Brasilidades
Brasilidades
Brasilidades
ORAS DE
FRANCISCA DE BASTO CORDEIRO
Jardim Secreto (Menção Honrosa da Academia Bra-
sileira) — esgotado 1925
Ahna do meu caminho contos — — esg 1926
O meu único amor romance — (cpl. com Gastão Pe-
nalva) efg— 1927
Brasilidades —
(estudos sobre os índios) esg — 1929
Canções a esmo —
poesias —
esg. (l») 1930, (Z.') 1931
Antologia Infantil —
para uso primário 1934
Poetas e Prosadores —
^antologia escolar 1934 — 1936
China e índia (1." fascículo da série "O Despertar da
Inteligência") 1943
NO PRÉLO
Palestina e Syria (2." fascículo de O
Despertar da Inteligência).
Egypto (3.° fascículo de O
Despertar da Inteligência).
A PUBLICAR :
TRADUiÇOES PUBLICADAS :
EM PREPARO
Elas — perfis femininos.
Moinhos de vento — crónicas.
Francisca de Basto Cordeiro
Brasilidades
TIP, DO PATRONATO
RUA REAL GRANDEZA, 248
RIO DE JANEIRO
1943
A' memória venerada e querida
de meus pais
Francisca de Vasconcellos
de Basto Cordeiro
o que escreveram alguns dos nossos cientistas e lite-
ratos sbbre BRASILIDADES, de Francisca de Vasconcelos
de Basto Cordeiro, em 1929.
BRASILIDADES
"... Li-o de espaço, com a detença que me sugere
"o que muito bom. Gostei-o; meditei-o; aplaudo-o.
é
"O assunto, bem o sabe, não é moderno, mas o jeito de
"expôr, o cuidado em tecer ideias, a delgadura de ajui-
^zar, são originais e convincentes.
" . . Mas
de tudo que desponta de fino gosto e arte
"no bom sobreleva o amor vívido ao Brasil. Tor-
livro,
"nou-se um livro de incentivo nacional de vitória...
"dou-lhe o meu expressivo parabém.
A. Zambonini Leguizamon
Affnso de E. Taunay
BRASILIDADES 11
BRASILIDADES 13
O
amor que em minh'alma desperta quando diz
minha terra, faz-
respeito às belezas deslimitadas da
me, esquecendo a minha incompetência, abordar as-
suntos para os quais não bastariam anos de acurados
estudos.
Arrisco a tarefa de entreter a vossa atenção, fa-
lando-vos, não de assuntos estrangeiros, mas apenas
do que é nosso. Deste Brasil tão vasto que, por si só
é quase toda a América Meridional. Terra titânica, de
gigantescas dim.ensões, mas deshabitada quase, onde,
devido à própria grandeza, uma sensivel parte de seus
nativos vive em estado de quase primitivismo, espar-
sa pelos sertões insondáveis e impenetráveis, dos nos-
sos mais vastos estados.
Novos bandeirantes, —
ei-los que se dirigem afoi-
tos, aos nossos sertões bravios onde a morte os esprei-
ta à cada passo, como a defender-nos deles; sem temê-
la siquer, tal o afan de certificarem-se "in-loco" das
nossas possibilidades petrolíferas, minerais, vegetais,
ornitológicas, etnográficas e até de gôma pura para
"chicklets". rescendente à baunilha, que a nossa
. .
"tamanqueira" produz !
3 de Janeiro de 1929.
o interesse demonstrado na primeira edição pelos
os estildiosos do assunto ; os constantes pedidos de
exemplares há muito esgotados e as mais elogiosas
referências, espontaneamente manifestadas pela im-
prensa e por muitos dos nossos maiores eruditos, ani-
maram-me a desenvolver e aumentar a documentação
das idéias que procurara expôr. Este livro já se acha-
va no prelo quando Alberto Escalona partiu do México
para dizer ao Velho Mundo que encontrara provas da
passagem dos Fenicios pelas Américas Central e Me-
ridional. Creio porém que a primazia da descoberta
pertence a um brasileiro, o Cónego Penaforte Caldas,
ponto de partida dum estudo que interessou-me imen-
so e procurei aprofundar e documentar, sem outro in-
tuito a não ser o provar a verdade da sua descoberta,
baseada no estudo e na confrontação da Biblia e refe-
rências dos mais antigos historiadores. Orgulho-me
apenas de haver despertado certo interesse dos erudi-
tos pelo que é nosso e se chamou "espirito de Brasi-
lidade".
A AUTORA.
I
II
ATLÂNTIDA
A ciência histórica divide em 4 grupos, as princi-
pais civilisações ameríndias :
Chaco-Santiaguena.
Admitindo-se a hipótese de haverem surgido si-
multaneamente nos três continentes, torna-se à mesma
incerteza em a qual se debatiam os estudiosos do aS'
sunto, antes das escavações Sumárias, de Ur; as Sy-
rias, de Minet-El-Beida, e as de Mosul, na Mesopo-
tâmia.
A construção monumental dos "ziggurats"; a de-
coração e fórma da cerâmica; a concepção do calen-
dário astronómico; os lavores de ouro e bronze, mais
se assemelham à arte Egípcia e à Assíria que. ao con-
trário., parecem inspiradas na dos Chimús, Toltecas.
28 ERASILIDADES
Oceania, denominado Gondwana e caracterizado pelos
fósseis deixados pelos grandes criptógamos vascula-
res denominados Glossopteris. Esse continente, se-
gundo a cronologia indú, viria corresponder à Lemu-
ria, que coincidiu com o aparecimento da Humanidade,
há 18.000.000 de anos.
Mc Culloch sustenta que "as inúmeras ilhas dis-
persas entre a América Central e o Velho Continente,
são os picos emergentes da Atlântida desaparecida".
Essa teoria é hoje muito discutida por grande número
de eruditos, mas nos parece perfeitamente justificida,
pelas provas que se acumularam.
Apoiando a teoria de Wegenner, sobre a desloca-
ção das terras, devida a formidável cataclisma, em nos-
so trabalho procurámos demonstrar que "grande
parte do Brasil se deslocara da Africa, onde os dois
recortes se encaixam admiravelmente e os rios coinci-
dem num e noutro continente", o que seria infantil
considerar méra- obra do acaso.
Os sacerdotes druidas narraram à TIMOGEN^O
(I. AD) o seu "desparecimento, num apavorante ca-
taclisma que mudou o aspéto da terra".
Nenhum estudioso dessas questões ignora que, em
remotas épocas os fenícios, os israelitas e os cartagine-
ses haviam, em suas excursões náuticas e comerciais,
aportado, a terras "muito além das Portas de Her-
cules" (Ceuta e Gibraltar).
Essas terras longínquas tinham várias denomina-,
ções "Makarieh, 0'Beresail, Ilhas Elyseas", todas
:
32 BRASILIDADES
era; a 2.", pelos Aurignacianos, 20.000 AD. c a 3.''
pelos zylios, 10.000 AD.
São estas as épocas atribuídas às principais con-
vul-sões terrácuas que alteraram a face da Terra :
3° — 80.000 anos — O
Dilúvio Universal que sub-
mergiu Daytia, e grande parte de Ruta.
4. " — 9.564 anos —
O Dilúvio que submergiu a ilha
Poseidon (parte que ficara da de Ruta) e fez
surgir os Andes, e Tiahuanaco.
5. " — 3.459 anos —O Dilúvio Universal de que es-
capou NOÉ, e com o deslocamento, das aguas
uniu a Líbia ao Brasil.
6. " — 1.764 anos —
O Dilúvio de OGYGES
que du-
rante 200 anos tornou a Atiça deserta, até a
vinda de CÉCROPS que fundou Athenas e ci-
vilizou os costumes.
7. " — 1.503 anos — O Dilúvio de DEUCALIÃO e
PYRRHA.
XENOPHONTE afirma ter havido 5 Dilúvios :
"O
continente desaparecido era povoado por
"uma raça de côr vermelha: os "Rmohals, os
"Tlavatls e os Toltecas; e uma raça de côr ama-
"rela: os Turanianos, os Semitas, os Mongóis
"e os Akkadas.
"A raça primitiva foi a dos Rmohals.
"Homens rudes, de estatuta pouco elevada
"e pele dum pardo-avermelhado. Pouco inteligen-
"tes, haviam descido das terras Hiperbóreas
" (Groenlândia).
38 BRASILIDADES
povo, nem sobreviventes dele capazes de informá-la
sobre a terra desaparecida.
"... Em
outro manuscrita do mesmo museu, es-
crito por Manethon, atribúe a duração do reinado
dos sábios da Atlântida a 13,900 anos, período que o
sábio atribue ao início da historia do Egipto, que as-
sim remontaria a cérca de 16 mil anos!... Uma ins-
crição encontrada por mim nas escavações junto da
Porta dos Leões, em Mycena, ensina que "MISOR,
de que os Egípcios descendem, era filho do deus egí-
pcio THÔT, que era filho emigrado dum sacerdote
da Atlântida que se apaixonara por uma filha do rei
CHRONOS e, forçado a fugir, chegou após longas pe-
regrinações, ao Egipto. Constru,iu o l." templo em
Sais e ensinou a sabedoria da sua pátria de origem".
Esta in&crição é tão importante que eu a conservei
em sigilo. Tu a encontrará entre os papeis marcados
com a letra D.
. ."Uma prancha proveniente das minhas esca-
.
BRASILIDADES 41
44 BRASILIDADES
outros vestígios além das suas colónias e das culmi-
nantes civilisações a que atingiram. Foi encontrada
no México uma estatueta representando uni guerrei-
ro, que se julga representar um Atlante, devido à sua
estranha indumentária.
Todas as nações atribuem ao seu patriarca, o—
gerador da raça, paradigma —
todas as suas virtudes
além da sabedoria e dos conhecimentos que todas as
ciências e artes que lhes transmitiram, a organização
legislativa que os rege. Claro, que esses conhecimentos
básicos, fundamentais da sua evolução cultural, se
desenvolveram, ou atrofiaram, segundo a aptidão e a
inteligência do povo, obedecendo à lei do menor es-
força e da aclim,atação ao "habitat" em que se fixa-
ram.
Todavia, é dificílimo em tão intrincada meada,
separar a História, da Lenda, uma vez que tudo gira
em torno de tradições, sempre alteradas pela sua pró-
pria transmissão, ou desvirtuadas com o decorrer do
Tempo. Por su,a vez, os historiadores sempre colabo-
ram e, não raro, alteram a verdade dos fatos...
Cada povo, cada nação, possúe como ponto de par-
tida para a memória consciente da formação cronoló-
gica e étnica da sua raça, o nome dum NOÉ post dilu-
viano — que por suas virtudes mereceu do Ente Su-
premo a missão de procrear uma nova humanidade.
M,ais pura. Mais elevada.
Em muitos povos primitivos, —
quer ameríndios,
quer nórdicos, quer asiáticos, —
deparamos com re-
miniscências alusivas, e mesmo confirmações das tra-
dições ensinadas pelos sábios de Saís, (Egipto) em
relaçção aos "super-homens, vindos pelo mar para ci-
vilisá-los"
BRASILIDADES 45
46 BRASILIDADES
pios e nas cidadelas.E o sábio MU, grão sacerdote
de RA-MU levantou-se e disse
"Não vos havia eu predito tudo isto ?"
"E os homens e mulheres cobertos com suas
preciosas vestimentas e de pedrarias, gemiam :
BRASILIDADES 49
50 BRASILIDADES
bitadas por fadas ; e algumas vezes arrebatavam para
elas O.S mortais".
Emtodos os mapas medievos, figura a Ilha Mis-
teriosa, de outras no Oceano Atlântico, de-
em meio
nominadas Stocafixa, Royllo, Satanaxio, Antilia e
:
No México:
Na América do Sul :
NHEMKETABA e
CHIA — o casal hu- 1.°
mano.
Na Bolívia :
Aymarás — TIAHUANAKU.
;
54 BRASILIDADES
Na Guatemala
Chibchas MUYSCO.
Macuxis MAREREVANA.
Caapienas RUDA — o deus do amor.
Camaçans YACY — a lua.
Inhays HUACY — a lua,
ICHEIHI-TUNA, a mãe
d'agua.
Guaycurús CARA-CARA. a ave que
criou homens guerrei-
ros.
BRASILIDADES 55
ni
os POEMAS DE HOMERO
S6 BRASILIDADES
"primavera e do outono, que parecem estar sem-
"pre de mãos dadas.
"A terra produz cada ano recolta dupla, tan-
"to nos campos como nOs vales. As estradas sãõ'
"marginadas de louros, jasmineiros e outras arvo-
"res que jamais despem as folhas. São inúmeras
"as minas de ouro e prata existentes nessa bela
"terra, cujos habitantes, simples, felizes na sua
"simplicidade, não se dignam contar o ouro e a
"prata como riquezas, e só valorizam o que é real-
"mente necessário à vida do homem".
ãÊÊm^^ ^-íICtOENTE OE LA
^MtAOOR LOS K^U^EOS ICONOGRAFÍoIs
IV
AFRICA — BRASIL
DE HERÓDOTO A WEGENNER
Não é de hoje que se vem observando uma curio-
sa coincidência: o recorte dos litorais do. Brasil e da
Africa, se ajustam (suprimindo o Oceano Atlântico)
como delicadíssimo jogo de encaixes, de modo impres-
sionante.
O Cabo de S Roque entra no Golfo de Guiné; a
chanfradura da Baía de Todos os Santos parece feita
para receber a saliência da Costa de Gabon a proe-;
um só bloco,
Dir-se-ia que os continentes, outrora
se fendera ao meio. E, como gigantesco, pedaço de
cortiça boiando sobre as aguas, se destacou da Africa
paulatinamente. O vão que se largava foi ocupado
pelas aguas que formam hoje o Oceano Atlântico.
Wegenner afima que "a América, ao separar-se da
Africa voltara-se p.ara o lado do Ocidente como sobre
BRASILIDADES 61
64 BRASILIDADES
da Atlântida, e ao sul), provocando a formação dos
pantanais que acompanham as vertentes Andinas, ex-
plica a razão das salinas internas e das aguas que se
vão gradativamente tornando salòbas, devido aos de-
gêlas e às chuvas.
O primeiro bloco emergente teve por limite a
Serra do Espinhaço, à cujas vertentes se apoiou mais
t^rde o segundo bloco, destacado da Africa, forman-
do-se então o Rio Amazonas pela compressão das
terras
Em notável artigo sobre a Constituição Geológi-
ca, lêmos o seguinte na revista Dharanâ :
66 6RASILIDADES
formando três tipos de terreno bem estudados por Or-
ville Derby sob a denominação, de "Séries de Lavras,
de Itacolmi e de Minas". Em S. Tomé das Letras pre-
domina o tipo Itacolomito, ou Arenito Flexivel do
Brasil, constituído por grãos de areia (quar'.;7.o sílica
68 BRASILIDADES
ilhas: o planalto das Guianas e o do Brasil". Rocha
Pombo faz derivar o vocábulo América, do grego
AMEROS (dividir e separar) e GHAIA (terra). O
cónego Pennafortc porém, assevera ser vocábulo Tupi.
O Dr. Lund (cientista dinamarquês) que viveu
estirados anos estudando "in loco" as cavernas de
Sete Lagoas (Minas Gerais), concluiu que "o rio S.
"Francisco representa um mar que, lentamente aper-
"tado entre dois continentes, se tornou mediterrâneo".
Afirma ainda que "as provas de que a maior parte
"deste país era, há 3.000 anos um grande mar mediter-
"râneo, são evidentes". Heródoto —
(o Pai da Histó-
tória)— refere-se a meúdo a um "lago Triton", cuja
autenticidade tem sido muito discutida, mas que Ed.
Charton, no "Magazin Pitoresque" julga haver sido
"situado na Africa, pela banda de Oeste, e provavel-
mente desaparecido em .algum tremendo terremoto".
Si esta suposição se justifica com a teoria de Wegen-
ner, esse lago seria o Golfo de Guiné onde, realmen-
te, na junção dos dois continentes, existe um espaço,
o único que se não adapta, na parte meridional dos
2 contisentes !
glíficas, pré-incaicas
;
ruinas, atestando a exis-
tência de civilisaçÕes altíssimas, além das co-
nhecidas.
3. ° — Em todas as tribus sul-ameríndias, em tradições
ou lendas, já fartas alusões ao pavoroso cata-
clisma que, em época remota, tragou parte da
terra e seus habitantes.
4. " — Fawcett, o explorador Inglês que desapareceu
nas nossas selvas, apoiava a teoria de que "du-
rante o período terciário e em princípios do
quaternário, a maior parte do continente Sul-
Americano teria desaparecido, submersa no
Oceano pela erecção da Cordilheira dos Andes.
Pelos estudos que se fez dos Védas, convenceu-
BRASILIDÂDES 71
BRâSILIDADES 75
BRASILIDADES 77
O Mar do Mundo.
"Na serra do Ererê todas as cousas são grandes:
as vespas, os mucuim, os beija-flores e os carrapatos.
Há agua no alto da serra. Pela beira da agua, há flo-
res.Tudo ali há tem perfume e cheira muito, porque,
antigamente, quando o mundo se acabou, as aguas
não subiram até ali".
Relativamente à própria natureza do altiplano
central, as pesquizas que veem sendo feitas por outros
cientistas, verificaram serem essas terras mais fir-
mes do globo, compostas em grande parte de monta-
nhas de ferro —itabiritos e itacolomitos, além da
absoluta ausência de formações vulcânicas em toda a
sua imensa extensão, provando ser o mais antigo cen-
tro da criação humana.
78 BRASILIDADES
Como é sabido, Heródoto (filho de Lyxès e Dryo)
o mais antigo e ilustredos exploradores, viveu no sé-
culo V AD. Em seu mapa só existem três continen-
tes: Europa, Asia e Líbia.
Entre as suas preciosas informações quanto à
plantas exquisitas, cita o "silphium" que, pelas qua-
lidades que lhe atribue e sua configuração nas antigas
moedas gregas, pode ser o "cardo nopal" (xique-xique,
ou palmatória do Diabo) abundante nos altiplanos da
América Central e Meridional e conhecido na Turquia
Asiática como "Figo do Diabo".
BRASILIDADES 79
BRASILIDADES 89
OS FILHOS DE SEM :
BRASILIDADES 91
teus e os Caphtorim
15, 16, 17, 18 e 20) CANAAN gerou a CIDONIO, que
foi seu primogénito; e a HETHEU, a JEBUSEU,
a HEVEU, a AMORRHEU, a ARACEU, a SI-
N!EU, a ARAD, a SAMAREU e a AMATHEU
e depois disto se espalharam os povos dos Cana-
neus.
Capítulo XXVI:
58) . . . mas CAATH gerou a Amram, que teve por
mulher a JOCABED, filha de LEVI, que teve de
AMRAM :seu marido; AARÃM, a MOYSÉS e a
MARIA (profetiza).
Capítulo XXXIII :
PRESIDENTE DE LA
tttNniATlflNITE UNIVERSELLE B^L2*^Ci:nN1
rMIAOOfl Ot LQê «USEOS ICONCGfíAF.COS
I DE
^ "^TO OE mZAO Y ^ AIF0K80 ESPÍMOU
MiANO OARCiA 2687
VII
gro!..."
Não esqueçamos porém que Esaú era ruivo!
Do cruzamento menos remoto, a Biblia dá tes-
temunho, dizendo que "Moysés casou com uma etío-
pe". E quando os descendentes de Jacob vieram ter
à terra dos de Esaú, como peregrinos, esses cru-
zamentos se multiplicaram, dando lugar à diversida-
de de tipos. Naturalmente, as raças conquistadoras. —
Fenícios e Israelitas, mais inteligentes e mais civili-
s.adas, suplantaram e dominaram a autoctona.
E' interessante notar que o nome de Esaú signi-
fica — mecânico, e o de Jacob —
suplantador !
AS FROTAS DE SALOMAO
E O RIO AMAZONAS
—
A estranha cabeça fenícia esculpida em propor-
ções monumentais, no ápice do rochedo conhecido por
Pedra da Gávea, —
não admite a hipótese de méro
acaso resultante de erosões do tempo, em épocas re-
motíssimas. Mesmo que se não queira aceitar a rea-
lidade evidente da inscrição que se encontra junto à
orelha da cabeça colossal, como prova suficiente da
passagem dos hebreus e dos fenícios pelo Brasil (pos-
sivelmente ainda ligado à Líbia), um acumulo de coin-
cidências curiosíssimas (que não aceitamos) obrigaria
os nossos eruditos a um estudo aprofundado do as-
sunto.
Em
meio da mata, esparsas, encontrara-se gran-
des com caracteres desconhecidos... gravados
lages
também pelo tempo ? Recusamo-nos a crêr.
A ciclópica escultura demonstra, a nosso vêr,
duas cousas: 1.°) é prova irrefutável da importância
atribuída às nossas plagas pelos povos orientais: Sí-
rios, Israelitas e Fenícios, que pretenderam firmar di-
reito de posse a elas dei.xando a estatua dum de seus
reis, como um marco a desafiar os tempos ;
2.") a
posição à cavaleiro sobre a serra litorânea, a uma alti-
tude que se tornou depois inaccessivel é a dum farol
de pedra, visivel a grandes distancias para indicar a
rota aos infatigáveis navegantes que a ela abordavam
interativamente.
Não é porém essa. a única escultura coloss,al que
os rochedos que circundam a nossa formosissima Gua-
nabara evidencia. O penedo escarpado do Corcovado
que dista pouco da Pedra da Gávea, visto da atua! Ave-
nida Getúlio Vargas, apresenta no seu ápice, a fórma
duma cabeça de indio e. visto da Lagoa Rodrigo de
Freitas, apresenta em perfil, a fórma estatuária dum
indio e seu cocar de penas! Prosseguindo em direção
às montanhas da Gávea, bem no alto. mas em meio
das matas florestais, perfeitamente visivel a olho nú,
existe em entalhe profundo, admiravelmente gravado,
um enorme jaguar ostentando as suas longas e simé-
tricas malhas, cauda erguida, parecendo mover-se cau-
telosmente. E' a montanha da Onça da Gávea, exem-
plar artístico que lembra o escopro exímio dos gran-
des animalistas que foram os Assírios, mestres dos
Cananitas. Teria também sido erosão do tempo, des-
locamento de pedras do rochedo, ou obra do acaso ?
Que maravilhoso conhecimento de arte revelaria então
112 BRASILIDADES
possuir a natureza burilando obras primas em meio
das selvas bravias da abençoada terra de Canaan !
Anosso vêr, a Pedra da Gávea representa, de
de Badezir, Rei de Tyre, relembrando
facto, a efigie
possivelmente acontecimentos que os Fenícios pro-
curaram conservar indeléveis na memoria dos povos
que habitavam a região, como o fizeram outros da
mesmo época no Egypto. na índia, para perpetuarem
a memoria dos seus deuses e dos seus reis. Observa-
mos a profusão de monumentos megalíticos, escultu-
ras e inscrições esparsas pelo Brasil.
Existeem um rochedo de Copacabana um sulco
em forma de cruz, assim como no do Pão de Açúcar,
visível da Praia do Flamengo, e que tanto podem ser
devido a cisuras e veios graníticos, como sinais ca-
balísticos cuja significação se perdeu na noite dos
tempo:?.
"Na Serra de Pyraputanga (diz Alfredo Bran-
dão na sua História Americana) fomos informados
que nas imediações da Fazenda de S. Domingos
existia uma pedra de letreiros, e que umas léguas
áquem, no planalto do Urucum, existia no meio da
mata e muito próximo da fonte, uma lagôa, espécie
de tanque natural, em cujos bordos sobre uma lagea
friável, e granulosa, viam-se pégadas de adultos, de
crianças, de cães, de cabras e de aves".
Sinas que o autor supõem haverem sido os co- '
118 BRASILIDADES
Apirú é também adjctivo tupi, significa "re-
pleto., cheio".
"par.a os indios dessas paragens, Amazonas si-
"gnifica água corrente, rio. Nunca esse vocábulo
"foi empregado no sentido que os gregos lhe atri-
"buiram".
E' por demais conhecido dos geógrafos o fenó-
meno do inesperado desaparecimento dum rio que pa-
rece desaguar dentro do seio da terra e cujo curso vai
ressurgir a grandes distâncias, às vezes com outro
nome.
Sabe-se que essas obstruções são comuns no rio
Yapurá, indo reaparecer muito mais longe. Daí a te-
rem nomes semelhantes vários rios dos Amazonas.
Ophir, (ou Soupala) —
nome da outra região mis-
teriosa, é mais um estudo interessante. Ophir nome —
bíblico, significa —
fim, termo. Segundo a Génesis
(Cap. X, V. 25) é o do filho do XI filho de loktan,
irmão de Phaleg, 34.* geração de Noé
;
"C. 8; V. 18: E o rei Hyram (Ayrâm) là man
"dou, por seus vassalos, náus e marinheiros prá-
" ticos do mar;
"E foram estes, com a gente de Salomão, a
"Ophir, e de lá trouxeram ao rei de Israel 450 ta-
"lentos de ouro".
BRASILIDADES llô
,
"Oh! Fio da Vida (Destino).., que projeta
BRASILIDADES 121
"deiras semelhantes.
"Porque as frotas do Rei iam de 3 em 3 anos,
"com a gente do Rei Hyram a Tharsis; e traziam
"de lá ouro, prata e marfim, bugios e pavões".
Que tenha
sido dado o seu nome à terra fertilissi-
ma, ou que haja dirigido uma dessas incursões tri-
anuais e a tenha descober, o caso é que esse nome
passou, mais tarde, a designar "colheita de ouro".
122 BRASILIDADES
"Tarschich" passou a indicar o lugar onde se en-
contra "abundância de ouro meúdo". O vocábulo, em
Quichúa se decompõe em Tari : —
descobri e Chichyi
— ouro em grão, ou melhor: novo garimpo.
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124 BRASILIDADES
(Jéhú, na Biblia) até Parvaim, na bacia do rioUr-ari-
quéra (em tupi: "O grande rio de Ur), sem esquecer
que Abrahão nasceu na cidade de Ur, na Chaldeia.
Hamath — Zo — Bar.
Ama — Zo — Nas.
Não nos parece absurda nem forçada, a leve al-
teração gráfica, principalmente em se atendendo ao
fáto de não possuírem os indígenas nenhum meio de
fazê-la, a não ser verbalmente.
Porém nos parece concludente o vocábulo Ama-
zonas ser formado por três vocábulos hebraicos :
Ama —
"aguas grandes"; Saah —
"assombrosas"; e
Cona (ou Çanu) —
"revoltas".
E' que melhor nome poderia ter o nosso formidá-
vel e imponente Rio Mar ?
mente no Brasil.
KAR instituiu o culto do Senhor do Universo,
que não tinha outra denominação a não ser a pala-
vra cabalística PAN, formada pelas três iniciais do
apelido do Ser Supremo. Curioso é notar-se que o
YEOVAH, dos Israelitas, também não é mais que a
reunião das cinco vogais, para designar o "Nome
que não deve ser pronunciado"! Mais nome
tarde, o
Pan passou a designar o deus da natureza, inspirador
da sua força creadora. E como tal ingressou ng. mi-
128 BRASILIDADES
tologia Grega. PAN era, às vezes, designado TU-
PAN, o que (segundo Varnhagen) significa, nos
idiomas Cário, Fenício e Pelásgico "O divino
: —
Pan".
O prefixo — TU — significa também "piedoso
sacrifício".
Pela decifração de numerosos petróglifos, pou-
de-se constatar que a tribu civilisada dos Chibchas
(da Colômbia), descende dos Caraíbas, do mar da*
Antilhas; tese que Miguel Triana sustenta pela se-
melhança antropométrica entre os crânios dos anti-
gos túmulos dc F.acatativa (Colômbia) e os dos Caraí-
bas, c a descoberta de uma múmia, em Guatavita
(Colômbia).
XI
^ índios JAVAÉ^^
1 índios apapocuvas
índios xerentes
BRASILIDADES 149
152
BRASILIDADES
Os índios Kishúas atribuem a
destruição das suas
cid,ades maravilhosas e da própria dinastia "à
não ra-
verem os seus reis atendido aos
conselhos do enviado
de Deus, de que se haviam
afastado, pelo desregra-
mento dos seus costumes e a adoração
a deuses es-
triangeiros !"
de ouro • .
no ZtZ!ZV;J'''' ^í^^hen),
Ora, existe
ainda no Perú. uma
nome (que significa "queimado") cidade com esse
mana evidentemente parte De raça Ip u
preponderante dos ^upos
étnicos encontrados nas
selvas brasílicas) L
han de St. F jt
Clavie, naturalista notável, consadera-a
'"^P^^'^-^ o
M?xico"Et'-'"'
t.ado como conquistadores,
chamaram à região Paer-
An (entrada imperial) que,
pronunciado sem a sobrie-
dade de articulação própria
dos indígenas sul-.almerín-
tiios, nao fica
muito longe de PERÚ !
BRASILIDADES 157
"rce^trii :'&o'?^
Voltando a Anna Catharina
Emmerich, durante
os longos anos em que
permaneceu paralitica. ditava
em estado de êxtase, cenas que
se desenrolavam dianie
"""'^ """^ formidável filme retrospe-
ctivo repetmdo-as
ctivo, r.'n° í
com perfeita clareza,
como se haviam passado em várias os fatos -
épocas da vida hu-
mana, desde seu berço pré-histórico.
Sérias pesquizas
feitas apos a le.tura dessas
notas taquigrafadas. des-
contando-se a diferença dos calendários,
estão em tudo
concordes em datas, cronologia
e fatos
Referindo-se a São Sumé (ou
Thomé), fala em
narrativa dara. descreve-os
m.n?/
mente _e \
as terras
fisica-
em que viviam. "O mais opulento
deles viviam mima terra que ficavam entre dois
iira de cor
mares
morena, mas não preta".
u
"O segundo rei, viera da índia num tempo
em que a Amenca Meridional
em fausto e civilização. Era
rivalizava com ela
de côr amarela c
juntou-se ao primeiro quando
e.ste cheeou às
ruínas duma grande cidade.
^
"O
terceiro, que seguia com
eles. morava per-
to do rei que se achava na
cidade em ruínas
T.ahuanacu ?) quando a eles
se reuniu. Esse
lugar se chamava Media
(terra do Meridiano)
Regressando da sua adoração
ao
um deles morreu. Os dois outros Divino Infante
foram mais tar
ae matizados pelo apostolo
Thomé",
BRASILIDADES 159
160 BRASILIDADES
gem". Asseveram que essa estra^la sul)sistiu por cen-
tenas de anos.
Em vários mapas antigos aclia-se delineada uma
estrada com a denominação de Estrada de S. Sumé,
por onde se fazia, no século Ví, o percurso de S. Vi-
cente ao Paraguay !
XVITI
—
" O' insensato, porque tanta hesitação em
"servir ao teu Deus, o Deus do Universo ! Que
!
166 BRASILIDADES
"Desde o teu nascimento, uáo te cercou sempre
"da mais terna solicitude? E quando te viu atin-
"gir a idade que Seus desígnios determinaram,
"não fez resoar gloriosamente o teu nome por
"toda a terra ?. Não te deu as índias, essa par-
. .
"
— Não te deu a libetxlade de doá-las, à
"quem quizesscs ?. . . Quem, senão Ele, te deu
"os meios de executar os teus projetos?
"
—Os laços que impediam a entrada do
"Oceano eram formados de inquebrantáveis ca-
"deias. E Ele te deu as chaves.
"—- Teu poder foi reconhecido nas mais lan-
"gínquas terras; tua glória foi proclamada por
"todos os cristãos.
"
— Deus se mostrou acaso mais benevolen-
"te para com
o povo de Israel, quando o tirou do
"Egíto ? ou protegeu com mais eficiência à David,
"quando o elevou de pastor a Rei de Israel ?. .- .
"
—
Volta-te para Ele e reconhece o teu erro I
"pois que a sua misericórdia é ifinita. tua ve- A
"Ihice não será obstáculo aos grandes feitos que
"te esperam. Ele tem em mão as mais brilhantes
"heranças.
"Não tinha Abraão cem anos e Sarah não
"havia passado a sua mocidade, quando L^^aac nas-
"ceu ?. .
"
—Clamas por um socorro incerto. Respon-
"de-me: Quem te expôs tantas vezes a tantos pe-
"rigos ! Deus, ou o mundo ?
— "As vantagens, as promessas que Deus
"faz aos seus servos. Ele não as quebra mais.
"Tudo o que Ele promete, dá com prodigalidade.
"E assim faz sempre.
: .
BRASILIDADES 167
" —
Espera e confia Tuas obras serão gra-
!
I
XIX
BRASILIDADES 175
'*Hiiiiniiiiiii>
.
BRASILIDADE3 179
AUTORES CONSULTADOS
180 BRASILIDADES
Archie Acyntyrc Tlirough tile wilderncss of
Brazil.
Colonel G. Earl Church Aborigcncs of South Amé-
ries
As populações indígena- e
Airão —
nome duma vila e AjTam, HjTam — nome dum
nome dum peixe filho do Sem c do rei dc
Tyre.
do.
A.irantucú — localidade .
ypa — lagòa
tí, Te — inundação aris — barulho.
Curityba — localidade
curi gury — bagre cur — forja.
Maicary —
localidade. .. Miaia — cabecciira de rio.
cary, carahy senhor — carê, cari — calvo, torto
Manhú — esteio p.* as igarités. Manhú — o que é isto?
Turim — gancho
turi — facho, fogueira tur — cerco.
ri — inundação ri — escuma, feaba.
lha de Salomão.
Toephec — • horror.
na
Tipografia do Patronato
13 de Junho de 1944