Didactica

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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3

Conceito ...................................................................................................................................... 4

Critério de selecção dos conteúdos de ensino ............................................................................ 4

Estrutura Didáctica de uma aula ................................................................................................. 7

Classificação dos conteúdos de ensino ..................................................................................... 13

Fases de uma aula ..................................................................................................................... 15

Conclusão ................................................................................................................................. 17

Bibiografia ................................................................................................................................ 18
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Introdução

O presente trabalho da Cadeira de Didáctica Geral tem como o tema: Conteúdos de ensino-
aprendizagem.
Objectivo Geral:

 Conhecer os conteúdos de ensino;

Objectivos Específicos:

 Identificar os cretério de seleção dos conteúdos de ensino;


 Indicar a estrutura didáctica e fases de uma aula;
 Classificar os conteúdos de ensino;

A metodologia da pesquisa é qualitativa, recorreu-se a revisão bibliográfica como fontes, de


acordo com critérios de origem de dados e informações, destaca-se: Consulta bibliográfica em
livro e endereço electrónicos. O trabalho tem a seguinte estrutura: Introdução,
Desenvolvimento, conclusão e sua respectiva bibliografia.
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Conceito

Se perguntarmos a professores de nossas escolas o que são conteúdos de ensino,


provavelmente responderam: São os conhecimentos de cada matéria do currículo que
transmitimos aos alunos, dar conteúdo é transmitir a materia do livro didactico.

Em conformidade com LIBÂNEO (2006:128), “conteúdos de ensino são o conjunto de


conhecimento, habilidade, hábitos, modos valorativos e atitudinais de actuação social,
organizados pedagógica e didacticamente, tendo em vista a assimilação activa e aplicação
pelos alunos na sua prática de vida. Englobam, portanto: conceitos, idéias, fatos, processos,
princípios, leis científicas, regras, habilidades cognoscitivas, modos de actividade, métodos
de compreensão e aplicação, hábitos de estudos, de trabalho e de convivência social, valores,
convicções, atitudes.”

São expressos nos programas oficiais, nos livros didacticos, nos planos de ensinoe de aula,
nas aulas, nas atitudes e convicções dos professor, nos exercícios, nos métodos e formas de
organiza do ensino.

Para PILETTI ( 2004:98),“ tradicionalmente conteúdos era objecto de programa minucioso


e actualmente é um dos meios de favorecer o desenvolvimento integral do aluno.”

Conteúdos são as experiências educativas, no campo do conhecimento, devidamente


selecionadas e organizadas pela escola1. (TURRA, 1975)

Critério de selecção dos conteúdos de ensino

Segundo Para PILETTI ( 2004: 92,93), para selecionarmos os conteúdos, precisamos, em


função dos objectivos propostos, considerar aqueles que são mais importantes e significativos
para uma determinada realidade e época.

Vejamos alguns critérios que podem ser seguidos na seleção de conteúdos: Validade,
significação, utilidade, possibilidade de elaboração pessoal, viabilidade e flexibilidade.

Validade - Esse critério requer que os conteúdos selecionados sejam não só dignos de
confiança, mas também representativos e atualizados.Suponhamos, por exemplos, uma escola
situada numa região essencialmente agrícolas. Nesse caso será muito importante estudar a
produção agrícola do município na área de estudos sociais.

1
TURRA, C. M.; ENRICONE, D.; SANT'ANNA, F. M.; A NDRÉ, L. C. Planejamento de ensino e avaliação.
Porto Alegre, PUC-RS/EMMA, 1975.
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Além disso, os dados apresentados sobre esse tipo de produção devem ser representativos e
atualizados.

Significação – Este critérios requer que os conteúdos esteja relacionado às experiências do


aluno. Um conteúdo terá significação para o aluno quando, além de despertar o seu interesse,
levá-lo, por inciativa própria, a aprofundar o interresse. Se a escola se localiza numa região
agrícola, por exemplo, todos os conteúdos referentes à agricultura são significativos para os
alunos.

Utilidade – Refere-se ao uso dos conhecimentos em situações novas.Este critério estará


presente quando consiguirmos harmonizar os conteúdos selecionados para estudo com as
exegências e características do meio ambiente dos alunos. Os conhecimentos sobre produção
agrícola só terão utilidade para o aluno se ele puder utilizá-los no ambiente em que vive.

Possibilidade de elaboração pessoal – Este critério refere-se à recepção, assimilação e


transformação da informação pelo próprio aluno. De acordo com esse critério o aluno poderá
associar, comparar, compreeender, selecionar, organizar, criticar e avaliar o novo conteúdo.
Se o aluno realmente viver em contacto com a produção agrícola, terá condições de
compreender, comparar, organizar e criticar o conteúdo citado no nosso exemplo.

Viabilidade – Segundo este critério deve-se selecionar conteúdos que possam ser aprendidos
dentros das limitações de tempo e recursos disponíveis. Não adianta selecionar uma infinidade
de informações sobre produção agrícola, por exemplo, se por falta de tempo não for possível
transmiti-las aos alunos ou se o conteúdo que se prentende apresentar estiver acima do nível
de compreensão da classe.

Estes e outros motivos podem tornar o conteúdo inviável.

Flexibilidade – Os conteúdos já selecionados devem estar sujeitos a modificações,


adaptações, renovações e enriquecimentos. Comrelação ao exemplo anterior, os conteúdos
podem ser modificados de acordo com as mudanças verificadas na produção.

Para LIBÂNEO ( 2006:142 ,143,144), propõe de forma mais ordenada, os critérios de seleção
de conteúdos.

Correspondência entre os objectivos gerais e conteúdos


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Os conteúdos devem expressar objectivos sociais e padagogicos da esúcola pública


sintetizandos na formação cultural e científica para todos.

Carácter científico

Os conhecimentos que fazem parte do conteúdo refletem os fatos, conceitos, idéias, métodos
decorrentes da ciência moderna. No processo de ensino, trata-se do selecionar as bases das
ciências, transformadas em objetos de ensino necessários à educação geral. Os livros
didacticos.

Um dos modos de atender esse critério é conhecer bem a estrutura da materia, ou seja, sua
espinha dorsal, o conjunto de noções básicas logicamente concatenadas que correspondam ao
modo de representação que o aluno faz delas a sua cabeça e que tenham o poder de facilitar ao
aluno “ encaixar” temas secundários em um tema central (...).

Caráter sistematico

O programa de ensino deve ser delineado em conhecimentos sistematizados e não em temas


genéricos e esparsos, sem ligação entre si. O sistema de conhecimentos de cada matéria deve
garantir uma lógica interna, que permita uma interpenetração entre assuntos.

Relevância social

Este critério corresponde à ligação entre o saber sistematizado e a experiência prática,


devendo os conteúdos refletir objetivos educacionais esperados em relação à sua participação
na vida social. A relevância social dos conteúdos significa incorporar no programa as
experiências e vivências das crianças na sua situação social concreta, para contrapor a noções
de uma sociedade idealizada e de um tipo de vida e de valor distanciados do cotidiano das
crianças que, frequentimente, aparecemnos livros didacticos.

Acessibilidade e solidez

Acessibilidades significa compatibilizar os conteúdo com o nivel de preparo e


desenvolvimento mental dos alunos. É o que se costuma denominar de dosagem dos
conteúdos

Quem deve escolher os conteudos de ensino


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Devemos partir do princípio de que a escolha e definição dos conteúdos é em ultima instância,
tarefa do professor. É ele que tem pela frente determinados alunos, com suas caracteristicas de
origem social, vivendo num meio cultural determinado, com certas disposições e preparo para
enfrentar o estudo. (L IBÂNEO, 2006 : 132)

Estrutura Didactica de uma aula

Para LIBÂNEO ( 2006 : 179 a 190 ), o trabalho docente, sendo uma actividade intencional e
planejada, requer estruturação e organização, afim de que sejam atingidos os objectivos do
ensino.

Os passos didacticos são os seguintes: Preparação e introdução da matéria, tratamento


didáctico da matéria nova, consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades,
aplicação, control e valiação.

Preparação e introdução da matéria

Esta fase corresponde especificamente ao momento inicial de preparação para o estudo de


matéria nova. Compreende atividades interligadas: A preparação prévia do professor, a
preparação dos alunos, a introdução da matéria e colocação didactica dos objectivos.

No início da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudos: mobilização da
atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suscitamento do
interesse e ligação da matéria nova em relação à anterior.

A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão


efectivamente disponível e pronto para o conhecimento novo. Aqui o empenho do professor
está em estimular o raciocínio dos alunos, instiga-lo a emitir opinião própria sobre o que
aprenderam , fazê-los ligar os conteúdos a coisas ou evento do quotidiano. A correcção de
tarefas de casa pode tornar-se importante fato de reforço e consolidação.

Às vezes haverá necessidade de uma breve revisão (recapitulação) da matéria, ou rectificação


de conceitos ou habilidades insuficientemente assimilados.

A introdução do assunto, que obviamente já se iniciou, e a concatenação da matéria velha com


a nova. Não é ainda a apresentação da matéria “dar o ponto”, como se diz, mas a ligação entre
noções que os alunos já possuam em relação à matéria nova, bem como o estabelecimento de
vínculos entre a prática quotidiana e o assunto. O melhor procedimento para isso e apresentar
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a matéria como um problema a ser resolvido, embora nem todos os assuntos se prestem a isso.
Mediante perguntas, trocas de experiencias, colocação de possíveis soluções, estabecimento
da relação causa-efeito, os problemas atinente ao tema vão-se encaminhado para tornar-se
também problemas para os alunos em sua vida prática.Com isso vão sendo apontados
conhecimentos que são necessários dominar e as actividades de aprendizagem
correspondentes. O professor fará, então, a colocação didáctica dos objectivos, uma vez que é
o estudo da nova matéria que possibilitará o encontro da solução. Os objectivos indicam o
rumo do trabalho docente, ajuda os alunos a terem clareza dos resultados a atingir.

Tratamento didáctico da matéria nova

Os passos de ensino não são mais que funções didàcticas estreitamente relacionadas, de modo
que o tratamento didáctica da matéria já se encontra em andamento.Mas aqui há o proposito
de maior sistematização, envolvendo o anexo transmissão/assimilação activa de
conhecimento.

Nesta etapa se realiza a percepção dos objectos e fenómenos ligados ao tema, a formação de
conceitos, o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas de observação, imaginação e de
raciocínio dos alunos. Na transmissão prevalecem as formas de estrutura e organização lógica
e didáctica dos conteúdos. Na assimilação, importam os processos da cognição mediante a
assimilação activa e interiorização de conhecimentos, habilidades, convicções.Como são
momentos interdependentes, há aí uma relação recíproca entre métodos de ensino e de
assimilação, ou seja entre aspectos externos e internos do métodos. Os aspectos externos são a
exposição do professor, a actividade relativamente independente dos alunos, a elaboração
conjunta(conversação). Os aspectos internos compreendem as funções mentais que se
desenvolvem no processo da cognição, tais como a percepção, as representações, o
pensamento abstrato, mobilizados pelas funções ou fases didáctica.

Os aspectos externos do metódo não são suficientes para se obter a realização dos objetivos
do ensino. Se fosse assim, o ensino meramente expositivo e verbalista seria justifido. Mas,
como se trata de assegurar a iniciativa, a assimilação consciente e o desenvolvimento das
pontencialidades intelectuais do aluno são os aspectos internos do aluno do método que vão
determinar a escilha e diferenciação dos aspectos externos.

Conhecer e compreender os aspectos internos do método é uma tarefa indispensável ao


professor.
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Comecemos por entender o processo de transmissão/assimilação como um caminho que vai


do não saber para o saber, admitindo-se que o ensino consiste no domínio do saber
sistematizado e não de qualquer saber. Entretanto, não existe o não-saber absoluto, pois os
alunos são portadores de conhecimentoe experiências, sejam da sua prática cotidiana, seja
aqueles obtidos no processo de aprendizagem escolar. Essa constação nos leva à idéia de que
esse processo se desenvolve em níveis crescente de complexidade. Vejamos como isso se dá

Assimilação de boa parte dos conhecimentos que compõem o ensino de 1º grau se inicia pela
percepção activa da realidade. A percepção é uma qualidade da nossa mente que permite o
conhecimento ou tomada de contacto com as coisas e fenominos da realidade, por meio dos
sentidos.

Assimilação consciente dos conhecimentos começa com a percepção ativa dos objetos de
estudo com os quais o aluno se defronta pela primeira vez ou temas já conhecidos que são
enfocados de um novo ponto de vista ou de uma forma mais organizada.

A percepção, que é um processo de trazer coisas, fenómenos e relações para a nossa


consciência, é a primeira familiarização do aluno com a matéria, formando na sua mente
noções concretas e mais claras e ligando os conhecimentos já disponíveis com os que estão
sendo assimilados. Os alunos são orientados para perceber objectos reais, assimilar as
explicações do professor, reavivar percepções anteriores, observar objectos e fenómenos no
seu conjunto e novas relações com outros objectos e fenómenos, confrontar noções do senso
comum com os fatos reais. Enfim, trata-se de trazer à mente dos alunos uma grande
quantidade de dados concretos e mais claras dos fatos e fenômenos ligados à matéria, par
chegar à elaboração sistematizada na forma de conhecimento científicos.

Algumas actividades que preparam os alunos para a percepção activa são as seguintes: Pedir
aos alunos que digam o que sabem sobre o assunto, levá-los a observar objectos e fenómenos
e a verbalizar o que estão vendo ou manipulando, colocar um problema prático cuja a solução
seja possível com os conhecimentos da matéria nova, fazer uma demonstração prática que
suscite a curiosidade e o interesse, registar no quadro-negro as informações que os alunos vão
dando, de forma a ir sistematizando essa informação.

A percepção pode ser direta ( pela via direita, há um confronto comas coisas, fenômenos e
processos da realidade estudada por meio de experimentos simples, estudo do meio,
demonstração), indireta ( o professor recorre à explicação da matéria, estudo independente
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dos alunos, conversação diriida, a fimde que o aluno và formando noções, para isso utiliza-se
de ilustrações, desenhos, mapas e a própria representação verbal dos objetos de estudo.

A via direta é, certamente mais rica e mais suscetível de geral boa representações, a ia indireta
é a mais frequente na sala de aula, o que requer do professor cuidado especialcom a
linguagem (expressar-se com clareza, usar vocabolario acessível etc.).

(...), neste processo os conhecimentos vão sendo consolidados, o que exige frequente
sistematização da matéria, recapitulação e exercícios. Por isso o tratamento da matéria nova é
inseparavel da etapa de prepação e introdução, da etapas de consolidação, da etapa de aplição
e valição.

Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades

Nas etapas anteriores, o trabalho do docente consistiu em prover condições e modos de


assimilação e compreensão da matéria pelos alunos, incluindo já exercícios e actividades
prática para solidificar a compreensão.

Entretanto, o processo de ensino não pára aí. É preciso que os conhecimentos sejam
organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos, a fim de que estejamdisponíveis
para orientá-los nas situações concretas de estudo e vida. Do mesmo modo, em paralelo com
os conhecimentos e através deles, é preciso aprimorar a formação de habilidade e hábitos para
a utilização independente e criadora dos conhecimentos. Trata-se, assim, da etapa da
consolidação, também conhecida entre os professores como fixação da matéria.

Este importante momento do processo de ensino tem sido reduzido, na escola, à repetição
mecânica do ensinado, para o aluno reter a matéria pelos menos até a próxima prova. Os
exercícios e tarefas se destinam à aplicação direta, retilínea, de regras decoradas,
semmobilizar a atividade intelectual, o raciocínio, o pensamento independente dos alunos. A
consolidação dos conhecimentos e da formação de habilidades e hábitos incluem os exercícios
de fixação, a recapitulação ( revisão, recordação) da matéria, as tarefas de casa, o estudo
dirigido, entretanto, dependem de que os alunos tenham compreendido bem a matéria e de
que sirvam de meio para o desenvolvimento do pensamento independente, do raciocínio e da
actividade mental dos alunos.

Por essa razão, as tarefas de recordação e sistematização, os exercícios e tarefas, devem


prover ao aluno oportunidade de estabelecer relação entre o estudado e situação novas,
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comparar os conhecimentos obtidos com os factos da vida real, apresentar problemas ou


questões diferentemente de como foram tratados no livro didáctico, pôr em prática habilidades
e hábitos decorrentes do estudo da matéria.

A consolidação pode dar-se em qualquer etapa do processo didáctico: antes de iniciar matéria
nova, recorda-se, sistematiza-se, são realizados exercícios em relação a matéria anterior, no
estudo do novo conteúdo, ocorre paralelamente às actividades de assimilação e compreensão.
Mas constitui, também, um momento determinado do processo didáctico, quando é posterior a
assimilação inicial e compreensão da matéria. A consolidação pode ser reprodutiva, de
generalização e criativa. \

A reprodutiva tem um carácter de exercitação, isto é, após compreender a matéria os alunos


reproduzem conhecimentos, aplicando-os a uma situação conhecida. A consolidação
generalizadora inclui a aplicação de conhecimentos para situação novas, após a sua
sistematização, implica a integração de conhecimentos de forma que os alunos estabeleçam
relação entre conceitos, analisem os fatos e fenômenos sob vários pontos de vista, façam a
ligação dos conhecimentos com novas situações e fatos da prática social.

A consolidação criativa se refere a tarefas que levam ao aprimoramento do pensamento


independente e criativo, na forma de trabalho independente dos alunos sobre a base das
consolidações anteriores.

Os procedimentos de consolidação que mencionamos se interpenetram. Os exercícios levam à


fixação e formação de habilidades e habitos, auxiliam a sistematização.A recapitulação (
revisão, recordação) se presta a firmar conhecimentos anteriores e ligà-lo aos novos, dando
mais eficácia aos exercícios. A sistematização, pela qual se forma a estrutura lógica da
matéria na mente do aluno coma ajuda do professor, favorece a recapitulação e dá uma base
mais sólida para a realização de exercício.

Aplicação

A aplicação é a culminância relativa do pocesso de ensino. Ela ocorre em todas as demais


etapas, mas aqui se trata de prover oportunidades para os alunos utilizarem de forma mais
criativa os conhecimentos, unidos teoria e prática, aplicando conhecimentos, seja na própria
prática escolar ( inclusive em outras matérias), seja na vida social ( nos problemas do
cotidiano, na família, no trabalho). Objectivo da aplicação é estabelecer vínculos do
conhecimento com a vida, de modo a suscitar independência de pensamento e atitudes críticas
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e criativas expressando a sua compreensão da prática social. Ou seja, a função pedagógica-


didáctica da aplicação é a de avançar da teoria à prática, é colocar os conhecimentos
disponíveis a serviço da interpretação e análise da realidade. Nem sempre será fácil aos alunos
expressarem nas provas, nos exercícios, nas tarefas, as ligações, vínculos e relações entre os
conhecimentos sistematizados e a vida prática. Entretanto, é na aplicação que os alunos
podem ser observados em termos de grau em que conseguem transferir conhecimento para
situação novas, evidenciando a compreensão mais global do objeto de estudo da matéria.

Aplicação de conhecimento e habilidades supõe o atendimento de determinadas exigências


didáticas, de responsabilidade do professor:

 Formulação clara de objetivos e adequada seleção de conteúdos que propiciem


conhecimentos científicos, noções claras sobre o tema em estudo, sistematização de
conceitos básicos que formam a estrutura dos conhecimentos necessários à
compreensão de cada tema;
 Ligação dos conteúdos da matéria aos fatos e acontecimentos da vida social e aos
conhecimentos e experiências da vida cotidiana dos alunos, de modo que a realidade
social concreta suscite problemas e perguntas a serem investigados no processo de
transmissão/assimilção da matéria e em relação aos quais se dá a aplicação de
conhecimentos.

A verificação e controle do rendimento escolar para efeito de avaliação é uma função


didáctica que percorre todas as etapas do ensino, e abrange a consideração dos vários tipos de
atividades do professor e dos alunos no processo de ensino. A avalição do ensino e da
aprendizagem deve ser vista como um processo sistemático e contínuo, no decurso do qual
vão sendo obtidas informaçõe e manisfestações acerca do desenvolvimento das atividades
docentes e discentes, atribuindo-lhe juízes de valor. Os resultados relativos que decorrem
desse processo dizem respeito ao grau em que se atingem os objetivos e em que se cumprem
exigências do domínio dos conteúdos, a partir de parâmetros de desenpenho escolar. Prar isso
são empregados procedimentos e instrumentos de mensuração ( observação, povas, testes,
exercícios teóricos e práticos, tarefas) que proporcionam dados quantitativos e qualitativos.

A avaliação cumpre, ao menos, três funções. A função pedagógico-didáctica se refere aos


objetivos gerais e específicos, bem como aos meios e condições de atingi-los, uma vez que
estes constituem o ponto de partida e os critérios para as provas e demais procedimentos
avaliativos. A função diagnóstica se refere à anàlise sistemática das ações do professor e dos
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alunos, visando detectar desvios e avanços do trabalho docente em relação aos objetivos,
conteúdos e métodos. Através desta função, a avaliação permeia todas as fases do ensino,
assegurando o seu aprimoramento permanente, possibilitando o cumprimento da função
pedagógico-didáctica. A função de controle se refere à comprovação e à qualificação
sistemática dos resultados da aprendizagem dos alunos, face a objegtivos e conteúdos
propostos. Através dessa função, são coletados os dados sobreb o aproveitamento escolar que,
submetidos a critérios quanto à consecussão de objetivos, levam a expressar juízos de valor,
convertidos em notas conceitos.

O atendimento dessas três funções evita avaliação seja considerada como elemento isolado,
vista somente pelo seu aspecto quanlitativo. Além disso, a função diagnóstica se destaca como
meio de propiciar aos alunos o controle da sua própria atividades, uma vez que são
participantes ativos e sujeitos do processo de aprendizagem.

Classificação dos conteúdos de ensino

Para LOPES (2012), ao se trabalhar com a temática de conteúdo de ensino é costumeiro


classifica-los em três tipo: Conceituais, atitudinais e procedimentais.

a) Conceituais

Os conteúdos conceituais referem-se à construção ativa de capacidades intelectuais para


operar símbolos, imagens, idéias e representações que permitam organizar as realidades.
Todos os conteúdos necessitam de uma base teórica, denominados conceitos. Os conceitos
nos transportam pela vida sejam: científicos, intelectuais, filosóficos, calculistas ou de outros
parâmetros. Estes nos revelam a verdadeira base da descoberta do saber, estimulando a
curiosidade de aprender. Os conceitos passam a desenvolver a parte cognitiva do ser levando
este a desenvolver o intelecto, o raciocínio, a dedução, a memória, proporcionando a
construção do conhecimento.

O conceito é considerado um instrumento do conhecimento, através dele é que ser humano


desenvolve sua compreensão do mundo que o rodeia, ele capacita para o mercado de trabalho
e torna-se o maior alvo de pesquisa estudantil.

Os conteúdos conceituais fazem parte da construção do pensamento, nele o indivíduo aprende


a discernir o real do abstrato; ou ilusório. Abrem-se as portas da dúvida, esta dúvida estimula
a descoberta do conhecimento, gerando novas duvidas possibilitando descobertas infinitas.
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Sendo este, um processo onde: "o conhecimento é múltiplo e evolui infinitamente [...], o
processo de aprendizagem do conhecimento nunca está acabado.”

b) Atitudinais

Os conteúdos atitudinais são a vivencia do ser com o mundo que o rodeia. O aprendizado de
normas e valores torna-se alvo principal para que este conteúdo seja adquirido por quem quer
que seja, e na sua proporção e qualificação só é desenvolvido na prática e em seu uso
contínuo. O individuo é moldado de acordo com suas vivências, porém, não é escravo destas,
podendo redimir-se ou simplesmente questionar-se.

Os conteúdos atitudinais passam pelo processo sociedade-indivíduo-sociedade. Tratando-se


de grupos, tribos, comunidades de diferentes escalões sejam eles econômicos ou culturais.
Todos seguindo normas estabelecidas por todos: respeito, compreensão, solidariedade,
humildade, muitos outros de suma importância.

No meio escolar estes conteúdos são trabalhados todo o tempo, seja ele nos trabalhos
individuais ou em grupos, sendo ele melhor trabalhado em grupo já que o tema proposto é
aprender a viver juntos respeitando uns aos outros em suas opiniões concordando ou
discordando de determinadas atitudes que ferem as normas e os valores estabelecidos
normalmente. Os conteúdos atitudinais "proporcionam ao aluno posicionar-se perante o que
apreendem. Detentores dos fatos e de como resolvê-los, é imprescindível que o aluno tenha
uma postura perante eles."

c) Procedimentais.

Os conteúdos procedimentais fazem referência ao saber fazer envolvendo a tomada de


decisões e a realização de uma série de ações ordenadas a fim de atingir uma meta

Os conteúdos procedimentais resumem-se em colocar em prática o conhecimento que


adquirimos com os conteúdos conceituais. Seja em forma de maquete utilizando-se de escala,
reprodução de um ambiente visitado, ou uma letra de música transformada em paródia. Toda
produção ou reprodução é determinado pelos conteúdos procedimentais. Como antes citado
primeiramente o conceito do assunto posteriormente o fazer, e para fazer é preciso
procedimentos corretos para o resultado esperado.
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Os conteúdos procedimentais também são de caráter profissionalizante, onde se visa que o


aluno compreenda o ofício de determinadas profissões, auxiliando no processo da escolha
profissional no futuro, desenvolvendo todas as habilidades anteriormente citadas; trabalhando
a memória, o intelecto, a dedução, habilidades motoras, e outras especificidades.

Caracterizado pelo estudo de técnicas e estratégias para o avanço do conhecimento


proporcionado através da experiência do fazer.

E como pode ser notado, nenhum conhecimento se faz por si só, todos possuem sua base,
assim como aprender a conhecer é base do aprender a fazer, aprender a fazer também torna-se
base de aprender a viver juntos, pois existem projetos, processos e procedimentos que não
poderão ser feitos ou produzidos por um único ser. Para que um livro seja publicado é preciso
que haja um escritor, alguém que revise, alguém que publique; para que um edifício se erga é
necessário um engenheiro, um técnico, pedreiros, serventes e outras especificidades, ou seja,
um conjunto.

Mesmo não possuindo muitas afinidades é possível vivermos juntos, para que o mundo possa
desenvolver-se e nós também. (NOGUEIRA, 2001)

Fases de uma aula

Os passos principais de uma aula, também denominados funções didácticas, são para
LIBÂNEO (op cit), “ ... os seguintes: Preparação e introdução da matéria, tratamento
didáctico da matéria nova, consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades,
aplicação, control e valiaçã”.

Segundo LIBÂNEO (1994) apud DIAS (2008: 98, 99), preparação e introdução da matéria,
é o momento em que ocorre a motivação, seguindo-se o desenvolvimento que consiste no
estudo propriamnte dito e integração e, por fim, a aplicação. Além de dever preceder todo o
trabalho escolar, a motivação deve desenvolver-se ao longo de toda a aula e não só no inicio,
como “ aqueceimento ”.

Ao momento de preparação, de acordo com o autor supracitado, segue-se o estudo


propriamaente dito, que é o do tratamento didáctico da matéria nova pelo método definido
pelo professor. O estudo pode ser feito dentro ou fora da sala aula, dependendo dos objectivos
definidos pelo professor.
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Após o tratamento didáctico das matérias, o professor deve proceder à melhoria e formação de
habilidades e habitos, fixando os conhecimentos. Tal consolidação e fixação da matéria deve
ser acompanhada da integração, capacidade de relacionamento e integrações das novas
aquisições nas anteriores. Estas partes reforçam-se mutualmente.

A aplicação é a fase final da aula. Pode ser directa, se se levar o aluno a aplicar os
conhecimentos adquiridos em situações próximas das estudadas, ou indirecta, se a utilização
dos conhecimento assinalados ocorreu em situações diferentes das estudadas. De acordo com
a natureza, a aplicação pode ocorrer antes do estudo sistemático, ou da fixação ou da
integração.

Conforme LIBÂNEO (1994:190) apud DIAS (2008:98, 99), a averiguação dos


conhecimentos, é a avaliação e control do rendimento escolar durante a aula, é a função
didáctica que acontece em todas as etapas do ensino-aprendizagem.
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Conclusão

Conteúdos de ensino são “ o conjunto de conhecimento, habilidade, hábitos, modos


valorativos e atitudinais de actuação social, organizados pedagógica e didacticamente, tendo
em vista a assimilação activa e aplicação pelos alunos na sua prática de vida. Englobam,
portanto: conceitos, idéias, fatos, processos, princípios, leis científicas, regras, habilidades
cognoscitivas, modos de actividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de
estudos, de trabalho e de convivência social, valores, convicções, atitudes ”.

São propostos vários critérios para selecção dos conteúdos de ensino e aprendizagem, na obra
de LIBÂNEO (2006:142), podemos encontrar os seguintes critérios de selecção dos
conteúdos: Correspondência entre os objectivos gerais e conteúdo, Carácter científico,
Caráter sistematico, Relevância social, Acessibilidade e solidez e na do PILETTI ( 2004:
92,93), propõe os seguintes os seguintes critérios de seleção de conteúdos: Validade,
significação, utilidade, possibilidade de elaboração pessoal, viabilidade e flexibilidade e são
classificados em três tipo: Conceituais, atitudinais e procedimentais.

Os passos principais de uma aula, também denominados funções didácticas e as estruturas


didàctica de uma aula são os seguintes: Preparação e introdução da matéria, tratamento
didáctico da matéria nova, consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades,
aplicação, control e valiação.
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Bibiografia

DIAS, Hildizina Norberto, Manual de Prática Pedagógica, Maputo,Editora Educar, 2008, p.


98,99

LIBÂNEO, José Carlos Didáctica Geral, São Paulo , Cortez Editora, 2006, p. 128,132, 142,
143, 144, 179 a 190

LIBÂNEO, José Carlos Didáctica. São Paulo, Cortez Editora, 1994 p.190

LOPES, M. I. Como Selecionar Conteúdos de Ensino, Rev. De Magistro de Filosofia – Ano V


no. 09. Anápolis . 2º/ 2012

NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos Projetos, São Paulo, Ática, 2001

PILETTI, Claudino, Didáctica Geral, São Paulo , Editora Ática, 23ª edição, 2004, p. 92,93,98

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