LIVRO CRT-SP Legislacao Tecnica
LIVRO CRT-SP Legislacao Tecnica
LIVRO CRT-SP Legislacao Tecnica
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CONSELHEIROS
Técnico em Edificações Adão Roberto Ricci Técnico em Eletromecânica Sidney de Souza Junior
Técnico em Edificações Adevandro Benedito Olmeda Técnico em Edificações Silvio Aparecido Pereira
Técnico em Eletroeletrônica Agostinho Ferreira Gomes Técnico em Eletrotécnica Pedro Paulo Reis
Técnico em Eletrotécnica Altamar Antunes Alves Técnico em Construção Civil Advaldo Gomes
Técnico em Eletrônica Carlos José Alves de Almeida Técnico em Eletrônica Luiz Gustavo Clemente Monteiro
Técnico em Edificações Carlos Roberto Alves Técnico em Eletrotécnica William Aparecido Morroni
Técnico em Mecânica Claudemir Roque da Costa Técnico em Edificações Jaime Tadeu Forgerini Junior
Técnico em Agrimensura Cláudio Roberto Marques Técnico em Edificações Ismael Alves do Nascimento
Técnica em Meio Ambiente Daiana Aparecida Romanini Zanon Terêncio
Técnico em Edificações Evanildo Cherobim Camaforte Técnico em Edificações Paulo Antonio Fernandes Mattos
Técnico em Edificações/Agrimensura João Batista dos Reis Técnico em Mecânica Luis Eduardo Castro Quitério
Técnico em Agrimensura João de Souza Pinto Técnico em Eletrotécnica João Moreira Guimarães
Técnico em Edificações José Antônio Campos Técnico em Mecânica Messias Donizeti Donzeli
Técnico em Edificações José Lucas dos Santos Oliveira Técnico em Design de Interiores Felipe Dariel Pinto
Técnico em Eletrotécnica José Tadeu de Aguiar Pio Técnico em Eletrotécnica Edson Pavanello
Técnico em Mecânica Leonardo Breviglieri Técnico em Agrimensura José Maria Gennari
Técnico em Eletrônica Luis de Deus Marcos Técnico em Eletrotécnica Helio Shogo Tanaka
Técnico em Mecânica Marco Aurélio da Costa Técnico em Eletrotécnica Flávio Galego Morales
Técnico em Edificações Mateus Amauri Alves dos Santos Técnico em Eletrotécnica Carlos Alberto da Costa Souza
Técnico em Mineração Maurício Tadeu Nosé Técnico em Mineração Robson Henrique dos Santos (in memoriam)
Técnico em Eletrotécnica Maykon Donizeti Gervasoni Técnico em Eletrotécnica Helton José Piovani
Técnica em Desenho de Construção Civil Monique Fernanda Xavier Técnico em Edificações José Fernando Cabral de Vasconcelos
Técnico em Mecânica Nilson José Alves Técnico em Edificações José Pinho dos Santos
Técnico em Eletrotécnica Odil Porto Junior Técnico em Eletrotécnica Marcos Antonio Nobrega
Técnico em Eletrônica Paulo Eduardo Finhane Trigo Técnico em Edificações Everton Duarte das Dores
Técnico em Eletrônica Paulo Mori Técnico em Telecomunicações Leonardo Leal Castelo Branco
Técnico em Mineração Rafael da Silva Técnico em Mineração Giulliano Giovanni Novi
Técnico em Mecânica Reinaldo Roque Nunes Técnico em Mecânica Ricardo Calderoli
Técnico em Eletrotécnica Valter Casarri Técnico em Eletrotécnica Nelson Pedro de Oliveira
Técnico em Eletrotécnica Wilson Wanderlei Vieira Junior Técnico em Eletrotécnica Orlando José dos Santos
Vice-presidente Coordenação
Técnico em Edificações/Mecânica José Avelino Rosa Luciana Miranda
lucianamiranda@cr tsp.gov.br
[email protected]
Revisão Jurídica
Diretora administrativa Ricardo Campos
Técnica em Alimentos Sandra Zamboli Fontana ricardocampos@cr tsp.gov.br
[email protected] Projeto Gráfico e Diagramação
Emerson de Lima
Diretor financeiro emersonlima@cr tsp.gov.br
Técnico em Agrimensura Pedro Carlos Valcante
Disponível para download
[email protected]
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 5
LEGISLAÇÃO TÉCNICA
GUIA DE CONSULTA E ORIENTAÇÃO PARA OS TÉCNICOS INDUSTRIAIS
LEIS, DECRETOS E RESOLUÇÕES
Sancionada pelo governo federal em 26 de março de 2018 e publicada no Diário Oficial da União
(DOU) em 27 de março de 2018, a Lei nº 13.639 cria o Conselho Federal dos Técnicos Industriais
(CFT) e os Conselhos Regionais dos Técnicos Industriais (CRTs), órgãos que integram o Sistema
CFT/CRT com competência exclusiva para orientar, disciplinar e fiscalizar, conforme disposto no
artigo 3º, o exercício profissional dos Técnicos Industriais – Lei nº 5.524/1968, regulamentada pelo
Decreto nº 90.922/1985. Por essa razão o Sistema CFT/CRT assume a responsabilidade legal de
fiscalizar a profissão, antes exercida pelo Sistema CONFEA/CREA.
Com o objetivo de atualizar a documentação que ampara a profissão – leis, decretos,
resoluções, etc –, o Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP)
elaborou um manual intitulado Legislação Técnica – Guia de Consulta e Orientação para os Técnicos
Industriais, de maneira a nortear os técnicos devidamente habilitados para o exercício profissional,
bem como os alunos de escolas técnicas; afinal, a cada ano milhares de novos profissionais são
formados pelas instituições de ensino técnico no Estado de São Paulo.
O guia traz também a Tabela de Títulos Profissionais, que em breve será atualizada; e, por meio
de resoluções baixadas pelo CFT, técnicos de diversas modalidades têm definidas suas atribuições,
corroborando com a legislação vigente. São inúmeras opções que propiciam melhores condições
de emprego, ou o exercício da atividade como profissionais autônomos. Algumas das principais
modalidades: Técnico em Edificações, Técnico em Agrimensura, Técnico em Eletrotécnica,
Técnico em Saneamento, Técnico em Meio Ambiente, Técnico em Mecatrônica, Técnico em
Eletrônica, Técnico em Telecomunicações, Técnico em Automação, Técnico em Mecânica, Técnico
em Metalurgia, Técnico em Aeronaves, Técnico em Química, Técnico em Papel e Celulose, Técnico
em Petroquímica, Técnico em Topografia, Técnico em Mineração, Técnico em Geologia, etc.
O CRT-SP é um conselho dos técnicos para os técnicos, sempre com a premissa de servir e
salvaguardar a sociedade.
Presidente do CRT-SP
BREVE RESUMO HISTÓRICO DO CRT-SP
A eleição dos conselheiros foi realizada em 3 de abril de 2019, e a solenidade de posse aconteceu
no dia 12 do mesmo mês. A relação dos conselheiros titulares e seus respectivos suplentes está
disponível na página 2 do manual Legislação Técnica – Guia de Consulta e Orientação para os
Técnicos Industriais, e também publicada no Portal da Transparência no site www.crtsp.gov.br.
LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. É livre o exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio, observadas as
condições de capacidade estabelecidas nesta lei.
Art. 2º. A atividade profissional do Técnico Industrial de nível médio efetiva-se no seguinte
campo de realizações:
I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;
II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas
tecnológicas;
III - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e
instalações;
IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos
especializados;
V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos, compatíveis com a respectiva
formação profissional.
Art. 3º. O exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio é privativo de quem:
I - haja concluído um dos cursos do segundo ciclo de ensino técnico industrial, tenha sido
diplomado por escola oficial autorizada ou reconhecida, de nível médio, regularmente constituída
nos termos da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
II - após curso regular e válido para o exercício da profissão, tenha sido diplomado por escola
ou instituto técnico industrial estrangeiro e revalidado seu diploma no Brasil, de acordo com a
legislação vigente;
III - sem os cursos e a formação atrás referidos, conte na data de promulgação desta lei,
5 (cinco) anos de atividade integrada no campo da técnica industrial de nível médio e tenha
habilitação reconhecida por órgão competente.
Art. 4º. Os cargos de Técnico Industrial de nível médio, no serviço público federal, estadual
ou municipal, ou em órgãos dirigidos indiretamente pelo poder público, bem como na economia
privada, somente serão exercidos por profissionais legalmente habilitados.
Art. 6º. Esta lei será aplicável no que couber aos Técnicos Agrícolas de nível médio.
12 LEGISLAÇÃO TÉCNICA
A. COSTA E SILVA
Favorino Bastos Mercio
Jarbas G. Passarinho
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constitui-
ção e tendo em vista o disposto no artigo 5º da Lei nº 5.524, de 05 de novembro de 1968, decreta:
Art 1º. Para efeito do disposto neste Decreto, entendem-se por Técnico Industrial e Técnico
Agrícola de 2º grau ou, pela legislação anterior, de nível médio, os habilitados nos termos das
Leis nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961, 5.692 de 11 de agosto de 1971 e 7.044 de 18 de
outubro de 1982.
Art 2º. É assegurado o exercício da profissão de técnico de 2º grau de que trata o artigo
anterior, a quem:
I - tenha concluído um dos cursos técnicos industriais e agrícolas de 2º grau, e tenha sido
diplomado por escola autorizada ou reconhecida, regularmente constituída, nos termos das Leis
nºs 4.024, de 20 de dezembro de 1961, 5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de ou-
tubro de 1982;
II - seja portador de diploma de habilitação específica, expedido por instituição de ensino
estrangeira, revalidado na forma da legislação pertinente em vigor;
III - sem habilitação específica, conte, na data da promulgação da Lei nº 5.524, de 05 de
novembro de 1968, 5 (cinco) anos de atividade como técnico de 2º grau.
Parágrafo único. A prova da situação referida no inciso III será feita por qualquer meio em di-
reito permitido, seja por alvará municipal, pagamento de impostos, anotação na Carteira de Tra-
balho e Previdência Social ou comprovante de recolhimento de contribuições previdenciárias.
Art 3º. Os Técnicos Industriais e Técnicos Agrícolas de 2º grau, observado o disposto nos
arts. 4º e 5º, poderão:
I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;
II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas;
Ill - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações;
IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos espe-
cializados;
V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva
formação profissional.
Art 4º. As atribuições dos Técnicos Industriais de 2º grau, em suas diversas modalidades, para efeito
do exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:
I - executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e
coordenar equipes de execução de instalações, montagens, operação, reparos ou manutenção;
II - prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de
projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento
e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes atividades:
1. coleta de dados de natureza técnica;
14 LEGISLAÇÃO TÉCNICA
Art 5º. Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos Técnicos Industriais
de 2º grau, o exercício de outras atribuições, desde que compatíveis com a sua formação curricular.
Art 6º. As atribuições dos Técnicos Agrícolas de 2º grau em suas diversas modalidades, para efeito
do exercício profissional e da sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:
I - desempenhar cargos, funções ou empregos em atividades estatais, paraestatais e privadas;
II - atuar em atividades de extensão, assistência técnica, associativismo, pesquisa, análise, ex-
perimentação, ensaio e divulgação técnica; (Redação dada pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
III - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de
1º e 2º graus, desde que possua formação especifica, incluída a pedagógica, para o exercício do
magistério, nesses dois níveis de ensino;
IV - responsabilizar-se pela elaboração de projetos e assistência técnica nas áreas de: (Re-
dação dada pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
a) crédito rural e agroindustrial para efeitos de investimento e custeio; (Alínea incluída pelo
Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
b) topografia na área rural; (Alínea incluída pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
c) impacto ambiental; (Alínea incluída pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
d) paisagismo, jardinagem e horticultura; (Alínea incluída pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
e) construção de benfeitorias rurais; (Alínea incluída pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
f) drenagem e irrigação; (Alínea incluída pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
V - elaborar orçamentos, laudos, pareceres, relatórios e projetos, inclusive de incorporação
de novas tecnologias; (Redação dada pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
DECRETO Nº 90.922, DE 6 DE FEVEREIRO DE 1985 15
Art 7º. Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos Técnicos Agrícolas de
2º grau o exercício de outras atribuições desde que compatíveis com a sua formação curricular.
Art 8º. As denominações de Técnico Industrial e de Técnico Agrícola de 2º grau ou, pela legislação
anterior, de nível médio, são reservadas aos profissionais legalmente habilitados e registrados na forma
deste Decreto.
Art. 9º. O disposto neste Decreto aplica-se a todas as habilitações profissionais de técnico
de 2º grau dos setores primário e secundário, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação
(Redação dada pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
Art 10. Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem
DECRETO Nº 90.922, DE 6 DE FEVEREIRO DE 1985 17
pelas características de seu currículo escolar, considerados, em cada caso, os conteúdos das disciplinas
que contribuem para sua formação profissional. (Revogado pelo Decreto nº 4.560, de 30.12.2002)
Art 12. Nos trabalhos executados pelos técnicos de 2º grau de que trata este Decreto, é
obrigatória, além da assinatura, a menção explícita do título profissional e do número da carteira
referida no art. 15 e do Conselho Regional que a expediu.
Parágrafo único. Em se tratando de obras, é obrigatória a manutenção de placa visível ao
público, escrita em letras de forma, com nomes, títulos, números das carteiras e do Conselho
Regional que a expediu, dos autores e coautores responsáveis pelo projeto e pela execução.
Art 13. A fiscalização do exercício das profissões de Técnico Industrial e de Técnico Agrícola
de 2º grau será exercida pelos respectivos Conselhos Profissionais.
Art 14. Os profissionais de que trata este Decreto só poderão exercer a profissão após o
registro nos respectivos Conselhos Profissionais da jurisdição de exercício de sua atividade.
Art 16. Os técnicos de 2º grau cujos diplomas estejam em fase de registro poderão exercer
as respectivas profissões mediante registro provisório no Conselho Profissional, por um ano,
prorrogável por mais um ano, a critério do mesmo conselho.
Art 19. O Conselho Federal respectivo baixará as Resoluções que se fizerem necessárias à
perfeita execução deste Decreto.
Art 20. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
JOÃO FIGUEIREDO
Murillo Macêdo
LEI Nº 13.639, DE 26 DE MARÇO DE 2018
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. São criados o Conselho Federal dos Técnicos Industriais, o Conselho Federal dos
Técnicos Agrícolas, os Conselhos Regionais dos Técnicos Industriais e os Conselhos Regionais
dos Técnicos Agrícolas, autarquias com autonomia administrativa e financeira e com estrutura
federativa.
Art. 2º. Aplica-se o disposto na alínea “c” do inciso VI do caput do art. 150 da Constituição
Federal ao Conselho Federal dos Técnicos Industriais, ao Conselho Federal dos Técnicos Agríco-
las, aos Conselhos Regionais dos Técnicos Industriais e aos Conselhos Regionais dos Técnicos
Agrícolas.
Art. 3º. Os conselhos federais e regionais de que trata esta Lei têm como função orientar,
disciplinar e fiscalizar o exercício profissional das respectivas categorias.
§ 1º Os conselhos regionais serão denominados Conselho Regional dos Técnicos Industriais
e Conselho Regional dos Técnicos Agrícolas, com acréscimo da sigla da unidade federativa ou
da região geográfica correspondente.
§ 2º Os conselhos federais e os conselhos regionais terão sua estrutura e seu funcionamento
definidos em regimento interno próprio, aprovado pela maioria absoluta de seus conselheiros.
§ 3º A instituição das estruturas regionais ocorrerá com observância das possibilidades
efetivas de seu custeio com recursos próprios, considerados ainda seus efeitos nos exercícios
subsequentes.
Art. 4º. O Conselho Federal dos Técnicos Industriais e o Conselho Federal dos Técnicos
Agrícolas, com sede e foro em Brasília, serão integrados por brasileiros, natos ou naturalizados,
cujos diplomas profissionais estejam registrados de acordo com a legislação em vigor.
Art. 5º. Os conselhos federais serão compostos pela Diretoria Executiva e pelo Plenário
deliberativo.
§ 1º O Plenário deliberativo será composto pelos conselheiros federais, eleitos juntamente
com seus suplentes, respeitados os critérios de representação regional definidos em regimento
interno.
§ 2º O mandato dos membros dos conselhos federais terá duração de 4 (quatro) anos, ad-
mitida 1 (uma) reeleição.
Art. 6º. A Diretoria Executiva dos conselhos federais será composta por:
I - Presidente;
II - Vice-Presidente;
LEI Nº 13.639, DE 26 DE MARÇO DE 2018 19
Art. 7º. O Plenário dos conselhos federais será composto por no mínimo 12 (doze) e no má-
ximo 27 (vinte e sete) conselheiros federais, acrescido dos membros da Diretoria Executiva.
Parágrafo único. Cada unidade federativa do País será representada no Plenário por, no
máximo, 1 (um) conselheiro.
Art. 9º. Os conselhos regionais serão compostos pela Diretoria Executiva e pelo Plenário
deliberativo.
§ 1º O Plenário deliberativo será composto pelos conselheiros regionais, eleitos juntamente
com seus suplentes, respeitados os critérios de representação definidos em regimento interno.
§ 2º O mandato dos membros dos conselhos regionais terá duração de 4 (quatro) anos, admi-
tida 1 (uma) reeleição.
20 LEGISLAÇÃO TÉCNICA
Art. 10. A Diretoria Executiva dos conselhos regionais será composta por:
I - Presidente;
II - Vice-Presidente;
III - Diretor Administrativo;
IV - Diretor Financeiro;
V - Diretor de Fiscalização e Normas.
§ 1º Os membros da Diretoria Executiva serão eleitos, por meio de voto direto e secreto,
pelos profissionais aptos a votar.
§ 2º No caso de vacância dos cargos de que tratam os incisos III, IV e V do caput deste artigo,
o Plenário deliberativo escolherá entre seus membros os novos diretores.
Art. 11. O Plenário dos conselhos regionais será composto por no mínimo 12 (doze) e no
máximo 100 (cem) conselheiros regionais, acrescido dos membros da Diretoria Executiva,
observado o quantitativo de profissionais inscritos em cada conselho.
Parágrafo único. O número de conselheiros de cada conselho regional será definido em
resolução aprovada pelo respectivo conselho federal.
Art. 13. As atividades dos conselhos federais e dos conselhos regionais serão custeadas
exclusivamente por renda própria.
LEI Nº 13.639, DE 26 DE MARÇO DE 2018 21
Art. 16. O trabalho de atuação compartilhada com outras profissões regulamentadas será
objeto de Termo de Responsabilidade Técnica.
Parágrafo único. Atos do Conselho Federal dos Técnicos Industriais e do Conselho Federal
dos Técnicos Agrícolas detalharão as hipóteses de obrigatoriedade e de dispensa do Termo de
Responsabilidade Técnica, em cada caso.
Art. 17. Não será efetuado Termo de Responsabilidade Técnica sem o prévio recolhimento
da taxa do Termo de Responsabilidade Técnica pela pessoa física do profissional ou pela pessoa
jurídica responsável.
Art. 18. O valor da taxa do Termo de Responsabilidade Técnica não poderá ser superior a R$ 50,00
(cinquenta reais).
Parágrafo único. O valor referido no caput deste artigo poderá ser atualizado, anualmente, de
acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no exercício anterior.
Art. 20. Constituem infrações disciplinares, além de outras definidas pelo código de ética:
I - requerer registro de projeto ou trabalho técnico ou de criação no respectivo conselho,
para fins de comprovação de direitos autorais e formação de acervo técnico, que não tenha sido
efetivamente concebido, desenvolvido ou elaborado pelo requerente;
II - reproduzir projeto ou trabalho, técnico ou de criação, de autoria de terceiros, sem a devi-
da autorização do detentor dos seus direitos autorais;
III - fazer falsa prova dos documentos exigidos para o registro no respectivo conselho;
IV - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou con-
travenção;
22 LEGISLAÇÃO TÉCNICA
V - integrar empresa ou instituição sem nela atuar efetivamente, com objetivo de viabilizar o
registro da empresa no respectivo conselho;
VI - locupletar-se ilicitamente, por qualquer meio, à custa de cliente, diretamente ou por
intermédio de terceiros;
VII - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas a cliente a respeito de quantias que dele
houver recebido, diretamente ou por intermédio de terceiros;
VIII - deixar de informar os dados exigidos nos termos desta Lei em documento ou em peça
de comunicação dirigida a cliente, ao público ou ao respectivo conselho;
IX - deixar de observar as normas legais e técnicas pertinentes à execução de trabalhos técnicos;
X - agir de maneira desidiosa na execução do trabalho contratado;
XI - deixar de pagar anuidades, taxas, tarifas de serviços ou multas devidos ao respectivo
conselho quando devidamente notificado;
XII - não efetuar o Termo de Responsabilidade Técnica quando for obrigatório;
XIII - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu
exercício às pessoas não inscritas ou impedidas;
XIV - abster-se de votar nas eleições do respectivo conselho federal.
Art. 22. Os processos disciplinares dos conselhos federais e dos conselhos regionais ob-
servarão as regras constantes da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, desta Lei e, de forma
complementar, das resoluções do respectivo conselho federal.
Art. 23. O processo disciplinar poderá ser instaurado de ofício ou mediante representação
de qualquer autoridade ou pessoa interessada.
Art. 25. A pretensão de punição das sanções disciplinares prescreverá no prazo de 5 (cinco)
anos, contado da data do fato.
Parágrafo único. A prescrição será interrompida pela intimação do acusado para apresentar defesa.
LEI Nº 13.639, DE 26 DE MARÇO DE 2018 23
Art. 26. Cabe a cada conselho regional a emissão do registro da carteira de identificação
para o exercício das atividades de Técnico Industrial ou de Técnico Agrícola, conforme o caso,
que estabelecerem domicílio profissional no respectivo território, prevalecendo o domicílio da
pessoa física.
Parágrafo único. O registro de que trata o caput deste artigo habilita o profissional a atuar
em todo o território nacional.
Art. 27. Os conselhos federais e os conselhos regionais serão auditados anualmente por audi-
toria independente, e os resultados serão divulgados para conhecimento público.
§ 1º Após a aprovação pelo Plenário de cada conselho regional, as contas serão submetidas
ao respectivo conselho federal para homologação.
§ 2º O disposto neste artigo não exclui a fiscalização pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Art. 28. O exercício de funções da Diretoria Executiva e de conselheiro dos conselhos fe-
derais e dos conselhos regionais será considerado prestação de serviço público relevante e não
será remunerada.
Art. 30. Aos empregados dos conselhos federais e dos conselhos regionais aplica-se o
regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943, e a legislação complementar.
Parágrafo único. Os empregados dos conselhos federais e dos conselhos regionais, ressal-
vados os ocupantes de cargo em comissão, serão admitidos mediante processo seletivo que
observe o princípio da impessoalidade.
Art. 31. O Conselho Federal dos Técnicos Industriais e o Conselho Federal dos Técnicos
Agrícolas detalharão, observados os limites legais e regulamentares, as áreas de atuação privati-
vas dos Técnicos Industriais ou dos Técnicos Agrícolas, conforme o caso, e as áreas de atuação
compartilhadas com outras profissões regulamentadas.
§ 1º Somente serão consideradas privativas de profissional especializado as áreas de atu-
ação nas quais a ausência de formação específica exponha a risco ou a dano material o meio
ambiente ou a segurança e a saúde do usuário do serviço.
§ 2º Na hipótese de as normas do Conselho Federal dos Técnicos Industriais ou do Conselho Fede-
ral dos Técnicos Agrícolas sobre área de atuação estarem em conflito com normas de outro conselho
profissional, a controvérsia será resolvida por meio de resolução conjunta de ambos os conselhos.
Art. 33. O Conselho Federal dos Técnicos Industriais e o Conselho Federal dos Técnicos
Agrícolas deverão escriturar separadamente os dados e os numerários referentes a cada ente
federativo e retê-los até que o respectivo conselho regional seja instituído.
Parágrafo único. Por ocasião da instituição dos Conselhos Regionais dos Técnicos In-
dustriais e dos Conselhos Regionais dos Técnicos Agrícolas, o respectivo conselho federal
deverá repassar as informações a que se refere o caput deste artigo e transferir os recursos
repassados pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia e pelos Conselhos Regionais
de Engenharia e Agronomia, na forma estabelecida no inciso II do caput do art. 32.
Art. 34. A Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL), em articulação com as fede-
rações, os sindicatos e as associações dos profissionais referidos nesta Lei, coordenará o primeiro
processo eleitoral para a criação dos conselhos federais, devendo a eleição e a posse ocorrer no
prazo máximo de 6 (seis) meses, contado da publicação desta Lei.
Parágrafo único. Realizada a eleição e instalado o Conselho Federal dos Técnicos Industriais
e o Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, caberá ao respectivo conselho decidir em quais
Estados serão instalados conselhos regionais e em quais Estados serão compartilhados conse-
lho regional por insuficiência de inscritos.
Art. 35. A eleição dos primeiros conselheiros regionais será organizada pela Diretoria Execu-
tiva de cada conselho regional, observadas as disposições desta Lei.
Parágrafo único. A eleição de que trata o caput será realizada no prazo de 90 (noventa) dias,
contado da data de posse dos membros da Diretoria Executiva e de instalação de cada conselho
regional.
Art. 36. Os regimentos internos dos conselhos federais e dos conselhos regionais, constitu-
ídos na forma desta Lei, deverão ser elaborados no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado
da data de posse de seus conselheiros.
Art. 37. O Conselho Federal dos Técnicos Industriais e o Conselho Federal dos Técnicos
Agrícolas terão prazo de 1 (um) ano, após a entrada em vigor desta Lei, para elaborar o código de
ética.
Parágrafo único. Aplicam-se as normas do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia
aos Técnicos Industriais e aos Técnicos Agrícolas enquanto os novos conselhos federais não
dispuserem diversamente.
MICHEL TEMER
Torquato Jardim
(Publicado no Diário Oficial da União de 27/03/2018)
RESOLUÇÃO CFT Nº 058, DE 22 DE MARÇO DE 2019
Ver também Resolução CFT nº 067/2019
O Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), no uso das competências que lhe confere
a Lei nº 13.639, de 26 de março de 2018, bem como o Regimento Interno e dando cumprimento à
deliberação do Plenário em sua 6º Reunião Plenária Ordinária, realizada de 20 a 22 de março de 2019
na cidade de São Paulo SP.
Considerando que o artigo 12 do Decreto 4.560 de 30 de dezembro de 2002, que modifica o artigo
92 do Decreto 90.922 de 6 de fevereiro de 1985;
Considerando que o artigo 2º da Lei 5.524 de 05 e novembro de 1968, outorga ao Técnico Indus-
trial o exercício profissional no campo das realizações através da elaboração e execução de projetos,
assistência técnica, pesquisa tecnológica, manutenção e instalação de equipamentos;
RESOLVE:
Art. 1º. Os Técnicos Industriais com habilitação em Edificações, têm prerrogativa para:
I - Conduzir, dirigir e executar os trabalhos de sua especialidade no âmbito da construção civil;
II - Prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas
voltadas para a construção civil;
III - Orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações
utilizadas na construção de edificações;
26 LEGISLAÇÃO TÉCNICA
Art. 2º. As atribuições profissionais dos Técnicos Industriais com habilitação em Edificações,
para efeito do exercício profissional, consistem em:
I - Dirigir e ou conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e
coordenar equipes, na execução de instalações, montagens, operação, reparos ou manutenção de
edificações e demais obras da construção civil;
II - Prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos
e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria para
edificações e no âmbito da construção civil, bem como exercer, dentre outras, as seguintes atividades:
1. Coletar dados de natureza técnica, assim como analisar e tratar resultados para elaboração
de laudos ou relatórios técnicos, de sua autoria ou de outro profissional;
2. Desenhar com detalhes, e representação gráfica de cálculos, seus próprios trabalhos ou
de outros profissionais;
3. Elaborar o orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra, de seus
próprios trabalhos ou de outros profissionais;
4. Detalhar os programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança;
5. Aplicar as normas técnicas relativas aos respectivos processos de trabalho;
6. Executar os ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade
dos materiais, peças e conjuntos;
7. Regular máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos.
III - Executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipa-
mentos, instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes;
IV - Dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e materiais espe-
cializados, assessorando, padronizando, mensurando e orçando;
V - Responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos;
VI - Ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade.
Art. 3º. Os Técnicos Industriais com habilitação em Edificações têm as seguintes atribuições
técnicas:
I - Projetar, executar, dirigir, fiscalizar e ampliar as construções até dois pavimentos, bem como
atuar na regularização de obra ou construção junto aos Órgãos Municipais, Estaduais e Federais,
inclusive Corpo de Bombeiros Militar ou Civil;
II - Realizar desdobro de lotes, para fins de regularização fiscal e construção civil;
III - Elaborar cálculos e executar quaisquer tipos de fundação e estrutura para construções até o
limite de 80m2 de área construída com até dois pavimentos;
IV - Executar ou projetar reformas em qualquer dimensão de construção ou edificação, indepen-
dentemente de área e do número de pavimentos, desde que não haja alteração ou modificação em
estrutura de concreto armado ou metálica;
V - Projetar, executar ou dirigir acréscimo ou ampliação de qualquer edificação até 80m2 de área a
ser construída, desde que não utilize a estrutura da edificação existente;
VI - Executar levantamento de edificações para regularização cadastral e/ou conservação sem
limite de área, bem como os laudos e pareceres necessários junto aos Órgãos da Administração
Pública Municipal, Estadual ou Federal;
VII - Prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de
projetos e pesquisas tecnológicas ou ambientais;
VIII - Exercer a função de perito junto aos Órgãos Públicos e setor privado, elaborando laudo técni-
cos de vistoria, avaliação, arbitramento ou consultoria, em atendimento ao estabelecido no art. 4º do
Decreto nº 90.922 de 6 de fevereiro de 1985 e do § 1º do art. 156 do Código de Processo Civil;
RESOLUÇÃO CFT Nº 067, DE 24 DE MAIO DE 2019 27
Art. 4º. O Técnico Industrial com habilitação em Edificações tem a prerrogativa de responsabi-
lizar-se tecnicamente por empresas cujos objetivos sociais sejam condizentes com as atribuições
descritas nesta Resolução.
Art. 5º. Para os efeitos e entendimento do disposto no art. 4º, § 12, do Decreto 90.922/1985, de
6 de fevereiro de 1985 no limite das prerrogativas e atribuições dos Técnicos em Edificações para
projetar e executar obras, observar-se-á a área de 80m2, com a estrutura necessária.
Art. 6º. Para os efeitos e entendimentos do disposto no art. 4º, § 1º do Decreto 90.922/1985, de
6 de fevereiro de 1985 no limite das prerrogativas e atribuições dos Técnicos em Edificações para
ampliar edificações de até 80m2 desde que não utilize a estrutura existente.
O Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), no uso das atribuições que lhe confere a Lei nº
13.639 de 26 de março de 2018, e o Regimento Interno do CFT, e de acordo com a deliberação adota-
da na Sessão Plenária Ordinária nº 007, realizada em Brasília, nos dias 22 a 24 de maio de 2019;
RESOLVE:
Art. 1º. Aplicar a Resolução nº 058 de 22 de março de 2018 aos Técnicos Industriais com
habilitação em Construção Civil.
O Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), no uso das atribuições que lhe confere a Lei
n° 13.639 de 26 de março de 2018, e o Regimento Interno do CFT, e de acordo com a deliberação
adotada na Sessão Plenária Ordinária n° 6, realizada nos dias 20, 21 e 22 de março de 2019;
Considerando o disposto no artigo 11, parágrafo único do decreto 90.922 de 6 de fevereiro de 1985;
RESOLVE:
CAPÍTULO I
Art. 1°. As placas de edificação dos profissionais Técnicos Industriais terão como padrão confor-
me definido pela ISO 216, o tamanho mínimo equivalente a A1 com 594mm por 841mm podendo ser
impressas em qualquer material.
Art. 2°. A responsabilidade técnica por projetos, obras e serviços do Técnico Industrial deverá ser
indicada mediante a informação dos seguintes dados:
I - Nome(s) do(s) responsável(is) técnico(s);
II - Título profissional e número(s) de registro no conselho;
III - Atividade(s) técnica(s) desenvolvida(s).
Parágrafo único. As informações a que se referem os incisos deste artigo deverão ser expostas
em caracteres claramente legíveis ao público destinatário da comunicação.
Art. 3°. A indicação de responsabilidade técnica a que se refere esta Resolução deverá ser feita,
conforme o caso, em documentos, placas, peças publicitárias e outros elementos de comunicação,
dirigidos aos clientes, ao público em geral e ao Conselho Regional dos Técnicos Industriais da região.
Art. 4°. Para os fins desta Resolução, a indicação de responsabilidade técnica é entendida como:
I - Um direito da sociedade à informação, de modo que esta possa se certificar de que os serviços
técnicos são prestados por profissionais habilitados, providos de adequada formação e qualificação,
capazes de prevenir qualquer tipo de risco à segurança, à saúde e ao bem-estar dos usuários e da
vizinhança ou de dano ao meio ambiente;
RESOLUÇÃO CFT Nº 061, DE 22 DE MARÇO DE 2019 29
CAPÍTULO II
Art. 5°. Em documentos oficiais que se vinculem a projetos, obras ou serviços dos Técnicos In-
dustriais deverá(ão) ser indicado(s) o(s) responsável(is) técnico(s) correspondente(s), informando-se,
além dos dados referidos nos incisos do art. 1° desta Resolução:
I - Número(s) do(s) CPF do(s) Técnico(s) Industrial(is);
II - Número(s) do(s) CNPJ da(s) pessoa(s) jurídica(s) registradas no Conselho Regional dos Téc-
nicos Industriais;
Art. 6°. É da pessoa física ou jurídica que detiver o controle sobre a emissão do documento
a obrigação de indicar o(s) responsável(is) técnico(s) por projetos, obras ou serviços de técnicos
industriais.
CAPÍTULO III
Art. 7°. No local de execução de obras, de montagens ou de serviços dos Técnicos Industriais
deverão ser afixadas placas de identificação do exercício profissional, indicando os responsáveis
técnicos pelas atividades desenvolvidas.
§ 1° As placas a que se refere o caput deverão ser mantidas no local, desde o início até o término
da obra, montagem ou serviço considerado.
§ 2° Para os fins do que dispõe o parágrafo anterior, será considerado término da obra, montagem
ou serviço o ato de baixa do Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) referente à atividade corres-
pondente.
Art. 8°. Nas placas de que trata o artigo anterior, deverão ser informados:
I - Nome(s) do(s) Técnico(s) Industrial(is) responsável(is) e, se houver, da(s) pessoa(s) jurídica(s)
com identificação da(s) atividade(s) técnica(s) sob sua(s) respectiva(s) responsabilidade(s) e
número(s) de TRT correspondente(s);
II - Título profissional e número(s) de registro no conselho;
III - Endereço, e-mail ou telefone do(s) técnico(s) industrial(is) ou da(s) pessoa(s) jurídica(s);
§ 1° Para os fins do que dispõe o inciso I deste artigo, na indicação de responsabilidade técnica
poderá ser utilizado o nome civil ou razão social, completo ou abreviado, ou pseudônimo ou nome
fantasia, a critério do profissional ou da pessoa jurídica.
§ 2° Uma mesma placa poderá conter a indicação de um ou mais técnicos industriais ou de pes-
soas jurídicas, definindo a(s) responsabilidade(s) técnica(s) que Ihe(s) corresponde(m).
§ 3° Uma mesma placa poderá conter a indicação de Técnico(s) Industrial(is), de pessoa(s)
jurídica(s), de profissional(is) e de pessoa(s) jurídica(s) de outra(s) profissão(ões) técnica(s)
regulamentada(s) que realize(m) atividade(s) no mesmo endereço, definindo a(s) responsabilidade(s)
técnica(s) que Ihe(s) corresponde(m).
§ 4° Poderá ser afixado na placa um selo adesivo específico, cujo arquivo eletrônico será
disponibilizado no ambiente do Técnico Industrial no Sistema de Informação dos Conselhos
30 LEGISLAÇÃO TÉCNICA
dos Técnicos Industriais (SINCETI), que conterá um código de barras bidimensional (QR Code),
através do qual poderão ser acessados os dados do(s) TRT correspondente(s) à(s) atividade(s)
realizada(s), dispensando que se mantenha no local via impressa do referido registro.
Art. 9°. A placa de identificação deverá ser afixada no local de execução da obra, montagem ou
serviço e ser visível e legível ao público.
Art. 11. Caso o Técnico Industrial ou a pessoa jurídica seja, responsável por mais de uma ativida-
de técnica no mesmo endereço, seus dados poderão ser inscritos uma única vez na placa, precedidos
de indicação da relação dessas atividades.
CAPÍTULO IV
Art. 12. Na divulgação de projeto, obra ou serviço técnico em jornais, revistas, televisão ou qual-
quer outro elemento de comunicação dirigida ao público em geral deverá conter:
I - Indicação do(s) responsável (is) técnico(s);
II - Título profissional e número(s) de registro no conselho;
III - Atividade(s) técnica(s) desenvolvida(s).
Art. 13. As informações concernentes à responsabilidade técnica de que trata o artigo anterior
deverão ser expostas:
I - Utilizando-se caracteres de tamanho, no mínimo, igual ao da indicação das demais pessoas
físicas – outros profissionais que integrem profissões regulamentadas – ou pessoas jurídicas
– construtoras, incorporadoras, imobiliárias e agentes financeiros – constantes da veiculação;
II - Utilizando-se logomarcas ou símbolos, se for o caso, de tamanho, no mínimo, igual ao dos
referentes às demais pessoas físicas – outros profissionais que integrem profissões regulamentadas
– ou pessoas jurídicas – construtoras, incorporadoras, imobiliárias e agentes financeiros – constantes
da veiculação.
Art. 14. É da pessoa física ou jurídica que detiver o controle sobre a veiculação da peça publicitá-
ria ou qualquer outro elemento de comunicação a obrigação de indicar o(s) responsável(is) técnico(s)
por projeto, obra ou serviço.
CAPÍTULO V
Art. 15. Constitui infração a esta Resolução, além do descumprimento de qualquer dos dispositi-
vos contidos nos capítulos I a IV:
RESOLUÇÃO CFT Nº 070, DE 24 DE MAIO DE 2019 31
Art. 16. Em caso de desobediência a esta Resolução caberá ao CRT da região de execução da obra
ou serviço notificar o infrator, que ficará sujeito à multa prevista no art. 35 da Resolução CFT n° 45;
Art. 17. Esta Resolução entrará em vigor em 120 dias contados de sua publicação.
O Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), no uso das atribuições que lhe confere
a Lei n° 13.639 de 26 de março de 2018, e o Regimento Interno do CFT, e de acordo com a
deliberação adotada na Sessão Plenária Ordinária n° 007, realizada em Brasília, nos dias 22 a
24 de maio de 2019.
RESOLVE:
Art. 1°. O art. 5º da Resolução CFT nº 061 de 22 de março de 2019, passa a vigorar com
a seguinte redação:
Art. 5°. Em documentos oficiais que se vinculem a projetos, obras ou serviços dos Técni-
cos Industriais deverá(ão) ser indicado(s) o(s) responsável(is) técnico(s) correspondente(s),
informando-se, além dos dados referidos nos incisos do art. 2° desta Resolução” (NR).
Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor no prazo previsto no art. 17 da Resolução CFT
nº 061 de 22 de março de 2019.
O Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), no uso das suas atribuições que lhe
confere a Lei N° 13.639 de 26 de março de 2018, bem como o Regimento Interno;
RESOLVE:
Art. 1°. O profissional Técnico Industrial habilitado para planejar, elaborar, executar, coor-
denar, controlar, inspecionar e avaliar a execução de manutenção de sistema de refrigeração
RESOLUÇÃO CFT Nº 068, DE 24 DE MAIO DE 2019 33
Art. 2°. O Plano de Manutenção Operação e Controle (PMOC) será registrado pelo
profissional por meio do Termo de Responsabilidade Técnica (TRT).
O Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), no uso das competências que lhe confere a Lei
nº 13.639, de 26 de março de 2018, dando cumprimento à deliberação do Plenário em sua 8º Reunião
Plenária Ordinária, realizada de 3 a 5 de julho de 2019 na sede do CFT em Brasília - DF,
Considerando que o artigo 2º da Lei nº 5.524 de 05 de novembro de 1968 outorga ao Técnico In-
dustrial o exercício profissional no campo das realizações através da elaboração e execução de projetos,
assistência técnica, pesquisa tecnológica, manutenção e instalação de equipamentos;
RESOLVE:
Art. 1°. Os Técnicos Industriais com habilitação em Eletrotécnica, têm prerrogativas para:
I - Conduzir, dirigir e executar os trabalhos de sua especialidade;
RESOLUÇÃO CFT Nº 074, DE 5 DE JULHO DE 2019 35
Art. 2°. As atribuições profissionais dos Técnicos Industriais com habilitação em Eletrotécnica, para
efeito do exercício profissional, consistem em:
I - Dirigir e ou conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e coorde-
nar equipes, na execução de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção de eletrotécnica
e demais obras e serviços da área elétrica;
II - Prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de
projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento
e consultoria em Eletrotécnica, observado os limites desta Resolução, bem como exercer, dentre
outras, as seguintes atividades:
1. Coletar dados de natureza técnica, assim como analisar e tratar resultados para elaboração
de laudos ou relatórios técnicos, de sua autoria ou de outro profissional;
2. Desenhar com detalhes, e representação gráfica de cálculos, seus próprios trabalhos ou de
outros profissionais;
3. Elaborar o orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra, de seus
próprios trabalhos ou de outros profissionais;
4. Detalhar os programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança;
5. Aplicar as normas técnicas relativas aos respectivos processos de trabalho;
6. Executar os ensaios de tipo e de rotina, registrando observações relativas ao controle de
qualidade dos materiais, peças e conjuntos;
7. Regular máquinas, aparelhos e instrumentos de precisão.
III - Executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de
equipamentos, instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respec-
tivas equipes;
IV - Dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e materiais especializa-
dos, assessorando, padronizando, mensurando e orçando;
V - Responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos;
VI - Ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino fun-
damental II e médio, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do
magistério, nesses dois níveis de ensino.
VII - Emitir laudos técnicos referentes a rede de distribuição e transmissão de energia elétrica inter-
na ou externa, ou de equipamentos de manobra ou proteção.
Art. 3º. Os Técnicos Industriais com habilitação em Eletrotécnica têm, ainda, as seguintes atribuições
técnicas:
1 - Projetar, executar, dirigir, fiscalizar e ampliar instalações elétricas, de baixa, média e alta
tensão, bem como atuar na aprovação de obra ou serviço junto aos órgãos municipais, estaduais e
36 LEGISLAÇÃO TÉCNICA
federais, inclusive Corpo de Bombeiros Militar ou bombeiro civil, assim como instituições bancárias
para projetos de habitação;
II - Elaborar e executar projetos de instalações elétricas, manutenção oriundas de rede de distribui-
ção e transmissão de concessionárias de energia elétrica ou de subestações particulares;
III - Elaborar projetos e executar as instalações elétricas e manutenção de redes oriundas de outras
fontes de energia não renováveis, tais como grupos geradores alimentados por combustíveis fósseis;
IV - Elaborar projetos e executar as instalações elétricas, e manutenção de redes oriundas de diver-
sas fontes geradoras, como por exemplo:
a) Biogás - decomposição de material orgânico;
b) Hidrelétrica - utiliza a força da água de rios e represas;
c) Solar - fotovoltaica, obtida pela luz do sol;
d) Eólica - derivada da força dos ventos;
e) Geotérmica - provém do calor do interior da terra;
f) Biomassa - procedente de matérias orgânicas;
g) Maré Motriz - natural da força das ondas;
h) Hidrogênio - provém da reação entre hidrogênio e oxigênio que libera energia;
i) Térmica - advém do calor do sol, queima de carvão ou combustíveis fósseis;
j) Bem como outras fontes de energia ainda não catalogadas.
V - Projetar, instalar, operar e manutenir elementos do sistema elétrico de potência;
VI - Elaborar e desenvolver projetos de instalações elétricas prediais, industriais, residenciais e
comerciais e de infraestrutura para sistemas de telecomunicações em edificações;
VII - Planejar e executar instalação e manutenção de equipamentos e de instalações elétricas;
VIII - Aplicar medidas para o uso eficiente da energia elétrica de fontes energéticas alternativas
renováveis e não renováveis;
IX - Projetar e instalar sistemas de acionamentos elétricos e sistemas de automação industrial;
X - Participar de elaboração de normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e
outras entidades;
XI - Aferir, manutenir, ensaiar e calibrar relês primários e secundários de subestações de entradas
de energia elétrica;
XII - Aferir, manutenir, ensaiar, calibrar máquinas e equipamentos eletroeletrônicos, instrumentos de
medição e precisão. radiocomunicação, antenas, estações rádios bases, instrumentos de precisão, rede
lógica, torres de transmissão de radiodifusão e radiocomunicação;
XIII - Projetar, manutenir e instalar equipamentos hospitalares, equipamentos médicos, odontológi-
cos, biomédicos, sistemas de sonorização, iluminação cênica, geradores de energia, Pequena Central
Hidrelétrica (PCH), usinas hidroelétricas, Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA),
telecomunicações, fibras óticas, sistemas de monitora mento viário;
XIV - Emissão de laudos técnicos inclusive em perícias judiciais.
Parágrafo único. Os Técnicos em Eletrotécnica, dentro da sua especialidade e formação, têm atribui-
ções para outras atividades não listadas acima, relacionadas a projeto e execução de redes de distribui-
ção, geração e transmissão de energia elétrica, desde que não contrariem o Artigo 5º desta Resolução.
Art. 4º. Os Técnicos Industriais com habilitação em Eletrotécnica têm a prerrogativa de respon-
sabilizar-se tecnicamente por empresas cujos objetivos sociais sejam condizentes com as atribuições
descritas nesta Resolução.
RESOLUÇÃO CFT Nº 074, DE 5 DE JULHO DE 2019 37
Art. 6°. Revoga-se a Resolução nº 39, de 26 de outubro de 2018, assim como as disposições
em contrário.
MODALIDADE 1: CIVIL
MODALIDADE 2: ELETRICISTA
MODALIDADE 4: QUÍMICA
MODALIDADE 6: AGRIMENSURA