Resumo PatoVet - Documentos Google
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Resum Patologi
Veterinári
Referência: informações aula + livro F. Zachary
Fau e Vivi
Conteúd P1
Alteraçõe Cadavérica
Alterações post mortem são alterações que ocorrem após a morte do
animal e que devem ser estudadas para não ser confundidas com lesões
anti-morte. Essas alterações ocorrem devido ao metabolismo bacteriano e
a consequente decomposição dos tecidos que resulta na alteração da
textura, cor, produção de gases e odores que caracterizam a putrefação.
Algor Mortis
Sinônimos: arrefecimento cadavérico, frivor mortis, frialdade cadavérica.
Conceito: resfriamento gradual do cadáver até alcançar a temperatura
ambiente ou menor, devido a dissipação de calor.
Depende: espécie, estado nutricional, condições climáticas, causa da
morte, quantidade de pêlo, massa e gordura.
Considera-se a queda de temperatura de 0,5°C/h nas 3 primeiras horas,
depois de 1°C/h de 6 a 8h já entre 15 a 20h há equilíbrio com o ambiente.
*Obs: no Carbúnculo hemático atividade metabólica é feita pelo Bacillus Antracis e ???
Rigor Mortis
Sinônimo: rigidez cadavérica
Conceito: é o endurecimento/contração de todos os músculos após a
morte, devido a escassez de glicogênio para manter o tecido muscular vivo
e a falta de oxigenação que faz acumular ácido lático, além da falta de ATP
para manter actina e miosina separadas
Início: 2 a 3h após a morte
Ordem: geralmente primeiro músculos involuntários: coração, diafragma,
músculos da cabeça, músculos cervicais, músculos torácicos e músculos
pélvicos. Dependendo do estado nutricional do animal.
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Livor Mortis:
Sinônimo: lividez cadavérica.
Conceito: são manchas violáceas nos locais de declive/áreas de decúbito
que se formam devido a ação da gravidade fazendo com que o sangue se
deposite nas regiões mais baixas do animal. Essas manchas não
desaparecem porque as hemácias se rompem e liberam hemoglobina que
funciona como um “corante”. Vê-se esse fenômeno em animais de pele
clara e sem/pouco pêlo.
Hipostase Cadavérica
Sinônimo: congestão hipostática
Conceito: acúmulo de sangue em órgãos ou tecidos devido a ação da
gravidade. O sangue acumulado geralmente está presente nos capilares
sanguíneos (já que esse sangue não coagula), o restante do sangue
acumulado observado está presente nos demais tipos de vasos, mas, após
algumas horas, esse sangue coagula e o fenômeno às vezes se torna pouco
visível.
*Obs: está atenta a órgãos pares, estes podem demonstrar sinais claros de hipóstase. Ex:
pulmão, rins, encéfalo direito/esquerdo.
Alterações oculares
Pálpebras: as pálpebras ficam entreabertas devido ao rigor mortis dos
músculos faciais.
Opacidade da córnea: resulta da desnaturação proteica, as córneas
mostram-se sem brilho e turvas.
Globo Ocular: a desidratação do globo ocular diz sobre o tempo de morte.
Coagulação Sanguínea
O aparecimento de coágulos sanguíneos em alguns vasos ou câmara
cardíaca ocorre de 2 a 3h após a morte. Tipos de coágulos:
Cruóricos: Coágulos vermelhos, brilhantes, lisos e elásticos;
Lardáceos: Coágulos amarelos, gordura de galinha.
Formação: em hipóxia, as células endoteliais, leucócitos e plaquetas
liberam tromboquinase que irá desencadear a coagulação.
Autólise: Digestão enzimática devido a formação de lisossomos, além da
ação bacteriana, que amolece os tecidos e está associada à putrefação. A
liberação dos lisossomos ricos em enzimas desencadeia gradativamente a
autodigestão tissular.
*Obs: é interessante observar o rúmen após a autólise, pois o epitélio
mucoso pode ser destacado para se analisar o trato digestivo do animal.
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Putrefação: Invasão dos tecidos por bactéria da putrefação, no geral
instala-se após o rigor mortis desaparecer. Estágios:
1° Coloração: esverdeado/enegrecido (pseudomelanose)
2° Gasoso: gangrena gasosa (timpanismo)
3° Coliquotivo: desintegração tecidual
4° Esqueletizaçao: perda tecidual, tecido se desprende dos ossos.
Embebição: Impregnação dos tecidos por pigmentos. Tipos:
- Embebição Hemoglobínica: são manchas avermelhadas no
endotélio vascular, no endocárdio e nas vizinhanças dos vasos e
necessita da hemólise das hemácias para liberação de hemoglobina,
portanto, depende da hipóstase cadavérica.
- Embebição biliar: é caracterizado pela presença de uma coloração
amarelo-esverdeada nos tecidos circunvizinhos à vesícula biliar,
principalmente fígado e trato gastrointestinal.
PseudoMelanose: são manchas teciduais de coloração
verde/azulado/enegrecido, presente na parede abdominal e nas serosas
intestinais
Formação: o ferro da hemoglobina reage com sulfeto de hidrogênio (H2S),
produzido pela ação bacteriana, liberando sulfometahemoglobina,
responsável pela coloração: 1° esverdeada, 2° azulada e 3° castanho
enegrecido.
Hemoglobina + H2S → Sulfometahemoglobina
Timpanismo/Enfisema cadavérica
Conceito: é o acúmulo de gás formados no sistema digestivo no interior
das vísceras ocas e tecidos. A formação ocorre devido a
fermentação/putrefação do conteúdo gastrointestinal formando muito
volume de gás. O timpanismo pode gerar Pseudoprolapso retal devido ao
aumento da pressão intrabdominal e intrapélvica.
Sistem Respiratóri
O sistema respiratório é dividido da seguinte maneira:
Sistema Condutor que é formado pelas narinas, cavidade nasal, os seio
paranasais, nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios extra/intrapulmonares
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Distúrbios do Sistema Condutor
Fossas Nasais (cavidade nasal, com conchas nasais+septo nasal)
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Os D. congênitos que afetam o sist. respiratório são raros em animais
domésticos, mas as principais são:
● Ciclopia: é uma deformidade craniofacial, a qual o animal/indivíduo
apresenta somente um olho mediano, devido a junção do que seria 2
olhos. Geralmente um animal ciclope possui outros defeitos
craniocerebrais graves, como a não formação das narinas,
tornando-o incompatível com a vida.
● Condrodisplasia: é a falha/defeito no crescimento das cartilagens
epifisárias devido a expressão de genes autossômicos recessivos. O
animal que apresenta essa anomalia possui desproporcionalidade do
corpo. Ex.: Nanismo
● Palatosquiose/Queilosquise: a queilosquise é o não fechamento do
lábio superior, também pode ser denominado de lábio leporino, já a
palatosquise é o não fechamento do palato duro, formando-se um
fenda que em casos mais graves pode comunicar a cavidade nasal à
bucal, quadro extremamente grave pois impossibilita que o animal
coma e respira normalmente, pode causar pneumonia aspirativa.
Anomalia recorrente em animais com alto grau de consanguinidade.
Os D. metabólicos que afetam o sist. respiratório são raros em animais
domésticos, a principal é a
● Amiloidose: é um processo degenerativo irreversível caracterizado
pelo acúmulo de amilo(glicoproteina) no interstício celular,
geralmente atingem órgãos como rins e fígado, mas em equinos
pode ocorrer deposição nas fossas nasais formando nódulos lisos,
brilhantes e firmes que causam obstrução da da cavidade,
impedindo a passagem de ar. Há 2 tipos de amilóide:
- Amiloide AL (imunocítico): consiste em
imunoglobulinas(anticorpos) de cadeias leves que são
secretados pelos plasmócitos(linf B) nas respostas imunes
exacerbadas.
- Amiloide AA (reativo): são aqueles sintetizados a partir de uma
proteína precursora AAS(ASA) secretada pelo fígado,
consequentemente este se acumula no órgão quando há
elevada secreção de AAS .
Quando um desses nódulos firmes se rompe, pode lesar vasos
sanguíneos levando a epistaxe. Para diagnosticarmos há 2 formas: 1°
histologicamente corar o tecido com o corante vermelho congo, este
corante tingirá o amilo de rosa ou 2° projetar luz polarizada sobre o tecido,
se ficar esverdeado é amilo.
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Os D. circulatórios que afetam o sist. respiratório são:
● Hiperemia: é o acúmulo de sangue arterial(rico O2) em algum órgão,
neste caso, na mucosa nasal. Este tipo de distúrbio é observado em
estágios iniciais da inflamação, causado por irritação (por exe
amônia), infecção viral, bacteriana.
● Congestão: acúmulo de sangue venoso(rico CO2) na mucosa nasal
de origem não específica, geralmente associado a insuficiência
circulatória. Ex: Insuficiência cardíaca; compressão de algum órgão
impede seu retorno venoso, como ocorre no Timpanismo em
ruminantes.
● Hemorragia: é o extravasamento de sangue para fora dos vasos
sanguíneos. No caso de sangramento nasal o nome que se dá à esse
processo é Rinorragia, mas o sangue propriamente dito é chamado
de Epistaxe. A epistaxe pode ter origem desde a mucosa nasal até o
fundo dos pulmões e este sangue é sempre bem vermelho. Causas
da hemorragia:
- Trauma
- Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (PSI) atinge
equinos
- Inflamações
- Neoplasias
- Diátese Hemostásica(doenças que cursam hemorragias, ex
erliquiose).
Processos Inflamatórios
A inflamação da mucosa nasal é denominada rinite e a inflamação dos
seios paranasais é denominada sinusite.
Rinite
A rinite pode ser classificada de acordo com a natureza do exsudato:
serosa, catarral, purulenta/supurativa, fibrinosa e granulomatosa. O tipo de
exsudato pode progredir de um para outro, como de catarral para
purulenta ou podem, ainda, ser mista como, exsudato piogranulomatosa.
Essa inflamação causa sequelas como: hemorragia, úlceras, pólipos
nasofaríngeos (hiperplasia) devido a inflamação da mucosa nasal. A Rinite
pode ser também classificada de acordo com a evolução da lesão em:
Aguda(exsudato + hiperemia) e Crônica(proliferação tecidual).
● Rinite Serosa: dispõe de um exsudato transparente fluido,
característico no início das inflamações, como nos estágios
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Garrotilho/Adenite Equina: doença infecciosa, altamente contagiosa em
equinos, causada pelo Streptococcus equi. Caracteriza-se por rinite e
linfadenite(linfonodos mandibulares e retrofaríngeos) supurativas com
possível disseminação hematógena ocasional para órgãos internos,
formando abscessos metastáticos nos pulmões, fígado, baço, rins, cérebro
ou nas articulações(artrite). As lesões causadas pelo garrotilho consiste em
grandes quantidades de exsudato mucopurulento (na cav nasal, como
tbm nas bolsas guturais) com acentuada hiperemia da mucosa nasal. Os
linfonodos afetados costumam estar extremamente aumentados com
exsudato purulento, levando a compressão do nervo laríngeo recorrente
pelos linfonodos retrofaríngeo, essa compressão causa hemiplegia
laríngea(“ronco”) devido a falta de inervação da laringe.
Mormo: doença infecciosa de notificação obrigatória, afeta equídeos e é
causada pela Burkholderia mallei. As portas de entrada são pela orofaringe
ou intestino, onde as bactérias penetram na mucosa, cai nos vasos
linfáticos, em seguida nos vasos sanguíneos e facilmente se espalha pelos
órgãos internos, principalmente pulmão. As lesões na cavidade nasal
começam com formação de nódulos piogranulomatosos(com centro
necrótico), em seguida ulceram liberando grande quantidade de exsudato,
por fim as lesões cicatrizam e são substituídas por típicas cicatrizes
fibrosas estreladas.
Influenza Canina/ Tosse dos Canis:
Complexo Respiratório Felino
-Rinotraqueíte viral felina(RVF)²: é uma doença comum em gatos,
causadas pelo herpesvírus tipo 1 (FeHV-1) que prejudica os mecanismos de
defesa pulmonar, predispondo o gato à pneumonia bacteriana ou a
coinfecção de calicivírus felino. Os sinais clínicos da infecção é letargia,
corrimento oculonasal, rinite grave e conjuntivite. Após se recuperar da
RVF, o gato porta e elimina o vírus espontaneamente ou após estresse. As
lesões geradas são reversíveis degenerativas esfoliativas, mas as infecções
secundária podem levar o animal a um estado grave, como sinusite e rinite
bac crônica supurativas, atrofia dos cornetos nasais, pneumonia bac
secundária.
- Calicivírus Felino: pode ser causada por diferentes cepas de calicivírus
felino(FCV), dependendo da virulência da cepa as lesões causam
corrimento oculonasal, rinite revera, conjuntivite mucopurulenta, gengivite
ulcerativa e estomatite, pneumonia intersticial aguda profunda com
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bronquiolite necrosante, além de úlceras na língua e no palato duro. O
quadro clínico e patológico é parecido com o RVF.
- Clamidiose Felina: infecção respiratória causada por Chlamydophila felis,
resultando em conjuntivite e rinite serosa ou mucopurulenta.
Rinites fúngicas:
Rinites parasitárias: O Oestrus ovis é uma mosca amarronzada que
depositam suas larvas de 1° estádio nas narinas dos ovinos; as larvas
microscópicas amadurecem e transformam-se em grandes
bernes(vermes) que passam a maior parte de seu estado larval na cavidade
nasal e nos seios nasais, causando irritação crônica, inflamação, sinusite e
rinite mucopurulenta e obstrução das vias aéreas, em seguidas as larvas
maduras caem no chão, pupam e viram moscas. Em casos mais graves, a
larva pode migrar para a caixa craniana através da placa etmoidal
causando uma meningite.
Neoplasias: As neoplasias da cavidade nasal e dos seios nasais podem ter
origem epitelial (papiloma, carcinoma, adenoma ou adenocarcinoma) ou
pode ter origem mesenquimal (osteoma/osteossarcoma,
fibroma/fibrossarcoma, condroma/condrossarcoma e linforssarcoma).
- Tumor venéreo transmissível (TVT): é uma enfermidade que acomete
fêmeas e machos da espécie canina, geralmente se apresenta
relacionado ao aparelho genital externo de animais jovens e
sexualmente ativos, mas pode ser encontrado também de forma
extragenital no aparelho respiratório e isso ocorre quando células
neoplásicas são postas mecanicamente através de montas naturais
ou de lambeduras excessivas da área genital.
- Hematoma etmoidal: é uma enfermidade que acomete equinos,
caracteriza-se por sangramento nasal crônico, progressivo e
geralmente unilateral. Macroscopicamente, apresenta-se como uma
extensa massa vermelho-escuro, macia, pedunculada, ampla e
oriunda dos cornetos etmoidais. Possui ainda uma cápsula revestida
por epitélio e tecido estromal hemorrágico.
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Seios Nasais(buraco)
Sinusite: A sinusite geralmente está associada à rinite (rinossinusite) ou
ocorre por sequelas de feridas dos ossos nasais, frontais, maxilares e
palatinos; pode ocorrer também por descorna inadequada(seio frontal);
infecção dos dentes maxilares em equino e cão(seio maxilar). É classificada
como sinusite serosa, catarral, purulenta/supurativa, fibrinosa(rara) e
granulomatosa. Como a drenagem dos seios é deficiente, ocorre um
acúmulo de exsudato. A sinusite crônica pode se estender para outros
ossos e causar osteomielite ou até mesmo causar meningite/encefalite
caso migre para os cornetos etmoidais.
Guturocistite: nada mais é do que o acúmulo de secreção purulenta no
interior das bolsas guturais de equinos e pode ocorrer de duas formas:
1 e 2 bolsas guturais
- Secundária ao Garrotilho, após infecção bacteriana por Streptococcus
Equi.
- Secundária a micose das bolsas guturais, infecção por Aspegillus
fumigattus, que causa inflamação fibrino-necrótica-hemorrágica.
Quando o fungo entra em contato com a parede das bolsas guturais
pode causar epistaxes potencialmente fatais (hemorragias nasais),
devido a erosão vascular principalmente de artéria carótida que está
em íntimo contato com as bolsas.
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Os sinais clínicos são depressão, febre, dispneia, além do aumento de
volume da região da glândula parótida devido ao acúmulo de exsudato
que, após se tornar crônica, pode assumir forma ovalada. Sequela:
Hemiplegia Laríngea.
Laringe
Edema de Laringe(Epiglote): é o intumescimento da epiglote e das cordas
vocais, ocorre devido a traumas, intubação endotraqueal inadequada,
inalação de gases irritantes, inflamação local e reações alérgicas (devido a
degranulação de mastócitos ricos em histamina, que causam edema-vasodilatação, na esperança
Consequências: O espessamento da
de eliminar imunocomplexos do tipo IgE).
mucosa da laringe pode obstruir o orifício laríngeo, resultando em asfixia.
Aprisionamento da Epiglote: é o aprisionamento da epiglote em um palato
mole muito flácido, que geralmente está associado a inflamação(faringites
e laringites), levando o animal (equino) um quadro de dificuldade
respiratória, asfixia cianose, ou até mesmo a morte.
Hemiplegia laríngea: também chamada de “síndrome do cavalo
roncador”, é uma doença caracterizada pela atrofia dos músculos
cricoaritenóideos dorsal e lateral(abdutor e adutor da cartilagem
aritenóide) e suas razões está associada a lesões ao nervo laríngeo
recorrente. Essas lesões pode ter causa primária (idiopática: desconhecida)
devido a degeneração axonal; ou pode ter causa secundária, devido a
inflamações, compressões ou traumas, é o caso garrotilho/guturocistite. O
animal passa a ter dificuldade inspiratória, relaxamento das cordas vocais e
obstrução normal do ar.
Laringite Necrótica: acomete tanto bezerros quanto adultos de gado
confinado e é causada pela bactéria gram negativa Fusobacterim
necrophorum, patógeno oportunista que produz potentes exotoxinas e
endotoxinas após entrar em contato com lesões pré-formadas devido a
traumas produzidos principalmente por alimentos muito fibrosos, comum
em épocas de secas. A doença geralmente está presente animais em
condições sanitárias inadequadas e nutricionais deficientes. A laringe
apresenta exsudato fibronecrótico bem-demarcado, seco,
amarelo-acinzentado, podendo causar dificuldade respiratória e de
deglutição.
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Traqueia
D. Circulatório
Hemorragias
Edema
Hiperemia
Colapso/Hipoplasia Traqueal: Ocorre em raça toy, miniaturas e
braquicefálicos de cães, observa-se o achatamento dorsoventral da
traquéia com dilatação simultaneamente da membrana traqueal dorsal,
que pode prolapsar ventralmente em direção ao lúmen, reduzindo-o. A
membrana traqueal dessas raças são grandes e flácidas, com anéis
cartilaginosos demasiadamente abertos. Alguns desses animais podem
acabar morrendo por hipóxia.
D. inflamatórios/Traqueítes
Rinotraqueíte infecciosa: já descritas em ¹ e ² , afeta bovinos e felinos,
provoca dispnéia severa e corrimento, a rinotraqueíte infecciosa causa
inflamação fibrinonecrótica e hiperemia intensa/hemorragia.
Brônquios e Bronquíolos
D. Corpos estranhos: a aspiração de corpos estranhos podem causar
asfixia, pneumonias aspirativas e encapsulamento do corpo estranho. Há
várias causas, mas as principais são:
- Processos anestésicos. O animal deve está em jejum quando
submetido a processo cirúrgicos para que não haja refluxo e o
material gástrico entre em falsas vias.
- Administração de medicamentos - “garrafadas”
- Ovinos - reflexo da tosse “deficiente” ??
Alterações da Luz Bronquial: Pode ocorrer a dilatação ou compressão
bronquiolar.
- Bronquiectasia é a dilatação da luz bronquial, que pode se
apresentar na forma Cilíndrica/Fusiforme ou Saculiforme/Sacular.
Causa: obstrução que acaba dilatando; acúmulo de exsudato e
consequente dificuldade na drenagem.
- Broncoestenose é a compressão da luz bronquiolar. Causa:
inflamação/fibrose; compressão por fator extrabronquico.
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D. circulatórias
Hemorragias: lesão vascular; inflamações
Edema: distúrbios circulatórios/inflamação
Hiperemia/Congestão: Bronquites
D. inflamatórios
Bronquites:
- Catarrais
- Purulentas
- Fibrinosas
- Hemorrágicas
- Crônicas: Granulomatosa ou Poliposa
Todas com características semelhantes às Fossas nasais (1° tópico)
- Bronquite Alérgica: causada por alérgenos como pó, pólen, agentes
químicos, etc. Esse tipo de bronquite pode causar broncoespasmos
que é o fechamento dos bronquíolos, causando asfixia do animal. Ex:
Pulmão
Anatomia do pulmão:
-Pulmão esquerdo: lobo cranial e caudal
-Pulmão direito: lobo cranial, médio(ausente em equinos), caudal e
acessório.
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D. Congênitos
Hipoplasia/Agenesia pulmonar: é uma malformação congênita rara,
consistindo na ausência completa do parênquima pulmonar, brônquios e
vasos pulmonar.
*Obs: o pulmão está suscetível a sofrer com alterações cadavéricas, mais especificamente
com a hipóstase cadavérica, portanto, é necessário não confundir esse fenômeno com
pneumonia.
Melanose: é o acúmulo incidental de melanina e constitui um achado sem
qualquer importância clínica ou patológica, comum em suíno e bovinos,
observam-se manchas negras de alguns centímetros de diâmetro,
principalmente na pleura dos pulmões, na íntima da aorta, nas meninges e
nas carúnculas do útero.
Calcificações patológicas: é a deposição de cálcio (Ca²) em tecidos que
estão morrendo ou em tecidos vivos e ocorre sob 2 formas:
- Calcificação distrófica: é a deposição de cálcio em tecidos
lesionados ou necrosados, formando assim uma área mineralizada, é
muito comum que esse tipo de calcificação ocorra na tuberculose.
- Calcificação metastática: é a deposição de cálcio devido a um
quadro de hipercalcemia em tecido vivos e que não possui nenhuma
lesão prévia. Sua causa está relacionada a
- Uremia em cães/insuficiência renal: resulta na
retenção de fosfato que induz hiperparatireoidismo, transformando-se em
fosfato de cálcio
- Intoxicação por vitamina D: a ingestão de plantas
calcitogênicas/tóxicas, resulta em mineralização severa de
alguns tecido, como o pulmão. Ex: Solanum malacoxylon
(planta tóxica a bovinos encontrada en áreas alagadas,
principalmente pantanal) e Nierembergia veithchii (planta tóxica a
bovinos encontrada no sul do Brasil e no Uruguai).
Pneumoconioses: são pneumopatias (doença pulmonar) caracterizada
pelo acúmulo de material particulado nos pulmões
- Antracose: a inalação frequente de partículas de carbono(CO2) faz
com que os pulmões e linfonodos fiquem pigmentados. Isso porque,
o CO2 acumula nos alvéolos pulmonares e os macrófagos ali
presentes fagocitam, transportando as partículas por vias linfáticas
até os linfonodos mediastinais.
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Atelectasia: é a distensão incompleta dos alvéolos, eles colapsam e
colabam. Há 2 tipos:
- Primária/congênita(fetal): ocorre quando, durante o nascimento, o
pulmão não se expande, os alvéolos não conseguem permanecer
distendidos devido alteração na quantidade de substância
surfactante produzidas pelos pneumócitos II. Também é chamado
de “Síndrome da angústia respiratória”.
- Secundária/Adquirida: pode ocorrer por compressão ou obstrução
dos alvéolos:
- Atelectasia Obstrutiva: ocorre redução do diâmetro das vias
aéreas, causada por exsudato, corpos estranhos ou neoplasias
internas.
- Atelectasia Compressiva: ocorre devido a compressão dos
alvéolos pulmonares causadas por hidrotórax, hemotórax,
pneumotórax, neoplasias.
Macro: coloração vermelho/azulado, colapsado, elástico.
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Neoplasia da pleura: é um neoplasma raro do mesotélio torácico,
pericárdio e peritoneal observado com mais frequência em bezerros.
Sistem Digestóri
Defeitos congênitos
Palatosquise/Queilosquise: Descrita na página 5, basicamente há formação
de fendas lábio-palatinas que comunicam a cavidade oral com a nasal,
impossibilitando que o animal coma e respire normalmente. Comum em
filhotes em que a mãe teve contato com a planta tóxica Jurema preta
(Mimosa tenuiflora).
Prognatia: ocorre quando a mandíbula ou o maxilar, ou ambas, é mais
alongada que comumente vemos na espécie/raça do animal em questão.
Quando a pagnatia é no maxilar, dizemos que a pagnatia é superior, se for
na mandíbula, inferior.
Bragnatia: é o encurtamento excessivo da mandíbula ou do maxilar ou de
ambos. Se na mandíbula, dizemos bragnatia inferior, se no maxilar, inferior.
Pigmentações:
Melanose: descrita na página 15, mas basicamente é é o acúmulo
incidental de melanina e constitui um achado sem qualquer importância
clínica ou patológica.
Icterícia: manifestação clínica do acúmulo de bilirrubina circulante devido
a desequilíbrio na produção desta substância, como consequência os
tecidos mais claros ficam corados de amarelo/alaranjado ex: mucosas
visíveis (oral, conjuntival, peniana, vulvar).
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Distúrbios circulatórios
Anemia: basicamente é a deficiência na concentração de hemoglobina
que causa palidez das mucosas. É necessário saber diferenciar a palidez da
mucosa oral devido a anemia e a palidez das mucosas devido a
choques(anafiláticos, neurogênicos, por perda de sangue...). Na palidez oral
por choque, somente a mucosa oral fica pálida, o restante das mucosas
continuam com sua cor natural.
Hiperemia: já descrita na pág. 5, característica de processos inflamatórios
agudos.
Congestão: já descrito na pág. 6, acúmulo de sangue venoso(rico CO2)
Hemorragia: já descrito na pág. 6, basicamente é o extravasamento de
sangue para fora do vaso sanguíneo. Pode ocorrer por rexe, diapedese ou
diabrose.
Processos inflamatórios
Recordar é viver 🙌: Boca (estomatite); língua (glossite); gengiva
(gengivite); lábios (queilite); faringe (faringite).
Estomatites vesiculares: processo inflamatório na boca causado por vírus
epiteliotrópicos, caracterizada pelo acúmulo de pequenas vesículas com
fluído claro dentro da bolha, na língua, lábios, gengiva que causam
gradativamente erosão/perda epitelial quando estouram e ulceram. Os
animais acometidos apresentam salivação excessiva. Doenças de
notificação obrigatória.
*Obs: A formação de bolhas no epitélio oral é uma condição presente no início do
curso das doenças tabeladas. Na Febre Aftosa, além das lesões na boca, há lesões
cutâneas, interdigital e coronal.
Enfermidade Etiologia Ruminante Suíno Equino
Estomatite Rhabdovírus + + +
vesicular
Exantema Calicivírus - + -
vesicular
Doença Enterovírus - + -
vesicular
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Dentes
Malformações:
- Polidontia: formação de dentes em excesso.
- Oligodontia: formação escassa de dentes.
Hipoplasia do esmalte dentário: é a formação incompleta do esmalte
dentário, acomete principalmente filhote de cães (até 6 meses) infectado
pelo vírus da cinomose. Se o esmalte dentário não for formado durante a
juventude, não se forma mais, tornando o dente frágil, suscetível à cárie e a
perda.
Má-oclusão: é o desenvolvimento e posicionamento anormal dos dentes
incisivos devido a desgaste irregular dentário, se um dente ficar mais curto
que o outro, com o passar do tempo o maior tende a cair porque não tem o
apoio do menor. Acomete principalmente equinos e bovinos.
Placas e tártaros: As placas dentárias nada mais é do que um filme
orgânico (biofilme) com partículas de alimentos e bactérias que aderem à
superfície dos dentes. Essa placa por ventura pode se calcificar devido aos
sais minerais presentes na saliva formando o tártaro; o tártaro contribui
para inflamação da gengiva (gengivite), doença periodontal (destruição do
ligamento do dente por ácidos produzidos pelas bac) com consequente
perda dentária, endocardite (abscessos piogranulomatosos estoura, cai na
corrente sanguínea e atinge o s2), abscessos periapical (dente carniceiro 4°
molar).
Cárie: é a dissolução da matriz mineral e orgânica do dente (dentina)
devido a grande quantidade de bactérias. A fermentação bacteriana
produz enzimas e ácidos que provoca a deterioração do dente, deixando a
área acizentada/enegrecida, com odor nauseabundo e possível perda
dentária.
Coloração anormal:
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- Fluorose: o excesso de flúor na água ou na dieta pode provocar
alteração na cor dos dentes, tornando-os amarelo/enegrecido, como
consequência o dente fica frágil, desgasta rápido e pode cair.
Acomete principalmente ovinos e bovinos.
- Porfiria congênita: é a deposição de porfirina no tecido dentário e
ósseo, tornando-o púrpura/rósea.
Gengiva
Gengivite: é a inflamação da gengiva que pode estar associada a várias
causas, ex: tártaro e cárie. Podem progredir para ulceração, necrose e
proliferação tecidual. Algumas gengivites podem estar associados a
reações imunes, como:
- Gengivite linfoplasmocítica em gato: o vírus da imunodeficiência
felina (FIV) provoca redução da quantidade de linfócitos TCD4+ que
resulta em uma síndrome de imunodeficiência caracterizada por
estomatite e gengivite.
- Complexo granuloma eosinofílico em gato:
- Granuloma eosinofílico em Husky Siberiano: “As lesões eosinofílicas e
granulomatosas com material eosinofílico brilhante, granular a amorfo, que
delimitam fibras colágenas e, de alguma forma, obscurecem os detalhes da fibra
(figuras flamejantes) ocorrem em felinos, caninos e equinos.”
- Penfigóide bolhoso:
Glândulas salivares (g. parótida, g. mandibular, g. sublingual e g. zigomática)
Sialolitíase/Sialoadenite: é a inflamação de uma glândula salivar, condição
rara e que pode estar presente em doenças como raiva e cinomose. A
obstrução dos ductos de uma das glândulas, frequente em cães, pode
progredir para uma inflamação, é comum que isso ocorra com cristais de
carbonato e fosfato de cálcio. Consequências: sialocele e mucocele
(Mucocele e rânula são pseudocistos caracterizados por extravasamento e
acúmulo de muco salivar no tecido conjuntivo, geralmente induzido por
trauma).
Esôfago
Megaesôfago: é a dilatação do esôfago em decorrência de peristaltismo
insuficiente, incoordenado ou ausente que ocorre tanto em cães, quanto
em gatos, como em equinos. Sua causa pode ser congênita: devido a
persistência do 4° arco aórtico e que forma um anel vascular em torno da
traqueia e do esôfago, impedindo a dilatação total do esôfago(dilatação
anterior ao arco); causa adquirida(acalasia): resultante da falha de
relaxamento do esfíncter esofágico distal (cárdia) do estômago (dilatação
26
Estômagos
Vólvulo gástrico: é a torção do estômago ao redor do omento(180-360°),
isso se dá principalmente em raças de grande porte após exercício
pós-prandial quando o animal é alimentado em excesso.
Macroscopicamente o órgão fica dilatado, isquêmico/arritmia, torção
vascular e esplênica (art e veia do baço), o baço fica imenso e na forma de
“U” devido ao acúmulo de sangue.
*Obs.: durante a cirurgia de distorção, a distorção imediata pode provar choque e animal
vai à morte.
Deslocamento do abomaso: o deslocamento do abomaso pode ser pro
lado direito ou para o esquerdo:
- D. para o lado direito: menos frequente, o abomaso distendido é
pode ser deslocado dorsalmente e rotacionado sobre seu eixo
mesentérico.
- D. para o lado esquerdo: não fatal, desloca-se por trás do rúmen.
Tanto no direito, quanto no esquerdo, é frequente que se aconteça o
deslocamento em vacas leiteiras de alta produção que se alimentam com
dietas ricas em grãos causa atonia abomasal (os ác. graxos voláteis
↓motilidade), hipocalcemia, também durante a gestação no qual o útero
gravídico comprime os órgãos do abdômen.
Gastrites: processo inflamatório do estômago causada por corpos
estranhos, drogas, stress, uremia … A ingestão de antiinflamatórios não
esteroidais(não corticoides) tem ação vasoconstritoras que podem levar a
necrose do estômago; os antiinflamatórios esteroidais (corticóides) podem
causar úlcera gástrica quando utilizada por tempo prolongado. A uremia
pode causar IRC devido ao acúmulo de amônia. Macroscopicamente o
estômago fica hiperêmico, hemorrágico, com edema, erosões e úlceras.
Em caso de gastrites crônica o órgão pode estar com cicatrizes e
hipertrofia.
Parasitas estomacais: os principais são:
- Ostestertagia ostertagi, presente no abomaso, formam nódulos, é
incomum atualmente.
- ***Haemonchus contortus, presente no abomaso, parasita ovinos e
caprinos, são parasitas hematófagos que causam anemia severa,
podendo levar o animal à morte. São resistentes a vários
antiparasitários.
- Physaloptera praeputialis, presente no estômago de cães e gatos,
são pouco patogênicos.
31
Hérnias externas
Hérnia ventral: é a formação de uma hérnia em qualquer região ventral,
exceto na área do umbigo. São compostas basicamente por
- Anel herniário: será a abertura de algum músculo abdominal;
- Conteúdo herniário: intestino;
- Saco herniário: peritônio;
- Cobertura herniária: pele.
Hérnia inguinal: pode ser de 2 tipos:
- Simples: o anel herniário é o canal inguinal externo, conteúdo
intestino, saco peritônio e a cobertura a pele. Acomete tanto machos,
quanto fêmeas.
- Escrotal: o anel herniário é o canal inguinal interno, o conteúdo é o
intestino/peritônio, o saco é a túnica vaginal e a pele é o escroto.
Acomete somente machos.
Hérnia perineal: A hérnia perineal é formada devido ao enfraquecimento e
separação dos músculos e fáscias que formam o diafragma pélvico,
promovendo deslocamento de órgãos abdominais ou pélvicos. Pode ser
uni ou bilateral.
- Anel herniário: diafragma pélvico;
- Conteúdo herniário: intestino, bexiga, próstata.
- Saco herniário: peritônio??
- Cobertura herniária: pele
Hérnia crural:o conteúdo passa pelo canal femoral do osso fêmur (neste
canal passam veias e vasos).
- Anel herniário: canal femoral;
- Conteúdo herniário: peritônio;
- Saco herniário: musculatura;
- Cobertura: pele.
33
Hérnias internas
Intussuscepção
- Rotavírus: muito parecido com coronavirose, o rotavírus causa
diarréia aquosa, provocando desidratação severa e rápida. Acomete
bezerros de até 15 dias e homens.
- BVD: causada pelo pestivirus, afeta células epiteliais da cavidade oral
ao intestino delgado além de afetar células MALT e da placa de
Peyer, provocando diarréia flúida “em jatos” e necrose das células
mononucleares. Provoca enterite catarral.
Enterites bacterianas: são as inflamações no intestino causadas por
bactérias, as principais:
- Escherichia Coli (Colibacilose):
- E. coli enterotóxica: acometem recém nascidos de suínos,
bezerros, ovinos, pequenos animais e homens. A bactéria adere
nos enterócitos, produz toxina que aumentam AMPcíclico,
aumentando assim secreção de eletrólitos. A diarréia é aquosa
amarelada
- Colibacilose pós-desmama dos suínos: semelhante a E.coli
enterotóxica, só que produz uma verotoxina que causa
hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos do sangue com
liberação de hemoglobina).
- Colibacilose septicêmica: acometem recém nascidos de
bezerros, ovinos, potros que não ingeriram o
37
Conteúd P2
Fauan C . Vivian E .
Sistem Nerv s (Fau)
38
Esferóide axonal/Degeneração walleriana: observa-se
tumefação do axônio e da mielina, devido a edema
axonal. Histologicamente vemos buracos brancos que
são a bainha de mielina tumefeita e no centro do
buraco, o axônio tbm tumefeito.
Defeitos congênitos
Hidrocefalia: é o acúmulo de LCR nos ventrículos e no espaço
subaracnóide devido a interrupção do fluxo normal deste líquido por
obstrução. A obstrução pode ocorrer:
- (1) O bloqueio do forame interventricular entre um ventricular lateral
e o terceiro leva à dilatação unilateral desse ventrículo lateral.
- (2) O bloqueio de ambos os forames interventriculares leva a uma
dilatação bilateral de ambos os ventrículos
- (3) O bloqueio do ducto mesencefálico leva à dilatação bilateral de
ambos os ventrículos e do terceiro ventrículo.
- (4) O bloqueio das aberturas laterais ao quarto ventrículo leva à
dilatação bilateral dos ventrículos laterais, do terceiro ventrículo, do
ducto mesencefálico e do quarto ventrículo.
- (5)O bloqueio da absorção (???) leva à dilatação bilateral dos
ventrículos, do terceiro ventrículo, do ducto mesencefálico, do quarto
ventrículo e do espaço subaracnóide.
41
Este defeito causa atrofia cerebral pois o líquido comprime algumas partes
do encéfalo. Por causa do gradiente de pressão, o LCR é forçado para
dentro da substância branca periventricular, levando ao edema
hidrostático. O edema hidrostático resulta em degeneração e atrofia da
mielina e dos axônios.
Causa?
- pode ser causado por infecção viral no útero levando a estenose do
aqueduto;
- pode ocorrer por predisposição geneticamente em raças de cães
muito pequenas ou braquicefálicas.
- se adquirido ao decorrer da vida, pode ser por processos
inflamatórios ou neoplasias.
Hipoplasia do cerebelo: malformação em que o cerebelo se apresenta
pequeno, mas totalmente formado. O animal apresenta disfunção no
equilíbrio, controle do tônus muscular, dos movimentos voluntários e
aprendizagem motora. Se adquirida, pode acometer bovino no BVD, feto
de gatos com Panleucopenia infecciosa felina e de cães com parvovirose
canina.
42
Plantas tóxicas
- Sida carpinifolia causa a doença do armazenamento de forma
adquirida, esta planta é nativa do Brasil, onde ocorre em quase todo
o território nacional.
Mecanismo: Age inibindo as enzimas α-manosidase lisossomal do
complexo de Golgi que causa acúmulo de oligossacarídeos e,
consequentemente, induz a doença do armazenamento.
*Obs: princípio tóxico: da planta isolou-se o alcalóide indolizidina 1,2,8-triol, denominado
swainsonina, que inibe a enzima.
Achados: os principais sinais clínicos da intoxicação incluem
incoordenação, ataxia com dismetria, tremores de cabeça e pescoço, além
de quedas frequentes. As principais alterações microscópicas no SN se
caracterizam por distensão e vacuolização dos neurônios de Purkinje do
cerebelo e núcleos do tronco encefálico. Acomete bovinos e caprinos.
- Ipomoea carnea subsp. fistulosa também pode causar a doença do
armazenamento, resultando nos mesmos sinais clínicos
emagrecimento e sinais neurológicos com dificuldade locomotora.
44
jovens. A transmissão de BoHV-5 ocorre por contato direto ou indireto
entre bovinos. Após a replicação primária nas mucosas oral, nasal, ocular e
orofaríngea, o vírus invade as terminações nervosas e é transportado até os
neurônios de gânglios sensoriais, principalmente o trigêmeo, onde replica
ativamente e estabelece latência.
Achados: nos sinais clínicos, descarga nasal e ocular, ranger de dentes,
andar em círculos, cegueira, febre, movimentos de pedalagem, tremores,
convulsões, incoordenação, opistótono. Na histologia, meningoencefalite
não-supurativa necrosante, achatamento circunvoluções, edema, malácia
principalmente no córtex, inclusões intranucleares eosinofílicas em
astrócitos e neurônios
Diagnóstico diferencial: raiva, listeriose, enterotoxemia, babesiose cerebral,
encefalopatia espongiforme bovina, polioencefalomalacia (PEM).
Diarréia viral bovina (BVD): causada pelo pestivirus, acomete bovino jovens
(até 2 anos), é uma doença que afeta principalmente a mucosa da
cavidade oral até a mucosa do intestino delgado, causando necrose de
suas células epiteliais e dos linfócitos, além de formar úlceras por todo trato
digestivo. No sistema nervoso, meningoencefalite não-supurativa e
hiperemia por conta da encefalite, hipoplasia do cerebelo.
Febre Catarral Maligna (FCM): de ocorrência esporádica, acomete bovinos,
é causada pelo herpesvírus ovino tipo 2. Os tecidos-alvo primários são a
vasculatura, os órgãos linfóides e os tecidos epiteliais (tratos respiratório e
gastrointestinal); mas também pode acometer os rins, fígado, olhos,
articulações e SNC.
Achados: As lesões macroscópicas do SNC são a hiperemia ativa e a
opacificação das leptomeninges(pia máter+aracnóide) em função da
meningoencefalomielite não supurativa e vasculite. Fora do SN, observa-se
opacidade da córnea, erosões em mucosas, pontos brancos-amarelados
nos rins, erosão da pelve renal e bexiga, vasculite não-supurativa, necrose
fibrinóide ao redor dos vasos.
Doença de Aujeszky: o vírus da pseudoraiva(herpesvírus suino 1) causa
encefalite primariamente em suínos, é assim chamada porque seus sinais
clínicos são, algumas vezes, semelhantes aos observados na raiva.
As vias da infecção natural em suínos são a intranasal, a faringeana, a
tonsilar, ou a pulmonar por contato direto ou aerossóis, em seguida se
replicam nas céls epiteliais do trato respiratório(via centrípeta), migram
para tonsila e linfonodo e invade as terminações dos nervos sensoriais e é
então transportado no axoplasma via gânglio trigeminal e bulbo olfatório
50
forma larval que sai do trato digestório e chega ao encéfalo, formando
cistos que comprimem o parênquima, causando atrofia do cérebro.
*Obs: dentro dos cistos há um material arenoso que é o escólices do parasito.
Neurocisticercose: Causada pelo consumo do ovo da T. solium, que são
eliminada pelas fezes do próprio homem. A doença geralmente ocorre
pelo consumo de alimentos contaminados com os ovos, como verduras e
folhas ou por água contaminada. O ovo penetrará na mucosa, cairá na
corrente sanguínea e invadirá o SN, formando cistos.
Se o homem consumir carne de porco ou sashimi com os cistos,
formará-se-á a larva no trato digestivo, a teníase.
Neoplasias: São incomuns, quando ocorre:
Astrocitoma, oligodendroglioma, meningeoma, papiloma de plexo coróide,
linfoma* e metástases*.
Resumão Fluxograma
56
fusão, for grande haverá uma hipertrofia concêntrica no ventrículo direito e
uma hipertrofia excêntrica no ventrículo esquerdo. Blue baby
Miocárdio
Alterações degenerativas
Degeneração de fibras cardíacas: é a degeneração hidrópica ou gordurosa
das fibras cardíacas que causa diminuição da contratilidade, podendo ser
ou não reversível. Causas gerais inespecíficas como anemia, produtos
tóxicos (como Palicourea marcgravii), toxemia, febre de origem infecciosa.
Macro, observa-se áreas pálidas no miocárdio diferente de necrose.
Necrose coagulativa das proteínas musculares: causada por febre aftosa ou
deficiência de vitamina E. Estrias pálidas no miocárdio, enrugamento das
fibras e perda das estriações.
Mineralização: é a deposição de cálcio em tecidos lesionados ou
necrosados, formando assim uma área mineralizada(calcificações
distróficas), geralmente após necroses, degenerações, fibroses e parasitas.
Nódulos firmes e calcificados.
Necrose do miocárdio: pode ser causada por deficiência de vitamina E e
Selênio – chamado de miopatia nutricional ou doença do músculo branco.
Acomete bezerros e cordeiros.
Já em suínos essa doença é chamada de “doença do coração de amora”,
pois causa hemorragia e necrose
Outras causas:
-infartos por embolia ou trombose;
-vírus da febre aftosa;
-intoxicação por Glossipol: o caroço do algodão é cardiotóxico
-intoxicações por Palicourea marcgravii: princípio tóxico: monoacetato de
sódio, causa necrose do miocárdio porque bloqueia a enzima aconitase do
ciclo de Krebs, bloqueando consequentemente o citrato. Portanto impede
a respiração celular.
-Ionóforos: em quantidades adequadas suplementa a alimentação de
ruminantes e aves, aumentando a concentração de ác. propiônico e
diminuindo a emissão de metano, mas se utilizado em doses elevadas
causa necrose do miocárdio. NÃO DEVE SER UTLZD EM EQ.
-Senna ocidentalis (fedegoso).
Como consequências, pode apresentar IC aguda, com lesão ampla no
sistema de condução, IC crônica com cicatrização e perda da capacidade
de contração miócitos. Áreas pálidas ou acinzentadas no miocárdio.
→ Necrose de Zen: Necrose coagulativa das proteínas musculares, causada
pela febre aftosa ou deficiência de vitamina E
Miocardite: causada por infecções sistêmicas virais ou bacterianas como
parvovirose canina, carbúnculo sintomático. Extensão de inflamação do
pericárdio ou do endocárdio. Podem ser também doenças parasitárias
como Chagas, Trypanossoma evansi, cisticercose, neosporose, Sarcocystis
62
São elas → Hipófise, tireóide e paratireóide, timo, supra renais e glândulas
sexuais.
Em relação ao tipo de glândulas temos:
- Endócrina: A liberação do hormônio acontece direto na corrente
sanguínea e viaja pelos vasos até o órgão efetor. Ex: Insulina, ACTH,
paratormônio.
- Parácrina: As moléculas agem na célula vizinha da célula que a
produziu o hormônio. Ex: Somatostatina.
- Autócrina: As células respondem a sinais/hormônios que ela mesma
secreta
- Sinaptica: Age em uma celula proxima da que a substância foi
formada. Ex: Acetilcolina/ Dopamina
- Neuroendócrina: Do neurônio para o vaso. Ex: epinefrina.
Tireoide
A maioria das espécies possui dois lobos, um em cada lado da traqueia.
São responsáveis pela produção dos hormônios T3 e T4, que vão para todo
o corpo para regular o metabolismo (maneira como o corpo usa e
armazena energias).
É uma glândula endócrina vesicular, que armazena os hormônios em
foliculos, os foliculos tireoidianos. São
folículos de vários tamanhos com material
eosinofílico no centro, o colóide.
- Celulas C (parafoliculares): São outros
tipos de células que liberam a calcitonina, é
66
um hormônio liberado quando tem pouca quantidade de cálcio no
sangue, e exerce a função de bloquear a reabsorção de cálcio no
ossos
- Bócio
É um termo clínico usado para descrever um aumento de volume que não
é inflamatório nem neoplásico na glândula tireoide. Esse aumento na
verdade acontece em consequência da hiperplasia das células foliculares.
Pode se apresentar de forma difusa ou nodular. É importante fazer a
palpação para saber o que está acontecendo porque ela pode aumentar só
em alguns pontos e tals. Importante também que a tireóide, aumenta na
tentativa de produzir mais hormônios.
O bócio acontece principalmente por deficiência de Iodo ou por
compostos bociogênicos (sulfonamidas, tiouracil, etc) que interferem na
produção de tiroxina. Isso resulta na concentração reduzidas de T3 e T4.
Resumidamente ---> O cérebro reconhece as baixas concentrações de T3 e
T4 , e faz com que a hipófise libere TSH, que estimula a tireóide a secretar
T3 e T4, com o aumento desses hormônios a secreção de TSH para.
Daí, eu acho que o aumento do TSH estimula muito a glândula, levando a
hipertrofia (aumento da célula) e hiperplasia (aumento na quantidade de
células)
-Bócio coloide: é a forma mais comum do bócio hiperplásico, ocorre
quando a deficiência de iodo na dieta é corrigida, as células foliculares
hiperplásicas continuam produzindo colóide, mas a endocitose (saída) de
colóide do lúmen diminui (o T3 e T4 ficam em menor quantidade).
- Patologia: Aumento difuso ou nodular da tireoide, hiperplasia do
epitélio folicular e aumento do colóide.
Em alguns casos pode ter problema com cálcio e o animal tem
problemas com a fragilidade óssea.
-Tireoidite crônica, também chamada de doença de Hashimoto. Acontece
principalmente em cães que pode ter ou não atrofia do órgão.
- Fisiopatologia: Auto-anticorpos respondem contra a tireoglobulina.
- Patologia: Tem infiltrado inflamatório com muitos linfócitos que são
células de memória. Isso acontece por causa da cronicidade,
também tem plasmócitos e deposição de colóide
-Hipotireoidismo: Doença importante em cães e que ocorre
ocasionalmente em outras espécies, algumas raças de cães são afetados
com maior frequência. O hipotireoidismo em cães ocorrem em
consequência a lesões primárias na glândula tireoide, em particular por
colapso folicular idiopático e tireoidite linfocitária.
A maioria dos distúrbios funcionais acontecem por causa da redução da
taxa metabólica, como: Ganho de peso sem aumento do apetite; Alopecia
bilateral simétrica, perda da de pêlos (importante diferenciar de
dermatites); Hiperpigmentação; Hiperqueratose; Mixedema (edema
causado por substâncias que retêm água resultando em um maior
espessamento da pele / infiltração cutânea que causa edema firme e
elástico nos tecidos..). Além de anormalidades reprodutivas que incluem,
67
os minerais são retirados do esqueleto num ritmo acelerado, ocorrendo
lesões de osteodistrofia fibrosa por todo o esqueleto, mas são mais
acentuadas em algumas áreas como maxilar e mandíbula.
Ela pode ocorrer de duas maneiras: Hiperparatireoidismo primário, por
neoplasias funcionais da paratireóide ou hipófise; secundário, por
distúrbios nutricionais (falta de cálcio ou excesso de fosfato) ou por
doenças renais.
- Hiperparatireoidismo nutricional: Tem a hiper secreção de
paratormônio para compensar uma dieta pobre em cálcio ou com
muito fósforo - O cálcio e o fósforo são antagônicos (se bloqueiam).
Ou por deficiência de vitamina D3 .
Na fisiopatologia temos hiperatividade da paratireoide, e tem o
aumento de tamanho da paratireóide, com hiperplasia (aumento do
tamanho da células???) glandular e fragilidade e deformidade do osso.
- Hiperparatireoidismo por doença renal, quando está muito
adiantada (tem que ser obrigatoriamente crônica se não nada
acontece) ocorre a diminuição na taxa de filtração glomerular, o
fosfato fica retido e ele desenvolve uma hiperfosfatemia, os animais
afetados, especialmente cães apresentam mandíbulas e maxilares
flexíveis conhecidos como mandíbulas de borracha.
Pâncreas
A função endócrina é feita por pequenos grupos de células, as Ilhotas
Pancreáticas. Elas possuem cinco tipos de célula e 3 delas são bem
importantes. Tipos:
Células alfa: Células secretoras de glucagon, que aumentam e
glicemia
Células Beta: Produtoras de insulina que diminuem a glicemia.
Células gama : Secretora de somatostatina, que atua músculo
liso.
O maior estímulo para a liberação de insulina pelas células B é a glicose e a
concentração de íons de cálcio nos fluídos extracelulares. E o glucagon é o
hormônio que estimula a liberação de energia pelas células alvo e é
secretado em resposta a uma redução de concentração de glicose no
sangue.
- Diabetes de mellitos: É um distúrbio causado pela redução ou
indisponibilidade de insulina,diminuição dos receptores ou refratariedade
a insulina , o corpo não reconhece a insulina.
- As alterações secundária são:
- Esteatose → Degeneração gordurosa, acúmulo de
gordura no citoplasma da célula por causa da
mobilização de gordura
- Glicosilação de proteínas que pode causar cataratas
- Cistite enfisematosa
- Neoplasia de células Beta - Insulinoma: São adenomas e Carcinomas
derivados da células B, muitas vezes tem atividade endócrina. As
69
Conteúd P3
Vivian E . Fauan C
Sistem Urinári
Urinári I(Vivi)
Função do Sistema urinário
O sistema urinário tem a função de eliminar diversos resíduos do
metabolismo, água, eletrólitos e não eletrólitos que estão em excesso no
meio interno. Além disso os rins secretam hormônios como renina, que
participam da regulação da pressão sanguínea, e a eritropoetina, que é
uma glicoproteína que estimula a produção de eritrócitos (hemácias).
O Sistema urinário é composto pelos dois rins, dois ureteres, a bexiga e a
uretra.
Rins são formados por: néfrons, que é a estrutura funcional, com
glomérulos e túbulos renais . O glomérulo é um tufo complexo contorcido
de capilares recobertos por uma camada de endotélio fenestrado,
mantidos juntos por uma estrutura de suporte de células em uma matriz
glicoproteica , o mesângio.
A medula renal é a parte mais interna do rim, localizado entre o
córtex e a pélvis renal. Ela tem muitos túbulos coletores, é responsável pela
filtração da urina por causa da quantidade grande de néfrons, lembrando
que na verdade o néfron fica entre o córtex e a medular. O córtex é a parte
mais externa e fica localizada entre a cápsula renal e a medula renal, e no
córtex tem o glomérulo com a cápsula de bowman, com as arteríolas,
artérias e veias. A medula e o córtex formam o cálice renal, que se reúnem
para liberar a urina no cálice renal.
72
ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS
Amolecimento → Autólise
Pseudomelanose → Manchas escurecidas nos rins.
DOENÇA RENAL, INSUFICIÊNCIA RENAL E UREMIA
É importante saber a diferença das nomenclaturas:
● Doença renal → também chamada de nefropatia, é qualquer
patologia no rim, pode ser uma inflamação, uma degeneração e etc…
E muitas vezes subclínica, mas nem toda doença renal leva a
insuficiência renal
● Insuficiência renal → Ocorre quando o rim não consegue realizar suas
funções por perda de 75% ou mais da sua potência. Nesses casos o
rim pode sofre hipertrofia compensatória/vicariante. Há 2 formas de
IR:
- Aguda: surge rápido, causada isquemia, trombose renal,
drogas nefrotóxicas ou ainda em pacientes que tem falência
múltipla de órgão, onde a pressão do sangue diminui e acaba
diminuindo a irrigação do rim, levando a necrose ( irreversível).
- Crônica: são lesões progressivas, onde o parênquima do rim vai
gradativamente sendo substituído por tecido conjuntivo
fibroso (fibrose) . Macroscopicamente o rim fica com uma
aparência dura (firme) e enrugado.
● Uremia → Aumento do nível de uréia e creatinina no líquido
plasmático devido a perda da função renal
Uréia é produto do metabolismo proteico em que as bactéria do meio
transforma em amônia, portanto o seu acúmulo pode causar
encefalopatias. Já a creatinina é um subproduto do metabolismo
muscular, de modo geral toda a creatinina vai para os rins e é excretada
73
- EDEMA PULMONAR: devido ao aumento na permeabilidade vascular
causado pelos danos da amônia ao endotélio.
- PERICARDITE FIBRINOSA: devido ao aumento na permeabilidade
vascular causado pelos danos da amônia ao endotélio.
- GASTRITE ULCERATIVA HEMORRÁGICA: amônia causa necrose
vascular ESTOMATITE ULCERATIVA E NECRÓTICA: amônia é
excretada na saliva, aumentando sua capacidade causaticante e
causando necrose vascular.
- TROMBOSE ATRIAL E AÓRTICA: lesão endotelial e subendotelial.
- ANEMIA HIPOPLÁSTICA: aumento da fragilidade eritrocitária e
diminuição da produção de eritropoietina (estimula a medula óssea)
no rim.
- MINERALIZAÇÃO DE TECIDOS MOLES: rim elimina cálcio e o fósforo
não é excretado, estimulando a paratireoide a produzir o
paratormônio e levando a uma hipercalcemia e calcificações
metastáticas principalmente no rim, no estômago, pulmão e pleura.
- OSTEODISTROFIA FIBRINOSA: ocorre devido a reabsorção óssea.
- HIPERPLASIA DA PARATIREOIDE: por aumento de sua função.
ALTERAÇÕES CONGÊNITAS
Aplasia/ Agenesia renal: É a falha do desenvolvimento de um ou ambos os
rins de forma que não existe tecido renal reconhecido. Levando em
consideração que para ter insuficiência renal é necessário que 75% dos rins
não funcionem, quando acontece a aplasia renal unilateral, o animal é
compatível com a vida e essa alteração pode permanecer despercebida
durante a vida. A aplasia bilateral é incompatível com a vida.
74
Hipoplasia renal: se refere ao desenvolvimento incompleto dos rins, de
modo que o animal apresenta redução da parte funcional
(néfron/glomérulo) e a redução do parênquima e do tamanho. A hipoplasia
pode ser bilateral ou unilateral, quando unilateral, é compensada pelo
outro rim, que hipertrofia, mas se for bilateral, ocorre a insuficiência renal.
Displasia renal: é uma anormalidade de organização estrutural do
parênquima renal, resultante de uma diferenciação anormal e presença de
estruturas que geralmente não se encontra na nefrogênese.
Apesar de ser rara, acomete com certa frequência cães jovens shih Tzu e
Lhasa. É importante diferença da fibrose renal e da nefropatia progressiva
juvenil.
Macro, observa-se rins menores, fibrosado e com cistos; micros, vemos área
com parênquima indiferenciado e glomérulos imaturos com um aspecto
arboriformes.
Rins ectópicos/distopia renal: Rins fora do seu lugar normal, alteração
comum e que não causa grandes problemas, mas pode causar um mau
posicionamento dos ureteres, facilitando obstruções.
Fusão renal: Os rins são fundidos pelo pólo cranial (direito ou esquerdo)
durante e nefrogênese, formando um rim em ferradura. Normalmente os
rins não tem seu funcionamento prejudicado, sendo normais, com dois
uretere
Cistos renais/Rim policístico: Cistos renais são distensões esféricas
preenchidas com fluido claro aquoso, podem ficar localizados no córtex ou
medula e podem ser únicos ou múltiplos. Pode ocorrer de 3 formas:
- Forma adquirida por obstrução néfron/fibrose “cistos de retenção”:
cistos formados por obstruções que levam ao acúmulo de filtrado ou
ocorrer como resultado da fibrose intersticial renal
- Formas congênitas: alterações no desenvolvimento
Rim policísticos: pode ter origem autossômica dominante e recessiva.
- autossômica dominante: a doença do rim policística (PKD) de
origem dominante está relacionada com mutações em um ou mais
genes (PKD-1 e PKD-2). Ela ocorre de maneira progressiva com a
formação de cistos nos rins e pâncreas, provocando fibrose e falência
renal no adulto, pois os cistos aumentam gradativamente enquanto
o animal envelhece.
75
Urinári II(Fau)
Alterações túbulo-intersticiais
Nefrite intersticial: é a inflamação do interstício renal (entre os túbulos e
glomérulos) que pode ter origem infecciosa ou não infecciosa, também
pode ser aguda, subaguda ou crônica. No geral, observa-se dilatação
tubular e atrofia, inflamação e fibrose do interstício. Quando a origem é
infecciosa, ocorre em resultado a infecções ascendentes do trato
urinário(pielonefrite) ou infecção de origem sistêmica/hematógena. Ex:
arterite viral equina, em bovinos a leptospirose, febre catarral maligna e
êmbolos sépticos por E. coli e Salmonella, em cães pela hepatite infecciosa
canina, em gatos pela PIF. Quando a origem é não-infecciosa, pode está
associado à deposição de imunocomplexos
78
Pielonefrite: é a infecção bacteriana da pelve com extensão nos túbulos
renais e inflamação simultânea intersticial, portanto, a pielonefrite se refere
a inflamação da pelve renal e do parênquima renal, sendo um exemplo
excelente de doença tubulointersticial supurativa. A doença origina-se
como uma extensão da infecção bacteriana acometendo o trato urinário
inferior, que ascende dos ureteres aos rins e estabelece uma infecção na
pelve e na medula interna. A etiologia é geralmente de origem bacteriana,
ex: Corynebacterium renale, E. coli e Proteus; devido a cistite, prostatites,
etc.
79
Leptospirose: é uma doença caracterizada por nefrite tubulointersticial de
origem bacteriana(Leptospira spp - mais comum é a Leptospira interrogans).
As leptospiras penetram no corpo através de brechas nas membranas
mucosas, multiplicam-se e se espalham para os rins onde persistem nas
células tubulares renais. Os roedores são os principais reservatórios,
albergando a bactéria em seus túbulos contorcidos, eliminando-as pela
urina (leptospirúria). A Leptospirose pode ser crônica, causando abortos,
partos prematuros, infertilidade e uveíte recorrente (úvea = íris, corpo ciliar
e coróide), além de fibrose intersticial e atrofia tubular generalizada. A
Leptospirose pode ser aguda, causando febre, meningite, falência renal,
congestão pulmonar, icterícia, anemia hemolítica e infiltrado inflamatório
de principalmente monócitos, macrófagos, linfócitos e plasmócitos.
Parasitas
Toxocara canis: nematóide que tem como hospedeiro definitivo o cão,
parasita intestino delgado, mas alguns podem migrar erraticamente para
os rins e causar nefrite, formando pontos esbranquiçados no córtex.
80
Dioctophyma renale: também nematóide, verme gigante (pode chegar
até 100cm), tem como hospedeiro definitivo canídeos, humanos e
herbívoros, parasita principalmente o rim direito, causando atrofia da pelve
renal e/ou parênquima. Acomete o animal pela ingestão de sapos ou
peixes (hospedeiros paratênicos), com bastante frequência o Lobo Guará.
Stephanurus dentatus: também nematóide que tem até 4,5cm de
comprimento, a forma adulta se encistam na gordura perirrenal após sair
da sua forma larval no fígado/pâncreas, os cistos peripélvicos geralmente
se comunicam com a pelve renal e o ureter.
Neoplasias: neoplasias de origem renal são incomuns, geralmente estão
associados à metástase de tumores de outros órgãos. Ex: linfoma,
adenoma e carcinoma renal, etc…
Trato urinário inferior
Anatomia: constituído por ureteres, bexiga e uretra; todos revestidos pelo
epitélio de transição, característico do trato urinário.
*Obs.: a bexiga possui uma espessa camada de musculatura lisa; a uretra apresenta não só
epitélio de transição, mas também pode variar, a depender do sexo do animal, em
colunar, pseudo-estratificado …
Alterações do desenvolvimento
Ureter:
- Agenesia
- Ureter ectópico (deslocado)
Bexiga:
- Persistência do úraco(+comum em potros): o úraco é um anel fibroso
resultante da contração do alantóide, quando a animal ainda é um
feto, ligado ao ápice da bexiga e ao umbigo. Antes da fase adulta do
animal, o úraco se transformará em um resquício fibroso. Acontece,
porém, que em alguns animais há patência desta estrutura, fazendo
com que a urina saia pelo umbigo
- Divertículo: a bexiga apresenta um pequeno apêndice em seu ápice,
devido a regressão incompleta do úraco. Este divertículo forma um
local propenso a infecções, pois a urina não é eliminada
completamente, funcionando como um reservatório.
81
Uretra:
- Agenesia
- Uretra ectópica
- Fístula uretro-retal e reto-vaginal.
Hidroureter: e referem à dilatação do ureter e é causados pela obstrução
do fluxo urinário pelo bloqueio do(s) ureter(es) por cálculos, inflamação
crônica, neoplasias ou por complicações na ovariosalpingohisterectomia. O
hidroureter pode ser uni- ou bilateral. Dependendo da localização da
obstrução, pode correr simultaneamente a hidronefrose, hidroureter e
hidrouretra. Os aspectos histológicos revelam pouca alteração,exceto por
aumento no diâmetro do ureter e a compressão do epitélio. Consequência:
infecção urinária.
Urolitíase: é uma síndrome que ocorre quando fatores familiares,
congênitos e fisiopatológicos ocorrem juntos e aumentam o risco de
precipitação de metabólitos excretados na urina para formar pedras. Essas
pedras são chamadas de cálculos urinários (urólitos), são encontrados em
qualquer local do trato urinário.
*Obs.: Plug uretral é um tampão de mucoproteína formado por gatos, responsável
por causar obstruções uretrais. As mucoproteínas + minerais da água e dos
alimentos podem formar urólitos.
Fatores que podem favorecer a formação de cálculos renais: individual,
alimentos concentrado (com muitos minerais), em ruminantes a flexura
sigmóide favorece a obstrução, pois há um estreitamento da uretra neste
ponto, reduzido consumo de água.
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Pseudo-hermafrodita: indivíduo geneticamente estável, apresenta gônada
de um único sexo (fem OU mas) e, geralmente, órgãos genitais interno e
externo de ambos os sexos. Não possuem ovotestis.
85
Animais acometidos com o Hermafroditismo:
Suíno e Caprino: + frequente
Equino e Canino: - frequente
Ovino e Bovino: ocasional
Felinos: raros
Freemartin: é um anormalidade sexual que acomete bovinos fêmeas
(raramente suí e peq rum) em parte gemelar com machos devido a
anastomose dos vasos carioalantóideos, onde há mistura sanguínea e
hormonal entre os fetos. A fêmea acaba sofrendo ação hormonal do seu
irmão antes de completar sua diferenciação gonadal, com isto apresenta,
ao longo do seu desenvolvimento, características masculinas e
infertilidade.
Como ocorre o freemartismo:
1° Liberação de 2 oócitos (fec. por sptz X e outro sptz Y);
2° Implantação de heterossexos no útero;
3° Anastomose de vasos coriônicos, a placenta é uma para cada feto, mas
elas se unem nos vasos.;
4° Modificação na organogênese feminina.
Macro: externamente o animal parece uma fêmea, mas o vestíbulo e a
vagina são curtos, a vulva é hipoplásica e o clitóris está aumentado. Além
disso, internamente a vaca pode apresentar ovários pequenos e podem ter
pouco ou nenhuma célula germinativa ou parcialmente convertidos em
testículos(com células de Sertoli, Leydig e túbulos seminíferos). Os
derivados dos ductos paramesonéfricos/müllerianos (trompas, útero,
cérvix, e terço superior da vagina) variam de quase normais a estruturas
semelhantes a cordões, mas seus lumens não se comunicam com a
vagina. Além disto, estruturas mesonéfricas/wolffianas (epidídimo, o ducto
deferente e as vesículas seminais) estão presentes em vários graus.
86
Ovário
Alterações de desenvolvimento
Agenesia: é uma total falta de tecido ovariano, pode envolver um ou
ambos os ovários. Todo o trato reprodutor também pode estar ausente.
Nos casos de agenesia bilateral, a genitália tubular permanece com uma
aparência infantil;
Ovário acessório: um ovário acessório se desenvolve unido a outro ovário
normal;
Ovário supranumerário: um ovário acessório se desenvolve desassociado
dos outros, formando uma 3° gônada.
Hamartoma vascular: são massas vermelhas-escuras localizadas na
superfície dos ovários que consistem em tecido conjuntivo e canais
vasculares cobertos por células endoteliais. Esses vasos formam-se
normalmente durante o período embrionário, mas devem estar
completamente regredidos quando o animal atinge a puberdade.
Disgenesia ovariana: anormalidade sexual que acomete éguas que não
possuem um dos cromossomos X (X0), apresentando ovários inativos e
desprovidos de células germinativas com aspecto fibroso, genitália tubular
pequena, endométrio hipoplásico e genitália externa pouco desenvolvida.
87
Neoplasias epiteliais: adenoma e adenocarcinoma: Os ovários são
cobertos pelo epitélio celomático, a mesma camada de tecido que sofre
invaginação no início da vida fetal para dar origem ao revestimento da
genitália tubular interna. Assim, os neoplasmas do epitélio superficial do
ovário podem ser semelhantes aos inúmeros neoplasmas que acometem o
endométrio. Neoplasmas do epitélio ovariano são adenoma e
adenocarcinoma. Formas malignas geralmente se espalham sobre a
superfície peritoneal por ou metastatisam para os lifonodos e outros
órgãos. Macroscopicamente, o ovário afetado é grande e multinodular e
tem uma aparência cística ou cabeluda.
Teratoma: são raros e geralmente bem diferenciados e benignos,
originado de células germinativas/totipotentes. Eles têm elementos
desorganizados de pelo menos dois dos três folhetos embrionários:
ectoderma, mesoderma e endoderma. Encontra-se pele com cabelo, osso,
cartilagem, tecido nervoso, gordura e epitélio respiratório. Teratomas
89
as estruturas uterinas, a bexiga e, às vezes, uma pequena porção do
intestino delgado. Macroscopicamente, o animal apresenta congestão,
edema e necrose, eversão do útero, hemorragia e choque, infertilidade e
mtas vzs a morte.
Alterações do desenvolvimento
- Aplasia segmentar:
- Duplo útero
Mucometra e hidrometra: A mucometra e a hidrometra são o acúmulo de
muco e fluido claro no interior do útero, respectivamente. A causa é
congênita ou uma obstrução adquirida do fluxo do fluido e/ou muco
produzidos pelo endométrio. Tbm podem se desenvolver com a produção
excessiva no hiperestrogenismo. Macroscopicamente, observa-se acúmulo
de grandes proporções de fluido mucoso (↑mucina) e aquoso, ruptura
uterina, metrite (contaminação).
Inflamações: a maioria das infecções uterinas é resultado de uma
infecção ascendente que surge quando a cérvix encontra-se aberta(no
estro), no parto ou na involução pós- parto. Ocasionalmente, a infecção
pode ocorrer via descendente do ovário e tuba uterina ou por via
hematógena.
Endometrite e metrite: a endometrite é a inflamação restrita ao
endométrio e a metrite é a inflamação de todas as camadas da parede
uterina(uma forma mais severa da endometrite), normalmente devido a
líquido seminal, infecção bacteriana e virais, em vacas por HV, no pós-parto,
aborto e retenção da placenta. Macroscopicamente, observa-se edema,
hiperemia, hemorragia petequial, feixes de fibrina aderidos na
musculatura.. Observa-se também corrimento com exsudato purulento, as
vezes hemorrágico e mucoso.
Piometra: também chamado de hiperplasia cística endometrial, é o
acúmulo de pus no lúmen uterino, ocorre como uma sequela da
endometrite ou metrite devido a distúrbios hormonais (↑ estrogênio) e
cistos foliculares. O fechamento do colo do útero nem sempre é completo,
e se não, exsudato é descarregado na vagina. Nas vacas, endometrite e
piometra impedem a liberação de prostaglandinas e o corpo lúteo é
mantido, assim imitando a gravidez. Na cadela e gata, a piometra é
subsequente à endometrite, que requer um corpo lúteo para o seu
desenvolvimento. Macroscopicamente, observa-se exsudato
purulento/hemorrágico, dependerá do tipo de bactéria envolvida (ex: o
91
Morfologia e função:
O sistema reprodutor masculino tem função de reprodução, não é
essencial para a sobrevivência do animal, mas é fundamental para que a
espécie se perpetue. Mas de modo geral, o sistema reprodutor do macho
não recebe a devida atenção e, com algumas exceções, a substituição do
reprodutor é normalmente o procedimento mais adotado do que tentar
realizar o diagnóstico e o tratamento.
O trato reprodutor do macho pode ser dividido em três partes. Estas são o
escroto e seu conteúdo, as glândulas genitais acessórias, o pênis e o
prepúcio.(Testículos, Epidídimo, Ductos deferentes, Glândulas seminais,
ductos Ejaculatórios, Próstata, Glândulas bulbouretrais, Órgãos genitais
externos).
A diferenciação acontece na embriogênese, o embrião já tem um
interstício gonadal (na porção ventral do saco vitelínico), que tem células
germinativas primordiais, que podem se tornar ovogonias ou células dos
cordões testiculares. No caso dos machos (XY), as células se diferenciam
em células de Sertoli e de Leydig.
Antes de se tornarem Sertoli e Leydig as células indiferenciadas tem um
tempo de preparo de diferenciação do ducto mesonéfrico e seio
urogenital, pois secretam o fator de Muller que impede a diferenciação
femininas internas.
Já nas células intersticiais secretam testosterona, que estimula a
diferenciação do ducto mesonéfrico dando origem a genitália interna
masculina. A outra parte da testosterona é convertida em
di-hidrotestosterona que estimula o desenvolvimento das vias genitais
externas masculinas, esse hormônio também age na diferenciação sexual
92
Dermatite escrotal (dermatite da pele escrotal): frequente e na maioria das
vezes, é inespecífica. Dermatophylus congolensis, é uma causa importante
para este quadro, além de ectoparasitas e agentes virais (poxvírus e
herpesvírus), que têm predisposição para ocasionar esta lesão. Em suínos
ocorre também pelo parasita Tunga penetrans (bicho-de-pé no homem).
Testículos
Anomalias do desenvolvimento
Monorquidismo, é a ausência congênita de um testículo e anorquidismo é
a ausência congênita de dois testículos.
Criptiquidismo: ocorre a descida incompleta dos testículos, de caráter
hereditário devido a ausência de gubernáculo, por um gubernáculo
anormal (com posição alterada) ou pelo crescimento excessivo e ausência
ou retardo na regressão do gubernáculo. Geralmente o testículo fica
cavidade abdominal (caudalmente aos rins), anel ou canal inguinal. Mais
comum em cães e cavalos, o grande problema é que o animal criptorquida
é mais propenso a ter neoplasias como o sertolioma, pois o testículo retido
pode ser reconhecido como corpo estranho, além de dar prejuízo a
reprodução por diminuí no desempenho e a qualidade do sêmen.
Hipoplasia testicular: é uma condição no qual os testículos são menores
do que o normal, pode ser unilateral ou bilateral, sendo a unilateral a mais
diagnosticada porque tem o outro testículo como comparação
Algumas causas: desnutrição, deficiência de zinco, genes específicos em
bovinos da raça Swedish Red and White e anormalidades endócrinas e
citogenéticas. Pode ocorrer tbm quando o número ou o
comprimento dos túbulos seminíferos está reduzido ou quando não há
células germinativas suficiente.
A hipoplasia pode ser classificada em três tipos quanto a gravidade:
- Grave: A maioria ou todos os túbulos apresentam diâmetro reduzido,
tem um aspecto uniforme sem espessamento da membrana basal.
- Intermediária: poucos túbulos estão diminuídos e nos normais há
diferenciação do epitélio seminífero que pode chegar a fase do
espermatócitos, mas logo entram em apoptose ou degeneração
Micro, observa-se céls de Sertoli com o citoplasma vacuolizado ou
células multinucleadas.
- Leve: A maioria dos túbulos são normais, muito difícil de ser
diferenciada da degeneração testicular. Micro, ocorre degeneração
dos túbulos seminíferos.
94
Hematoma peniano: lesão traumática
Neoplasias: bovino (fibropapiloma, neoplasia que forma papilomas
múltiplos e coalescentes). Cães (TVT, muito contagioso, pode ter em nariz,
língua, boca por causa da mania deles se cheiram). Equinos (Carcinoma de
células escamosas).
Próstata
Atrofia: atrofia da próstata por cessação da estimulação por andrógenos
Prostatite: inflamação da próstata. Causa hiperplasia em cães velhos e
sertolioma. Prostatite crônica pode levar a uma pielonefrite secundária, já
que a hiperplasia da próstata leva a retenção de urina. Pode ocorrer até
endocardite devido a êmbolos sépticos.
Metaplasia: substituição do tecido original por outro funcionalmente mais
resistente (epitélio estratificado pavimentoso). Pode ser espontâneo ou por
hiperestrogenismo (sertolioma). Acontece em cães velhos.
Hiperplasia prostática benigna: normal em cães idosos, e na maioria das
vezes não tem sinais clínicos. Em outros animais, provoca ejaculação como
micção fracionada, o animal sente dor ao ejacular.
Sistem Tegumenta (Fau)
Tegumenta I
Anatomia da pele
A pele é o maior órgão do corpo, é dinâmico
e constantemente variável. Consiste de três
camadas principais : a epiderme, a derme e a
hipoderme (camada subcutânea).
A epiderme é a camada externa da pele que podemos ver e tocar, ela nos
protege das toxinas, bactérias e da perda de líquidos. É formada por cinco
sub-camadas de células chamadas queratinócitos. Estas células,
97
3. Camada granular (stratum granulosum): A queratinização começa -
as células produzem grânulos duros e à medida que eles empurram
para cima, estes grânulos se transformam em queratina e lipídios
epidérmicos.
4. Camada lúcida (stratum lucidium): As células são bem comprimidas,
aplainadas e não se distinguem umas das outras.
5. Camada córnea (ou stratum basale) : A camada mais externa da
epiderme, com uma média de 20 sub-camadas de células mortas
aplainadas. Estas células mortas se desprendem regularmente num
processo conhecido por descamação. A camada córnea também
abriga os poros das glândulas sudoríparas e as aberturas das
glândulas sebáceas.
A derme é a camada média da pele, grossa, elástica e mais firme. Os
principais componentes estruturais da derme são: colágeno e elastina,
tecidos conjuntivos. A derme também contém vasos linfáticos, receptores
sensoriais e raízes pilosas. Composta por duas sub-camadas:
- A camada inferior (ou stratum reticulare): uma área grossa e
profunda, que forma uma fronteira líquida com a subcutânea.
- A camada superior (ou stratum papillare): forma uma fronteira
definida com a epiderme.
Pápula: pequena área elevada, palpável, firme e circunscrita, de até 1 cm
de diâmetro. Exemplos: picada de inseto, papiloma, foliculite superficial.
Placa: grande elevação achatada na pele formada pela extensão ou
coalescência(aderência) de pápulas. As placas as vezes se rompem e
geralmente ocorrem processos alérgicos. Causas: edema na derme,
hipertrofia epidérmica e infiltrado de céls inflamatórias na derme.
Urticária/Angioedema: são pápulas ou placas resultante de edema que
surge e desaparece em horas. Na urticária, o edema envolve a derme
superficial, enquanto no angioedema o edema envolve a derme profunda
e o tecido subcutâneo, comum no rosto(lábios e olhos). Causas: estímulos
imunológicos que envolvem reações de hipersensibilidade tipo I e tipo III
(alimentos, drogas, antissoros, ferrões de insetos) e não imunológicos
(calor, exercício, estresse).
Pústula: pequena elevação circunscrita pela epiderme preenchida por
fluido purulento (pûs), comum em infecção bacteriana e no pênfigo
foliáceo.
Abscesso: cavidade neoformada circunscrita pela derme e hipoderme
(sempre abaixo da epiderme) preenchida por fluido purulento, comum em
infecções bacterianas como na dermatite por Staphylococcus.
Vesículas/Bolhas: elevação circunscrita pela epiderme preenchida por
líquido claro e translúcido. Causas: queimauras, dermatoses virais ou
doenças autoimunes (desagrega queratinócitos).
- Vesícula até 1 cm de diâmetro
- Bolhas maior que 1 cm de diâmetro
Nódulo: elevação sólida, circunscrita, com mais de 1 cm de diâmetro, que
geralmente se estende às camadas profundas da pele, formada por
infiltrado de células inflamatórias ou neoplásicas.
Tumor: grande massa que envolve qualquer estrutura da pele, comum nas
neoplasias ou inflamações crônicas/granulomatosas.
*Obs: nem todo tumor é uma neoplasia, mas toda neoplasia tem tumor.
Cisto: cavidade revestida por epitélio e preenchida com material líquido ou
sólido e localizada na derme ou no subcutâneo, comum em folículos
pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
Lesões secundárias
São: Hiperqueratose, Liquenificação, Calo, Cicatriz, Erosão/Úlcera, Fissura,
Escoriação e Colarete epidérmico.
100
endocrinopatias, infecções e deficiências nutricionais. Quando congênita, é
conhecida albinismo, quando adquirida é conhecida como vitiligo e por
deficiência de cobre.
No albinismo, a indivíduo nasce com falha na produção de tirosinase,
o indivíduo tem o número normal de melanócitos, mas não produz
melanina.
No vitiligo ocorre ausência focal ou difusa de
melanócitos/enzimática, a causa até o momento é desconhecida.
No caso da deficiência de Cobre, a síntese da melanina ocorre a
partir do aminoácido tirosina, catalisada pela enzima tirosinase, na
presença de cobre. Portanto, a deficiência de cobre e consequente
deficiência de tirosinase, resulta na ausência de síntese de melanina.
Alopecia: perda de pêlo parcial ou total, de causas variáveis
(endocrinopatias, distúrbios foliculares, traumas, inflamações ...).
Doenças congênitas
Ictiose: doença de pele de causa hereditária observada em bov e cães,
observa-se simultaneamente hiperqueratose, alopecia e formação de
fissura.
Epiteliogênese imperfeita: falha na formação do epitélio escamoso,
comum nas extremidades do animal como orelhas, cauda, membros. Pode
formar úlceras.
Astenia cutânea: falha na formação de colágeno provocando fragilidade
na pele. A pele se rasga facilmente, é hiperextensível e frouxa,
Enfermidades relacionadas ao meio ambiente
Agentes: físicos (radiação UV, trauma), químicos (toxinas e agentes
irritantes) e biológicos (bactérias).
Dermatite solar: A luz UV pode danificar a pele de forma aguda
(queimadura solar) ou crônica(dermatite solar, neoplasia). Acomete gatos,
principalmente os brancos, em constante exposição solar, formando lesões
iniciais nas extremidades: orelhas, pálpebras, nariz e lábios. Em equinos e
bovinos as lesões ocorrem em áreas despigmentadas, como nas pálpebras,
nariz, vulva e ao redor do prepúcio (exceção: Nelore, pois o pêlo é branco,
mas a pele é escura). Macroscopicamente, a dermatite solar se caracteriza
por lesões que começam como eritema, escamas e crostas. Após anos de
exposição, a pele se torna enrugada e espessada, podem-se desenvolver
um ou mais focos de pápula/placa cobertos por escamas espessas
103
Dermatite piotraumática: também chamada de dermatite úmida aguda, é
secundária à irritação e geralmente é consequência do traumatismo
autoinfligido por mordeduras ou coceiras devido à dor ou ao prurido
decorrente de (causas) alergias, parasitas, pêlos emaranhados, período de
calor, ou substâncias irritantes. A pele úmida e escoriada é propensa a
colonização bacteriana. Macroscopicamente, as lesões são avermelhadas,
alopécica, exsudativa e bordas bem delimitadas.
Dermatites virais
Ectima contagioso: é uma infecção localizada comum de ovinos e caprinos
jovens, causada por um poxvírus. As lesões iniciam-se na comissura labial
por abrasões/arranhões do capim e se espalham para os lábios, mucosa
oral, pálpebras e pés.
Herpesvírus: As herpesviroses infectam células epiteliais e replicam-se no
núcleo, provocando lise do conteúdo nuclear. As lesões macroscópicas
consistem em vesículas que se rompem para formar úlceras que são
posteriormente cobertas por crostas. Comum na FCM, causada pelo
herpesvírus ovino tipo 2, que formam vesículas/erosão em mucosas de
105
108
As neoplasias que envolve a pele pode ter origem da epiderme, da derme e
do subcutâneo/hipoderme, com várias células de origem presente nestas
camadas.
Papiloma: é o tumor benigno de células epiteliais, geralmente sua origem
é viral (papilomavírus). Macro, observa-se a formação de lesões
papilomatosas exofíticas (fora da pele) única ou múltipla em formato de
couve-flor e, ocasionalmente, endofíticas na mucosa ou na pele. Em bov,
observa-se verrugas na pele, mucosa TGI, tetos, úbere e pênis; em cães na
cav oral e no sist, reprodutivo; em equinos na pele. Micro, ocorre hiperplasia
irregular, acantose e hiperqueratose da epiderme, além de vacuolização
dos queratinócitos.
113
ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS
RIGOR MORTIS
É uma alteração pós mortem, que envolve o uso do ATP no músculo. O ATP
é necessário para a liberação da actina da miosina, essa interação é o que
faz com que os miofilamentos deslizem e ocorra a contração do músculo.
Ela dura de 24 a 48 hrs, e acaba por causa da autólise e putrefação.
ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS
117
Necrose: como as miofibras são muito longas a necrose acontece em
apenas um segmento, a necrose total é muito rara, ocorrendo apenas em
em infartos extensos, traumas massivos e grandes queimaduras.
Zenker foi o cara que descreveu a necrose segmentar em humanos
(pequenos segmentos esparsos de necrose de coagulação e regeneração),
e essa necrose de Zenker vem sido relatada secundariamente a doenças
sistêmicas. Também ocorre por injúria local.
–Macroscopia: palidez das fibras musculares, devido ao extravasamento da
mioglobina (pigmento sintetizado pela fibra muscular capaz de
transportar de oxigênio) e estriações de aspecto tigróide.
–Microscopia: Acidofilia de fibras musculares, desaparecimento de
estriações citoplasmáticas normais e núcleos musculares, fragmentação,
calcificação, etc.
REGENERAÇÃO
ALTERAÇÃO NO VOLUME DA MIOFIBRA
Atrofia: é um termo usado para caracterizar tanto a diminuição do volume
da miofibra, quanto a diminuição do volume do músculo com um todo.
Pode ser por:
- Denervação: Também chamada de atrofia neurogênica, não é
comum em medicina veterinária, mas ocorre por perda da entrada
neural, que resulta na rápida atrofia do músculo. As neuropatias
generalizadas, como na doença do neurônio motor equino pode
resultar em atrofia muscular disseminada e simétrica.
*Obs: Importante lembrar que em doenças como o botulismo, ocorre desordens na
junção neuromuscular e não denervação.
- Desuso: também chamada de atrofia fisiológica, é uma resposta
fisiológica a falta de uso do músculo, que ocorre de forma
relativamente lenta. É bem comum em quadros de claudicação, que
é o termo médico usado para o comprometimento da capacidade
de caminhar e em casos de membros imobilizados com tala ou
engessados.
- Desnutrição/ caquexia: A desnutrição pode induzir a caquexia que é
um grau extremo de enfraquecimento, ela se desenvolve de uma
forma lenta e causa atrofia muscular simétrica.
Hipertrofia: é quando as miofibra aumentam em diâmetro, pela adição de
miofilamentos. Causado
- Aumento da carga de trabalho: A hipertrofia fisiológica é um
processo natural onde a ampliação da miofibrila acontece com o
condicionamento ao exercício.
119
Hipertermia maligna
– “Síndrome do estresse suíno”: herança autossômica recessiva
(homozigose)
– Rigidez muscular e hipertermia
MIOPATIAS NUTRICIONAIS
É a doença devido a deficiência de Vit. E, selênio ou ambas. Importantes
antioxidantes por entrar na produção da enzima glutationa, que protege
contra os radicais livres
–Acomete : Equinos, bovinos e outros
–Patogenia: a vitamina E e Selênio estão envolvidos na proteção das
membranas celulares da ação de radicais livres, que causam peroxidação
das membranas lipídicas. A vit. E e selênio tem mecanismos diferentes,
mas na falta dele levam ao mesmo quadro, que é o influxo de Ca para o
citossol, resultando no acúmulo de cálcio nas mitocôndrias. Assim as
mitocôndrias param de funcionar e param de fornecer energia para a
célula, causando necrose segmentar, levando ao vazamento de mioglobina
para os vasos e o músculo fica branco. Então temos a DOENÇA DO
MÚSCULO BRANCO.
Sintomas : Dificuldade de locomoção
Achados: Palidez e estriação muscular, necrose segmentar e calcificação.
MIOPATIAS TÓXICAS
As miotoxinas podem estar presentes em plantas, como o fedegoso
(Cassia), no feno ou nos produtos de plantas na alimentação processada,
como o gossipol na semente de algodão.
Intoxicação por ionóforo: os ionóforos são promotores de crescimento para
bovino, tendo na sua composição monensina, isasticida, maduranicida e
narasina.
Patogenia: Os ionóforos permitem o movimento dos cátions através das
membranas celulares, isso provoca o rompimento do equilíbrio iônico,
principalmente em tecidos excitáveis, que é o caso do músculo.
Consequentemente, ocorre aumento na concentração do cálcio no na
célula e causa necrose (inclusive cardíaca) por mineralização das
mitocôndrias
Os bovinos são mais resistentes, mas o equinos são muito susceptíveis,
podendo se intoxicar com níveis muito baixos de ionóforos.
Intoxicação Senna occidentalis: também conhecido como fedegoso.
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Achados:
- Palidez muscular e cardíaca.
- Necrose segmentar (áreas de necrose dentro de uma mesma fibra,
não necessariamente pega a fibra toda) - fibrose (cronificação).
- Mioglobinúria
Não se conhece o princípio tóxico, a doença pode acontecer após a
ingestão de sementes da planta junto aos grãos. A planta é uma praga e se
reproduz no meio da plantação com muita velocidade.
Condições para a intoxicação
–Ração contaminada por sementes:
–Sorgo - bovinos e equinos
–Milho - suínos
–Regime extensivo a pasto - bovinos
–Áreas de plantio anterior de soja, milho e arroz
Partes tóxicas: Principalmente favas e sementes; folhas e caule
Senna obtusifolia: produz uma lesão muito semelhante ao Fedegoso
Planta: herbácea, leguminosa Cesalpinoidea.
Nome Popular: Mata-Pasto, Fedegoso Branco
Distribuição: todo território brasileiro
Espécies sensíveis: Bovinos
MIOPATIAS POR ESFORÇO/RABDOMIÓLISE/MIOGLOBINÚRIA
PARALÍTICA/AZOTÚRIA/ MAL DA SEG-FEIRA
É visto em equinos após treinamento inadequado e exercício não usual,
devido:
- acúmulo anormal de glicogênio: leva a produção de ácido lático.
- acidose (ácido lático) e estresse oxidativo (causado pelo estresse
respiratório, pode estar associado a diminuição de selênio)
Achados
– Hemorragia, edema, palidez muscular
– Necrose segmentar
– Isquemia
MIOSITES
MIOSITES BACTERIANAS
Carbúnculo sintomático: É causado pela ativação de esporos de
Clostridium chauvoei na sua forma latente nos músculos.
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Sarcocistose:
Sabe-se que são estágios intermediários de um coccídio intestinal, não
induzem nenhuma resposta inflamatória, por isso são não patogênicos.
Espécie: Sarcocystis spp.
Quando o herbívoro ingere os oocistos , os esporozoítos são liberados do
esporocistos no intestino. Eles invadem os tecidos e os esquizontes são
formados nas células endoteliais dos vasos sanguíneos da maioria dos
órgãos, e chegam no músculo.
Neosporose:
É uma doença causada pelo protozoário tipo coccidio, Neospora caninum.
Ele é patogênico para cães, gatos, ovinos, bovinos e equinos. Os
protozoários causam inflamação necrosante em órgãos e tecidos,
incluindo os músculos (Miosite), além de encefalite (cães) e ABORTO
MIOSITES IMUNOMEDIADAS
MIOSITE EOSINOFÍLICA
É o estágio agudo conhecido da miosite dos músculos mastigatórios
(masséter e temporal), esse estágio é caracterizado pelos músculos
mastigatórios extremamente tumefeitos , firmes e doloridos. Na fase
crônica tem atrofia dos músculos (miosite atrófica).
–Cães
–Músculos mastigatórios
Masséter e temporal
–“travamento”
–Patogenia:
Os músculos temporal, masseter, pterigóideo dos cães são formados por
fibras tipo I, designadas como fibras 2M. Essas miofibrilas são diferentes
das outras fibras do organismo.
Então tem a formação de auto anticorpos que atacam as fibras tipo IIM,
essa inflamação imunomediada ataca especificamente essas fibras pois
ela tem cadeias leves e pesadas diferentes das outras fibras do organismo.
E tem similaridade com antígenos de bactérias, por essas razões quando
tem alguma infecção bacteriana esses músculos podem ser atacados
também, pelos anticorpos anti-miosina.
Como resultado temos atrofia muscular, Infiltrado inflamatório
eosinófilicos (linfócitos) e fibrose.
NEOPLASIAS
RABDOMIOMA- é um tumor benigno com origem nas células musculares.
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Sistem Oste -a ticula (Vivi)
ANATOMIA:
Tecido ósseo esponjoso é assim denominado por apresentar um conjunto de pequenas e finas
traves ósseas, formando um emaranhado que em muitos lembram uma esponja. No interior
dos espaços encontramos a medula óssea vermelha – tecido hemocitopoético, esse tecido
localiza-se no interior dos ossos chatos e nas extremidades dos ossos longos, “cabeça” as
epífise.
Tecido ósseo compacto consiste em toda estrutura que visualizamos ao observarmos
um osso, sua “ casca “ ou parede. aparentemente ele não apresenta poros ou canais, dai a
justificativa para a expressão compacto, quando no entanto, analisamos sua estrutura ao
microscópio, constatamos a presença de uma vasta rede de canalículos.
REPARAÇÃO DE FRATURAS
É importante saber porque ocorre a reparação de fraturas e porque não
ocorre.
As fraturas podem ser traumáticas, o osso quebra por força excessiva ou
patológica, osso quebra por força mínima ou apenas com o peso do corpo.
Osteomalácia, osteomielite e neoplasias ósseas são exemplos de lesões
que podem enfraquecer os ossos predispondo a fratura.
No momento da fratura o periósteo é torcido, os fragementos são
deslocados, os tecidos moles são traumatizados e ocorre hemorragia no
local da fratura .
Aí começa a reparação
1- Fase hemorrágica: sangramento no local da ferida.
2 - Fase inflamatória/fibroplasia: células inflamatórias fazem a “limpeza” do
local, proliferação de tecido fibroso.
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ENFERMIDADES METABÓLICAS
ENFERMIDADES METABÓLICAS DOS OSSOS
OSTEOPOROSE
doença caracterizada por redução na massa óssea (osteopenia), mas com
mineralização normal no restante do osso.
O osso cortical é reduzido em espessura e tem a porosidade aumentada. O
osso trabecular (esponjoso) se torna mais fino
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OSTEOCONDROSE
É caracterizada por falha focal ou multifocal da ossificação endocondral,
envolvendo a placa de crescimento metafisário e o complexo cartilagem
articular epifisária. É uma enfermidade de animais jovens
Patogenia:
Não sei se eu entendi muito bem mas, a cartilagem endocondral deveria
calcificar mas isso não acontece, por causa de displasia do complexo AE.
– Falha na calcificação e substituição da cartilagem endocondral
E como isso não acontece a cartilagem começa a ter fissuras na
cartilagem da epífise, que pode causar instabilidade mecânica e levar a
separação na cartilagem ou da cartilagem com o osso subjacente. O
trauma causado pela ação fisiológica normal aumenta a fissura através da
cartilagem e forma retalhos de cartilagem que fica toda fragmentada.
esse é um mecanismo de ação da osteocondrite dissecante .
Achados
–Trauma - fragmentação da cartilagem - “flaps”
–“osteocondrite dissecante”
–Degeneração articular - osteocondrite
DISCOESPONDILOSE
É caracterizada pelo aparecimento de novas formações ósseas, localizadas
entre as vértebras, que formam “pontes” ósseas entre os corpos vertebrais
Pode acometer cães e gatos e é mais frequente em animais mais velhos,
quase idosos, sendo que também foi constatada uma maior presença do
problema em animais do sexo feminino.
Patogenia
–Alterações metabólicas - injúrias mecânicas
–núcleo pulposo - proteoglicanas e H2O - colágeno
Achados
–Herniação disco intervertebral - compressão medular
–Instabilidade - osteófitos (espondilose)
–Raças condrodisplásicas (Dachshund)
Metaplasia condróide - calcificação
ARTRITE
Termo usado para a inflamação intra-articular, na sinóvia (líquido sinovial) e
cartilagem articular, é caracterizada por células inflamatórias na
membrana sinovial.
A artrite pode ser classificada com base na causa : Bacteriana, viral,
imunomediada estéril (Lúpus eritematoso) ou gota por depósito de urato.
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