Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagogica
Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagogica
Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagogica
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO
NEUROPSICOPEDAGÓGICA NAS
DIVERSAS DIFICULDADES E
TRANSTORNOS
CONTEXTUALIZANDO
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TEMA 1 – TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO COGNITIVA
Para Gates et al. (2011, citado por Yassuda; Brum, 2015), os programas
de estimulação cognitivas envolvem os indivíduos em atividades mentais
complexas (como palavras cruzadas, exercícios de visuoconstrução, leitura e
atividades diversas oferecidas por softwares ou videogames) e tendem a ser
menos específicos. Diferentemente da estimulação, os treinos cognitivos têm
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como alvo as habilidades cognitivas específicas como memória episódica, e
costumam a oferecer instrução em estratégias mnemônicas (tais como imagens
mentais, categorização, associação face-nome).
Os treinos cognitivos podem ser apresentados em diferentes formatos,
variando em relação:
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e assim estimular a novas sinapses para uma aprendizagem significativa (Lima,
2007).
A intervenção cognitiva tem como objetivo extinguir ou minimizar as
dificuldades de aprendizagem, ou ainda, ser um meio de prevenção. Por meio de
exercícios mentais e do aprendizado de estratégias cognitivas, o indivíduo tem o
potencial de melhorar ou, pelo menos, preservar o funcionamento de determinado
domínio (Golino; Flores-Mendoza, 2016).
Para Boruchovitch (2007), as intervenções em estratégias de
aprendizagem podem ser de vários tipos: cognitivas, metacognitivas, afetivas e
mistas.
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estratégias; utilizar informações em gráficos; estabelecer linhas do
tempo; proporcionar atividades de movimentos, desenhar mapas e
labirintos, conduzir atividades de visualização, como jogo de memória;
permitir o trabalho no ritmo de cada um; designar projetos individuais e
direcionados; estabelecer metas; oferecer oportunidades de receberem
informações uns dos outros; envolver em projetos de reflexão, utilizando-
se da aprendizagem cooperativa.
Contexto clínico:
- elaborar plano de intervenção traçando metas iniciais, intermediárias e
finais para avanços da aprendizagem;
- costumar-se a trabalhar duas sessões semanais;
- analisar o cumprimento de metas, comunicando os avanços à família e
à escola, bem como outros profissionais da equipe multiprofissional;
- analisar a possibilidade de alta, em casos específicos, de dificuldades
de aprendizagem transitória, salvo os casos que necessitem de
acompanhamento constante.
Contexto escolar:
- com base nos dados e nas realidades identificados, elaborar um plano
de intervenção com pequenos grupos, em classes inteiras, ou
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individualmente, em casos específicos, estabelecendo metas iniciais,
intermediárias e finais;
- utilizar a metodologia de projetos de trabalho e oficinas temáticas,
oportunizando que os alunos desenvolvam diferentes habilidades
conforme suas individualidades, respeitando cada um, promovendo a
inclusão por meio da ação do neuropsicopedagogo;
- trabalhar com orientação de pais e professores embasados nos
conhecimentos sobre o processo de aprendizagem e suas dificuldades,
conforme dados obtidos no processo de identificação precoce em grupos
e crianças.
Terceiro setor:
- cada instituição tem um ramo de atividades que desempenha, para,
assim, escolher as melhores formas de atendimento. O
neuropsicopedagogo deverá conhecer as características daquelas em
que vai atuar. Elas podem ser os Cras, as Ocips, ONGs, Apaes etc.;
- ele atenderá de forma coletiva, e dependendo do caso, individualmente,
para que faça encaminhamentos a outros profissionais especializados;
- como intervenção, o neuropsicopedagogo planeja e executa projetos ou
oficinas temáticas.
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sentimentos, experiências, num movimento de reconstrução individual e
coletiva.
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- aperfeiçoamento da gramática: desenvolver de maneira correta suas
sintaxes;
- alfabetização: descoberta dos signos e de sua estrutura na construção
da palavra;
- memória verbal: recurso auxiliar para as demais linhas de estimulação
linguística.
Estimulação lógico-matemática:
- conceituações simbólicas das relações numéricas e geométricas,
possibilitando a percepção de “grande e pequeno”, de “fino e do grosso”,
de “largo e estreito”, de “alto e do baixo”, entre outras;
- despertar a consciência operatória e significativa dos sistemas de
numeração;
- estímulo de operações e conjuntos;
- jogos operatórios, instrumentos de medida;
- estimulação do raciocínio lógico.
Estimulação espacial:
- estimulação da lateralidade;
- orientação espaço-temporal.
Estimulação motora:
- motricidade, associada à coordenação manual e à atenção, à
coordenação visuomotora e tátil;
- percepção de forma, tamanho e peso.
Estimulação da inteligência pictórica:
- reconhecimento de objetos e de suas formas;
- reconhecimento das cores;
- percepção de formas e tamanhos;
- percepção de fundo;
- percepção visuoespacial.
FINALIZANDO
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aprendizagem, patologias e lesões adquiridas pelo cliente. Esse é o primeiro
passo para que o plano de intervenção seja traçado. Muitas são as estratégias e
técnicas que o neuropsicopedagogo poderá utilizar baseado nas necessidades
observadas em avaliação realizada anteriormente. Nesta aula, foi possível
diferenciar e compreender um pouco mais estimulação, treino cognitivo e
reabilitação, bem como alguns instrumentos e sua prática de intervenção no
ambiente clínico e institucional. O aprofundamento teórico sobre dificuldades de
aprendizagem, conhecimento e domínio das práticas de intervenção são
requisitos mínimos para uma intervenção de qualidade que se propõe a minimizar
ou compensar as dificuldades de aprendizagem do indivíduo, ou a otimização sua
capacidade como trabalho preventivo.
LEITURA OBRIGATÓRIA
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REFERÊNCIAS
_____. SBNPp. Nota Técnica n. 01/2016. Joinville: SBNPp, 2016. Disponível em:
<http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2016/11/Nota-T%C3%A9cnica-
01-2016-agosto.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2018.
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