Trab. Hidro
Trab. Hidro
Trab. Hidro
SEROPÉDICA
2019
ANA BEATRIZ CERQUEIRA MINGUTA
GABRIEL CABRAL DA CRUZ LIMA
THAYSSA RAMOS QUINTILIANO LIMA
SEROPÉDICA
2019
1)INTRODUÇÃO
A Bacia hidrográfica corresponde a uma área drenada por um rio principal, seus
afluentes e subafluentes. A topografia do terreno é responsável pela drenagem da água,
além de ser responsável por delimitar as bacias, ou seja, as partes mais altas do relevo
determinam para onde as águas de precipitação escoarão. A presença de vegetação,
sistemas drenantes ou a impermeabilidade do solo também alteram o tempo de
concentração da bacia, de modo que quanto menor a suscetibilidade de inundação e a
velocidade de escoamento, maior o tempo de concentração. A caracterização de uma Bacia
hidrográfica é necessária, posto que apenas com os devidos cálculos feitos é possível
inferir sobre as características e propriedades da mesma.
A bacia que está sendo estudada situa-se no município de Mangaratiba, no Rio de
Janeiro,compreendendo dois córregos principais, sendo o Córrego das Lajese o Córrego
Três Orelhas, ocupando uma área de 34,11 km². Está situada entre as Serra Três Orelhas,
Serra do Bagre e Serra São Brás, estas são trechos da cumeada elevada da Serra do Mar
entre a Baixada de Ingaíba (Mangaratiba) e o Vale do Rio das Pedras (Rio Claro).
O município está inserido na microrregião de Itaguaí, segundo a classificação da
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade tem como
coordenadas geográficas 22° 56’ 36” de latitude sul e 44° 02’ 25" de longitude a oeste de
Greenwich.
A região onde a Bacia está inserida apresenta clima tropical. Na maioria dos meses
do ano, existe uma pluviosidade significativa em Mangaratiba. Só existe uma curta época
seca e não é muito eficaz. Segundo a Köppen e Geiger o clima é classificado como Am. A
temperatura média anual em Mangaratiba é 22.9 °C. A pluviosidade média anual é 1487
mm.
2) OBJETIVOS
2.1. Geral
- Estudo hidrológico e caracterização da área da Bacia Córrego Três Orelhas.
2.2. Específico
- Área e Perímetro;
- Kc e Kf;
De acordo com o Google Earth, a bacia possui latitude de 22° 57’ 09’’S e longitude
de 44°04’33”O.
4) ÁREA
6) FORMA DA BACIA
Dependendo da estrutura geológica do terreno e do clima da região uma Bacia
Hidrográfica pode apresentar formas variadas. Este formato influenciará o escoamento
global na bacia. Alguns coeficientes são utilizados na quantificação no que se refere à
influência da forma no modo de resposta de uma bacia à ocorrência de uma precipitação.
6.1. Capacidade de campo (Kc)
A capacidade de campo ou coeficiente de compacidade é um valor adimensional
que deriva da relação entre o perímetro e a circunferência da área de um círculo de
área igual a da bacia. Quanto mais próximo de 1 for o Kc, mais circular será a
bacia.
Kc = 0,28 x P/√ A = 0,28 x 29,8/√ 34,125 = 1,43
Considerações importantes:
- Bacias naturais possuem Kc ˃ 1;
- Quanto menor o Kc (bacia mais circular), menor o tempo de concentração,
menor a oportunidade de infiltração e maior a susceptibilidade a cheias.
- Limites do Kc:
(1,00 – 1,25) bacia com alta propensão a grandes enchentes;
(1,25 – 1,50) bacia com tendência mediana a grandes enchentes; e
(> 1,50) bacia não sujeita a grandes enchentes.
O coeficiente de compacidade (kc) calculado para a bacia foi de 1,43. Constata-se,
em relação ao Kc, que a bacia estudada, apresenta tendência mediana a grandes
enchentes.
7) SISTEMAS DE DRENAGEM
7.1. Padrão de Drenagem
A Bacia estudada apresenta padrão de drenagem Dendrítica. Sua rede de
drenagem se assemelha aos ramos de uma árvore. Isso ocorre quando os ângulos
que os afluentes formam com o rio principal são agudos.
7.2. Razão de Bifurcação (Rb)
Também conhecida como Lei no Número de Canais foi proposta por Horton
(1932). Trata-se da relação entre o número de canais de uma dada ordem (n) e o
número de canais de uma ordem superior (n+1). Desse modo, em uma bacia
determinada de ordem n, ter-se-á n-1 valores de Rb (conforme tabela abaixo). O
valor médio dos Rbs individuais da bacia representa a sua Razão de Bifurcação
média.
Razão de Bifurcação
Numero de Canais Ordem Rb
59 1
22 2 2,68
15 3 1,47
4 4 3,75
Rb médio = 2,63
ORDEM NW Log NW
1 18,25 1,261267604
2 6,93 0,840845069
3 2,63 0,420422535
4 1 0
Figura 3.
4. Ordem da Bacia
É a razão entre o somatório dos comprimentos dos cursos d’água da bacia e sua
área.
Dd = 77,55/34,125 = 2,27km/km²
A partir desses dados, pode-se afirmar que a bacia possui boa drenagem, já que sua
Dd está entre 1,5 e 2,5 km/km².
7.4. Extensão média do escoamento sobre o terreno ( l)
Esse parâmetro indica a distância média (l) que a água teria que escoar sobre
os terrenos da bacia (em linha reta) do ponto de queda até o curso d’água mais
próximo.
l = 1/4 * 1/Dd
l = 1/4 * 1/2,27
l = 0,1100 km
Foram encontrados 104 vetores dentro da bacia. A partir dos comprimentos dos vetores e
da diferença de nível encontramos a declividade da bacia em diversos pontos.
Dd(i) = Diferença de nível / √ (comprimento do vetor) ² - (diferença de nivel) ²
(Sendo i o número do vetor e variando de 1 a 104)
O cálculo da Declividade média da bacia se dá por uma relação entre o número de
ocorrência das declividades e declividade média do intervalo
Dd média = ∑(nº de ocorrência*declividade média) / nº de ocorrência total
Dd média = 43,95 / 104 = 0,42258 m/m
1 2 3 4 5 6
DECLIVIDADE Nº DE % DO % COL.2 * COL.
DECLIV. MÉDIA
(m/m) OCORRÊNCIAS TOTAL ACUMULADA 5
0,000 - 0,199 26 25,00 100 0,0995 2,59
0,200 - 0,399 30 28,85 75,00 0,2995 8,99
0,400 - 0,599 28 26,92 46,15 0,4995 13,99
0,600 - 0,799 0 0,00 19,23 0,6995 0,00
0,800 - 0,999 18 17,31 19,23 0,8995 16,19
1,000 - 1,199 2 1,92 1,92 1,0995 2,20
TOTAL 104 100,00 -- -- 43,95
Declividade Média
(m/m) 0,42258
Dm (mm/m) 422,6
0.9000
Declividade (m/mm)
0,4226
0.0900
0 20 40 60 80 100 120
Frequencia Acumulada (%)
A partir das áreas das curvas monta-se a tabela para o calculo da altitude média da bacia:
Com os dados da tabela acima calcula-se a Altitude Média da Bacia a partir da equação
abaixo:
A = ∑ (subárea * cota média) /área total = 22053,76 / 34 = 651,83 m
10.1. Método S1
Este método se baseia exclusivamente nas extremidades da bacia hidrográfica,
que são as cotas da nascente e da foz. E a declividade S1 é calculada por meio da
fórmula abaixo:
10.2. Método S2
Neste método utiliza-se um triângulo de área equivalente à da bacia para se
calcular a declividade, primeiro calcula-se a área desenhada da bacia pelo gráfico plotado
abaixo:
Dados:
10.3. Método S3
Dados para o cálculo da declividade por este método estão na tabela abaixo:
Tabela 6. Método S3
1 2 3 4 5 6 7
Distância Declividade
Distância Distância(Km) Raiz Col. 5
Cotas Acumulada por segmento Li/Si
(m) (Li) (Si)
(Km) 100/(2)
0 - 100 2000 2,00 2 0,0500 0,223606798 8,94427191
100 -
0,1000 0,316227766 3,16227766
200 1000 1,00 3
200 -300 1000 1,00 4 0,1000 0,316227766 3,16227766
300 -400 1000 1,00 5 0,1000 0,316227766 3,16227766
400 -500 500 0,50 5,5 0,2000 0,447213595 1,118033989
500 -600 750 0,75 6,25 0,1333 0,365148372 2,053959591
600 -
0,1538 0,39223227 1,657181342
700 650 0,65 6,9
700 -
0,2000 0,447213595 1,118033989
800 500 0,50 7,4
800 -
0,3333 0,577350269 0,519615242
900 300 0,30 7,7
900 -
0,1667 0,40824829 1,469693846
1000 600 0,60 8,3
1000 -
0,4000 0,632455532 0,395284708
1100 250 0,25 8,55
1100 -
0,4000 0,632455532 0,395284708
1200 250 0,25 8,8
TOTAL 8800 8,8 27,1582
A partir dos dados da tabela acima se calcula a declividade do talvegue pela equação:
S3 =(∑col.3/∑col.7)²
S3 = (8,8/27,1582)²
S3 = 0,1050 m.m-1
10.4. Método S4
O método S4 se baseia no método da declividade baseada nos extremos. Para
o calculo da S4 se faz necessário o calculo das distâncias correspondentes a 15 e 85%
do comprimento do talvegue principal.
Dados:
Declividade S4 (m/m)
15% Comp. 85% Comp. S4 (m/m)
1320,0 7480,0 0,130
Foi calculado por diversos métodos, que se baseiam nos seguintes dados:
Equação
Método Equação Ven Te Equação Equação Eq. Onda
gráfico Kirpich Chow Giandotti de Dodge Equação SCS Cinemática
117,2199
Min. 565,7789 47,40 47,75 136,4517 90,75888889 212,364911
1,9537
Hora 9,4296 0,79 0,80 2,2742 1,512648148 3,539415183
cm km m
Ponto A 15,5 7,75 7750
Ponto B 11,5 5,75 5750
Ponto C 14,3 7,15 7150
Maior trajetória de
Ponto D 17,8 8,9 8900
escoamento
I = (k*T^a)/(t+b)^c
Dados:
I-D-F
Dados Plúvio
k 1045,123
a 0,244
b 49,945
c 0,679
Período de retorno
(A) / Duração da 15 30 60 120
chuva (min)
T=10 10 107,7578359 93,57764426 75,37186333 56,0774178
T=20 20 127,614546 110,8213476 89,26075808 66,41089397
T=50 50 159,5870114 138,586456 111,6240904 83,0494362
T=100 100 188,9943672 164,1240057 132,1932415 98,35308968
140
120 T=10
100
T=20
80
60 T=50
40 T=100
20
0
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135
Duração (min)