Caso Union Carbide
Caso Union Carbide
Caso Union Carbide
Ocorre que o magistrado, responsável por julgar a lide, considerou ser esse um
ônus indevido imposto ao Tribunal americano. Para ele, o correto seria que o caso fosse
julgado pelo Tribunal indiano, pois este teria mais capacidade de determinar as causas
do acidente e, assim, atribuir as responsabilidades. Em razão disso, se declarou
incompetente para solução do litígio com fundamento na teoria do forum non
conveniens. Segundo esta teoria, o próprio juiz da causa pode, no controle da sua
competência, recusar-se a exercer sua jurisdição quando outro juízo for mais adequado.
Em sua defesa, a Union Carbide alegou que somente era titular de 51% das
ações da fábrica localizada em Bophal; que a fábrica em Bophal era gerida em sua
totalidade por indianos; que não há qualquer responsabilidade legal de sua parte, sendo
o caso de exclusiva responsabilidade da Índia. Em fevereiro de 1989, a Union Carbide
se comprometeu a pagar 470 milhões de dólares em indenização.
Em 2001, a Union Carbide foi comprada pela Dow Chemical, o que tornou o
caso ainda mais complicado, pois esta se considera isenta de qualquer responsabilidade,
pois, sustenta que os 470 milhões de dólares englobaria todas as demandas existentes e
futuras contra a companhia.
Bibliografia
Bhopal. O desastre continua (1984-2002). Disponível em
<http://www.greenpeace.org.br/toxicos/pdf/bhopal_desastrecont.pdf>. Acesso em 21/02/2014 às
23h22.
SCHAFFER, R., AGUSTI, F., DHOOGE, L.J., EARLE, B. International Business Law and Its
Environment. 8ª edição. South-Western Legal Studies in Business Academic Series, 2011.