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FACULDADE DE MATEMÁTICA.
BELÉM - PA
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ.
FACULDADE DE MATEMÁTICA.
BELÉM-PA
2014
CERTIFICADO DE AVALIAÇÃO.
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CONCEITO: ______________________________
Dedicatória
À Deus, pelo dom da vida e por estar ao meu lado em todos os momentos,
me dando força para superar as dificuldades, me concedendo sabedoria e
iluminando sempre meus caminhos.
Ao professor João Cláudio Brandemberg Quaresma, pela amizade, seriedade,
paciência e ao conhecimento que adquiri mediante a orientação deste trabalho.
Aos professores Amanda Suellen Sena Corrêa Leão e José Augusto Nunes
Fernandes, por aceitarem avaliar este trabalho e contribuir para a melhoria do
mesmo.
À minha família, principalmente a minha mãe Denize, minha avó Lourdes e
minha irmã Aline, que sempre me apoiaram e acreditaram em meu potencial, assim
como respeitaram minha vontade de vencer todos os obstáculos para chegar neste
instante tão especial que estou vivenciando.
Aos meus colegas de trabalho, Fábio, Gleisiane, Herculano e Eva que a todo
instante me transmitem uma força positiva, no exercício de nossa profissão nos
laboratórios de ensino do Curso de Enfermagem, na Universidade do Estado do
Pará (UEPA).
À Darciane, minha namorada, pelo o amor, carinho e atenção doada, além de
ser um modelo para mim de estudo e dedicação.
À Universidade Federal do Pará por ter aberto portas e por estar me dando
agora a oportunidade de uma profissão.
À Faculdade de Matemática por oferecer um curso de Licenciatura em
Matemática de grande renome em toda região amazônica, me capacitando ter uma
ótima qualificação.
A todos os colegas e amigos que caminharam comigo nesta importante etapa
de minha vida acadêmica.
A todos os professores da Faculdade de Matemática que contribuíram com a
minha formação ao longo destes cinco anos.
A todos que aqui não citados, mas que estiveram ao meu lado e torceram por
mim para a conclusão deste curso de graduação.
"Todas as coisas são números."
(Pitágoras)
Resumo
Neste trabalho, temos como objetivo descrever e apresentar propostas de atividades
em sala de aula, com foco na metodologia de investigação histórica no ensino de
Matemática. A preocupação central do trabalho está relacionada com a exploração
dos conceitos, propriedades e relações fundamentais dos números figurados planos,
de forma que leve a uma reflexão da História com a aprendizagem do conteúdo em
Matemática, e assim se torne uma importante ferramenta didática. Essas atividades
envolvem os alunos em um trabalho dinâmico em que os mesmos têm a
oportunidade de formular questões, fazer conjecturas e de compartilhar com os
colegas os resultados dos trabalhos. No desenvolvimento do trabalho, o papel do
professor é apenas o de mediador e assim, os alunos passam a ser responsáveis
pela construção do conhecimento.
INTRODUÇÃO......................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS........................................................................................................87
Introdução
O processo investigatório possui suas particularidades. Na investigação em
História da Matemática, essa particularidade reside na sua capacidade de
proporcionar a prática reflexiva em Matemática e em educação Matemática.
Em História da Matemática, percebemos que a prática investigatória se
desenvolve em diferentes frentes que apresentam como temas principais: o
desenvolvimento histórico de um conceito matemático, biografia de matemáticos, as
relações da Matemática com outras áreas do conhecimento e a aplicabilidade da
História dentro do contexto de sala de aula. Destacamos que o propósito da
investigação em História da Matemática é segundo Lima Filho (2011, p.5):
Obter o máximo de subsídios que contribuam com o processo ensino
aprendizagem. Naturalmente a pesquisa histórica resgatará a essência da
problemática vivida na antiguidade, como essa problemática mobilizou
aquela sociedade e como essa essência do passado pode ser conectada
com o pensamento e as necessidades na atualidade.
13
No segundo capítulo, faremos uma retrospectiva dentro da História da
Matemática, para situar o cenário do surgimento dos números figurados planos,
onde Pitágoras, juntamente com outros matemáticos de sua época, contribuíram
para essa descoberta. Não deixando de destacar os matemáticos neoplatônicos e
neopitagóricos, que tiveram suma importância no desenvolvimento de propriedades
e relações fundamentais que os regem, e que nos dias atuais são primordiais para a
compreensão de muitos conteúdos vistos em sala de aula de Matemática, que
muitas vezes, causam curiosidade e levam à busca de certos porquês, que
dificultam o processo de aprendizagem.
No terceiro e último capítulo, o foco é mostrar a importância e o uso de
atividades históricas e investigatórias no ensino de Matemática, explorando o ensino
dos números figurados planos, de modo a responder à seguinte questão: é possível
utilizar recursos pedagógicos e a História da Matemática como meio de construção
do conhecimento matemático escolar?
A História da Matemática pode estar presente na sala de aula em vários
contextos diferentes, e pode ser apresentada de forma contextualizada e integrada
com aos conteúdos de Matemática, visando quebrar os esquemas tradicionais, com
uma “nova” forma de ensinar, e assim oferecer informações que possam solucionar
dúvidas e que estimulem à investigação, a partir de situações problemas, sejam elas
materiais ou não, mas que ampliem o seu domínio cognitivo.
14
CAPÍTULO 1
15
Matemática buscam fazer com que os alunos construam um novo olhar para a
linguagem Matemática. Um olhar que não seja preso a metodologias que estejam
presas a álgebra pura ou a cálculos que muitas vezes apenas professores e poucos
“bons alunos” conseguem resolver.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática de 5ª a 8ª séries
(1998), indicam o uso da História no ensino da Matemática sendo uma forma dos
alunos aprenderem os conceitos matemáticos por meio do passado e do presente,
compreendendo assim a construção de diversas fórmulas na Matemática.
Verificamos a importância do uso da História no ensino da Matemática, pois
segundo Freire (1996), educar é muito mais que realizar a prática da educação
bancária que apenas treina o educando, mas é acima de tudo buscar novas
metodologias de ensino para que a sala de aula de Matemática torne-se um local de
investigação, produção de conhecimentos e de experiências.
Sendo assim, o uso da História da Matemática é fundamental para as práticas
pedagógicas na sala de aula de Matemática, pelo fato do sentido dos fatos
matemáticos estarem presentes na realidade dos alunos.
16
para a aprendizagem dessa disciplina. A Matemática é um assunto técnico, parece
ser o argumento, e, portanto, basta entender os algoritmos para usá-la
corretamente.
Em contrapartida, os apologistas da História e muitos matemáticos afirmam
que o conhecimento histórico desperta o interesse do aluno e tem o poder de
modificar a sua atitude em relação à disciplina, pois a apresenta sob um ângulo de
visão que tem importância para a sua vida.
Nesse contexto, podemos analisar que as construções dos conceitos
matemáticos prontos e acabados surgiram de um longo processo histórico, e que
como cita Kremer (2011, p.3):
Conhecendo a História da Matemática percebemos que as teorias que hoje
aparecem acabadas e elegantes resultaram sempre de desafios que os
matemáticos enfrentaram, que foram desenvolvidas com grande esforço e,
quase sempre, numa ordem bem diferente.
17
aluno dar conta de gerir sua vida pessoal e profissional, tomar decisões, ter
condições de enfrentar múltiplos e complexos desafios da vida contemporânea, e
assim, conduzir o aluno de forma a torná-lo apto a enfrentar as novas
transformações da sociedade, contribuindo para deixá-la mais justa, igualitária e
solidária.
18
O enfoque histórico é uma proposta metodológica que permite ao aluno
descobrir a gênese dos conceitos e métodos que aprenderá em aula. Em
outras palavras este enfoque permitirá ao aluno fazer relação das idéias
Matemáticas desenvolvidas em sala de aula com suas origens. O
conhecimento da História da Matemática proporciona uma visão dinâmica
da evolução dessa disciplina, buscando as idéias originais em toda a sua
essência.
19
outros aspectos da cultura humana, como já havíamos mencionado anteriormente, e
segundo, onde se lembra que matemáticos anteriores se interessaram por certos
conceitos e problemas. Assim, vários alunos também acharão os mesmos
problemas empolgantes e desafiantes quando se depararem com os mesmos nos
seus estudos. Infelizmente, muitas das tarefas que nós, professores de Matemática,
lecionamos aos nossos alunos são repetitivas, enfadonhas e sem inspiração. A
História da Matemática é uma fonte rica de problemas interessantes e desafiantes
que podem ser incorporados ao ensino da Matemática, especialmente na forma de
atividades de redescoberta ou de resolução de problemas.
Infelizmente, a História da Matemática é frequentemente usada na sala de
aula como uma mera curiosidade ou, ainda pior, como uma maneira de fugir
temporariamente da Matemática. Seu verdadeiro uso como um instrumento
metodológico, porém, somente ocorre quando conceitos e problemas históricos são
integrados na rotina diária da sala de aula e se tornam parte da experiência
Matemática do aluno. As façanhas do passado, pelo menos na Matemática, não são
monumentos a serem admirados pasmadamente; são possibilidades excitantes a
serem vividas e o aluno precisa lidar com elas, analisando-as, avaliando-as e até
tentando melhorá-las.
20
CAPÍTULO 2
21
uma linha de continuidade entre os pitagóricos e platônicos. De fato, ele usava essa
dualidade de opostos para criticar a separação binária platônica segundo a qual, de
um lado, temos o igual, imóvel e harmônico e, de outro, o desigual, movente e
desarmônico. Enquanto o ilimitado produziaa progressão ao infinito, o crescimento e
a diminuição, a desigualdade e toda a sorte de diferenças entre as coisas que gera.
Segundo os ensinamentos de Aristóteles, podemos conjecturar que os
triângulos retângulos mereciam destaque na doutrina pitagórica, já que são os
únicos a conter um ângulo reto. Mas existiam práticas Matemáticas independentes
da filosofia que usavam triângulos retângulos na soma das áreas, o que forneceria
uma explicação mais empírica para o estudo dessas formas geométricas. Com o fim
de aproximá-los da filosofia platônica, Aristóteles cita os pitagóricos como os
primeiros a considerar a Matemática a partir de princípios, ou seja, os primeiros a
relacionar Matemática e filosofia. A teoria dos números dessa escola seria produto
de seus estudos matemáticos. No entanto, admite-se atualmente que essa teoria
dos números tinha um grande componente não matemático e não seguia uma
estrutura dedutiva.
SegundoRoque (2012) apud. Burket, essa aproximação entre os pitagóricos e
platônicos foi uma construção de Aristóteles. A fim de contestar essa tese, explica-
se que o núcleo da sabedoria para os pitagóricos derivava do tetractys, constituído
pelos números figurados que podem se associar aos nossos 1, 2, 3 e 4, que somam
10, número representado pelo triângulo perfeito, ou também o número do universo,
por representar a soma de todas as possíveis dimensões geométricas.
22
é o primeiro número par,ou feminino, o número da opinião; 3é o primeiro número
masculino verdadeiro, o da harmonia, sendo composto de unidade e diversidade,
enquanto o número 4 é o número da justiça ou retribuição indicando o ajuste de
contas; já o número 5 é o número do casamento, união dos primeiros números
verdadeiros feminino e masculino; e o número 6 é o número da criação.
Para Aristóteles, isso indicaria a presença de seres abstratos. Pois a partir do
tetractys, os pitagóricos teriam obtido as entidades abstratas: ponto, reta, plano e
sólido. No entanto, essa tese estava em franca contradição com outra afirmação do
próprio Aristóteles, a saber, que não havia entre os pitagóricos a noção de ponto, no
sentido geométrico do termo. As unidades, desenhadas como pontos nos números
figurados, possuem espessura, na verdade pedrinhas.
Os pitagóricos não separavam os números do mundo físico, como fez Platão,
pois eles viam os números como a natureza profunda de tudo o que podia ser
percebido e mostrar o poder de tornar compreensível a ordem e a harmonia do
mundo empírico. Eles acreditavam que os números apareciam com maior ocorrência
no contexto dos jogos, acompanhados de interpretação e reverência, do que no de
uma pura teoria, de natureza abstrata, caracterizada por um tratamento dedutivo.
Apesar de ser inseparável do ideal filosófico de explicar o mundo por meio de
números, os números pitagóricos não eram entidades abstratas.
23
umas das outras, logo as coisas do mundo podem ser contadas. Se isso for viável,
ainda que seja muito difícil contá-las, as gotas de água do mar seriam passíveis de
serem contadas, pois para os pitagóricos todas as coisas que compõem o cosmos
gozavam dessa propriedade, o que os levou a considerar que as coisas consistem
de números. Como uma das características principais das coisas reside no fato de
poderem ser organizadas e distinguidas, as propriedades aritméticas das coisas,
para eles, constituem o seu ser propriamente dito, e o ser de todas as coisas é o
número.
Os pitagóricos, contudo, embora sejam vistos como os primeiros a considerar
o número do ponto de vista teórico, e não apenas prático, não possuíam, de fato,
uma noção de número puro. Diferentemente de Platão, os pitagóricos não admitiam
nenhuma separação entre número e corporeidade, entre seres corpóreos e
incorpóreos. Logo, não é lícito dizer que o conceito pitagórico de número fosse
abstrato. De certo ponto de vista, dado seu caráter espacial e concreto, poderíamos
afirmar que os números pitagóricos não eram os objetos matemáticos que
conhecemos hoje, isto é, entes abstratos. Os números figurados dos pitagóricos
eram constituídos de uma multiplicidade de pontos que não eram matemáticos que
remetiam a elementos discretos: pedrinhas organizadas segundo uma determinada
configuração.
Assim, todos os números, ou seres, teriam evoluído a partir do um, onde este
era ao mesmo tempo par e ímpar, ser bissexuado a partir do qual os outros números
se desenvolveram, visto que o par e o ímpar representavam o limitado e o ilimitado.
Par e Ímpar por serem elementos dos números, e já limitado e ilimitado devido a
oposição cósmica primordial por trás do mundo, expresso em números,e assim da
união do par e ímpar, análoga a um casamento, teria sido responsável pela a origem
do mundo. O limitado, princípio positivo, macho, e o ilimitado, fêmea, que existiam
antes de qualquer coisa, e desse casamento surgiu o um, que não consideravam
como um número.
Os números eram divididos em tipos associados aos diferentes tipos de
coisas. Para cada tipo, havia um primeiro, ou menor número, considerado sua “raiz”.
As relações entre os números não representavam, portanto uma cadeia linear na
qual todas as relações internas eram semelhantes. Cada arranjo designava uma
ordem distinta, com ligações próprias. Daí o papel dos números figurados na
24
Matemática pitagórica. Esses números eram, de fato, figuras formadas por pontos,
como as que encontramos em um dado. Não é uma cifra, como 3, que serve de
representação pictórica para um número, mas a delimitação de uma área constituída
de pontos, como uma constelação.
Os primeiros números figurados são dados pelos números triangulares, nos
quais os pontos formam figuras triangulares que são coleções de bolinhas indicando
pedrinhas:
25
Figura 4: O surgimento dos números pentagonais. Fonte: ROQUE, 2012, p.106
26
Figura 6: Formação do gnomon. Fonte: ROQUE, 2012, p.107
𝑛(𝑛+1) (𝑛−1)𝑛
a) 𝑛= +
2 2
b) 12 + 3 = 22
22 + 5 = 32
….
𝑛2 + (2𝑛 + 1) = (𝑛 + 1)2
28
Figura 7: Sucessão de gnomons. Fonte: ROQUE, 2012, p.113
29
lado, que forma o ângulo reto. Para obter o lado oposto, somamos a unidade
novamente ao resultado. Seja 3, por exemplo, o menor dos lados. Toma-se o seu
quadrado e subtrai-se a unidade, obtendo 8, e extrai-se a metade de 8, que é 4.
Adicionando a unidade novamente, obtemos 5, e o triângulo retângulo que
procuramos é o de lados 3, 4 e 5.
O método platônico começa por um número par, considerando um dos lados
que formam o ângulo reto. Primeiro dividimos esse número por 2 e fazemos o
quadrado da metade. Subtraindo 1 desse quadrado, obtemos o outro lado que forma
o ângulo reto e, adicionando 1, o lado restante. Por exemplo, seja 4 o lado.
Dividimos por 2 e tomamos o quadrado da metade, obtendo 4. Subtraímos 1 e
adicionamos 1, obtendo os lados restantes: 3 e 5.
Chegamos à estranha conclusão de que o famoso teorema “de Pitágoras”
era, para a escola pitagórica, um resultado aritmético e não geométrico, cujo
significado ia além do estritamente matemático. O método usado para encontrar
triplas pitagóricas não é suficiente para assegurar a validade geométrica do teorema
“de Pitágoras” em todos os casos. Tal método permite gerar algumas triplas, como
(3, 4, 5) mas não todas as triplas de números que podem medir os lados de um
triângulo retângulo, sobretudo porque essas medidas não são necessariamente
dadas por números naturais.
Ao que parece, os pitagóricos estavam interessados na relação “aritmética”
expressa pela triplas em um sentido particular. Logo, pelo contexto em que esse
resultado intervém, não é possível dizer que o conhecimento aritmético das triplas
pitagóricas seja o exato correlato do teorema geométrico atribuído a Pitágoras, daí
as aspas empregadas aqui ao falarmos do teorema “de Pitágoras”.
Não se sabe, contudo, se no meio grego da época de Pitágoras eram
conhecidas outras provas a partir de uma teoria das razões e proporções simples.
Os triângulos retângulos podiam ser usados para somar áreas e o resultado
expresso pelo teorema “de Pitágoras” podia ser útil por possibilitar encontrar um
quadrado cuja área fosse a soma das áreas de dois quadrados.
30
2.4 – Os números pares e os ímpares
O historiador e matemático Howard Eves (1969, p.53) explica que “os antigos
gregos faziam a distinção entre o estudo das relações conceituais entre os números
e a arte prática de contagem”. Ele recorda que os pitagóricos falavam de números
que pretensamente possuíam propriedades místicas.
Entretanto, nesta seção, nosso objetivo é o estudo dos números figurados
planos que, de acordo com Eves (1969, p. 54) se originaram com os primeiros
membros da sociedade pitagórica. Em essência, os números figurados
apresentavam as ligações entre a Aritmética e a Geometria.
Conforme os comentários de Alves (2012) apud Popper (1972), observamos
as propriedades que surgem a apartir das disposições geométricas, no qual há o
emprego do raciocínio indutivo em alguns argumentos, todavia, não se aplica o
princípio da Indução Matemática que constitui um dos axiomas de Peano (ALVES,
2012 apud. LIMA, 2010, p.34). Além disso, do ponto de vista histórico, os gregos
desconheciam o modelo de verificação e demonstração Matemática baseado na
Indução Matemática, sistematizado pelo matemático Giuseppe Peano (1858-1932).
31
Assim, podemos falar das várias relações notáveis entre os gnomons dos
números poligonais. Embora não sejam evidentes à primeira vista, são inerentes nas
fórmulas recursivas que veremos a seguir, e mais importante para o aluno, nos
registros escritos que deve elaborar, para que possam compreender as
propriedades e relações entre os números figurados planos.
32
com os outros. Caso se fizer, este deverá fazer uma listagem das vantagens e
desvantagens de cada tipo.
Conforme mostrou a figura 8, os primeiros cinco números triangulares.
O número 1 é um caso degenerado e, portanto, talvez seja mais eficaz
apresentá-lo inscrito em um triângulo como na figura 10.
𝑇𝑛+1 = 𝑇𝑛 + (𝑛 + 1)
𝑇𝑛 = 𝑇𝑛−1 + 𝑛
𝑇3 = 𝑇3−1 + 3
Assim,
𝑇3 = 𝑇2 + 3 = 3 + 3 = 6.
34
Logo, T3 é o número triangular construído com 6 pontos, e estes
podem ser encontrados na terceira diagonal do triângulo de Pascal.
𝑇𝑛 = ∑ 𝑖
𝑖=1
Porém, não é necessário que o aluno, use esse formalismo. Basta usar
a expressão clara e inteligível aos seus pares, e de fácil entendimento para a
sua compreensão.
Seria ótimo, que muitos alunos investigassem os padrões que se
evidenciam nos números triangulares. Mencionaremos aqui, alguns exemplos,
começando com 𝑇4 , a seqüência de números triangulares que parece se
repetir no interior dos próprios números triangulares, isto é, o interior de 𝑇4 é
𝑇1 e o interior de 𝑇5 é 𝑇2 .
35
A figura 14, mostra que alguns números triangulares têm uma pedra
central, enquanto outros não a têm. É possível determinar quais têm e quais
não têm pedra central?
Figura 15: Triângulos nos números triangulares. Fonte: MENDES, 2006, p.158
36
2.5.2 - Números Figurados Quadrados
37
Dado um número quadrado, pergunta-se qual o gnomon que produzirá
o próximo número quadrado. Inicialmente, precisamos de um quadrado com
uma linha e uma coluna a mais, que conforme a figura 19, nos mostra
novamente um gnomon em forma de L. Contudo, podemos ainda quebrar o
gnomon em 3 partes, como na figura 19, que nos mostra a fórmula recursiva.
𝑄𝑛+1 = 𝑄𝑛 + 2𝑛 + 1
(𝑛 + 1)2 = 𝑛2 + 2𝑛 + 1
𝑄𝑛+1 = 𝑇𝑛+1 + 𝑇𝑛
38
Se retirarmos uma unidade do sub-índice de 𝑄𝑛+1, podemos
generalizar por:
𝑄𝑛 = 𝑇𝑛 + 𝑇𝑛−1
𝑄𝑛+1 = 2 ∙ 𝑇𝑛 + (𝑛 + 1)
39
Figura 22: Uma decomposição do quadrado. Fonte: MENDES, 2006, p.161
.
Figura 23: Números retangulares do primeiro tipo.
Fonte: MENDES, 2006, p.166
(𝑂𝑏)𝑛+1 = 𝑛 ∙ (𝑛 + 1)
40
.A decomposição desse gnomon sugere a relação recursiva, conforme
a figura 24:
(𝑂𝑏)𝑛+1 = (𝑂𝑏)𝑛 + 𝑛 + (𝑛 + 1) + 1
= (𝑂𝑏)𝑛 + 2(𝑛 + 1) 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 ∈ ℕ 𝑒 𝑛 ≥ 1
(𝑂𝑏)𝑛 = 2 ∙ 𝑇𝑛
41
então(𝑂𝑏)2 = 2 ∙ 3 = 6. Assim também ocorre, para (𝑂𝑏)3 = 2 ∙ 𝑇3 , onde
𝑇3 = 6 , levando a (𝑂𝑏)3 = 2.
A outra sequência de números retangulares que podemos investigar é
a que começa com um segmento de três pedras, em vez de duas. Os
primeiros elementos dessa sequência, que denotaremos por 𝑅𝑛 , são
mostradas a seguir na figura 26.
𝑅𝑛+1 = 𝑅𝑛 + 2𝑛 + 3
onde 𝑛 é o lado menor de 𝑅𝑛
42
O que nos leva a refletir novamente sobre as diferenças entre números
figurados e figuras geométricas. Do ponto de vista educacional, no entanto, o fato de
que as analogias entre a aritmética e a geometria nem sempre nos levam a
resultados corretos, pois as analogias não proporcionam ao aluno, simples exemplos
rotineiros, mas problemas em abertos, que requerem investigação crítica. Assim,
mais uma vez, vemos que a Históriada Matemática nos conduz a atividades
substanciais, que podem aguçar o interesse do aluno.
Observemos, que apartir da figura 27, isso nos leva a uma relação
interessante:
𝑅𝑛 = 2 ∙ 𝑇𝑛 + 𝑛
𝑅𝑛 = (𝑂𝑏)𝑛 + 𝑛
43
Segundo as noções de Geometria Plana, os polígonos regulares de
lado n existem para todo número natural maior que 2. Assim, para cada n do
tipo mencionado, podemos construir uma sequência de números n-gonais.
Para enfatizar as analogias geométricas, podemos construir as referidas
sequências, tomando os polígonos encaixados, em que cada ponto está a
uma distância de uma unidade do ponto vizinho, como mostra a figura 29,
para os casos depentágonos. Observe que sempre o primeiro número da
sequência é 1
𝑃𝑛+1 = 𝑃𝑛 + 3 ∙ 𝑛 + 1
44
Figura 31: Os cinco primeiros números pentagonais. Fonte: MENDES, 2006, p.163
𝑃2 = 𝑃1 + 3 ∙ 1 + 1, ou seja, 𝑃2 = 1 + 4, logo, 𝑃2 = 5
𝑃𝑛+1 = 𝑄𝑛+1 + 𝑇𝑛
Figura 34: Os cinco primeiros números hexagonais. Fonte: MENDES, 2006, p.164
46
A figura 34 nos mostra um segmento inicial da sequência dos números
hexagonais.
𝐻𝑛+1 = 𝐻𝑛 + 4 ∙ (𝑛 + 1) – 3 = 𝐻𝑛 + 4 ∙ 𝑛 + 1;
𝐻𝑛 = 𝐻𝑛−1 + 4 ∙ 𝑛 − 3
47
Figura 36: Uma decomposição de um número hexagonal.
Fonte: MENDES, 2006, p.164
48
Demonstração:
𝑇1 = 1;
𝑇2 = 𝑇1 + (1 + 1) = 1 + 2 = 3;
𝑇3 = 𝑇2 + (2 + 1) = 3 + 3 = 6;
𝑇4 = 𝑇3 + (3 + 1) = 6 + 4 = 10;
𝑇5 = 𝑇4 + (4 + 1) = 10 + 5 = 15;
𝑇6 = 𝑇5 + (5 + 1) = 15 + 6 = 21;
𝑇7 = 𝑇6 + (6 + 1) = 21 + 7 = 28;
𝑇8 = 𝑇7 + (7 + 1) = 28 + 8 = 36;
𝑇9 = 𝑇8 + (8 + 1) = 36 + 9 = 45;
𝑇10 = 𝑇9 + (9 + 1) = 45 + 10 = 55;
Note que;
1 ∙ 2 1 ∙ (1 + 1)
𝑇1 = 1 = = ;
2 2
2 ∙ 3 2 ∙ (2 + 1)
𝑇2 = 3 = = ;
2 2
3 ∙ 4 3 ∙ (3 + 1)
𝑇3 = 6 = = ;
2 2
4 ∙ 5 4 ∙ (4 + 1)
𝑇4 = 10 = = ;
2 2
5 ∙ 6 5 ∙ (5 + 1)
𝑇5 = 15 = = ;
2 2
6 ∙7 6 ∙ (6 + 1)
𝑇6 = 21 = = ;
2 2
49
7 ∙ 8 7 ∙ (7 + 1)
𝑇7 = 28 = = ;
2 2
8 ∙ 9 8 ∙ (8 + 1)
𝑇8 = 36 = = ;
2 2
9 ∙ 10 9 ∙ (9 + 1)
𝑇9 = 45 = = ;
2 2
10 ∙ 11 10 ∙ (10 + 1)
𝑇10 = 55 = = ;
2 2
𝑛(𝑛 + 1)
𝑇𝑛 = 1 + 2 + 3 + . . . + 𝑛 =
2
𝑛(𝑛 + 1)
𝑇𝑛+1 = 1 + 2 + 3 + ⋯ + 𝑛 + (𝑛 + 1) = + (𝑛 + 1)
2
(𝑛 + 1)(𝑛 + 2) (𝑛 + 1)((𝑛 + 1) + 1)
= =
2 2
𝑛(𝑛 + 1)
𝑛 + 1 ∈ ℋ ∶= { 𝓃 ∈ ℕ | 𝑇𝑛 = }∴ ℋ= ℕ ∎
2
50
Teorema 2.6.2: O único número figurado triangular primo𝑇𝑛 é o 3, onde𝑛 ≥ 1.
Demonstração:
Demonstração:
51
{𝑄1 , 𝑄2 , 𝑄3, 𝑄4 , … } = {1,4,9,16, … } = {12 , 22 , 32 , 42 , … } e assim observamos a
propriedade de potências de 2.
Tomando como hipótese de indução, escrevemos,𝑄𝑛 = 𝑛2 , assim 𝑄𝑛+1 =
(𝑛 + 1)2 todavia,notamos que cada número quadrado pode ser obtido a apartir
do seu antecessor, conforme a propriedade com os números triangulares,
dessa forma, 𝑄2 = 1 + 3, 𝑄3 = 3 + 6, 𝑄4 = 6 + 10 = 𝑇3 + 𝑇4.
Notamos que para𝑛 ≥ 1, podemos escrever:
𝑛2 𝑛 𝑛2 𝑛 𝑛(𝑛 + 1) (𝑛 − 1)𝑛
𝑛2 = + + − = + = 𝑇𝑛 + 𝑇𝑛−1
2 2 2 2 2 2
𝑄𝑛+1 = 𝑄𝑛 + (𝑛 + 1) + (𝑛 + 1) − 1 = 𝑄𝑛 + 2𝑛 + 1 = 𝑛2 + 2𝑛 + 1 = (𝑛 + 1)2
∎
Demonstração:
Demonstração:
Observemos as relações:
22 (22 +1)
𝑇 21 + 𝑇 2 2 = 12 + 32 = 10 = 2 ∙ 5 = = 𝑇22 e
2
52
90 32 ∙10 32 (32 +1)
𝑇 2 2 + 𝑇 2 3 = 32 + 62 = 9 + 36 = 45 = = = = 𝑇32 .
2 2 2
Demonstração:
𝑛(𝑛 + 1)
8 ∙ 𝑇𝑛 + 1 = 8 ∙ +1
2
= 4𝑛(𝑛 + 1) + 1 = 4𝑛2 + 4𝑛 + 1 = (2𝑛 + 1)2 = 𝑄2𝑛+1
53
E no item (b) escrevemos:
(𝑛 − 1)𝑛
8 ∙ 𝑇𝑛−1 + 4𝑛 = 8 ∙ + 4𝑛
2
= 4𝑛(𝑛 − 1) + 4𝑛 = −4𝑛 + 4𝑛2 + 4𝑛 = 𝑄2𝑛
∎
Segundo Alves (2012) apud. Burton(2006, p.100), temos os seguintes
padrões aritméticos:
13 = 1 = 𝑇 21 ;
13 + 23 = 1 + 8 = 9 = 𝑇 2 2 ;
13 + 23 + 33 = 1 + 8 + 27 = 36 = 𝑇 2 3 ;
13 + 23 + 33 + 43 = 1 + 8 + 27 + 64 = 100 = 𝑇 2 4 ;
Demonstração:
1 = 13
3 + 5 = 23
7 + 9 + 11 = 33
13 + 15 + 17 + 19 = 43
21 + 23 + 25 + 27 + 29 + 31 = 53
54
.
.
.
[𝑛(𝑛 − 1) + 1] + [𝑛(𝑛 − 1) + 3] + ⋯ + [𝑛(𝑛 − 1) + (2𝑛 − 1)] = 𝑛3
⟹ 1 + 3 + 5 + 7 + ⋯ + [𝑛(𝑛 − 1) + (2𝑛 − 1)] = 13 + 23 + 33 + ⋯ + 𝑛3
Por outro lado, Alves (2012) apud. Burton (2006, p.100), aconselha observar
que:
3 3 3
𝑛(𝑛 + 1) 2
3
1 +2 + 3 + ⋯+ 𝑛 = [ ] = 𝑇2
2 𝑛
Demonstração:
55
Com esse objetivo, por meio de contagem e completando a figura 38 do lado
esquerdo, imaginamos do lado direito, as seguintes equivalências numéricas:
(12 + 22 + 32 + 42 ) + (1 + 3 + 6 + 10) = (1 + 2 + 3 + 4) ∙ (4 + 1)
Figura 38: Diagrama explicativo. Fonte: ALVES, 2012 apud. BURTON, 2006, p.100
onde,
(12 + 22 + 32 + 42 )são os números quadrados;
(1 + 3 + 6 + 10)são as linhas horizontais;
(1 + 2 + 3 + 4)é a base do retângulo;
(4 + 1)é a altura
Em seguida, observa-se que:
(12 + 22 + 32 + 42 ) + (1 + 3 + 6 + 10) = 10 ∙ 5
⇔ (12 + 22 + 32 + 42 ) = 50 − (1 + 3 + 6 + 10)
4 ∙ 5 ∙ 6 4(4 + 1)(2 ∙ 4 + 1)
(12 + 22 + 32 + 42 ) = 50 − 20 = 30 = =
6 6
56
(12 + 22 + 32 + 42 + 52 ) + (1 + 3 + 6 + 10 + 15) = (1 + 2 + 3 + 4 + 5) ∙ (4 + 2)
onde,
(12 + 22 + 32 + 42 + 52 )são os números quadrados;
(1 + 3 + 6 + 10 + 15)são as linhas horizontais;
(1 + 2 + 3 + 4 + 5)é a base do retângulo;
(4 + 2)é a altura
(12 + 22 + 32 + 42 + 52 ) + (1 + 3 + 6 + 10 + 15) = 15 ∙ 6
⇔ (12 + 22 + 32 + 42 ) = 90 − (1 + 3 + 6 + 10 + 15)
5 ∙ 6 ∙ 11 5(5 + 1)(2 ∙ 5 + 1)
(12 + 22 + 32 + 42 + 52 ) = 90 − 35 = 55 = =
6 6
Figura 39: Diagrama generalizado. Fonte: ALVES, 2012 apud. BURTON, 2006, p.101
𝑆 = 12 + 22 + 32 + 42 + ⋯ + 𝑛2
1 𝑛(𝑛 + 1)2
⇔𝑆+ ∙ (1 ∙ (1 + 1) + 2 ∙ (2 + 1) + 3 ∙ (3 + 1) + ⋯ + 𝑛 ∙ (𝑛 + 1)) =
2 2
1 𝑛(𝑛 + 1)2
⇔𝑆+ ∙ (12 + 22 + 32 + ⋯ + 𝑛2 + (1 + 2 + 3 + ⋯ + 𝑛)) =
2 2
1 𝑛(𝑛 + 1) 𝑛(𝑛 + 1)2
⇔𝑆+ ∙ (𝑆 + )=
2 2 2
𝑆 𝑛(𝑛 + 1) 𝑛(𝑛 + 1)2
⇔𝑆+( + )=
2 4 2
3𝑆 𝑛(𝑛 + 1)2 𝑛(𝑛 + 1)
⇔ = −
2 2 4
3𝑆 (𝑛 + 1) ∙ [2𝑛(𝑛 + 1) − 𝑛]
⇔ =
2 4
3𝑆 (𝑛 + 1)(2𝑛2 + 𝑛)
⇔ =
2 4
58
Finalmente, conclui-se que:
3𝑆 𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1)
⇔ =
2 4
𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1)
⇔𝑆= ∎
6
Proposição 2.6.9: Dado n ∈ IN, com n≥1, um número pentagonal é dado pela
𝑛(3𝑛−1)
relação𝑃𝑛 = ; e por conseguinte, que 𝑃𝑛 = 𝓃 + 3𝑇𝑛−1
2
Demonstração:
{𝑃1 , 𝑃2 , 𝑃3 , 𝑃4 , … } = {1,5,12,22, … }.
1 ∙ (3 ∙ 1 − 1)
𝑃1 = 1 =
2
59
2 ∙ (3 ∙ 2 − 1)
𝑃2 = 5 = 1 + 4 = 1 + (3 ∙ 2 − 2) =
2
3 ∙ (3 ∙ 3 − 1)
𝑃3 = 12 = 1 + 4 + 7 = 1 + 4 + (3 ∙ 3 − 2) =
2
4 ∙ (3 ∙ 4 − 1)
𝑃4 = 22 = 1 + 4 + 7 + 10 = 1 + 4 + 7 + (3 ∙ 4 − 2) =
2
.
.
.
Por indução, conjecturamos que:
𝑃𝑛 = 1 + 4 + 7 + ⋯ + (3𝑛 − 2)
𝑛(3𝑛 − 1)
𝑃𝑛 = 1 + 4 + 7 + ⋯ + (3𝑛 − 2) =
2
𝑛(3𝑛 − 1) (𝑛 − 1)𝑛
𝑃𝑛 = =𝑛+3∙[ ] = 𝑛 + 3 ∙ 𝑇𝑛−1
2 2
𝑇1 + 𝑄2 = 𝑃3 ; 𝑇2 + 𝑄3 = 𝑃3 ; 𝑇3 + 𝑄4 = 𝑃4 ; … ; 𝑇𝑛 + 𝑄𝑛+1 = 𝑃𝑛+1
Com base nestes resultados, demonstramosa seguir dois teoremas
Demonstração:
60
Para 𝑛 ≥ 1, temos:
𝑛(3𝑛 − 1)
𝑃𝑛 =
2
2𝑘(3 ∙ 2𝑘 − 1)
𝑃2𝑘 = = 𝑘(6𝑘 − 1)
2
Para 𝑘 = 1, assim𝑃2 = 1 ∙ (6 ∙ 1 − 1) = 5
Para 𝑘 > 1, assim concluímos que não pode ser primo.
Chegando, novamente a conclusão que não pode ser primo, assim o único
número pentagonal primo é o 5.
∎
Demonstração:
𝑛(3𝑛 − 1)
𝑃𝑛 =
2
61
𝑚+1
Assim, fazendo𝑚 = 3𝑛 − 1, por equivalência 𝑛 = , logo:
3
𝑚+1 𝑚+1
( ) (3 ∙ ( ) − 1) 1 𝑚(𝑚 + 1) 1
3 3
𝑃𝑛 = = ∙ = ∙ 𝑇𝑚 ∎
2 3 2 3
Proposição 2.6.12: Dado n ∈ IN, com n≥1, um número hexagonal é dado pela
relação 𝐻𝑛 = 𝑃𝑛 + 𝑇𝑛−1 , por conseguinte que, 𝐻𝑛 = 𝑛 ∙ (2𝑛 − 1)
Demonstração:
{𝐻1 , 𝐻2 , 𝐻3 , 𝐻4 , … } = {1,6,15,28,65, … }
𝐻1 = 1 = 1 ∙ (2 ∙ 1 − 1)
𝐻2 = 6 = 2 ∙ (2 ∙ 2 − 1)
𝐻3 = 15 = 3 ∙ (2 ∙ 3 − 1)
𝐻4 = 28 = 4 ∙ (2 ∙ 4 − 1)
.
.
.
𝐻1 = 𝑇1 ;
𝐻2 = 𝑃2 + 𝑇1 ;
𝐻3 = 𝑃3 + 𝑇2 ;
.
62
.
.
𝑛(3𝑛 − 1) (𝑛 − 1)𝑛
𝐻𝑛 = 𝑃𝑛 + 𝑇𝑛−1 = + =
2 2
3𝑛2 − 𝑛 + 𝑛2 − 𝑛
= = 2𝑛2 − 𝑛 = 𝑛(2𝑛 − 1)
2
∎
Teorema 2.6.13: Todo número hexagonal é um número triangular.
Demonstração:
Considerando, 𝑚 = 2𝑛 − 1, temos:
a) 𝑃𝑛 = 𝑛 + 3 ∙ 𝑇𝑛−1
b) 𝐻𝑛 = 𝑛 + 4 ∙ 𝑇𝑛−1
63
Demonstração:
Para concluir essa seção, Alves (2012) apud. Conway e Guy (1996, p.39),
descrevem uma maneira analítica e engenhosa de obtermos os números
heptagonais, octogonais, eneagonais, etc.
A partir das relações:
𝑛 + 𝑇𝑛−1 = 𝑇𝑛
𝑛 + 2𝑇𝑛−1 = 𝑄𝑛
𝑛 + 3𝑇𝑛−1 = 𝑃𝑛
𝑛 + 4𝑇𝑛−1 = 𝐻𝑛
𝑛 + 5𝑇𝑛−1 = 𝐻𝑒𝑝𝑡𝑛
𝑛 + 6𝑇𝑛−1 = 𝑂𝑐𝑡𝑛
𝑛 + 7𝑇𝑛−1 = 𝐸𝑛𝑒𝑛
.
.
.
64
CAPÍTULO 3
De acordo com Ponte et al. (2009), investigar é procurar conhecer o que não
se sabe. Para os matemáticos profissionais, investigar é descobrir relações entre
objetos matemáticos conhecidos ou não, procurando identificar as respectivas
propriedades. Para se trabalhar com essa metodologia, não são necessários
problemas ou questões difíceis, mas sim questões mais abertas e interessantes para
os alunos, provocando-os procurar sua solução.
Assim, a Históriada Matemática deve ser encarada como o princípio
unificador das faces cotidiana, escolar e científica da Matemática, cujo ensino deve
ser praticado por meio de atividades investigatórias focadas em seu
desenvolvimento histórico. Desta forma, pressupõe-se com isso, uma reconstrução
dos aspectos matemáticos a serem abordados na sala de aula, visto que as
informações históricas raramente são utilizadas como elemento gerador da
aprendizagem da Matemática, quer seja na ação pedagógica do professor de
Matemática, quer seja nos livros didáticos adotados por ele. Apenas alguns livros
paradidáticos contêm certas atividades que se aproximam do que proponho para o
ensino da Matemática. É necessário, entretanto, responder questões do tipo: O que
se entende por investigação histórica no ensino da Matemática? O que se entende
por atividade investigatória no ensino da Matemática?
Ensinar por meio da investigação histórica no ensino da Matemática é uma
das tendências atuais em Educação Matemática. De acordo com esta metodologia,
no desenvolvimento do trabalho na sala de aula, o aluno é chamado a ser partícipe
do trabalho tornando-se também responsável pelas as atividades. De acordo com
Ponte (2009), temos que:
O conceito de investigação Matemática, como atividade de ensino-
aprendizagem, ajuda a trazer para a sala de aula o espírito de atividade
65
genuína, constituído por isso, uma poderosa metáfora educativa.O aluno é
chamado a agir como um matemático, não só na formulação de questões e
conjecturas e na realização de provas e refutações, mas também na
apresentação de resultados e na discussão e argumentos com seus colegas
e professores.(PONTE, 2009,p.23)
66
suscitados na atividade ou explícitos nos textos históricos resgatados de fontes
primárias ou secundárias, ou seja, de textos originais ou de livros de Históriada
Matemática.
Conforme Bisognin e Refatti (2010), essas atividades podem ser
manipulativas ou não, de acordo com o nível de complexidade do conhecimento
matemático a ser construído pelo aluno, independentemente do nível escolar em
que se encontra. É adequado, porém, o uso de atividades que favoreçam a
interatividade entre o sujeito e o seu objeto de conhecimento. Além disso, essa
abordagem deve sempre que possível, efetivar-se sob uma perspectiva
contextualizadora que evidencie os aspectos cotidiano, escolar e científico do
conhecimento a ser construído, desde que rearticulados ao longo do processo de
manuseio de qualquer material.
No entanto, uma forma de conceber o uso das informações históricas como
um elemento de geração da Matemática escolar por meio da investigação histórica
em sala de aula, e também tentando responder como as informações históricas
podem contribuir para a melhoria do ensino da Matemática, seria a busca de
respostas para essas questões, assim como outras que surgem, do tipo, se as
atividades históricas são mais eficazes do que as atividades que não usam a
Históriadurante as aulas de Matemática.
Contudo, uma proposta de trabalhar a Matemática em sala de aula, seria o
uso da investigação histórica no ensino da Matemática por meio de atividades que
pressupõe a participação efetiva do aluno na construção de seu conhecimento, que
constitui um aspecto preponderante no procedimento didático do ato de ensinar e
aprender, pois as relações interativas entre professor e alunos e entre alunos,
podem ser integradas na exploração de atividades investigatórias.
Para sustentar a proposta de investigação histórica como uma forma de
abordagem viável para o ensino da Matemática, que serão analisadas algumas
concepções teóricas que defendem o uso da Históriada Matemática como fonte
geradora do conhecimento matemático, considerando as contribuições dessas
concepções para a construção da proposta pedagógica pretendida e, além disso, vai
se esclarecer os pressupostos teóricos acerca do uso de atividades no ensino da
Matemática, baseados na investigação histórica da Matemática.
67
3.2 - A utilização de atividades investigatórias no ensino de
Matemática
68
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), a
disciplina de Matemática tem por finalidade:
70
É importante orientar a preparação de um trabalho final escrito, contendo sua
reflexão sobre o tema investigado historicamente, incluir um resumo global dos livros
pesquisados e mostrar o que foi aprendido na preparação e no desenvolvimento da
pesquisa. O trabalho escrito deve, ainda, evidenciar aspectos críticos de seus
autores, pois assim o trabalho final certamente terá muito mais credibilidade de
quem apreciar.
Por isso, a orientação docente deve esclarecer que a investigação histórica
pode mostrar as principais contribuições dos matemáticos e as pessoas que se
envolveram na construção e na evolução da Matemática. Além disso, oferece ampla
possibilidade de se construir um processo de aprendizagem independente, no qual o
aluno explora, descobre, investiga e aprende sobre a Matemática, a sociedade e a
cultura humana. Desse modo, poderá ser possível, ao aluno, fazer conexões entre a
Matemática e as outras disciplinas.
Há entretanto, uma variedade de atividades que poderão surgir durante o
exercício da pesquisa histórica em sala de aula. O professor deve ficar atento para
perceber algumas possibilidades de exploração da criatividade dos alunos, mesmo
que, em determinadas vezes, seja necessário reformular alguns dos temas
apresentados por eles. Para que essa prática se torne possível, é preciso utilizar as
mais diversas modalidades de investigação histórica na sala de aula, como as
atividades manipulativas extraídas diretamente, ou quando não adaptadas da
Históriada Matemática, como também a investigação de problemas históricos e os
estudos de textos históricos extraídos ou adaptados de fontes primárias.
Cada uma dessas modalidades de abordagem da investigação histórica nas
aulas de Matemática requer do professor um pouco de conhecimento do nível de
amadurecimento de seus alunos, do grau de aprofundamento a dar ao assunto a ser
abordado em sala de aula e do nível de autonomia dos alunos com relação à busca
da própria aprendizagem. Além disso, é necessário que se faça um levantamento
prévio do material a ser utilizada nas investigações, localização das fontes de
pesquisa ou, se for o caso, seleção de atividades a serem aplicadas em cada turma,
de acordo com o tópico da aprendizagem Matemática tomado como referência para
o desenvolvimento da investigação histórica.
Assim, pode-se concluir, então que a investigação histórica no ensino de
Matemática desenvolverá a perspicácia e o conhecimento do aluno sobre várias
71
áreas Matemáticas. Além disso, o estudo de vários tópicos matemáticos oferece
múltiplas oportunidades de aprender sobre outras áreas do conhecimento tão
importantes quanto a Matemática e que nem sempre são discutidas pela escola,
principalmente, nas aulas tradicionais de Matemática.
72
ATIVIDADE 3: Resolução de problemas históricos:
73
ATIVIDADE 6: Uma cronologia da Históriada Matemática: “Uma viagem no
túnel do tempo”:
74
áreas da Matemática (aritmética, álgebra, geometria, ..). Contribui ainda para
preparar os alunos para o estudo de temas mais complexos que serão estudados no
ensino médio como funções, seqüências, PA, PG.
Como também, ocorre ao trabalhar com turmas de 6º ou 7º anos do ensino
fundamental, observando ou completando algumas configurações figurais,ou quando
não predizendo a quantidade de uma certa configuração figural. Aqui o professor
pode dispor de imagens (desenhos ou fotos) de pilhas de latas em supermercado,
pilhas de laranjas, bolas de gudes, grãos de arroz ou feijão ou melancias na feira,
pilhas de bolas de canhão (desenhos antigos), bolas de bilhar arrumadas no
triângulo de madeira (equilátero), etc..
Depois de observar cada seqüência os alunos são convidados a desenhar a
próxima figura da seqüência, e a próxima após esta, e assim por diante.
Uma atividade mais complexa que pode ser proposta a seguir é pedir que os
alunos determinem - sem fazer uso de desenhos - quantas bolinhas (pontos,
laranjas, etc.)dependendo de como é composta a figura 41. Qual a configuração de
ordem 10, aquela que ocupa o 10º lugar na seqüência.O professor deve orientar
perguntando e registrando as estratégias que os alunos vão utilizar para responder
esta questão. No entanto, podemos orientar os alunos a resolverem os problemas
recolhendo as várias estratégias engenhosas e que tem relação com o se passou na
Históriada Matemática.
75
Para os números quadrados, os alunos devem observar que os números
consecutivos da sequência (1; 4; 9; 16; . . . ) diferem um do outro respeitando uma
regularidade que forma uma subseqüência dos números ímpares.
( 1 ; 4 ; 9 ; 16 ; . . . )
+3 +5 +7 +9
( 1 ; 3 ; 6 ; 10 ; . . . )
+2 +3 +4 +5
10 + 5 = 15.
76
em forma de um triângulo,isto é, um arranjo, segundo a sequência dos números
triangulares planos.
Figura 44: Relação entre o número quadrado e o número triangular, usando bolas de gude.
Fonte: http://www.matematicahoje.com.br/telas/autor/artigos/artigos_view.asp?cod=38
77
Como todos os termos da seqüência obtida são números pares, podemos
escrever desse modo 2 ∙ ( 1 + 2 + 3 + 4 + . . . + (𝑛 − 1)), na figura 45 está
representado através de dois triângulos (azul claro e azul esverdeado) de ordem
(𝑛 − 1).
Combinando os dois triângulos 𝑇𝑛−1 com os 𝑛 elementos guardados (coluna
vermelha) obtemos, o quadrado 𝑄𝑛 = 2 ∙ 𝑇𝑛−1 + 𝑛 = (𝑛 − 1) ∙ 𝑛 + 𝑛 = 𝑛2 − 𝑛 +
𝑛 = 𝑛2 .
𝑇8 = 1 + 3 + 5 + 7 + 9 + 11 + 13 + 15
𝑇8 = 2 ∙ 𝑇(7) + 8 = 2 ∙ 28 + 8 = 56 + 8 = 64
78
Onde;
𝑇𝑛 corresponde ao triângulo com as tampas azuis;
(𝑛 + 1)corresponde a fileira das tampas vermelhas;
𝑇1 = 1
𝑇2 = 3 ⇒ 𝑇1 + 2 = 1 + 2 = 3
𝑇3 = 6 ⇒ 𝑇2 + 3 = 1 + 2 + 3 = 6
𝑇4 = 10 ⇒ 𝑇3 + 4 = 1 + 2 + 3 + 4 = 10
.
.
.
𝑇𝑛+1 = 𝑇𝑛 + ( 𝑛 + 1)
𝑛2 + (2𝑛 + 1) = (𝑛 + 1)2
Onde;
𝑛2 corresponde ao quadrado com as tampas vermelhas;
(2𝑛 + 1)corresponde ao L com as tampas azuis;
79
Pela fórmula Recursiva, temos:
Para 𝑛 = 1 :
𝑛2 = 12 = 1
(2𝑛 + 1) = 2 ∙ 1 + 1 = 3
(𝑛 + 1)2 = (1 + 1)2 = 22 = 4
Para 𝑛 = 2 :
𝑛2 = 22 = 4
(2𝑛 + 1) = 2 ∙ 2 + 1 = 5
(𝑛 + 1)2 = (2 + 1)2 = 32 = 9
Para 𝑛 = 3 :
𝑛2 = 32 = 9
(2𝑛 + 1) = 2 ∙ 3 + 1 = 7
(𝑛 + 1)2 = (3 + 1)2 = 42 = 16
Para 𝑛 = 4 :
𝑛2 = 42 = 16
(2𝑛 + 1) = 2 ∙ 4 + 1 = 9
(𝑛 + 1)2 = (4 + 1)2 = 52 = 25
80
Assim; 𝑛2 + (2𝑛 + 1) = 16 + 9 = 25 = (𝑛 + 1)2
Para 𝑛 = 5 :
𝑛2 = 52 = 25
(2𝑛 + 1) = 2 ∙ 5 + 1 = 11
(𝑛 + 1)2 = (5 + 1)2 = 62 = 36
𝑄𝑛+1 = 𝑄𝑛 + ( 2𝑛 + 1)
82
com a finalidade de usar materiais concretos na sala de aula instigando a percepção
de sequências e da recursividade, conforme as figuras 48 e 49.
Enquanto que atividade a seguir, tem dupla finalidade de estudar
representações algébricas egeométricas. Primeiro, a representação pictográfica no
papel de pontos. Essa atividade ébastante simples. O aluno deve seguir o modelo
proposto tanto para números triangularesquanto para os números quadrados. A
finalidade é fazer o aluno perceber padrões atravésdo apelo visual (geométrico).
84
Figura 53: Formulário de preenchimento 1apresentado ao aluno.
Fonte: CHICONELLO,2013, p.45
85
Considerações Finais
86
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ROQUE, Tatiana. Históriada Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas.
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89