Aula 6 HIDRAÚLICA Condutos Forçados PDF

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LV m

hf = K  n
D

Aula 6 –Condutos Forçados


e Perdas de Carga (parte 1)
Condutos forçados

 São canalizações em que o escoamento


ocorre a uma pressão diferente da pressão
atmosférica.
 - Sempre fechados e escoamento com
seção completamente cheia
 Escoamento por gravidade ou
bombeamento
Condutos forçados
Condutos forçados

Histórico - escoamento de líquidos em condutos forçados

❖ Perdas de carga são proporcionais à velocidade de escoamento

- Gotthilf Heinrich Ludwig HAGEN (Prússia, 1830): hf a V

- Jean-Louis-Marie POISEUILLE (França, 1840): hf a Vn; n  2


Experimento de Osborne Reynolds
(1883)

Fonte: Manchester School of Engineer


(http://www.mace.manchester.ac.uk)
Número de Reynolds

−1
V ( m s )  D ( m)
Re = NR = 2 −1
 (m s )

 NR = número de Reynolds (adimensional)


 V = velocidade média
 D = diâmetro do conduto

 = Viscosidade cinemática do líquido
Regime laminar

 Reynolds observou que:

 V < V crítica → corante retilíneo e a


trajetória das partículas não se
misturava
 As partículas fluidas apresentam
trajetórias bem definidas e não se
cruzam

NR < 2.000 → Regime laminar


REGIME TURBULENTO

 V > V crítica → corante se


misturava em um movimento
desordenado

 Trajetórias das partículas são


desordenadas

NR > 4.000 → Regime turbulento


Regimes de escoamento

2.000 > NR > 4.000 → zona crítica → Transição


Limites de velocidade

Limites de velocidade em escoamento de líquidos


- Mínimo: evita sedimentação de partículas
Água não tratada: 0,4 m/s
Esgoto: 0,6 m/s
Água tratada: sem limite mínimo
- Máximo: evita perda de carga excessiva e desgaste prematuro de condutos
V ≤ 2,5 m/s
Medida prática: Vmax = 2,0 m/s
Exemplo:

 Qual o regime de escoamento da água a 20 °C em um


conduto de Ø = 0,05 m com uma velocidade de 1 m s-1 ?
 água 20°C = 10-6 = 0,000001 m2 s-1

 Qual deveria ser a velocidade de escoamento do


exemplo anterior para que o regime se tornasse laminar?
(Regime laminar: Re ≤ 2000)
Regimes Vm
de escoamento
= Velocidade média =
Q
S

Escoamento Laminar Escoamento Turbulento

Vmax = 2 Vm Vmax = 1,1 a 1,25 Vm


Vm  0,5 Vmax Vm  0,8 a 0,9 Vmax
PERDA DE CARGA hf

 Movimento laminar: perda devido à força de viscosidade (atrito


interno)→ resistência ao deslizamento

 Movimento turbulento: perda devido à ação conjunta da


viscosidade e da inércia (atrito interno e externo)→ resistência ao
deslizamento, movimento desordenado e choque entre as
moléculas.

 Princípio de Lavoisier: perda de carga = energia transformada em


calor
PERDA DE CARGA hf


PERDA DE CARGA

 hf ao longo das
canalizações (hf normal)

 Classificação
 Hfdas peças e acessórios (hf
localizada)
PERDA DE CARGA hf
Perda de carga é:

 Diretamente proporcional ao comprimento da canalização (L)


 Diretamente proporcional à uma potência da velocidade (Vm → Qm)
 Inversamente proporcional a uma potência do diâmetro (Dn)
 Dependente da natureza das paredes do tubo (em regime
turbulento)(constante de proporcionalidade = K)
 Independente da posição do encanamento (para escoamento
permanente)
 Independente da pressão que o fluído escoa
PERDA DE CARGA AO LONGO DO
CONDUTO
Fórmula geral da perda de carga (Darcy 1857)

LV m
hf = K  n
D
PERDA DE CARGA AO LONGO DO
CONDUTO

hf 1 m
J = =K n V
L D

Perda de carga unitária


Fórmula Universal

2
L V
hf = f  
D 2g

f é o coeficiente de atrito (adimensional)


→ Número de Reynolds (NR)
→ Rugosidade relativa   
D
Diagrama de Moody
Fórmulas Práticas empíricas de hf:

 Obtidas em laboratório
 Válidas para condições específicas:
- grupo de materiais
- tipo de líquido
- temperatura do líquido
- faixa de diâmetros
- geralmente regime de escoamento turbulento
Fórmula de Hazen-Williams
Gardner Williams and Allen Hazen (1920).
Aplicação: Todos os materiais e Diâmetro: 2” a 120” (50 a 300 mm)

10,65  Q L1,852
hf =
C1,852
D 4,87

0, 38
Q hf
D= onde J =
0,615  C  J
0, 38 0, 205
L

Q = 0,2788 C  D 2, 63
J 0, 54
Fórmula de Hazen-Williams
MATERIAL coeficiente C
Plástico, polietileno, PVC 150
Latão, cobre, chumbo, estanho, chapas de ferro estanhado
novos, cimento amianto, mangueiras de tecido revestidas de 140
borracha de boa qualidade
Alumínio 135
Aço galvanizado, concreto de acabamento liso, ferro fundido e
130
aço revestidos de cimento liso novos, ferro fundido novo
Ferro galvanizado 125
Alumínio com juntas de acoplamento rápido, Manilha de argila
120
comum para drenos
Manilhas de ferro para esgoto 110
Alvenaria de tijolos revestido de cimento liso 100
Tubos corrugados 60
Fórmula de Flamant
- Alfred-Aimé Flamant (França, 1883)
Aplicação: Irrigação localizada e Diâmetro inferior a 2” (50 mm)

6,107  b  L  Q 1, 75
hf = 4, 76
D
0,356 ℎ𝑓 0,57
𝑄= ∙ 𝐷 2,714 ∙
𝑏0,57 𝐿
𝐿 0,21
𝐷 = 1,464 ∙ 𝑏 0,21 ∙ 𝑄 0,368 ∙
ℎ𝑓
Fórmula de Flamant
MATERIAL FLAMANT coeficiente b

Ferro ou aço usado 0,00023

Ferro ou aço novo 0,000185

Concreto 0,000185

PVC 0,000135

Chumbo 0,000140
Exemplos:

 Considerando a adutora por gravidade com Q = 0,005 m3 s-1; L = 650


m e tubo de cimento amianto com C = 140. Qual o diâmetro teórico?

65m
65 m
Exemplos:

 Considerando o esquema abaixo:

L = 100 m 10 m
ferro usado b = 0,00023
Exemplos:

 Calcule (utilizando Flamant):


a) Diâmetro teórico para vazão de 2,5 L/s
b) Qual o diâmetro comercial para Q = 2,5 L/s
c) Caso não seja controlada, qual seria a Q efetiva para o diâmetro
comercial adotado no item b
d) Caso a Q seja controlada em 2,5 L/s qual a perda de carga efetiva
Diâmetro Diâmetro
´´ ´´
m mm m mm
(polegadas) (polegadas)
0,0063 6,3 1/4 0,1 100 4
0,0095 9,5 3/8 0,125 125 5
0,0125 12,5 1/2 0,150 150 6
0,016 16 5/8 0,2 200 8
0,019 19 3/4 0,25 250 10
0,025 25 1 0,3 300 12
0,031 31 1¼ 0,35 350 14
0,038 38 1½ 0,4 400 16
0,050 50 2 0,45 450 18
0,062 62 2½ 0,5 500 20
0,075 75 3
Exemplos:

 Uma adutora de PVC usado (C = 140) de 1800 m de comprimento


será dimensionada para conduzir uma Q = 2,0 L/s entre 2 reservatórios
cuja h = 21,72 m (diferença de nível). Pede-se:
a) Diâmetro teórico
b) Diâmetro comercial
c) A Q efetiva para o diâmetro comercial caso a mesma não seja
controlada
d) A hf efetiva caso a vazão seja controlada em 2,0 L/s
Entregar

 Considerando o esquema abaixo:

L = 100 m 10 m
PVC b = 0,000135
Exemplos:

 Calcule (utilizando Flamant):


a) Diâmetro teórico para vazão de 2,5 L/s
b) Qual o diâmetro comercial para Q = 2,5 L/s
c) Caso não seja controlada, qual seria a Q efetiva para o diâmetro
comercial adotado no item b
d) Caso a Q seja controlada em 2,5 L/s qual a perda de carga efetiva
PERDA DE CARGA LOCALIZADA

- Cada peça instalada na tubulação causa perda de carga


- Perdas de carga que ocorrem nas peças = hfL

- 2 métodos:
a) Método dos coeficientes (K) → expressão geral
b) Método dos comprimentos equivalentes (Leq)
PERDA DE CARGA hf
PERDA DE CARGA LOCALIZADA

a) Método dos coeficientes (K)

2 hfL – perda de carga localizada, mca


V
hfl = K V – velocidade de escoamento, m/s
2g
g – aceleração da gravidade, m/s2
PERDA DE CARGA LOCALIZADA
PERDA DE CARGA LOCALIZADA

b) Método dos comprimentos equivalentes (Leq)

- Para efeito de cálculo adiciona-se comprimentos que correspondem


à perda causada pelas peças existentes na tubulação
- Comprimento da tubulação: L
- Comprimento equivalente às peças na tubulação: Le
- Comprimento total: LT = L + Le
PERDA DE CARGA LOCALIZADA
Exemplo

Calcular a perda de carga no esquema a seguir:


D = 25 mm; Material: PVC; Q = 0,5 L/s e
PVC (b = 0,000135)
Item Peça Quant K Le
1 Entrada reentrante 1 1,0 1,0
2 Tê de saída lateral 1 1,3 2,4
Curva 90o raio
3 5 0,4 0,5
longo
Registro de gaveta
4 1 0,2 0,2
aberto
Saída de
5 1 1,0 0,9
canalização

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