CLC 6 - Material de Apoio
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Núcleo gerador: Urbanismo e Mobilidade
Domínio de Referência: DR1/DR2 – Contexto Privado/Profissional
Temas: Construção e Arquitectura / Ruralidade e Urbanidade
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URBANISMO E MOBILIDADE
Formador
Cursos EFA – NS
Cultura Língua e Comunicação João Inácio
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ALGUNS CONCEITOS…
Urbanismo – o estudo das cidades; ciência que estuda os métodos que permitem adaptar
as cidades às necessidades dos homens; conjunto das questões relativas à estética e à
ordenação das cidades; estilo de vida, valores e atitudes próprios dos habitantes das
cidades.
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ARQUITECTURA
A arquitectura teve início quando o Homem começou a elaborar construções que tinham
como objectivo protegê-lo do clima (i.e. do calor, frio, chuva, neve, etc.), dos predadores
e de outros seres humanos.
ESTILO ARQUITECTÓNICO
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SUSTENTABILIDADE
As 5 leis da sustentabilidade:
1. Qualquer sociedade que use continuamente recursos críticos de modo insustentável, entrará em colapso.
2. O crescimento populacional e/ou o crescimento das taxas de consumo dos recursos não é sustentável.
3. Para ser sustentável, o uso dos recursos renováveis deve seguir uma taxa que deverá ser inferior ou igual
à taxa de reposição.
4. Para ser sustentável, o uso de recursos não-renováveis tem de evoluir a uma taxa em declínio, e a taxa de
declínio deve ser maior ou igual à taxa de esgotamento (depletion rate).
5. A sustentabilidade requer que as substâncias introduzidas no ambiente pela actividade humana sejam
minimizadas e tornadas inofensivas para as funções da biosfera.
CIDADE SUSTENTÁVEL
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> Tratamentos terciários de efluentes; utilização de > Descarga de efluentes em corpos ou cursos de água
métodos naturais de tratamento de efluentes sem existir tratamento ou com baixo nível de tratamento.
> Superfícies que reduzem infiltração; interrupção e/ou
> Protecção e utilização de sistemas hidrológicos naturais
usurpação de cursos de água naturais.
> Espaços abertos naturais; protecção de zonas húmidas, > Destruição da paisagem natural; criação de paisagens
florestas, vales, habitats, uso de compostos, biomassa, com espécies exóticas; uso excessivo de químicos,
gestão integrada de pesticidas, etc. fertilizantes, herbicidas e pesticidas.
Fonte: Sustainable Communities Resource Package | Sustainable Cities - Environmentally Sustainable Urban Development
CITAÇÕES
"A Arquitectura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o
propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e
visando a determinada intenção.” (Luís Costa)
“A Arquitectura é uma longa hesitação entre forma e função”. (Pedro Vieira de Almeida)
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O MEIO URBANO
O espaço urbano corresponde a um modo de vida, e é sobretudo um espaço denso onde
se concentra um certo número de funções e actividades.
Para Fischer, o contexto urbano representa o principal foco das nossas vidas, visto que
“as nossas sociedades são cada vez mais sociedades urbanas e a cidade é um fenómeno
social maior que determina modos de vida específicos e é a expressão de um acto de
civilização.”
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DESAFIOS DA URBANIZAÇÃO
A decadência nos centros urbanos tem vindo a aumentar ao longo dos tempos de uma
forma galopante, ou seja, a desorganização social, económica e politica leva uma grande
parte dos indivíduos a refugiarem-se nas periferias destes centros, na expectativa de
alcançarem uma maior estabilidade na sua vida. No entanto, segundo Cusson, “esse
objectivo não é alcançado, uma vez que existe uma polidelinquência de efeitos no espaço
social, logo, o refugio total não é atingível, por conseguinte, o vandalismo, os assaltos e
outros crimes, para além de serem frequentes nos centros urbanos, acabam também por
se expandir para as periferias.”
Cusson destaca a influência das ruas, parques e praças sujos e degradados, desfigurados
pelo lixo, pelos graffitis e pela predominância de edifícios degradados como factores
influentes no desenvolvimento da criminalidade.
Cabe por isso esta luta a todos nós enquanto cidadãos pertencentes a uma comunidade,
no entanto, este esforço de partida deve surgir por parte das entidades competentes
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O URBANISMO MODERNO
Segundo Wirth, a população residente no meio urbano é caracterizada por relações fracas
devido ao facto da população se mobilizar com maior frequência, devido ao clima de
competição. Devido a esta mobilidade, o carácter impessoal é fortemente visível nas
relações interpessoais, bem como na vida social em geral nas sociedades modernas.
Contudo, não se pode generalizar porque mesmo caracterizando a sociedade urbana
como impessoal encontram-se formas de relacionamento tradicional entre a família e
ainda laços de amizade entre comunidades.
CITAÇÕES
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A QUALIDADE DE VIDA
Antigamente, o homem satisfazia-se apenas com a sobrevivência. Actualmente, o homem
passou a aspirar a algum conforto pessoal, para além da preocupação natural com a
própria sobrevivência, a família e a comunidade, diante de um mundo que poderia
oferecer muita comodidade com o consumo de produtos de toda natureza. Subentendia
que tudo isto iria satisfazê-lo a si e o afecto dos que lhes eram queridos.
Nos dias de hoje, o excessivo crescimento tecnológico criou um meio ambiente, no qual a
vida se tornou física e mentalmente comprometida – ar poluído, ruídos,
congestionamento de trânsito, e outros factores stressantes físicos e psicológicos,
passaram a fazer parte da vida quotidiana da maioria das pessoas. A nossa obsessão pelo
crescimento económico e emergência pessoal, subjugados por um sistema de valores de
uma sociedade altamente competitiva, na qual o principal objectivo passou a ser a busca
desmesurada por dinheiro, prestígio e poder.
Actualmente, embora exista um descontentamento geral a maioria das pessoas ainda não
percebe quão profundamente a vida é influenciada por complexos factores. Prefere-se
falar em hipertensão, stress, doenças cardíacas, etc., como algo fisiológico e isolado, ao
invés de conceber uma visão holística da saúde e promover uma transformação social e
cultural.
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A CULTURA DO STRESS
A espiral da fadiga desenvolveu-se como o efeito de uma bola de neve desde o tempo das
cavernas, para chegar ao auge do período em que vivemos.
O homem primitivo trabalhava apenas vinte horas por semana, caçando animais nas
proximidades e colhendo frutos das árvores. Embora também estivesse sujeito ao stress
pelo medo dos predadores, tempestades e tribos inimigas, o número de agressões que
sofria diariamente era bem mais reduzido.
Para viver bem é preciso ganhar bem, o que obriga o homem ao contínuo
aperfeiçoamento e competição desenfreada para ficar empregado ou ter ganhos
financeiros importantes. A vida tornou-se acelerada demais para o ritmo do corpo
humano, levando a frequentes problemas de adaptação fisiológica, mental e psicológica.
A informática, o fax, o telemóvel e os pagers deixam a pessoa ligada ao trabalho 24 horas
por dia, sempre em alerta. É muito pior que trabalhar 12 horas seguidas, e depois ir para
casa relaxar.
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Esta realidade múltipla presente nas sociedades modernas e, também em Portugal, indica
que necessitamos de uma educação que atenda às diferenças culturais resultantes desta
multi-presença cultural. No entanto, devemos levar ainda em consideração que dentro de
uma cultura existem muitas culturas, resultantes não somente de diferenças étnicas-
raciais, mas também de diferenças de regiões geográficas, de gerações, de género, de
classe, de religião, entre outras.
Tabela 1 – Aspectos positivos e negativos das migrações para os migrantes, para os países
de origem e para os países de acolhimento.
+ Cultura como
- Choque cultural + Difusão da + Diversidade - Choque
Cultural recurso
- Aculturação cultura e língua
- “Estrangeirados”
criativa civilizacional
integrador
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Entretanto, deve-se lembrar também que, frequentemente, por trás das migrações
escondem-se aspectos negativos ou de conflito, como a expulsão do lugar de residência,
o desenraizamento cultural, a perda da estrutura identitária e religiosa, a exclusão social,
a rejeição e a dificuldade de inserção no lugar de chegada. Hoje, em geral, a migração não
é consequência de uma escolha livre, mas tem uma raiz claramente obrigatória. A maioria
dos migrantes é impelida a abandonar a própria terra ou o próprio país, em busca de
melhores condições de vida e fugindo de situações de violência estrutural e doméstica.
Este é um grande desafio, pois “migrar” é um direito humano, mas “fazer migrar” é uma
violação dos direitos humanos!
CITAÇÕES
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BIBLIOGRAFIA
LIVROS
Barracho, C. (2001). Psicologia Social: Ambiente e Espaço: Conceitos, Abordagens e Aplicações. Lisboa:
Instituto Piaget.
Braga, A. (2005). O estresse forte e o desgaste geral. Consult. 21 Maio de 2008, disponível em:
http://www.psicologia.com.pt/artigos/ver_artigo_licenciatura.php?codigo=TL0026&area=d2&subarea
PÁGINAS WEB
> Wikipedia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Urbaniza%C3%A7%C3%A3o
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