20 Teorema Do Valor Medio - MAT 140 - 2017-I PDF
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Motivação
f 0 (c) = 0.
f 0 (c) = 0
f (a) = f (b)
x
a c b
f (b) − f (a)
f 0 (c) = .
b−a
f (b) − f (a)
g (x) = f (a) + (x − a).
b−a
y
x
a c b
O Teorema do Valor Médio afirma que existe c ∈ (a, b) tal que a derivada
de f em x = c, f 0 (c), é a inclinação da reta g .
Demonstração: Considere a função h : [a, b] → R definida por
Interpretação Fı́sica
f (b) − f (a)
O número pode ser interpretado fisicamente, como a variação
b−a
média de f em [a, b]. O número f 0 (c) é a variação instantânea. O Teorema
do Valor Médio nos diz que em algum ponto interior de [a, b], a variação
instantânea deve ser igual a variação média de f no intervalo [a, b].
Exemplo
Se um carro começa a acelera a partir de zero e leva 10 s para percorrer
400 m, sua velocidade média nesse percurso é 40 m/s. O Teorema do
valor médio nos diz que em algum instante t0 do intervalo de tempo
(0, 10), a velocidade deste carro deverá ser exatamente 40 m/s, ou 144
km/h. Note que, se s é a função deslocamento do carro então s 0 é
velocidade, assim
s(10) − s(0) 400 − 0 400
s”(t0 ) = = = = 40.
10 − 0 10 10
Consequências do TVM
Corolário
Se f é uma função derivável em (a, b), com f 0 (x) = 0 para todo
x ∈ (a, b), então f é uma função constante.
Demonstração: Sejam x1 , x2 ∈ (a, b) números distintos quaisquer.
Suponha que x1 < x2 . Note que f é contı́nua e derivável em (x1 , x2 ).
Pelo TVM existe c ∈ (a, b) tal que
f (x2 ) − f (x1 )
= f 0 (c) = 0.
x2 − x1
Segue que f (x1 ) = f (x2 ). Isto vale para qualquer par x1 , x2 ∈ (a, b).
Portanto f é uma função constante.
Corolário
Sejam f e g funções definidas e deriváveis em (a, b). Se
f 0 (x) = g 0 (x) = 0 para todo x ∈ (a, b), então existe uma constante c tal
que
f (x) = g (x) + c
para todo x ∈ (a, b).
Demonstração: Seja h : (a, b) → R definida por
Então
h0 (x) = f 0 (x) − g 0 (x) = 0,
para todo x ∈ (a, b). Pelo corolário anterior, temos h(x) = c, ou seja
f (x) − g (x) = c.
Exemplo
Determine a função cuja derivada é f 0 (x) = 2x + 1 e que o seu gráfico
contenha o ponto (0, 1).
Solução: Note que a derivada de x 2 é 2x e a derivada de x é 1. Assim, a
função h(x) = x 2 + x tem derivada h0 (x) = 2x + 1. Mas note que
h(0) = 0, ou seja, o gráfico de h não contém o ponto (0, 1).
Pelo primeiro corolário, a função f procurada satisfaz f (x) = h(x) + c.
Portanto,
f (0) = h(0) + c = 1.
De onde obtemos c = 1. Segue que a função procurada é
f (x) = x 2 + x + 1.
Exemplo
Seja v = dsdt a velocidade de um corpo que se desloca ao longo de uma
reta. Se v (t) = sen(πt), determine a posição do corpo no instante t,
sabendo que a posição inicial do corpo é dada por s(0) = 0.
Solução: Sabemos que
−cos(πt)
S(t) = +k
π
possui derivada igual a v , onde k é uma constante. Então,
−cos(0)
S(0) = 0= +k
π
1
⇒ k=
π
Portanto
1 − cos(πt)
S(t) = .
π
Exemplo
Seja g (x) = x 2 + 2x − 1 definida no intervalo [0, 1]. Determine o valor de
c que satisfaça a seguinte equação
f (b) − f (a)
f 0 (c) = .
b−a
Solução: Temos f 0 (x) = 2x + 2 e desta forma, f 0 (c) = 2c + 2. Então
Exemplo
Mostre que a equação x 3 − 3x + 1 = 0 possui exatamente uma solução
entre 1 e 2.
Exemplo
Mostre que a equação x 3 − 3x + 1 = 0 possui exatamente uma solução
entre 1 e 2.
y
3
x
0 1 2 3
−1