sus funciones? Orientar e informar os voluntários ________________
o Si
o No X
3.1. ¿Cómo se realiza esa evaluación? _____________________________________
4. ¿Se relacionan o coordinan con otras entidades de voluntariado que trabajan en éste ámbito?
o Si X
182
El voluntariado
5. Breve descripción del perfil del voluntario ¿Ha cambiado estos últimos años? ¿En qué?
7. Horas dedicación aproximadas de los voluntarios: Mais de 10 horas por semana ______
10. ¿Qué tipo de coordinación existe entre los voluntarios y el equipo técnico de la
organización? São realizadas reuniões quinzenais. _________________________________
10.2. ¿Cómo funcionan?são traçadas estratégias para termos sucesso nas várias
situações.____________________________________________________________
o Si
o No X
11.1.¿En qué consiste?________________________________________________
o Si X
o No
12.1. ¿Cómo se estructuran? _As sessões de formação estão divididas em duas partes, a
parte teórica, e a parte prática, em que são colocados em situações hipotéticas de
socorro._____________________________________________________________
o Siempre X
o Nunca
o A veces
o Solo la estrictamente necesaria
183
o Si X
o No
o A veces
15. ¿ Se tiene en cuenta los intereses del voluntariado en el ámbito en que les gustaría
trabajar?
o Si
o No
o Depende de las necesidades X
16. ¿Se evalúa la relación de la organización con los voluntarios?
o Si X
o No
16.1. ¿Cómo se realiza esa evaluación?:_através de um inquérito.___________
17.5. Otros:_____________________________________________________
18.5. Otros:______________________________________________________
o Si X
o No
19.1. ¿Porque?_____________________________________
o Muy positivamente
184
Retos y sugerencias
185
186
Universidad de Murcia
Universidad
de Zaragoza
Universidad
de Roma III
Universidad
de Lusófona
Nº CUESTIONARIO:
187
q Hombre X
q Mujer
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47 X
o 48-55
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a X
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: São João de Ver___
6. País: Portugal______________
o Si X
o No
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario? Através de um colega que
também é voluntário, vi e gostei da experiência._____________
188
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar: ___________________________________
Tiempo:________________________________________
o <5 horas
o 5-10 horas
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h X
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
189
Organización 25%
Formación 15%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): X
o Otras (Cuáles): _________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10
o 10 X
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
o Pública
o Privada X
¿Quien ha impartido dicha formación?_Um colega. ______
190
_2- Companheirismo__________________
_3-Satisfação PessoaL_______________________
Curso de Enfermagem.
1 2 3 4 5 6
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
o Otros
¿Cuáles?____________________________________________________
191
o Muy Negativo X
o Negativo
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?_______________________________
Quanto ao reconhecimento que as pessoas nos dão, para mim não é importante.
192
q Hombre X
q Mujer
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47 X
o 48-55
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a X
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: Santa Maria da Feira_
6. País: Portugal
o Si X
o No
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario?_Porque o meu pai
também é voluntário
193
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar: ____________________
Tiempo:_________________________
o <5 horas
o 5-10 horas
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h X
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
194
Organización 25%
Formación 15%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): Socorrismo ______
o Otras (Cuáles): ____________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10
o 10 X
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
o Pública
o Privada X
¿Quien ha impartido dicha formación?_O meu Pai.
195
__1- Interesse_____________________
_3-Satisfação PessoaL_______________
_Sim, é muito importante termos formação contínua para podernos estar a par das
mudanças.
Acompanhamento psicológico.
1 2 3 4 5 6
Nada
Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
o Otros
¿Cuáles?____________________________________________________
196
o Muy Negativo X
o Negativo
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?
197
q Hombre X
q Mujer
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55 X
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a X
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: Santa Maria da Feira___
6. País: Portugal______________
o Si
o No X
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario?_Porque o meu pai
também é Bombeiro._______
198
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar: _____________________________
Tiempo:____________________
o <5 horas
o 5-10 horas
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h X
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
199
Organización 25%
Formación 15%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): X
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10
o 10 X
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
o Pública
o Privada X
¿Quien ha impartido dicha formación?_O meu Pai.
200
__Sim, sim, a formação foi oferecida pela instituição. Mas, tenho pouca formação.
3-Satisfação PessoaL____________________________
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
o Otros ¿Cuáles?____________________________
201
o Muy Negativo
o Negativo X
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?
202
q Hombre X
q Mujer
2. Edad:
o 16-23 X
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a X
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: Vila Nova de Gaia ____
6. País: Portugal__________________________________________
o Si
o No X
203
o Si X
o No
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
o <5 horas
o 5-10 horas
o 11-16 horas
o 17-21 horas X
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
Gestión 10%
Organización 50%
Formación 10%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo X
o Orientación personal X
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): X
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10 X
o 10
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
205
o Pública X
o Privada
¿Quien ha impartido dicha formación? Um amigo, internet. ____________
1- Espírito de União.
2- Amizade
3- Auto-busca do saber
Sim, também porque o socorro é uma área específica da saúde, e que este país tem
muitas falhas.
Formação a nível de língua gestual, psicología, ter uma visão holística da pessoa em
si.
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
206
o Muy Negativo
o Negativo X
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?__
207
q Hombre
q Mujer X
2. Edad:
o 16-23 X
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a X
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: Nogueira da Regedoura ___
6. País: Portugal__________________________________________
o Si
o No X
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario? Enriquecimento pessoal, e
o facto de estar envuelto na área da saúde, ter formação extra. _____________
208
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar: _______________________________________________
Tiempo:_ ______________________________________________
o <5 horas X
o 5-10 horas
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
Gestión 10%
Organización 50%
Formación 10%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo X
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): X
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
Trabalho de grupo.
o <10 X
o 10
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
210
Sim, sim.
1- Espírito de Equipa
2- Formação
Sim, também porque todos os dias surgem situações novas, é necessário formação
para cimentar os conhecimentos que temos.
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
211
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
o Otros ¿Cuáles?_
___________________________________________________
32. Indique 3 aspectos a mejorar de la actividad del voluntariado.
o Muy Negativo
o Negativo X
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?
Há reuniões mensais.
212
q Hombre
q Mujer X
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31 X
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a X
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: África do Sul_____
5. Provincia: Joanesburgo_________________________
o Si X
o No
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario? Ajudar os que precisam.
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar:___________________________________________________
Tiempo: _____________________________________________
o <5 horas
o 5-10 horas X
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
Gestión 10%
214
Formación 5%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo X
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles):
X________________________________________
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10 X
o 10
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
o Pública
o Privada X
¿Quien ha impartido dicha formación?_ ___________
215
Sim, Sim.
1- Ajudar o próximo.
Sim, também é importante haver formação para podernos clarificar algumas ideias
erradas acerca da dádiva de sangue.
Acompanhamento Psicológico.
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
o Otros
¿Cuáles?____________________________________________________
32. Indique 3 aspectos a mejorar de la actividad del voluntariado.
216
o Muy Negativo X
o Negativo
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?_
217
q Hombre X
q Mujer
2. Edad:
o 16-23
o 24-31 X
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a X
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: Rio Meão____________
6. País: Portugal__________________
o Si X
o No
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario? Ajudar os que mais
precisam.
218
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar:___________________________________________________
Tiempo: _____________________________________________
o <5 horas
o 5-10 horas X
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
Organización 10%
Formación 5%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo X
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles):
X________________________________________
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
Diálogo.
o <10 X
o 10
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
o Pública
o Privada X
220
Sim, Sim.
1- Entrega.
2-Relações interpessoais
3- Diálogo
Sim, também é importante haver formação para podernos clarificar algumas ideias
erradas acerca da dádiva de sangue.
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
221
o Muy Negativo
o Negativo X
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?
Há reuniões.
222
q Hombre
q Mujer X
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55 X
3. Estado civil:
o Casado/a X
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: _Santa Maria da Feira_
6. País: _Portugal____________________
o Si
o No X
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario? Ser útil à sociedade, e a
esta faixa etária em particular.
Lar São Nicolau – Santa Casa da Misericórdia de Santa Maria da Feira. ____
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar: __________________________________
Tiempo:______________________________________
o <5 horas
o 5-10 horas X
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
224
Gestión 10%
Organización 20%
Formación 10%
Difusión e información 5%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales X
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo
o Orientación personal X
o Entretenimiento (cine, teatro...) X
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles):
_________________________________________
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10
o 10
o 11-20 X
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
225
2 - Animação__________
Sim, acho muito importante, pois não acho que a experiência de vida nos ensine.
Formação musical;
Formação de cabeleireiro. _
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
226
o Muy Negativo
o Negativo
o Regular X
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?
227
q Homen / Hombre X
q Mulher / Mujer
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55 X
3. Estado civil:
o Casado/a X
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: _Santa Maria da Feira
6. País: _Portugal___________________________
o Si
o No X
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario? Ajudar quem mais precisa.
228
Lar São Nicolau – Santa Casa da Misericórdia de Santa Maria da Feira. ____
o Si X
o No
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
o <5 horas X
o 5-10 horas X
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
229
Gestión 10%
Organización 20%
Formación 10%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales X
o Sesiones colectivas
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...) X
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles):
_________________________________________
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10
o 10
o 11-20
o 21-30 X
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
230
o Pública
o Privada Semi- privada
¿Quien ha impartido dicha formación? O pároco da freguesia
1-Diálogo________________
2- Afecto_______
Sim, sim, porque é fundamental para saber lidar com as pessoas idosas.
Formação musical.
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social X
231
o Muy Negativo
o Negativo
o Regular X
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?_______
Mais esclarecimento para a sociedade, para banir a ideia comum de que o voluntário é
remunerado.
232
q Homen / Hombre
q Mulher / Mujer X
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55 X
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a X
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: _Santa Maria da Feira
6. País: _Portugal__________________________
233
o Si X
o No
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
o <5 horas
o 5-10 horas X
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
Gestión 10%
Organización 20%
Formación 10%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales X
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo
o Orientación personal X
o Entretenimiento (cine, teatro...) X
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): _______________________
o Otras (Cuáles): _________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
_Conversas.
o <10
o 10
o 11-20
o 21-30 X
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
235
o Pública
o Privada Semi- privada
¿Quien ha impartido dicha formación?__Amiga.___
1- Dádiva ____________
2- Afecto_________________
3- Amizade ___________
Geriatria
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o Muy Negativo
o Negativo
o Regular
o Positivo X
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?________
237
q Homen / Hombre
q Mulher / Mujer X
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55 X
3. Estado civil:
o Casado/a X
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: _Santa Maria da Feira
6. País: _Portugal_______________________
o Si
o No X
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario?_Gosto pelo trabalho com
pessoas idosas.
238
Lar São Nicolau – Santa Casa da Misericórdia de Santa Maria da Feira. ____
o Si X
o No
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
o <5 horas X
o 5-10 horas
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
239
Gestión 10%
Organización 10%
Formación 10%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...) X
o Trabajos manuales y artísticos X
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): _Diálogo e Afectos.
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10
o 10
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60 X
o 61-70
o >70
240
o Pública
o Privada Semi- privada
¿Quien ha impartido dicha formación?
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social X
o La gratificación personal X
241
o Muy Negativo
o Negativo
o Regular
o Positivo X
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?
Maior formação dos voluntários; Maior divulgação; Mais meios para o acolhimento dos
voluntarios e desenvolvimento das suas tarefas/funções.
242
q Homen / Hombre
q Mulher / Mujer X
2. Idade / Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55 X
3. Estado civil:
o Casado/a
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a X
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: Rio Meão____________
6. País: Portugal________________
o Si X
o No
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario?Os outros precisam de ser
ajudados material e psicológicamente.
243
o Si X
o No
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar:Ermesinde_______________________
o <5 horas
o 5-10 horas X
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
244
Organización 10%
Formación 5%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales X
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo X
o Orientación personal X
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas X
o Reparto de ayudas (Cuáles): X____________
o Otras (Cuáles): ______________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
o <10 X
o 10
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
o Pública
o Privada X
¿Quien ha impartido dicha formación?_opção voluntária. ___________
245
1- Ajudar o próximo.
Psicologia e antropología.
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
o Otros
¿Cuáles?____________________________________________________
32. Indique 3 aspectos a mejorar de la actividad del voluntariado.
o Muy Negativo X
o Negativo
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?__Através de reuniões.
247
q Homen / Hombre
q Mulher / Mujer X
2. Idade / Edad:
o 16-23 X
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a X
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: Rio meão ___
6. País: Portugal__________________________________________
o Si X
o No
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario? Ajuda. _
248
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar: _______________________________________________
Tiempo:_ ______________________________________________
o <5 horas X
o 5-10 horas
o 11-16 horas
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
249
Gestión 10%
Organización 50%
Formación 10%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo X
o Orientación personal
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): X
o Otras (Cuáles): _____________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
Trabalho de grupo.
o <10
o 10
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60 X
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
o Pública X
o Privada
¿Quien ha impartido dicha formación? A própria Instituição.
250
Não, não.
Sim, também porque todos os dias surgem novas situaçoes de pobreza, é necessário
formação.
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
o Otros ¿Cuáles?_
___________________________________________________
32. Indique 3 aspectos a mejorar de la actividad del voluntariado.
251
o Muy Negativo
o Negativo X
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?
Há reuniões mensais.
Há reuniões mensais.
Maior Comparticipação.
252
q Hombre X
q Mujer
2. Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39 X
o 40-47
o 48-55
o +55
3. Estado civil:
o Casado/a
o União de facto / Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viúvo/a / Viudo/a
o Mãe solteira / Madre soltera
o Solteiro/a / Soltero/a X
4. Lugar de nascimento / Lugar de nacimiento: Santa Maria Da Feira ___
6. País: Portugal__________________________________________
o Si X
o No
9. ¿Qué motivaciones le han llevado a ser voluntario? Ajudar o próximo
253
o Si
o No X
16. En caso afirmativo, ¿Cuáles?
Lugar: _____________
Tiempo:_ ________________________________
o <5 horas
o 5-10 horas
o 11-16 horas X
o 17-21 horas
o >21 h
18. Señale los diversos ámbitos sociales en los que desarrolla su tarea como
voluntario
254
Organización 50%
Formación 10%
TOTAL 100%
o Sesiones individuales
o Sesiones colectivas X
21. El área en la que realiza su labor es:
o Actividades de campo X
o Orientación personal X
o Entretenimiento (cine, teatro...)
o Trabajos manuales y artísticos
o Tareas educativas
o Reparto de ayudas (Cuáles): X
o Otras (Cuáles):
________________________________________________
22. Enumere las técnicas que más utilice en el desarrollo de su tarea como
voluntario (máximo 3): por ejemplo: trabajo en grupo, dinámicas, conversaciones…
Trabalho de grupo.
o <10
o 10
o 11-20
o 21-30
o 31-40
o 41-50
o 51-60 X
o 61-70
o >70
25. Su formación como voluntario es:
o Pública X
o Privada
¿Quien ha impartido dicha formación? Através de documentos informativos.
255
Não, não.
Sim, também porque os níveis de pobreza têm aumentado de dia, para dia.
1 2 3 4 5 6
Nada Mucho
Realización de la tarea____________ X
o El reconocimiento social
o La gratificación personal X
o La participación social X
o La ayuda a los demás X
o Otros ¿Cuáles?_
___________________________________________________
32. Indique 3 aspectos a mejorar de la actividad del voluntariado.
o Muy Negativo
o Negativo X
o Regular
o Positivo
o Muy positivo
34. ¿Cómo se coordinan entre voluntarios? ¿Hay espacios de reuniones y con
que intervalos?_____Reuniões mensais.
Há reuniões mensais.
257
258
Sexo:
q Hombre
q Mujer X
Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55 X
o +55
Estado civil:
o Casado/a
o Pareja de hecho
o Divorciado/a X
o Separado/a
o Viudo/a
o Madre soltera
o Soltero/a
Lugar de nacimiento:_Rio Meão __________________________
País: Portugal___________________________________________
o Sin estudios
o Primarios X
o Secundarios
o Universitarios (I Ciclo) ¿Cuáles?______________________________
o Universitarios (II Ciclo) ¿Cuáles?_____________________________
o Postgrado y Master ¿Cuáles?_________________________________
o Doctorado ¿Cuáles?________________________________________
o Otros___________________________________________________
259
Muito Bom.
Muito Bom.
260
HISTORIA DE VIDA
Sexo:
q Hombre
q Mujer X
Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55 X
Estado civil:
o Casado/a X
o Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viudo/a
o Madre soltera
o Soltero/a
Lugar de nacimiento:_S. João de Ver __________________________
País: Portugal___________________________________________
o Sin estudios
o Primarios X
o Secundarios
o Universitarios (I Ciclo) ¿Cuáles?______________________________
o Universitarios (II Ciclo) ¿Cuáles?_____________________________
o Postgrado y Master ¿Cuáles?_________________________________
o Doctorado ¿Cuáles?________________________________________
o Otros___________________________________________________
261
Bom.
Bom.
HISTORIA DE VIDA
Sexo:
q Hombre X
q Mujer
Edad:
o 16-23
o 24-31
o 32-39
o 40-47
o 48-55
o +55 X
Estado civil:
o Casado/a X
o Pareja de hecho
o Divorciado/a
o Separado/a
o Viudo/a
o Madre soltera
o Soltero/a
Lugar de nacimiento:_S. João de Ver __________________________
País: Portugal___________________________________________
o Sin estudios
o Primarios X
o Secundarios
o Universitarios (I Ciclo) ¿Cuáles?______________________________
o Universitarios (II Ciclo) ¿Cuáles?_____________________________
o Postgrado y Master ¿Cuáles?_________________________________
o Doctorado ¿Cuáles?________________________________________
o Otros___________________________________________________
263
Bom.
Bom.
264
Mais verbas.
265