10 - Primeiros Socorros
10 - Primeiros Socorros
10 - Primeiros Socorros
DE
PRIMEIROS
SOCORROS
Modulares
Prof. Valderci Pereira Nery
APOSTILA DE PRIMEIROS SOCORROS 2
SUMÁRIO
Objetivos.............................................................................................................pág. 03
Conceitos em Primeiros Socorros......................................................................pág. 04
Regras de Responsabilidade e Perfil Psicológico do Socorrista........................pág. 04
O Socorrista e a Lei, O Protocolo e Consentimento no Atendimento ............. pág. 05
AULA 2
Biosegurança .....................................................................................................pág. 06
Análise da Vítima................................................................................................pág. 08
Escala de trauma modificada e Escala de Coma de Glasgow...........................pág. 09
AULA 3
Reanimação cardiopulmonar (RCP)...................................................................pág. 10
Controle de Pulso...............................................................................................pág. 11
Controle da Respiração.....................................................................................................pág. 12
Parada Respiratória e Desobstrução de Vias Aéreas.....................................................pág. 12
AULA 4
Estado de Choque..............................................................................................pág. 15
Desmaio ............................................................................................................pág. 17
AULA 5
Hemorragia.........................................................................................................pág. 18
Sangramento nasal............................................................................................pág. 20
Ferimentos Especiais (tecidos moles)................................................................pág. 21
Queimaduras......................................................................................................pág. 23
Envenenamento.................................................................................................pág. 25
AULA 6
Fraturas..............................................................................................................pág. 26
Transporte e Imobilização..................................................................................pág. 29
Retirada de Capacete ........................................................................................pág. 31
Lesões de Coluna...............................................................................................pág. 32
AULA 7
Afogamento........................................................................................................pág. 33
AULA 8
Infarto do Miocárdio............................................................................................pág. 38
Acidente Vascular Cerebral................................................................................pág. 39
Convulsões e Epilepsia......................................................................................pág. 40
AULA 9
Animais Peçonhentos.........................................................................................pág. 41
Bibliografia..........................................................................................................pág. 49
OBJETIVOS
REGRAS DE RESPONSABILIDADE
O SOCORRISTA E A LEI
O PROTOCOLO
CONSENTIMENTO NO ATENDIMENTO
BIOSSEGURANÇA
Vírus da Hepatite C:
1.8 %: exposição percutânea a sangue.
Mucosa: transmissão rara.
Não há relatos de exposição de pele não íntegra.
Vírus HIV:
Após contato com sangue:
Acidente pérfuro-cortante: 0,3%
Exposição de Mucosa: 0,09%
Exposição de pele não íntegra: < 0,09%
Profilaxia pós-exposição: antiretrovirais
ANÁLISE DA VÍTIMA
Análise Primária - Suporte Básico da Vida -SBV
(B) – BREATING
Verificar respiração (ver, ouvir e sentir) se ausente expirar 2 vezes.
Análise Secundária
a) Subjetiva
Relacionar local com vítima, tentando descobrir a origem do acidente;
Questionar vítima;
Questionar testemunhas; e
Informações médicas: o que gerou o acidente e os meios utilizados para socorro.
b) Objetiva
Exame da cabeça aos pés: para localizar ferimentos e/ou deformidades ainda
não observadas;
Sinais vitais: respiração, pulso, pele, pupilas, perfusão capilar, pressão arterial e
nível de consciência;
Classificação na escala de trauma.
+ + =
1. Trauma score menor ou igual a 10 – vítima em estado grave;
2. Trauma score igual a 11 – vítima potencialmente grave; e
3. Trauma score igual a 12 – vítima em estado normal.
PROCEDIMENTO
posicionar os dois polegares sobre o esterno ( lado a lado ou um sobre o outro) logo
abaixo da linha dos mamilos; os outros dedos fornecem apoio ao dorso da vítima. No
entanto, se a criança for grande ou as mãos do socorrista forem pequenas a massa-
gem não será efetiva.
CONTROLE DE PULSO
Procedimento
CONTROLE DE RESPIRAÇÃO
Procedimento
Parada Respiratória
Verifique a obstrução;
Posicione o bebê de bruços em seu braço;
Efetue 4 pancadas entre os omoplatas;
Vire o bebê de costas em seu braço;
Efetue 4 compressões no esterno;
Repita seqüência; (se não desengasgou).
ESTADO DE CHOQUE
Função: Levar sangue para todos os tecidos do corpo, ou seja, pela chegada de
nutrientes e oxigênio aos tecidos e remoção de gás carbônico e produtos do meta-
bolismo.
Composição do sangue:
Parte líquida: PLASMA -> NUTRIÇÃO
Parte sólida: CÉLULAS VERMELHAS -> RESPIRAÇÃO (hematose);
CÉLULAS BRANCAS -> DEFESA; e
PLAQUETAS -> COAGULAÇÃO.
TIPOS DE CHOQUES:
SINAIS E SINTOMAS
Lábios arroxeados;
Náuseas e vômitos;
Tremores de frio;
Tontura e desmaio;
Sede, temor e agitação (choque volêmico);
Rosto e peito vermelhos, coçando, queimando e inchaço, dor de cabeça e peito,
lábios e face inchados são sinais e sintomas de choque anafilático.
TRATAMENTO
Posicionar o paciente deitado, caso esteja utilizando uma maca longa, eleve a
parte das pernas de 20 a 25 cm;
OBS: Atentar para cuidados para o paciente com lesão de coluna;
Verificar e manter sinais vitais;
Afrouxar as vestes do paciente;
Manter o paciente aquecido;
Ministrar oxigênio, se possível (05 a15 lt/min.); e
Transportar imediatamente o paciente ao hospital.
DESMAIO
Principais Fatores:
SINAIS E SINTOMAS
Mal estar;
Escurecimento da visão;
Sudorese;
Perda da consciência acompanhada de perda do tônus da musculatura corporal.
TRATAMENTO
HEMORRAGIA
RECONHECIMENTO:
CLASSIFICAÇÃO:
TIPOS
Arterial: sangue esguicha, é ver-
melho claro e brilhoso;
SINAIS E SINTOMAS
Sangramentos;
Presença de hematomas;
Queixa principal do paciente;
Natureza do acidente; e
Sinais e sintomas de estado de choque.
TRATAMENTO
Acalmar o paciente;
Pressão direta no ferimento;
Elevação do membro afetado;
Compressão arterial (pressão indireta);
Tala inflável;
OBS: Perdas acima de 15% do volume total de sangue já começam a produzir alte-
rações hemodinâmicas.
SANGRAMENTO NASAL
Controlar Hemorragia;
Em avulsão colocar o retalho no local;
Não remover objeto empalado;
Curativo.
Acalmar a vítima;
Colocar o paciente sentado;
Cabeça ligeiramente inclinada para frente;
Comprimir com os dedos as narinas;
O uso de gelo pode auxiliar no estancamento da Hemorragia;
Caso não cessar levar o paciente ao hospital mais próximo.
ATENÇÃO:
FERIDA: resultado de uma agressão sofrida pelas partes moles do corpo por
objetos cortantes, contundentes e perfurantes.
TIPOS DE FERIDAS:
Ferimento no olho:
Retirar corpo estranho somente na conjuntiva e esclerótica;
Não faça curativo compressivo;
O curativo deve ser frouxo e nos dois olhos;
Não retirar objetos transfixados ou recolocar o globo ocular protuso;
Em queimaduras químicas fazer lavagem do olho com água estéril por 5 a 15
minutos e encaminhar a vítima ao hospital.
Ferimento na cabeça:
Não aplicar compressão;
Efetuar tamponamento se não observar fragmentos de ossos, afundamento ou
exposição de tecido cerebral; nestes últimos casos realizar somente cobertura;
Empregue para o tamponamento a bandagem triangular.
Transportar segmento amputado dentro de saco plástico num local frio para o
hospital (não coloque em contato direto com gelo, água fria ou outra substância);
Comunique o hospital imediatamente;
Tratar estado de choque.
Objetos transfixados:
Não tente remover do local (exceto objetos na bochecha);
Imobilizar e proteger o objeto de movimentações;
Tratar o estado de choque;
Transportar urgente para o hospital.
Evisceração traumática:
Nunca recolocar as vísceras no interior do abdome;
Cobrir as vísceras expostas com plástico limpo ou pano limpo e bem úmido;
Aplicar bandagem não compressiva;
Tratar estado de choque;
Transportar urgente para o hospital.
QUEIMADURAS
Classificação de Queimadura:
1. Queimadura de 1º GRAU:
Pele vermelha na área queimada;
Dor intensa no local;
Inchaço no local.
2. Queimadura de 2º GRAU:
Formação de bolhas;
Dor intensa no local;
Áreas de tecido exposto (bolhas que se rompem);
Queimaduras de 1º grau ao redor.
3. Queimadura de 3º GRAU:
Necrose de tecido com áreas que variam do branco pálido ao marrom escuro;
Perda da sensibilidade nas áreas necrosadas;
Exposição de camadas mais profundas do tecido;
Queimaduras de 1º e 2º GRAU ao redor.
1º GRAU 2º GRAU 3º GRAU
Extensão:
Membros superiores e cabeça - 9%
Membros inferiores - 18%
Tronco completo - 36%
Pescoço e área genital 1%
Queimaduras de 2º e 3º grau que atingem mais de 15% do corpo são considera-
das graves, levando a vítima ao estado de choque;
Queimaduras na face ou genitais são consideradas graves, não importando a
área.
Tratamento:
Se a vítima está com fogo nas vestes role-a no chão ou envolva um cobertor em
seu corpo, a partir do pescoço em direção aos pés;
Profa. Solange / Prof. Nery
APOSTILA DE PRIMEIROS SOCORROS 24
Retire as partes de sua roupa que não estejam grudadas na área queimada;
Envolva as regiões queimadas com plástico esterilizado;
Retire pulseiras, relógios e anéis imediatamente;
Nas pequenas queimaduras de 1º grau em membros, mergulhe a área afetada
em água fria por alguns minutos até passar a dor;
Não perfure bolhas em queimaduras de 2º grau;
Não passe pomadas, mercúrio ou qualquer outro produto em queimaduras de 2º
e 3º grau;
Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido para beber (1 litro d'água
com 1 colher de chá de sal);
Mantenha liberada as vias aéreas e certifique-se de que a vítima respira bem,
principalmente em queimaduras na face;
Trate imediatamente o estado de choque;
Transporte urgente para o hospital especializado.
ENVENENAMENTO
Reconhecimento de Envenenamento:
Queimadura ao redor da boca;
Odor incomum;
Transpiração abundante;
Pupilas dilatadas ou contraídas;
Salivação excessiva com formação de espuma na boca;
Dor nas vias digestivas;
Deglutição dolorosa;
Flacidez e distensão abdominal;
Náuseas e vômitos;
Diarréia;
Convulsão;
Alteração do estado de consciência;
Alteração de pulso e respiração.
Tratamento de Envenenamento:
Libere as vias aéreas empregando manobras de reanimação se for o caso;
Procure identificar o agente do envenenamento;
Contate com o Centro de Toxicologia, se possível;
Faça a vítima ingerir um ou dois copos de água com carvão ativado: 01 g/ Kg de
peso, diluídos em 500 ml de soro fisiológico ou água.
Induza ao vômito exceto em envenenamentos por ácidos, álcalis ou derivados de
petróleo;
Após o vômito ministre novamente água com carvão ativado;
Não induza ao vômito nem dê nada para beber nas vítimas que não estejam ple-
namente conscientes ou que tenham convulsões;
Recolha o vômito num saco plástico e leve ao hospital com a vítima;
Trate estado de choque;
Nas vítimas inconscientes ou que estejam vomitando, faça o transporte na "posi-
ção de recuperação" e transporte urgente para o hospital.
FRATURAS
Definição:
Fratura: É uma ruptura total ou parcial da estrutura óssea. Pode ser classificada
em fechada ou exposta. Nas fraturas fechadas não há rompimento da pele e nas
expostas sim, isto é, o osso fraturado fica em contato com o meio externo (a ruptura
da pele muitas vezes é causada pelo próprio fragmento ósseo). Com esta exposição
ao meio ambiente o osso fica em contato com bactérias, aumentando o risco de in-
fecção.
Como geralmente a fratura de extremidade não causa risco imediato de vida, ela
deve merecer atenção após a avaliação inicial e a correção dos problemas mais
graves.
Luxação: É o deslocamento das extremidades ósseas que formam uma articula-
ção, impossibilitando assim, que as superfícies articulares fiquem em contato ade-
quado.
Entorse: É a ruptura parcial ou estiramento dos ligamentos ao redor de uma ar-
ticulação, dificultando ou impossibilitando os movimentos da articulação.
Contusão: Lesão provocada por impacto a nível de tecido subcutâneo e/ou
muscular.
As vítimas que aparentemente apresentam trauma isolado de extremidade deve-
rão receber a mesma atenção inicial que um politraumatizado, isto é, avaliação ini-
cial global e secundariamente o tratamento específico da fratura.
Reconhecimento de fraturas:
Dor local;
Hematoma;
Deformidade ou inchaço;
Incapacidade funcional;
Mobilidade anormal;
Crepitação óssea (barulho de osso);
Redução da temperatura do membro fraturado.
Fratura de Pelve:
Reconhecimento
Dor intensa na região;
Perda da mobilidade dos membros inferiores (pernas);
Pé rodado para a lateral do corpo;
Associação do acidente com a possibilidade da lesão;
Sinais e sintomas de lesões em órgãos internos.
Tratamento
Com a vítima deitada de costas, coloque um cobertor dobrado ou travesseiro
entre as pernas;
Prenda suas pernas unidas com faixas ou bandagem triangular;
Transporte em prancha longa ou maca;
Prevenir o estado de choque;
Transporte urgente para o hospital.
TRANSPORTE E IMOBILIZAÇÃO
Retirada rápida
Como proceder:
Colocar-se ao lado da vítima e apoiar com a mão direita à região posterior da
cabeça;
Passar a mão esquerda sob a axila esquerda da vítima, segurando a região do
queixo, inclusive lateralmente, deixando a coluna em posição neutra;
Apoiar a região posterior da cabeça contra seu corpo e passar a mão direita por
trás do tronco da vítima agarrando o punho esquerdo da mesma;
Girar a vítima, retirando-a de forma a manter a coluna protegida e conduzindo-a
até um local seguro. Para isto você colocará o corpo da vítima semi-deitado en-
cima do seu tronco;
Abaixar a vítima ao solo, apoiando inicialmente a pelve (quadris);
Apoiar a região posterior da cabeça com a mão direita e as costas com seu bra-
ço, afastando seu corpo lateralmente;
Deitar a vítima ao solo mantendo o alinhamento da coluna.
Aplicação de tala
Retirada do Capacete
A retirada do capacete deve ser feita o mais precocemente possível, porém deve
ser feita por pessoal especializado. Portanto, somente retire o capacete em caso de ne-
cessidade extrema.
Não retirar o capacete se houver objeto transfixando o mesmo.
Não retirar o capacete se a vítima queixar-se de dor em coluna cervical; nesse ca-
so transportá-la com o capacete fixo à prancha ou maca.
A retirada do capacete deve ser feita por duas pessoas:
A primeira pessoa faz uma leve tração no pescoço da vítima, utilizando as mãos,
uma de cada lado do capacete.
A Segunda pessoa solta ou corta o tirante do capacete, enquanto a primeira
mantém a tração;
Após soltar o tirante, coloca o polegar e o indicador de uma das mãos segurando
o queixo e a outra na parte posterior do pescoço, na altura da região occipital, fi-
xando a coluna cervical.
A primeira pessoa remove o capacete da cabeça da vítima, atentando para os
seguintes itens:
a) capacete oval: é necessário alarga-lo com as próprias mãos, mantendo-o dessa
forma durante todo o processo de retirada, para que ele não traumatize as ore-
lhas da vítima e seja mais fácil a retirada.
b) capacete que cobre toda a face da vítima: remova primeiro o visor e erga a parte
da frente do capacete ao tira-lo, para que não traumatize o nariz.
A Segunda pessoa mantém a coluna cervical estável, enquanto a primeira remo-
ve o capacete;
LESÕES DE COLUNA
Tratamento:
Vítima inconsciente, de queda, atropelamento, desabamento, desastres e aci-
dentes violentos, considere portador de trauma na coluna;
Mantenha a vítima calma;
Mantenha a coluna imóvel;
Mantenha a coluna alinhada com leve tração;
Se a vítima estiver sentada e houver perigo iminente, retire-a do local utilizando
a técnica de retirada rápida. Caso contrário, mantenha-a calma até a chegada
de socorro imediato, orientando-a a não movimentar-se bruscamente.
Se a vítima estiver deitada, coloque-a em prancha longa ou maca antes de re-
mover, em caso de extrema necessidade e utilizando movimentação em bloco.
O transporte para o hospital deve ser cuidadoso não permitindo qualquer tranco
ou movimento inadequado;
Após a imobilização continue checando sensibilidade e sinais vitais;
Transporte urgente para o hospital.
AFOGAMENTO
2. Hipotermia:
Diminuição da temperatura corpórea devido à exposição à água fria, po-
dendo causar arritmia com PCR, perda da consciência e conseqüente afogamento.
Geralmente inicia-se quando a temperatura do corpo cai abaixo de 35ºC.
3. Afogamento:
As fases de um afogamento se iniciam com um medo ou pânico de se a-
fogar e uma luta para manter-se na superfície, seguido de parada da respiração na
hora da submersão, cujo o tempo dependerá da capacidade física de cada indivíduo.
Ocorre, nesta hora, maior ou menor aspiração de líquido que provoca uma irritação
nas vias aéreas, suficiente para promover, em alguns casos, um espasmo da glote
tão forte a ponto de impedir uma nova entrada de água, ou seja, sem água nos pul-
mões, mas com asfixia. Em mais de 90% dos casos não ocorre espasmo da glote,
havendo entrada de água nas vias aéreas, inundando o pulmão.
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO
O afogamento se classifica:
a. Quanto ao tipo de água
b. Quanto a causa do afogamento
c. Quanto a gravidade do afogamento
Observação:
No afogamento em água doce ou em água salgada as diferenças peculia-
res deverão ser levadas em conta durante o TRATAMENTO HOSPITALAR.
Para o PROFISSIONAL que vai aplicar os PRIMEIROS SOCORROS a
conduta deverá ser a mesma para os dois casos.
GRAUS DE AFOGAMENTO
AFOGAMENTO GRAU 1
As vítimas que apresentam esse grau de afogamento aspiraram uma
quantidade mínima de água, suficiente para produzir tosse. Geralmente têm um as-
pecto geral bom, e a ausculta pulmonar normal ou com sibilos ou roncos, sem o apa-
recimento de estertores. O nível de consciência é bom, porém, podem estar agitadas
ou sonolentas.
Tais vítimas sentem frio e têm suas freqüências cardíacas e respiratórias
aumentadas devido ao esforço físico, estresse do afogamento e também pela des-
carga adrenérgica. Não apresentam secreções nasais e bucais e podem ainda estar
cianóticas devido ao frio e não devido à hipóxia.
AFOGAMENTO GRAU 2
É apresentado pelas vítimas que aspiram quantidade de água suficiente
para alterar a troca gasosa (O2 – CO2). São vítimas lúcidas, agitadas ou desorienta-
das, e se for constatada cianose nos lábios e dedos, temos o comprometimento do
sistema respiratório. Verifica-se também o aumento da freqüência cardíaca e respi-
ratória, sendo notada também a presença de estertores durante a ausculta pulmonar
de intensidade leve a moderada, em alguns campos do pulmão.
AFOGAMENTO GRAU 3
Neste grau de afogamento a vítima aspira uma quantidade importante de
água, apresentando sinais de insuficiência respiratória aguda, com dispnéia intensa
(dificuldade respiratória), cianose de mucosas e extremidades, estertoração intensa,
indicando um edema pulmonar agudo, e também a presença de secreção nasal e
bucal. Deve-se tomar cuidado com as vítimas no que tange à ocorrência de vômitos,
pois pode ser um fator de agravamento caso não sejam tomadas medidas para evi-
tar a aspiração. Para evitar que haja aspiração de vômito, deve-se virar a cabeça da
vítima para o lado.
No grau 3 a vítima apresenta nível de consciência de agitação psicomoto-
ra ou torpor (acorda se estimulado intensamente) e apresenta também taquicardia
(freqüência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto), contudo sem hipotensão
arterial (pressão arterial sistólica menor que 90mmHg por 60mmHg).
AFOGAMENTO GRAU 4
Afogamento de grau 4 assemelha-se muito ao de grau 3, no que tange à
quantidade de água aspirada, porém o nível de consciência pode variar de agitação
ao coma sendo que a vítima quando em coma não desperta mesmo com estímulo
doloroso intenso.
A vítima apresenta taquicardia e também um quadro de hipotensão e/ou
choque.
Cabe lembrar que as diferenças entre o grau 3 e o grau 4 só serão impor-
tantes para o atendimento hospitalar, sendo que para o socorrista o procedimento
não difere muito de um caso para o outro.
AFOGAMENTO GRAU 5
Nos casos de afogamento em grau 5, a vítima apresenta-se em apnéia
(parada respiratória), contudo apresenta pulso arterial, indicando atividade cardíaca.
Apresenta um quadro de coma leve a profundo (inconsciente) com cianose intensa
grande quantidade de secreção oral e nasal.
Aquecer a vítima;
Tratar o estado de choque; e
Atendimento médico especializado.
AFOGAMENTO GRAU 6
Trata-se da Parada Cardiorespiratória, representada pela apnéia e pela
ausência de batimentos cardíacos.
INFARTO DO MIOCÁRDIO
Definição:
O acidente vascular cerebral pode ser definido como lesão cerebral causada
por interrupção do fluxo sangüíneo (obstrução/isquemia) ou por hemorragia causa-
da pelo rompimento de um vaso sangüíneo.
Causa:
Traumatismo Crânio Encefálica (TCE);
Trombose (acumulo de gordura ou formação de coágulo na luz de vaso sangüí-
neo que pode causar obstrução);
Embolia (uma parte do trombo que se desprende e entope o vaso sangüíneo); e
Aneurisma (dilatação de parte do trajeto do vaso sangüíneo pelo enfraqueci-
mento da parede do mesmo que pode romper causando hemorragia).
Dor de cabeça;
Confusão mental e tontura;
Paralisia de extremidades e/ou face (normalmente de um lado do corpo);
Perda da expressão facial;
Dificuldade em articular palavras e ver;
Pupilas desiguais;
Convulsões e coma;
Pulso forte e rápido;
Dificuldade respiratória;
Náuseas e vômitos.
CONVULSÕES E EPILEPSIAS
Definição:
Podemos definir convulsão como abalos musculares de parte ou de todo o cor-
po decorrente do funcionamento anormal do sistema nervoso central.
Podendo ser dividida em quatro fases: aura, tônica, clônica e estupor.
RECONHECIMENTO
Fase Aura
Tontura, torpor;
Alucinações visuais e sonoras;
Gosto peculiar na boca;
Dor abdominal;
Sensação de movimento em alguma parte do corpo.
Fase Tônica
Contração da musculatura do corpo;
Dentes cerrados;
"Grito epilético".
Fase Clônica
Espasmos sucessivos;
Convulsões;
Perda do controle urinário;
Salivação abundante;
Pode haver parada respiratória.
Fase Estupor
Vítima semi-consciente ou inconsciente;
Estado de prostração e torpor;
Amnésia e confusão mental.
TRATAMENTO
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Definição:
Animais que possuem veneno (peçonha) e têm estrutura especializada para
injetá-lo como dentes e ferrões.
SERPENTES
A grande maioria das serpentes do Brasil pode ser identificada pela presença
de um pequeno orifício entre o olho e a narina chamada fosseta loreal (Jararaca,
Urutu, Cascavel, Pico de Jaca, Caiçara e outras), mas existe um grupo de serpentes
- as Corais - que não possuem este orifício e podem ser peçonhentas.
Coral
Jararaca
Cascavel (Crotalus)
RECONHECIMENTO
TRATAMENTO
ARACNÍDEO (ARANHA)
Ação Proteolítica
TRATAMENTO
ESCORPIONÍDIO (ESCORPIÕES)
RECONHECIMENTO
Convulsões;
Entorpecimento e "formigamento" no membro afetado;
Espasmo do músculo do maxilar causando dificuldade de abrir a boca;
Contração e espasmos musculares generalizados;
Pode ocorrer choque anafilático ou neurogênico;
Coma.
TRATAMENTO
QUILÓPODOS (LACRAIAS)
RECONHECIMENTO
TRATAMENTO
TATURANAS OU LAGARTAS
RECONHECIMENTO
TRATAMENTO
Não oferecem risco à vida humana, a não ser que a pessoa desenvolva rea-
ção alérgica, ou então seja atacada por um enxame.
Em acidentes deste tipo não podemos retirar os ferrões com pinças, pois há o
risco de espremê-los e, com isto, injetar mais veneno aumentando a dor.
RECONHECIMENTO
TRATAMENTO
Bibliografia: