IT 42 Projeto Tecnico Simplificado
IT 42 Projeto Tecnico Simplificado
IT 42 Projeto Tecnico Simplificado
ESTADO DA BAHIA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Aplicação
3. Referências normativas e bibliográficas
4. Definições
5. Classificação da edificação (imóvel)
6. Procedimentos para regularização do imóvel
7. Sistema Integrador Estadual
8. Prescrições diversas
9. Exigências técnicas para PTS
ANEXOS
2. APLICAÇÃO
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações que admitirem apresentação de Projeto Técnico
Simplificado (PTS), nos termos desta IT, estabelecendo procedimentos diferenciados para regularização
da edificação junto ao Corpo de Bombeiros Militar, conforme o potencial de risco apresentado.
4. DEFINIÇÕES
4.1 Além das definições constantes da IT 03/16 - Terminologia de segurança contra incêndio, aplicam-se
as definições específicas abaixo:
4.1.1 Andar: é o volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o pavimento e o
nível superior a sua cobertura.
4.1.2 Atividade econômica: é o ramo de atividade identificada a partir da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas - CNAE e da lista de estabelecimentos auxiliares a ela associados, se houver,
regulamentada pela Comissão Nacional de Classificação – CONCLA.
4.1.3 Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): é o documento emitido pelo Corpo de
Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as
condições de segurança contra incêndio, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo
um período de revalidação.
4.1.4 Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB): é o documento emitido pelo Corpo de
Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) certificando que a edificação foi considerada de baixo potencial
de risco à vida ou ao patrimônio e concluiu com êxito o processo de segurança contra incêndio para
regularização junto ao CBMBA.
4.1.5 Empresa de pequeno porte (EPP): é uma empresa com faturamento anual reduzido, determinado
em legislação específica, cujo pagamento de impostos pode ser realizado de forma simplificada.
4.1.6 Estabelecimento empresarial ou comercial: local que ocupa, no todo ou em parte, um imóvel
individualmente identificado, edificado ou não, onde é exercida atividade econômica por empresário ou
pessoa jurídica, de caráter permanente, periódico ou eventual.
4.1.7 Fiscalização: ato administrativo pelo qual o Corpo de Bombeiros Militar verifica, no local, se os
requisitos de segurança contra incêndio estão implantados e mantidos, nos termos das Normas de
Segurança contra Incêndio e Pânico do Estado da Bahia e das declarações apresentadas.
4.1.8 Licenciamento de atividade empresarial: etapa do procedimento de registro e legalização,
presencial ou eletrônica, que conduz o interessado à autorização para o exercício de determinada atividade
econômica em estabelecimento indicado. Esta licença difere da regularização do imóvel como um todo
que é feita pelo Corpo de Bombeiros Militar.
4.1.9 Mezanino: é o pavimento que subdivide parcialmente um andar em dois andares. Será considerado
como andar ou pavimento, o mezanino que possuir área maior que um terço (1/3) da área do andar
subdividido.
4.1.10 Microempreendedor Individual (MEI): é o empresário individual, optante pelo Simples
Nacional, que tenha auferido receita bruta determinada em legislação específica.
4.1.11 Microempresa (ME): é uma empresa com faturamento anual reduzido, determinado em legislação
específica, cujo pagamento de impostos pode ser realizado de forma simplificada.
4.1.12 Pavimento: é o plano de piso (andar) de uma edificação ou área de risco.
4.1.13 Processo de Segurança contra Incêndio: é a documentação que contém os elementos formais
exigidos pelo CBMBA na apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico de uma
edificação e áreas de risco que devem ser projetadas para avaliação dos Órgãos Técnicos do CBMBA.
4.1.14 Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios –
REDESIM: é uma política pública que estabelece as diretrizes e procedimentos para simplificar e
integrar o procedimento de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas de qualquer porte,
atividade econômica ou composição societária.
4.1.15 Subsolo: é o pavimento situado abaixo do perfil do terreno. Não será considerado subsolo o
pavimento que possuir ventilação natural para o exterior, com área total superior a 0,006 m² para cada
metro cúbico de ar do compartimento, e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20 m do perfil do terreno.
5. CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
5.1 A edificação comportará o Projeto Técnico Simplificado (PTS) quando atender aos seguintes
requisitos:
5.1.1 Possuir área construída menor ou igual a 750 m², podendo-se desconsiderar:
a. telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas d’água, tanques e outras
instalações desde que não tenham área superior a 10 m²;
b. platibandas e beirais de telhado com até 3 metros de projeção;
c. passagens cobertas, de laterais abertas, com largura máxima de 3 metros, destinadas apenas à circulação
de pessoas ou mercadorias;
d. coberturas de praças de pedágio, desde que não sejam utilizadas para outros fins e sejam abertas
lateralmente;
e. reservatórios de água, escadas enclausuradas e dutos de ventilação das saídas de emergência;
f. piscinas, banheiros, vestiários e assemelhados;
5.1.2 Possuir até três pavimentos, podendo ser desconsiderado como pavimento o 1º subsolo quando
usado exclusivamente para estacionamento, sem abastecimento no local.
5.1.3 Não possuir subsolo ocupado como local de reunião de público (Grupo F), independente da área,
bem como outra ocupação diversa de estacionamento com área superior a 50 m².
5.1.4 Ter lotação máxima de 100 (cem) pessoas, quando se tratar de local de reunião de público (Grupo F,
da Tabela 1, do Decreto Estadual nº 16.302/15).
5.1.5 Não comercializar gás liquefeito de petróleo – GLP.
5.1.6 Não armazenar líquidos inflamáveis ou combustíveis em tanques aéreos para qualquer finalidade;
5.1.7 Não ser posto de abastecimento de combustível.
5.1.8 Não armazenar gases inflamáveis em tanques ou cilindros, para qualquer finalidade, a exceção do
item 5.2.2.
5.1.9 Não manipular ou armazenar produtos perigosos à saúde humana, ao meio ambiente ou ao
patrimônio, tais como: explosivos, peróxidos orgânicos, substâncias oxidantes, substâncias tóxicas,
substâncias radioativas, substâncias corrosivas e substâncias perigosas diversas.
5.2 Dentre as edificações que admitem PTS, serão regularizadas por meio de Certificado de Licença
do Corpo de Bombeiros, aquelas que se enquadrarem nas seguintes condições:
5.2.1 Possuir área total construída menor ou igual a 750 m², não sendo permitido desconto de área.
5.2.2 Se houver utilização ou armazenamento de GLP (Central) para qualquer finalidade, possuir no
máximo 190 Kg de gás.
5.2.3 Armazenar ou manipular, no máximo, 250 litros de líquidos combustíveis ou inflamáveis,
fracionados.
5.2.4 Se possuir subsolo, a ocupação deste deve ser exclusiva para estacionamento.
5.2.5 Não possuir coberturas construídas com fibras de sapé, piaçava e similares, com área de coberta
superior a 200 m².
5.2.6 Não possuir qualquer tipo de abertura por meio de portas, telhados ou janelas, para o interior de
edificação adjacente.
5.2.7 Não ter na edificação as seguintes ocupações:
a. Grupo A, divisão A-3 (Habitação coletiva) com mais de 16 leitos;
b. Grupo B, divisão B-1 (Hotel e assemelhado) com mais de 16 leitos;
c. Grupo D, divisão D-1 (Local para prestação de serviço profissional ou condução de negócios), que
possua “Call Center” com mais de 100 funcionários;
d. Grupo E, divisões: E-5 (Pré-escola) e E-6 (Escola para portadores de deficiências);
e. Grupo F, divisões: F-1 (Local onde há objeto de valor inestimável), F-3 (Centro esportivo e de
exibição), F-4 (Estação e terminal de passageiro), F-5 (Arte cênica e auditório), F-6 (Clubes sociais e
diversão), F-7 (Construção provisória), F-9(Recreação pública) e F-10 (Exposição de objetos ou animais);
f. Grupo H, divisões: H-2 (Local onde pessoas requerem cuidados especiais por limitações físicas ou
mentais) e H-3 (Hospital e assemelhado);
6.1.1 As edificações que não se enquadrarem no item 5.1. desta IT devem ser regularizadas junto ao
Corpo de Bombeiros Militar por meio de Projeto Técnico de Segurança Contra Incêndio e Pânico
conforme o previsto na IT-01/2016 – Procedimentos administrativos.
6.2 Edificações que se enquadram no item 5.1 desta IT (PTS com emissão de AVCB)
6.2.1 As edificações que se enquadrarem no item 5.1 desta IT devem ser regularizadas junto ao Corpo de
Bombeiros Militar por meio dos procedimentos a seguir, aplicando-se subsidiariamente o disposto na IT-
01/2016 – Procedimentos administrativos.
6.2.2 As exigências de segurança contra incêndio para estas edificações são aquelas previstas na Tabela 5
do Decreto Estadual 16.302/15 e nas Instruções Técnicas pertinentes do Corpo de Bombeiros Militar, de
acordo com a ocupação, área e altura, sendo resumidas no item 9 desta IT.
6.2.3 Nesses casos haverá vistoria prévia do Corpo de Bombeiros Militar e posterior emissão do AVCB,
sendo dispensada a apresentação de projeto de segurança contra incêndio para análise.
6.2.4 São requisitos para regularização das edificações enquadradas no item 5.1 desta IT:
a. Preenchimento do Formulário de Segurança contra Incêndio (Anexo “D”), disponível no sítio
eletrônico do CBMBA, podendo ser via internet em portal específico ou diretamente na Unidade
Bombeiro de Militar da área de situação do imóvel;
b. Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica (ART/RRT) referente à instalação e/ou
manutenção dos sistemas de segurança contra incêndio, exceto para edificações térreas com até 200 m² de
área construída e saída dos ocupantes direta para via pública;
c. Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica (ART/RRT) do responsável técnico sobre os riscos
específicos existentes na edificação, tais como: controle de material de acabamento e revestimento
(quando exigido), gases inflamáveis(teste de estanqueidade), vasos sob pressão (se houver);
d. Recolhimento de taxa correspondente ao serviço de segurança contra incêndio;
e. Planta de Riscos de incêndio e específicos da edificação;
6.2.5 As Anotações ou Registros de Responsabilidade Técnica (ART/RRT) e demais documentos
exigidos devem ser anexados de forma eletrônica no portal específico ou entregues diretamente na
Unidade Bombeiro Militar da área de situação do imóvel, mantendo-se uma via original na edificação.
6.2.6 Desde que se faça menção expressa aos itens exigidos, aceita-se uma única ART/RRT se os serviços
forem prestados pelo mesmo responsável técnico.
6.2.7 O protocolo de vistoria será disponibilizado no portal do CBMBA, assim que for reconhecido
eletronicamente o pagamento da taxa devida.
6.2.8 Em caso de não aprovação, a solicitação de retorno de vistoria deve ser realizada diretamente no
portal do CBMBA ou na Unidade Bombeiro Militar da área de situação do imóvel, sendo que o pedido de
vistoria dá direito a dois retornos gratuitos.
6.2.9 Em sendo aprovada a vistoria, será emitido eletronicamente o Auto de Vistoria do Corpo de
Bombeiros (AVCB).
6.3 Edificações que se enquadram no item 5.2 desta IT (PTS com emissão de CLCB)
6.3.1 As edificações que se enquadrarem no item 5.2 desta IT devem ser regularizadas junto ao Corpo de
Bombeiros Militar por meio dos procedimentos a seguir, aplicando-se subsidiariamente o disposto na IT-
01/2016 – Procedimentos administrativos.
6.3.2 As exigências de segurança contra incêndio para estas edificações são aquelas previstas na Tabela 5
do Decreto Estadual 16.302/15 e nas Instruções Técnicas pertinentes do Corpo de Bombeiros Militar, de
acordo com a ocupação, área e altura, sendo resumidas no item 9 desta IT.
6.3.3 Nesses casos será emitido um Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB) e a vistoria
técnica será feita em momento posterior, por amostragem, de acordo com critérios de risco estabelecidos
pelos Órgãos Técnicos do CBMBA, sendo dispensada a apresentação de projeto de segurança contra
incêndio para análise.
6.3.4 O CLCB deve ser emitido conforme modelo constante no Anexo “A”, podendo sofrer pequenas
variações para adequação ao formato eletrônico.
6.3.5 O CLCB possui a mesma eficácia do AVCB para fins de comprovação de regularização da
edificação perante outros órgãos.
6.3.6 São requisitos para regularização das edificações enquadradas no item 5.2 desta IT:
6.3.6.1 Para edificações térreas com até 200 m² de área construída e saída dos ocupantes direta para
via pública:
6.3.13 Após a emissão do CLCB, o Órgão Técnico do CBMBA analisará a documentação apresentada
eletronicamente e programará a vistoria técnica em momento posterior, por amostragem, de acordo com
critérios de risco estabelecidos pelo Órgão Técnico do CBMBA.
6.3.14 O Corpo de Bombeiros Militar pode, a qualquer tempo, verificar as informações e declarações
prestadas, inclusive por meio de vistorias e de solicitação de documentos.
6.3.15 A primeira vistoria na edificação deve ter natureza orientadora, exceto quando houver situação de
risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio, ou ainda, no caso de reincidência, de fraude, de
resistência ou de embaraço à fiscalização.
6.3.16 O Corpo de Bombeiros Militar pode iniciar o processo de cassação do CLCB sempre que:
a. houver qualquer irregularidade, inconsistência ou falta de documentação obrigatória;
b. houver algum embaraço, resistência ou recusa de atendimento na edificação;
c. for constatado em vistoria situação de risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio;
d.for constatado em vistoria o não enquadramento da edificação nas condições do item 5.2 desta IT;
e. for constatado em vistoria o não atendimento das exigências das Normas de Segurança Contra Incêndio
e Pânico do Estado da Bahia.
7.1 Para fins de licenciamento dos estabelecimentos comerciais ou empresariais, o Corpo de Bombeiros
Militar integra-se ao sistema integrador estadual, denominado REGIN (Sistema de Registro Integrado).
7.2 A concessão de licença para microempreendedores individuais (MEI), microempresa (ME) e
empresas de pequeno porte (EPP) terá o seu procedimento facilitado conforme regras estabelecidas pelo
CBMBA.
7.3 Para classificação dos estabelecimentos comerciais ou empresariais como baixo risco no REGIN, a
edificação deve se enquadrar ao disposto no item 5.2 desta IT.
7.4 Se o estabelecimento comercial ou empresarial for classificado como baixo risco no REGIN, o mesmo
terá a sua licença de funcionamento aprovada, previamente à vistoria do Corpo de Bombeiros.
7.5 A concessão de licença do Corpo de Bombeiros Militar aos estabelecimentos comerciais ou
empresariais implica a necessidade de regularização da edificação onde são exercidas as suas atividades,
de acordo com as Normas de Segurança contra Incêndio do Estado da Bahia.
7.6 Os estabelecimentos comerciais ou empresariais que apresentarem a comprovação de que o imóvel
(edificação) onde exercem as suas atividades possui o Certificado de Licença ou o Auto de Vistoria do
Corpo de Bombeiros válido, podem ter a licença do estabelecimento aprovada de imediato.
7.7 A concessão de licença prévia à vistoria do Corpo de Bombeiros Militar não exime o proprietário do
imóvel, o responsável pelo uso, ou o empresário do cumprimento das exigências técnicas previstas no
Decreto Estadual 16.302/2015.
7.8 O proprietário do imóvel, o representante legal do condomínio, e os empresários são solidariamente
responsáveis pela manutenção e instalação das medidas de segurança contra incêndio do imóvel onde
estão contidos os estabelecimentos.
7.9 O Corpo de Bombeiros pode, a qualquer tempo, verificar as informações e declarações prestadas,
inclusive por meio de vistorias e de solicitação de documentos.
7.10 Na fiscalização posterior, o Corpo de Bombeiros deve verificar a segurança contra incêndio do
imóvel como um todo, nos termos das Normas de Segurança contra Incêndio do Estado da Bahia.
7.11 A primeira vistoria na edificação deve ser feita conforme o item 6.3.15 desta IT.
8. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
8.1 O proprietário ou responsável pelo uso pode obter orientações no Órgão Técnico do Corpo de
Bombeiros Militar da área de situação do imóvel, quanto à proteção necessária, podendo inclusive
apresentar plantas no atendimento ao público, para melhores esclarecimentos.
8.2 O proprietário, responsável pelo uso, ou empresário deve solicitar a regularização no Corpo de
Bombeiros Militar com vistas à emissão do AVCB ou do CLCB, somente quando estiver com os
equipamentos de segurança contra incêndio instalados em toda a edificação, conforme as Normas de
Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado da Bahia.
8.4 Para maior detalhamento das medidas de segurança contra incêndio previstas no item 9, quando
necessário, devem ser consultadas as respectivas Instruções Técnicas do CBMBA.
8.5 O microempreendedor individual que exerça sua atividade econômica em área não edificada, tais
como ambulantes, carrinhos de lanches em geral, barracas itinerantes e congêneres, não está sujeito à
fiscalização do Corpo de Bombeiros Militar.
8.6 O microempreendedor individual que exerça sua atividade em residência unifamiliar não está sujeito à
fiscalização do Corpo de Bombeiros.
8.7 As situações descritas nos itens 8.5 e 8.6 ficam dispensadas da regularização por meio de CLCB ou
AVCB, porém, recomenda-se a adoção das medidas de segurança contidas no item 9.2.9 desta IT.
8.9 A concessão de licença prévia à vistoria do Corpo de Bombeiros não exime o proprietário do imóvel,
o responsável pelo uso, ou o empresário do cumprimento das exigências técnicas previstas nas normas
técnicas do CBMBA.
8.11 Em empreendimentos localizados dentro de outra edificação de maior porte (galerias, shopping
center) o CLCB e o AVCB só terão validade caso a edificação principal esteja regularizada.
8.12 A disponibilização de materiais didáticos pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia e outros órgãos
mediante convênio facilitará o entendimento do processo de licenciamento, de forma que as diretrizes
estabelecidas possam ser aplicadas pelos empresários, pessoas jurídicas, agentes públicos e em
campanhas de prevenção contra incêndios.
8.13 Por ocasião da informatização dos serviços de prevenção contra incêndio e educação pública do
Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, novas regras podem ser estabelecidas com a disponibilização das
informações aos usuários em sítio do poder público na rede mundial de computadores.
8.14 O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, mediante convênio com os municípios e outros órgãos,
poderá oferecer o serviço de prevenção contra incêndio e educação pública nos locais onde não há a
instalação física de quartéis, aumentando a capilaridade do serviço oferecido ao empreendedor.
8.15 Enquanto não ocorrer a informatização dos serviços de prevenção contra incêndio, as solicitações e
apresentação de documentações devem ocorrer presencialmente, na Unidade de Bombeiro Militar da área
de situação do imóvel.
9.1 Para as edificações enquadradas como PTS, conforme item 5 desta IT, aplicam-se as medidas de
segurança contra incêndio prescritas na Tabela 5 do Decreto Estadual nº 16.302/15, bem como, as
disposições constantes nas Instruções Técnicas pertinentes, que foram resumidas a seguir para um melhor
entendimento, por ocasião da regularização das edificações de baixo risco.
9.2 Nas edificações enquadradas como PTS onde há armazenamento de gases inflamáveis, líquidos
combustíveis ou inflamáveis, devem ser observados os afastamentos e demais condições de segurança,
exigidos por legislação específica.
9.2.1.1 Prever proteção por extintores de incêndio, de acordo com a IT especifica sobre Sistema de
proteção por extintores de incêndio, para o combate ao princípio de sinistro.
9.2.1.2 Os extintores devem ser escolhidos de modo a serem adequados à extinção dos tipos de incêndios,
dentro de sua área de proteção, devendo ser intercalados na proporção de dois extintores para o risco
predominante e um para o secundário.
9.2.1.3 Deve ser instalado, pelo menos, um extintor de incêndio a não mais de 5 metros da entrada
principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos.
9.2.1.4 Cada pavimento deve ser protegido, no mínimo, por duas unidades extintoras distintas, sendo uma
para incêndio de classe A e outra para classes B:C ou duas unidades extintoras para classes ABC.
9.2.1.5 Em pavimentos ou mezaninos com até 50 m² de área construída, é aceito a colocação de apenas
um extintor do tipo ABC;
9.2.1.6 Os extintores devem estar desobstruídos e sinalizados.
9.2.1.7 A altura máxima de fixação dos extintores é de 1,60 m, e a mínima é de 0,10 m.
Extintor de incêndio
15 x 15
(fotoluminescente)
Proibido fumar 15
9.2.3.1 Prever saídas de emergência, de acordo com a IT 11 – Saídas de emergência, com a finalidade de
propiciar à população o abandono seguro e protegido da edificação em caso de incêndio ou pânico, bem
como, permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao incêndio ou retirada de pessoas.
9.2.3.2 As saídas de emergência devem ser dimensionadas em função da população da edificação.
9.2.3.3 A saída de emergência é composta por: acessos, escadas ou rampas, rotas de saídas horizontais e
respectivas portas e espaço livre exterior. Esses componentes devem permanecer livres e desobstruídos
para permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes.
9.2.3.4 A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas deva
transitar.
9.2.3.5 As portas das rotas de saídas e das salas com capacidade acima de 50 pessoas, em comunicação
com os acessos e descargas, devem abrir no sentido do trânsito de saída.
9.2.3.6 As portas devem ter as seguintes dimensões mínimas de vão-luz:
a. 0,80 m, valendo por uma unidade de passagem;
b. 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem;
c. 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem;
d. 2,00 m, em duas folhas, valendo por quatro unidades de passagem.
9.2.3.7 Para se determinar a quantidade de pessoas por unidade de passagem, consultar anexo “E”.
9.2.3.8 As escadas, acessos e rampas devem:
a. ser construídas em materiais incombustíveis;
b. possuir piso antiderrapante;
c. ser protegidas por guarda-corpo em seus lados abertos;
d. ser dotadas de corrimãos em ambos os lados, com extremidades voltadas à parede ou, quando
conjugados com o guarda-corpo, finalizar neste ou diretamente no piso;
e. permanecer desobstruídas e ter largura mínima de 1,20 m (duas unidades de passagem).
9.2.3.9 A altura das guardas, medida internamente, deve ser, no mínimo, de 1,10 m ao longo dos
patamares, escadas, corredores, mezaninos e outros, medida verticalmente do topo da guarda a uma linha
que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus.
9.2.3.10 A altura das guardas em escada aberta externa (AE), de seus patamares, de balcões e
assemelhados, devem ser de no mínimo 1,3 m, medidas como especificado no item anterior.
9.2.3.11 Os corrimãos devem estar situados entre 0,80 m e 0,92 m acima do nível do piso.
9.2.3.12 Os degraus das escadas devem ter altura “h” compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância
de 5mm. Devem ter comprimento “b” (pisada) entre 27 cm e 32 cm, dimensionado pela fórmula de
Blondel:
63 cm ≤ (2 h + b) ≤ 64 cm
9.2.3.13 As distâncias máximas a serem percorridas para se atingir uma saída (espaço livre exterior, área
de refúgio, escada de saída de emergência) devem atender ao Anexo “F”.
9.2.5.1 Prever sistema de iluminação de emergência, de acordo com a IT especifica sobre o Sistema de
Iluminação de emergência, a fim de melhorar as condições de abandono, nos seguintes casos:
a. edificações com mais de 01 (um) pavimento dos Grupos A (residencial), C (comercial), D (serviço
profissional), E (educacional e cultura física), G (serviços automotivos e assemelhados), H (serviços de
saúde ou institucional), I (indústria) e J (depósito);
b. edificações do Grupo B (serviço de hospedagem), considerando-se isentos os motéis que não possuam
corredores internos de serviços;
c. edificações do Grupo F (Locais de reunião de público) com mais de 01(um) pavimento ou com lotação
superior a 50 pessoas.
9.2.5.2 A instalação do sistema de iluminação de emergência deve atender ainda o prescrito na norma
NBR 10.898, conforme as regras básicas descritas a seguir:
9.2.5.2.1 Os pontos de iluminação de emergência devem ser instalados nos corredores de circulação
(aclaramento), nas portas de saída dos ambientes (balizamento) e nas mudanças de direção (balizamento);
9.2.5.2.2 A distância máxima entre dois pontos de iluminação de emergência não deve ultrapassar 15
metros e entre o ponto de iluminação e a parede 7,5 metros. Outro distanciamento entre pontos pode ser
adotado, desde que atenda aos parâmetros da NBR 10.898;
9.2.5.2.3 Quando o sistema for atendido por central de baterias ou por motogerador, a tubulação e as
caixas de passagem devem ser fechadas, metálicas ou em PVC rígido antichama, quando a instalação for
aparente. Para iluminação de emergência por meio de blocos autônomos dispensa-se essa exigência;
9.2.5.2.4 Quando a iluminação de emergência for atendida por grupo motogerador, o tempo máximo de
comutação é de 12 segundos. Recomenda-se que haja sistema alternativo por bateria em complemento ao
motogerador.
9.2.7.1 Os hangares, com área construída de até 750m², adicionalmente, devem possuir sistema de
drenagem de líquidos nos pisos para bacias de contenção à distância, conforme IT especifica.
9.2.7.2 A bacia de contenção de líquidos pode ser a própria caixa separadora (água e óleo) exigida pelos
órgãos públicos pertinentes, conforme NBR 14605-7 e/ou outras normas técnicas oficiais afins.
9.2.7.3 Não é permitido o armazenamento de líquidos combustíveis ou inflamáveis dentro dos hangares.
9.2.8.1 Recomenda-se que todos os estabelecimentos deverão possuir funcionários treinados com
conhecimentos básicos para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área
e primeiros-socorros.
9.2.9.1 O microempreendedor individual deve atender às exigências previstas nas Instruções Técnicas do
CBMBA e nas Normas Brasileiras pertinentes de acordo com as características da edificação onde exerça
as suas atividades.
9.2.9.2 Para que tenha segurança em suas atividades, recomenda-se ao microempreendedor individual que
exerça sua atividade em residência unifamiliar:
9.2.9.3 Para que tenha segurança em suas atividades, recomenda-se ao microempreendor individual que
exerça sua atividade econômica em área não edificada, tais como ambulantes, carrinhos de lanches em
geral, barracas itinerantes e congêneres (não obrigatório):
a. Não utilizar cilindros de GLP que não possuam válvula de segurança, tais como P-2 ou P-5 Kg;
b. Utilizar somente cilindro de GLP P-13 KG, que deve estar em local ventilado, com mangueira de
revestimento metálico e registro certificado pelo INMETRO, dentro do prazo de validade;
c. Se utilizar cilindro de GLP, manter, se possível, um extintor de incêndio de pó ABC em local de fácil
acesso.
9.2.9.4 Nas demais situações, o microempreendedor individual deve atender às exigências previstas no
Decreto 16.302/2015, de acordo com as características da edificação onde exerça as suas atividades.
ANEXO A
MODELO DE CERTIFICADO DE LICENÇA DO CORPO DE BOMBEIROS
Observações:
1. Para as edificações de baixo potencial de risco à vida e ao patrimônio, nos termos da IT nº 42/2016, o Corpo de Bombeiros
Militar emite a presente Licença, que substitui o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para todos os fins.
2. Os dados do presente Certificado de Licença foram fornecidos pelos responsáveis acima, que apresentaram ao Corpo de
Bombeiros Militar a documentação obrigatória nos termos da IT nº 42/2016.
3. A alteração de qualquer dado, tais como endereço, área e ocupação, implica na perda da validade da presente Licença e
obriga o proprietário ou responsável pelo uso a renovar a solicitação.
4. Aos responsáveis compete, antes da ocupação da edificação, dimensionar e instalar as Medidas de Segurança Contra Incêndio
e Pânico nos termos das Normas Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado da Bahia.
5. O Corpo de Bombeiros Militar pode, a qualquer tempo, proceder a verificação das informações e das declarações prestadas
pelos responsáveis, inclusive por meio de vistorias à edificação e de solicitação de documentos adicionais.
6. O Corpo de Bombeiros Militar pode cassar o presente Certificado de Licença, sem prejuízo das responsabilidades civis e
criminais, sempre que constatar situação de risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio, ou ainda, no caso de
reincidência infracional, de fraude, de resistência ou de embaraço à fiscalização.
NOTAS:
1) O CLCB deve ser afixado na entrada principal da edificação, em local visível ao público.
2) Compete ao proprietário ou responsável pelo uso da edificação a responsabilidade de renovar o CLCB e de manter as
medidas de segurança contra incêndio em condições de utilização, providenciando a sua adequada manutenção, sob pena
de cassação do CLCB, independente das responsabilidades civis e criminais.
ESTADO DA BAHIA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
Ass: __________________________________________
Nome do Proprietário ou Responsável
pelo uso da edificação
ANEXO C
ESTADO DA BAHIA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
ESTADO DA BAHIA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
E
E-1 aE-4 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula(F)
sem abastecimento
J-2-Depósito (com carga de incêndio de até
300MJ/m²)
I-2 - Indústria (carga de incêndio entre 300 e
de saída da 40m 50m
1.200MJ/m²)
edificação
I-3 - Indústria (carga de incêndio superior a
1.200MJ/m²) Demais pavimentos 30m 40m
J-3 -
Depósito (carga de incêndio entre 300 e
1.200MJ/m²)
J-4 -
Depósito (carga de incêndio acima de
1.200MJ/m²)
Fonte: Instrução Técnica 11/2016 – Saídas de emergência.
Nota: para detalhamento da classificação das edificações, consultar a Tabela 1 do Decreto Estadual nº 16.302/15 que
regulamenta a Lei nº 12.929/2013, que dispõe sobre Segurança contra Incêndio e Pânico das edificações e áreas de
risco do Estado da Bahia.
ANEXO G
FINALIDADE DO MATERIAL
B – SERVIÇO DE
CLASSE I, II-A, III-A OU IV- CLASSE I, II-A OU III- CLASSE I OU II-A
HOSPEDAGEM;
A A1
H – SERVIÇOS DE SAÚDE E
INSTITUCIONAL.
F – LOCAL DE REUNIÃO DE
CLASSE I, II-A, III-A OU IV- CLASSE I OU II-A CLASSE I OU II-A
PÚBLICO;
A
L –EXPLOSIVOS.
¼ da soma
dos
> 120 22,5 15 diâmetros 1,5 - 3 - 6 3
adjacentes
Notas:
a) Nos recipientes de superfície, as distâncias apresentadas são medidas a partir da superfície externa do recipiente mais próximo. A válvula de segurança dos
recipientes estacionários deve estar for a das projeções da edificação, como telhados, balcões, marquises;
b) A distância para os recipientes enterrados/aterrados deve ser medida a partir da válvula de segurança, enchimento e indicador de nível máximo. Caso o
recipiente esteja instalado em caixa de alvenaria, esta distância pode ser reduzida pela metade, respeitando um mínimo de 1 m do costado de recipiente para
divisa de propriedades edificáveis/edificações;
c) As distâncias de afastamento das edificações não devem considerar projeções de complementos ou partes destas, como telhados, balcões, marquises;
d) Em uma instalação, se a capacidade total com recipientes até 0,5m³ for menor ou igual a 2m³, a distância mínima continuará sendo de 0 m; se for maior que
2 m³,considerar:
no mínimo 1,5 m para capacidade total > 2 m³ até 3,5m³;
no mínimo 3 m para capacidade total > 3,5 m³ até 5,5m³;
no mínimo 7,5 m para capacidade total > 5,5 m³ até 8m³;
no mínimo 15 m para capacidade total acima de 8m³.
Caso o local destinado à instalação da central que utilize recipientes de até 0,5m³ não permita os afastamentos acima, a central pode ser subdividida com a
utilização de paredes divisórias resistentes ao fogo com TRF mínimo de 2h de acordo com NBR 10636, com comprimento e altura de dimensões superior ao
recipiente. Neste caso, deve-se adotar o afastamento mínimo referente à capacidade total de cada subdivisão.
Para recipientes até 0,5m³, abastecidos no local, a capacidade conjunta total da central é limitada em até 10m³.
e) No caso de existência de duas ou mais centrais de GLP com recipientes de até 0,5 m3, estas devem distar entre si em no mínimo 7,5 m se a capacidade total
exceder ao limite das faixas de capacidade volumétrica da tabela 1, obedecendo para esta soma os respectivos afastamentos de segurança.
f) Para recipientes acima de 0,5 m³, o número máximo de recipientes deve ser igual a 6. Se mais que uma instalação como esta for feita ela deve distar pelo
menos 7,5 m da outra.
g) A distância de recipientes de superfície de capacidade individual de até 5,5 m³, para edificações/divisa de propriedade, pode ser reduzida à metade, desde
que sejam instalados no máximo três recipientes. Este recipiente ou conjunto de recipientes deve estar distante de pelo menos 7,5 m de qualquer outro
recipiente com capacidade individual maior que 0,5 m³.
h) Os recipientes de GLP não podem ser instalados dentro de bacias de contenção de outros combustíveis.
i) No caso de depósitos de oxigênio e hidrogênio, os afastamentos devem ser conforme tabelas específicas, respectivamente.
j) Para recipientes transportáveis contidos em abrigos com no mínimo paredes laterais e cobertura, a distância pode ser reduzida à metade.