Acrescimos e Diferimentos

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1

 ACRÉSCIMOS E
DIFERIMENTOS

AUDITORIA
&
FISCAL
 DISPONIBILIDADES

2

Acréscimos e Diferimentos


 Objectivos

 Caracterização

 Áreas de Risco Fiscal

 Procedimentos de Auditoria

 Exercício Prático
Objectivos
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Acréscimos e Diferimentos

A auditoria aos acréscimos e diferimentos visa o alcançar


os seguintes objectivos:

 Verificar se os saldos das contas de acréscimos e


diferimentos estão correctos e de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios;
Objectivos
4

Acréscimos e Diferimentos

 Comprovar as transferências da conta de acréscimos


para as contas de proveitos e de custos;

 Verificar se estão adequadamente divulgadas no anexo


informações esclarecedoras de certos casos relativos a
esta conta e considerados importantes.
Caracterização
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Acréscimos e Diferimentos

 O princípio da especialização económica estabelece que


os proveitos e os custos são reconhecidos quando
obtidos ou incorridos, independentemente do seu
recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas
demonstrações financeiras dos períodos a que
respeitam.
Caracterização
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 Para que este princípio seja cumprido foi criada a conta


4.9 - Acréscimos e diferimentos, que de acordo com o
PGC-NIRF destina-se a registar os gastos e os
rendimentos nos períodos a que respeitam. E, para
contabilizar estes acréscimos e diferimentos estão
previstas as seguintes contas:
Caracterização
7

 4.9.1 Acréscimos de gastos - esta conta integra os


gastos relativos ao período em curso ainda que não
tenham documentação vinculativa, cujo pagamento e
contabilização como tal serão efectuados nos períodos
seguintes. (Ex: subsídios de férias e correspondentes
encargos sociais a pagar no período seguinte, juros a
liquidar; electricidade, etc.).
Caracterização 8

 4.9.2 Rendimentos diferidos - esta conta integra


rendimentos contabilizados no período em curso que
digam respeito a períodos
seguintes. (ex: rendas recebidas adiantadamente,
prémios de emissão de obrigações e de títulos de
participação, etc.);
Caracterização 9

 4.9.3 Acréscimos de rendimentos - integra rendimentos


que sejam relativos ao período em curso, mas que
apenas serão recebidos e contabilizados como tal nos
períodos seguintes.

Ex: contratos de construção, juros de aplicação de


tesouraria que se vencem no exercício seguinte, etc.);
Caracterização 10

 4.9.4. Gastos diferidos – integram-se nesta conta os


gastos que tenham sido contabilizados no período
em curso mas que digam respeito a períodos
seguintes.

Ex: rendas pagas adiantadamente, campanhas


publicitarias, etc.);
Procedimentos de Auditoria
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Acréscimos e Diferimentos

 A correcta contabilização dos acréscimos e


diferimentos respeitando o princípio da
especialização dos exercícios;

 Os cálculos da estimativa para subsídios de férias;


Procedimentos de Auditoria
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 Os cálculos efectuados para o reconhecimento de proveitos


nos contratos de construção, juros de aplicação de tesouraria,
rendas, etc;

 O número de anos para anulação do custo nas despesas de


carácter plurianual;

 Os cálculos da estimativa para custos com luz, água,


comunicação, seguro, bónus de desempenho, serviços de
auditoria, etc.
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Procedimentos de Auditoria

 Comparação dos saldos das diversas subcontas da conta


4.9 existentes no final do ano com os verificados no final
do ano n-1;

 Analisar as políticas contabilísticas seguidas


confrontando-as com as normas fiscais e, constatar se
elas são consistentes ao longo dos períodos;
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Procedimentos de Auditoria

 Verificar as regras de cálculo de diferentes custos e


proveitos;

 Proceder a uma análise cuidadosa das facturas de


terceiros, contratos, actas e guias de pagamento das
repartições das finanças;

 Apurar o montante do seguro, juros, etc., e verificar se há


concordância com aquilo que foi feito na contabilidade.
Exercício Prático 15

1. A Madeira Construções LDA. celebrou, em Maio de 2010, um


contrato de empreitada para a construção de uma moradia tipo 2
por 5.000.000,00 MT, com a duração de 2 anos.

 Nessa data, a estimativa de custos totais era de 4.500.000,00


MT.

 Segue-se a evolução dos custos incorridos em 2010, facturação


emitida e a estimativa de custos a incorrer:
Exercício Prático

Descrição 2010
1.Facturação emitida
(a) No período 750.000,00MT
(b) Acumuladas 750.000,00MT
2.Custos Incorridos
(a)No período 900.000,00MT
(b) Acumulados 900.000,00MT
(c) A incorrer 3.600.000,00MT
3.Custos totais 4.500.000,00MT
4.Receitas totais 5.000.000,00MT
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Exercício Prático 17

Informação adicional:

 Sabe-se que, a 31/12/10, a conta acréscimos de rendimentos

apresentava um saldo no valor de 150.000,00MT, referente ao

acréscimo de proveitos por reconhecer no período relativamente

ao contrato de construção da moradia;

A empresa adoptou o método da percentagem de acabamento

para imputar os proveitos do exercício.


Exercício Prático 18

Da análise feita a conta de vendas conclui-se que, para o ano de

2010 apenas foram reconhecidos 900.000,00MT de proveitos.


Pretende-se:

a) Verificar as regras de cálculo dos proveitos e apurar o saldo da

conta acréscimos de rendimentos.

b) Em caso de diferenças entre o valor apurado e o contabilizado,

determinar as implicações fiscais dai resultantes.


Solução

2010
1.Facturacao emitida
(a)no período 750.000,00MT
(b)acumuladas 750.000,00MT
2.Custos incorridos
(a)no período 900.000,00MT
(b)acumuladas 900.000,00MT
(c)a incorrer 3.600.000,00MT
3.Custos Totais 4.500.000,00MT
4.Receitas Totais 5.000.000,00MT
5. % de acabamento=[(2a)/3] 20%
6.Proveitos a reconher no periodo=(4*5) 1.000.000,00MT
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7.Acrescimos de rendimentos=[6-(1a)] 250.000,00MT
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Solução

Conclusão:

Dos cálculos efectuados, os proveitos a reconhecer no


período são de 1.000.000,00 MT contrariamente aos
900.000,00 MT apresentados no Balancete.
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Solução

Uma vez que os proveitos a reconhecer no período são


de 1.000.000,00 MT e tendo em conta que já se tinha
facturado 750.000,00 MT, o valor correcto de acréscimo
de rendimentos devera ser de 250.000,00 MT e não
150.000,00 MT. Portanto, há que acrescer as vendas em
100.000,00 MT e desse valor deverá incidir 32% do IRPC
a entregar ao Estado.

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