Eram Os Deuses Cariocas?

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ERAM OS

DEUSES CARIOCAS?
ERAM OS
DEUSES CARIOCAS?
Um livro que apresenta a hipótese do GIGANTE
ADORMECIDO ter acordado em meio a CIDADE
DO RIO DE JANEIRO lembrando que a mesma era a
ATLÂNTIDA de Platão.

Leonardo Leite
Índice

Prefácio......................................................................................................9
Introdução.................................................................................................11
Capítulo 1 - Aprensentação.................................................................. 13
Capítulo 2 - O gigante adormecido do Rio de Janeiro.................... 15
Capítulo 3 - Reflexão dos mistérios egípcios e do mito de Osíris.....21
O mito de Osíris e o "Livro dos Mortos"........................................... 25
O mito de Osíris...................................................................................... 29
Capítulo 4 - A Atlântida de Platão...................................................... 33
Capítulo 5 - Grandes navegações, cavaleiros templários e o tesouro
do rei Salomão......................................................................................... 43
Os dois segredos do rei Salomão.......................................................... 44
Os segredos dos templários................................................................... 47
Os segredos das grandes navegações................................................... 51
Capítulo 6 - Os segredos da Pedra da Gávea.................................... 61
O portal da Pedra da Gávea.................................................................. 70
Capítulo 7 - Mistérios do Pão de Açucar........................................... 77
Capítulo 8 - Morro dos Irmãos........................................................... 91
O segredo do Deus "Anúbis", o "Chacal".......................................... 91
Capítulo 9 - Corcovado - Cristo Redentor........................................ 99
A grávida deusa "Ísis", mãe do deus "Hórus".................................... 99
Capítulo 10 - Um dinossauro em pleno Rio de Janeiro................. 105
Capítulo 11 - Anjos caídos, deuses, heróis e gigantes pré-diluvianos..... 113
Capítulo 12 - Diálogos com o autor................................................. 123
Diálogo com um cético contestador.................................................. 123
Diálogo com um cientista....................................................................129
Diálogo com um filósofo.....................................................................135
Diálogo com um teólogo.....................................................................141
Diálogo com um iniciado....................................................................145
Diálogo com um ufólogo....................................................................151
Diálogo com o leitor............................................................................165
Considerações sobre os diálogos deste capítulo.............................. 169
Capítulo 13 - Imagens.........................................................................171
Adendo...................................................................................................177
Conclusão...............................................................................................179
Dedicatória.............................................................................................181
Referências Bibliográficas....................................................................183
Prefácio
“Sigillum Naturae Et Artis Simplicitas.”
(O cunho da natureza e da arte é a simplicidade)

Antes de mais nada, quero dizer que não escrevo este li-
vro aos ultracientíficos, quanto menos aos “superintelectuais”
de plantão.
Escrevo aos homens simples, isto é, a maioria da huma-
nidade, que são aqueles que têm na simplicidade do coração a
premissa de aceitar o “novo”, mesmo que esse “novo” seja tão
antigo quanto à própria origem do ser humano no planeta Terra
e de todo um mundo pré-diluviano.
Este é um livro novo, e, apesar de considerá-lo apenas um
resumo, o mesmo é uma releitura final, axiomática e quase defi-
nitiva de tudo que já foi escrito sobre temas tais como Atlântida,
extraterrestres, continentes desaparecidos, deuses antigos e ou-
tros assuntos do gênero. Mas lembrando: sempre tratado sob a
ótica de nosso tema principal que é o Gigante Adormecido do
Rio de Janeiro, é claro.
Esse livro é simples, como as verdades de Deus, pois o
Mesmo em suas revelações jamais complica o que quer que
seja. Não é intenção do Criador, creio eu, confundir a mente do
homem.
A simplicidade e a verdade são o meu lema e missão. E
aqui está o “Summum Bonum” das pesquisas que realizei.
Em relação ao autor, tenham o carinho e a compreensão
de não esperarem explicações após a divulgação desse livro, pois
o mesmo é único e definitivo. E tudo que tenho a dizer às mas-
sas aqui se encontra.

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Peço também aos leitores que não me procurem, não
mandem e-mails, cartas ou afins. Acredito, no momento, que
minha palavra final está aqui.
Não procuro reconhecimento nem nada parecido.
Entrevistas muito menos. Realmente, é uma “bomba” imaginária
e deleitosa, o que revelarei neste livro e espero que cada um dos
meus amados leitores se adapte da sua maneira ao que possa ler
e entender.
Se alguém discordar do que escrevo, sinceramente, pouco
me importa. Se alguém acreditar em tudo e começar suas pró-
prias pesquisas, também pouco me importa. É com amor que
falo tudo isso, mas pouco me importa mesmo.
O que realmente importa é o que revelo aqui, isto é: a
teoria de que os deuses antigos, extraterrestres ou mesmo anjos
caídos utilizaram a atual cidade do Rio de Janeiro, como talvez
o seu primeiro império global de escravização e domínio civili-
zatório sobre uma raça humana pré-diluviana, e que essa cidade
não era outra, senão a Atlântida de Platão.

Agradecidamente, o autor.

10
Introdução
“Nunca imite ninguém, que a tua produção seja como um fenômeno novo
na natureza.”
Leonardo da Vinci

O objetivo deste livro, como dito claramente, é tentar pro-


var a teoria de que a cidade do Rio de Janeiro em seu passado
remoto foi abrigo de uma civilização extraterrena, ou mesmo de
“anjos caídos” e, que esses mesmos seres, daqui desta cidade,
propagaram pelo mundo inteiro seu domínio cultural e civili-
zatório, seus mitos, suas crenças e suas formas de reinar sobre
o espírito humano. Lembre-se de que estamos falando de um
mundo pré-diluviano, anterior a todas as épocas.
Para isso, podemos observar que tanto a cultura suméria
quanto a dos assírios, babilônios, egípcios, gregos, romanos e
tantas outras, tiveram a origem de seus mitos em uma civilização
anterior e que possivelmente viveu nos arredores desta cidade, a
cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Incrível isso! Mas as Amé-
ricas guardam muitos segredos.
Finalmente tento revelar as provas de que a Atlântida, esse
continente desaparecido que tanto moveu a imaginação de inú-
meros exploradores e arqueólogos, descrita pelo filósofo grego
Platão, está e sempre esteve localizado exatamente nesta cidade,
no Rio de Janeiro.
Não exporei essa teoria com artefatos antigos, elucubra-
ções históricas, míticas ou quaisquer que sejam. Demonstrarei
isso tudo com pedra. Com exatamente aquilo que estava o tem-
po todo em nossas “caras” e ninguém viu. E os poucos que che-
garam perto dessa verdade, confundiram-na de todas as formas
e com teorias das mais estranhas possíveis, indo desde coloniza-

11
ções fenícias, acadianas, caldeias e outras baboseiras. Se, muitas
vezes, isso foi feito propositalmente, o futuro dirá.
Não desejarei boa leitura a ninguém, pois o descobrimen-
to dessa verdade em pedra, ao mesmo tempo em que nos liberta
de antigos parâmetros, nos aflige muito, pois é todo um novo
mundo que emerge à nossa frente. É o próprio ressurgimento
do continente da Atlântida sob a égide do Gigante Adormecido
do Rio de Janeiro.

12
1
Capítulo

Apresentação
“Não me vali nem da razão, nem de cálculos, nem de mapas-múndi. Reali-
zou-se simplesmente o que dizia o Profeta Isaías.”
Cristóvão Colombo, navegante genovês (1451-1506) descobridor das Américas,
em Carta aos reis da Espanha.

Passei praticamente minha vida toda estudando o insólito,


o incompreensível, o sobrenatural. Mas de todos os temas que
eram considerados mais inusitados por mim, o do continente
desaparecido de Atlântida foi o que mais me fascinou.
Comecei com sorte minha pesquisa, estudando primeira-
mente o único autor que possa ter crédito nessa exposição de
fatos, pois foi o primeiro a falar da Atlântida.
Não foi ninguém mais que o filósofo grego Platão. O
mesmo que, em seus dois diálogos “TIMEU” e “CRÍTIAS”,
primeiramente mencionou o tema. E isso poupou-me de ler
inúmeras baboseiras vindas somente da imaginação de autores
diversos que por mais românticas e belas que aparentassem, não
respondiam ao meu anseio, pois realmente sempre acreditei na
existência da Atlântida.
Segundo Platão, o conhecimento desse continente an-
terior ao dilúvio veio-lhe graças a fontes de sábios do Antigo
Egito.
Afirmo categoricamente, que sem entender nada do que
quer que seja da antiga cultura egípcia, jamais poderíamos as-

13
sociar os fatos que revelarei. Isso vale também para a cultura
suméria, maia, asteca, dos hebreus e de outras.
Por isso ao longo de minhas explanações, e de forma simpli-
ficada, tomarei como referência inúmeros símbolos e lendas usadas
nessas civilizações, inclusive trechos de seus escritos sagrados.
Jamais entrarei em detalhes minuciosos no que quer que
seja, pois vivemos um século no qual qualquer pessoa pode ir à
internet e acoplar mais conhecimento ao que falo.
Aliás, sem a internet, nada do que eu falaria poderia ser
demonstrado com tanta clareza, e, atualmente, o leitor “cresci-
dinho” pode ir à mesma e contrapor ou endossar tudo aquilo
que demonstro.
Isso porque a internet é o melhor lugar para se refletir
sobre esse assunto sob a ótica de uma multidisciplinaridade sem
precedentes; onde, da troca e cruzamentos de saberes, pode-se
“tentar” resolver a questão. E é por essa ótica que exporei mi-
nha hipótese.
E como deixei a entender no prefácio, não sou, nem serei
pregador do que quer que seja neste âmbito.
Mas deixando detalhes de lado, e já considerando que a
cidade do Rio de janeiro em seu passado pré-diluviano pertencia
ao continente desaparecido descrito por Platão – e que também
foi deste mesmo ponto geográfico que sua cultura atlante se es-
palhou pelo resto do globo – conduzindo uma história original
que através de inúmeras épocas e civilizações receberam nova
roupagem, novo “véu”, para levar sempre a mesma história
através de “revelações”. Isso para que outros possam entender
o mesmo fato sob nova ótica e perspectiva.
E será justamente nessas culturas antigas que montarei o
quadro propício para que o leitor entenda aonde quero chegar.
E partindo destes pressupostos iremos para o capítulo 2.
14
2
Capítulo

O Gigante Adormecido Do
Rio De Janeiro
“A simplicidade é a complexidade resolvida.”
Constantin Brancusi (1876-1957), artista romeno.

Conta-se em uma lenda muito antiga, e somente há pouco


tempo, conhecida do grande público, sobre um gigante adorme-
cido formado pelas silhuetas de algumas montanhas que pode
ser observado por quem estiver no oceano, mais precisamente
nas costas do litoral. Essa visão de um trecho da cidade visto
pelo mar é denominada o “Complexo do Gigante Adormecido
do Rio de janeiro ou da Guanabara”.
Portanto, trata-se de uma formação montanhosa que cir-
cunda parte da Baía de Guanabara, oferecendo a visão de um
gigante deitado. Mas chegou o momento de falarmos mais com
imagens do que com palavras. Abaixo, três fotos recentes do
Gigante adormecido, seguida de um esboço do autor.

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Imagem 1 - O Gigante Adormecido do Rio de Janeiro visto do Morro das Andorinhas em Itaipú -
Niterói. Foto de Mario Howat.

Imagem 2 - Eis uma foto mais recente do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro. Nota-se a cabeça(Pedra
da Gávea) na parte esquerda do conjunto de montanhas e os pés (Morro do Pão de Açúcar) à direita.
Foto tirada pelo autor.

Imagem 3 - O autor em alto mar desfrutando a paisagem do Gigante Adormecido do Rio de janeiro. Foto
feita por Roberto Gonzalez.

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Imagem 4 - Esboço feito pelo autor do Gigante Adormecido do Rio de janeiro.

Pelo que foi visto, é evidente que o Gigante Adormecido


do Rio de Janeiro é composto por um complexo de montanhas
que em sua formação se estende por sete bairros, a saber: Barra
da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Bota-
fogo e Urca, sendo o seu comprimento de aproximadamente 20
km. Daí o termo “Complexo do Gigante Adormecido do Rio
de Janeiro ou da Guanabara”.
Essa imagem ou silhueta são formadas pelas montanhas
que formam a figura de um homem deitado, mais precisamente
à semelhança de uma múmia, lembrando muito o deus egípcio
Osíris – o único deus que em quase todas as imagens pictóricas
egípcias está olhando para o céu, para o cosmos, do qual trata-
remos em um dos capítulos posteriores.
No que tange a esse capítulo, vamos nos deter somente
aos aspectos referentes ao nosso Gigante Adormecido do Rio
de Janeiro.
Mas devemos esclarecer antes de prosseguirmos: que se-
ria um erro primário, mas muito comum, achar que as figuras
esculpidas nas pedras e em suas projeções sejam milimetrica-
mente perfeitas. Isso jamais ocorreria, simplesmente por duas
razões. A primeira é pelo fato de que as montanhas são sempre
17
irregulares por si próprias – não contendo regularidades em sua
estrutura natural. E a segunda é justamente o fato da erosão,
modificando os aspectos das montanhas ao longo dos anos.
Mas será justamente o contraste das imperfeições naturais
que uma montanha pode conter, com determinadas formações
que seriam impossíveis para a Natureza construir que legitimará
toda nossa hipótese.
A silhueta total do Gigante Adormecido pode ser vista com
mais perfeição da Ilha Rasa, que se localiza em frente ao litoral
carioca e na qual alguns pesquisadores consideram o seu nome
oriundo de uma interpretação traçada com paralelos da cultura do
antigo Egito, explicando o mesmo da seguinte forma: Ilha Rasa, a
“Ilha de onde se vê Rá”, ou melhor, o deus egípcio Rá.
O autor acha até elegante a proposta da causa dessa deno-
minação, mas não encontra verdade alguma relacionada com a
mesma.
Consideramos também, que este perfil do Gigante Ador-
mecido parece ter sido esculpido na montanha aproveitando-se
a própria topografia local, modificando apenas alguns aspectos
da Mãe Natureza.
É simplesmente incrível o fato de nossa escultura com
aproximadamente 20 km de comprimento tenha o tamanho
do Gigante Adormecido onde se localizam como já dito, sete
bairros do litoral da cidade do Rio de Janeiro que permeiam
algumas praias famosas como a praia de Copacabana, praia de
Ipanema, praia do Leblon e outras.
Detalhando melhor as principais montanhas que formam
no todo o Gigante Adormecido, descreveremos abaixo as prin-
cipais:
A Pedra da Gávea como já dito, seria a cabeça do Gigante.
O Morro do Pão de Açúcar, onde se encontra seu famoso bon-
18
dinho, seria o pé do mesmo Gigante. Já o Morro do Corcovado
o qual se encontra a famosa estátua do Cristo Redentor, seria o
falo do Gigante Adormecido.
Sobre esse fato, nenhuma estranheza nos causa, pois nos
mitos egípcios, particularmente na lenda de Osíris, o falo tem
um papel importantíssimo na construção da mesma, pois quan-
do o deus Osíris foi morto e desmembrado pelo seu irmão, o
deus Seth, seus pedaços foram espalhados ao longo do rio Nilo
e a única parte que não foi encontrada pela sua irmã e esposa, a
deusa Ísis, foi justamente o falo.
Continuando, as mãos entrelaçadas sobre o peito do Gi-
gante seria composto pela famosa Pedra Bonita, conhecida
pelos seus praticantes de Asa Delta e Parapente. Boa parte do
corpo do Gigante Adormecido seria formada pelo misterioso
Morro Dois Irmãos, montanha essa particularmente interessan-
te para o autor deste livro e na qual adiante falarei pouco, mas
com muita sinceridade.
Muitas pessoas podem até argumentar a tese de que o Gi-
gante Adormecido do Rio de Janeiro, e o seu simbolismo apre-
sentado nas formas das montanhas que formam o conjunto do
Complexo como sendo apenas um fenômeno de “Pareidolia”,
isto é, quando uma imagem vaga, ou mesmo abstrata é interpre-
tada pelo cérebro como algo significativo e já existente. Discor-
do absolutamente e acredito que o leitor também fará o mesmo
após terminar esse livro.
O mais incrível de tudo isso, é que todas as montanhas que
formam o Complexo do Gigante Adormecido estão localizadas
em áreas urbanas e muito populosas, assim, não exigindo ao
pesquisador se aventurar em áreas distantes, inexploradas pelo
homem ou mesma carentes de suporte e conforto ao estudioso.
Isso facilitou muito minha pesquisa, pois moro justamente em
um desses bairros que compõe nosso Gigante.
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Aliás, essa é uma das principais características da cidade
do Rio de Janeiro. O fato do contraste entre áreas urbanas po-
pulosas que convivem e se misturam com montanhas, praias,
restingas, florestas e serras em um raio de poucos quilômetros.
Sendo justamente essa geografia única, uma das características
principais que dão ao Rio de Janeiro o título mundialmente co-
nhecido de “Cidade Maravilhosa”.
Depois dessa explanação sobre o Gigante Adormecido do
Rio de Janeiro, muitas perguntas devem estar surgindo na mente
dos leitores.
Mas quem se daria o trabalho de construir tal obra? Quais
seriam os meios utilizados para isso? Que relações são essas
com mitos egípcios? Foram gigantes que as construíram? E o
que tudo isso têm com o continente perdido da Atlântida de
Platão? Será que outros já sabiam disso tudo?
Sim, todas essas perguntas são mais do que legítimas e
tentaremos explicá-las nos capítulos seguintes.

20
3
Capítulo

REFLEXÃO DOS MISTÉRIOS


EGÍPCIOS E DO MITO DE
OSÍRIS
(O Gigante do Rio de janeiro e os Mistérios Egípcios - Osíris é o nosso
Gigante)
“Não digas pouco em muitas palavras, mas muito em poucas.”
Pitágoras (589 a.C. - 497 a.C.), filósofo e matemático grego.

Gostaria de lembrar, que dos mistérios relacionados ao


antigo Egito, serão apenas mencionados aqueles que têm extre-
ma relação com a hipótese apresentada do Gigante Adormecido
do Rio de Janeiro.
Destacaremos basicamente as relações do panteão de deu-
ses do antigo Egito com trechos de um de seus livros mais sa-
grados: o famoso “Livro dos Mortos” que ajudará a legitimar
nossa teoria do Complexo do Gigante Adormecido, que não
seria nenhum outro senão o próprio deus Osíris.
Partindo do pressuposto que a antiga civilização egípcia se
fundou sobre uma revelação da qual menciona que aqueles que
fundaram a sua religião vinham e haviam vivido em uma região
do extremo Oeste é que iniciaremos nossas comparações.
Assim, a partir dessa premissa e desses relatos, há apro-
ximadamente 12.000 anos existiu ao oeste do Egito uma civi-
lização culturalmente avançadíssima que ao chegar ao Egito,
apesar de sua riqueza cultural, estavam materialmente simples,

21
portanto não deixaram traços arqueológicos disponíveis, como
se tivessem migrado após uma possível catástrofe.
Seriam eles, talvez, os remanescentes de uma “Idade do
Ouro”, ou de “Uma Terra Paradisíaca”? Ou quem sabe, pos-
sivelmente descendentes dos “deuses” ou “gigantes” aos quais
quase todas as mitologias como a assíria, babilônica e grega
mencionam em seus textos? Ou mesmo extraterrestres ou anjos
caídos como alguns insinuam?
Dentre as características dos mistérios egípcios que nos
interessam, podemos destacar não somente a inúmera quantida-
de de deuses em formato de animais, como também a pratica da
mumificação dos mortos. Destacamos também a importância
que dedicavam ao movimento dos astros e suas constelações,
assim como suas construções monumentais utilizando-se gigan-
tescos blocos de pedras tal como a pirâmide de Gisé ou mesmo
sua grande esfinge, juntamente com sua riqueza cultural como
um todo.
O Egito antigo, apesar de todos os esforços dos pesqui-
sadores, sempre foi um dos mistérios mais incríveis da história
humana, compondo uma rede de perguntas insolúveis ao longo
do tempo.
Mas o que mais nos interessa nesse capítulo é: como seria
possível aparecer durante as três primeiras dinastias uma das
artes mais poderosas que conhecemos, parecendo sair simples-
mente do nada e seguida por mutações e refinamentos próprios?
Como já mencionado, os próprios egípcios sempre con-
sideraram suas primeiras dinastias como o grande período no
qual inúmeros conhecimentos foram-lhes entregue para seu
desenvolvimento. Afirmavam que esse impulso de desenvolvi-
mento antecedeu antes mesmo a primeira dinastia. Mas como
isso seria possível?

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Ora, alegar que o Egito pré-dinástico se compunha apenas
de selvagens, como afirmam alguns estudiosos, dificulta ainda mais
a explicação desse salto cultural. Pois dessa forma, seria impossível
que homens selvagens, do nada, construíssem uma das civilizações
mais belas e ricas culturalmente que já houve na face da Terra.
Então, devemos ainda examinar a hipótese da “migração”
que levou os “antecessores egípcios” para o próprio Egito. E
entender a chegada ao vale do Nilo desses “mestres divinos do
Oeste” que de lá migraram após a catástrofe mencionada pelos
mesmos egípcios que destruiu e submergiu essa mesma terra
denominada por eles como “Sekhem”, ou a nossa Atlântida,
que seria em nossa tese a cidade do Rio de Janeiro.
No capítulo XIX do Livro dos Mortos do antigo Egito,
um esclarecimento começa a surgir. Fala-se da chegada ao Egito
em pequenos grupos sucessivos, dos primeiros servidores de
Hórus vindos do Ocidente, na outra extremidade da Líbia.
Esses servidores de Hórus, denominados Shemsu-Hor,
pertenciam, segundo diz a tradição, a um país submerso, situado
a Oeste ou ocidente, do outro lado da Líbia, onde o sol se põe.
Entre os Shemsu-Hor, encontravam-se alguns dos primei-
ros metalurgistas da história, os “Mesentiou”, cuja lembrança
ficou preservada nos textos e inscrições do vale do Nilo.
Podemos nos perguntar quais teriam sido as contribuições
específicas desses primeiros colonizadores que, misturando-se
aos nativos da região, lhes passaram algumas de suas tradições e
conhecimentos mais significativos.
Independentemente dos mitos de ordem religiosa — en-
tre os quais o de Osíris, esses primeiros “deuses civilizadores”
que chegaram do Oeste, desenvolveram uma “teoria” sobre
suas próprias origens, e sobre técnicas associadas à metalurgia e
ao trabalho nas pedras.

23
Dessa forma, afirma-se que os colonizadores do Oeste
contribuíram acentuadamente para fundar a cosmologia, cos-
mogonia, a geografia, e as ciências das medidas e das matemáti-
cas do antigo Egito.
Mais detalhes sobre o deus “Hórus” e alguns dos deu-
ses do panteão egípcio, explicaremos mais adiante o significado
deles e, com detalhes de forma quando estudarmos separada-
mente os morros que compõem o Gigante Adormecido do Rio
de Janeiro, pois cada qual corresponde a um deus egípcio em
particular.
Então, resumindo essa hipótese, compreende-se que hou-
ve uma época na história humana, especificamente na história
egípcia, que existe uma lacuna a ser preenchida pelos historiado-
res, que até o momento presente está sem explicação.
Segundo a hipótese apresentada neste livro, os remanes-
centes desta terra ao Oeste embarcaram e navegaram seguindo
as grandes correntes atlânticas. Logicamente, atingiram em pri-
meiro lugar a África para depois de longas etapas atingiram as
Canárias. Mais tarde, assim que as condições climáticas permiti-
ram, eles se dirigiram para o Oeste e o Norte da Europa no qual
encontraremos uma rede de inúmeros megalíticos idealizados e
construídos pelos mesmos como uma forma de identificarem e
marcarem o caminho que os levaria de volta a terra do Oeste.
Eles construíam os megalíticos como marcadores de um
relógio cósmico e astronômico nos quais identificavam solstí-
cios e equinócios que serviam de referência e lembrança para
alcançar novamente a terra dos deuses. Como se fossem miga-
lhas de pão espalhadas em um labirinto para saber o caminho
da volta.
Como esses visitantes eram mais avançados em
conhecimentos que os nativos, eles se comportaram a
princípio como iniciadores e depois como missionários de
24
um determinado conhecimento e iniciadores de toda a cultura
egípcia, assim como em grande parte da Europa.
São aqueles, que como mencionado, iriam se transformar
nos Shemsu-Hor, os servidores do deus Hórus - o deus em
forma de falcão.
Assim, esses mesmos conhecedores e portadores do co-
nhecimento megalítico, preencheram o mundo mediterrâneo e
a Europa ocidental e setentrional com blocos gigantescos de
pedra, que de alguma forma mapeavam a geografia terrena com
marcos geográficos.
Tempos mais tarde, seguindo o caminho inverso retorna-
ram às duas Américas tendo a região de Bahamas como ponto
inicial. Mas quando retornaram às Américas, o continente ainda
se encontrava imerso pelo suposto dilúvio e sob a égide de uma
geografia novamente selvagem.
Assim, os que retornaram a sua terra natal ao Oeste no-
vamente voltaram a viver praticamente como selvagens. Trans-
formaram-se assim nos nativos do Novo Mundo que entrariam
posteriormente em contato com os colonizadores europeus
após as grandes navegações do século XVI.
Agora, falaremos do mito de Osíris e sua influência na
tese do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.

O MITO DE OSÍRIS E O “LIVRO DOS


MORTOS”
- A possível relação com o Gigante Adormecido do Rio De Janeiro -

O Livro dos Mortos no Egito antigo era considerado o


livro mais sagrado. Nele podemos encontrar inúmeras descrições
sobre a mitologia egípcia. Neste mesmo livro, também é
25
mencionado uma terra ao Oeste. Chama-se a “Terra do Além”
ou “Porta Ocidental do Além”, ou mesmo os “Campos da Paz”
e “Campos dos bem-aventurados”.
Segundo o Livro dos Mortos, a chegada a esta terra a Oes-
te é alcançada depois de uma viagem que decorre sob a orienta-
ção e proteção da constelação da Grande Ursa, pertencente ao
firmamento atlântico boreal, partindo do Egito para Oeste.
Assim, entendemos que existia uma ligação espiritual e
material com o Ocidente, a ponto de a mesma estar tão arrai-
gada na tradição egípcia que por ocasião dos funerais, os ami-
gos do morto acompanhavam o cortejo clamando: “Para Oeste!
Para Oeste!”. Ao contrário de nós ocidentais, que muitas vezes
utilizamos o Leste simbólico como fonte de luz espiritual, esses
mesmos egípcios antigos consideravam o contrário, assim tendo
o oeste e o ocidente como fonte de sua luz espiritual e cultural.
O Livro dos Mortos se refere constantemente ao reino
duplo de Osíris que seria, não somente o “Senhor do Céu e da
Terra”, como também das “Duas Terras”. Eis um trecho do
capítulo CXLIX:

“Na verdade eu conheço uma porta em meio


a esses campos
Por ela sai Rá para o Oeste do céu
Ao sul se encontra um lago
Frequentado pelas aves Kharu;
Ao norte situa-se um canal
Por onde andam as aves Rá.”

Neste fragmento do Livro dos Mortos mencionado acima,


devemos destacar não somente a terra ao oeste, mas também a
26
menção desse lago e das aves que nele circundam. Iremos fa-
zer isso, quando os mencionarmos nos capítulo sobre o Pão de
Açúcar, Morro do Corcovado e sobre o Morro da Catacumba,
pois semelhanças misteriosas nos permite fazer as associações
propostas.
E ainda no Livro dos mortos no capítulo CLXXX en-
contramos mais uma referência, entre outras, sobre essa “Terra
Paradisíaca” que se encontrava ao oeste:

“Minhas oferendas celestes, eu as encontro


nos campos de Rá,
E minhas oferendas terrestres eu as
encontro nos Campos dos bem-aventurados.”

E para legitimar ainda mais nossa tese, eis mais uma passa-
gem do sagrado livro egípcio, no capítulo CX, onde são forne-
cidas as instruções indispensáveis para se chegar aos “Campos
dos Bem-Aventurados” e nele tomar posse a fim de nele morar.
Nota-se também que no texto existe uma referencia à
construção de muralhas. Em relação a esse fato, encontramos
profundas semelhanças com a descrição de Platão sobre a Atlân-
tida, quando o mesmo detalha minuciosamente como eram as
muralhas ao redor do continente desaparecido da Atlântida. As-
sim como também menciona a sacralidade dos seus lagos:

“Salve, ó senhor das oferendas...


Seth capturou Hórus
Enquanto ele fiscalizava a construção das
muralhas
Nos Campos da paz.
27
Dessa região, conheço as águas, as
províncias, os lagos, nos Campos da paz.
... E enquanto vivo na paz, e avanço em paz
Meu amigo atrás de mim caminha.
Em meus dois braços trago o néctar dos deuses...
Ó soberano das duas terras.”

Existia mais de um lago sagrado mencionado no Livro


dos Mortos e como já mencionado, no capítulo que trata do
Morro da Catacumba e do Corcovado ou Cristo Redentor, fare-
mos uma associação com a Lagoa Rodrigo de Freitas, localizada
entre a praia de Ipanema e o bairro do Jardim Botânico no Rio
de Janeiro. Em relação aos lagos, temos a poucos quilômetros
beirando a costa da cidade do Rio de Janeiro, subindo em di-
reção norte, a famosa Região dos Lagos conhecidas por suas
praias paradisíacas como as de Búzios, Cabo Frio e Arraial do
Cabo. Não deixando de mencionar também Unamar, Maricá,
Araruama, Iguabinha e Iguaba Grande.
Conheço perfeitamente a Região dos Lagos próxima à
cidade do Rio desde a minha infância e posso afirmar que a
região é cheia de atrativos no que diz respeito a lendas, histórias
de navegações, piratarias, e etc.
Há poucos anos, na famosa cidade de Búzios, arqueólogos
encontraram um pequeno monumento de pedra, em forma de
uma pirâmide, marcado com desenhos rupestres. A mesma se
encontra dentro de uma caverna de difícil acesso e sua altura se-
ria menor do que a de um ser humano. Na época, muitos jornais
divulgaram o fato.
Agora, resumidamente detalharei o mito do deus Osíris
para que tudo que foi escrito acima forme algum nexo, mesmo
porque existe uma profunda semelhança com a teoria do Com-
plexo do Gigante Adormecido da cidade do Rio de Janeiro.
28
O MITO DE OSÍRIS

Lembremos que entre os egípcios faraônicos, cada loca-


lidade tinha o seu equivalente no além, isto é, cada cidade ou
região tinha uma função espiritual específica e estava sob a égide
de um deus também específico.
Mas sobre a lenda do deus Osíris, que segundo nossa hi-
pótese seria o Gigante Adormecido do Rio de janeiro, o mesmo
tem seus membros representados pelos morros adjacentes ao
seu redor, com cada um representando um deus egípcio. O lei-
tor notará que tudo fará sentido ao ler esse pequeno resumo de
sua lenda. Então passemos a descrevê-la:
Os deuses Osíris e Ísis reinavam no Egito soberanamente.
Era um reino repleto de beleza, sabedoria e equilíbrio. Eram
tempos muito felizes e de muita fartura.
Assim como era a Atlântida de Platão antes de entrar em de-
cadência moral e ser punida por Zeus e submergida pelos mares.
Mas voltando ao mito de Osíris, o mesmo era senhor do Sol e
Ísis, a senhora da Lua e especialista nas artes da magia. Ambos eram
amados por todos, menos pelo irmão de Osíris, o deus Seth que
sentia crescer dentro de si uma ira e uma inveja de Osíris digna de
um demônio. Assim, Seth queria o trono somente para ele próprio
e para mais ninguém. Queria de qualquer forma o trono divino.
O mito relata ainda que em um determinado momento, o
deus Osíris afastou-se do Egito para travar uma batalha externa
e deixou sua irmã Ísis governando em seu lugar.
Quando Osíris regressou triunfante da batalha, seu irmão
Seth, juntamente com 72 amigos fiéis foram dar-lhe as boas vin-
das num grande banquete.
Quando a festa em honra ao deus Osíris estava para ter-
minar, um magnífico sarcófago em ouro foi transportado para
o meio do salão.
29
E assim, perante todos, o deus Seth informou que o sar-
cófago seria para aquele que lá se encaixasse da melhor maneira.
Contudo, o sarcófago tinha sido feito de modo a que servisse
na perfeição e na medida do deus Osíris, que era mais alto, de om-
bros largos e mais forte do que qualquer outro homem do Egito.
Então, no momento que deram a vez do deus Osíris ex-
perimentar o sarcófago, o deus Seth e seus fieis amigos tampa-
ram-na, fechando-a e lançando a mesma no rio Nilo. Um ato de
extrema traição e covardia.
A deusa Ísis, inconformada e absolutamente fiel ao seu
deus irmão e marido, após muitas tentativas, conseguiu recupe-
rar o sarcófago e o corpo do deus Osíris.
Assim, a deusa Ísis usou sua magia e trouxe de novo à vida
o grande deus Osíris.
Durante esse ritual de ressurreição, Ísis uniu-se com Osí-
ris num ato sexual sagrado e, assim, engravidou do divino deus
Hórus, o falcão alado.
Interrompendo a narração por um instante, gostaria que
fosse salientado o fato da deusa Ísis ter engravidado, pois fala-
remos exatamente sobre isso quando formos mencionar nossa
hipótese sobre o Morro do Corcovado ou do Cristo Redentor.
Mas voltando à narração, quando ambos os irmãos deuses
descansavam, o deus Seth rastejou (semelhante à serpente do
Jardim do Éden) sob a capa da escuridão até o corpo de Osíris
e retalhou-o em 14 pedaços que, de imediato, mandou seus se-
guidores espalharem por todo o Egito.
Eis agora, em nova interrupção da narração, um dos se-
gredos do mistério: Osíris, o deus que é representado em for-
ma de múmia deitada, foi divido e seus pedaços espalhados.
Exatamente como o nosso Gigante Adormecido do Rio de Ja-
neiro, que tem os seus pedaços espalhados e que só podem se
30
reunidos na visão que temos sobre o litoral. Que mais bela e
incrível coincidência esta!
Voltando ao mito, a bela deusa Ísis, estava com o coração
profundamente dolorido e nunca desistira de procurar o seu
amado Osíris.
Mesmo grávida do deus Hórus (o falcão), Ísis manteve-se
na sua busca pelos pedaços de Osíris.
Assim com muita perseverança e lealdade para com o seu
irmão, a deusa Ísis foi encontrando um a um os pedaços do seu
amado senhor.
Todos menos um: o falo de Osíris, que tinha sido comido
por um peixe e estava perdido para sempre.
Mas o motivo do falo de nosso Gigante Adormecido do
Rio de Janeiro ainda existir e se encontrar ereto, mais preci-
samente pela formação Morro do Corcovado demonstraremos
mais adiante.
Pode até parecer chocante o que declaro, mas os antigos
não viam o sexo com a conotação que vemos hoje, dividida en-
tre somente um prazer hedonista e recreativo ou somente um
pecado condenável. Muitos antigos encaravam o ato sexual com
extrema sacralidade em suas culturas.
A deusa Isis, novamente utilizou-se de sua magia, e uniu
de novo o corpo de Osíris com os seus pedaços. Exatamente
como percebemos o Gigante Adormecido do Rio de Janeiro
quando fazemos a junção de suas montanhas na forma de um
gigante deitado ou mesmo uma múmia.
Em vista que a construção do corpo de Osíris estava in-
completa, o mesmo não poderia ser mais senhor da vida e assim
passou a presidir o mundo dos mortos.
A luta da deusa Ísis continuou, e ela teve que lutar pela
vida do seu filho, o deus Hórus que enquanto criança sofrera
diversos atentados por parte do seu tio, o deus Seth.
31
Mas Hórus finalmente cresceu e transformou-se num
guerreiro com tanto poder quanto seu pai Osíris.
E assim, começaram a travar lutas entre o deus Hórus e
o deus Seth. As batalhas eram extremamente sangrentas, mas
todas elas eram ganhas por Hórus, que após cada triunfo, pedia
à Grande Enéada, que se mantinha indiferente, a devolução da
terra e do título de seu pai. E assim novamente ocorriam mais
batalhas entre os deuses.
O maligno Seth, que em sua pronuncia nos faz lembrar o
nome do anjo caído Satã (Satan), surgia sempre numa grande
variedade de disfarces.
Mas Hórus, com sua sabedoria sempre o reconhecia e ata-
cava-o.
Contudo, numa dessas batalhas, Seth conseguiu arrancar o
olho esquerdo de Hórus.
Assim, sua mãe Ísis substitui-o pelo poderoso Olho Udyat
– o conhecido “olho de Hórus”, que ao analisarmos o Morro
da Catacumba no Rio de Janeiro, veremos o mesmo talhado em
suas rochas, por mais incrível que possa parecer ao leitor que
não chegou aos capítulos posteriores.
Por fim, Hórus parou de lutar e dirigiu-se a Ísis, pedindo
que o ajudasse a conquistar a sua herança. Sendo posteriormen-
te o trono então ocupado, pois Enéada concedeu-o finalmente
a Hórus.
E assim terminamos o resumo do mito do deus Osíris.

32
4
Capítulo

A ATLÂNTIDA DE PLATÃO
Seria o continente desaparecido de Atlântida localizado
nas Américas, mais precisamente no Brasil?

“Quando o senhor viu que as pessoas eram muito más e que sempre
estavam pensando em fazer coisas erradas. Ficou muito triste e com
o coração pesado, que disse:
— Vou fazer desaparecer da terra essa gente, que criei, e também
todos os animais, os seres que se arrastam pelo chão e as aves, pois
estou muito triste porque os criei.
Mas o senhor Deus aprovava o que Noé fazia.”
Gênesis: capítulo 6, versículos 1 a 8.

Começaremos esse capítulo, mencionando que não so-


mente os antigos egípcios, mas outros povos da antiguida-
de também relataram em seus escritos um grande número de
tradições e de lendas, nas quais mencionavam a existência de
uma terra perdida e paradisíaca, como sua pátria original e que
foi devorada por um dilúvio, assim como na Bíblia nos é conta-
da a história do dilúvio durante os tempos de Noé.
A lenda da Atlântida, apesar de ser relatada por um filóso-
fo grego (Platão), o mesmo afirma que a revelação de sua exis-
tência proveio de sábios do antigo Egito. Isso quer dizer que o
que sabemos da Atlântida, proveio do Egito.
Assim, o primeiro relato sobre a existência do continente
da Atlântida veio do filósofo grego Platão, que viveu de 427 a
33
347 a.C. e foi o mais famoso discípulo do também filósofo gre-
go Sócrates (470 a 399 a.C.).
Platão usou a técnica de escrever seus pensamentos em
forma de diálogos, para assim, evitar a monotonia no entendi-
mento filosófico do texto.
As informações sobre Atlântida descritas por Platão estão
expostas nos diálogos “Timeu” e “Critias”. O primeiro trata da
terra da Atlântida e sua geografia. Já o segundo, descreve a civi-
lização atlante e seus costumes.
“Crítias” é, no diálogo, o pseudônimo do próprio Platão,
que transcreve informações que recebeu do seu avô que por sua
vez foi informado pelo filósofo Sólon, que morreu em 559 a.C.,
em Atenas.
A informação revela a história de um sacerdote egípcio de
Sais, assim descrito:
Havia em épocas remotas, cerca de 9.000 anos antes de
Platão, um poderoso Império situado numa ilha que se en-
contrava no Oceano Atlântico, além das Colunas de Hércules
(Estreito de Gibraltar) de nome Poseidonis ou Atlantis. A ilha
tinha um comprimento de 3.000 estádios de comprimento e
2.000 estádios de largura (um estádio seria igual a 185 metros)
o que resultaria em cerca de 200.000 quilômetros quadrados.
Imaginava-se na época que a ilha era maior que a Líbia e a Ásia
reunidas.
O povo que habitava a Atlântida era governado por reis. O
primeiro foi Atlas. Já, seu irmão Gadir, governava outra parte da
ilha, que se situava perto das Colunas de Hércules.
Portanto percebemos aqui que poderíamos ter mais de
uma Atlântida, pois a mesma era dividida entre seus governan-
tes. E também pelo fato que após seu afundamento ainda pode-
riam existir ilhas remanescentes com esse mesmo nome.

34
Consideramos nesse livro que a Atlântida da qual Platão
relata, seria uma das últimas ilhas sobreviventes do dilúvio, mas
que guardava a lembrança do continente inteiro da Atlântida.
Assim, houve uma guerra entre Atlântida e os gregos de
Atenas. Neste instante surgiu a tragédia. Durante um dia a ilha
Atlântida afundou no mar e desapareceu. Esta história era bem
conhecida e admitida pelos filósofos gregos. Um dos poucos
que a contestava era o filósofo Aristóteles (384 a 322 a.C.) que a
interpretava como um simbolismo moral.
Já Platão, que representa a principal fonte de todas as hi-
póteses sobre o assunto, nos apresenta a Atlântida como um
fato histórico estabelecido. E para deixar bem claro que esta
narrativa nada tem de fábula, Platão repete diversas vezes, no
diálogo “Critias”, quase inteiramente consagrado à Atlântida,
que essas histórias são autênticas. Particularmente, concordo in-
teiramente com o filósofo.
Não narrarei os diálogos integralmente, mas o resumirei
para o conforto dos leitores, que podem caso queiram se in-
formar mais recorrer à internet, pois lá existem vária traduções
desses dois diálogos. Recomendo ao leitor que examine esses
dois diálogos na íntegra. Diria, por experiência própria, que é
um grande prazer lê-los. Esses dois diálogos valem muito para
o nosso mundo atual e afirmo que a Atlântida nunca esteve tão
presente como nos dias atuais. O cenário atual do mundo, infe-
lizmente é muito parecido.
Assim, apresentaremos um pouco do mito da Atlântida de
Platão e alguns dos seus trechos mais significativos.
Segundo o relato de Platão, a catástrofe da Atlântida foi
consequência de causas morais, o que se assemelha com o Dilú-
vio bíblico. Desta forma, podemos encontrar um paralelo entre
a destruição da Atlântida e o Dilúvio bíblico. Platão descreve
que os homens se tornaram perversos e os deuses se tomaram
35
de cólera e autorizaram a catástrofe. O filósofo, assim o descre-
ve em “Crítias”:

“Eles caíram na indecência – ficaram feios – e


o deus dos deuses, Zeus, que reina pelas leis, com-
preendeu quais disposições miseráveis tomava esta
raça, de um caráter primitivo tão excelente. Quis
lhe aplicar um castigo a fim de fazê-Ia refletir e le-
vá-Ia a mais moderação.”

Já no diálogo “Timeu”, que descreve ao mesmo tempo os


sítios e a catástrofe, Platão nos dá mais uma informação:

“... Naquele tempo, podia-se atravessar aquele


mar. Havia uma ilha, em frente à passagem a que
dais o nome de Colunas de Hércules. Essa ilha era
maior que a Líbia e a Ásia reunidas. E os viajan-
tes daquele tempo podiam passar dessa ilha para
as outras, e dessas outras podiam alcançar todo o
continente, na margem oposta desse mar que me-
recia verdadeiramente o seu nome...”

Portanto, essa Atlântida que Platão descreve estaria pró-


xima à Península Ibérica, mas eu e muitos outros pesquisadores
consideramos que a descrição desta Atlântida não era a do con-
tinente original e íntegro que se localizava nas Américas e sim
uma de suas últimas ilhas após o cataclismo.
Já a história provinda dos atlantes dessa última ilha, que
entraram em guerra com os atenienses conforme descrito por
Platão, em relação aos seus nobres costumes e aos seus deuses,
não descrevia a última ilha e sim seu continente único e original.
Haja vista que sobre a ótica dos gregos que compartilharam
essa história, não haveria provas, pois segundo a descrição, esse
36
continente foi afundado em um só fôlego, portanto sem deixar
vestígios palpáveis.
O máximo que os gregos poderiam ter de palpável so-
bre a Atlântida seria os relatos de algum prisioneiro atlante que
possivelmente fora capturado pelos gregos atenienses. E assim,
Platão continua em “Crítias”:

“Mas no tempo que veio em seguida, houve


tremores de terra assustadores e cataclismas. No
decorrer de um único dia e de uma noite terrível,
todo o vosso exército afundou de uma só vez de-
baixo da terra e também a ilha Atlântida mergulhou
no mar e desapareceu. Eis porque, ainda hoje, o
oceano é ali difícil e inexplorável, em virtude do
obstáculo dos fundos lodosos e muito baixos que a
ilha, ao se afundar, depositou.”

Concluímos que para sorte dos atenienses e como pro-


teção divina para a Grécia, veio um momento em que houve
terríveis terremotos e inundações, vindos num dia e numa noite
horríveis e fizeram com que desaparecesse todo o exército dos
atlantes.
Segundo Platão, o primeiro rei de Atlântida foi Atlas, filho
de Poseidon (irmão de Zeus) e a princesa Kleito. Para a segu-
rança do rei construiu-se em volta da ilha principal três anéis
circulares de canais e outro canal de 50 estádios de comprimen-
to até o mar permitindo assim, as navegações. A fortaleza real
tinha um diâmetro de cinco estádios protegida por uma muralha
de pedras.
Fazendo uma pausa para análise, não podemos deixar de
salientar o fato de que Platão descreve as muralhas de Atlântida
como muralhas de pedras. Acredito que essas muralhas de pe-
dra foram construídas aproveitando-se os relevos das próprias
37
montanhas e provavelmente as mesmas deveriam conter inúme-
ros símbolos cravados e desenhados, assim como nós demons-
traremos sobre a geografia dos morros que formam o Comple-
xo do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.
Mas voltando ao relato da Atlântida, Platão afirmava que
dentro da fortaleza existia, além do palácio real, um templo con-
sagrado a Poseidon cercado com um muro de ouro.
Este templo tinha 185 metros de comprimento e 92,5 me-
tros de largura. O templo era inteiramente revestido de prata.
Muitos outros dados de como era a Atlântida foram re-
latados de forma bem técnica e precisa por Platão, mas com o
intuito de não nos alongarmos muito em nossa exposição de-
vemos ser comedidos em nossas descrições. Mas acredito que
o pouco descrito já serve para criarmos uma sincronia de fatos
com o nosso Gigante Adormecido da Guanabara.
Inúmeros pensamentos nos vêm de uma descrição dessas.
O que queria Platão ao descrever tudo isso?
Quem sabe os gregos não estavam lutando contra os úl-
timos de seus próprios antepassados culturais que colonizaram
e espalharam sua cultura à região da Suméria, do Egito e poste-
riormente à Grécia.
Quero dizer que essa luta não se travou com os mais an-
tigos atlantes e sim com uma de suas ilhas remanescentes da
catástrofe.
Atualmente, existem centenas de estudos que consideram
os “atlantes” como seres superiores e místicos detentores de
uma alta tecnologia e conhecimentos psíquicos extravagantes.
Alguns consideram a própria Atlântida um lugar sagrado
e que seus habitantes vivem até hoje nas profundezas dos mares
ou mesmo em mundos internos como a “Terra Oca” ou em um
mundo interior de “intraterrenos” sendo os mesmos habitantes
38
das famosas Aguartha, Shamballa ou mesmo Shangri-lá. E que
esses mesmos mundos teriam abertura em muitas partes da Ter-
ra como as pirâmides, algumas cavernas e até mesmo a Pedra da
Gávea – mais adiante, mostraremos um imenso portal cravado
na mesma.
Outros acreditam na origem extraterrena dos “atlantes”
e alguns, afirmam que esses atlantes eram os anjos caídos des-
critos na Bíblia e que esses mesmos seres, estão contidos e es-
perando a sua libertação no momento do Apocalipse. Outros
associam o lar atual dos atlantes ao Triangulo das Bermudas,
pois os mesmos atlantes estariam vivendo nas profundezas do
mar.
O fato é que já foram feitos sobre Atlântida milhares de
livros, centenas de filmes e por aí vai, sendo a grande maioria
apenas fruto da imaginação.
E apesar desse amontoado de informações dispersas que
já foram criadas sobre o continente desaparecido da Atlântida,
podemos afirmar que já existe até uma “Atlantologia”.
Entretanto, o sucesso e a popularidade sobre a Atlântida
foi tão grande, que não tardou para que aquilo que só era âmbito
da arqueologia e da história tendesse para o lado das “pseudo-
ciências”.
Além de ter um conteúdo poético ou até mesmo utópico,
a Atlântida inspirou centenas de pintores, escritores e poetas em
todo o mundo. Seduzidos pelo romantismo e vigor da história,
não foi difícil para que essa terra submergida se transformasse
em uma musa inspiradora para artistas do mundo todo.
Talvez a mais famosa referência sobre o mito de Atlântida
nas artes, está no livro do escritor francês Júlio Verne “20.000
Léguas Submarinas”. Neste livro, o grande Capitão Nemo co-
manda o magnífico submarino “Nautilus” e encontra a mitoló-
gica Atlântida e a transforma em seu novo lar.
39
Essa grandiosa obra de ficção científica, escrita no século
XIX, influenciou muito as gerações de jovens artistas, cientistas
e historiadores que vieram depois.
Vários arqueólogos famosos também se dedicaram à pro-
cura da Atlântida, ajudando a popularizar o mito. Mas de todos
os arqueólogos, quem começou a preocupar-se seriamente so-
bre uma realidade verdadeira da Atlântida foi Heinrich Schlie-
mann, o pai da arqueologia moderna e não devemos deixar de
lembrarmo-nos da sua seriedade em relação ao tema.
O fato é que, segundo os arqueólogos, provas palpáveis
sobre a existência da Atlântida ainda não existem. É atualmente
mais um mito, e acredito que tenhamos a liberdade de sonhar
com os mesmos, pois afinal para que os serviriam? Amar um
mito é isso; é querer transformar a Atlântida na Cidade do Rio
de Janeiro.
E gostaria de terminar nossa descrição da Atlântida, com
um fato que considero particularmente engraçado e que aconte-
ce com muitos filósofos e céticos que ao lerem a Bíblia tecem os
seus comentários debochados levando-a sempre ao pé da letra,
jamais pela essência do texto.
Ridicularizam assim, fatos como o exemplo que seria im-
possível uma mulher ser gerada de uma costela ou mesmo como
seria possível todo um mar se abrir para a passagem de um povo
- como na passagem de Moisés pelo mar vermelho.
Mas chega o momento de estudarem os textos de Platão
sobre a Atlântida, que tem tanto detalhes técnicos e descritivos,
acham que os mesmos devem ser interpretados como simbolismo.
Dizem que a Atlântida de Platão nunca existiu e que é um
conto moral destinado a uma possível cidade utópica como nos
moldes de Campanella, Francis Bacon e Thomas Moore – pois
esses autores realmente falavam de uma terra e de um governo
utópico.
40
Se isso não é uma palhaçada, ou mesmo um vício intelec-
tual, eu não sei o que é.
Quero dizer com isso, que a Bíblia que deve ser lida segun-
do afirma ela própria pelo espírito e não pela frieza das letras,
mesmo assim muitos estudiosos ao lerem a mesma, insistem em
observar a literalidade do texto.
E já com relação ao texto de Platão, que em nenhum
momento afirma que o mesmo deve ser lido de forma simbóli-
ca, mesmo assim o fazem e desprezam suas medidas técnicas e
a possibilidade do mesmo existir. Isso me deixa sinceramente,
muito triste.
Acredito que para entendermos determinadas migrações
humanas e um possível dilúvio global em uma terra paradisíaca
ao Oeste, devemos sim, ler Platão ao “pé da letra”, pois somen-
te assim, conseguiremos provar a existência desse continente.
Inspiro-me ao falar disso no grande descobridor da le-
gendária cidade de Tróia, Heinrich Schlieman, que insistiu em
ler muitas passagens do livro “Odisséia” de Homero ao “pé da
letra” e finalmente aos olhos do mundo encontrou as reais ruí-
nas de Tróia. Que fique aqui registrado o exemplo desse grande
homem.
Finalizando, acredito piamente que não somente o mito
da Atlântida, mas também muitos outros mitos da antiguidade
correspondem a realidades não completamente esquecidas.

41
5
Capítulo

GRANDES NAVEGAÇÕES,
CAVALEIROS TEMPLÁRIOS E O
TESOURO DO REI SALOMÃO
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o
propósito debaixo do céu.”
Eclesiastes (Capítulo 3, Versículo 1)

Eu deveria apresentar abaixo minhas afirmações pela or-


dem cronológica como o título deste capítulo apresenta, mas
para melhor forma de compreensão do leitor explanarei primei-
ro sobre o segredo do rei Salomão. Segredo este, que ocasionou
o grande poder dos templários e que devido a esse mesmo se-
gredo, foram possíveis as grandes navegações das quais ocasio-
naram o descobrimento das Américas.
Sendo assim, descreveremos um pouco sobre o grande rei
Salomão e sua maravilhosa terra de “Ofir”, para em seguida re-
lacionarmos o grande conhecimento adquirido pelos templários
(que alguns afirmam ser o segredo de Salomão). E, finalmente
descrevermos um pouco sobre as grandes navegações e assim
criar paralelos consistentes entre a misteriosa terra de “Ofir”,
a nossa Atlântida, o Brasil e o Gigante Adormecido do Rio de
Janeiro.
Eu farei nesse capítulo com você, leitor, algo parecido
com aquele antigo jogo dos três copinhos, onde há 1 moeda
escondida em um deles e, com movimentos rápidos, tenta-se
43
distraí-lo para que não a encontre; mas com a intenção inversa:
eu quero que você encontre a moeda. A nossa Atlântida.

Os Dois Segredos do Rei Salomão


“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e
da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas.
Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de
algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais
coisas.”
Atos (Capítulo17, versículos 24,25).

Algumas curiosidades, assim como lendas fantásticas ron-


dam a vida do Rei Salomão. Tanto já se escreveu sobre ele, que
seus livros tomariam bibliotecas inteiras.
Não gostaria de entrar em detalhes profundos sobre suas
lendas, pois nem me sinto digno para tanto. O que dele está es-
crito na Bíblia é o suficiente para entender sua grandeza.
E algumas passagens bíblicas relacionadas à vida e às ações
do rei Salomão nos sintonizam com muitos aspectos das nossas
hipóteses.
Uma delas, referente a Salomão indica que esse mesmo rei
e alguns súditos conheciam muito bem a existência do conti-
nente o qual se encontra atualmente o Brasil: a América.
Mas não deixarei de mencionar curiosidades sobre alguns
possíveis “folclores” que envolvem esse grande rei.
Entre as histórias, conta-se que os primeiros descobri-
dores da América seriam descendentes de Noé, mais particular-
mente, seus dois trinetos.
O curioso é que o descobridor das Américas, o navegador
Cristóvão Colombo, tivera ideias semelhantes e considerava que
os haitianos eram descendentes de Noé.

44
Essas mesmas lendas, não são apenas privilégio dos
sonhadores, pois muitos pesquisadores de renome defendem
que o povoamento da América foi feito pelas dez tribos de Israel
desaparecidas depois da conquista de suas terras pelos assírios.
Mas voltemos a comentar sobre a misteriosa e riquíssima
terra de “Ofir”.
Segundo inúmeros pesquisadores, a terra de “Ofir” tão
mencionada na Bíblia em consequência das navegações envia-
das pelo próprio Salomão para a construção do Templo, estaria
localizada nas Américas, mais precisamente no Brasil.
Mas que terra seria essa da qual o rei Salomão mandava
seus servos e colaboradores buscar madeira, ouro e ornamentos
para que se pudesse construir o Templo para servir de morada
a tão sagrada e poderosa Arca da Aliança?
Eis abaixo, o que a própria Bíblia nos relata no “Livro dos
Reis” e depois em “Crônicas”:

“... Os navios de Hirão que trouxeram ouro de


“Ofir” e grande quantidade de árvores de sândalo,
e pedras preciosas...”
1 Livro dos Reis (capítulo 10, versículo 11).

“No mar, havia para Salomão uma frota de Tarsis


com a frota de Hirão. Uma vez, de três em três
anos, vinham os navios de Tarsis trazendo macacos
e pavões.”
1 Livro dos Reis (capítulo 10, versículo 22).

Já no Livro de Crônicas:

45
“Salomão adornou sua casa com belas pedras
preciosas e o ouro era de Parvaim”.
2 Livro de Crônicas (capítulo 3, versículo 6)

“E com seus servos Hirão lhe enviou navios e


homens que conheciam o mar. E foram eles,
com os servos de Salomão, para “Ofir”, de onde
trouxeram 450 talentos de ouro que ofereceram ao
rei Salomão.”
2 Livro de Crônicas (capítulo 8, versículo 18)

Mas o que seriam os nomes “Tarsis”, “Ofir” e “Parvaim”


que arrastam o pesquisador para o terreno do fabuloso?
Não podemos duvidar que essa terra de “Ofir”, era um
lugar muito rico.
Quanto à localização exata de “Ofir”, devemos esclare-
cer que existe muita contradição entre os pesquisadores. Alguns
acham que “Ofir” seria nas Índias, outros que seria na África.
Para o autor que vos escreve não restam dúvidas que essa terra
era no Brasil.
E esse conhecimento ou mesmo o segredo das rotas marí-
timas para essa terra fazia parte dos tesouros de Salomão.
Não há dúvida, pois como mostraremos adiante, os ca-
valeiros templários não só descobriram a rota para a terra de
“Ofir”, como possivelmente obtiveram algumas de suas relí-
quias mais sagradas quando nas cruzadas ocuparam o lugar que
supostamente se encontrava as ruínas do Templo de Salomão.
E assim, os fatos começam a fazer sentido para podermos
descrever um pouco a respeito dos cavaleiros templários e sua
influência nas grandes navegações.

46
Desta forma, poderemos juntos com os grandes navega-
dores, não somente “redescobrir” as Américas, mas também a
Atlântida de Platão juntamente com a terra localizada ao oeste
ou Ocidente e tão sagrada para os antigos egípcios.
Ora, essa Atlântida, essa terra sagrada, não seria nada
mais que o Brasil, mas precisamente o Rio de Janeiro onde em
sua entrada pode-se ver o Gigante Adormecido.

Os segredos dos Templários


“Cinge a tua espada à coxa, ó valente, na tua glória e majestade.”
Salmos (capítulo 45, versículo 3).

Amigo leitor, as peças começam a se encaixar para que


nos próximos capítulos possamos estudar um a um, alguns
dos morros da orla carioca e suas insólitas características que
em seu conjunto formam o Gigante Adormecido do Rio de
Janeiro.
Mas o que os mistérios dos templários e as grandes nave-
gações têm a ver com o nosso Gigante Adormecido?
A resposta dessa questão começará aparecer à medida que
prosseguimos.
No que concerne aos templários e às hipóteses do seu
misterioso segredo, encontram-se descrições deles abundante-
mente em livros, revistas, filmes, documentários na internet e
em outros meios.
Portanto, nos limitaremos a revelar somente dados que
circundam nosso tema principal e assim, continuamos.
Segundo consta, a ordem dos Templários foi criada em
1118 d.C. na cidade de Jerusalém, por cavaleiros de origem fran-
cesa durantes as cruzadas cristãs à terra santa em Jerusalém.
47
Ao longo de sua criação a Ordem dos Templários tor-
nou-se uma instituição de enorme poder político, militar e eco-
nômico.
A princípio, suas funções limitavam-se aos territórios
cristãos conquistados na Terra Santa durante o movimento das
Cruzadas. Já nos anos decorrentes, os templários se beneficia-
ram de inúmeras doações de terras na Europa. Assim, puderam
estabelecer uma rede de influência em todo o continente euro-
peu.
Com a conquista de Jerusalém pela primeira cruzada e
com o domínio cristão em Jerusalém, nove cavaleiros que dela
participaram, pediram autorização para permanecer na cidade e
proteger os cristãos que por lá peregrinavam.
Assim, segundo a história afirma, passaram a viver nos
estábulos do antigo Templo de Salomão, em Jerusalém. Em de-
corrência do local de sua sede e do voto de pobreza que os
templários tinham como regra, constituiu-se assim o nome de
“Os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão”, ou
simplesmente “Cavaleiros Templários”.
Segundo algumas lendas, nos primeiros anos de existência
dos templários, eles se dedicaram a escavações feitas na sede da
Ordem ou o antigo templo de Salomão. Esse mesmo templo
fora destruídos por duas vezes. Antes da segunda destruição
efetuada pelos romanos, devido a um levante dos judeus, al-
guns sacerdotes teriam enterrado grande parte do tesouro em
seu subterrâneo.
Nessas escavações posteriores, os templários teriam en-
contrado alguns documentos e tesouros que os tornaram muito
poderosos. Entre os tesouros e relíquias que os templários en-
contraram em suas escavações, estaria a própria Arca da Aliança
e documentos dos quais alguns seriam mapas para a sagrada
terra de “Ofir”, mencionada anteriormente.
48
Tamanho era o poder dos templários, não somente em
Jerusalém como também na Europa, que não tardou para que a co-
biça do Rei Felipe, “o Belo” (1268-1314) da França fosse aguçada.
Existia também o medo do Rei Felipe de que os Templá-
rios pudessem até mesmo formar seu próprio Estado indepen-
dente em solo francês ou em qualquer outro lugar.
O rei decidiu matá-los e tomar seu tesouro para si, pois
encontrava-se endividado. Assim, o monarca eliminaria essa
possível ameaça política e recuperaria suas finanças.
Dessa forma, o rei Felipe, que estava abarrotado em dívi-
das e com a ajuda do papa “Clemente”, tentou se apoderar da
fortuna dos templários.
Assim, os templários foram denunciados, perseguidos e
acusados de heresia pela Inquisição e foram sendo caluniados,
martirizados e muitos deles mortos, como foi o caso de seu lí-
der, o Grão Mestre da Ordem, Jacques de Molay.
Mas o rei Felipe não conseguiu confiscar todos os bens
dos templários após a prisão deles, pois muitos; por terem gran-
de influência em todas as esferas da sociedade, estariam cien-
tes da operação de perseguição contra eles. Inclusive, muitos
no momento de suas prisões, inexplicavelmente não resistiram,
como se soubessem do drama enfrentado.
Conta-se que dias antes da prisão, o mestre da Ordem, Ja-
cques de Molay, havia instruído muitos de seus subordinados a
destruírem cópias da Regra do Templo que contêm muitos dos
segredos sobre a Ordem. Nesse mesmo embalo, também teria
ordenado que escondessem relíquias e tesouros.
Mesmo que Jacques de Molay tivesse sido surpreendido
com o fato de sua prisão, ainda assim daria tempo de esconder
muito de suas riquezas, pois nem todos os templários haviam
sido capturados de uma só vez.
49
Inclusive, muitos líderes dos templários franceses fugiram
não somente da prisão, mas também do próprio país, levando
seu tesouro e muitos dos seus segredos para três regiões especí-
ficas, a saber: Inglaterra, Escócia e na região que seria conhecida
como Portugal. Na Inglaterra e na Escócia, se tornariam segun-
do pesquisadores, os futuros maçons.
Uma coisa é certa, muitas das formas de criptografia fo-
ram herdadas dos templários pelos maçons, pois ambos têm em
seu simbolismo inúmeras similaridades.
Existem alguns pesquisadores que argumentam que mui-
tos dos códigos dos piratas vieram de um contato dos mesmos
com os navegadores templários ingleses. Afirmam inclusive que
o símbolo que estampa a bandeiras dos piratas – um crânio com
dois ossos cruzados seria um símbolo templário.
Mas o que não faltam até os dias atuais são acusações das
mais absurdas e não somente sobre os templários, mas também
infâmias diariamente são proferidas também contra os maçons
e os rosa-cruzes. Cabe ao leitor interessado investigar mais a
fundo.
Já em Portugal a história seria diferente, os templários te-
riam se unido ou mesmo sido “absorvidos” por outras Ordens
católicas, inclusive a Ordem de Cristo com o símbolo da cruz
de malta tão comum às caravelas portuguesas “descobridoras”
do Brasil. Ordens essa ligadas muitas vezes à Escola de Sagres, a
maior em navegação em sua época. Seria como se fosse a NASA
dos séculos XV e XVI no que era relacionado às rotas marítimas
espalhadas pelo norte da Europa, América e Índia.
Agora vejamos uma hipótese muito divulgada entre pes-
quisadores, mas nem sempre aceita em alguns círculos de estu-
diosos. Que Portugal tem a origem do seu nome nas palavras
“porto” e “graal”, querendo dizer: Porto do Graal. Sugestivo
esse nome, uma vez que o Graal, que é o cálice sagrado que o
50
Senhor Jesus teria usado em sua última ceia com os discípulos,
pudesse estar na Península Ibérica. Logo o Santo Graal, tão im-
portante para lendas e explorações dos cavaleiros templários e
aos posteriores contos de cavalaria da Idade Média.
Sabendo que não existe nenhum documento ou prova
histórica de que os templários possuíssem uma frota de navios
até aquele momento, mas somente poucos, a princípio tiveram
que fugir pelo continente Europeu e depois, associaram-se às
ordens católicas da península ibérica influentes e envolvidas nas
navegações marítimas, podendo trazer seu tesouro para as Amé-
ricas, antes mesmo da oficialização de suas descobertas.
Pois sem dúvida acreditavam, na hipótese de se ter uma
terra paradisíaca a oeste da Europa. Aliás, como seu próprio
nome diz, são cavaleiros do templo de Salomão e como se con-
ta, estiveram nas prováveis ruínas do templo de Salomão e lá
descobriram as rotas da famosa Terra de “Ofir” e como alguns
afirmam até mesmo a Arca da Aliança.
Nesse caso, os templários poderiam ocultar seus bens e re-
líquias sagradas da Ordem em uma terra longínqua e escondida.
Esperariam que a perseguição contra eles acabasse para assim,
recuperá-los.

Os Segredos das Grandes Navegações


Já o tens ouvido; olha para tudo isto; porventura, não o admites?
Desde agora te faço ouvir coisas novas e ocultas, que não conhecias.
Livro de Isaías (Capítulo 48, versículo 6)

Antes de prosseguirmos devemos lembrar que o objetivo


desse capítulo, é que o leitor atento, após lê-lo, possa traçar por
si próprio, novos paralelos entre os segredos do Rei Salomão, o
tesouro dos templários e as grandes navegações que redescobri-
ram o Novo Mundo ou as Américas.
51
Para acréscimo do nosso quebra-cabeça, juntaremos al-
gumas curiosidades sobre Cristóvão Colombo e os indícios de
uma Terra Prometida a oeste da Europa além do Oceano Atlân-
tico que era denominada, o “Mar Tenebroso” ou “Mar do Abis-
mo”. Onde existiam, segundo os antigos, gigantes monstros
marinhos que assombravam o mundo da navegação.
Homens valentes enfrentaram esse Mar Tenebroso, e um
deles foi Cristóvão Colombo, descobridor da América. O nave-
gador Colombo está entre os personagens mais célebres de toda
a história da humanidade.
Esse personagem tem meu profundo respeito e amor. Sua
biografia e trajetória de vida são fascinantes. Cristóvão Colom-
bo realmente usufruiu uma vida de aventura. Encarou o mundo
como uma jornada e se lançou aos mares para confirmar seus
sonhos e prognósticos. Admiro-o de coração.
Inúmeras biografias já foram escritas sobre Cristóvão
Colombo, assim deixo a critério do leitor, se assim o desejar,
pesquisar mais sobre sua incrível história de vida.
A título desse tópico, só poderei mencionar pequenas pas-
sagens sobre a vida de Colombo, descrevendo somente aqui-
lo que possa estar diretamente ligado ao complexo do Gigante
Adormecido do Rio de Janeiro.
Alguns autores afirmam, que o descobridor “oficial” das
Américas, o navegador Cristóvão Colombo tinha um lado mís-
tico extremamente exacerbado e que guiava sua trajetória em
função desses mesmos princípios.
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, afirma-se que
Cristóvão Colombo tinha verdadeiro apego ao livro do profeta
hebreu “Esdras”, que ele conhecia muito bem, sendo o verda-
deiro guia de suas navegações.
Incluía-se também em suas leituras constantes, o tema so-
bre a descoberta de uma terra paradisíaca. Entre suas leituras
52
estavam também o livro de Marco Polo e o do Profeta Isaías. E
não se duvida que Colombo também tivesse lido os diálogos de
Platão “Timeu” e “Crítias”.
Observa-se que o próprio filho do almirante Cristóvão
Colombo, Don Ferdinando Colombo, que foi também seu bió-
grafo, assim registra:

“Mui altos e poderosos senhores, (eu) Alonso


Sanchez de Huelva, capitão da tripulação da
caravela que Deus guarde e que tem o nome
de Atlante informar sobre as terras por mim
descobertas na viagem que empreendi pelo
mar oceano. Desembarquei numa ilha a que os
indígenas dão o nome de Quisqueia... a qual se
encontra nas extremidades do Oceano ocidental,
cercada de grande número de ilhas, que não são
conhecidas nem descritas pelos cosmógrafos que
trataram desse oceano digo mais que ouvi dos
indígenas dessa terra que para além da mesma, em
direção ao poente, existe uma grande extensão de
terra firme...”

Desta forma, supomos que o objeto principal de Colom-


bo, antes de encontrar suas rotas de destino, era achar o paraíso
terrestre ou a “Terra dos Bem Aventurados”, assim como possi-
velmente a Atlântida. E que segundo a hipótese deste livro, repre-
sentam todos esses, um mesmo continente, isto é, as Américas.
Portanto Cristóvão Colombo sonhara a vida inteira com
sua Atlântida pessoal.
Mas não somente a Terra paradisíaca que ele sonhara fa-
zia parte de seus planos. Pesquisadores afirmam que Colombo
tinha o sonho secreto de construir um Templo como o de Sa-
53
lomão com o ouro encontrado nesta mesma terra. Porque ele
queria isso? Por quais motivos sentia-se imbuído de tamanha
missão? Recebera ordens para isso? E construir um templo para
quê, para guardar o quê? A arca da Aliança?
Talvez a resposta dessas perguntas, seria como muitos
afirmam que Cristóvão Colombo era um remanescente da Or-
dem do Templo, portanto um cavaleiro templário.
Em carta dirigida aos soberanos em 1501, Cristóvão Co-
lombo assim escreve:

“Li todos os livros de cosmografia, história,


filosofia, e outras ciências, para que Nosso Senhor
abra minha inteligência com mão tangível de modo
que eu possa navegar daqui até as índias e ao
executá-lo apliquei toda a minha vontade...”

Na verdade, Colombo sempre se preocupara muito mais


com o seu sonho do que com uma realidade que ele próprio ha-
via tão cuidadosamente disfarçado. E o mesmo, era bem instruí-
do no que diz respeito aos conhecimentos técnicos, científicos,
filosóficos e místicos da época. Quem sabe Colombo fora até
um INICIADO.
E assim, ao descobrir as Américas, o mesmo Colombo,
assim se expressa em “Carta a Luís de Santangel, de 14 de feve-
reiro de 1493:

“Isto tudo é certo. Deus, Nosso Senhor, deu-me a


vitória, assim como a todos aqueles que seguem os
seus caminhos, neste empreendimento que parecia
impossível. Embora outros tenham falado nessas
terras, faziam-no sempre hipoteticamente, sem
jamais a terem visto; se bem, que a maioria dos
54
que ouviam falar nesta questão tinham-na na conta
de fábula”.
As frases acima insinuam que para Colombo, o que outros
achavam fábula, para ele era real. E assim, demonstrando o seu
objetivo, que era o caminho do “Paraíso Terrestre” que está es-
tritamente condicionado a construção do Templo de Jerusalém.
Além da busca de um paraíso terrestre, tratava-se do fato
de ir buscar o ouro que permitiria a reconstrução do Templo de
Jerusalém.
Com tudo que foi exposto acima, fica assim explicado o
verdadeiro objetivo de Colombo, que por tanto tempo após a
sua primeira viagem procurava incessantemente informar-se de
tudo que dizia respeito a Jerusalém.
Lembremos que existe uma corrente de pesquisadores
que afirmam, embora hipoteticamente, que Cristóvão Colombo
possuía origens judaicas e conhecia tradições cabalísticas sobre
a localização do Paraíso Perdido e que buscava esta fonte das
primeiras civilizações como descrita no livro sagrado dos ju-
deus, o “Zohar”.
Muitas guerras se travaram entre os conquistadores e os
nativos dessa terra recém-descoberta. Mesmo tendo encontran-
do a nossa Atlântida, o paraíso não se fez na Terra. Nada mu-
dou, pois o homem não mudou, e a lição que tomamos disso
tudo é que o paraíso é algo interior. Eis o que a Bíblia nos fala:

“Sendo Jesus Interrogado pelos fariseus sobre


quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O
reino de Deus não vem com aparência exterior;
nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! Pois o reino de
Deus está dentro de vós.”
Lucas (capítulo 17, versículos 20 e 21)

55
Amado e amigo leitor que até agora vem me acompanha-
do, confesso que ao escrever sobre Colombo, muita emoção
brota de minha alma. Lágrimas descem do meu rosto e uma
torrente de emoções surge em meu ser.
Imaginar a dificuldade que esse descobridor passou em
sua vida. Enfrentou reis e soberanos para provar sua tese. Per-
correu inúmeros pontos da Europa procurando aprovação de
personalidades eminentes para suas certezas.
Foi perseguido, caluniado e, isso tudo antes de enfrentar
o maior dos desafios, que foi a descoberta de um novo mundo.
E ao chegar nesse Novo Mundo, na nossa Atlântida, ainda en-
frentou desafios dignos de um herói mitológico.
Muitas correlações com o mundo atual surgem em minha
mente e penso como o mundo mudou por causa da bravura
desse homem, que segundo seus biógrafos e para minha tristeza
terminou sua vida em desgraça.
Penso em mim mesmo, que na beira dessas águas do
Atlântico cresci. Sou carioca, cresci no Rio de Janeiro e ainda
aqui me encontro.
E foi nessas águas, nessas praias que passei grande parte
da minha vida. Foi nelas em que amei, surfei e orei.
Mas Colombo, tu és grande! Ouviu o Deus único e cum-
priu sua missão. Tu, Colombo, és grande! E a ti e ao mundo,
declaro com muita emoção essas palavras, meu nobre e querido
Cavaleiro Templário, Cristóvão Colombo.
Tanto me emociona ao falar de Colombo, que em um
rompante declaro nestas linhas que seguem a ti Colombo minha
reverência.
Pois Colombo, eu me dirijo a ti almirante e lhe declaro:
Nas águas que aqui tanto surfei, que em meio ao mar me ba-
nhou, que em toda sua infinidade cobriu-me; e era nele que em
56
reverência eu baseava minhas divagações observando as mura-
lhas de pedras que cercavam o mar e eu olhava seu paredão
intrépido e imponente. Suas muralhas em forma de deuses que
em suas formas e sombras me explicavam e me contavam todo
o seu mundo e seus mistérios.
O Gigante Adormecido me contava seus segredos e entre
uma onda ou outra, entre uma oração e outra foi neste mar que
sempre orei pelos meus amados e pelos sofridos, agradecendo
ao bom e único Deus e pedindo sempre que derramasse suas
bênçãos.
Mas havia me esquecido de algo, e não tinha orado pelos
maus homens. E assim prometo que o farei. Cumprirei a pro-
messa de entrar no oceano para surfar e nele fazer uma oração
ao grande Deus pelos que no mar não agiram conforme a von-
tade do Senhor. Orarei pelos saqueadores, pelos maus marujos,
pelos piratas, pelos vikings, pelas sereias que seduziam os ho-
mens, pelos seus monstros marinhos e por tudo o mais que se
esconde em suas profundezas.
E declaro perante o Altíssimo, que a partir de agora pelo
mar, essa cidade nunca poderá ser tomada e que uma muralha
divina de fogo espiritual a protege e a protegerá para sempre.
E nunca mais o verdadeiro templo será profanado. Posei-
don! Netuno! Sereias e monstros! Lembrem-se, vocês tem um
Deus e Ele é o Único Senhor dos Céus e da Terra. E no seu
Reino não existe lugar para outros deuses, pois ele é soberano.
E esse é o meu DEUS.
Amados leitores, a Arca da Aliança não foi, e nunca será
feita para o templo e sim o templo que foi e sempre será feito
para a Arca. Assim, o templo é sempre onde a Arca estiver, pois
esse é seu destino. E sempre os querubins (esfinges) a protegerá,
assim como sempre protegeram a entrada do jardim do Éden.

57
“E havendo lançado fora o homem, pôs ao orien-
te do Jardim do Éden os querubins, e uma espada
flamejante que se volvia por todos os lados, para
guardar o caminho da árvore da vida.”
Gênesis (Capítulo 3, Versículo 24).

No próximo capítulo, estudaremos um dos querubins que


se encontra no lado oeste do Rio de Janeiro, mas precisamente
a esfinge da Pedra da Gávea, ela própria que forma a cabeça do
nosso Gigante Adormecido.
Mas antes de terminar esse capítulo e ainda em meio a
pensamentos que por muitos podem ser considerados até ne-
felibatas, começa a surgir a hipótese esfumaçada de que o lugar
onde estaria a Arca da Aliança e também no qual os descenden-
tes de Adão e Eva viveram após a expulsão do Paraíso, seria em
sua parte e em seu reflexo terreno, o Rio de Janeiro.
Isso porque, as relíquias de Deus jamais ficam expostas
em desertos. Nos desertos, só encontraremos restos de deuses
pagãos sufocados e sem ar. E quando surgem das areias, o único
ar que consomem é quente e seco como o próprio deserto no
qual os demônios vagueiam.

“Mas as feras do deserto repousarão ali, e as


suas casas se encherão de horríveis animais e ali
habitarão as avestruzes e os sátiros pularão ali.”
Isaías (Capítulo 13, Versículo 21)

“Ora, havendo o espírito imundo saído do homem,


anda por lugares áridos, buscando repouso, e não
encontra.”
Mateus (Versículo 12, Capítulo 43)

58
Pois as relíquias do Deus único, as relíquias do Deus de
Abraão, de Isaac e Jacó, essas sim sempre serão preservadas e
escoltadas por homens intrépidos e desbravadores, pois o tem-
po está chegando que tudo que está oculto será descoberto e
aqui as nuvens dos sonhos se desvanecem e encerro esse capi-
tulo sem mais uma palavra.

59
6
Capítulo

OS SEGREDOS DA PEDRA DA
GÁVEA
- A esfinge da Gávea, o Querubim Carioca -

“Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras


clamarão.”
Lucas (Capítulo 19, Versículo 40)

“... e o Espírito me conduziu para um espaço entre a terra e os céus,


e por meio de uma série de visões de Deus, levou-me a Jerusalém,
e me colocou à entrada da porta Norte do pátio interno, onde havia
sido instalado o trono da imagem do ídolo que provoca o ciúme de
Deus.”
Ezequiel (Capítulo 8, versículo3)

Finalmente agora, falaremos da montanha que forma a ca-


beça de nosso Gigante Adormecido do Rio de Janeiro, a Pedra
da Gávea.
Muito já foi escrito e falado sobre possíveis monumentos
em pedra que estão espalhados pela cidade do Rio de janeiro e
suas adjacências.
Filmes já foram feitos, ordens iniciáticas já o declararam e mui-
tos outros autores tentaram fazer paralelos e mapear essa questão.
Nenhum deles teve sucesso completo, pelo fato de não sa-
berem nada a respeito de suas singularidades ou, simplesmente
61
para tentar jogar uma nuvem de fumaça na história real e assim
transformar a mesma, em mera “loucura” de alguns “loucos”.
Evidentemente que existem pesquisadores sérios e res-
peitáveis, mas chega de palhaçada, é hora de uma teoria que
se aproxime da verdade. Chega de cópias de outra cópia, que
também se copiam de outras e que colocam na internet, condi-
cionadas sempre pela falta de imaginação e preguiça.
Antes de qualquer coisa, exporei aleatoriamente deter-
minadas situações geográficas e estruturais que já começarão
a chamar a atenção do leitor. Depois juntarei todas as peças e
mostrarei a verdade condensada.
Começaremos então nosso estudo com uma esfinge de
pedra feita em uma montanha natural. Se nossa teoria estiver
certa, a mesma seria a maior esfinge do mundo, prostrada exata-
mente no litoral da cidade do Rio de janeiro.
A Pedra da Gávea é uma montanha muitíssimo conhecida
de qualquer carioca. A mesma mede aproximadamente 842 me-
tros de altura e é cercada de lendas e mistérios.
A denominação dessa montanha carioca remonta à épica
expedição do capitão Gaspar de Lemos, iniciada em 1501. A
mesma foi batizada com um nome em português, após ter sido
avistada no primeiro dia de janeiro de 1502 pelos seus marujos,
que reconheceram em sua silhueta o formato de um cesto de
gávea usada nos navios. Os indígenas a chamavam a mesma de
“Matacaranca” que significa “cabeça bonita” ou “cabeça de um
deus”.
A fauna e a flora que compõe o ecossistema da Pedra da
Gávea é característico de Mata Atlântica. Isso quer dizer, que
podemos observar em quase todo o seu relevo, uma floresta
exuberante e magnífica em plena zona urbana da cidade do Rio
de Janeiro.

62
Bromélias e orquídeas fazem parte das inúmeras belezas
naturais ali existentes. Já a sua vegetação, chegando ao alto da
montanha se encontra escassa, condição essa que possibilita ao
observador visualizar sua estrutura de pedra e suas singularida-
des das quais apontaremos adiante.
No topo da montanha e nas suas partes mais altas, a água
é muito escassa, ao contrário da sua base onde é possível encon-
trar pequenas cachoeiras dentro da floresta densa.
Eis algumas imagens da Pedra da Gávea em ângulos diver-
sos para que o leitor tenha noção do tamanho desse mistério e
assim prosseguirmos com algumas de suas particularidades:

Imagem 5 - Neste ângulo, percebemos a imponência e beleza desse monumento de pedra.

63
Imagem 6 - Nesta foto mais aproximada, podemos ver claramente o formato do rosto, sendo que seus
olhos, apontam para o norte geográfico.

Imagem 7 - Um esboço feito pelo autor ao longo de suas pesquisas sobre essa maravilhosa esfinge de
pedra.

64
Imagem 8 - Eis uma representação suméria do que seria nossa Pedra da Gávea.

Imagem 9 - Esboço do autor representando a esfinge de aspectos sumérios na Pedra da Gávea.

65
Muitos estudiosos consideram que a Pedra da Gávea é o
maior monólito a beira mar do planeta, formado por dois tipos
de rochas distintas: a base de gnaisse e o topo de granito.
A erosão constante vem definindo a cada século a forma
dessa montanha, mas não apagando completamente as formas
que nos interessam neste livro. Apesar de grandes blocos de
pedras já terem se soltado ou estão ainda soltos ameaçando ro-
larem montanha abaixo. Isso porque, devido a sua altura e a
localização próxima ao mar, torna-se muito exposta à ação do
tempo.
As constantes variações de temperaturas, chuvas e raios ao
longo das eras têm contribuído para os processos erosivos e o
fim de muitas das nascentes que ocupavam as partes mais altas
da montanha.
Devemos ressaltar que além dos próprios desgastes ero-
sivos naturais, a atividade humana desenfreada também ajudou
muito a descaracterização da naturalidade da Pedra da Gávea.
A Pedra da Gávea é famosa por ter uma das melhores
vistas da cidade do Rio de Janeiro. Sua trilha possui um grande
nível de dificuldade, assim o número de acidentes é frequente,
como também o número de resgates por helicópteros dos bom-
beiros. Quase todos aos anos, os jornais nos apresentam situa-
ções envolvendo resgates de turistas e visitantes despreparados
que acham que subir essa montanha é algo somente trivial e que
não exige precauções.
O tempo de subida varia de duas a quatro horas. Existem
diversas maneiras de chegar ao topo da montanha, algumas mais
difíceis, outras mais fáceis.
Devido ao seu cenário e formas deslumbrantes que com-
põe a Pedra Da Gávea, a mesma já foi usada como cenário de
vários filmes brasileiros.

66
Existe uma hipótese muito recorrente, de que as supostas
inscrições esculpidas no topo do rochedo carioca sejam fenícias.
Descarto absolutamente essa ideia e nem entrarei em detalhes.
Se os fenícios aqui estiveram, foram milhares de anos após a
mesma ser esculpida.
A teoria de que esse monumento teria origem fenícia em-
brulha o meu estômago, pois como leitor já percebeu, o for-
mato que compõe o rosto da Pedra da Gávea supõe um “deus
de barba”. Ora, os fenícios nem barba usavam e, portanto não
seguirei adiante com essa farsa.
Esse desvio teórico, que parece até mesmo ter sido criado
propositalmente, nos distrai do seu significado real. Na internet,
por exemplo, a maioria dos sites que mencionam algo sobre os
mistérios da Pedra da Gávea cometem a mesma incongruência
sempre.
Se o leitor quiser saber algumas das baboseiras fenícias li-
gadas à Pedra da gávea que vá a internet. Esse assunto me cansa
e muito.
Sobre essas ditas inscrições “fenícias”, até mesmo o impe-
rador Dom Pedro I se interessou por elas e enviou uma expedi-
ção para estudá-la. Esse fato, pela época, sugere uma tentativa de
construção de uma identidade nacional pelo Império brasileiro.
Lembre-se, que mostrei a Pedra da Gávea somente em
poucos ângulos escolhidos, pois cada metro da mesma que seja
fotografado por cima, por baixo ou por trás, mostram-nos inú-
meros vestígios de que o mesmo monumento foi alterado por
mãos inteligentes e que em nosso livro, não teríamos espaço
suficiente para relacioná-los.
Cabe assim ao leitor, procurar algo a mais na internet ou
em outras fontes sérias e se inteirar daquilo que não pude con-
densar neste livro e observando as ilustrações deste capítulo,
tomar suas próprias conclusões.
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Gostaria de salientar que cada imagem que apresento so-
bre esses monumentos “naturais” do Rio de Janeiro são sempre
seguidas por esboços simples do autor e muitas vezes, acrescen-
tada com alguma foto de elementos culturais das civilizações
antigas correspondentes, isto é: seus deuses, sua arquitetura, sua
mitologia e outros aspectos, como foi o caso dos sumérios.
Somente sobre os sinais misteriosos que permeiam essa
grande montanha no litoral do Rio de janeiro, nós poderíamos
escrever mais de mil livros, mas isso iria contra o propósito des-
te livro que quer mostrar o conjunto da questão em igualdade
com suas partes.
Então eis mais algumas imagens sugestivas acompanhada
de seus mistérios:

Imagem 10 - Um esboço do autor representando um sacerdote ou deus sumério.

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Imagem 11 - Esboço do autor representando uma esfinge, que é constituída pela figura de quatro
seres, a saber: Cabeça humana, asa de águia, corpo de leão e flanco do touro.

A esfinge com a aparência de quatro seres, sendo um deles


o próprio homem se constitui em um animal com asas de águia,
cabeça de homem, flanco de touro e corpo de leão e exprimem
um enigma sobre a síntese dessas formas.
Lembremos, que tanto o profeta Ezequiel quanto o profe-
ta Daniel, assim como o apóstolo João usaram o simbolismo das
quatro formas da esfinge em suas profecias. Considera-se assim,
que na figura da esfinge estão praticamente todos os segredos
do santuário antigo e no seu simbolismo tradicional, todas as
grandes doutrinas da teologia oculta dos antigos e também os
pontos principais de uma ciência universal pertencente a um
antigo mundo esquecido.
A esfinge é uma sobrevivente, de tantos outros símbolos
que já se perderam ao passar das eras. Mas de todos os hieró-
glifos ou símbolos antigos, a esfinge e a pirâmide sempre foram
construídas em um tamanho além de outros símbolos ou mo-
numentos.
69
A prova está no Egito, onde uma esfinge gigantesca vigia
a grande pirâmide. Será que nossa esfinge da Gávea, protege al-
guma pirâmide? A resposta nos será dada no capítulo referente
aos mistérios do Morro Dois Irmãos.
Mas o que a esfinge da Gávea quer demonstrar? Talvez
toda essa mensagem, se decifrada, possa nos fornecer uma sín-
tese de conhecimentos universais e cosmológicos que em suas
interpretações de escalas e similaridades talvez possam nos indi-
car segredos terrestres e cósmicos e, por conseguinte, extrema-
mente práticos para o homem atual.
Temos na Pedra da Gávea, nada mais que o antigo “Te-
tramorfo”, representando a águia, o homem, o touro e o leão
em um mesmo e único “ser”. Não somente os sumérios tinham
esse símbolo em sua cultura, mas também os egípcios, assírios e
tantas outras civilizações.
Abaixo, citarei as principais anormalidades que mais cha-
mam a atenção dos pesquisadores da Pedra da Gávea.

O PORTAL DA PEDRA DA GÁVEA

Imagem 12 - O famoso “portal” da pedra da Gávea. Erosão? Duvidamos muito.

70
E aqui a nossa mãe natureza “caprichando” na erosão
conforme muitos afirmam. Sinceramente este portal continua
sem explicação. O mesmo mede aproximadamente 8 metros de
altura e 16 metros de largura, sendo a altura o dobro aproxima-
do da largura. Nossa! Que capricho da Mãe Natureza!
Mas qual seria o segredo escondido neste imenso portal?
Muitos afirmam que seriam entradas para os mundos intrater-
renos como “Shamballa” e “Agartha”. Outros afirmam que o
mesmo portal seria um “lacre”, que impedem seres de natureza
demoníaca em forma física de invadir nosso mundo.
Existe uma corrente de estudiosos que dizem que o mes-
mo portal seria uma passagem interdimensional que permitiria
que extraterrestres pudessem trafegar de uma dimensão para
outra.
Alguns mais sofisticados dizem que o portal seria um “bu-
raco de minhoca”, onde o tempo e o espaço abandonavam suas
próprias leis conhecidas e serviriam não somente de um portal
para outros lugares, mas que também permitiria viagens ao fu-
turo e ao passado.
Seus defensores justificam essa última tese dizendo que
devido ao quartzo presente na montanha, a mesma sofreria em
alguns pontos o efeito “casemir” devido à formação de um
campo eletromagnético provido da “piezoeletricidade” entre o
atrito do quartzo. Afirmam que isso aconteceria em inúmeros
monumentos espalhados pelo mundo como obeliscos, pirâmi-
des, estátuas e outros monumentos em formato de portais es-
palhados pelo globo.
Será que os antigos taumaturgos e iniciados antigos
sabiam desse possível poder? Será que muitos sacerdotes, como
por exemplo, os “druidas” usavam estruturas assim como as
de “Stonehenge” na Inglaterra para seus insólitos caprichos?
O certo é que nem geólogos e cientistas conseguiram uma
71
explicação aceitável desse portal. E assim o espaço para a
imaginação se faz presente.

Imagem 13 - O portal de “Amaru Muru”, localizada no conjunto rochoso de Hayu-Marca, “A Cidade


dos Espíritos”, próximo do lago Titicaca, há aproximadamente 35 Km da cidade de Puno, no Peru.

Imagem 14 - A famosa Stonehenge, localizado na planície de Salisbury, no Sul da Inglaterra.

A Pedra da Gávea e todos os seus aspectos como mesmo o


próprio Gigante Adormecido do Rio de Janeiro é de certa forma,
a representação da unidade se apresentando na diversidade.

72
Segundo minhas pesquisas, a Pedra da Gávea seria o maior
dos componentes do complexo do Gigante Adormecido do Rio
de Janeiro, pois além de se tratar da suposta cabeça do gigante,
a mesma é a maior das montanhas que envolvem nosso quebra-
cabeça.
No seu topo, aparenta estar uma esfinge tão bem esculpi-
da que mesmo a erosão do tempo não conseguiu apagar com-
pletamente sua forma. A esfinge mostra o rosto de um homem
velho com barbas, um possível sacerdote ou um deus que possui
o corpo de um animal.
As patas da esfinge estariam em muitas partes cobertas
pela vegetação, que para alguns pesquisadores do tema foram
plantadas propositalmente com o intuito de disfarçar o enigma.
Essa teoria da plantação posta propositalmente, não tem o me-
nor cabimento. Por isso nem estenderei esse fato.
A cauda da esfinge tombou em 1919, com um temporal
que perdurou por vários dias e, coincidência ou não, a cauda
tinha também a forma sugerida de uma tromba de elefante.
O suposto capacete da esfinge da Pedra da Gávea, segun-
do muitos, possui inscrições enigmáticas no seu lado esquerdo e
que foram julgadas como remanescente de uma civilização anti-
ga. Alguns dizem que as mesmas são uma escrita viking, outros
afirmam que são fenícias e alguns, até mesmo egípcias.
No que relaciona aos olhos da esfinge, muitos alpinistas
realizam a travessia de um olho da esfinge para o outro, mas
várias pessoas já morreram nesse trajeto. Uma parte do rosto
da esfinge já não existe mais, pois desmoronou e ainda falta-lhe
o olho esquerdo, uma parte do nariz e da boca. Fatos estes que
não impedem de entendermos a sua forma.
Conforme a hora relacionada com a posição do sol em
seu movimento e o ângulo do espectador, a Pedra da Gávea
demonstra que seus olhos estão apontados para a direção norte
73
do Brasil e que também em algumas épocas do ano, surge uma
sombra de um enorme triângulo projetado do capacete da es-
cultura. Esse mesmo triângulo aponta para o sul da esfinge.
Lembremos que em relação ao Gigante Adormecido
do Rio de Janeiro como um todo, o Sol nasce atrás do morro do
Pão de Açúcar e tem seu crepúsculo exatamente atrás da Pedra
da Gávea. Fazendo com que a mesma represente a escuridão,
as trevas, o crepúsculo. Concluímos com isso, que a Pedra da
Gávea tem estreita relação com o deus Seth do antigo Egito e
seu conjunto de formas e símbolos representam o mal na luta
cosmogônica entre o reino das trevas e o reino da luz.
Perante tudo isso, o leitor pode se perguntar: Mas como
algo tão belo poderia representar o deus “Seth”, o possível Satã.
Lembre-se que no Livro dos Mortos como mencionado, o deus
Seth se apresentava de inúmeras formas para enganar seu irmão
Hórus.

“E não é maravilha, porque o próprio Satanás se


transfigura em anjo de luz.”
(2 Coríntios, Capítulo 11, Versículo 14).

Gostaria muito de descrever inúmeros pormenores dessa


montanha, mas o projeto deste livro me impede, e até acho que
me estendi demais em minhas explanações. Portanto vamos ao
próximo capítulo falar um pouco do morro do Pão de Açúcar
sem antes mencionar que homens do tempo presente já fizeram
obras similares e de grande magnitude como é o caso do Monte
Rushmore nos EUA.

74
Imagem 15 - O mundialmente famoso Monte Rushmore. Da esquerda para direita, as esculturas
de George Washington, Thomas Jefferson,Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln. Uma grande
homenagem do povo americano aos seus líderes.

O Monte Rushmore localiza-se em Keystone, em Dakota


do Sul, Estados Unidos. Neste monte onde estão esculpidos os
rostos de quatro Presidentes dos Estados Unidos.
O monumento é uma das atrações turísticas mais conheci-
das dos Estados Unidos. A gigantesca escultura com aproxima-
damente 21 metros de altura demorou 14 anos para ser termi-
nada, de 1927 a 1941.

75
7
Capítulo

MISTÉRIOS DO PÃO DE
AÇÚCAR
“Os acontecimentos futuros projetam a sua sombra a frente”
Goethe, autor e estadista alemão (1749 - 1832)

No capítulo anterior, sobre a Pedra da Gávea, menciona-


mos que a mesma está localizada na direção oeste no que tem
relação com o movimento Solar, dando a entender que o Sol se
põe justamente atrás da Pedra da Gávea, tendo a mesma como
seu crepúsculo e para mim, isso é a mais bela verdade.
Portanto a montanha que estudaremos agora será mostra-
da na posição próxima ao leste geográfico em relação ao movi-
mento do Sol, pois o mesmo nesta cidade nasce atrás do morro
Pão de Açúcar e se põe na direção da Pedra da Gávea.
Porque ressalto isso? Pois é no movimento solar, que nos
serão dadas as formas nas luzes e sombras que são projetadas
nestas montanhas e, também porque essas montanhas são os
extremos de nosso mistério.
A Pedra da Gávea representa a cabeça do Gigante Ador-
mecido e o Pão de Açúcar os pés. No meio de ambos existem
outros morros que serão mencionados na devida hora e que
constituem as outras partes de “Osíris” segundo nossa hipótese.
E entre essas duas montanhas encontram-se outras mon-
tanhas e morros que completarão nosso mistério. E depois, por
incrível que possa parecer, esse mistério revelado será apenas a
77
ponta esquerda de outro grande mistério, que seria a entrada do
canal da Atlântida que é o próprio espaço onde ocupa a Baía de
Guanabara. Mas no âmbito deste livro não poderemos entrar
nessa questão, pois é grandiosa, misteriosa e secreta demais.
Mas voltemos ao mundialmente conhecido Pão de Açú-
car. Vejamos agora um pouco do complexo de morros que for-
mam os pés do Gigante Adormecido da Guanabara represen-
tado como um todo pelo famoso ponto turístico do Pão de
Açúcar, outro morro que além da sua tradição turística, inspira
muitos mistérios nos seus traços e formas.
O Pão de Açúcar é um dos maiores pontos turísticos do
Brasil e do mundo. Essa montanha guarda muitos mistérios em
sua forma e nas sobras que nela surgem devido à projeção do
Sol em seu movimento.
Lembremos também que na antiga cultura egípcia, o Sol
era um símbolo de crucial importância, representando o deus
Rá. E mais, entre os egípcios, o Sol era também a representação
física e cosmogônica da Vida. A cultura egípcia é permeada de
pirâmides, animais antropomorfizados (tidos como seus deuses)
e esfinges que representam ou guardam algo de teor muito sa-
grado. O que é para os mesmos, a entrada da casa dos deuses.
Já a Pedra da Gávea em seu outro extremo, só poderia
representar o deus Seth, aquele mesmo deus dos mundos escu-
ros que dividiu o corpo de Osíris em pedaços e também anta-
gonista da Luz.
De um lado, o deus egípcio Seth e do outro, o deus egípcio
Thoth (Pão de Açúcar). E o que tem no meio deles também re-
presenta muito para nós, já que é entre o extremo dos dois mor-
ros que se trava a luta cosmogônica e ontológica entre luz e trevas.
É justamente no meio deles (Pão de Açúcar e Pedra da
Gávea) que existe a própria batalha, representada por toda uma

78
alegoria mítica em torno dos morros que se encontram entre
esses extremos.
E assim, temos em um mesmo raio de 30 km, outra mon-
tanha (Pão de Açúcar) que em sua interpretação nos faz fugir de
explicações e coincidências apenas de causas naturais.
O complexo do Pão de Açúcar apresenta também a for-
mação semelhante a uma esfinge e quando visto de determina-
do ângulo da própria cadeia de montanha, quando o sol está no
seu apogeu, no horário do meio dia, uma sombra se projeta em
formato de íbis em seu rochedo. Um grande pássaro mostra sua
imponência exatamente ao meio dia.
Logo a íbis, pássaro tão venerado no antigo Egito, sím-
bolo do deus Thoth e, que na cultura egípcia representa o leste,
o alvorecer e todo conhecimento que foi entregue aos homens
por esse mesmo deus.

Imagem 16 - Eis a Íbis em formato de sombra que caracteriza o deus egípcio “Thoth”, que também é
representado pela Íbis.

79
Imagem 17 - O “complexo do Pão de Açúcar” em seu esplendor. O morro no qual está inserida a
sombra da Íbis lembra o semblante de um animal descansando. O mesmo seria o deus egípcio “Ammit”.

Imagem 18 - Um esboço feito pelo autor destacando o pássaro Íbis.

Imagem 19 - Um esboço feito pelo autor representando o deus egípcio “Thoth”, que tem o semblante
de uma Íbis.

80
Como dito, quando o sol alcança o seu auge ao meio dia,
ao olhar para o Morro do Pão de Açúcar a partir da Marina da
Glória, pode-se ver com ampla nitidez projetada neste morro a
imagem em forma de sombra de uma garça ou uma íbis para ser
mais preciso.
Alguns afirmam que o pássaro seria a Fênix que ressurge
das próprias cinzas. Para esclarecimento do leitor, o mito do
pássaro Fênix se trata do lendário pássaro “Bennu”, ou “Fênix”
que a cada longo período de tempo, fazia um ninho e depois
ateava fogo neste, deixando-se consumir pelas chamas para em
seguida ressurgir das cinzas.
É sempre pelo movimento do astro solar que essa figura
de um pássaro intensifica-se e, de acordo com a luminosidade
pode ser vista com mais clareza de formas.
Portanto, a melhor hora para se observá-la é aproximada-
mente ao meio dia. Neste horário, pode-se avistar uma sombra
na cavidade da pedra com cerca de 120 m de altura formando a
silhueta de um pássaro, uma íbis.
Muitos alpinistas que praticam o esporte nessa montanha
utilizam a depressão formada nesta área da pedra para descan-
sarem e muitas vezes até mesmo pernoitar.
O Pão de Açúcar é um complexo de morros localizado no
bairro da Urca e composto pelo morro do Pão de Açúcar (que
dá nome ao complexo), o morro da Urca e finalmente o morro
da Babilônia (nome bem sugestivo). É um grande cartão-pos-
tal da cidade do Rio de Janeiro e um dos mais famosos do Brasil
e do mundo, considerado uma referência turística internacional.
O Morro de nome Pão de Açúcar é o mais alto do com-
plexo, e é constituído por um bloco único de gnaisse e grani-
to com mais de seiscentos milhões de anos de idade. Sua altura é
de 395 metros acima do nível do mar e sua vegetação é de Mata
Atlântica, tendo uma fauna e flora belíssimas.
81
O seu nome é explicado por alguns autores pela seme-
lhança aos blocos cônicos formados pelo açúcar na fase de sua
fabricação e armazenamento na época do Brasil colonial, mas
muitas versões existem sobre sua nomenclatura.
O Pão de Açúcar possui como atração turística um pas-
seio feito de teleférico ou “bondinho”, interligando a Praia Ver-
melha e o Morro da Urca ao Pão de Açúcar. O teleférico foi
inaugurado em 1912, tornando-se o primeiro teleférico instala-
do no país e o terceiro do mundo. Na última estação do bondi-
nho podemos ver a bela vista panorâmica das cidades do Rio de
Janeiro e da cidade de Niterói no cume do Pão de Açúcar.
O Pão de Açúcar e mais especificamente o trajeto que seu
bondinho faz, representa um famoso ponto turístico brasileiro
e registrou fortíssimo impacto cultural na cidade do Rio de Ja-
neiro desde a sua construção.
Inúmeras figuras ilustres como o ex-presidente
dos EUA,  John Kennedy, o cientista Albert Einstein, e o cantor
inglês Elton John  já passaram pelo bondinho do Pão de Açú-
car, além dos muitos artistas que se apresentaram no Morro da
Urca.
Em 1977, o famoso equilibrista americano Steven McPeak
caminhou sobre o cabo do teleférico entre o Morro da Urca e o
Pão de Açúcar, segurando uma vara metálica como contrapeso
e causando assombro ao mundo todo.
No cinema, uma sequência do filme “007 Contra o Fo-
guete da Morte”, com Roger Moore como James Bond foi fil-
mada em 1979, ajudando a promover e divulgar a cidade do Rio
de Janeiro internacionalmente.
Já em 1990, uma homenagem ao piloto Ayrton Senna ex-
pôs no Morro da Urca um carro de Fórmula 1.
Em  2004, o morro do Pão de Açúcar recebeu a  Tocha
Olímpica  dos  Jogos de  Atenas  e, em 2007, a Tocha Olímpi-
82
ca  dos  Jogos Pan-Americanos. E a cidade foi contemplada
como sede das Olímpiadas de 2016, provando sua vocação para
grandes eventos.
No que se refere ao montanhismo, esporte muito pratica-
do no complexo do Pão de Açúcar, sua escalada é internacional-
mente conhecida pelos adeptos do montanhismo; tanto por se
constituir em uma das maiores áreas de escalada urbana, quanto
pela beleza das vias conquistadas nessa área.
Visitas de alpinistas notáveis foram registradas no com-
plexo de montanhas do Pão de Açúcar. Podemos destacar o
escalador Wolfgang Güllich que nos anos de 1980, abriu a pri-
meira via de décimo grau no Brasil (graduação brasileira), bati-
zada por “Southern Confort”, ou “Via do Alemão”, na Pedra
do Urubu, situada junto ao mar na pista de lazer Cláudio Couti-
nho.
Essa pista de 1250 metros de extensão margeia a face sul
dos morros da Urca e do Pão de Açúcar e proporciona uma in-
crível beleza ao visitante que por ali caminha ou pratica esportes.
Mas voltando aos seus mistérios, não é somente um pássa-
ro que se projeta aos olhos dos cariocas no Pão de Açúcar. Uma
figura com 200 metros de extensão em forma de um homem
com trajes sacerdotais pode ser observada também na mesma
montanha. A imagem remete à silhueta de um ancião chamado
por muitos observadores de “o Guardião da Pedra”.
Segundo relatos, esta figura seria de São Pedro abraçando
a pedra do Pão de Açúcar. Não concordo com isso e acho que
a figura representa o deus egípcio “Thoth”, pois acima de sua
cabeça pode-se observar um capacete utilizado por deuses su-
mérios e egípcios.
A imagem ostenta uma longa vestimenta também usada
por sacerdotes sumérios, egípcios e babilônios. O mais incrível
é que esse sacerdote está com um de seus braços esticado como
83
se estivesse alimentando algo. A questão é resolvida quando se
percebe que do outro lado da montanha está estampada o pás-
saro de sombra ou uma íbis. Podemos então concluir que este
mesmo sacerdote esteja alimentando o pássaro do outro lado da
montanha.

Imagem 20 - A foto demonstra exatamente o local no qual estaria esculpido o “Guardião da Pedra”,
nosso Thoth.

Imagem 21 - A silhueta estampada na rocha do “Guardião da Pedra”.

84
Imagem 22 - Um esboço do autor sobre o “Guardião da Pedra” em seus trajes sacerdotais.

Imagem 23 - Em outro ângulo de observação, a possível esfinge ou animal desconhecido também


formado pela silhueta do Pão de Açúcar.

85
Imagem 24 - A mesma suposta esfinge do Pão de Açúcar, no outro extremo do nosso “Gigante
Adormecido do Rio de Janeiro”. (Esboço feito pelo autor)

Então até o momento temos três representações pictóri-


cas ligadas ao Pão de Açúcar, a saber:
A primeira, sendo a própria forma de esfinge que a mesma
representa.
A segunda, o pássaro íbis que é projetado por uma sombra.
A terceira, o sacerdote egípcio que alimenta o pássaro.
E para tornar o Pão de Açúcar ainda mais interessante
do que já é, apresentarei uma quarta figura interessantíssima,
que seguindo nossa hipótese, é também um deus egípcio em
forma de um animal. Ou melhor, uma combinação de animais.
Eis abaixo a figura desse deus egípcio de nome “Ammit”, uma
combinação de crocodilo, leão e hipopótamo.

86
Imagem 25 - Deus egípcio “Ammit”, uma surpreendente combinação de crocodilo, leão e
hipopótamo.

Imagem 26 - Outra reprodução da imagem do deus egípcio “Ammit”.

Imagem 27 - Esboço do autor sobre a localização do deus egípcio “Ammit” no morro do Pão de Açúcar.
Talvez, o deus “Ammit” até estaria à espreita para se alimentar do pássaro Íbis, o deus “Thoth”.

87
Imagem 28 - E novamente a foto do complexo do Pão de Açúcar para melhor entendimento do leitor.

O deus “Ammit”, portanto seria a divindade “demônio” que


assistia ao julgamento dos mortos e devorava a alma dos conde-
nados, sendo por isso, conhecida como o devorador dos mortos.
Lembremos que na mitologia egípcia existe o relato da
humanidade representada como um gigante deitado e tendo aos
pés, acorrentada a Íbis, o pássaro sagrado do Egito. Que incrível
coincidência que este relato esteja em concordância com nossa
tese do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro, pois é no morro
do complexo do Pão de Açúcar, que estaria os pés do gigante,
onde se encontra nossa Íbis.
Se for comprovado que tanto a Pedra da Gávea como o
complexo do Pão de Açúcar são esfinges, ambas com certeza
seriam as maiores esfinges que já se encontrou no planeta. E as
outras existentes no planeta, simplesmente cópias das originais
como nossa tese do Gigante Adormecido insinua.
Como já dissemos anteriormente, o relevo carioca visto do
oceano e mais precisamente da Ilha Rasa, apresenta a silhueta mon-
tanhosa de um gigante deitado – onde a cabeça e queixo são a Pedra

88
da Gávea. A Pedra Bonita seria as mãos, o tronco é o Maciço da Ti-
juca, composto de mais alguns morros e o pé seria o Pão de Açúcar.
Assim, reforçamos mais uma vez a tese de que a cultura
egípcia poderia ser uma referência de uma cultura ancestral per-
dida, contrariando assertivamente a teoria de que os egípcios
nos visitaram como querem alguns estudiosos do tema. Acredi-
to que foi justamente o contrário que aconteceu.
Para encerrar esse capítulo, e assim prosseguirmos para o
seguinte que trata dos mistérios do morro Dois Irmãos, não po-
demos deixar de mencionar que foi justamente no morro “Cara
de Cão” que faz parte do complexo do Pão de Açúcar que foi
fundada em 1565, a cidade do Rio de Janeiro por Estácio de Sá.
Assim, como não podemos deixar de fazer referência à
descrição que tanto circula na internet, mas que sem provas
concretas, nos faz vislumbrar a quantidade de relatos insólitos
que já foram relacionados com o Pão de Açúcar.
Seria o relato de um mergulhador que encontrou as pos-
síveis patas de pedra do monumento do Pão de Açúcar e algu-
mas inscrições submersas que foram traduzidas por Ladislau de
Souza Melo e Neto, então diretor geral do Museu Nacional do
Rio de Janeiro e membro do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro. Eis o que as inscrições traduzidas diziam:
“Somos filhos da terra de Canaã. Sobre nós pesa a des-
ventura e a maldição. Em vão invocamos os nossos deuses; eles
nos abandonaram e assim morreremos desesperados. Hoje é o
décimo aniversário do infausto dia em que chegamos a estas
margens. O calor é atroz, a água é podre, o ar cheio de repug-
nantes insetos. Os nossos corpos estão cobertos de chagas. Ó
deuses, ajudai-nos! Tiro, Sidon e Baal.”
Lenda ou não, a seguir prosseguiremos nossos estudos
com o morro “Dois Irmãos” e que segundo nossa tese, repre-
senta o deus egípcio Anúbis, o “chacal” onde farei uma revela-
ção surpreendente.
89
8
Capítulo

MORRO DOIS IRMÃOS


O SEGREDO DO DEUS “ANÚBIS”, O
“CHACAL”.
“Entretanto, não os temais! Nada há escondido que não
venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar
conhecido”.
Mateus (Versículo 10, Capítulo 26)

Esse capítulo é muito importante para mim que, sincera-


mente, não sei nem como começar a escrevê-lo tamanha res-
ponsabilidade de fazê-lo.
Desse ponto em diante, penso até mesmo se é necessário
escrever esse livro. Pergunto-me todos os motivos que me fa-
zem escrevê-lo. Traço os prós e contras e a única coisa que me
vem ao coração é o meu Deus único, o Deus vivo. É por Ele que
escrevo esse livro. É por Ele que me exponho aos difamadores
e aos incrédulos.
Mas continuarei. E adiante iremos trazer das profundezas
dos mares esse segredo “pré-diluviano”. E seja o que for que os
habitantes desse mundo antigo possam ter feito de maravilhas
que seduzem nossos olhos, afirmo categoricamente que mesmo
assim, não foram aprovados pelo Deus único.
Vivemos uma era, que nada que está oculto se mantém
por si próprio. Tudo está vindo à tona e o homem como um ob-
servador de Deus, nasceu para conhecer a Verdade. E a mesma
deve ser dita, e assim prosseguimos.
91
“O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia;
e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o do alto
dos telhados”.
Mateus (Capítulo 10, Versículo 27).

Quando, em um capítulo anterior falamos sobre o Egito, não


tivemos espaço para falar desse poderoso personagem do panteão de
deuses egípcios, o “Anúbis” – o deus em forma de chacal ou simples-
mente um cão. A seguir, duas representações do deus “Anúbis” como
retratada no Egito Antigo.

Imagem 29 - Esboço do autor representando o deus “Anúbis” em forma de um cão ou chacal.

Imagem 30 - O deus “Anúbis” em suas funções.

92
Imagem 31 - Foto do morro “Dois Irmãos”. Sua silhueta lembra em muito um cão. Suas orelhas
seriam as extremidades visíveis do ponto mais alto da montanha.

De acordo com a mitologia do Egito Antigo, Anúbis era


considerado o deus da morte, da mumificação e do submundo.
Esse mesmo deus era registrado nos hieróglifos egípcios com o
corpo de homem e cabeça de cão.
Portanto, Anúbis era quem presidia as mumificações, pois
era o guardião dos conhecimentos desta técnica e tinha a função
de ser o protetor das tumbas e guardião dos “mundos interio-
res”. Era o juiz dos mortos e quem conduzia suas almas no
além.
Dizem que a associação do deus Anúbis com chacais ou
cães provavelmente se deve ao fato de estes perambularem
pelos cemitérios. Discordo plenamente. Confundiu-se a causa
com o efeito.
Já o tema sobre “mundos interiores” mencionados ante-
riormente nos conduz a afirmar, que quase todas as mitologias
e religiões falam de um mundo acima da crosta terrestre e outro
abaixo habitado por seres humanos, semideuses, deuses e até
extraterrestres.
93
Temos como exemplo, quando o herói lendário “Gilga-
mesh”, dos antigos sumerianos e das epopeias babilônicas visita
seu antepassado “Utnapishtim” quando desce às entranhas da
terra.
Parecido, acontece com “Orfeu” que vai procurar a alma
de Eurídice nos subterrâneos da terra.
O famoso “Ulisses” oferece um sacrifício a fim de que os
espíritos dos antigos saiam das profundezas da terra e o acon-
selhem.
Jesus desce aos infernos, e arrasta cativo o próprio cativei-
ro com Ele destituindo a autoridade que os anjos caídos tinham
sobre o ser humano em função da queda de Adão para em se-
guida ressuscitar em carne e subir aos Céus.
O “Hades”, os mundos infernais são protegidos por “Cér-
bero”, o cão de três cabeças que entra em combate com o gran-
de “Hércules”.
Contos do folclore europeu relatam a existência de dragões
em inúmeras cavernas que levam para as profundezas da terra.
Sem deixar de mencionar as conhecidas cidades “intrater-
renas”, como “Shamballa” e “Agartha”, cidades que somente os
iniciados teriam acesso.
Existe inclusive a teoria da “Terra Oca” defendida por
muitos estudiosos que teve sua popularidade aumentada pelos
relatos do famoso Richard Evelyn Byrd, vice-almirante da Ma-
rinha dos Estados Unidos que foi aviador e pioneiro na explo-
ração do Polo Norte. O vice-almirante relatou ter tido contato
com esse mundo “intraterreno” e seu relato pode ser encontra-
do facilmente em bibliografias diversas.
Pesquisadores sérios argumentam que existem redes de
túneis subterrâneos, idealizadas e criadas por antigos deuses, ou
mesmo “anjos caídos” que circulam e contornam todo o pla-
94
neta Terra. Determinados monumentos e cavernas seriam as
entradas dessas redes de túneis que dariam acesso aos “mundos
interiores”.
Já em relação ao morro Dois Irmãos, não são somente os
mistérios que são encantadores. Suas características naturais são
deslumbrantes e únicas.
O Morro Dois Irmãos é uma formação rochosa localizada
no bairro do Vidigal, no Rio de Janeiro. Das famosas praias do
Leblon e de Ipanema podemos ver toda a sua beleza ornamen-
tando o cenário dessas duas maravilhosas praias como mostrada
nas imagens anteriores.
O seu topo está a 533 metros de altitude acima do nível do
mar. É possível ver do seu cume toda a extensão das praias do
Leblon, Ipanema e Copacabana, assim como a Lagoa Rodrigo
de Freitas, o Cristo Redentor, a comunidade da Rocinha, o bair-
ro de São Conrado e o bairro da Gávea.
Em 1992, foi inaugurado o Parque Natural Municipal do
Penhasco Dois Irmãos. Desde 2011, o parque tem energia autos
suficiente, graças à instalação de painéis de energia solar, dando
um grande exemplo de sustentabilidade.
Muitas espécies em extinção compõe sua vegetação. Entre
elas temos orquídeas assim como diversos tipos de bromélias.
A área do parque também é habitada por micos, gambás
e morcegos, além de aves como a coruja orelhuda e o pica-pau
do campo.
A trilha do Morro Dois Irmãos é uma das mais belas da
cidade. Não é muito exigente no que diz respeito ao esforço
físico e ainda é lamentavelmente pouco conhecida dos próprios
cariocas.
Um paralelo pode ser feito entre o deus Anúbis, que pode
ser visualizado pela silhueta do morro “Dois irmãos” com o
95
antigo “Livro dos Mortos” dos egípcios e nossa hipótese do
Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.
De acordo com o relato do “Livro dos Mortos” e da mito-
logia egípcia, o deus Anúbis era filho de “Néftis”, deusa dos de-
sertos, com o deus Osíris. Quer dizer então que o deus Anúbis
era filho de Osíris, sendo o último representado quase sempre
como uma múmia de braços cruzados com as mãos também
cruzadas sobre o peito.
Após ser despedaçado pelo seu irmão Seth, o deus Osí-
ris  tem seu corpo embalsamado por Anúbis, tornando-o a
primeira múmia existente e fazendo com que o deus Anúbis se
torne o deus do embalsamento.
Se repararmos com atenção, o deus Osíris, que segundo
nossa teoria seria o próprio gigante adormecido é o único deus
egípcio que olha para os céus.
Será que era o deus principal dos possíveis anjos caídos?
Seria o único deus que tem consciência de que está atado a Ter-
ra e impossibilitado de agir plenamente, exatamente como uma
múmia ou como próprio homem após seu estado original e que
foi dividido em grupos humanos e espalhados por toda a Terra?
Será que também poderíamos traçar um paralelo entre a queda
de Adão e o deus “Osíris”?
Por incrível que pareça, a resposta é sim. Mas no âmbito
dessa obra, não será possível associarmos tais paralelos.
Prosseguindo, devemos mencionar um dos fenômenos
óticos mais interessantes envolvendo o morro “Dois Irmãos”.
O nosso chacal ou cão, em determinada época do ano, no ou-
tono, quando o Sol se põe exatamente atrás do morro Dois ir-
mãos, mais precisamente entre as “duas orelhas” do cão, ocasio-
na-se assim, a projeção de uma sombra no formato idêntico ao
de uma pirâmide.

96
Incrível, mas é verdade e somente uma vez ao ano é pos-
sível ver essa pirâmide virtual formada pela sombra do Sol pon-
do-se neste ponto fundamental em um formato perfeito.
Mas uma revelação surpreendente o autor deste livro dará
aqui. É coisa muita séria e não arriscaria a minha reputação com
contos da “Carochinha”.
Mas o fato é que nessa mesma época do ano, quando o
Sol projeta uma sombra em forma de pirâmide sobre o morro
“Dois Irmãos”, algo fantástico torna-se possível.
Em pleno bairro do Leblon e particularmente na costa
que beira seu canto direito, conhecida como “pontão”, uma pe-
quena passagem estreita abre acesso. É isto mesmo, afirmo que
no outono, uma pequena passagem estreita torna-se perceptível
e pode-se ver uma pequena caverna onde uma pessoa pode en-
trar, penetrando assim no morro que tem a forma de um chacal,
que como dissemos, é o guardião dos reinos internos.
Pois eu entrei, após esperar alguns verões e um dia arris-
quei-me e ali me aventurei. Eu disse “arrisquei-me”, pois foi
realmente um risco.
O que pude ver foi indescritível. Manterei segredo do que
vi e das coisas que pude tocar. Relíquias, que em minha opinião,
pertencem a um antigo e velho mundo corrompido.
Nada daquilo me interessou no sentido de posse. E acre-
dito também que o que tinha ali não ajudaria a humanidade em
nada em seu progresso. Daqui em diante não falo mais nada
sobre o ocorrido e aqui encerro minhas palavras sobre o acon-
tecido.
Calar-me-ei sobre essa particularidade e quase penso em
destruir esse livro e esquecer toda essa teoria de “Gigante Ador-
mecido” como já fiz inúmeras vezes. Só eu sei a quantidade de
vezes que escrevi e reescrevi, para após eu mesmo destruir e
97
rasgar todo o meu trabalho. Mas algo “queima” dentro de mim
e obriga-me a continuar nossas considerações.
É pelo leitor que escrevo. Como já disse antes, escrevo
para o homem comum e para aqueles que precisam do mara-
vilhoso em suas vidas. Jamais escrevo para os profissionais que
estudam semelhantes temas.
E é pelo meu amado leitor que prosseguirei.

98
9
Capítulo

CORCOVADO – CRISTO
REDENTOR
A Grávida deusa “Ísis”, Mãe do deus
“Hórus”.
“Em um mundo dominado pelas mentiras, dizer a verdade é um ato
revolucionário.”
George Orwell (1902-1950). Jornalista e escritor inglês.

Uma das montanhas que existe entre a Pedra da Gávea e


do Morro Pão de Açúcar, e assim compõe nosso gigante Ador-
mecido do Rio de Janeiro, é o morro do Corcovado, onde se en-
contra a famosa estátua do “Cristo Redentor” que atrai turistas
de todo o mundo devido à imponente aparência e à possibilida-
de de seu topo vislumbrar uma das mais belas vistas do planeta.
A incrível estátua do Cristo Redentor encontra-se no cume
do morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar,
tendo sido inaugurada no dia 12 de outubro de 1931.
O Cristo Redentor é considerado o grande símbolo da Ci-
dade do Rio de Janeiro e a estátua mede 38 metros de altura. A
estrutura foi feita em concreto armado projetado por Albert
Caquot.
Já as camadas exteriores da estátua são feitas de pedra-sa-
bão, escolhida por suas qualidades duradouras e de fácil uso. A
construção durou nove anos (entre 1922 e 1931). O monumen-
to foi inaugurado em 12 de outubro de 1931 e durante a ceri-
99
mônia de inauguração, a estátua foi iluminada por uma bateria
de holofotes que foram acionadas remotamente pelo pioneiro
do rádio de ondas curtas, Guglielmo Marconi, que estava a 9.200
quilômetros de distância, no continente europeu, mas precisa-
mente em Roma, na Itália.
No dia 7 de julho de 2007, em uma festa realizada em Por-
tugal, o Cristo Redentor foi incluído entre as novas “Sete Ma-
ravilhas do Mundo”. A decisão foi baseada em votos populares
pela internet e por telefone e ultrapassou os cem milhões de
votos.
Lembrando, que o concurso não possuiu o apoio da Or-
ganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura, a conhecida “UNESCO”, pois a mesma apontou falta
de critérios científicos para a escolha das maravilhas em vota-
ção. Mas acredito que a mesma nem precisa de votações, pois
reconhecer que o Cristo Redentor é uma das dez maravilhas do
mundo atual, não é questão de matemática e sim da alma.
O morro do Corcovado está localizado em uma área urba-
na que circunda a Floresta da Tijuca, uma das maiores florestas
urbanas do planeta. Portanto, a mesma floresta está próxima da
maioria dos bairros da cidade.
A Floresta da Tijuca, onde se encontra o morro do Corco-
vado foi reflorestada no século XIX, após anos de desmatamen-
to intenso e plantio, principalmente do café.
Muitas belezas compõem o conjunto da Floresta da Tijuca
e vale a pena visitá-la.
Em relação ao nosso estudo sobre o Gigante adormecido
do Rio de janeiro, no que concerne ao seu simbolismo menor
ou “micro”, o Morro do Corcovado aparenta em seu semblante
uma mulher grávida.
Já no seu sentido maior ou “macro”, o Morro do Corco-
vado representa em sua imagem, justamente o “falo” do deus
100
Osíris, que como foi explicado em capítulo anterior não foi en-
contrado por sua irmã, a deusa Ísis, mãe do deus Hórus.
Segundo o “Livro dos Mortos” do antigo Egito, o “falo”
foi comido por um peixe. Esse mesmo “peixe” ou “ser” mari-
nho nos será apresentado no capítulo que menciona o “monstro
marinho” da lagoa Rodrigo de Freitas.
E mesmo tendo sido restituidos todos os pedaços de
“Osíris”, o fato do “falo” não ter sido encontrado retirou seu
poder gerador, transformando o mesmo no “deus dos mundos
subterrâneos”.
Mas aqui na cidade do Rio de Janeiro, podemos encontrar
o “falo” perdido de “Osíris” e entender, portanto, que o Corco-
vado é uma das montanhas chaves para a nossa hipótese.
Do alto dessa montanha podemos ver todos os pedacos
do deus “Osíris” representado pelos morros cariocas. Essa é
a chave do nosso mistério. E o mais legal, é que inconsciente-
mente o “progresso humano” proporcionou a qualquer cidadão
reconhecer esse mistério.
Este monumento possivelmente pré-diluviano, conforme
nossa hipótese aparenta uma mulher grávida encostada na mon-
tanha, bem aos pés do Cristo Redentor que foi colocado lá há
menos de um século.
E por mais uma coincidência com nossa hipótese do Gi-
gante Adormecido do Rio de Janeiro, este falo está suposta-
mente associado a uma gravida. Não tenho dúvidas que seguin-
do nossas hipóteses, aí esta uma representação pictórica de um
“petróglifo” que exibe um jogo de luzes e sombras que nos re-
latam o momento em que a deusa Ísis se uniu com o deus Osíris
para gerar o seu filho, o deus “Hórus”, o falcão.
Eis abaixo algumas fotos que demonstram o que expomos
acima:
101
Imagem 33 - Eis a silhueta da deusa “Ísis” grávida do deus “Hórus” representada pelo morro do
Corcovado. Acima de sua cabeça, encontra-se a estátua do Cristo Redentor.

Imagem 34 - Em um esboço, a deusa “Ísis” grávida esperando o nascimento do seu filho, o deus
“Hórus”.

102
Terminaremos assim, esse curto capítulo e partiremos
para o próximo, pois o mesmo complementa tudo que falamos
até agora sobre o morro do Corcovado que representa a deusa
Ísis em sua gravidez, quando o deus Osíris ainda era munido de
seu falo.
No próximo capítulo, entenderemos que tendo como
ponto de observação o cume do morro do Corcovado, mais
precisamente aos pés da estátua do Cristo Redentor, é possível
avistar outro morro que contorna parte da famosa lagoa Rodri-
go de Freitas.
E nesse mesmo morro podemos ver claramente a imagem
de uma possível tartaruga ou mesmo um ser pré-histórico com
seu rosto à margem da lagoa como se estivesse descansando ou
mesmo bebendo um pouco de suas águas. É evidente que pre-
cisamos ter um olhar sensível, quase mítico para que o véu de
“Maya” se desfaça perante a verdade apresentada.
E pasmem, pois “marcado” neste morro encontramos
uma imagem cravada em sua rocha do símbolo do “Olho de
Hórus” como representado pelos antigos egípcios.
Por mais incrível que tudo isso possa parecer para o leitor,
recomendamos apenas que prossiga sua leitura.

103
10
Capítulo

UM DINOSSAURO EM PLENO
RIO DE JANEIRO
“A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências.
O homem que não tem os olhos abertos para o mistério passará pela
vida sem ver nada.”
Albert Einstein (1879 - 1955), físico alemão.

Em frente à “Grávida do morro do Corcovado”, existe ou-


tra montanha cheia de mistérios que circunda boa parte da Lagoa
Rodrigo de Freitas. A sua forma, por incrível que pareça asseme-
lha-se a um ser pré-histórico semelhante ao famoso “monstro
do lago Ness”. E também, nessa mesma montanha, podemos
encontrar em seu relevo a figura estampada do “olho de Hórus”.
Primeiramente apresentaremos as imagens desse possível
“primo” do “monstro do Lago Ness” para em seguida apresen-
tarmos a imagem do “olho de Hórus” esculpida em seu relevo.

Imagem 35 - Eis o “ser” formado pela silhueta dessa bela montanha vista exatamente do morro do
Corcovado.
105
Imagem 36 - E acima, um esboço do autor retratando esse possível animal pré-histórico as margens da
Lagoa Rodrigo de Freitas.

Imagem 37 - Eis a imagem já desgastada do “olho de Hórus” cravada em pleno morro da Catacumba.

106
Imagem 38 - Esboço do autor representado o “olho de Hórus” cravado em pleno morro da
Catacumba.

Imagem 39 - Reprodução artística do conhedido “olho de Hórus”.

107
Em relação às imagens apresentadas acima, nessa altura
dos fatos, nada mais nos surpreende.
As primeiras imagens apresentam um imenso “ser” des-
cansando em plena orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, já as ou-
tras mostram o incrível “Olho de Hórus” cravado em plena
montanha. Que mistérios rondariam essa lagoa carioca? Muitas
perguntas nos vêm à mente, pois em quase todas as culturas
humanas, mencionam-se lagos misteriosos.
Quanto ao possivelmente “monstro” pré-histórico que
beira a lagoa Rodrigo de Freitas, lembre que em muitas cultu-
ras antigas, seres e monstros marinhos gigantes emergem em
suas narrações sobre inúmeras formas e contextos. E o que logo
imaginamos é a lembrança do famoso monstro do lago Ness, o
mais conhecido de todos.
Não pretendo estender-me nas centenas de relatos
de monstros marinhos espalhados pelo mundo, mas po-
demos encontrar lendas de monstros aquáticos em muitas
culturas.
No México relatam-se observações sobre o gigantesco
monstro marinho de nome “Chan” que supostamente habitaria
profundos lagos da selva de Yucatán.
Na China existem relatos sobre uma criatura marinha que
habitaria o lago Karas situado nas montanhas de Altai.
Já no território russo temos testumanhas que também ob-
servaram monstros marinhos nos lagos Ko-Kol e Labynkyr.
Na Argentina, nas águas do lago Nahuel Huapi, próximo à
cidade de San Carlos de Bariloche relata-se a presença do mons-
tro marinho denominado “Nahuelito”.
Nos Estados Unidos, há séculos tanto os índios “iroqueses”
quanto os “kalapuyas” mencionam também criaturas do gênero.

108
A lista das observações desses seres seria gigantesca e
fogem ao nosso propósito, mas nos restam ainda algumas dú-
vidas.
Seriam esses monstros marinhos sobreviventes de uma
era pré-diluviana? Seriam sobreviventes de uma grande catás-
trofe? E será que seres humanos já tiveram contato com esses
possíveis “montros marinhos”?

“Preparou, pois, o Senhor um grande peixe, para


que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três
noites nas entranhas do peixe.”
Jonas (Versúlo 1, Capítulo 17).

Em relação ao possível ser que beira a Lagoa Rodrigo de


Freitas, muitos o interpretam como uma tartaruga. Hipótese
essa muito bem vinda ao nosso estudo, pois a tartaruga sempre
foi associada em culturas mais antigas à sacralidade. Por exem-
plo, na história mítica da Criação do povo antigo da Guatemala
encontramos a famosa “tartaruga cósmica”.
Em relação à associação da tartaruga com nosso “ser”
da Lagoa Rodrigo de Freitas, gostaria de fazer uma analogia
com outro morro que não se encontra na cidade do Rio de
Janeiro, mas no famoso arquipélago de Fernando de Noronha,
localizado no litoral brasileiro e recanto de muitas tartarugas
marinhas.
Nesse mesmo arquipélago, se encontra o famoso morro do
“Pico”, que se assemelha à cabeça de uma tartaruga ou mesmo de
um ser que lembra o famoso personagem do filme “Guerra nas
Estrelas”, o mestre Jedi, “Yoda”. Eis as fotos abaixo:

109
Imagem 40 - O conhecido “Morro do Pico”, pertencente ao famoso arquipélago de Fernando de
Noronha.

Imagem 41 - Um esboço do autor representando o “ser” exposto no “Morro do pico” no arquipélago


de Fernando de Noronha.

E finalizando o capítulo, a seguir encontraremos uma ima-


gem feita em esboço de um ser pré-histórico que habita as mar-
gens da Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro.

110
Imagem 42 - Um esboço do autor representando o possível ser pré-histórico em forma de pedra que
habita as margens da lagoa Rodrigo de Freitas na cidade do Rio de Janeiro.

Para o leitor ficou claro que não falei de todos os morros


cariocas que compõem os pedaços do deus Osíris que estão es-
palhados pela orla da cidade do Rio de Janeiro e formam em seu
conjunto a silhueta do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.
Isso incorreria em muitas paginas a serem escritas e, so-
ma-se o fato de que ainda não me sinto digno de revelar deter-
minados segredos, pois não sinto que é o momento adequado.
Quem sabe outra hora.
Mas acredito que, com o que revelei a você, leitor, já tenha
elementos para estimular sua imaginação e transformá-lo em
um investigador desse fantástico mistério.
Creio que a partir deste ponto, o leitor já tem elementos
e ferramentas suficientes para seguir sozinho em muitos aspec-
tos. Estamos em um século que através da tecnologia e com-
partilhamento de informações graças à internet, cada indivíduo
isoladamente pode ser o próprio investigador e quem sabe, um
“arqueólogo virtual” amador.

111
Gostaria de falar evidentemente de muitos outros mis-
térios que envolvem esse complexo do Gigante Adormecido
do Rio de Janeiro. Mas se o leitor seguir adiante descobrirá nas
entrelinhas desse livro, a resolução completa desse mistério e
poderá até ir mais adiante do que foi exposto neste livro, pois
todas as ferramentas e “macetes” para que isso ocorra serão
expostos adiante.
E tenho a certeza que a leitura dos capítulos seguintes irá
trazer uma nova perspectiva para tudo o que já disse.
Pois muitos mistérios e segredos infinitamente mais in-
sólitos do que o já apresentado até o momento também serão
expostos a partir de agora para o meu querido leitor, principal-
mente nas entrelinhas do capítulo denominado “Diálogos com
o autor”. Prepare-se!

112
11
Capítulo

ANJOS CAÍDOS, DEUSES,


HERÓIS E GIGANTES PRÉ-
DILUVIANOS
“Em ver terríveis gigantes muito tolos vencidos pelos anões cheios
de espírito”
Victor Hugo (1802 —1885)  novelista, poeta e dramaturgo francês.

A principal pergunta que surge ao iniciar esse capítulo se-


ria a indagação sobre a origem dos gigantes no imaginário hu-
mano. Isso porque encontramos relatos sobre os mesmos mes-
clados com outras histórias sobre heróis, deuses, semideuses e
anjos caídos. Tudo isso, nas mais diversas culturas e nas mais
diversas épocas.
O Livro de Gênesis, capítulo 1 (versículos 1 a 4) será o
nosso ponto de partida e espinha dorsal para tentar chegar per-
to de uma hipótese satisfatória.
É nesse mesmo Livro de Gênesis que basearemos grande
parte de algumas hipóteses, não somente sobre os gigantes, mas
também sobre os deuses e semideuses que assim como os heróis
lendários foram responsáveis por inúmeros relatos e mitos, des-
de os sumérios, passando pelos egípcios, gregos, romanos e até
nosso mundo atual.
Eis o trecho do Livro de Gênesis:

“Como os homens começaram a multiplicar-se so-


bre a terra, e lhes nasceram filhas, viram os filhos
113
de Deus que as filhas dos homens eram formosas,
e tomaram para si mulheres de todas as que esco-
lheram. Então disse o Senhor: Não permanecerá o
meu Espírito para sempre com o homem, pois este
é mortal; os seus dias serão cento e vinte anos.
Havia naqueles dias gigantes na terra, e também
depois, quando os filhos de Deus conheceram as
filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Estes
foram valentes, os homens de renome que houve
na Antiguidade”.

O livro do Gênesis em seu original foi escrito em hebrai-


co, assim o mesmo ao mencionar a expressão “filhos de Deus”
refere-se em sua tradução do hebraico ao termo “Bene ha-E-
lohim”, que segundo uma corrente de estudiosos significaria os
“anjos caídos” e que segundo outra corrente de pesquisadores,
seriam apenas grupos de extraterrestres.
Esses mesmos anjos caídos ou como alguns afirmam es-
ses extraterrestres copularam com as mais formosas filhas dos
homens que se multiplicavam sobre a face da Terra.
O resultado dessa união sexual seriam os “Nefilins”, pala-
vra que pode ser traduzido também do hebraico como “gigan-
tes”.
Esses mesmos Nefilins eram considerados os primeiros
filhos do relacionamento sexual entre os filhos de Deus ou os
anjos caídos com as filhas dos homens.
Os homens de fama como mencionados no Gênesis capí-
tulo 1, seriam os semideuses e heróis que preencheram os rela-
tos de inúmeras mitologias até então conhecidas.
Assim, os chamados “filhos de Deus” que copularam com
as mulheres humanas seriam na verdade anjos caídos (demô-

114
nios), ou mesmo como alguns estudiosos afirmam, seriam os
extraterrestres oriundos de uma batalha celestial perdida.
O fato é que inumeras intepretações e hipóteses existem
sobre esse tema. Inúmeras teorias inundam os pesquisadores
sobre como deveria ter sido essa “possessão” em machos hu-
manos para então se relacionar com suas formosas fêmeas ou
vice versa; ou como muitos pesquisadores defendem: simples-
mente a atuação de extraterrestres alterando o DNA humano
através de uma tecnologia própria.
Novamente declaro que não endosso essa teoria da inter-
venção extraterrena. Meu raciocinio gira em torno das hipóteses
relacionadas aos “Bene ha-Elohim” ou anjos caídos.
Talvez uma hibridição demoníaca tenha acontecido den-
tro do DNA humano, tamanha foi a interferência da energia
desses anjos caídos dentro de uma relação sexual humana.
Incrível, mas segundo o livro de Gênesis como um todo,
raciocinamos que a raça adâmica (como alguns esotéricos argu-
mentam) ou os homens descendentes de Adão não viviam mais
no Jardim do Éden após a queda.
Desobedeceram a única e simples ordem que Deus dera,
que era não comer o “fruto proíbido”. Ora, em lugar de tama-
nha perfeição como hipoteticamente seria o Éden, a desobe-
diência só poderia ser regida por algo simples e trivial como
o ato de comer um simples fruto como um ato simbólico de
desobediência, pois em um lugar sem imperfeição não haveria
possível “brecha” para algum erro.
O próprio diabo ou Satanás teve que entrar rastejando
como serpente, pois o lugar é Santo.
Assim, Adão e Eva deram ouvidos a um Anjo Caído afas-
tado de sua antiga altivez, pois longe da presença de Deus, o
diabo só saberia fazer aquilo que não existia em Deus, como
115
por exemplo, a astúcia no lugar da inteligência e a mentira subs-
tituindo a verdade. E, convenhamos: que a astúcia aliada com a
mentira é algo perigosíssimo.
Portanto, a descendência de Adão após a desobediência
desse único pedido de Deus, foi completamente comprometida.
Assim, os seres humanos expulsos do “Paraíso” e nessa condi-
ção anterior ao dilúvio, ficaram sobre autoridade de Satanás e
todo o seu exército de anjos malígnos.
E o próprio Satanás e seu exército, não satisfeitos com
o resultado da queda do ser humano, ainda se interessaram
por suas mulheres. Queriam degenerar completamente a raça
humana em seu aspecto original e divino. Queriam, em síntese,
substituir o Deus Único e serem os mesmos adorados como
deuses.
Queriam como muitos pesquisadores alegam, destruir a
descendência de Adão da qual geraria futuramente o Deus–Ho-
mem “Jesus Cristo”, que não nascido de cúpula, mas de uma
virgem, iria retirar a autoridade do diabo sobre todos os seres
humanos e reunir seu “Corpo de Cristo”.
O fato é que os gigantes e semideuses já haviam sido ge-
rados e não seriam outra coisa senão o resultado de uma hibri-
dização de seres humanos com anjos caídos, que como já men-
cionei, alguns consideram extraterrestres ou mesmo alienígenas.
Esses valentes homens de fama eram sim, os deuses e
heróis do passado. Os mesmos tinham uma natureza divina e
outra humana. Mas dicotomicamente sua natureza divina não
provinha dos anjos caídos e sim da naturaza humana provinda
dos descendentes de Adão, que até então tinham grande lon-
gividade, mas que por decreto de Deus, seus anos de vida não
ultrapassariam os 120 anos, como relatado no livro de Gênesis.
Essa interrupção da longividade humana deve ter vindo
de algo terrível que os mesmos estavam fazendo, pois desagra-
116
dou a Deus. Talvez fosse algo muito errado que o ser humano
aprendeu com os anjos caídos.
Os gigantes da primeira criação eram extremamente de-
senvolvidos intelectualmente, artisticamente e psiquicamente.
Eles tinham poderes e conhecimentos sobre os animais e toda
a natureza. Mas eles conduziram mal esse saber e assim o Deus
único causou seu extermínio através do dilúvio bíblico.
Inúmeros relatos podem ser encontrados sobre alguns
dos descendentes dos Nefelins remanescentes do Dilúvio e ti-
dos algumas vezes, como antigos governantes.
Eis abaixo o que relata a passagem bíblica do livro de Nú-
meros capítulo13, versículo 33:

“Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque,


descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos
olhos como gafanhotos, e assim também éramos
aos seus olhos.”

A palavra “Anaque” é definida por muitos pesquisadores


como tendo o mesmo significado do termo sumério que signifi-
ca um grupo de divindades chamado “Anunnakis”.
Sobre os Anunnakis, assunto esse que está muito em voga
na internet e, nos programas de Televisão; o leitor curioso po-
derá fazer suas próprias pesquisas sobre o tema.
Para facilitar a vida do leitor, recomendo procurar primeira-
mente pelo autor “Zacharias Sitchin”, que brilhantemente soube
expor suas teses. Particularmente, considero que existam na obra
de Zacharias muitos assuntos que entram em conflito com a tese
apresentada neste livro, por isso não me estenderei sobre a mesmo.
Abaixo, a imagem de um Anunnaki que lembra muito a si-
lhueta da Pedra da Gávea apresentada no capítulo 6 de nosso livro:
117
Imagem 43 - A representação suméria de um “Anunnaki”.

Mas voltando às referências sobre possíveis gigantes rema-


nescentes de um possível dilúvio, podemos no livro bíblico de
Deuteronômio capítulo 9, versículo 2, conhecermos um pouco
das características físicas dos Nefelins.

“Um povo grande e alto, filhos dos anaquins, que


tu conhecestes, e dos quais tens ouvido dizer:
Quem poderá resistir aos filhos de Anaque?”
Mas esses gigantes que foram tratados anteriormente
eram gigantes pós-diluvianos. Os mesmos, já pertenciam a uma
degeneração dos primeiros gigantes que viveram antes do dilú-
vio e muitas vezes nem mesmos deuses eram mais considerados.
O rei Davi, inclusive como relatado na Bíblia, havia venci-
do um desses mesmos gigantes, chamado Golias, que era apenas
considerado um gigante e não um deus, pois já não tinha nada a
ensinar aos homens.

118
Ora, em praticamente todas as culturais ancestrais, são men-
cionados relatos sobre deuses muitos poderosos que ensinaram
aos homens a agricultura, a metalurgia, e muitas outras ciências.
Podíamos dizer que havia até mesmo certa harmonia entre os
primeiros deuses gigantes e os homens antes do Dilúvio.
Os gregos antigos mencionavam uma época na qual os
deuses civilizadores permeavam o imaginário humano, tais
como Saturno, Hércules e o titã Prometeu.
Os egípcios e os mesopotâmios contavam também histó-
rias semelhantes de reis-deuses que os haviam civilizado e ensi-
nado toda espécie de conhecimento.
Quase toda a mitologia antiga trata de seres gigantes e
muitas vezes os mesmos são confundidos ou considerados deu-
ses e vice versa, pois muitos dos deuses antigos não somente
eram descritos como gigantes, mas como tendo uma espécie de
conhecimento superior.
Considero que os mesmos tinham um aspecto divino e
outro demoníaco. Alguns desses filhos dos deuses ajudaram
os homens simplesmente porque reconheceram sua autorida-
de perante a humanidade. Outros agiram como os demônios e
escravizaram grande parte da humanidade e fizeram coisas que
mente humana, apesar de estar acostumada com toda a maldade
do mundo atual, não tem a mínima ideia do que tenha sido feito
contra os filhos de Adão e Eva.
Para outros pesquisadores, esses deuses nem alma tinham
e quando defendiam os seres humanos, era para não entregar
seus servos humanos para outros deuses.
Não acredito que esses primeiros gigantes fossem benevo-
lentes, mas acredito que por lembrança de sua antiga natureza
divina e celestial, eles tinham conhecimentos astronômicos, vi-
sões psíquicas e poderes paranormais gigantescos, mas sempre
distorcidos pela queda dos mesmos.
119
Acredita-se inclusive, que no início do surgimento dos gi-
gantes em nosso planeta, havia uma categoria dos mesmos que
viviam em grande harmonia com os homens, tratando-os ape-
nas como servos.
Estes gigantes ou deuses civilizaram os homens e assim os
ensinaram suas ciências antigas e primárias tais como as artes,
a escrita, a arquitetura, assim como a construção das grandes
estátuas e megalíticos espalhados pelo globo terrestre.
As antigas mitologias afirmam que muitos dos gigantes
começaram a se degenerar e se tornarem estúpidos e agressivos,
de forma que se tornaram violentos demais em relação aos ho-
mens.
Os gigantes, antes protetores de seus servos humanos,
tornaram-se literalmente canibais e exigiram os sacrifícios mais
imundos que se poderiam imaginar.
Como dissemos sobre o relato na Bíblia, o rei Davi, teria
assim matado um dos últimos e estúpidos gigantes remanescen-
tes de uma era pós-diluviana, pois os gigantes já não eram mais
vistos como deuses, pois o Deus Único já havia escolhido o Seu
povo.
Esses mesmos gigantes que há milhões de anos habitavam
esse mundo, semelhantes aos deuses que povoaram mais tarde
as nossas lendas, perderam a sua civilização e sua grandeza após
o dilúvio e assim os homens sobre os quais reinavam tornaram-
-se novamente selvagens e brutos.
Nossa tese é que existiram várias “atlântidas”. Uma Atlân-
tida integra e inteira antes do dilúvio pertencentes aos deuses e
outras pequenas “atlântidas” que resistiram em ilhas esparsas
após a queda dos deuses. Platão, em minha opinião narra ape-
nas essa última Atlântida, mas que teve seus moldes na original
pré-diluviana.

120
Assim, com o grande dilúvio bíblico ou mesmo com a
destruição da Atlântida, os gigantes foram sendo exterminados,
sobrando apenas os relatos mitológicos narrados pelos antigos.
Esses antigos gigantes deixaram seus vestígios espa-
lhados por todo o planeta. Podemos ver os mesmos vestígios
nas estruturas colossais e estátuas gigantescas que podemos
observar espalhadas em muitas culturas pelo planeta, como os
“moais” na ilha de Páscoa e os megalíticos de Stonehenge.
Na verdade, muitos dos megalíticos e estruturas gigantescas
espalhadas pelo planeta, seriam uma espécie de mapa, com re-
ferências e construções que seguem uma linha de direção pró-
pria e que indicariam exatamente o caminho de retorno para a
Atlântida original, isto é: O Rio de Janeiro. Esse estudo requere-
ria outro livro para demonstrá-la, pois o espaço nesta obra seria
insuficiente para tal empreitada.
Para muitos leitores, estamos no caminho tênue da imagi-
nação e da realidade, mas estamos dentro é de um realismo que
de certa forma é maravilhoso e insólito.

121
12
Capítulo

DIÁLOGOS COM O AUTOR


(CÉTICO, CIENTISTA, FILÓSOFO, TEÓLOGO,
UFÓLOGO E O LEITOR)

DIÁLOGO COM UM CÉTICO CONTESTADOR


“Sê tolerante, porque não tens certeza de nada.”
Fernando Pessoa (1888-1935), editor, jornalista, crítico literário e poeta português.

CÉTICO: — Sinceramente, após ler algumas páginas


de seu livro, não posso negar que para entendê-lo seja neces-
sária uma imaginação superfértil e até mesmo impressionável.
Sinceramente, acredito que tudo que o senhor escreveu beira o
ridículo. Diria até mesmo, que o senhor estaria sobre o efeito de
drogas. Enfim, e se tudo isso que está escrito não passar de uma
fantasia como creio eu?
AUTOR: — Primeiramente boa noite, pois não temos
toda essa intimidade de nos falarmos sem antes nos cumpri-
mentarmos. E assim prosseguimos. Eu diria da mesma forma
que o senhor insinua que minhas afirmações como teoria são
uma fraude; o senhor me dá a liberdade de fazer o mesmo con-
tigo e seguir seu próprio raciocínio, e dizer que a sua afirmação
também é fraudulenta, pois eu me dei ao trabalho de escrever
um livro, e o senhor tem como trabalho apenas negá-lo em uma
posição bem confortável.
Não devemos misturar o conceito de dúvida com incredu-
lidade. Raramente a dúvida prejudica o progresso de qualquer

123
atividade humana, seja artística ou científica, mas a incredulida-
de excessiva e o desprezo, esses sim, atrasam a humanidade em
muito. MESMO PORQUE NEGAR NÃO É PROVAR.
CÉTICO: — Sim, prossiga...
AUTOR: — Sim, claro, o senhor quer escutar mais sobre
si mesmo, pois aprendeu que negar tudo é trazer para dentro
de seu círculo de atração e gravidade o assunto da discussão.
É como se o senhor criasse uma resistência semelhante à que
Arquimedes necessitava para mover a Terra. Não deixa de ser
louvável essa sua força, essa resistência, mas vinda do senhor,
provavelmente nem uma “formiga” o senhor vai poder mover,
pois o senhor está estagnado em sua própria ignorância.
Mas continuando, creio que o problema de quase todos os
excessivamente céticos é que os mesmos, na maioria dos casos
também se autoenganam. Vocês afirmam-se céticos e procla-
mam-se racionalistas, sendo que essas mesmas afirmações não
lhes transformam em céticos nem racionalistas necessariamente.
Já vi homens que se dizem céticos para parecerem “boniti-
nhos”, tipo “Cult Bacaninha”. Esses céticos, e ainda mais quando
se tornam também ateus se envaidecem quando outras pessoas
dizem: “Óh, ele não acredita em Deus, que mente mais inde-
pendente.” Só que outros como eu dizem: “Que tristeza infinita
e solitária não acreditar em Deus.”. Sinceramente, espero que
o senhor não seja esse tipo de cético, pois também não sou o
autor que tu pensas que eu sou.
CÉTICO: — Prossiga. O senhor tem mais para falar?
AUTOR: — Sim, claro e aqui nestas linhas serão a pri-
meira e ultima vez com o senhor. Pelo seu olhar de deboche,
você deve estar seguindo a regra de que com “louco não se dis-
cute”, mas mesmo assim continuarei. E afirmo, que no homem
excessivamente cético, os seus argumentos mentais são forma-
dos cognitivamente com desprezo ao fantástico e ao insólito e
124
assim, perde-se a capacidade associativa de implantar discussões
que requerem um estado de “supraimaginação” ou “superima-
ginação” como o senhor afirmou anteriormente.
Essa categoria de “céticos” que o senhor representa, tem
apenas como premissa refutar, acusar e desprezar. Joga-se no
lixo os princípios mais básicos da ciência de enfrentar o insó-
lito e assim paradoxalmente desprezam o próprio método de
investigação científica.
Seria o caso de determinados ateus que passam a vida in-
teira tentando provar a não existência de Deus, mas que no fun-
do, pensam no mesmo Deus o tempo todo.
CÉTICO: — Mas qual seria o instrumento cognitivo que
o senhor utilizou para demonstrar tudo o que disse neste livro?
AUTOR: — Qual instrumento, a principal técnica que
utilizei para demonstrar essa realidade nova? Respondo com um
excerto da obra de Louis Pauwels, a saber:

“É por falta de imaginação que os literatos, os


artistas vão procurar o fantástico fora da realidade,
entre as nuvens. Trazem apenas um subproduto. O
fantástico, à semelhança das outras matérias precio-
sas, deve ser arrancado às entranhas da terra do real.
E a verdadeira imaginação é coisa muito diferente
de uma fuga para o irreal. Nenhuma faculdade do
espírito se afunda e penetra mais que a imaginação:
é ela a grande mergulhadora”.
“Geralmente o fantástico é definido como uma
violação das leis naturais, como a aparição do impos-
sível. Para nós não é nada disso. O fantástico é uma
manifestação das leis naturais, um resultado do conta-
to com a realidade quando esta nos chega diretamen-

125
te, e não filtrada pelo véu do sono intelectual, pelos
hábitos, pelos preconceitos, pelos conformismos...”
“... Repito: o fantástico, aos nossos olhos, não
é o imaginário. Mas uma imaginação poderosamen-
te aplicada ao estudo da realidade descobre que é
muito tênue a fronteira entre o maravilhoso e o po-
sitivo, ou, se preferirem, entre o universo visível e o
universo invisível”.
CÉTICO: — Não te olho mais com deboche e acredito
que o senhor entende claramente a mente cética, mas descreveu
a sua caricatura, a sua sombra, o seu outro lado da moeda, pois
nem todos os céticos refutam o insólito e o maravilhoso.
Então seguindo meu raciocínio e sabendo que o senhor
sabe também o que é um mal cético, provavelmente o senhor
sabe o que existe de importante no ceticismo e a sua utilidade
como suporte para a humanidade.
AUTOR: — Sim, claro e até reconcilio-me com você pelo
fato de o homem cético representar sempre a fronteira entre o
possível e o absurdo. Vocês são como um corrimão que protege
o homem da imaginação inflamada e de um delírio desastroso.
Nossa conversa sempre é e será proveitosa.
CÉTICO: — Reconciliamos então, e não posso deixar de
dizer que o que quero são provas sólidas, como pedaços de uma nave
espacial, uma aterrissagem pública nos jardins da Casa Branca ou ou-
tro lugar de importância política no mundo. E aí como é que fica?
AUTOR: — Ora, o senhor quer algo mais sólido do que
uma rocha, uma montanha? Mas se não for assim, então o se-
nhor descarta o fenômeno e o trata como algo inadmissível no
campo da ciência. Como exemplo, o senhor quer que uma bac-
téria se torne grande para poder vê-la? Use o microscópio da
sua própria mente meu caro.
126
CÉTICO: — Teve um momento, em um dos seus capí-
tulos, mais precisamente no qual o senhor comenta sobre as na-
vegações e que você orou pelos piratas (risos) e outros “seres”.
O que o senhor quis dizer com isso?
AUTOR: — Por um acaso, orar é algo anormal? Quantas
pessoas oram no mundo diariamente? Creio que bilhões. Acho
que não fiz nada de anormal e, o livro é meu e escrevo o que
quero. E como também relatei no início deste livro, a opinião
dos outros pouco importa. E evidentemente, mas com muito
carinho, incluo a sua opinião também nesta categoria. E assim,
meu caro, não darei mais espaço para ti nessas linhas, pois esse é
um livro de exercício de uma imaginação livre e creio que o seu
deboche não condiz com o mesmo. Pois ceticismo é uma coisa,
deboche é outra.
CÉTICO: — Ei espera, voltaremos para a primeira per-
gunta. A mesma não foi respondida. E se tudo o que o senhor
escreveu for apenas uma fantasia?
AUTOR: — Se tudo for fantasia, aí já está o cenário ne-
cessário para se tornar uma lenda, pois as mesmas são retalhos
de fantasias organizadas e essa cidade maravilhosa é merecedora
de muitas fantasias. Mas se minha hipótese possa por um acaso
ser refutável, a lenda já está posta em estado de germinação e o
cético do futuro a verá.
Meu caro, assim seria com a mesma situação quando rela-
cionada com temas como os discos voadores, sereias, monstros
e etc. Se não existem ou se mesmo não podem ser vistos com
olhos físicos, eles já estão no inconsciente humano, no imagina-
tivo das pessoas.
Esses assuntos geram filmes, lendas, curiosidades e assim
fomentam a literatura, as artes e até o turismo. Encantam as
crianças, geram emprego e assim, algo de novo é acrescentado
ao aspecto cultural humano.
127
Não percebes que estou agregando cultura para minha ci-
dade do Rio de Janeiro? Não percebes, que mais do que aceitar
aprovação das pessoas, esse livro quer sim agregar algo a essa
cidade maravilhosa? Que nasça uma lenda e que esta seja a lenda
do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.
CÉTICO: — Dessa forma, não me incomodo mais com
seu livro, apenas colocarei o mesmo na seção de fábulas e mitos
da minha biblioteca.
AUTOR: — O senhor pode “enfiar” o mesmo no local
que quiser.

128
DIÁLOGO COM UM CIENTISTA
“Tristes tempos os nossos, é mais fácil desintegrar um átomo que
um preconceito”.
Albert Einstein (1879 -1955), físico teórico alemão.
 
CIENTISTA: — Boa tarde.
AUTOR: — Boa tarde, vamos em frente.
CIENTISTA: — Como o senhor faz um paralelo en-
tre possíveis extraterrestres, anjos caídos ou mesmo deuses, e
não querendo estender-me sobre o assunto sobre anjos, pois o
mesmo cabe principalmente à teologia, gostaria assim, de pedir
para o senhor resumidamente e de forma clara descrever o que
a ciência está fazendo sobre esses temas, principalmente sobre
os extraterrestres. Gostaria que agora, o senhor pontuasse esse
tema em função de nossa época atual. E se pudesse, gostaria de
saber o que o senhor pensa sobre isso?
AUTOR: — Com prazer meu caro. Podemos começar,
mencionando que no ano de 1980, eminentes personalidades
como Carl Sagan instigou o mundo e o universo com temas
tais como, a astronomia e arqueologia, principalmente pelo seu
programa de televisão denominado “Cosmos”.
Carl Sagan apresentava seus temas, sempre calçado em
uma ortodoxia cientifica fascinante, pouco associando temas
como extraterrestres e do gênero, mas sempre em função das
recentes descobertas no campo astronômico.
Já em meados dos anos 1990, começam a ressurgir uma
visão do tema sob uma ótica “alternativa”. Podemos dizer que
era uma análise do tema com muitos aspectos remanescentes
dos movimentos de contracultura do final dos anos 1960 e iní-
cio dos anos 1970. Nessa época, foi acrescentado um teor exó-
tico e esotérico muitas vezes ao tema.

129
De 15 anos para cá, não somente a arqueologia, mas ou-
tros campos do saber relacionados ao tema desses estudos co-
meçaram a criar relações com contextos de aparições ufológicas.
Acredito que atualmente, uma releitura de quase tudo sobre o
tema está sendo apresentado sobre a ótica de que as arquitetu-
ras, as simbologias e a mitologia de civilizações antigas têm uma
relação estreita com possíveis visitas de extraterrestres. Ou são
apresentados e interpretados como sendo uma visita de deuses.
Acrescenta-se a tudo isso, temas tais como: portais interdi-
mensionais, viagem no tempo, materialização de seres incorpó-
reos e por aí vai. Vivemos atualmente um ecletismo vigente no
que diz respeito à ufologia, mas com ênfase até excessiva da cor-
relação entre deuses antigos e extraterrestres. Eu particularmen-
te desvirtuo claramente de um caminho científico e puramente
acadêmico e rompo o caminho entrando na questão metafísica e
proponho que se esses mesmos deuses existiram, ao invés de se-
rem extraterrestres eram apenas anjos caídos dos quais a Bíblia
expõe, principalmente no Livro de Gênesis, capítulo 6.
CIENTISTA: — Continue, por favor, pois preciso de
mais elementos para que o meu pensamento possa relacionar
todas as informações e entender o assunto.
AUTOR: — É evidente que eu não estou seguindo com-
pletamente os procedimentos básicos de uma pesquisa cientifi-
ca e nem é essa minha intenção. Estou seguindo os caminhos
das artes, da filosofia, da teologia, da metafísica, da astronomia.
Enfim considero premissa para o meu trabalho a utilização de
forma cognitiva de uma visão respaldada na multidisciplinari-
dade.
E convenhamos com sinceridade, que a ciência tem mais
perguntas do que respostas e que a mesma ainda não atingiu o
suprassumo e o auge do conhecimento humano. Mas também é
fato que existem inúmeros elementos e questões deste livro que
não foram cumpridas com as condições adequadas e próprias
130
de uma pesquisa científica. Portanto, não tiro sua razão, meu
caro cientista, de observar tudo que escrevi com um critério
de desconfiança, pois isso não me incomoda em absolutamente
nada.
Não sei se a ufologia e os estudos dos extraterrestres em
geral devem ser interpretados somente por mecanismos cien-
tíficos, mesmo porque tem coisas que não se reproduzem em
laboratório, pois esse é um tema de abrangência filosófica e exis-
tencial, muitas vezes até espiritual.
CIENTISTA: — Em minha opinião a sua teoria expõe
uma forma extremamente fantástica de entender como o ser
humano surgiu no planeta Terra. Por um acaso, o senhor pre-
tende mudar a corrente do pensamento humano? Pois entendo
que de certa forma sua tese entra em conflito com a teoria evo-
lucionista de Charles Darwin em vários aspectos.
AUTOR: — Não, absolutamente. Não é essa minha
intenção, mas recomendo que estude a biografia de Charles
Darwin mais a fundo e veja o que o mesmo declara em seu fim
de vida sobre sua própria teoria. A teoria de Darwin nem tem
mais esse brilho todo no mundo científico de ponta, pois muitas
de suas teses já foram até mesmo descartadas. Os cientistas as
utilizam porque ainda não apareceu teoria melhor. E a própria
significação da mesma ainda é tratada como “teoria”.
A teoria de Darwin tem muita força sim, é no meio
acadêmico, nas escolas e nas universidades. Mesmo incomple-
ta e cheia de brechas, preferiram mesmo assim “enfiar goela à
dentro” da garotada como uma verdade incondicional. Acredito
que essa é a forma que imputaram para anular a teoria Criacio-
nista. Fica então essa discussão babaca, pelo menos aqui no Bra-
sil, de se escolher uma ou outra para ser implantada nas escolas.
Ora, porque não apresentam as duas e deixem o aluno escolher.
Em minha opinião, nem sei qual seria mais fantasiosa.
131
O criacionismo exige a premissa da fé e o darwinismo
tenta convencer que o meu ancestral é um parente do macaco.
Para mim, pode remexer toda a terra do planeta a procura de
fósseis que provem que meu ancestral é comum ao macaco que
isso nem me importa. Muitos não sabem, mas o “eugenismo”
de Darwin foi inspirado nas pesquisas do seu próprio avô que
lia constantemente Helena Blavatsky. Vai lá, na história do na-
zismo e procure saber em que se debruçaram os mesmos em
suas teorias de raça superior. Isso porque os textos de Blavatsky
já foram interpretados das mais diferentes formas. Mas vai com
cuidado para não desmaiar.
CIENTISTA: — Pelo que me informei sobre o
assunto, muitos pesquisadores do fenômeno UFO afirmam
categoricamente que vários governos do planeta, em destaque
o norte-americano, teriam o amplo conhecimento da presença
extraterrestre no planeta Terra. Afirmam também que entre os
anos 1940 e 1950 do século XX, foram feitos acordos entre
o governo, não somente dos Estados Unidos, mas de outros
países com seres extraterrestres, para obterem a tecnologia dos
mesmos em troca da permissão desses alienígenas ou anjos
caídos fazerem suas abduções, ou melhor, sequestrar humanos.
Afirmam também que receberam denúncias de que há décadas
existem laboratórios em bases subterrâneas secretas nos quais
humanos trabalham com extraterrestres de várias raças, mas
em um ambiente hostil entre todos. Outra denúncia que esses
pesquisadores fazem é que existe todo um aparato a nível
mundial para se ridicularizar todos esses assuntos através da
contra informação, desinformação e filtragem na mídia.
AUTOR: — Bem se esse aparato de filtragem existe,
saiu de controle (risos). Os relatos de avistamentos aumentam
a cada ano, assim como denúncias de abduções feitas por alie-
nígenas. Agora, se existe algum acordo, eu chamaria mesmo é
de pacto.
132
O que quero dizer com isso, é que se os extraterrestres
existem ou não, o próprio fenômeno já está mais do que im-
plantado na psique humana. Inclusive Carl Gustav Jung dedicou
parte dos seus estudos ao fenômeno Ufo.
CIENTISTA: — O senhor entende que é muito impro-
vável que a ciência acadêmica tome tal iniciativa para estudar
esses assuntos?
AUTOR: — Sabemos que a ciência atual está longe de
libertar o ser humano de suas mazelas e pior, em muitos aspec-
tos cada vez mais colabora em suas expressões acadêmicas com
interesses políticos, oligárquicos e do vasto complexo industrial-
-militar. E esses grupos em muitas ocasiões (não sempre), atuam
claramente para tentar acobertar o tema. E tem mais, ninguém
quer perder o emprego e ser chamado de louco.
CIENTISTA: — A pergunta agora então, não é o que
a ciência vai descobrir e sim para quem esse conhecimento irá
servir caso se comprove?
AUTOR: — Eu não sei se o senhor sabe, mas em 2012,
foi criado pelo Pentágono, um programa de defesa contra uma
invasão alienígena, dirigido pelo professor “Paul Springer”, com
o intuito de posicionar os Estados unidos como o principal,
senão o único país do mundo a ser capaz de nos defender caso
ocorra uma invasão alienígena. Em seus estudos sobre “Exopo-
lítica”, para o Pentágono, um possível encontro extraterrestre
é uma possibilidade palpável, pois imagine o impacto que isso
ocasionaria na humanidade, podendo acontecer até mesmo um
colapso em toda a estrutura social humana.
Imagine o primeiro efeito de uma confirmação da presen-
ça extraterrestre no planeta Terra. Isso iria gerar uma crise de
autoridade global, envolvendo não somente a estrutura sócio-
política, mas também a ciência e a religião.

133
A ciência e seu grupo mais conservador, por exemplo, iria
ser ridicularizada logo de início, pois quase sempre negaram o
fenômeno com muita veemência.
Nasceriam assim, novas religiões, igrejas, novos estilos
artísticos e nada que possa ser mesmo previsto com exatidão.
Historicamente falando, o encontro de uma civilização
mais desenvolvida militarmente é sempre um desastre para as
menos favorecidas.
Lembremos o contato repentino entre europeus com gru-
pos africanos, assim como civilizações pré-colombianas e índios
americanos. Esse choque cultural foi devastador para os valores
desses mesmos povos.
CIENTISTA: — Então, em sua opinião esse encontro
seria perigoso.
AUTOR: — Devastador.
CIENTISTA: — Sem mais perguntas e obrigado pelas
suas respostas. Depois das mesmas, acho que o assunto deve ser
encarado com mais seriedade e nós, que temos a ciência como
guia do saber, devemos unir nossos conhecimentos e dar um
salto de entendimento em relação ao assunto. Mas devo deixar
claro que o senhor não conte com a ciência como ferramenta
para suas hipóteses e assim, desculpe-me, mas não posso colo-
car seu livro em minha biblioteca no setor que corresponde à
ciência. Escolherei outro lugar.
AUTOR: — Claro, e isso nem me incomoda. Aconselho
então o senhor a emprestá-lo para alguém ou mesmo joga-lo
fora. Fica a escolha do seu critério científico.

134
DIÁLOGO COM UM FILÓSOFO
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.”
Sócrates (469 a.C. - 399 a.C.), filósofo grego.

FILÓSOFO: — Primeiramente boa tarde meu caro amigo.


AUTOR: — Boa tarde. Prazer em vê-lo. Por favor, faça
suas considerações ou perguntas.
FILÓSOFO: — Sabendo-se que a teoria apresentada
pelo senhor implica em muitos aspectos não resolvidos de qua-
se todas as áreas do saber, gostaria de entender se o senhor,
com a sua hipótese, por um acaso, desejaria uma reforma geral
do mundo como os “rosacruzes” do século XVII propuseram?
AUTOR: — De forma alguma. Esse mundo pré-diluvia-
no que menciono já foi destruído por Deus. O dilúvio assim o
fez. Imagine o paradoxo que seria eu querer substituir o mundo
atual por um mundo já destruído. Definitivamente, não é minha
intenção vasculhar nem profanar as ruínas de antigos santuários
ou mesmo de um velho mundo pré-diluviano.
E, em relação a reformar o mundo como os “rosacruzes”,
acredito que o senhor se refere ao manifesto “Fama Fraternita-
tis” distribuído na França do séc. XVII. Mas meu caro, quem
é que não deseja uma reforma geral do mundo? Até o mais
conservador dos homens, pois se ele é conservador, é porque
quer conservar o que já existe. E com certeza, os conservadores
gostariam de reformar aqueles que lhe são contra.
Qualquer desejo de reforma é somente mais um ponto de
vista em cima de outro. Assim todo conservador é de certa forma
um reformador. Isso porque, conservar não é necessariamente
estagnar, mas “conservar”, como o próprio nome o diz.
Isso visto, que a tendência em tudo na natureza é se dissipar
e, portanto conservar exige força. Mas respondendo novamente
sua questão, reformar o mundo, de forma alguma é minha intenção.
135
FILÓSOFO: — O fato, é que senhor utiliza-se de muitas
lendas e mitos para contextualizar a sua hipótese. E se tudo o
que você escreveu neste livro, não passar de uma lenda?
AUTOR: — De novo essa pergunta... Aí então, eu que
lhe pergunto: Como é que nascem as lendas? Quem as cria?
Como surgiram os seus elementos? E até onde vai a capacidade
humana cognitiva e criativa para associar tantos fatos e recom-
pô-los sobre tantas vertentes? O que tem de verdade e o que
tem de fantástico? E o que tem de moral e ético?
Respondendo então primeiro as minhas próprias pergun-
tas, acredito que as mesmas não têm resposta clara, mas servem
de suporte para esclarecer a sua pergunta.
FILÓSOFO: — Então serei mais objetivo. E se tudo que
você afirmou até agora não corresponde à verdade ou somente
a uma meia verdade, não por má fé de sua parte, mas simples-
mente pelo fato de reconhecermos um erro de percepção pro-
priamente dito?
AUTOR: — Se tudo for somente uma fantasia, uma se-
mente para o surgimento de uma lenda está criada. E meu caro,
diga-me algo que na Natureza não tenha surgido do simples para
o complexo. Ora, toda coisa deve começar de outra. Nada surge
do nada. E será assim que nasce uma lenda? De um livro? Será
que cada pessoa que o lê contribui para isso? Se tudo isso se tor-
nar uma lenda, que a mesma seja bem vinda, pois uma cidade tão
maravilhosa como o Rio de Janeiro, merece muitas lendas.
FILÓSOFO: — Pelo que entendi ao ler o seu livro, o
senhor propositalmente não quis revelar tudo o que sabe sobre
sua hipótese. Assim, penso que o senhor acredita que existem
segredos que devem ser guardados. Ora, não seria uma das pre-
missas do pensamento filosófico, a liberdade de informação ge-
nuína da verdade a qual todo ser humano tem direito? Pergunto
isso, pois escutei sua conversa com o cientista e vocês estavam
136
falando algo sobre um possível desejo de acobertamento sobre
temas semelhantes.
AUTOR: — Depende, pois isso acontece no pensamento
filosófico moderno, mas na Grécia antiga, por exemplo, e mais
precisamente na escola de Pitágoras, determinados segredos de-
veriam ser mantidos em extremo sigilo.
Todo estudioso do assunto sabe que nos primeiros cinco
anos de um discípulo na escola de Pitágoras, o mesmo era obri-
gado a se manter em silêncio absoluto e passível de expulsão e
punição caso rompesse a regra. Deveria apenas escutar.
Agora, sobre segredos militares e não os segredos univer-
sais do bem comum e do progresso humano, considero que de-
vemos atuar com cautela.
E ainda mais eu, que revelo tantos fatos que estavam “es-
condidos” através deste livro, não iria ao confronto de forma
alguma à liberdade de informação que o ser humano tem como
seu direito inalienável.
Mas achando que o conhecimento valioso deve ser ofe-
recido a todos, principalmente aquele conhecimento que deve
elevar a humanidade, é evidentemente que me enfio em um sur-
preendente paradoxo. Mas sabemos que no decorrer dos sécu-
los grandes verdades foram veladas propositalmente.
E partindo do pressuposto que a maioria das pessoas sim-
plesmente não iria querer utilizar seu tempo e esforço neces-
sário para estudar e aplicar as grandes verdades da vida, o que
faço neste livro não é escavar e explicar segredos e sim revelar
antigos mistérios, colocando um novo véu naquilo que já existia
e dar uma nova roupagem a questão.
Assim um assunto já existente e discutido por séculos
pode ser rediscutido em nosso mundo atual se apresentarmos o
mesmo em uma nova roupagem adequada ao presente.
137
Entende agora meu esforço neste humilde livro?
Na busca séria e comprometida com uma verdade, muitas
vezes o indivíduo fica tão perdido no labirinto das complexida-
des que não se permite entender a simplicidade da questão.
FILÓSOFO: — Por favor, prossiga.
AUTOR: — O que quero dizer é que a solução de se
manter o segredo sobre algo é tão simples como o próprio
segredo. Darei um exemplo: Imagine um garoto curioso ante
um mágico de salão. O garoto observa esse mesmo mágico
fazer um truque maravilhoso e impressionante. Assim, em um
estado quase frenético, o menino pede insistentemente que o
mágico revele seu segredo.
O mágico com pena e amor àquele menino assim revela o
seu segredo. O menino corre para perto de seus amigos, anun-
ciando a nova mágica que aprendera e queria agora demonstrar.
O menino não se preparou em nada com os aspectos e
treinamentos exigidos para aquele truque. Apenas sabia o seu
segredo e o seu mecanismo. É claro que o resultado de sua
exibição foi um completo fracasso. Seu despreparo para o
segredo lhe fez causar seu próprio vexame, fazendo com que
todos não acreditassem no que ele disse e o deixando sozinho.
Desta forma, o próprio menino retornou ao mágico e mo-
vido pela calúnia acusa o mesmo de fraude. O menino afirma
que o mágico lhe dera o segredo errado, um segredo falso. Que
história mais triste!
Por isso considero que principalmente as grandes verda-
des só podem ser reveladas aos treinados nela. Não se deve re-
velá-las a uma humanidade ainda despreparada.
Acredito que isso vale para a humanidade atual. Vexame e
desgraça a humanidade já está cheia e alguns assuntos devem ser
trabalhados em segredos, seja pelo militar, pelo cientista, pelo
138
filósofo, pelo teólogo, pelo ufólogo ou mesmo pelo chefe de
cozinha que não revela a sua receita secreta a ninguém. E por
que não eu?
Devemos parar imediatamente de “atirar” grandes verda-
des em mentes despreparadas.

“Não deis aos cães as coisas santas, nem dei-


teis aos porcos as vossas pérolas, para que não su-
ceda de que eles as pisem com os pés e que, vol-
tando-se contra vós, vos dilacerem.”
Livro de Mateus (capítulo 7, versículo 6).

As verdades são compreendidas somente por aqueles que es-


tão preparados para recebê-las, pois os que não estão preparados
compreendem-nas de forma distorcida e muitas vezes até perigosa.
Quantos filósofos já foram mortos? Quantos santos já
foram mortos? Quantos cientistas como Copérnico e Giordano
Bruno já foram mortos? Aí entraríamos na questão do sacrifício,
do sacro ofício, a do oficio sagrado que é o contrário do homem
de negócio, que nega esse ócio, esse sacerdócio.
FILÓSOFO: — Respeito o seu pensamento e suas inten-
ções, mas sinceramente não sei em que local da minha biblioteca
colocarei seu livro. Na seção de filosofia é que ele não se encai-
xa. O senhor tem alguma sugestão?
AUTOR: — Ora, enquanto o senhor pensa, empreste
para algum amigo, de preferência que não seja um filósofo. Mas
lembre-se meu caro amigo de um velho adágio: O Reino de
Deus não é constituído de eloquência filosófica e sim de poder.

139
DIÁLOGO COM UM TEÓLOGO
“Não tenho outro nome, senão o de pecador; pecador é meu nome;
pecador, meu sobrenome”. 
(Martinho Lutero, 1483 -1546)

TEÓLOGO: — Boa tarde. É um prazer conversar com


o senhor, mas antes de tudo, para saber “onde piso”, gostaria de
fazer uma primeira pergunta. Qual é a sua profissão de fé?
AUTOR: — Boa tarde. Minha profissão de fé é que Deus
por seu amor e misericórdia veio em carne em Jesus Cristo e
que pelas suas feridas e seu sangue que respingou na fronte do
Senhor em seu sacrifício, fomos libertados do julgo de Satanás.
Acredito que o nome de Jesus é nossa procuração perante o
Senhor Deus e que podemos utilizá-lo para assim determinar
contra as forças malignas. Simples assim.
TEÓLOGO: — Então sabendo disso, no que se refere aos
extraterrestres o senhor não deve acreditar neles. Isso porque a Bí-
blia não menciona nada do que se possa interpretar com clareza
sobre a presença ou existência de extraterrestres. Estou certo disso?
AUTOR: — Meu caro, eu não creio no que penso, mesmo
porque meus pensamentos são suscetíveis de inúmeros erros. Eu
creio na palavra de Deus revelada pela Bíblia. E assim tudo o mais
faz sentido e se torna claro na minha concepção. Respondido?
TEÓLOGO: — Sim, claro. Então o senhor acredita que
muitos dos semideuses e deuses do paganismo antigo são anjos
caídos?
AUTOR: — Sim, afastados da comunhão de Deus e que
os mesmos buscam se expressar na Terra por meio dos homens
e através de suas atividades. Para mim seria ótimo acreditar no
contrário do que prega quase todas as principais religiões do
mundo, isto é, na inexistência de demônios ou anjos caídos.

141
Acho que todos gostariam que as coisas fossem desta for-
ma. Acredito que negar a influência de uma força maligna, caso
ela realmente exista, seria a possibilidade de deixar essa mesma
força maligna trabalhar em sossego na construção do seu reino
de injustiça no qual tenta arrastar todos os incautos para si.
Se esses mesmos “seres” são espíritos e vivem em outra
dimensão, necessitam do corpo humano para se expressarem na
Terra. E conclui-se assim que os mesmos participam de todas as
atividades humanas. Interferem na política e na religião. Jogam,
brincam, dançam e devem dirigir empresas e até mesmo Igrejas,
às quais lembremos que o próprio Jesus as identificou, muitas
delas, como “Sinagogas de Satanás”. Hoje seriam até mesmo
muitas Igrejas e cultos estranhos.
As sagradas escrituras bíblicas apresentam o maligno como
um anjo que, por seu orgulho e desobediência, foi destituído de
sua posição, tornando-se um adversário de Deus e arrastando
consigo milhares de seres angelicais que formam seu exército.
Não podendo mais comungar com Deus, o maligno, ou
Satanás e seus seguidores de anjos caídos buscam partilhar com
a humanidade suas atividades na terra e toda sua condenação.
Seus propósitos principais seriam dois, a saber: o primeiro
propósito seria associar-se aos seres humanos, participando de
suas experiências, pois no inferno não existe o “deleite” e sim
somente o sofrimento e a condenação. O segundo objetivo seria
procurar afastar o ser humano de Deus, uma vez que o ser hu-
mano ainda goza de regalias e privilégios junto ao Criador. Seria
também uma forma de Satanás afrontar Deus.
TEÓLOGO: — Então, pode-se fazer uma correlação
do que o senhor mencionou anteriormente com a sua hipótese
apresentada neste livro?
AUTOR: — Sim claro. Quase tudo que menciono neste
livro, em um primeiro passo, só pode ser identificado pela fé; a
142
ciência não pode negar nem afirmar que ambos são verdades.
Por isso é preciso ter fé no que demonstro. A ciência declara
que eu nunca a farei acreditar em minha hipótese. E eu simples-
mente respondo que a ciência pode até ter o privilégio de não
acreditar no que digo e até mesmo na inexistência de Deus, mas
também nunca poderá provar que ambos não existem.
TEÓLOGO: — Creio que entendi o seu pensamento.
Mas tenho dúvida do que realmente o seu livro quer dizer e por
isso não sei o local que devo colocá-lo em minha biblioteca.
AUTOR: — Se o senhor entende o meu pensamento,
mas não sabe o que realmente eu quero dizer com o meu livro,
eu sinceramente preferiria que o senhor nem tivesse lido o mes-
mo. Vou lhe dar uma sugestão. Apenas queime-o!

143
DIÁLOGO COM UM INICIADO
“As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente
humanos, são sem dúvida as oficinas da humanidade.” 
Iohannes Amos Comenius (1592 - 1670).

INICIADO: — Boa tarde, é um prazer ter essa conversa


com o senhor. Espero que a mesma seja muito produtiva.
AUTOR: — Que bom que está entusiasmado. Fico feliz e
assim gostaria até mesmo de lhe dar um aperto de mão. Comen-
te ou pergunte o que quiser.
INICIADO: — O senhor faz associações de fatos muito
interessantes e pude perceber nas entrelinhas do seu texto que
o senhor utiliza-se de uma linguagem esotérica bem peculiar.
Existe neste livro algum conhecimento dos antigos que não sa-
bemos?
AUTOR: — Claro. Acredito que muito do que se ques-
tiona atualmente ou mesmo questões referentes ao que não sa-
bemos em nossos dias, haviam sido resolvidas pelos antigos.
Portanto creio que perdemos algo dos antigos.
INICIADO: — Mas perdemos exatamente o quê?
AUTOR: — Existe um alfabeto oculto e sagrado que os
antigos egípcios atribuíam ao já mencionado neste livro, deus
Thoth. Os hebreus atribuíram a Enoch e os gregos atribuíam a
Cadmo esse alfabeto.
Esse alfabeto original ou essa linguagem perdida original
compõem-se de ideias absolutas ligadas a signos e esses últimos
ligados a números e que realizam em suas combinações todas as
matemáticas do pensamento e do saber. Ao que tudo indica, o
próprio Salomão havia entendido esse alfabeto.
INICIADO: — O Senhor tem essa “chave”?

145
AUTOR: — Essa chave ou chaves não pertencem a nin-
guém, pois as mesmas são universais. Essas mesmas chaves ja-
mais são passadas de boca a boca e seu entendimento necessita
de uma intuição muito clara e individual. Com a posse das mes-
mas, creio que é possível abrir sem nenhuma dificuldade todas
as portas dos antigos santuários e penetrar em todo o sentido
oculto dos mesmos.
INICIADO: — O senhor tem algo a dizer sobre a relação
dessas chaves ocultas com a sua hipótese apresentada neste livro?
AUTOR: — Sim, quase todo o entendimento dessa sim-
bologia expressada por todas as montanhas e morros do com-
plexo do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro, tanto no seu
uno como no seu verso advém dessas chaves.
Mas afirmo que o entendimento desse fato é somente o
primeiro passo. Muito mais se pode conseguir com esse mesmo
entendimento. E deixo isso a cargo do leitor para que o mesmo
encontre suas próprias soluções para esse enigma. Espero que
com este livro, em um futuro próximo alguém reencontre essas
chaves secretas, pois estamos em um momento muito propício
para isso.
INICIADO: — Mas porque você decidiu que esse mo-
mento é o propício?
AUTOR: — Não fui eu que decidi. Individualmente
como homens, temos o controle sobre os nossos momentos
da vida, mas quando estamos em conjunto, isto é, quando a hu-
manidade é vista como um todo são os momentos que muitas
vezes nos controlam.
Contemple o mundo atual e veja por si mesmo. O sacer-
dote atual está esgotado e decrépito. Os velhos símbolos já não
exprimem mais suas qualidades e virtudes. O mundo está cruel
e perverso. O ser humano está agindo como um animal e não
como um filho de Deus.
146
Quando o mundo não sabe mais o que é uma virtude ou
uma verdade, é preciso traduzi-las em uma nova roupagem mais
fácil e eficaz de compreensão.

“São os acontecimentos que comandam os homens,


não os homens os acontecimentos.”
Heródoto (484-420 a.C), historiador grego.

INICIADO: — Acho que em parte entendi. Mas você


poderia ser mais claro?
AUTOR: Não posso ser mais claro que isso. Mais clarida-
de só vai atrair insetos meu caro, pois os mesmos gostam da luz.
INICIADO: — Então diga o que pode ser dito.
AUTOR: — Vejo que o senhor não é um inseto e por isso
falarei somente mais um pouco. Se vasculharmos toda a ciên-
cia antiga, veremos que a mesma nos revela teoremas há muito
tempo esquecidos. São teoremas de sínteses simples e encanta-
doras como a própria natureza. A verdade dessas sínteses irra-
dia-se sempre da unidade para a diversidade e multiplicando-se
como a exemplo dos números, seguem proporções tão exatas
que o desconhecido se revela da forma mais simples e bela.
Esse dogma dos antigos segue sempre a premissa da ana-
logia. E podemos perceber que praticamente todos os dogmas
terrenos foram gerados por esse dogma primordial.
INICIADO: — Seria a linguagem perdida usada no Jar-
dim do Éden?
AUTOR: — Não, essa se perdeu para sempre. Mas sua
caricatura, sua sombra foi quem guiou os primeiros homens e as
primeiras civilizações terrenas. Seria a chave que abre a porta que
esconde a unidade intrínseca de praticamente todas as tradições
religiosas, solucionando assim a sua unidade transcendente
147
e metafísica. Mas nunca a imanente, pois no que se refere ao
material canônico, ritualístico e doutrinário isso seria impossível.
Seguindo então esse mesmo raciocínio, os números repre-
sentariam ideias filosóficas absolutas, as letras seriam os hieró-
glifos sintetizados e essas ideias absolutas seguiriam uma ordem
e hierarquia perfeita e perene no Universo e na natureza.
Assim, existiria uma corrente de ideias seguindo uma hie-
rarquia ascendente e outra seguindo um caminho descendente.
Isto em todos os seres e em todas as substâncias do universo.
Desta forma, os antigos e primeiros seres humanos civi-
lizados conseguiram classificar toda história universal seguindo
estas analogias.
INICIADO: — Interessante, mas continue por gentileza.
AUTOR: — Acho que já fui longe demais.
INICIADO: — Ora, faça um gesto de gentileza em prol
da empatia que nos une e assim continue irmão.
AUTOR: — Os antigos estudaram analogicamente os
elementos minerais, animais, astronômicos e etc. e assim os
categorizaram paradoxalmente em uma dialética dispersiva e
não coesiva. Quero dizer que não partiram sua observação
pela composição e sim pela direção da dispersão. Entende
agora?
Essas analogias sempre exibem a relação das ideias com
os signos e esses por letras e as letras por números. O signo
exprime a coisa. A coisa é a virtude do signo. Há, portanto
uma correspondência analógica entre o signo e a coisa signifi-
cada. Quanto mais perfeito é o signo, mais a correspondência
é total.
INICIADO: — Confesso que preciso de certo tempo
para assimilar tudo isso.

148
AUTOR: — Se o senhor precisa de tempo é porque não
entendeu o que quis dizer. E o momento de me calar, portanto
é agora. Boa tarde, pois estou com pressa.
INICIADO: — Obrigado pelas explicações. É que entre
todas as dúvidas que seu livro despertou-me, a que mais me
aflige é o local no qual colocarei seu livro em minha biblioteca.
AUTOR: — Se essa é a maior dúvida que meu livro fez
gerar em ti e também a que mais te aflige, sugiro que o senhor
esconda esse livro, não dos outros, mas de si mesmo.

149
DIÁLOGO COM O UFÓLOGO
“Às vezes, fico pensando em quão rapidamente
nossas diferenças como povos terrenos
desmoronariam caso tivéssemos todos que
enfrentar uma ameaça alienígena”
Declaração do ex-presidente americano, Ronald Reagan (1911-2004) em 1980, em
uma assembleia geral da ONU na Islândia.

UFÓLOGO: — Boa tarde.


AUTOR: — Boa tarde, amigo. Estou feliz com nossa
conversa, pois é a primeira vez que converso com um ufólogo.
Mas prossiga.
UFÓLOGO: — Quando é que o senhor considera o iní-
cio da ufologia em nosso mundo atual?
AUTOR: — Como sabemos, considera-se o ano de 1947,
o período que marcou o início da era moderna dos discos voa-
dores, quando em 24 de julho, deste ano, o piloto civil “Kenne-
th Arnold” observou nove objetos metálicos em forma de disco
sobrevoando acima do monte Rainier, no estado de Washington.
Assim foi usada pela primeira vez a expressão “flying sau-
cers”, que significa “pires voadores”. Em consequência desse
fato os chamados discos voadores tornaram-se um sinônimo
para as naves extraterrestres.
Mas sabemos, pelos inúmeros relatos desses objetos que
aparecem no céu, que os mesmos objetos nem sempre são me-
tálicos, pois muitas vezes são vistos de outras formas, como em
aspecto de luz, por exemplo.
Algumas pessoas até mesmo identificam o fenômeno
como uma aparição sobrenatural, como por exemplo, a apari-
ção de anjos.
151
UFÓLOGO: — E o que o senhor acha desses possíveis
contatos extraterrestres?
AUTOR: — O meu pensamento é de que os extrater-
restres, se realmente existem, não seriam amigáveis mesmo. Se
fossem bons já teriam ajudado a humanidade como um todo e
acho que a maioria da casuística ufológica demonstra em grande
número, os relatos dos efeitos negativos que esses encontros
têm realizado em seus contatados ou abduzidos.
Sabe-se muito bem que existe a possibilidade de efeitos
negativos para a humanidade, advindo de um contato com se-
res extraterrestres. A maioria dos relatos de contatos de quarto
grau ou quinto grau, normalmente não são encontros felizes e
poderia gerar um desastre de natureza grandiosa para a espécie
humana um contato com outras civilizações. Atualmente, nada
assegura que os extraterrestres resolvam se mostrar a humani-
dade de forma clara.
UFÓLOGO: — Gostaria de saber a sua opinião sobre a
ufologia atual no Brasil.
AUTOR: — Atualmente a ufologia tem sido muito bem
representada por uma geração espetacular de divulgadores e co-
nhecedores do tema.
Destaco “A.J.Gevaerd”, editor da revista UFO que faz um
trabalho em um cenário de uma batalha “quixotesca” e mesmo
assim dá conta do recado. Praticamente leva “nas costas” a ufo-
logia séria deste país juntamente com seu colega de pesquisa
“Marco A. Petit” e alguns outros pesquisadores espalhados pelo
país. Ambos conseguiram reunir em torno deles simplesmente
os melhores estudiosos do tema.
Menciono também, “Ireni Granchi”, já falecida e que des-
bravou inúmeros temas ufológicos e, falava aquilo que se tinha
para falar, sem medo e com muita autenticidade e coragem.

152
Um dos estudiosos brasileiros que deu um caráter técnico
e sério ao tema foi o grande ufólogo “Waldeir Corvo”, também
falecido. Não sei explicar, mas “Waldeir” dava um caráter pal-
pável e organizado para um assunto, o qual se não for agregado
seriedade, o mesmo passa despercebido e pode até mesmo ser
ridicularizado, como muitas vezes acontece.
Mas a conduta de “Waldeir” e até mesmo seu “physic du
role” dava um caráter nobre e técnico ao tema, por isso destaco
seu trabalho. Acredito que acompanhar essa turma é seguir o
rastro do que melhor se pode saber da ufologia no Brasil e tal-
vez no mundo.
Nunca conheci nenhum deles pessoalmente, aliás, nunca
conversei com um ufólogo antes e essa é a primeira vez. Mas a cul-
pa disso é minha, pois confesso que tenho um temperamento meio
irascível (risos) e meio avesso a grupos. E ao contrário de Jesus que
diz que quando duas ou mais pessoas invocarem o seu Nome, ele
estará presente, eu já me considero diferente, pois quando duas ou
três pessoas estiverem querendo conversar comigo, eu provavel-
mente não estarei. E reconheço essa minha limitação.
UFÓLOGO: — Muito do que seu livro propõe pode es-
tar incluído naquilo que se considera um setor da ufologia de-
signado “Ufoarqueologia”, mas a mesma não é aceita nos meios
acadêmicos regulares.
AUTOR: — Sim, realmente não existe uma discipli-
na acadêmica aceita nos meios tradicionais e científicos com
o nome de “Ufoarqueologia”. Na maioria das circunstâncias,
essas teses são apresentadas por pesquisadores independentes.
E o termo “Ufoarquelogia” explicando de forma resumida é a
análise de específicas heranças pictóricas, artísticas, arquitetôni-
cas e míticas de inúmeras civilizações e povos do mundo antigo
sendo atribuído à criação das mesmas influência direta de aliení-
genas e extraterrestres.
153
Assim, esses pesquisadores procuram pontos coincidentes
na simbologia e engenharia dessas civilizações antigas espalha-
das por todo o planeta, que confirmem suas teses.
E o mais incrível, é que isso se estende a possíveis arquite-
turas e restos arqueológicos em outros planetas. Como exemplo
no planeta Marte, em que existe um paralelo bem significativo
em relação ao rosto de Osíris do Gigante Adormecido do Rio
de Janeiro.
UFÓLOGO: — Continue e me explique esse paralelo.
AUTOR: — Em 1976, a nave espacial Viking tirou uma
fotografia que mostra uma imagem que lembra um rosto huma-
no esculpido em pedra em plena superfície de Marte. O possí-
vel rosto teria 3 quilômetros de comprimento. Mas o rosto de
Marte sempre foi considerado pelos cientistas uma formação
natural, criada pelos ventos marcianos e realçada pelo ângulo da
iluminação solar. Eis uma foto:

Imagem 44 - Um suposto rosto gigantesco esculpido em Marte. Alguns alegam que o mesmo foi
esculpido por forças naturais.

UFÓLOGO: — Podemos estar falando em um futuro


próximo no qual existirão arqueólogos astronautas, pois hipo-
teticamente existe a possibilidade de existirem restos e vestígios
arqueológicos em outros planetas.

154
AUTOR: — Quem sabe esse é o futuro da Arqueologia.
Já pensou em vestígios espalhados pelo universo inteiro de ci-
vilizações interestrelares? De seres extraterrestres extremamen-
te avançados tecnologicamente e que também nos visitaram há
milhares de anos e nos deixaram como sinal de sua presença,
essas obras que empreenderam em muitos planetas.
UFÓLOGO: — E com certeza esse tipo de exploração
iria interessar aos governos mundiais como um todo. O senhor
acredita que existe uma campanha de acobertamento estimulada
por certos setores do “establishment” vigente?
AUTOR: — Sinceramente, não acredito mesmo que exista
uma campanha de desinformação e acobertamento dos fatos.
Ora, o que mais se fala hoje é a presença dos extraterrestres
e todo tipo de assunto relacionado ao tema. Censura? Duvido
sinceramente.
O que aconteceu foram casos isolados como acontece em
qualquer outro setor da sociedade. Não acredito mesmo que
exista um governo oculto único que juntamente com as agên-
cias de inteligência e segurança tentam silenciar ou mesmo des-
truir conceitos sobre a ufologia.
Se existisse tal governo oculto, ele não seria único e sim
muitos e brigariam constantemente entre si. Querido, acredi-
to em “governos ocultos” e não somente um. Às vezes eles se
unem, às vezes eles brigam. Até onde entendo seus reinos são
divididos por facções internas rivais, como deve ser o reino de
Satanás.
UFÓLOGO: — Você só pode estar de brincadeira. Sa-
bemos que militares e agências de inteligências monitoram o
fenômeno UFO há muitos anos.
AUTOR: — Claro, pois o centro das informações ufoló-
gicas gira em torno de uma possível invasão do espaço aéreo e
isso é responsabilidade dos militares.
155
E o espaço aéreo é monitorado pelas Forças Armadas de
cada país e uma das qualificações das Forças Armadas é manter
sigilo em determinadas operações, assim a coisa é simples mesmo.
Eis um exemplo: Um avistamento de um objeto voador
não identificado verdadeiro é visto no céu. Até mesmo fotogra-
fado. Logo após os interessados reúnem suas provas e selecio-
nam as fotos. Conversam entre si e seguem para conseguir mais
provas em um órgão institucional que poderia ter monitorado
os céus naquele momento.
A Força Aérea é umas das opções. Aí quando os estudio-
sos procuram a mesma se decepcionam, pois os militares não
revelam nada. Aí, na maioria dos casos os estudiosos do tema
dizem que é acobertamento. Confunde-se o fato de não poder
revelar certas informações com o ato de se esconder proposital-
mente as mesmas.
O resumo da ópera, não é que quero defendê-los, mas é
fazer perceber que não precisamos do aval de militares para dei-
xar de acreditar ou não no tema. E nem eles tem o aval de dizer
que o fenômeno existe ou não existe. Sejamos independentes
nesse aspecto.
Outra coisa, eu tenho nojo desse negócio de se recorrer a
informantes militares. Acho que os estudiosos devem trabalhar
com ética.
Essas histórias de informantes militares ou mesmo ex-mi-
litares que à surdina revelam fatos, não condiz com um assunto
tão sério como a Ufologia.
Gosto de informações com fatos registrados e documen-
tados, pois assim eu acredito. Histórias conspiracionistas de en-
genharias reversas e “blá blá blá” só atrapalham. Agora pense,
se um ex-militar desse tipo que fica espalhando nuvens de fuma-
ça, se teve coragem de trair seus superiores, imagino que pode
trair qualquer um.
156
Isso porque, esses informantes que em sua maioria se di-
zem ex-militares, de certa forma traíram suas funções. E existe
a grande possibilidade de trair depois os estudiosos. Essas pes-
soas são muito bem treinadas e com habilidades para “cuspir”
informações e contrainformações para aumentar o empecilho
para um estudo franco e honesto do tema.
Deve-se fazer tudo às claras como fizeram a equipe da Re-
vista UFO no que se refere a “Campanha UFOs: Liberdade de
Informação Já”, iniciativa da Comissão Brasileira de Ufólogos
(CBU) através da revista UFO. Este sim deve ser o exemplo a
ser seguido.
UFÓLOGO: — Segundo vários pesquisadores houve
um acordo entre o governo norte-americano e espécies de ou-
tros planetas e parte do acordo seria que esses alienígenas nos
fornecessem tecnologias avançadas em troca da permissão de se
usar seres humanos como cobaias em experimentos genéticos
de hibridizações de raças. Incluem-se aí famosas abduções, isto
é, o sequestro de pessoas por alienígenas como nos relatos exis-
tentes em todo o mundo. Concorda?
AUTOR: — Sim, concordo. Esse acordo, segundo mui-
tos pesquisadores acreditam, teria sido firmado no ano de 1954
entre o presidente Dwight D. Eisenhower e alienígenas do tipo
Gray avantajado. Dizem que esse encontro foi apenas a renova-
ção de outros acordos feitos em 1934 no governo de Franklin
Rooselvet.
Eu acho isso uma tremenda “balela”, mas segundo relatos
de estudiosos do tema, alguns extraterrestres exigiram que des-
truíssemos todo o arsenal atômico. Em tempos de Guerra Fria,
isso era impossível.
Dizem que foram quatro os grupos de extraterrestres ou
anjos caídos envolvidos neste acordo, a saber: um grupo de
“greys”, um grupo de nórdicos vindos das Plêiades, um grupo
157
de humanoides diferentes que alcançavam os 3m de altura e
uma espécie com formato reptiliano.
Os nórdicos teriam nos alertados sobre os “greys” e ofe-
receram-se para nos ajudar em termos de consciência espiritual,
mas se recusaram disponibilizar suas tecnologias. O acordo en-
tão teria sido feito com os “greys” na base militar de Edwards
em um encontro em 1954 contando também com a presença de
um grupo seleto de civis.
Esses “pactos”, para muitos foram considerados uma for-
ma de rendição, já que concordassem ou não com os aliení-
genas, a tecnologia deles seria imensamente superior à nossa e
poderiam invadir nosso planeta de forma aberta caso o “pacto”
não fosse feito.
A própria bisneta do ex-presidente Eisenhower, Laura Ei-
senhower, defende essa tese. Palestrante internacional, a mesma
vem denunciando supostos planos governamentais e suas pos-
síveis agendas secretas.
UFÓLOGO: — Continue, pois percebo que o senhor é
bem inteirado do assunto.
AUTOR: — Assim, existiriam bases secretas subterrâ-
neas onde existe uma interação entre alienígenas e membros de
vários governos acontecendo livremente e utilizando a nossa
espécie como cobaia em troca de tecnologia avançada.
Nessas bases secretas subterrâneas estariam sendo feitas
experiências envolvendo a criação de seres híbridos entre hu-
manos e extraterrestres e a concepção juntamente com a cria-
ção de seres horripilantes e mutantes derivados da mistura entre
animais com próprios animais e animais com seres humanos
através de experimentos de manipulação genética.
Seres híbridos parecidos com o que contam lendas do
mundo antigo, como o “minotauro” (metade homem e metade
158
touro), as sereias (metade mulher e metade peixe) e supostamen-
te como a própria esfinge (mistura entre homem, águia, leão e
touro). Estariam sendo criados com ajuda de extraterrestres ou
mesmo anjos caídos em bases secretas espalhadas por todo o
planeta Terra. Muito parecido com o relato descrito no Livro de
Gênesis, capítulo 6 e que serviu de partida para a hipótese do
Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.
Se tudo isso não se sintonizar com a hipótese que demos,
ao revelar a possível manipulação sexual entre anjos caídos e
seres humanos como descrito no livro de Gênesis, capítulo 6,
no nosso mundo atual, eu não sei o que é.

“E aconteceu que, como os homens começaram


a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes
nasceram filhas,
Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens
eram formosas; e tomaram para si mulheres de
todas as que escolheram.
Então disse o Senhor: Não contenderá o meu
Espírito para sempre com o homem; porque ele
também é carne; porém os seus dias serão cento e
vinte anos.
Havia naqueles dias gigantes na terra; e também
depois, quando os filhos de Deus entraram às
filhas dos homens e delas geraram filhos; estes
eram os valentes que houve na antiguidade, os
homens de fama.”
Livro de Gênesis, capítulo 6, versículos 1 ao 4.

Como já mencionado, esse acordo teria sido feito com


os cinzas altos, que pelo que parece tem ascendência sobre
159
os greys menores. Já os reptilianos seriam seres guerreiros
e de culto a sistemas de nobreza e linhagem, envolvendo
cerimônias e rituais que servem também para entrarem em
contato com os humanos, pois atuariam em níveis interdi-
mensionais também.
Segundo os defensores dessa tese, existe uma agenda
diabólica e maligna relacionada com tratados feitos entre o
governo de muitos países e facções de alienígenas do tipo
“anunnakis” e reptilianos que se instalaram em nosso pla-
neta há milhares de anos.
Percebemos que existiria assim uma hierarquia entre
eles, semelhante a que existe nos reinos celestiais no que se
refere aos anjos de Deus.
Dessa forma, essas facções alienígenas ou de anjos
caídos, como os anunnakis, reptilianos, draco-reptilianos e
ainda, um tipo de humanoides altos, usariam greys menores
como uma raça de trabalhadores e semiescravos.
Se tudo isso for verídico, entendo que esses seres caí-
dos sempre quiseram ser nossos deuses e ao que parece
sempre quiseram controlar a raça humana. Alguns pesqui-
sadores argumentam que os mesmos seriam os senhores
desses governos ocultos e que em muito dos seus rituais e
doutrinas utilizariam muito do simbolismo sumério e egíp-
cio. Civilizações essas que sempre adoraram panteões de
deuses vindos dos céus.
Alguns pesquisadores vão mais além e consideram que
muitos setores dos governos mantém contato com algumas
espécies de alienígenas que na verdade seriam demônios –
como argumentam. Outros acham que esses seletos mem-
bros desses governos conseguem isso através de rituais de
magia e invocações e que esses alienígenas sendo demônios
responderiam a essas invocações ritualísticas e cerimoniais.
160
UFÓLOGO: — O senhor acha que existe uma re-
sistência de determinados setores religiosos de encararem
esse tema com mais ousadia?
AUTOR: — O Vaticano, por exemplo, já está abrindo
os olhos para essas questões e estão atualmente assumindo
o interesse que sempre tiveram, mas não demonstravam.
Por exemplo, a Igreja Católica por incrível que possa
parecer, expressa o que parece um posicionamento aberto
ao assunto.
Em Roma, no ano de 2008, o padre José Gabriel
Funes, diretor do Observatório do Vaticano declarou
em entrevista dada ao jornal “L`Osservatore Romano” a
afirmação de que poderiam existir avançadas civilizações
cósmicas. Já no Congresso mundial de Astrobiologia, na
cidade do Vaticano, afirmou que a Igreja está aberta e re-
ceptiva ao assunto.
Portanto, tanto barreiras políticas como religiosas es-
tão pouco a pouco cedendo ao estudo do tema.
UFÓLOGO: — E no que se refere ao meio científi-
co, o senhor acha que estamos tendo algum avanço nesta
questão?
AUTOR: — Temos o famoso programa SETI (Sear-
ch for Extraterrestrial Intelligence), que busca de forma
científica, vida alienígena inteligente. Acredito que a inten-
ção deste programa é louvável. Mas captar algum sinal de
rádio provindo de alguma inteligência extraterrestre em
meio ao Universo, em minha opinião é impossível.
Acredito que o mecanismo de comunicação foi dei-
xado aqui mesmo na Terra por esses seres. Ora, buscar
contato com civilizações alienígenas é uma das tarefas mais
difíceis já empreendidas pelo homem. Literalmente é um
161
salto no escuro, por isso respeito muito. Mesmo apesar dos
fracassos sistemáticos em alcançar seus objetivos.
Inclusive para o cientista Stephen Hawking, estaría-
mos em enorme situação de risco enviando esses mesmos
sinais de rádio a outros sistemas solares. Pois segundo o
próprio cientista, se porventura nós contatarmos possíveis
seres extraterrestre e caso os mesmo forem hostis, estaría-
mos correndo um sério risco de invasão e ameaça para a
humanidade.
UFÓLOGO: — Comente sobre a função do estudo
da Ufologia em todo esse contexto do qual conversamos.
AUTOR: — Se não entendemos algo que observa-
mos e se ainda não temos capacidade técnica para analisar
uma possível teoria desse porte, não significa que os res-
ponsáveis por todos esses vestígios sejam sempre alieníge-
nas ou anjos caídos.
Chamar todos os deuses da antiguidade de extrater-
restres ou anjos caídos seria limitar a capacidade mítica e ar-
quitetônica dessas culturas humanas antigas. Aliás, também
temos que ter extremo cuidado com a forma como abor-
damos essa questão para não minimizarmos a capacidade
criativa de certas civilizações humanas.
E acrescento o fato de que vocês ufólogos não têm a
obrigação de responder tudo e a todos a qualquer momento.
Ainda mais se tratando de uma profissão feita de constantes
descobertas, que a cada minuto acrescenta ou coloca em
xeque inúmeras teorias apresentadas e que atualmente ain-
da contém mais perguntas do que respostas.
E lembre-se, eu não afirmo o fato defendido por mui-
tos pesquisadores que todas as arquiteturas e monumentos
antigos serem obrigatoriamente construídos por extraterres-
tres ou anjos caídos em várias partes do mundo. Neste livro,
162
faço muitas dessas considerações inclusive em forma de per-
guntas. Aliás, o que eu mais faço nesse livro são perguntas e
pouca coisa que eu possa afirmar como opinião pessoal.
Pois acredito firmemente que acabou a fase de que
quem acredita em Ufos, avistamentos e coisas semelhantes
seja considerado um “nefelibata”. Vocês ufólogos já pro-
varam que são sérios e competentes. Ufólogos acordem!
Vocês estão tratando do assunto mais sério da história hu-
mana e acredito que muitas pessoas estão começando a fi-
car curiosas e espantadas com as quantidades de relatos e
novas informações que surgem a cada dia.
Mas acredito sim, que determinados setores governa-
mentais têm muitas informações sobre o tema, mas sempre
“picotadas” e desconectadas.
Entenderam então agora o papel de vocês ufólogos?
Esses setores governamentais sabem o valor de vocês. Os
mais treinados sabem o valor de vocês e já aqueles que não
sabem ou não entendem, acredito seriamente que são in-
competentes em suas funções.
Resumindo, vocês são os agentes mais importantes
que circundam o tema, mas não devem tentar arrombar e
escancarar loucamente a porta de determinadas informa-
ções que realmente são de segurança militar, pois devemos
considerar que toda profissão tem seus segredos. Mas es-
perar a ciência acadêmica tomar iniciativa desse excitante
tema é muita ingenuidade. Essas descobertas surgem quase
sempre do amadorismo. Depois é que os ultrarracionalistas
entram em cena.
UFÓLOGO: — Gostei muito de nossa conversa. A
mesma foi muito esclarecedora. Fico na dúvida se coloco
seu livro na seção de mitologia ou mesmo de ufologia em
minha biblioteca.
163
AUTOR: — Sei que o senhor trata o meu livro com
carinho e respeito, pois para vocês ufólogos, o novo é sem-
pre bem vindo e deixo a cargo do senhor classificá-lo como
queira.

164
DIÁLOGO COM O LEITOR

“Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito


Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu
e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e
inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é,
ó Pai, porque assim te aprouve”.
(Lucas, capítulo 10, versículo 21)

LEITOR: — Boa tarde.


AUTOR: — Boa tarde, aproxime-se mais para que eu
possa vê-lo e conversar contigo.
LEITOR: — Estou observando de longe, pois o senhor
mesmo falou em seu livro que não gostaria que lhe fizessem
perguntas ou mesmo o procurasse.
AUTOR: — Mas sou eu que estou lhe convidando a
aproximar-se. Não tenha receio meu amado leitor e faça as con-
siderações e perguntas que quiser.
LEITOR: — Sim, obrigado. Acredito que muitas das
minhas perguntas já forma explicadas nos diálogos anteriores,
portanto a única duvida real que tenho, seria o motivo do
senhor querer após a publicação do livro se esconder ao invés
de aparecer e defender sua tese publicamente.
AUTOR: — Mas a questão é justamente essa. Não quero
ser defensor nem propagador de nada, no máximo um revela-
dor. Isso porque achamos sempre que os falsos profetas são os
outros. Tenho medo que essa minha teoria venha a ser conside-
rada como uma forma de adoração à mesma. E não sou e nem
quero ser profeta e defensor de nada.
O autor deste livro, que sou eu, é o elemento que me-
nos tem importância. O foco deve estar concentrado em minha
165
hipótese do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro e não na
minha pessoa. Sigo a frase de William Blake (1757-1827), pin-
tor, ilustrador e poeta inglês: “Uma verdade dita com má
intenção bate todas as mentiras que se possa inven-
tar”. Assim, não quero tropeçar em minhas intenções.
LEITOR: — Como assim? Você tem o seu mérito.
AUTOR: — É porque tenho temor e respeito a Deus. Não
quero ser um falso profeta, não quero propagar nada que não me
diz respeito. Eu soube muito bem interpretar o limite de até onde
eu poderia ir. E muitas das chaves e simbologias apresentadas neste
livro, correspondem muito à simbologia do Livro do Apocalipse.
Portanto, eu não posso ter a ousadia de querer interpretá-lo ou
demonstrá-lo para quem quer que seja. E para melhor responder sua
dúvida citarei muitas advertências provindas da Bíblia, que tanto ser-
ve para mim como para outras pessoas do mundo como guia de vida.
Pois já falei neste livro muito dos Livros dos Mortos do
antigo Egito, mas agora, mencionarei o que diz o livro dos vi-
vos, a Bíblia Sagrada:

“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos


tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores e a doutrina de demônios”.
(1 Timóteo, capítulo 4, versículo1)

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e


farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possí-
vel fora, enganariam até os escolhidos”.
(Mateus, capítulo 24, versículo24)

“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as


palavras da profecia deste livro que, se alguém
lhes acrescentar alguma coisa, deus fará vir sobre
ele as pragas que estão escritas neste livro”
(Apocalipse, capítulo 22, versículo18)
166
“Porém o profeta que presumir soberbamente de
fazer alguma palavra em meu nome, que eu lhe
não tenho mandado falar, ou o que falar em nome
de outros deuses, o tal profeta morrerá.”
(Deuterônimo, capítulo 18, versículo20)

LEITOR: — Entendo perfeitamente. Gostei muito do


seu livro, de verdade. E gostaria, caso você me permita, citar
também uma passagem do filósofo Arthur Schopenhauer que
demonstra bem a condição que entendi para assimilar a sua hi-
pótese.
AUTOR: — Claro. Será um prazer. Fale-me.
LEITOR: — “Os eruditos são aqueles que le-
ram nos livros; mas os pensadores, os gênios, os
iluminadores do mundo e os promotores do gênero
humano são aqueles que leram diretamente no livro
do mundo”.
AUTOR: — Puxa, que prazer. Tenho certeza absoluta
que você entendeu completamente o sentido da minha obra.
E isso me deixa muito feliz. Você, meu amado leitor, é a prova
viva de que não precisamos necessariamente entender todos os
mistérios da vida, mas sim vivê-los.
LEITOR: — Então eu me despeço e desejo tudo de bom a ti.
AUTOR: — Mas agora, meu querido leitor, eu que tenho
uma pergunta. Em qual seção da sua biblioteca você colocará o
meu livro?
LEITOR: — Ora, que pergunta mais boba (risos). Na
minha cabeceira, é claro.

167
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DIÁLOGOS
DESTE CAPÍTULO

É evidente que o leitor atento entende que os diálogos


acima não foram travados com pessoas reais. Os mesmos não
passam de diálogos com as múltiplas facetas internas que ocu-
pam o meu próprio ser. Portanto esses diálogos e conflitos in-
ternos seguem a evolução do próprio pensamento que tive em
relação à hipótese do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.
Quando “despertei” para essa grande e fantástica realida-
de, a princípio veio a mim pensamentos de ceticismos e con-
flitos internos que se estenderam dentro de mim. Daí o meu
diálogo com o Cético Contestador.
O autor pensava que, se desse crédito para essa hipótese,
teria que dar um “passo no abismo” e considerar que precisaria
entendê-la por princípios racionais seguindo, ora o pensamento
dedutivo, ora o pensamento silogístico para tentar associar pos-
síveis similaridades de fatos que fossem surgindo ao longo deste
caminho. Daí meu diálogo com o Cientista.
Partindo deste pensamento cartesiano e científico, percebi
que realmente o assunto tinha possíveis bases científicas e que o
mesmo poderia ser encarado como uma verdade.
Ora, falou-se em verdade, automaticamente cria-se uma
busca, pois isso é natural do ser humano e aí então, seguiu-se
dentro de meu próprio ser diálogos filosóficos e humanistas.
Pensei seriamente em qual seria o sentido de tudo isso em
minha vida, pois entendo e acredito que a filosofia sem a prática
e sem a observação do concreto se perde em um labirinto de
informações inúteis e que não chegam a lugar algum. Daí meu
dialogo com o Filósofo.

169
Então a partir disso, tentei utilizar as informações possi-
velmente científicas que adquiri com o fato de encarar o tema
como uma busca da Verdade.
Os diálogos assim, se tornaram infinitos e milhares de
possibilidades se abriram na minha frente, inclusive a de uma
nova visão de tudo que eu tinha adquirido no campo da metafí-
sica. Daí meu diálogo com o Teólogo.
Ao associar a ciência com a filosofia e a teologia, uma gno-
se estava pronta para ser entendia. E a mesma, ao ser entendida
deveria ser protegida e propagada não como uma revelação, mas
sim pela indução. Pois cabe a cada qual seguir seu próprio cami-
nho. Daí meu diálogo com o Iniciado.
Portanto, encarregado de propagar uma nova gnose em
meio a um caminho de elucubrações mentais surge assim, a fi-
gura do aspirante e do estudante de temas análogos e novos.
E sendo ao meu entender a categoria de estudiosos no
mundo atual que tem a mente mais receptiva para a absorção
desse tema, não tenho dúvidas que seriam os ufólogos. Daí meu
diálogo com o Ufólogo.
E terminado meus diálogos internos, surge o diálogo com
o leitor, que evidentemente sou eu mesmo, pois quem leu este
livro primeiramente, fui eu próprio.
Assim, meu desejo é que esses diálogos sejam uma home-
nagem ao filósofo grego Platão, que como já dito neste livro,
usava-os como preciosa ferramenta filosófica.

170
13
Capítulo

IMAGENS
“Uma imagem vale mais que mil palavras, mas uma boa história
contada com boas palavras vale mais que mil imagens.”
Leonardo Leite (o autor).

Abaixo, uma sequência de fotos e imagens que completam


o caráter desta obra. Em muitas delas, estão pessoas queridas
que colaboraram comigo ao longo da construção da hipótese
do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.
Muitos pontos discordantes foram apresentados por vá-
rios desses amigos, pois nem todos seguem o caminho de minha
tese.
Mas o que importou no fim de tudo, foi que eles sentiam
também o desejo de agregar mais cultura a essa cidade e embar-
caram nessa empreitada. E porque não fazer parte da aventura
mítica de um Gigante Adormecido em plena cidade do Rio de
Janeiro?
Por isso agradeço de coração a todos eles, pois é inegável
o amor que esses amigos têm por essa cidade maravilhosa.

171
Imagem 45 - O autor ao lado de uma pedra que contem inscrições do séc. XIX. Essas inscrições não têm
correlação alguma com os fatos apresentados nesta obra, mas mostra a riqueza cultural espalhada pelos ca-
minhos e trilhas de muito dos morros que formam o complexo do Gigante Adormecido do Rio de Janeiro.

Imagem 46 - O autor em alto mar de frente do “Gigante Adormecido do Rio de Janeiro”. Foto: Roberto
Gonzalez.

172
Imagem 47 - O autor observa uma das inúmeras nascentes do Rio Carioca. A palavra “carioca” significa
“casa de homem branco”. Nome dado pelos índios tupis às construções feitas de pedra e cal que os
índios até então não conheciam.

Imagem 48 - O autor (ao centro) encontra finalmente a terceira pedra com uma cruz entalhada. Foram
mais de dois anos de procura desta terceira pedra, pois segundo o autor acredita, somente com a loca-
lização desta pedra, pode-se fazer uma triangulação de dados com as duas outras. Essas outras pedras
também talhadas em cruz já foram encontradas pelo autor em pontos distintos dos morros cariocas.

173
Imagem 49 - Uma cruz entalhada em plena rocha. Seria uma cruz templária?

Imagem 50 - O autor (ao centro) preparando-se para mais uma escalada à procura dos mistérios que
envolvem as montanhas do Rio de Janeiro.

174
Imagem 51 - Uma foto da área da cidade do Rio de Janeiro. O Gigante Adormecido do Rio de Janeiro
se encontra na parte esquerda da entrada da Baía de Guanabara. Para o autor essa mesma entrada seria
a própria entrada para a Ilha de Poseidon ou a própria ilha original da Atlântida.

Imagem 52 - Um esboço do autor localizando a ilha de Poseidon e suas muralhas como descritas por
Platão dentro da Baía de Guanabara. Na parte esquerda da entrada da baía encontra-se em amarelo
uma silhueta da localização do Gigante Adormecido do Rio de janeiro.

175
Imagem 53 - Um esboço do autor, agora observado pelo fundo da Baía de Guanabara.

176
ADENDO
A INSPIRAÇÃO DESTE LIVRO:
O GRANDE AUTOR ERICH VON
DÄNIKEN

Evidentemente que a inspiração desta obra foi o livro


“Eram os Deuses Astronautas?” de Erich von Däniken.
Quando li esse mesmo livro pela primeira vez eu era ainda
muito pequeno, uma simples criança. Portanto, dá para imaginar
o que esse livro fez com minha imaginação.
Ter lido esse clássico, um dos mais vendidos do mundo,
me fez ver e aceitar a possibilidade de desconstruir fatos exis-
tentes para em seguida reconstruí-los sobre uma nova ótica.
Pois essa era justamente a proposta que o autor nos indicava.
Não quero dizer com isso, que esse movimento cognitivo
do pensar é independente ou não, da veracidade dessa nova re-
construção dos fatos.
Isso na realidade foi o que menos importou. Quero dizer
que se os deuses eram astronautas ou não, isso foi o que menos
importou no final das contas.
O que importou de verdade foi o trabalho mental de re-
construir paradigmas e interpretá-los sobre uma nova ótica. Se
essa outra ótica estava certa ou errada, isso não era o grande
problema real da leitura desse clássico. Evidente que estou refe-
rindo à minha percepção pessoal desse livro tão inspirador.
E como mencionei acima, tudo isso é independentemente
de eu ter acreditado ou não se os deuses eram realmente astro-
177
nautas de outros mundos. Esse livro me fez ver, sim, um mundo
novo de inúmeras novas possibilidades e ensinou-me a pensar e
imaginar o diferente, o inusitado, o fantástico.
Assim, agradeço muito a Erich pelo seu livro por ter es-
timulado a minha imaginação a algures extremos só alcançados
anteriormente por seres como Prometeu, que assim como Erich
roubou o fogo dos deuses e presenteou aos homens.

178
CONCLUSÃO
“Agora, isto não é o fim. Nem sequer é o começo do fim.
Mas é, talvez, o fim do começo.”
Winston Churchill (1874-1965), primeiro-ministro da Grã-Bretanha.

Enfim, chegamos ao término de nosso trabalho e esforço


para demonstrar a hipótese do Gigante Adormecido do Rio de
Janeiro e sua ligação com uma Atlântida pré-diluviana.
E para isso como observado, relacionei determinadas
coincidências, estabelecendo ligações entre fatos aparentemente
independentes uns dos outros e associando-os com interpreta-
ções e hipóteses susceptíveis de reforçar minha tese.
Entretanto, que fique esclarecido que só pretendemos al-
cançar uma parte da verdade, podendo a mesma ser parcial e
relativa dependendo do leitor.
E diante das novas descobertas científicas e o crescente
aumento do interesse do público sobre temas tais como o Gi-
gante Adormecido do Rio de Janeiro, temos a esperança e a cer-
teza que o tempo se encarregará de tudo elucidar; aumentando
as novas descobertas e revelando a verdade.
Assim, com o auxílio das chaves dadas neste livro, o leitor po-
derá compreender todo um simbolismo universal de um antigo mun-
do e comprovar as surpreendentes analogias com nossas hipóteses.
Terminei este livro pensando na verdade. Não tive a in-
tenção de erguer bruscamente o véu sagrado de Ísis, ou mesmo
profanar qualquer santuário. Mas retirei a máscara nojenta de
Seth e mostrei o rosto maravilhoso de Osíris porque me senti
imbuído de tal causa, pois acredito que: nada pensar, nada brin-
car, nada amar, nada querer, nada fazer, nada ousar, nada errar,
eis os verdadeiros pecados mortais.
179
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem
quente; quem dera foras frio ou quente!”
“Assim, porque és morno, e não és frio nem quen-
te, vomitar-te-ei da minha boca.”
(Apocalipse, capítulo 3, versículos 15 e 16)

Considero, portanto, meu trabalho terminado e assim me


despeço do meu amigo e amado leitor.
Que este livro vá agora onde a Providência de Deus
o enviar. Se tudo que mencionei contiver apenas erros ou
inverdades, o tempo se encarregará de encaminhar o mesmo
para o esquecimento. Mas se porventura nele tiver alguma
verdade, as mesmas serão mais fortes do que o esquecimento e
uma lenda nascerá a partir de agora. E será a lenda do Gigante
Adormecido do Rio de Janeiro.

Leonardo Leite

FIM?

180
DEDICATÓRIA
Com certeza este não é um livro para crianças, mas é de-
dicado a todas elas.
Uma criança pode até nunca se tornar um adulto, mas
todo adulto já foi uma criança.
Nada no mundo é tão lindo e grandioso como a imagina-
ção e o amor de uma criança.
É tão engraçado, como nós adultos somos tão crianças e
como as crianças são tão adultas no que se refere à fé.
São elas que lerão meu livro no futuro quando se torna-
rem adultas, pois creio sinceramente que o mesmo não é para
nossos tempos.

Mas Jesus lhes ordenou: “Deixai vir a mim as crian-


ças, não as impeçais, pois o Reino dos céus perten-
ce aos que se tornam semelhantes a elas”.
Mateus (capítulo 19, versículo 4)

Assim, dedico especialmente este livro aos meus sobri-


nhos Luiza e Vitor.

181
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Imagem 1
Foto de Mario Howat.

Imagem 5
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:%22Cabe%C3%A7a_
do_Imperador%22,_Pedra_da_G%C3%A1vea,_Parque_Nacional_
da_Tijuca.JPG

Imagem 8
Https://En.wikipedia.org/Wiki/Neo-Assyrian_empire

Imagem 12
http://www.destinosdorio.com.br/

Imagem 13
Https://Commons.wikimedia.org/Wiki/File:doorway-Lg.jpg

Imagem 14
Https://Commons.wikimedia.org/Wiki/File:stonehenge,_Salis-
bury_retouched.jpg

Imagem 15
Https://Commons.wikimedia.org/Wiki/File:mount_rushmore_na-
tional_memorial_-_1.Jpg

Imagem 23
Https://Pt.wikipedia.org/Wiki/P%C3%A3o_de_a%C3%A7%-
C3%Bacar

Imagem 25
Https://Commons.wikimedia.org/Wiki/File:early_ammit.jpg

183
Imagem 26
Https://En.wikipedia.org/Wiki/Ammit

Imagem 30
Https://Commons.wikimedia.org/Wiki/File:bd_weighing_of_the_
heart.jpg
Imagem 35
Https://En.wikipedia.org/Wiki/Rodrigo_de_freitas_lagoon

Imagem 37
Foto: © 2008, Sheila Cris e ShirleiMassapust.

Imagem 39
Https://De.wikipedia.org/Wiki/Horusauge

Imagem 40
Https://Commons.wikimedia.org/Wiki/File:morro_do_pico.jpg

Imagem 43
Https://En.wikipedia.org/Wiki/Marduk

Imagem 44
Https://En.wikipedia.org/Wiki/Cydonia_(Region_of_mars)#.
22Face_on_mars.22

Imagem 51
Https://En.wikipedia.org/Wiki/Guanabara_bay

Demais fotos tiradas pelo autor

184
(21) 2146-2592
WWW.CONQUISTAEDITORA.COM.BR

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