Alquimia e Dicas OEs
Alquimia e Dicas OEs
Alquimia e Dicas OEs
🙉Essa talvez seja a pergunta mais comum dentre as pessoas que quase nada sabem
sobre este nosso universo.
E se você é um pouco como nós, essa é uma pergunta que deve te tirar um pouco do
sério... Juro que somos Zen, mas é como se estivessem blasfemando alguém que
amamos!
O fato é que este é um conhecimento básico que, certamente, todos nós um dia
ignoramos a resposta. E provavelmente provocamos a ira interna de alguém fazendo tal
pergunta...
🙉🙉Para ajudar cada uma de vocês a ter uma resposta educada quando ouvir este quase
total sacrilégio, vamos abordar este assunto explicitando 10 de suas diferenças...
1️⃣
Cada óleo essencial puro é o resultado harmônico e belo da sabedoria infinita existente na
natureza. São em si carregados de uma grande complexidade de componentes químicos
com potente atuação terapêutica. Essa complexidade é multiplicada quando falamos de
sinergias (ou blends), como são chamadas as mistura de mais de um óleo essencial.
Há sinergias riquíssimas de óleos criadas pelas melhores empresas de óleos essenciais
do mundo. Mas você pode decidir se aventurar pelo mundo de criar suas próprias
sinergias, e nós te encorajamos MUITO a se divertir e aprender com este processo!
Criar sinergias de óleos essenciais é uma arte! E um imenso prazer! Uma combinação de
óleos é mais que apenas um conjunto de óleos essenciais misturados. É mais que a soma
das partes! Este é precisamente o significado do conceito de sinergia (pode procurar no
dicionário!). Uma sinergia é algo que supera a soma das partes, é um 2 + 2 = 5.
A formação de uma boa sinergia – exatamente como a formação de um casal, de uma
equipe ou de uma orquestra – depende de como um óleo interage com os outros e como
eles mudam sutilmente neste contato com o passar do tempo. Assim como as relações
humanas, as sinergias são um processo vivo e orgânico, não uma substância estática e
inerte.
Há quem diga que a maior diversão da aromaterapia, e sua verdadeira essência, está em
criar combinações sinérgicas. É o que as plantas fazem na junção de diferentes
componentes da química orgânica para criar a complexidade de cada óleo. E é o que nós,
maestros e maestrinas, fazemos para harmonizar a sinfonia de cada um deles. É um
processo que exige conhecimento e técnicas, mas, sobretudo, sensibilidade, intuição e
criatividade da alquimista.
E para aprender a arte das sinergias aromáticas, como tudo na vida, você vai precisar de
um tanto de estudo, um pouco de treino e uma pitada de ousadia para fazer as
experimentações. E nós queremos te ajudar neste processo!
Então não saia misturando todos para ver o que acontece. Vamos antes entender um
pouco mais sobre o lado teórico desta arte. É importante, por exemplo, você entender um
segredo: a ordem em que os óleos são adicionados para a formação da sinergia é a chave
para manter suas propriedades terapêuticas. Um erro neste sequenciamento pode alterar
suas propriedades químicas, sua fragrância e, por consequência, os resultados desejados.
Há uma extensa variedade de óleos e ainda diferentes proporções que você pode usar de
cada um deles. Cada sinergia, conforme a combinação que você fizer, terá qualidades
únicas. Mas, assim como nas relações humanas, é preciso compreender a lógica de quais
óleos se misturam bem, e quais vão “se chocar”.
De um modo geral, óleos que pertencem à mesma família botânica ou tem componentes
químicos em comum se misturam sem maiores problemas. Nada muito diferente de como
nós formamos nossos laços de amizade, com pessoas com a qual pertencemos a um
grupo em comum (família, trabalho, igreja, escola, etc.) ou com quem temos alguma
afinidade, alguma comunalidade, alguma identidade compartilhada.
O QUE, AFINAL, SÃO ÓLEOS ESSENCIAIS ❓
Talvez essa seja a pergunta mais básica de todas as que iremos responder nesta página.
Ainda assim, nem sempre é fácil explicarmos... não é mesmo?! 🙉
Este post é para te ajudar nesta tarefa de melhor compreender e explicar o que são os
Óleos Essenciais (OEs). ❤️ 🙉 🙉
encontrados normalmente na superfície das plantas (por isso quando a pegamos o aroma
permanece em nossas mãos). Ficam armazenados em pequenas bolsas, estruturas
especializadas das plantas que formam um estoque dos OEs produzidos pela planta para
sua sobrevivência. São produzidas nas células secretórias das plantas aromáticas, usando
nutrientes do solo e da água, a luz e o calor do sol no processo da fotossíntese. Eles
servem a propósitos específicos de proteção, reprodução e regeneração. A química
destes componentes tem efeitos práticos que ajudam as plantas (e nós também) a
repelirem pragas, atrair insetos para reprodução (ex: abelhas) e podem ainda ajudar a
planta a se curar de infecções físicas e lesões.
4️🙉Agora que você já sobreviveu às definições formais, químicas e botânicas vamos
definir OEs de uma forma mais holística. Uma definição mais direta e aplicada que
usamos com frequência: OEs são um presente da terra, a alma das plantas, sua força
vital. São energias acumuladas em benefício da humanidade por serem agentes naturais
ativos com aplicações quase intermináveis para nossa saúde, podendo ser usados
aromaticamente, topicamente, ou internamente.
Mas atenção, os óleos essenciais são muito concentrados e poderosos, e as 3 formas
⚠️
de uso acima possuem cuidados de segurança e restrições que falaremos nas próximas
quintas-feiras, o dia que escolhemos para cobrir as questões básicas e de segurança. Ou
seja, tudo aquilo que você precisa saber para usar e abusar dos OEs sem medo!
Prepare-se, este talvez seja o melhor e mais rico post que já publicamos... Mas é também
o mais longo e complexo até aqui!
Depois de ler conte o que vc achou!
Se ainda tiver fôlego... rs
Você pode (e deve) usar óleos essenciais para restaurar, limpar, equilibrar e energizar
seus Chakras, o que vai te ajudar muito a recuperar sua saúde. Sabe-se que as doenças
afetam e se manifestam primeiro em seu corpo energético, para depois (e nem sempre)
encarnar e afetar seu corpo físico. Com o que você vai aprender neste post você pode
harmonizar todo seu corpo, alma e espírito, atingindo o máximo de saúde e bem-estar.
E você pode tanto utilizar a sinergia ou os óleos certos de cada Chakra preventivamente,
quanto utilizar ele a partir da dor do indivíduo. Basta consultar este post (que talvez você
queira salvar) e ver qual o Chakra correspondente à queixa e então massagear
gentilmente o óleo correto no local (sempre em sentido horário).
A escolha do óleo para cada Chakra, por sua vez, está relacionada aos órgãos, glândulas
e emoções que estão conectadas a cada um deles e os efeitos desejados nestes.
Depende ainda da frequência da energia de cada um deles e o comprimento de suas
ondas (conforme imagem que ilustra este post).
Tudo isso torna um desafio a formulação de sinergias ideais para cada Chakra.
Felizmente, há sinergias especiais de óleos já preparadas por químicos que
compreendem e dominam as escolhas e proporções para tratar cada um dos Chakras.
Pela nossa experiência, estas sinergias proporcionam uma experiência ainda mais rica e
completa do que o uso de um único óleo, ainda que seja o indicado para aquele Chakra.
Por este motivo indicamos, além dos óleos puros, a sinergia mais adequada para cada um
deles.
Você precisa fazer uma escolha da sequência: Duas opções! Comece de baixo para cima
para resolver problemas físicos ou de cima para baixo se a prioridade for equilibrar as
emoções.
Há algumas formas de usar os óleos (abaixo listados) sendo a primeira (e mais sutil)
pingar uma gota na mão (e esfregar as mãos) de quem aplicará a massagem áurica (sem
encostar as mãos no corpo). Repouse um cristal de quartzo no ponto central do Chakra e
inicie o movimento das mãos em sentido horário e em uma área mais aberta para aos
poucos ir fechando e se concentrando na área do Chakra. Não utilize óleo carreador neste
caso, pois a volatilização do óleo é desejada no processo.
A segunda é pingar diretamente no Chakra (cuidado, pois não são todos os óleos que
podem ser utilizados puros!) e em seguida espalhar com as mãos tocando o corpo (e sua
mente com bons pensamentos e boa intenção), sempre em círculos abertos no tamanho
do Chakra e no sentido horário, fechando o círculo pouco a pouco.
Uma terceira opção, melhor e mais recomendada, é você adquirir 12 vidros âmbar ou
azuis de 10mL com sistema roll-on e diluir a sinergia ou o(s) óleo(s) de cada Chakra em
óleo carreador com concentração de 5% (portanto 10 gotas), e fazer os mesmos
movimentos com o roll-on. Vai facilitar muito a sua vida se for fazer uma sessão com
limpeza de todos os Chakras!
DICA: se for fazer o processo completo de equilíbrio em outra pessoa, há um 12º ponto de
atenção que merece ser considerado. Comece ou termine pelos pés, ativando as
sensações com óleo essencial de LEMONGRASS diluído a 20% em óleo carreador (ou
sinergia AROMATOUCH).
1,5 (costas) - CHAKRA DO MENG MEIN – (Local: base da coluna, nas últimas
*🙉
vértebras, acima do chákra da raiz ou, falando no popular, onde a calcinha/cueca já não
cobre mais)
Conexões: Pressão Arterial. Sistema Circulatório (Atenção : este Chakra NÃO deve ser
🙉
1,5 (frente) - CHAKRA SEXUAL – (Local: 5 dedos abaixo do umbigo ou, no popular
*🙉
para não ter confusão, na região frontal que a calcinha ou cueca cobrem, antes de chegar
na área de lazer, se é que vc me entende... ).
🙉
3,5 - CHAKRA DO BAÇO – (Local: frontal do lado esquerdo do estômago logo abaixo
*🙉
*🙉 6,5 CHAKRA DA TESTA (Local: terceiro olho, logo abaixo do início da linha capilar)
Conexões: Glândula Pineal. Intuição. Clarividência superior (dica: a regularidade na
meditação ajuda a abrir este terceiro olho. Utilize os OEs sempre em sua meditação).
Função: No campo físico auxilia no tratamento de perda de memória, senilidade,
Alzheimer, epilepsia e paralisia.
Óleos Essenciais: OLÍBANO, LAVANDA ANGUSTIFOLIA e JASMIM (ou sinergia
SERENITY).
.
três notas (cabeça, coração e base) se complementam criando uma inesquecível melodia
de aromas.
De um modo geral as proporções, pensando na receita de uma composição utilizando 10
gotas em um difusor para um ambiente maior, são 2 gotas de cabeça (mas quer apostar
que vão cair 3? 🙉 🙉 ), 6 gotas de coração e 2 gotas de base (que vão demorar a
🙉
querer sair do conta gotas ). Essa quantidade, contudo, pode variar para mais ou para
🙉
menos dependendo da intensidade aromática dos óleos que escolher para harmonizar.
Calma que vc vai entender tudo!
Nossa dica é que vc comece experimentando sinergias com 3 óleos essenciais apenas,
ou seja, com uma nota de base, uma de corpo e uma de frente. Assim fica fácil
🙉
descobrir quais combinações funcionam ou não. Uma boa combinação será percebida
como harmoniosa, equilibrada e bastante agradável. Pronta para começar?
Agora vamos detalhar as notas, sempre começando de baixo pra cima a sua
🙉
construção... iniciando pela nota de base que atua como fixadora dos aromas:
As notas de fundo (base) – são os óleos essenciais menos voláteis, de características
1️🙉
sesquiterpênicas, que você demora mais para perceber na sinergia e sempre acha que
colocou pouco dele. Quando usados na proporção correta dão profundidade ao blend. São
normalmente as madeiras e resinas, aromas percebidos como mais ricos e pesados. Nos
perfumes são os cheiros que amadurecem e ficam melhores com o passar do tempo, e
que ficam na pele (ou grudado no seu difusor ) ainda exalando aromas no dia
🙉
seguinte.
São exemplos com maior intensidade (1 gota): Vetiver, Canela e Cravo.
São exemplos de média intensidade (2 gotas): Olíbano, Mirra e Patchuli.
São exemplos com menor intensidade (3 gotas): Sândalo, Cedro e Cipreste.
3️🙉 As notas de frente (cabeça) – são os óleos essenciais mais voláteis e que evaporam
mais rapidamente. É o marco inicial de beleza da composição , o que chama e prende
🙉
a atenção olfativa com notas leves e frescas, papel esse normalmente exercido pelos
óleos cítricos ou herbais agudos. São os cheiros imediatamente percebidos quando se
usa um perfume mas que desaparecem mais rápido também . Normalmente são óleos
🙉
com menor viscosidade, aqueles que caem sempre uma gota a mais do que o pretendido
quando estamos pingando eles no difusor, 🙉 rs!
São exemplos com maior intensidade (1 gota): Capim-Limão, Majericão e Funcho Doce.
São exemplos de média intensidade (2 gotas): Limão Tahiti e Limão Siciliano.
São exemplos com menor intensidade (3 gotas): Toranja, Bergamota e Laranja.
Como combinar é uma arte e não uma ciência exata, é possível que nas informações
🙉🙉🙉
acima surjam divergências de opinião. Mas com base em tudo o que lemos, que
estudamos e que experimentamos, as anotações acima representam o melhor do nosso
conhecimento até aqui. É um bom ponto de partida para você, mas não existe certo e
errado na arte, existe aquela que melhor expressa o seu ser.
🙉Já parou para pensar qual seria a combinação de 3 óleos que melhor representaria
você ou ainda, que melhor faria bem a você considerando a função química na saúde e o
impacto emocional de cada óleo? Está lançado o desafio, que comecem as
experimentações...
E amanhã é o dia do óleo #8, a Laranja... outra nota de cabeça que, por exemplo, combina
incrivelmente bem para difusão com hortelã-pimenta (corpo) e canela (fundo), ou ainda,
alecrim (corpo) e cedro (fundo).
🙉 Em sendo puros, existe uma imensa potência em cada gota de óleo pronta para ser
utilizada em benefício da sua saúde. Mas essa potência precisa ser compreendida e bem
controlada por você, pois o remédio em excesso pode se tornar veneno e te intoxicar. Não
vamos deixar que isso aconteça!
🙉Embora seja difícil decorar as infinitas aplicações de cada óleo, as recomendações
básicas de segurança são fáceis de compreender e então lembrar. Para que isso seja
mais facilmente assimilado vamos tentar manter o mais curto e objetivo, deixando de fora
detalhes que abordaremos oportunamente em outros posts.
Então vamos começar o ciclo da vida... boa viagem!
perdem o efeito, mas permanecem as que listaremos abaixo e que TAMBÉM se aplicam
aos Bebês, mesmo não estando listadas acima (por melhor organização do texto).
- Restrição até os 6 ANOS de idade: há alguns óleos essenciais mais potentes e com
maior facilidade de gerar intoxicação e por isso recomenda-se que sejam evitados ao
máximo o uso de: Manjerona, Anis, Funcho Doce (mesmo sendo relacionado à famosa
funchicória), Sálvia (exceto a Esclaréia que pode) e Nós-Moscada.
- Restrição até os 10 ANOS de idade: Existem dois componentes químicos – o mentol e o
eucaliptol (1.8 cineol) – que em raros casos, mas acontecem, podem causar problemas
respiratórios em crianças menores de 10 anos. Tais componentes químicos tem
propriedades de gerar resfriamento, mas podem ser o gatilho de uma reação nos alvéolos
similar a um “congelamento” causando uma respiração mais lenta e perda temporária da
capacidade de oxigenação. Você sabia que é por isso que a sauna é proibida para eles, e
não pelo calor? Na dúvida é melhor evitar o uso do Hortelã-Pimenta, Eucalipto, Alecrim e
Cardamomo. Hortelã-Verde é ok após 2 anos de idade.
se fizermos uso de forma adequada... mas tem exceções a esta regra em quadros de
saúde específicos. Sem a pretensão de cobrir todas as possíveis doenças vamos falar de
algumas restrições mais comuns:
- Diabetes: evitar Canela (todos os tipos), Noz-Moscada, Orégano, Dill (também chamado
de endro ou aneto), Melissa, Gerânio e Patchuli.
- Pressão Alta (e epilepsia): evitar Alecrim, Hortelã-Pimenta, Tomilho, Sálvia (exceto
Esclaréia), Noz-Moscada, Hissopo e Funcho Doce. (Há aromaterapeutas que questionam
o estudo de Valnet que apontou algumas das restrições acima listadas. Nós preferimos,
em matéria de segurança, escolher o conselho mais conservador).
- Pressão Baixa: evitar Manjerona e Ylang Ylang .
- Peles feridas: evitar Canela (todos os tipos), Cravo, Wintergreen, Capim-Limão e
Melissa.
- Coagulação (cirurgias ou uso concomitante com aspirina): evitar Canela (todos os tipos),
Cravo, Orégano, Wintergreen, Patchuli, Gengibre, Sempre-viva.
Relendo tudo isso, parece que a Canela é uma grande vilã, né?! Não é verdade!!! Na
🙉
- Porque OEs precisam ser diluídos para não provocarem reações em peles mais
1️🙉
sensíveis. Isso inclui pessoas com maior sensibilidade natural ou em razão da idade (ex:
bebês, idosos e crianças), mas também áreas do corpo com maior sensibilidade como o
uso facial e em mucosas.
- Porque alguns OEs são reconhecidamente fortes e capazes de provocar reações
2️🙉
mesmo em peles não sensíveis, por exemplo os OEs de: Canela, Cravo, Orégano,
Tomilho, Pimenta Preta, Gengibre, Eucalipto, Capim-Limão, Hortelã-Pimenta, Hortelã-
Verde, Funcho doce, Gerânio, Limão Tahiti, Bergamota e Cedro.
Há, contudo, outros óleos que não provocam reações em peles normais. Para sinalizar
isso dizemos em nossos posts da série Top50 que alguns “podem ser usados puros”.
Podem por não provocar reação na pele, mas ainda assim não devem! (pq? pelo próximo
motivo!)...
- Porque OEs contém substâncias químicas voláteis que se perdem no ar
3️🙉
moléculas orgânicas ativas existentes em uma única gota. Por exemplo, as propriedades
existentes em uma gota de Hortelã-Pimenta equivalem a que existem acumuladas em 28
xícaras de chá de hortelã. Assim sendo, a diluição em OCs permite melhor aproveitamento
desta potência, fazendo com que estas moléculas orgânicas ativas dos OEs se espalhem
e entrem em contato com uma superfície maior do nosso corpo, o que significa mais
células receptoras para assimilar suas propriedades.
A regra, portanto, é sempre diluir OEs em OCs! E é importante lembrar que OEs são
lipossolúveis, isto é, diluem em gorduras como óleos vegetais, cremes, manteigas, etc.
Mas não diluem em água.
E esta regra de sempre diluir tem raras exceções! Por exemplo, a Lavanda ou a Melaleuca
podem ser usadas puras para tratamento de uma área afetada da pele. Mas ainda assim,
para conter a volatilização, nós costumamos diluir em pelo menos um pouquinho de OC,
numa proporção de 1:1 (ou seja 50%). Importante você considerar que exceções como
esta somente quando orientado expressamente, do contrário para uso tópico o OE deve
ser sempre diluído, não apenas por economia destas preciosidades , mas
🙉
Costuma-se dizer genericamente que “em termos de diluição, menos é sempre mais”. De
um modo geral, pelos motivos já listados acima, isso é verdade! Contudo, no limite da
extrapolação deste ditado, uma gota de OE em um oceano de OC não faz muito sentido...
Então é preciso compreender as referências gerais de percentual de diluição (veja a
ilustração “esquemática” deste post, que fizemos com todo carinho para você guardar e
consultar sempre que precisar).
PROPORÇÃO
Esta é a terceira e última parte de uma sequência de posts na “terça da alquimia” em que
falamos sobre o aprendizado na arte de fazer “blends”, mantendo as propriedades
químicas, terapêuticas e aromas na sinergia desejada.
No primeiro post revelamos que um dos maiores segredos de uma boa sinergia está na
ordem em que são adicionados os óleos. No segundo post falamos da abordagem mais
conhecida das 3 notas aromáticas para harmonização entre os óleos com volatilização
diferentes. Hoje vamos falar de uma abordagem diferente e mais sofisticada de
ordenamento. (Em resumo, mais complicada também !)
🙉
Este método utiliza quatro classificações de sinergias, que serão apresentadas a seguir na
ordem que devem ser introduzidas na mistura dos óleos essenciais:
marcantes, que permanecem exalando seu aroma por muito tempo, com forte potencial
terapêutico.
*São exemplos: Canela, Cássia, Cravo, Vetiver, Sândalo, Cedro, Patchuli, Ylang Ylang,
Nardo, Copaíba, Mirra, Rosa, Hortelã-Pimenta
atuam para intensificar as propriedades dos outros óleos da sinergia. A sua fragrância não
é tão forte e tem duração (volatilidade) intermediária.
*São exemplos: Manjericão, Manjerona, Coentro, Tomilho, Petitgrain, Lavanda, Sálvia
Esclaréia, Gerânio, Hortelã-Verde, Melissa, Funcho Doce, Wintergreen
(química) entre os óleos contidos na sinergia. A sua fragrância não é forte e tem pouca
duração.
*São exemplos: Frankincense, Abetos Fir, Sempreviva, Camomila Romana, Cominho,
Orégano, Alecrim, Eucalipto, Pimenta Preta, Capim-Limão, Bergamota
O Modificador (“modifier”) – 5% da sinergia – óleos que tem uma fragrância mediana e
4️🙉
Passado o teste aromático (agradável?) avance para o teste tópico utilizando 20 gotas de
OEs (no total) em 50 mL de óleo carreador de sua escolha, armazenada em vidro âmbar.
Utilize na pele e espere o efeito completo para entender como se comportam os aromas,
sensações e efeitos de sua sinergia na pele ao longo do tempo.
Assim você terá a sinergia a 2% e você ainda tem 10 a 20 gotas para fazer eventuais
ajustes e correções e chegar a 3% a 4%, dependendo do uso. É como adicionar sal,
menos é mais, pois depois não tem como tirar...
E não tem receita precisa, são apenas técnicas de uma arte que você desenvolverá com
suas próprias características de personalidade, necessidade terapêutica e sensibilidade
aromática. Faça anotações para lembrar o que você fez, para repetir se ficar bom ou para
aprender quando não ficar!
Esta é uma pergunta super comum! E dentre as perguntas mais frequentes é a que faz
muitos de nós demorarmos em busca da melhor resposta e explicação.
Isso porque é uma resposta muito delicada, que desperta preocupações, mas que
🙉
🙉🙉A escola inglesa de Aromatólogos (ex: Tisserand) diz que há muitos riscos na
ingestão e, portanto, não recomenda e dá preferência aos caminhos externos: aromáticos
e tópicos. Há quem siga esta linha e exagere neste ponto de vista com uma interpretação
radical que os faz se manifestarem com vigor contrariamente ao uso interno.
Já para a mais tradicional escola da Aromaterapia, a francesa, é absolutamente
🙉🙉
natural e corriqueiro o consumo interno (oral, retal, e até vaginal) de um óleo certificado
como puro. Nesta linha, a ingestão é entendida como uma das formas fitoterápicas mais
antigas e difundidas de uso dos óleos essenciais. Mas muito cuidado com óleos
adulterados e diluídos em óleos vegetais ou pior, em compostos químicos utilizados na
perfumaria! É preciso que utilize uma marca comprometida com a qualidade!
Felizmente não há somente estas duas visões conflitando, sem tolerância e sem
vencedores. Há, finalmente, uma terceira visão intermediária - mais sensata e equilibrada -
que não nega tudo, nem tampouco libera tudo. Como diz o ditado em latim: a virtude está
sempre no meio do caminho... in médio virtus!
sendo este um terceiro ponto de vista que equaciona esta controvérsia. Por lá, o FDA (a
ANVISA deles) regulamenta quais são os óleos seguros para uso interno e quais não são.
E quase todos os óleos são testados e liberados, com exceção de alguns óleos, que por
diferentes motivos NÃO são seguros (Eucalipto, Cipreste, Cedros, Abetos “Fir”,
Wintergreen, dentre outros). Há também a categoria dos que não são restritos de modo
geral, mas que são proibidos na gravidez (Canela, Alecrim, Manjericão e Tomilho).
Os demais OEs (em especial os com constituição química de terpenos, álcoois e ésteres)
você poderia consumí-los internamente se fosse permitido legalmente, mas também não
seria de qualquer jeito.
Dizemos que não seria de qualquer jeito porque é sempre preciso considerar que estas
pequenas gotas são ricas em potência, tanto que podem corroer plásticos (Faça o teste
com o Lemongrass). Analogamente podem, facilmente, irritar seu sistema digestivo se não
forem adequadamente diluídas.
Mas o que mais preocupa é que a ingestão de OEs tem efeito cumulativo no organismo,
podendo gerar intoxicação em casos de uso constante ou em maior quantidade, em
especial os óleos ricos em fenóis (ex: orégano, tomilho, manjericão, cravo, canela) e
cetonas (ex: aneto, nardo, cominho).
Afinal, uma substância nunca é 100% inofensiva ou 100% nociva. O organismo humano
suporta uma substancia conforme a dosagem que pode absorver, mesmo as que nos
fazem bem.
🙉O Tylenol, por exemplo, é baseado em uma química de fenóis e pode (em excesso)
causar intoxicação do fígado. Como já falamos e repetimos, a diferença entre o remédio e
o veneno está na dose e, neste caso específico, no acúmulo de doses.
🙉Mas esse é um assunto sério que exige cuidado! Imagine o risco de OEs próximos do
alcance de crianças pequeninas, em especial um vidrinho de laranja doce, aquele aroma
gostoso associado ao hábito de mamar da criança... é um grande perigo! Por isso,
mantenha sempre seus óleos fora do alcance das crianças menores de 6 anos e explique
para as maiores sobre seus riscos!
É por tudo isso que, sem que haja educação e consciência de seu uso interno,
🙉🙉
achamos melhor mesmo que seja restrito seu uso interno. Assim é (e continuará sendo)
comum no Brasil ver OEs marcados com aviso para não ingerir, mesmo se tratando
exatamente dos mesmos OEs consumidos em outros lugares do mundo.
E pare para pensar... mesmo que fossem legalizados para consumo interno, todos nós –
Aromatólogos, Aromaterapeutas ou Aroma-educadores – teríamos receio de dizer que
alguém pode livremente consumir os OEs considerados seguros pelo FDA, sem entender
o caso específico da pessoa e acompanhar seu uso correto. Isso porque, o uso livre,
indiscriminado e não educado pode trazer diversos problemas para a pessoa (e uma crise
potencial para a percepção geral sobre a segurança do uso dos óleos).
Se um dia for liberado, certamente será para uso pontual em casos especiais e
tratamentos crônicos (ex: prazo máximo de uma semana a 28 dias, com intervalo para
melhor absorção do que já foi ingerido), em doses mínimas precisamente receitadas por
profissionais experientes (ex: uma gota para cada 20 Kg do paciente, no máximo de 4
gotas, 3x ao dia, sempre diluída em uma colher de mel ou de óleo de linhaça rico em
ômega 3) e somente para ajudar a tratar sintomas específicos (ex: Orégano com função
antibiótica, Melaleuca com função anti-inflamatória para a garganta, Capim-Limão para o
colesterol, etc.).
O primeiro que poderá vir a ser liberado, por ser um dos mais seguros e úteis para a
🙉
saúde, seria o consumo de uma gota de OE de Limão Siciliano pela manhã (misturado em
meio copo de água morna com mel - ou vinagre se for vegana - servido em uma xícara ou
copo de vidro). E mesmo assim, apenas durante 3 meses, fazendo então uma pausa de 6
meses antes de retomar (janela terapêutica para zerar seu efeito cumulativo).
🙉 A boa notícia é que não é preciso ingerir os OEs para ter seus efeitos desejados.
Inalar seus componentes químicos benéficos e passar na pele é melhor, ou ao menos
suficiente, na imensa maioria dos casos. Afinal, é preciso lembrar que a inalação dos OEs
são o caminho mais rápido para que produza efeitos no cérebro humano, e que a
aplicação de óleos essenciais na pele é absorvida pela corrente sanguínea em questão de
segundos, trazendo os benefícios necessários para o organismo sem o risco de
intoxicação (desde que respeitadas as proporções seguras).
Por todos estes motivos e riscos, e para que as pessoas não façam mal a elas mesmas
(por ignorância, imprudência ou desconhecimento), precisamos reconhecer a necessidade
de antes educar o uso interno correto e parcimonioso, orientado sob supervisão de um
profissional qualificado.
O uso interno só poderá, um dia, ser liberado se antes houver educação e conscientização
sobre o correto uso interno. E é justamente no intento de educar, conscientizar e enfrentar
este assunto de forma franca e direta, sem desrespeitar a legislação nacional da Anvisa,
que nossos posts dos TOP50 óleos essenciais falam de consumo interno com um tempo
verbal condicionado a sua aprovação legal. Mais do que isso, procuramos sempre ser
específicos no processo de esclarecer usos (e abusos) comuns dos OEs no mundo.
🙉Um singelo exemplo destas dicas, com risco praticamente nulo, é o uso esporádico de
uma ou duas gotas (no máximo) de óleos essenciais como substitutos de ervas em
receitas culinárias, que se volatilizam no calor trazendo um delicado sabor aos alimentos.
Então, para concluir esta prosa complexa – originada de um questionamento simples –
queremos retomar a pergunta do título deste post e oferecer uma resposta igualmente
simples e direta...
Para extrair estes OEs há 7 (sete) formas. Vamos falar um pouquinho sobre cada uma
delas, da mais simples e comum à mais sofisticada e rara.
🙉Importante perceber que a qualidade dos óleos obtidos de uma mesma planta varia
muito conforme o método de extração utilizado, que podem alterar drasticamente a
composição de um OE.
1️🙉 PRENSAGEM A FRIO
É o principal método para obter óleos essenciais da casca de frutos cítricos (e somente
deles).
Como eles ficam próximos da superfície para proteger o fruto, são feitos pequenos
furinhos na casca (escarificação) e depois prensados pelo método de esponja ou abrasão,
sendo que o primeiro produz os óleos mais puros.
Você pode experimentar a obtenção de gotículas de óleo sempre que espremer a casca
de uma fruta cítrica (como aparece no início do vídeo que postamos na tarde desde
domingo).
A fotosensibilidade destes óleos é presente apenas neste método, já que nele se produz
uma substância chamada “furanocumarina”. O mesmo não ocorre se os cítricos forem
destilados à vapor. A destilação, contudo, tem grande desvantagem por elevar a
temperatura de óleos e sujeita-los a oxidação precoce, não sendo ideal para os cítricos. É,
contudo, a melhor forma para outros, como vamos apresentar a seguir.
3️🙉 HIDRODESTILAÇÃO
Assemelha-se muito ao método acima, mas nele os dois primeiros caldeirões se juntam.
As plantas são cobertas de água e o caldeirão é fechado para depois ser aquecido. A
planta é cozida para soltar seus óleos que depois são resfriados junto com a água.
É um método mais simples, mas produz um óleo de qualidade inferior por poder ser
danificado pelo excesso de exposição ao calor, o que é mitigado quando utilizado o
arraste a vapor injetado sob pressão para uma rápida extração.
Há ainda o risco da água evaporar completamente queimando as plantas, o que produz
um odor característico de queimado, muito comum em OEs de qualidade inferior
existentes no mercado. Substâncias essas muitas vezes prejudiciais à saúde.
Mais um exemplo do barato saindo caro para a sua saúde! Não cansamos de repetir o que
já está virando um mantra em várias postagens: “Quando se trata de óleos essenciais,
qualidade tem preço e vale a pena pagar! A diferença de preço por gota, comparando um
óleo ruim e um óleo de qualidade, é sempre de centavos!”.
6️🙉 ENFLEURAGE
É o método apresentado no filme que indicamos no sábado! Indicado para as flores mais
delicadas, com menor perda de suas propriedades aromáticas e químicas.
Consiste em usar outra gordura para transferir o óleo. Embora possa ser usado uma
gordura vegetal (ideal para a cultura vegana), é preciso reconhecer que as melhores
extrações se dão tradicionalmente com gordura animal (ex: banha de porco).
No caso de flores frescas, por exemplo, as pétalas são colocadas sobre uma placa de
vidro com gordura, que vai absorver o óleo das flores, que são substituídas por flores
novas todos os dias, até que a concentração certa seja obtida.
Depois de alguns dias, a gordura é filtrada e destilada. O concentrado oleoso que resulta
desse processo é misturado ao álcool e novamente destilado. O produto final é o óleo das
flores.
7️🙉 ATTAR
Método de origem indiana utilizado há séculos para obtenção de sinergias de plantas
nobres como Rosas, Jasmim e Néroli (flor da laranjeira). São obtidos através da extração
em puro óleo essencial de Sândalo... imagina que preciosidade?
o quanto esses cremes com código de barras fazem mal pra nossa pele, principalmente a
do rosto, ficariam sem dormir e ganhariam olheiras horrorosas! kkkk
OBS: Como não queremos isso para nossas lindas amigas da comunidade, acreditem e
reduzam ao máximo o uso destes! Mas um alerta... vai piorar um pouco antes de melhorar
muuuuuito! A pele certamente vai estranhar no começo e passar por um processo de
desintoxicação (algumas mulheres relatam ter um período de até 10 dias de adaptação,
com aparecimento inclusive de espinhas - melaleuca pura nelas!), mas tenham calma que
depois desse período tuuudo vai ficar bem.
Já falamos sobre usar óleo vegetal para a limpeza do rosto, inclusive da maquiagem, mas
vou reforçar: usem óleo de coco ou de amêndoas diariamente para a limpeza da face.
Além de retirar todas as impurezas, vai hidratar a pele. Lave o rosto em seguida com
sabonetes neutros e/ou naturais. Dessa forma você evita deixar excessos de óleo vegetal
no rosto e mantém a pele hidratada e limpa.
A terceira dica é a mais negligenciada. Sei que poucas de vocês fazem a tonificação
3️⃣
adequada, mas essa é uma etapa extremamente importante para fechar os poros e evitar
que eles inflamem com a sujeira que circula pelo ar. No próximo domingo (como mais um
presente de Natal) vamos ensinar uma receita maravilhosa e fácil de tônico facial natural
(não percam!!!).
E agora... depois de estar com a pele hidratada, limpa e tonificada, podemos pensar nos
tratamentos que queremos.
Com um pequenino porém... para cada tipo de pele temos diferentes opções para incluir
os óleos essenciais.
🙉 Agora que você já pode pensar nos tipos de aplicações e nos tipos de pele da sua
cútis, releia o nosso post sobre os Óleos Carreadores do dia 09 de dezembro para pensar
nas vitaminas que vai querer incluir em sua formulação e nas aplicações que já sugerimos.
Mas antes, para ajudar na decisão e deixar vocês ainda mais pensativas, vou listar alguns
óleos com algumas possíveis sugestões.
- ALECRIM: eliminação de toxinas
- BERGAMOTA: antiséptico (mas cuidado p/ não se expor ao sol !)
- GERÂNIO: dá tônus e equilibra a oleosidade (muita cautela em peles sensíveis)
- LAVANDA: calmante, regulador e regenerador celular, antiséptico
- MELALEUCA: anti-inflamatório
- PATCHULI: cicatrizante
Óleos essenciais são riquezas naturais, preciosidades disponíveis para nossa saúde e
que, no passado, já valeram seu peso mais do que o próprio ouro. Não à toa, chamamos
carinhosamente o local que os armazenam de caixinha dos tesouros.
Nesta terça da alquimia, no “day after” do Natal, vamos falar como preservar as
propriedades químicas dos seus óleos essenciais e, ao mesmo tempo, qual a melhor
forma de guardar os seus óleos essenciais, presentes da terra, que toda vez que
recebemos pelo correio em nossa casa sentimos como se fosse novamente o Natal.
O fato é que óleos essenciais (puros) podem ser preservados por um longo período, com
validade marcada em cada vidrinho (5 a 10 anos) por força das exigências dos órgãos
reguladores, mas sendo praticamente indeterminada se bem armazenado. Isso, contudo,
não vale para óleos vegetais carreadores que podem se tornar rançosos ou para
hidrolatos que perdem a validade muito rapidamente.
Uma armazenagem correta começa muito antes da caixinha em si, começa pelo recipiente
que guarda cada óleo. Como são materiais muito voláteis, em especial os óleos com
química de monoterpenos, precisam ser guardados bem fechados para que não volatilize
e perca no ar seus componentes químicos. Estes componentes podem ser facilmente
sentidos e aproveitados (reduzindo desperdícios) toda vez que abrimos um vidrinho e
inalamos seu aroma.
Mais do que isso, a recomendação de armazenamento de cada óleo é sempre em frascos
de vidro na cor âmbar, que protegem os óleos da reação com a embalagem e com a luz.
A proteção em relação à luz e ao calor é especialmente importante nos óleos essenciais
cítricos e para a Melaleuca (Tea Tree) que tem maior facilidade de oxidação e, como tal,
possuem uma validade menor que outros OEs. Por outro lado, estes são óleos mais
baratos e normalmente consumidos mais rapidamente.
Você consegue perceber que um óleo oxidou pois ele perde todo o brilho olfativo,
facilmente perceptível quando comparado a um óleo essencial bem preservado. Pode
também mudar de densidade (fica mais fino) e cor (fica mais opaco), mas o principal é a
perda do aroma vivo e do seu potencial terapêutico. Neste caso precisa ser dispensado,
pois o Limoneno oxidado forma um componente químico mais agressivo à pele e
levemente tóxico para o organismo.
Estando bem protegidos em suas respectivas embalagens, o passo seguinte é a escolha
de um local para guardar e organizar seus óleos. A preocupação, neste momento, deve
ser em conservar seus óleos de temperaturas maiores, oscilações de temperatura,
exposição constante à luz e rompimento dos vidros em caso de choque ou queda.
Por todos estes motivos listados acima, a recomendação é que para sua coleção principal
de OEs em casa ou em seu local de trabalho você dê preferência ao armazenamento em
caixas fechadas de alguma madeira com subdivisões entre cada um dos óleos também
em madeira.
Uma caixa de madeira (em especial se for uma madeira mole como o pinho) protege da
luz, do calor e das quebras em um manuseio normal diário. Já o tamanho desta caixa vai
depender do tamanho da sua coleção atual ou futura.
Há caixinhas de madeira de todos os tamanhos, sendo mais comuns as de 25 óleos (5x5)
e as maiores que comportam 85 a 116 óleos (10x10, com variações na configuração de
um quarto da caixa). Há também variações de formatos, com caixas com diversas gavetas
e compartimentos.
No entanto, para transporte em viagens ou para levar para atendimento domiciliar, as
caixas de madeira acabam ficando muito pesadas e protegendo menos os óleos dos
choques. Para este caso de armazenagem temporária, a preferência deve ser por estojos
com espuma dentro e orifícios circulares para cada um dos óleos ser armazenados
isoladamente (bem fechados para não vazar). Estes são bem mais leves, práticos e
protegem perfeitamente os óleos de qualquer choque ou acidente no caminho.
Muitos kits iniciais de óleos essenciais já fornecem difusores sônicos e suas próprias
caixinhas gratuitamente. Ainda assim, se você preferir, ambas as caixinhas e estojos de
espuma podem ser adquiridas em diversos modelos e tamanhos e compradas em sites
internacionais como Amazon (EUA) e Aliexpress (China). Qualquer dúvida ou dica a este
respeito, podem contar conosco.
Um último aspecto secundário, mas que achamos muito útil na armazenagem, são os
adesivos coloridos com a identificação do nome de cada um dos óleos essenciais (melhor
ainda se conseguir organizar seus óleos em fileiras de cítricos, florais, ervas, raízes, etc.).
Assim você não precisa ficar desnecessariamente movimentando todos os óleos da caixa
até achar em letras miúdas o OE que estava procurando.
Por curiosidade, temos duas caixas de madeira, uma adaptada para 116 óleos (na foto) e
outra de 25 óleos (que ficou pequena rapidamente). Temos ainda 3 estojos de viagem de
16 (4x4) e um de 30 (5x6), além de 4 estojos especiais para nossos blends de rollon em
10 mL mantidos junto à caixa principal de 116.
Os estojos de 16 são os que estão com óleos repetidos no quarto, no banheiro e no
escritório. Finalmente, o de 30 é o que utilizamos para viagem ou quando vamos em
algum lugar dar aula introdutória sobre óleos essenciais. Neste caso são 3 óleos
essenciais que utilizamos (Lavanda, Laranja e um blend respiratório chamado Breathe).
Normalmente 10 de cada, estando 9 lacrados prontos para serem vendidos isoladamente
para alguém que se interessar.
Para finalizar, há quem advogue em favor de manter os óleos refrigerados, em especial os
que oxidam mais fácil (cítricos e Melaleuca). Nós concordamos parcialmente com isso.
Também achamos melhor desde que você armazene em uma caixa de madeira menor
(como acabamos fazendo com a nossa de 25 que guardam cítricos e vidrinhos de
Melaleuca ainda lacrados) em nossa adega de vinhos. Mas...
O que não aconselhamos é manter eles soltos na porta da geladeira, pois neste local eles
estão sujeitos à oscilação brusca de temperatura, exposição à luz da geladeira e externa,
além de acidentes. Também a mistura dos óleos e da madeira com os alimentos frescos
do dia a dia nos parece inadequado.
Mas não é necessária paranoia quanto a refrigeração, salvo se você morar em local muito
quente (sem ar condicionado). Tanto que os nossos cítricos e Melaleuca que estão em
uso deixamos normalmente na caixa de madeira que fica ao abrigo do sol em local fresco,
sem qualquer problema.
A única vez que perdemos um óleo oxidado foi quando esquecemos um OE de Laranja no
carro (que usamos no difusor que temos no carro) e ele ficou no console exposto ao
imenso calor, à claridade e aos raios solares. De resto, nunca tivemos qualquer problema.
BEBÊS
🙉🙉
Eles são umas fofuras e merecem todos os melhores óleos do mundo... não é mesmo?
NÃO! Calma, eles são sim umas fofuras, mas ainda são frágeis e precisam cuidado e uma
introdução mais lenta e saudável ao mundo dos óleos essenciais. Em vários lugares você
vai ler o discurso fácil de que óleos são proibidos para bebês e crianças menores de 6
anos. Na dúvida é melhor dizer isso para proteger os pequeninos. Mas para quem estuda
é possível aprender a diferenciar o que pode e o que não pode. Alguns pontos a saber:
- Até os 3 meses a criança está ainda desenvolvendo seus pulmões, não devendo utilizar
a difusão de óleos indiscriminadamente. Uma única exceção para difusão (noturna depois
da última mamada e antes dos pais irem dormir) é a difusão de uma única gota durante 20
minutos (e não mais do que isso). Para estes casos é recomendado e aberta a exceção
apenas para o uso de Lavanda ou Camomila Romana, que vão ajudar o sono melhor do
bebê (e dos pais, rs!).
- Também é melhor evitar qualquer uso tópico de óleos até os 3 meses. Passado o
primeiro trimestre é até recomendado ou uso diluído da lavanda a 1% em óleo carreador
(passado na sola dos pesinhos fofos) ou uma gotinha diluída em um “tiquinho” de sais de
banho (nunca utilize puro na água pois o óleo se concentrará na superfície e poderá
encontrar a pele de seu bebê com alta concentração em alguns pontos de sua pele
sensível). A cada 3 meses pode acrescer uma gota a mais neste banho, sempre diluída!
Ou seja, duas gotas aos 6 meses, 3 aos 9 e assim por diante (mas não precisa mais que
3...).
- Até os 6 meses será preciso evitar o uso tópico de óleos cítricos com fotosensibilidade,
pois os bebês devem tomar um pouquinho de sol todos os dias nesta fase. O uso
aromático destes, contudo é livre. Mesmo depois cuidado com os óleos cítricos e
exposição ao sol!
- O óleo de Canela (todos os tipos) é proibido em todos os seus usos até o bebê completar
6 meses, quando pode ser usado com muita cautela (e somente se necessário).
- O que pode vir para você como uma surpresa, e para nós foi, é a restrição do uso do
Olíbano (incenso) e Mirra em crianças até 2 anos. A Bíblia conta que foram presenteados
estes dois óleos (ou as resinas, não fica claro) ao menino Jesus. Elas tem propriedades
maravilhosas, mas são potentes demais e tem potencial de intoxicação. Portanto não deve
ser um ritual* diário oferecer a seu pimpolhito os presentes dos reis magos... combinado?
*Se necessário utilizar ou quiser simbolicamente usar no dia do batismo, dilua uma gota
de cada óleo essencial em uma colher de sopa de óleo carreador e passe somente na
sola dos pés da criança. Vai fazer bem a ela, mas deixe uma nova dose somente para
quando ela completar 2 anos e principalmente quando ela estiver doentinha e precisar de
uma recuperação de imunidade. Para quem tem fé, e todos os pais tem fé quando se trata
da saúde da prole, é um bom momento para uma oração pela recuperação deles ungindo
eles com o óleo que recebe toda sua energia de amor antes de passar na sola de seus
pesinhos. Uma alternativa menos restritiva na linha dos óleos espirituais é o Sândalo (já
publicamos tudo sobre ele na última sexta!) que pode ser usado com modicidade após o
bebê completar 6 meses.
- Até os 2 anos outros óleos são restritos e proibido o uso tópico pelo seu potencial de
intoxicação (pode usar estes óleos mais fortes em difusão aromática após os 6 meses,
mas somente se necessário e por até 20 minutos): Canela, Olíbano e Mirra (já falamos!),
mas também... Cravo, Pimenta Preta, Orégano, Tomilho, Manjericão, Melissa, Capim-
Limão, Patchuli, Ylang Ylang, Salvia, Junípero, Copaiba, Gengibre, Vetiver, Verbena e
Hissopo.
desespero… vou ensinar uma receitinha muuuito simples, fácil e deliciosa para o corpo e
mente. 🙉 ✍🙉
100 mL de Aloe Vera (você pode usar a própria Babosa, quem tiver facilidade de encontrar, ou
🙉
pode usar em formato gel ou creme). É bem fácil encontrar em farmácias e casas naturais.
10 gotas de Óleo Essencial de Lavanda
🙉
Você também pode usar os mesmos óleos essenciais com 100 mL de algum óleo vegetal que tenha
vitamina E para auxiliar na reconstituição da pele danificada e evitar a ação de radicais livre.
Sugestões: Óleos de Abacate, Rosa Mosqueta e Semente de Uva. (Neste caso sobre a dose de OEs
para ficar com concentração de 2%)
E também pode abusar de hidrolatos que refresquem a pele, como Capim-limão. Mas fique de olho
na validade deles!
Esta é uma pergunta super comum! E dentre as perguntas mais frequentes é a que faz
muitos de nós demorarmos em busca da melhor resposta e explicação.
Isso porque é uma resposta muito delicada, que desperta preocupações, mas que
🙉
🙉O Tylenol, por exemplo, é baseado em uma química de fenóis e pode (em excesso)
causar intoxicação do fígado. Como já falamos e repetimos, a diferença entre o remédio e
o veneno está na dose e, neste caso específico, no acúmulo de doses.
🙉Mas esse é um assunto sério que exige cuidado! Imagine o risco de OEs próximos do
alcance de crianças pequeninas, em especial um vidrinho de laranja doce, aquele aroma
gostoso associado ao hábito de mamar da criança... é um grande perigo! Por isso,
mantenha sempre seus óleos fora do alcance das crianças menores de 6 anos e explique
para as maiores sobre seus riscos!
É por tudo isso que, sem que haja educação e consciência de seu uso interno,
🙉🙉
achamos melhor mesmo que seja restrito seu uso interno. Assim é (e continuará sendo)
comum no Brasil ver OEs marcados com aviso para não ingerir, mesmo se tratando
exatamente dos mesmos OEs consumidos em outros lugares do mundo.
E pare para pensar... mesmo que fossem legalizados para consumo interno, todos nós –
Aromatólogos, Aromaterapeutas ou Aroma-educadores – teríamos receio de dizer que
alguém pode livremente consumir os OEs considerados seguros pelo FDA, sem entender
o caso específico da pessoa e acompanhar seu uso correto. Isso porque, o uso livre,
indiscriminado e não educado pode trazer diversos problemas para a pessoa (e uma crise
potencial para a percepção geral sobre a segurança do uso dos óleos).
Se um dia for liberado, certamente será para uso pontual em casos especiais e
tratamentos crônicos (ex: prazo máximo de uma semana a 28 dias, com intervalo para
melhor absorção do que já foi ingerido), em doses mínimas precisamente receitadas por
profissionais experientes (ex: uma gota para cada 20 Kg do paciente, no máximo de 4
gotas, 3x ao dia, sempre diluída em uma colher de mel ou de óleo de linhaça rico em
ômega 3) e somente para ajudar a tratar sintomas específicos (ex: Orégano com função
antibiótica, Melaleuca com função anti-inflamatória para a garganta, Capim-Limão para o
colesterol, etc.).
O primeiro que poderá vir a ser liberado, por ser um dos mais seguros e úteis para a
🙉
saúde, seria o consumo de uma gota de OE de Limão Siciliano pela manhã (misturado em
meio copo de água morna com mel - ou vinagre se for vegana - servido em uma xícara ou
copo de vidro). E mesmo assim, apenas durante 3 meses, fazendo então uma pausa de 6
meses antes de retomar (janela terapêutica para zerar seu efeito cumulativo).
🙉 A boa notícia é que não é preciso ingerir os OEs para ter seus efeitos desejados.
Inalar seus componentes químicos benéficos e passar na pele é melhor, ou ao menos
suficiente, na imensa maioria dos casos. Afinal, é preciso lembrar que a inalação dos OEs
são o caminho mais rápido para que produza efeitos no cérebro humano, e que a
aplicação de óleos essenciais na pele é absorvida pela corrente sanguínea em questão de
segundos, trazendo os benefícios necessários para o organismo sem o risco de
intoxicação (desde que respeitadas as proporções seguras).
Por todos estes motivos e riscos, e para que as pessoas não façam mal a elas mesmas
(por ignorância, imprudência ou desconhecimento), precisamos reconhecer a necessidade
de antes educar o uso interno correto e parcimonioso, orientado sob supervisão de um
profissional qualificado.
O uso interno só poderá, um dia, ser liberado se antes houver educação e conscientização
sobre o correto uso interno. E é justamente no intento de educar, conscientizar e enfrentar
este assunto de forma franca e direta, sem desrespeitar a legislação nacional da Anvisa,
que nossos posts dos TOP50 óleos essenciais falam de consumo interno com um tempo
verbal condicionado a sua aprovação legal. Mais do que isso, procuramos sempre ser
específicos no processo de esclarecer usos (e abusos) comuns dos OEs no mundo.
🙉Um singelo exemplo destas dicas, com risco praticamente nulo, é o uso esporádico de
uma ou duas gotas (no máximo) de óleos essenciais como substitutos de ervas em
receitas culinárias, que se volatilizam no calor trazendo um delicado sabor aos alimentos.
Então, para concluir esta prosa complexa – originada de um questionamento simples –
queremos retomar a pergunta do título deste post e oferecer uma resposta igualmente
simples e direta...