Servir para Liderar
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Servir para Liderar
SAÚDE
SERVIR PARA LIDERAR
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P842s Servir para liderar / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação,
2013.
93p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-673-0
CDD 158.4
SUMÁRIO
2 LIDERANÇA .............................................................................................................................26
2.3.2 Viva o problema do outro, busque a solução como se fosse para você ....................................43
2.4.1Paciência .....................................................................................................................................49
2.4.2Gentileza ......................................................................................................................................51
2.4.3Humildade ....................................................................................................................................53
2.4.4Respeito .......................................................................................................................................55
2.4.5Altruísmo ......................................................................................................................................56
2.4.6Perdão .........................................................................................................................................59
2.4.7Honestidade .................................................................................................................................59
2.4.8Compromisso ...............................................................................................................................61
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2.4.9Quadro Resumo...........................................................................................................................62
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................93
1 SERVIR PARA LIDERAR
Por que aprender a ser um líder ? Aprender a ser líder ? Sim, Aprender a ser
líder. Uma das “lendas” nesse assunto é de que o líder nasce pronto, quem nunca ouviu frases
do tipo: “Ele é um Líder nato” ou então “Ele têm espírito de Liderança” ? Esses tipos de
afirmações têm fundamento, mas não são restritivas, ou seja, líderes podem ser formados e a
gestão de equipe atualmente exige líderes e com um estilo muito bem definido. Veremos que
existem vários tipos de liderança e suas características.
Em qualquer área, na qual queira obter mais influência, você deve se tornar um
líder. Como podemos definir liderança, um dos assuntos mais abordados na área empresarial.
Seria ter Carisma ? Ou quem sabe ser Influente ? Será que preciso causar Inspiração ? Preciso
ser excelente no Desempenho da minha função ? As respostas para essas perguntas pode até
nos ajudar a ser líder, mas isso é tudo ?
Existem muitas razões para você iniciar a jornada. Existem muitas estradas,
muitos destinos e muitas maneiras de viajar.
Em segundo lugar, o líder inspira outros para juntar-se a ele na estrada, então
liderança envolve habilidades de comunicar e influenciar.
Em terceiro lugar, um líder precisa olhar para frente, bem como prestar atenção
onde ele esteve e onde ele está agora. O líder vê além da situação imediata. Ele vê o contexto
da jornada inteira. Isso significa que ele precisa compreender o sistema do qual faz parte, ver
além do óbvio, sentir como os eventos se conectam a padrões mais profundos, enquanto outros
apenas veem acontecimentos isolados. Liderança é uma combinação de quem você são é,
habilidades e talentos que você tem e a sua compreensão da situação ou do contexto em que
você está. Embora esses elementos sejam universais, você juntará as peças de uma maneira
única.
A palavra gerenciar tem uma história interessante. Ela deriva da palavra italiana
“maneggio” que significa treinar um cavalo. Existe uma necessidade de liderança nos negócios,
ao mesmo tempo existe um vazio sobre o que isso significa na prática e como fazer mudanças.
VELHO PARADIGMA
Cliente
(Inimigo)
A liderança se transformou ao longo do tempo e ocorreu uma diversificação muito
grande de estilos de liderança, veremos a seguir alguns exemplos de estilo de liderança. Quero
deixar claro que não existe melhor ou pior estilo e sim estilo predileto. A liderança não é uma
ciência exata e dependendo da empresa, do líder e da equipe aplica-se melhor um estilo de
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liderança, mas quero deixar bastante claro que o líder possui seu estilo próprio e nesse curso
estaremos focando o estilo de liderança servidora.
NOVO PARADIGMA
9
Cliente
Como vimos no tópico anterior, palavras como Habilidade e influenciar não podem
faltar em qualquer definição de liderança, mas caráter é algo imprescindível em uma liderança.
Para exemplificar a definição de amor, vamos a dois exemplos dado por Hunter
sobre esse “tipo de amor”.
Inicialmente a estória de São Francisco de Assis onde pediu aos seus seguidores
que pregassem o evangelho em todas as ocasiões, locais e para todas as pessoas, mas com
uma pequena ressalva, só usassem palavras quando fosse necessário.
Se você acha que a liderança servidora é para ser aplicada apenas no trabalho ou
na empresa, engano seu. Quando somos pais, pastores, educadores e diversas outras posições
na sociedade precisam pensar como líderes servidores, pois é assim que nossos liderados
esperam que nos comportemos.
Nossos filhos por exemplo nos tomam de exemplo para ter um espelho, alguém a
seguir, e se utilizamos os princípios básicos da liderança servidora, amor e caráter, fatalmente
estaremos formando pessoas decentes e muito provavelmente futuros líderes.
Portanto, temos uma conta corrente com cada pessoa e os “saldos” de nossa
conta corrente podem ser negativos com uns e positivos com outros. Isso é o que determina se
temos “crédito” com as pessoas e eles nos consideram, se farão algo pela gente ou até mesmo
se nos respeitarão.
O líder busca sempre ter saldos positivos com todos, só assim o time estará junto
ao líder em qualquer situação. Essa metáfora de conta corrente não se aplica apenas na
empresa, mas em casa com a esposa ou marido, com os filhos, amigos e com qualquer pessoa.
Então, pense muito bem como anda a sua conta corrente com determinada pessoa e se tem
feito mais retiradas do que depósitos.
CHEFE LÍDER
Fiscaliza Acompanha
Outro exemplo é o atual técnico da seleção feminina de vôlei, José Roberto, que
em 1992 era técnico da seleção masculina e “comandou” a seleção de vôlei nas olimpíadas para
a conquista da medalha de ouro, fato inesperado, pois estávamos passando por uma renovação
na seleção. O fato que ilustra sua posição de liderança naquela seleção foi quando um repórter
antes da final perguntou: “Como você conseguiu fazer com que esses “meninos” chegassem
onde chegaram ?” E ele respondeu dizendo: “Simples, eu digo a eles para fazer e dar o melhor
de si em torno de nossa causa e acreditem que o companheiro que está ao seu lado na quadra
está fazendo o melhor. Sendo assim, você precisa fazer também o seu melhor”. Isso é
habilidade de influenciar os outros.
E nunca esqueça de duas afirmações: “Líder sempre deixa sua marca, boa ou
ruim, a dúvida é qual marca você deixou” e “Líder forma líder, chefe forma subordinados”.
Uma das mais importantes diferenças entre Poder e Autoridade é que o Poder
pode ser dado, tirado, comprado ou vendido. Já a autoridade é a essência da pessoa, está
extremamente ligado ao seu caráter.
Mas não devemos nos enganar sobre o Poder, ele funciona. Mas o problema é
que funciona por algum tempo. É possível conseguirmos as coisas na base da imposição, mas o
tempo passa e as pessoas adquirem novas habilidades e o poder que você tem sobre elas
também muda, ou melhor diminui ou até mesmo acaba. Por isso a liderança é baseada na
autoridade e não no poder.
Além disso o poder traz uma consequência grave e por muitas vezes irreversível,
ele desgasta os relacionamentos. E quando isso ocorre, acaba o respeito, a participação, a
parceria e o principal a vontade de ajudar.
Quem nunca pediu ao filho que arrumasse o quarto ? E quem nunca ouviu uma
resposta do tipo “Depois eu arrumo” ou pior, finge que ouviu e ignora. O que muitos pais fazem é
usar o Poder. Aí vem a seguinte frase: “Arrume seu quarto agora que estou mandando !”. Seu
filho imediatamente vai arrumar o quarto, mas não porque tem respeito e sim porque tem medo.
Ele arruma o quarto não porque entende que um quarto arrumado tem suas vantagens, mas sim
porque você quer. O que vai acontecer é que seu filho vai crescer e se você só cultivou medo,
um dia ele não arrumará o quarto e seu poder sobre ele vai acabar. Já se você como pai ou mãe
tiver autoridade sobre ele, o quarto pode até demorar um pouco para ser arrumado, mas pode
Ter certeza que será arrumado. E o mais valioso de tudo, seus netos também terão quartos
arrumados, pois você terá formado líderes.
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O que observamos é que hoje não há uma harmonia entre poder e autoridade, o
que seria importante para que houvesse equilíbrio nas relações sociais e familiares, pois, em
geral, quando alguém exerce um cargo e não tem autoridade, vai valer-se muito mais do poder o
que, com certeza, trará sérios problemas nas suas relações.
Ninguém pode negar que esse homem exerceu uma grande influência no planeta.
Não pelo ponto de vista religioso, pois isso é um fato. Uma vez que concordamos sobre isso,
passamos para o segundo ponto dessa conversa. Se Jesus tinha tanta influência, nós devemos
prestar atenção no que ele tinha a dizer sobre liderança. Porque ele era muito bom nisso. E o
que ele falava era o seguinte: as pessoas devem seguir você de livre e espontânea vontade. Isso
significa exercer a liderança por meio da autoridade, e não do poder.
Mas Jesus passou por problemas como qualquer outro líder, e o maior problema
foi o da confirmação. Aproveitando o assunto, vou relembrar uma frase da ex-primeira-ministra
da Inglaterra, Margareth Thatcher: ”Ser Líder é como ser uma Dama na Sociedade. Se você tiver
que lembrar às pessoas que você é, é porque você não é”. Quando alguém apregoa que é líder,
tem que provar. Não com palavras e discursos e sim com gestos e atitudes com a demonstração
da força do caráter. E não foi diferente com Jesus. Através de pregações, milagres e
solidariedade Jesus provou ser o messias, ser o líder que o povo esperava.
Em primeiro lugar, toda atitude tem que ter paciência para ter repercussão e
retorno. É preciso perseverar e não desistir no meio do caminho, mesmo com as tentações
demoníacas. E Cristo foi colocada à prova várias vezes durante sua vida e soube esperar o
melhor momento para mostrar ao mundo a sua Missão.
Em segundo lugar, as atitudes para serem tomadas precisam de pro atividade.
Cristo não se sentou e esperou que o Pai e o Espírito Santo fizessem seu papel - como fazem
alguns gerentes. Ele assumiu sua responsabilidade nesta Trindade e fez a sua parte.
Em terceiro, temos que em cada atitude Confiar em si. Se você não acredita
naquilo que faz, quem acreditará? Sem qualquer tipo de arrogância, Cristo convencia pela sua
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própria convicção. Quantas pessoas duvidaram que ele era o Messias e ele nunca duvidou disso
e começou a série de eventos de provações ?
Um outro ponto importante foi que Jesus sempre primou por saudáveis
relacionamentos. Um relacionamento desta natureza é aquele em que a distância (posição
social, por exemplo) é quebrada. Quando João fala “que o verbo se fez carne e habitou entre
nós”, ou quando Paulo fala do esvaziamento de Jesus, uma grande mensagem que deixaram é
que Jesus quebrou a distância que os homens construíram entre eles e Deus. Através de Jesus
aprendemos que se relacionar implica quebra de distanciamento, interesse e amor pelas
pessoas, ser gentil e amável com todos, não fazer discriminações, acreditar no potencial e
possibilidades dos outros, abrirem espaço para que os outros cresçam, saber perdoar, ser um
incentivador e etc. (você pode acrescentar algo mais a esta lista ?).
Laurie B. Jones (autora do livro “Jesus, o maior Líder que já existiu”) destaca a
força das relações que Jesus mantinha com as pessoas. Afirma que ele dava às pessoas uma
visão maior do que elas mesmas, ele estava aberto às pessoas e às suas ideias, acreditava na
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sua equipe, tratava todos como iguais, responsabilizava os membros do seu grupo, passava
tempo com eles, agradecia em público e em particular, servia a sua equipe, defendia os
membros da sua equipe, via as pessoas como sua maior realização, entre outros pensamentos
esposados pela autora.
John Maxwell (autor de vários livros, entre eles: “Segredos da Atitude: O que todo
líder precisa saber”) propõe algumas perguntas em nível de reflexão sobre a importância de se
manter relacionamentos saudáveis; "Como está sua capacidade de interação pessoal ? Você se
dá bem com estranhos ? Interage bem com qualquer tipo de pessoa ? Consegue encontrar
pontos comuns rapidamente ? E quanto a relacionamentos a longo prazo ? Você é capaz de
manter os relacionamentos ?”.
O mesmo autor conta a história de um pai cujo filho ainda adolescente saiu de
casa, após romper o relacionamento familiar. Após muita procura o pai, como última alternativa,
colocou um anúncio em um jornal de grande circulação, dizendo assim: Querido Paco, encontre-
me na frente do prédio do jornal amanhã ao meio-dia... Tudo está perdoado... eu amo você. Na
manhã seguinte, em frente ao prédio do jornal reuniram-se quase 800 "Pacos" desejando
recuperar relacionamentos rompidos. Minha pergunta é: quantos Pacos podem ser restaurados
se você deixar de cuidar dos interesses pessoais e partir para a manutenção de relacionamentos
saudáveis ?
Seu objetivo era construir, e não destruir; educar, e não explorar; dar apoio e
fortalecer, e não dominar. A força e a esperança do mundo estão em pequenos grupos de
pessoas conduzidos por líderes que incorporem ao trabalho valores fundamentais, como
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cooperação, boa vontade e amor.
André
Filho de Jonas e irmão de Pedro, também um pescador. Antes de conhecer o
Mestre, era discípulo de João Batista. Após a dispersão dos Apóstolos, evangelizou na Ásia
Menor, na Capadócia e possivelmente na Rússia, onde é venerado.
De acordo com os "Atos de André e Bartolomeu" (os dois Apóstolos estão
tradicionalmente ligados e devem ter viajado muito juntos), eles pregaram em Epiro, Trácia,
Galácia, Bitnia, Cítia, Danúbio e Acaía, países do Oriente Médio ou Europa Oriental. Convenceu
João a escrever o documento no quais os Quatro Evangelhos estão baseados. Foi ousado e um
disseminador do Evangelho do Amor.
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Simão Zelot
Natural da Galiléia, tinha o sobrenome Cananeu (Zelot). Da mesma forma que
Felipe, Simão parece ter ido primeiro ao Egito. Como a tradição sinóptica diz que Jesus enviou
seus discípulos aos pares, talvez eles tenham realmente viajado juntos.
João, Boanerges
Era irmão de Tiago o Maior, filho de Zebedeu e Salomé, seu sobrenome
Boanerges. Era pescador, natural de Jerusalém, e discípulo de João Batista antes de o ser de
Jesus. Foi companheiro inseparável de Pedro. Nos primeiros tempos da Igreja, coube-lhe impor
as mãos aos recém convertidos em Samaria. Evangelizou os Samaritanos. Jesus, ao morrer,
confiou-lhe a mãe, da qual cuidou até morrer, durante o reinado de Trajano. Os ensinamentos de
João são preservados no seu Evangelho e nas três epístolas, embora possam ter sido escritas
por um discípulo.
Mateus (Levi)
O primeiro dos quatro evangelistas, Mateus, que tinha o apelido de Levi, natural
de Cafarnaum, era coletor de impostos. Por causa desta profissão ele era bastante antipático
aos judeus, os quais o zombavam de sujo e falso. Chamado por Jesus, de forma serena, Mateus
o acompanhou em suas peregrinações, presenciou seus milagres e ouviu seus ensinamentos,
que mais tarde compendiou em seu Evangelho, primitivamente redigido em aramaico. Este
evangelho não existe mais, mas pode ter sido à base do evangelho grego, mais tarde associado
a seu nome. Destinou-se aos judeu-cristãos, objetivando demonstrar-lhes que era Jesus o
Messias prometido de Israel. Diz à tradição que ele, após a morte de Jesus, pregou na Palestina
e em seguida na Etiópia, onde ressuscitou a filha do rei.
Judas (Tadeu)
Descendente da linhagem real de Davi, irmão de Tiago o Menor, e primo de
Jesus. Natural da Galiléia. A tradição diz ter evangelizado na Mesopotâmia, Palestina, Síria e a
Arábia. É localizado na Armênia nos anos de 43 a 66, onde se juntou os quatro outros Apóstolos
do Oriente. Judas aparentemente viajou acompanhado de Simão o Zelot, quinto Apóstolo a ir ao
Oriente.
Tomé
Chamado de Dídimo, natural da Galiléia. Tomé foi um, dos mais influentes e
produtivos dentre os vários discípulos que foram para o Oriente, incluindo Bartolomeu, André,
Simão e Judas. Os ensinamentos destes homens ficaram perdidos para as Igrejas do Ocidente,
mas continuam atuais para as tradições ortodoxas e orientais. Ao contrário de Pedro e Felipe,
estes Apóstolos não eram casados. Tomé, em particular, foi muito estimado e há evidências de
que tenha viajado não só à Pérsia, mas até mesmo à Índia, provavelmente acompanhado por
Bartolomeu e Judas, trazendo talvez um Evangelho Hebraico original de Matias à Índia. Tomé
criou linhas apostólicas de sucessão em todos os lugares por onde passou no Oriente, indo de
sinagoga em sinagoga.
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Tiago (Maior)
Nasceu em Jerusalém. Filho de Alfeu, sempre se espelhou em sua Mãe.
Buscando o primeiro lugar, ser vencedor, tinha como irmão João o discípulo do amor. Seu
sobrenome Boanerges, lhe concedeu que foi chamado "Guanerjes", que significa filho do trovão,
de garra e de guerra. Foi o primeiro bispo de Jerusalém, cuja igreja dirigiu entre 42 e 62 d.C. Os
primeiros cristãos o chamavam "O Justo", devido à sua grande piedade.
Felipe
Natural de Betsaida, perdeu o pai exatamente na ocasião em que conheceu o
Mestre, não deve ser confundido com Felipe o Servo (Diácono). Felipe viajou ao Egito, Etiópia
(África) e ao Norte, rumo à Grécia onde viveu em Hierápolis com suas quatro filhas, que eram
profetizas. Duas delas permaneceram virgens e muito conhecidas por suas previsões. Felipe,
que era um judeu helenístico, era antes de mais nada um evangelista para as sinagogas
judaicas de língua grega da Phrygia e dos arredores da Grécia e Macedônia. Felipe evangelizou
grande parte da Ásia Menor e da Galatia. Acredita-se que foi por causa da migração da Galatia
para Gaul (França), que a tradição surgiu em Gaul.
Tiago (Menor)
Judas (Iscariotes)
Como podemos constatar a tarefa de Jesus foi difícil e teve todo o tipo de
resistência, mas ele como Líder, nunca desistiu e formou uma equipe que pregou, amou,
conquistou seguidores e deu continuidade a sua missão, ainda há alguém com algum tipo de
dúvida que Jesus é o maior líder da humanidade ? E lembrando que Jesus utilizou a liderança
servidora. Nós veremos no próximo módulo, até lá.
2 LIDERANÇA
Agora que conhecemos o maior líder de todos os tempos, Jesus e seus apóstolos vão
definir a essência da liderança utilizando cartas que dos apóstolos Paulo e Timóteo.
A mais completa fonte bíblica sobre a questão da liderança encontra-se nas chamadas
cartas pastorais de Paulo a Timóteo e a Tito. Vamos juntos refletir sobre os conselhos dados
pelo apóstolo acerca da questão.
É fundamental que o líder seja sempre alguém razoável e de bom senso (3.2). O líder
deve ser um ser humano equilibrado, capaz de refletir não se deixando levar pelo calor da
situação e das emoções. O líder deve ter a palavra de sabedoria, a capacidade de reflexão
apurada e senso crítico experimentado.
O líder deve ser simples (3.2). Pessoas simples são pessoas acessíveis e de fácil
comunicação.
O líder deve ser acessível em todos os níveis, mesmo que seja para ouvir coisas que
o desagradam. Simplicidade é agir sem jamais se ter como o dono da verdade absoluta e da
palavra final, mas alguém aberto ao diálogo e a troca de ideias e experiências com os demais
envolvidos no processo.
O líder deve ser pacífico e tolerante (3.3). Deve ser o último a explodir, a levantar a
voz, a brigar. Sua autoridade é exercida com amor e ternura, jamais com gritarias e dedos em
riste.
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O líder é a imagem de Jesus refletida a seus liderados. Sua liderança é uma
expressão de paternidade/maternidade e cuidado para com seus liderados.
O líder não é chefe, não é dono, mas amigo, companheiro, conselheiro e instrumento
do Espírito na vida de seus liderados.
O líder deve ser essencialmente altruísta (3.3, 6, 8). Sua vaidade, seu egocentrismo,
seu narcisismo devem ser postos de lado.
O líder é um servidor, alguém que abre mão de si para os outros e para a causa, que
jamais leva em consideração seus próprios interesses e benefícios, mas os do grupo e do
objetivo a ser alcançado.
um líder facilitador. O príncipe não tem escrúpulos: qualquer meio é válido para atingir os fins
pretendidos.
comuns voltados ao desenvolvimento de toda a sociedade, onde muitos serão favorecidos, e não
alguns poucos.
Por trás de um líder facilitador eficiente e eficaz, deve haver uma pessoa de valores
éticos claros, que conhece a si mesmo profundamente e, assim, pode respeitar o próximo.
[...] liderança gira em torno de visões, ideias, direção, e tem mais a ver com inspirar
pessoas quanto à direção e metas do que com a implementação de decisões... Uma pessoa não
consegue liderar se não forem capazes de empregar mais que suas próprias potencialidades...
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Você tem que conseguir inspirar outras pessoas a fazer coisas sem literalmente ficar em cima
delas com uma lista de tópicos – isto é administração, não liderança (Bennis, 1996, p. 105).
A confiança é um elemento chave que deve existir entre líder e liderados. Não é algo
que se adquire, é algo que se concede, então ela volta com a mesma intensidade. Confiança é a
congruência da fé e da dúvida. O líder facilitador tem fé em si e nos seus colaboradores. Mas
deve existir dúvida para questionar, desafiar e testar. É vital manter o equilíbrio entre fé e dúvida,
e preservar a confiança mútua. Sem confiança, não é possível atrair as pessoas para uma meta,
criando comprometimento efetivo. Algumas relações de comprometimento são edificadas à base
do medo e da intimidação, impera o sentimento de obrigação e não o de dedicação.
Quando o líder busca o engajamento dos indivíduos, deve haver pelos menos duas
razões para que eles o sigam: uma é acreditar plenamente no líder; a outra razão é crer que
seguir aquele líder é a melhor coisa a fazer naquele momento. Para alguns líderes, não é preciso
ter poder para liderar pessoas. A voz, e não a posição, é decisiva para influenciá-las. A atração e
permanência das pessoas ao lado dos líderes resgatam o sentimento de confiança entre eles.
Com a confiança, pode-se encontrar alguns componentes:
1) Constância - Por mais surpresas que o líder possa encontrar no caminho, ele não
cria surpresas para o grupo. Líderes são coerentes e mantêm-se no curso planejado.
2) Coerência - Líderes fazem o que dizem. No verdadeiro líder não há diferença entre
as teorias que abraçam e os atos que praticam.
O líder é integro e ético, nem sempre as atitudes do líder dão certo, mas pode estar
certo que a intenção era de que desse certo. Entretanto erro não significa necessariamente
fracasso. Estimulam-se as pessoas a correr riscos, mas as organizações precisam saber lidar
com a hipótese de erro. Assumir e aceitar os erros proporciona tanto aprendizado quanto os
acertos. Os erros têm uma função importante; eles contêm grandes lições que só serão
descobertas se forem avaliados minuciosamente, traçando suas correções e colocando-as em
prática.
O que normalmente ocorre é que o erro amedronta de tal maneira que as pessoas
ficam imobilizadas com a possibilidade de errar e sequer tentam fazer algo. Sem iniciativas não
há possibilidade de erros, mas muito menos de acertos. Os erros afinam a visão e os passos
necessários para se obter sucesso, portanto uma experiência negativa não deve bloquear
experiências positivas. O líder deve estar disposto a “encarar riscos com tranquilidade, sabendo
que fracassos são tão vitais quanto inevitáveis” (Bennis, 1996, p. 78).
competitivo das empresas é a possibilidade de estarem fazendo inovações cada vez mais
frequentes que as colocam na vanguarda do mercado. Isso significa que as organizações devem
dar mais liberdade aos funcionários, para que eles possam colocar suas características
empreendedoras à mostra.
“Todo mundo tem essas visões; líderes aprendem a confiar nelas” (Bennis, 1996, p.
81). As vantagens de explorar a fundo a intuição são complementadas quando o líder tem
proficiência naquilo que se propõe a fazer. Mergulhado no mar profundo do conhecimento,
respira e se alimenta de todas as informações que se referem à área de seu interesse, tão
absorta é a entrega.
Para Bennis (1996, p. 86), “[...] a questão não é tornar-se líder, é tornar-se você
mesmo, usar-se completamente – todas as suas capacidades, talento e energia – para que sua
visão se manifeste. [...] Em suma, você precisa ser a pessoa que decidiu ser e desfrutar o
processo de transformação”.
Nos quadros a seguir, Schwarz (1994) sintetiza a mudança das atribuições dos
líderes tradicionais para os líderes facilitadores.
Há delegação é uma prática constante, mas para delegar o líder facilitador ensina,
orienta e dá condições dos liderados, não só fazer as tarefas, mas incentivam a melhoria
contínua das tarefas.
QUADRO 1. MUDANÇA NA ESTRUTURA DA LIDERANÇA TRADICIONAL PARA A
LIDERANÇA FACILITADORA
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QUADRO 2. MUDANÇA NO PROCESSO GRUPAL DA LIDERANÇA TRADICIONAL
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Um dos principais erros dos líderes é não viver o liderado. Isso mesmo viver os
liderados. O líder precisa conhecer sua equipe e isso não ocorre perguntando aos outros, lendo
avaliações, “indo com a cara” ou qualquer outro método que não seja dialogando com toda a
equipe.
Grandes líderes conhecem sua equipe como a palma de suas mãos, isso porque se
interessam sobre o dia a dia dos membros da equipe, o que incomoda, o que transtorna, o que
revolta ou qualquer outro aspecto que se não abrirmos espaço para o diálogo e “baixarmos a
guarda”, nunca descobriríamos. Muito pelo contrário, poderíamos conhecer de forma distorcida
e virar o que chamamos de “fofoca”.
As informações dos membros da equipe precisam ser passadas por eles mesmos e
não por outros, pois a cada opinião “dos outros”, vem sempre uma interpretação errada, uma
opinião a mais ou até mesmo uma maldade.
É preciso muita sensibilidade do líder, para que ele seja um mediador, um agente de mudança e
não um ditador para impor as novas concepções. Certamente, cada indivíduo tem sua
contribuição e valor, cada indivíduo vivenciou experiências diferentes, o que, compartilhado,
acresce nas referências de ambas as partes, pois o intercâmbio dessas experiências tende a
enriquecer e ampliar o entendimento dos assuntos do mundo da vida daqueles que se mostra
abertos e interessados.
“O projeto aborda o ser humano como um todo, é uma concepção holística. Uma
formação do indivíduo, uma preparação do indivíduo tanto na sua qualidade de vida, quanto no
seu desenvolvimento” (Depoimento Líder 1).
“...ele tem que se travestir de agente que traz a coesão dentro da equipe e que ele
possa identificar os problemas particulares das pessoas e que trate desses problemas
particulares dessas pessoas, porque também eu vou às pessoas pela estrutura informal.”
(Depoimento do Líder 2).
“Quanto mais você conhece seu pessoal e se relaciona intimamente com ele, mas fácil
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fica administrar o técnico, o conhecimento, o operacional de uma empresa. Quando eu conheço
bem você, aliás, a gente nunca consegue conhecer bem alguém, mas eu tenho que ter certo
conhecimento que facilite meu relacionamento contigo. [...] Esse é um aspecto fundamental,
conhecer as pessoas. Estou tentando implantar aqui uma novidade, toda sexta-feira, das três as
cinco, que a gente chama de hora de lazer. Só que eu estou sentindo que eu não consegui que o
pessoal pare para fazer essa aproximação tanto quanto deveria. Quando a gente conhece
melhor as pessoas, fica mais fácil interagir, trabalhar.” (Depoimento do Líder 4).
Além dos inúmeros esforços por parte dos líderes para conquistar a confiança dos
funcionários da organização, mobilizando-os rumo à superação de modelos ultrapassados e à
coesão das equipes em torno das ideias construídas, ainda é preciso um esforço extra para
convencer os administradores dos recursos financeiros a investir grandes somas no corpo
funcional. Faz-se necessário um respaldo financeiro para oferecer condições de trabalho mais
saudáveis, no que tange a programas que os valorizem e os desenvolvam.
Muitas pessoas acham erradamente que ouvir é um processo passivo que consiste em
ficar em silêncio enquanto outra pessoa fala. Podemos até nos considerar bons ouvintes, mas o
que fazemos na maior parte das vezes é ouvir seletivamente, fazendo julgamentos sobre o que
está sendo dito e pensando em maneiras de terminar a conversa ou direcioná-la de modo mais
prazeroso para nós.
Podemos pensar quatro vezes mais rápido do que falamos. Por isso há muito ruído
interno - conversação interna - acontecendo em nossa cabeça enquanto ouvimos, ou melhor
enquanto estamos tentando ouvir.
O exemplo clássico é quando em casa nossa esposa ou marido nos chama para
conversa e estamos assistindo televisão por exemplo e muito interessado no programa que
estamos assistindo. Alguém consegue prestar atenção ? No muito damos atenção e de vez em
quando emitimos sonoramente os “tá”, “sei” ou “abam”.
Quando o emissor da informação percebe que não está recebendo atenção e que o
assunto é insignificante para o receptor, a conversa é perde o sentido e dificilmente ela
acontecerá de novo.
A tarefa de ouvir ativamente acontece em sua cabeça – ele continuou. - O ouvir ativo
requer esforço consciente e disciplinado para silenciar toda a conversação interna enquanto
ouvimos outro ser humano. Isso exige sacrifício, uma doação de nós mesmos para bloquear o
mais possível o ruído interno e de fato entrar no mundo da outra pessoa - mesmo que por
poucos minutos. O ouvinte ativo tenta ver as coisas como quem fala as vê e sentir as coisas
como quem fala as sente. Essa identificação com quem fala se chama empatia e requer muito
esforço.
Há quatro maneiras essenciais de nos comunicarmos com os outros - ler, escrever,
falar e ouvir. As estatísticas mostram que na comunicação uma pessoa gasta em média
sessenta e cinco por cento do tempo ouvindo, vinte por cento falando, nove por cento lendo e
seis por cento escrevendo. No entanto, nossas escolas ensinam bastante bem a ler e escrever, e
talvez até ofereçam uma ou duas línguas eletivas, mas não fazem nenhum esforço para ensinar
a prática de ouvir. E esta é a habilidade que as crianças precisarão usar mais. 42
Quando nos doamos e ouvimos atentamente, enviamos mensagens conscientes e
inconscientes às pessoas. Que mensagens são essas ?
Prestar atenção às pessoas é uma necessidade humana legítima, que não devemos
negligenciar como líderes. Lembrem-se, o papel do líder é identificar e satisfazer necessidades
legítimas.
No decorrer dos tempos, passou-se a perceber que não há como deixar os problemas
em casa, como os profissionais exemplares pregavam há pouco. Os indivíduos, nas
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organizações, almejam a consideração de suas necessidades mais profundas, para que possam
exercer sua multidimensional idade, por tantas vezes esquecida.
Um dos mais importantes pontos na liderança e que devemos ter uma atenção
especial é o de que "o problema do outro (entenda liderado) não é só problema do outro".
A inversão de papéis é uma das técnicas mais simples e que traz maior resultado
quando falamos de entender problema dos outros. Isso porque não estar “no olho do furacão” (é
quando chamamos o centro do problema) não medido acertadamente à proporção do problema,
não visualizamos os estragos que o problema causará e qual o impacto que sofreremos se não
resolvermos o problema.
Além de levarmos em conta que duas pessoas pensam melhor que uma. Na tarefa de
encontrar uma solução líder e liderado utilizam técnicas que facilitam. O líder é quem indica
algumas técnicas, e o liderado muitas vezes participa do processo sem ao menos saber que está
participando. Vamos a um exemplo de uma técnica muito utilizada por líderes servidores, que
tem participação ativa do liderado. O “Brainstorming”. Mas o que vem a ser brainstorming ?
Essa técnica de resolução criativa de problemas, foi inventada por Alex F. Osborn em
1938, presidente na época de uma importante agência de publicidade norte-americana. O
brainstorming também conhecido como tempestade de ideias visa facilitar a produção de
soluções originais e possui duas fases principais- a produção de ideias seguida da avaliação das
ideias propostas. Tem como princípio básico o julgamento adiado, assim contribui para a
produção de ideias, o uso da imaginação e a quebra de barreiras mentais. Desta forma passa a
ser um libertador da criatividade por não existirem situações absurdas.
Mas o líder precisa se envolver com o problema, ou melhor se envolver não, ele
precisa se comprometer com o liderado e o problema. Há uma diferença clássica entre
envolvimento e comprometimento. Líderes, assim como os liderados precisam estar sempre
comprometidos.
Num café da manhã, comemos bacon com ovos, é um tradicional café dos 45
americanos, nós brasileiros não temos muito esse hábito, mas alguns têm seu café da manhã
com esse prato.
E vocês já pensaram o que precisa acontecer para esse prato ser servido no café da
manhã ? De que animais precisam ? Como já foi dito anteriormente, a galinha e o porco. A
diferença é que a galinha contribui para o café da manhã colocando os ovos que serão fritos
para compô-lo o prato, mas o porco precisa morrer para ceder o bacon e compor a outra metade
do prato.
“...tratar as pessoas como se fossem importantes". Acho que deveríamos acrescentar no final da
definição "porque elas são importantes". E se você não aceitar esta ideia, tente outra, a de que
as pessoas deveriam merecer "manifestações de respeito" justamente por serem do seu time, do
seu pelotão, do seu departamento, da sua família, do seu o que quer que seja.
O líder deve ter um interesse especial no sucesso daqueles que lidera. De fato, um de
nossos papéis como líder é apoiá-los e incentivá-los para que se tornem bem-sucedidos.
Egoísmo é algo que não tem espaço para um líder e algo que poucos sabem é que a
qualidade a ser cultivada pelo líder é a abnegação.
E o que é abnegação ?
Abnegação significa satisfazer as necessidades dos outros, mesmo que isso implique
sacrificar suas próprias necessidades e vontades. Esta também seria uma linda definição de
liderança. Satisfazer as necessidades dos outros mesmo antes das suas.
Já deu para perceber que o líder precisa às vezes ser líder, conselheiro (apesar de
não dar conselhos e sim mostrar caminhos, prós e contras), ser amigo (essa característica
sempre) e psicólogo.
Você como líder servidor não deixará que isso aconteça com seu time, defenda sua
equipe, mas que isso proteja. Pois a vitória é certa e a recompensa virá para todos. Um líder
servidor é recompensado quando seus liderados progridem, recebem promoções e são
reconhecidos profissionalmente.
Se você quiser saber um dia se você foi um bom líder em um trabalho seu antigo,
existe uma forma prática e rápida de descobrir isso sem precisar questionar ninguém.
Apenas procure saber como estão seus liderados . Se eles forem pessoas do bem,
que progrediram e que prosperaram, significa que a marca que você deixou foi muito boa, mas
se algo não deu certo com seus antigos liderados, é porque a liderança foi falha e precisava ser
acertada. Pense nisso.
No próximo módulo veremos os Pilares de uma empresa com Líder, que são:
Paciência, Gentileza, Humildade, Respeito, Altruísmo, Perdão, Honestidade e Compromisso.
47
Antes de mais nada precisamos definir o cenário de uma empresa sem líder e quais
suas características. Logo depois definiremos a empresa com liderança e posteriormente
poderemos identificar as principais diferenças.
No início do mundo empresarial foi criado o primeiro modelo de gestão, o qual foi muito
difundido e tornou-se dominante no mercado. Esse modelo de gestão dava resultados para as
empresas, mas a um custo muito grande, a insatisfação da equipe. Isso porque a origem desse
modelo de gestão foi em empresas paternalistas, autoritárias e que ditavam as regras do jogo.
Os gerentes eram apenas os intermediários entre os funcionários e a cúpula organizacional, na
além disso. Os gerentes eram mandados e obedeciam na íntegra as ordens sem ao menos
questionar ou ponderar. Nomeados pela diretoria, os gerentes passavam as informações para
serem seguidas à risca.
negativos.
medíocre ou decepcionante devido aos recursos que possuem, o que também pode ser fatal.
Mais dramático do que os números são os casos reais de pessoas que sofrem horrores
sob o comando de tiranos, de incompetentes ou mesmo de “chefes” bem intencionados, mas
ineficazes. Confronte a gestão de topo de uma empresa com estes fatos e a resposta será mais 48
ou menos esta: “sabemos que podíamos fazer melhor, mas…” ou “a culpa é da concorrência,
que nos obriga a…” . O modo como respondem a esta questão separa os executivos que
entendem dos executivos que mal entendem, o que é uma liderança eficaz.
E, mais do que isso: não basta que o líder seja um executivo capaz de enxergar essas
necessidades e ser perfeitamente apto para gerir o negócio com ampla visão de negócios e
orientado para o sucesso. Percebeu-se que tão fundamental quanto isso é liderar no longo prazo
e preparar executivos atuais de nível sênior e pleno para assumirem altos postos no futuro. Os
líderes estão voltados para o processo de mudança e transformação, em sintonia com as
tendências, levando o grupo à busca de novas possibilidades e novos caminhos. Até porque
desenvolver os outros é talvez uma das maiores qualidades de um grande líder. E também
porque, se isso não for feito, todo um trabalho, por mais perfeito que seja hoje, será perdido.
Como já vimos, se você acredita que a liderança é algo que vem do berço, está errado,
até pode vir, mas a liderança pode ser desenvolvida a partir do momento em que o líder tem
como característica básica foco nos objetivos e vontade de ajudar o outro, resgatando o
potencial de cada um e estimulando-o a desenvolver-se. Liderar não é uma tarefa fácil, requer
uma liderança pessoal.
Antes de qualquer ação com relação a se tornar líder, primeiro temos que nos
conhecer, saber quais são nossos pontos fortes e o que precisamos desenvolver. Isso faz
grande diferença. Tendo esse conhecimento, podemos estabelecer objetivos a serem
49
alcançados, elaborando um plano de ação para tais conquistas. A liderança eficaz consiste em
diagnosticar o nível em que se encontra o liderado e adotar posturas que condizem com a
necessidade e que sanam as carências do liderado. Dessa forma, existe uma grande diferença
entre gerentes e líderes, já vimos anteriormente diferenças entre chefe e Líder, agora veremos
uma distinção marcante entre gerente e líder. Vejamos algumas das várias diferenças entre
gerentes e líderes:
2.4.1 Paciência
Não podemos esquecer que ter paciência é demonstrar autocontrole. Essa qualidade
de caráter é essencial para um líder na medida em que paciência e autocontrole são os
fundamentos do caráter e, portanto, da liderança. Como já vimos anteriormente o caráter está
ligado intimamente à liderança.
A raiva é uma emoção natural e saudável, saudável sim, pelo aspecto de demonstrar
descontentamentos, indignações ou qualquer outro sentimento de insatisfação. E a paixão é uma
qualidade maravilhosa para se ter, e felizes são os que a cultivam eternamente. Mas agir movido
por esses sentimentos, violando os direitos dos outros, prejudica os relacionamentos. Pois são
sentimentos que possuem uma intensidade muito grande e tudo que é demais atrapalha. É isso
que pode e deve ser controlada na liderança. O líder deve agir seguindo os princípios morais e
sempre deve ter em mente que apesar da liderança servidora estar voltada para o amor,
nenhuma atitude deve ser tomada quando a emoção estiver sobrepondo à razão.
O líder deve ser exemplo de bom comportamento para os liderados, para as crianças,
para a comunidade, ou quem quer que esteja liderando. Se o líder gritar ou perder o controle,
podem estar certos de que a equipe também perderá o controle e tenderá a agir de forma
irresponsável.
2.4.2 Gentileza
A gentileza ou bondade fala a respeito da forma como agimos, e não como nos
sentimos. Tal qual a paciência é traço do nosso caráter.
William James, o grande filósofo e psicólogo americano, ensina que os seres humanos
têm necessidade de ser apreciados. Portanto, nunca se esqueça de exercitar sua capacidade de
ser gentil com o outro, agindo da maneira como gostaria de ser tratado.
Isto tem implicação direta na maneira como os líderes comunicam, procuram exercitar
diversas práticas de comunicação e estímulos, por exemplo: dão feedback e instruções, definem
os sistemas de recompensa e incentivos. Bons líderes estão atentos às necessidades humanas
de seus colegas e liderados.
Uma preocupação constante é a sua equipe, todo líder tem que gerenciar seu tempo e
sempre ceder espaço para que os membros de sua equipe consigam chegar até você e
conversar. Muitas vezes o simples fato de demonstrar interesse e escutar faz com que sua
posição de líder seja respeitada. É vital para os membros de sua equipe contar com o líder, isso
inspira segurança, porque perceberão que tem com quem contar.
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A gentileza é uma habitualidade na liderança, seja gentil, preocupe-se, demonstre
interesse, converse, mesmo sabendo que você não pode resolver o problema, mas converse. O
ser humano tem a necessidade de ter atenção, nunca esqueçam disso.
Como já vimos no curso, muitas pessoas acham erradamente que ouvir é um processo
passivo que consiste em ficar em silêncio enquanto outra pessoa fala. Podemos até nos
considerar bons ouvintes, mas o que fazemos na maior parte das vezes é ouvir seletivamente,
fazendo julgamentos sobre o que está sendo dito e pensando em maneiras de terminar a
conversa ou direcioná-la de modo mais prazeroso para nós. Cuidado que nossos liderados
percebem isso e pode ter um efeito contrário, pois se perceberem que não estão tendo atenção
apesar de estar sendo ouvidos, pode causar um impacto muito negativo para sua imagem de
líder.
Um outro ponto muito importante nesse pilar são as pequenas amabilidades, tais
como: “Bom Dia...” , “Por Favor...”, “Obrigado...” ou “Desculpe...”. Nunca esqueça de usar essas
amabilidades, tem um “poder mágico”. A conquista começa nas pequenas coisas, não custa
muito e trás um enorme retorno. Pense nisso.
Muitos “líderes” entram nas empresas e sequer olham para os seus “subordinados”,
isso só desgasta o relacionamento e cria uma barreira em todos os sentidos. Esse tipo de “líder”
dificilmente incentiva a conversa, muito pelo contrário repudia. Acha que trabalho é lugar de
trabalhar, se quiser conversar, converse em casa, no almoço ou na rua. Eles não sabem que
estão criando monstros ao invés de uma equipe.
2.4.3 Humildade
O ego pode de fato interpor-se no caminho e criar barreiras entre os líderes e seus
liderados. Os líderes arrogantes que acham que sabem tudo são um estrago para muitas
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pessoas. Essa arrogância também é uma pretensão desonesta, porque ninguém sabe tudo ou
tem tudo. Certa vez ouvi uma frase que tamanha foi à arrogância do emissor que nunca mais
“liderou” ninguém: “Como líder só não sou perfeito porque sou humilde”. Essa pessoa pode ter
sido tudo no mundo, menos um líder, quando muito um “chefe”.
Precisamos reconhecer nossas limitações e que sempre precisamos dos outros, uma
equipe é uma equipe porque se completam, porque cada um confia no outro e no seu papel
dentro da equipe. O ditado do eu acertei e nós erramos não tem espaço na liderança servidora.
Vou pegar um exemplo muito conhecido principalmente dos homens, o técnico de futebol
Wanderlei Luxemburgo, sempre que seu time ganha um título ele corre direto para os vestiários
e deixa que os louros da vitória sejam dos jogadores do seu time, mas quando perde, fica em
campo e recebe cada jogador ao sair do campo. Certa vez foi questionado isso a ele e a
resposta foi, “...eu sou o líder, o comandante e preciso que minha equipe receba todas as
manifestações que a vitória e o trabalho bem sucedido oferecem, mas quando a manifestação
vem pela derrota, quero que eles saibam que estou ao lado deles e sirvo de para-raios. Afinal eu
sou o Líder”.
55
2.4.4 Respeito
Ter respeito implica, primeiramente, em ter consideração pela pessoa e levá-la a sério.
Um bom líder, guiado pela ideia de que o amor eleva as pessoas, devem se esforçar para tratá-
las com igualdade e creditá-las com a devida importância. “Uma maneira eficaz de os líderes
demonstrarem respeito pelas habilidades e capacidades da outra pessoa, e com isso
construírem uma relação de confiança, é delegar responsabilidades. É a única maneira de as
pessoas crescerem e se desenvolverem”.
Todos nós temos problemas de comportamento. Mas todos nós deveríamos ser dignos
de manifestações de respeito apenas por no mínimo sermos seres humanos. E se você não
aceitar esta ideia, considere outra, a de que as pessoas deveriam merecer "manifestações de
respeito" justamente por serem da sua equipe.
Muitas pessoas dizem e já ouviram que existe uma coisa que não pode nunca acabar
num relacionamento, seja ele pessoal, íntimo ou profissional. É o respeito. Fique sempre atentos
a tarefa árdua de como passar a informação para o outro. Muitas vezes a notícia por si só já é
muito ruim, mas ainda temos a responsabilidade de comunicar essa informação, e se não
tivermos habilidade e respeito, podemos tornar a situação muito pior.
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Gostaria também que considerem a situação de que você pode até ter razão num
debate, numa discussão, mas se não houver respeito para explicar seu ponto de vista e começar
com arrogância, falta de paciência, o respeito consequentemente acabará. E um líder que não
trata os liderados com respeito, será tratado da mesma maneira.
2.4.5 Altruísmo
Pelo seu trabalho dedicado, seu firme exemplo e sua conduta de moral, este ser já
exerce sua Autoridade que é reconhecida por seres que o identificam como tal, e sem ser
imposta, exerce sua Liderança.
2.4.6 Perdão
Um líder só pode ter êxito como tal se souber desenvolver a capacidade de perdoar os
outros, de não alimentar ressentimentos. Isso porque, em sua função, você inúmeras vezes terá 59
de confrontar situações que podem não lhe agradar e terá de lidar com pessoas que nem
sempre agem de modo correto. “Por isso, é essencial aceitar as limitações nos outros e ter uma
enorme capacidade de tolerar a imperfeição”.
Perdoar não significa desconhecer as coisas ruins que acontecem, nem deixar de lidar
com elas à medida que surgem. Ao contrário, devemos ter um comportamento afirmativo com as
pessoas, não um comportamento passivo de capacho, ou agressivo, que viole os direitos dos
outros. Comportamento afirmativo consiste em ser aberro, honesto e direto com as pessoas,
mas sempre de maneira respeitosa. Perdoar é lidar de um modo afirmativo com as situações que
aparecem e depois desapegar-se de qualquer resquício de ressentimento. Como líder, se não for
capaz de desapegar-se de qualquer resquício de ressentimento, você consumirá sua energia e
se tornará ineficiente.
Sempre que possível, lembre aos seus liderados que o ressentimento destrói a
personalidade humana. A maioria de nós já conheceu ou conhece pessoas que guardam
ressentimentos durante muitos anos e se tornam amargas e muito infelizes. A liderança perdoa,
mas também pune. Não significa que devemos perdoar sempre, mas devemos ouvir, entender e
perdoar sempre que possível.
2.4.7 Honestidade
Honestidade, integridade e confiança parece ser um consenso sobre as características
primordiais de um líder. Mas será que, na prática, a honestidade flui tão facilmente ? Ou na sua
empresa existe uma política de proteção a alguns funcionários e “panelinhas” ?
Na liderança servidora existe uma cartilha da honestidade. O líder deve ser direto na
comunicação com os liderados, mesmo quando o assunto não é dos mais agradáveis.
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“Transmitir más notícias de uma forma objetiva e honesta é a oportunidade perfeita para
desenvolver uma relação de confiança e credibilidade”.
Nosso comportamento com líder deve ser isento de engano e dedicado à verdade a
todo custo. Tanto no relacionamento pessoal quanto no profissional, devemos ser
transparentes, sem mentiras, omissões ou desonestidades.
Tenha em mente sempre que se você não for honesto com você, como conseguirá ser
honesto com sua equipe ?
2.4.8 Compromisso
PILARES DEFINIÇÃO
Paciência Autocontrole
Compromisso Deixar de lado seus próprios desejos e buscar maior benefício para os
outros
Disciplina é algo que temos contato desde que somos crianças, mas poucos seres
humanos crescem e mantém essa característica. Se soubesse o quanto faz diferença a
disciplina, procurariam aprimorar cada vez mais essa característica. Não estamos aqui falando
da disciplina de padrões, normas, punições caso desrespeite a disciplina, estamos falando aqui
de força de vontade, perseverança e determinação.
Através da disciplina, podemos fazer com que o não-natural se torne natural, se torne
um hábito. E vocês sabem que somos criaturas de hábitos.
Este é o estágio em que você está se tornando cada vez mais experiente e se sente
confortável com o novo comportamento ou prática. É quando a criança quase sempre consegue
se controlar, quando você saboreia os cigarros e a bebida, quando já consegue esquiar
razoavelmente, quando o datilógrafo e o pianista não precisam mais olhar para o teclado. Você
está "adquirindo o jeito da coisa" neste estágio.
Este é o estágio em que você já não tem que pensar. É o estágio em que escovar os
dentes e usar o vaso sanitário de manhã é a coisa mais natural do mundo. É o estágio final para
o alcoólico e o fumante, quando estão praticamente esquecidos do seu hábito compulsório. E
quando você esquia montanha abaixo como se estivesse caminhando pela rua. Este estágio
descreve Michael Jordan na quadra de basquetebol. Muitos jornalistas esportivos zombaram de
Michael Jordan, dizendo que ele joga como se estivesse "inconsciente", o que é uma descrição
exara do que acontece, muito mais do que eles imaginam. Com certeza, Jordan não tem que
pensar em sua forma e estilo, pois isso se tornou natural para ele.
Nós não poderíamos encerrar esse módulo falando de algo que está intrinsecamente
ligado à liderança, as necessidades humanas. A partir das necessidades humanas é que
identificamos e desenvolvemos todos os pilares da liderança servidora.
65
Abraham H. Maslow, psicólogo americano, especialista em comportamento humano e
motivação, desenvolveram uma Teoria que ficou conhecida com Hierarquia das necessidades
Humanas.
Não é preciso frisar que as necessidades de segurança podem ter grande importância
na empresa, pois é claro que todo empregado industrial está em relação de dependência. Ações
administrativas arbitrárias, comportamentos que provoquem incerteza no empregado com
respeito à sua permanência no emprego, ou que reflitam favoritismo ou discriminação, bem
como política administrativa imprevisível, podem ser poderosos motivadores de necessidade de
segurança nas relações de emprego em todos os níveis, do operário ao vice-presidente.
Necessidades do ego - Acima das necessidades sociais - aquelas que não motivam
até que necessidades de nível mais baixo estejam razoavelmente satisfeitas - estão outras da
maior importância para a administração e para o próprio homem. São as necessidades do ego,
67
as quais pertencem às duas classes:
Diversamente do que ocorrem com as de nível mais baixo, essas necessidades são
raramente satisfeitas: o homem procura indefinidamente mais satisfação dessas necessidades,
assim que se tornam importantes para ele. Mas elas não surgem de maneira significativa até
que as necessidades fisiológicas, sociais e de segurança estejam razoavelmente satisfeitas.
Está claro que as condições da vida moderna dão apenas oportunidades limitadas para
que essas necessidades, relativamente fracas, obtenham expressão. A privação que a maioria
das pessoas experimente com respeito a necessidades de nível inferior desvia suas energias
para a luta pela satisfação daquelas necessidades. Assim, as necessidades de auto realização
permanecem inativas.”
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A pirâmide de Maslow anda lado a lado com os pilares da liderança servidora, pois
como vimos o líder deve incentivar e dar condições para que as pessoas se tornem o melhor que
podem ser. Fica a mensagem, “Nem todos podem ser presidentes da empresa, ou o melhor
aluno da sala. Mas todos podem ser o melhor empregado, o melhor marido, o melhor amigo ou o
melhor líder dentro de suas possibilidades”.
Mas o conceito de inteligência emocional foi proposto por Daniel Goleman, psicólogo e
jornalista do The New York Times, que entrevistou inúmeros pesquisadores ao longo de sua
carreira. Seu livro: "Emotional Intelligence", lançado nos Estados Unidos em outubro de 1995,
69
causou grande agitação nos meios livreiros.
O objetivo do livro, segundo Goleman, era apenas o de fornecer uma visão otimista do
século XX, mas acabou comprovando que, em plena vigência da tecnologia e da robotização,
inúmeras pesquisas foram realizadas, desvendando o cérebro humano e principalmente
resgatando a potência e amplitude do ser humano.
O que Goleman se propõe não é dar soluções, mas descrever a nova abordagem do
comportamento humano e provar que é possível reaprender a lidar com emoções. Ele descreve
e detalha a fisiologia das emoções, demonstra a estreita relação com as doenças
psicossomáticas.
Vamos falar um pouco sobre o aspecto ligado a ciência e as constatações. Algo que é
muito conhecido é que o cérebro se divide em 2 hemisférios, o esquerdo (com a parte racional) e
o direito (com a parte emocional), mas há uma outra divisão que veremos mais adiante. E que foi
através da inteligência emocional que Goleman constatou que a neurociência teve grandes
avanços nas últimas décadas dando subsídios para suas pesquisas e conclusões sobre o
assunto.
O interessante e contraditório sobre a divisão tradicional e mais conhecida, é que são
exatamente as pessoas que possuem o hemisfério esquerdo mais desenvolvido são as pessoas
que se interessam sobre o vasto e misterioso hemisfério direito.
Você tem duas opções: ou mude a forma de estudo ou mude o assunto, pois
principalmente a liderança através da inteligência emocional é algo que não se aprende através
da inteligência que reside do lado esquerdo do cérebro.
E isso não é só uma opinião ou ponto de vista. É também uma comprovação científica.
A neurociência já comprovou que a parte emocional do cérebro (exatamente a área do caráter e
da liderança), aprende de forma diferente da parte racional (área do pensamento).
A primeira é que não se aprende a ser líder indo apenas em seminários, palestras ou
lendo livros. Precisamos de prática, do dia a dia e de passar por situações que exijam que o
verdadeiro “líder” se mostre e ocupe sua função de líder. 73
A segunda é que muitos pensam que a liderança é algo nato, ou seja, nascemos
líderes. Essa colocação tem seu fundamento, mas não é uma verdade plena e inquestionável.
Durante muito tempo percebeu-se uma revolução no conceito de quem é e quem pode
ser líder, digo isso porque a liderança é genética sim, mas se só nos apegarmos a parte genética
e não nos atualizarmos e desenvolvermos a liderança, estará sendo uma figura a mais no
mercado.
E para os que querem se tornar líderes e acreditam que não nasceram com a genética
favorável, tem jeito e o primeiro passo é a determinação, depois ler e se dedicar, e por último
praticar. É um processo lento, mas eficaz e eficiente.
Mas a argumentação é forte, quando me referi sobre caráter, não mencionei que os
líderes são pessoas de bom caráter e sim de pessoas com caráter, seja bom ou mau. O que é
premissa é que o caráter seja marcante.
Já vimos anteriormente que como “líderes” podemos criar liderados e possíveis líderes
com bons ou maus conceitos, depende do que o líder fizer e disser, ou melhor de sua postura
com um todo.
Lembre-se que mencionei que se quisermos saber como fomos como líder no
passado, basta olharmos no futuro como estão os nossos liderados.
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Vou mencionar uma situação que tenho a certeza que muitos já vivenciaram ou no
mínimo já ouviram. E a inteligência emocional veio para dar suporte e uma esperança para os
conformistas e “covardes”.
A resposta é simples, vou querer sim, ou melhor, você deveria querer se conseguir
visualizar o quanto ganharia em mudar. As mudanças a favor de uma melhora devem ocorrer em
qualquer época, em qualquer lugar e por qualquer pessoa.
Quando falamos de líderes, essas colocações não têm espaço e agregados aos
conhecimentos da inteligência emocional, James Hunter criou um método para melhorarem suas
habilidades de liderança.
A falha que ocorre nessa etapa do método é que alguns líderes e empresas não
traçam planos de ação para acertar esses desvios.
Mas o ponto mais importante da inteligência emocional e o que mais contribuiu com a
liderança servidora é a demonstração de que há um conjunto de habilidades e competências. E
que para atingir a excelência no trabalho, é necessário saber administrar sentimentos e não
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somente possuir o conhecimento técnico, nem mesmo aquele adquirido em livros; é antes de
mais nada, conseguir conhecer a nós mesmos, lidar com nossas emoções e nos colocarmos no
lugar do outro para pensar em sentir o que ele sente.
Concluindo, vamos nos suportar em Goleman que afirma que, “Inteligência emocional
refere-se à capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, de motivar a
nós mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos”.
2.7 Gratificadores x Motivadores
Temos que ter um cuidado muito especial com a palavra recompensa. Não entenda
recompensa como premiações, promoções ou bônus. Não que esses itens não façam parte da
recompensa, mas não é só isso. Existem recompensas menos “caras”, aliás “bem baratas” e que
tem um grande impacto no liderado. O elogio, o reconhecimento (se possível em público), enfim
algo estimulante e motivacional.
O retorno desse tipo de recompensa é simples de se perceber e ser medido, pois trás
um significativo aumento de produtividade e consequentemente de lucro para organização.
O ato que gerou a recompensa acontece de novo e várias vezes, inclusive melhor do
que da primeira vez que ocorreu. Agora, quando o fato que poderia gerar a recompensa é
passado “em branco”, e não ocorre nenhum estímulo ou no mínimo uma parabenização,
dificilmente o ato se repetirá.
Indo um pouco além e fazendo uma triste constatação, quando o ato gera uma
punição, pode ter certeza que haverá a tendência do ato cessar, exceto se ocorrer pressões
hierárquicas ou econômicas, mas por pró-atividade do liderado, sabemos que o ato não ocorrerá
mais.
Mas essas afirmações geraram uma linha errônea de administradores no mercado. Os
que julgam que punir e motivar é uma excelente e eficaz estratégia para aumentar a
produtividade.
A estratégia mais produtiva é uma combinação de ações, elogios com prêmios justos
por desempenho. É isso que realmente motiva as pessoas, a ação. A passividade e ser ignorado
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causam o desestímulo.
Existe uma premissa básica nesse assunto e que nunca podemos fechar os olhos.
“Não podemos mudar ninguém, apenas influenciar nas suas futuras escolhas”. A sequência e a
constância de “escolhas” fazem com que a pessoa faça uma autoanálise e chegue ao
autoconhecimento. Vamos ver um pouco sobre o autoconhecimento.
O autoconhecimento nos leva a uma profunda viagem ao nosso interior, fazendo nos
compreender por que reagimos a uma determinada situação, tornando-nos capazes de fazer
uma escolha mais consciente, e que consequentemente nos levará a uma satisfação e sentido
de vida cada vez mais significativo.
Desde a mais tenra infância, fomos criando "couraças" para proteger nossa verdadeira
essência. Fomos adquirindo padrões socioculturais que quando são rígidos e inflexíveis
bloqueiam nosso processo de desenvolvimento. Vamos "levando" a vida, escutando apenas o
que os outros, a sociedade e os nossos padrões nos dizem para fazer, muitas vezes, não dando
ouvidos à nossa própria voz que vem do nosso coração, do nosso interior.
Muitos nem sequer tem consciência dessa voz interior, outros tentam silenciá-la a
qualquer custo. Estão ainda iludidos pelas pressões, determinações e medos impostos pela
sociedade e pelo próprio ego: "Mas o que vão pensar de mim se eu fizer isto?"
Certas pessoas têm medo do que pode vir a acontecer, mas esquecem que a vida está
presente no agora. E é no agora que o coração clama para que o sigamos, confiando e fluindo,
pois é aí que está à verdadeira evolução e o verdadeiro aprendizado que trará a paz e a
satisfação interior.
Assim, o autoconhecimento nos leva ao desenvolvimento de nossa Consciência,
transcendendo as "couraças" e indo em direção da nossa verdadeira essência de Amor, uma
viagem que exige mais coragem do que segurança
Rudolf Steiner, grande filósofo austríaco, definiu muito bem o autoconhecimento para
servir mais tarde de base para a liderança servidora.
79
“O Autoconhecimento verdadeiro só é dado ao homem quando ele desenvolve
interesse afetuoso por outros; conhecimento verdadeiro do mundo o homem só alcança
quando procura conhecer seu próprio ser”.
Agora imaginem que você receba um valor menor, mas não porque mereceu menos,
mas sim porque naquele ano o prêmio foi menor. Sabe o que isso pode causar e significar ?
A partir dessa abordagem, fez com que despertasse uma necessidade de classificação
nos elementos motivadores. Frederick Herzberg, autor da "Teoria dos Dois Fatores" que aborda
a situação de motivação e satisfação das pessoas, foi quem através de uma pesquisa sobre
motivação de comportamento no trabalho, classificou os resultados como Gratificadores ou
Motivadores. Nós até então havíamos visto motivadores e sua definição, agora vamos conhecer
um pouco sobre gratificadores.
Os gratificadores são aqueles incentivos criados e oferecidos pelas empresas para que
os funcionários trabalhem satisfeitos e mais. Estão ligados normalmente a salário, bônus,
benefícios, condições de trabalho ou outro elemento básico de higiene e segurança. No mercado
chamamos de fatores de manutenção de salário.
Um outro cuidado que devemos ter é que o benefício tenha uma abrangência total, ou
seja, não privilegie apenas um seleto grupo.
Para piorar a situação a diretoria movida da melhor das intenções resolve incentivar os
funcionários. E estipula a seguinte regra, os que conseguirem cumprir determinada meta terá
direito a auxílio creche, mas esse tipo de benefício não atende a todos os funcionários, pois nem
todos os funcionários têm filhos e apenas um determinado grupo tem filhos em idade de usufruir
do benefício. Surge então entre os funcionários uma pergunta: Por que ao invés de criar esse
novo benefício, não aumentam o valor do nosso auxílio alimentação ?
Esse exemplo nos mostra também outro ponto importantíssimo, nem tudo que “motiva”
um “motiva” todos.
Então podemos ter um efeito contrário ao interesse de quando o benefício foi criado e
gera a desmotivação junto a alguns funcionários. Então precisamos tomar muito cuidado com o
que acabamos de conhecer, gratificadores são bons incentivos, mas podem ter um efeito
negativo.
Isso só comprova que salário é importante, mas existem outros elementos que são
mais motivadores.
Um triste dado e constatação vêm dos sindicatos e das associações de funcionários,
que mostra uma dura realidade:
Para finalizar esse tópico vamos a um provérbio que retrata muito bem todo esse
assunto: “O salário é meu direito. O elogio é o meu presente”.
Infelizmente no mercado, repreender ou “dar” dinheiro é muito mais fácil do que fazer
um elogio.
Apenas mais uma constatação, com relação às necessidades humanas. O Homem tem
necessidade de:
Lembrem-se: Não são sós as ações empresariais que tornam as pessoas felizes; são,
principalmente, elas próprias.
... errei de novo! Eu nunca vou conseguir acertar ... vou transformar este erro em uma grande
mesmo; aprendizagem;
Ainda bem que você percebeu este erro e me
Ele só procura meus erros, está me perseguindo;
avisou, assim posso consertá-lo e não errar mais;
É inútil tentar argumentar com uma pessoa assim; Vamos ver por outro ângulo, talvez você possa rever
sua posição;
Ok! Desta vez não deu certo, mas tenho certeza que
Pode parar! Você não vai conseguir nunca;
da próxima vez você vai conseguir;
Hoje farei uma análise dos fatores que para mim são
Meu chefe não faz nada para me motivar; motivadores;
...vou me matar pra quê!?! Só para enriquecer o ...se eu me dedicar totalmente, todos nós
patrão... ganharemos...
Para finalizar o nosso curso, vamos fazer um resumo geral da ideia e tentar traçar os
passos para alcançarmos à liderança servidora.
O conceito de Liderança Servidora deixa bem claro que o Líder Servo tem a
preocupação primeira de servir, no sentido de ajudar as pessoas a se tornarem melhores, a
alcançarem plenamente seu potencial. Os resultados são novos líderes servos.
Na Liderança Servidora, o foco não está no líder como estamos acostumados a ver, ou
seja, não existem culto à personalidade, grandes feitos, heróis quase míticos, salvadores da
pátria, mas gente comum, com um forte desejo de servir aos seus semelhantes para que todos
cresçam juntos e, com isso, conseguir um mundo melhor. Verifica-se, portanto, um forte senso
de responsabilidade social e integridade.
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Nesse sentido, uma das principais características do Líder Servo é a capacidade de
persuadir, de procurar, sempre, convencer e nunca coagir ou constranger ninguém. A verdadeira
Liderança Servidora está baseada na capacidade de influenciar pessoas a agir por meio da
persuasão. Quando mandamos, determinamos ou obrigamos alguém a fazer alguma coisa, não
estamos liderando, embora até consigamos resultados. Nessa situação, estamos apenas
ignorando completamente a alma e o espírito das pessoas, ou seja, a paixão, e, dessa forma,
deliberadamente excluímos o melhor de cada um.
Igualdade
A liderança servidora é pensar coletivamente e doar-se em favor do grupo. É
aproximar-se dos outros, desenvolvendo laços de confiança, incentivo e cooperação mútua, em
pé de igualdade. Mesmo quando ostenta títulos e ocupa cargos importantes, o líder servidor não
se utiliza da autoridade formal para ser respeitado. Ele não precisa. Prefere inspirar pelo
exemplo e atrair aliados, ao invés de seguidores.
Conquista o direito de liderar o grupo espontaneamente, sem a necessidade de
nenhuma disputa. Seu poder emerge da própria coerência, atitude e credibilidade, ao longo do
tempo. Normalmente, o líder servidor desponta em situações ou ambientes em que todos são
tratados como iguais. É mais fácil atrair e manter aliados verdadeiros quando não existem
artifícios que o diferencie dos outros, apenas o magnetismo natural que exerce pela palavra e o
exemplo. 86
O líder servidor não é melhor nem pior que ninguém. Ele dispensa tratamentos
especiais e pede ao invés de mandar. É dessa maneira que ele atua e motiva os outros a
evoluírem lado a lado. Ele controla o seu ego e projeta a existência em algo muito maior que o
indivíduo. Entrega-se plenamente à causa coletiva e trabalha arduamente, para levar sua
mensagem em benefício do maior número de pessoas.
O líder servidor não se apega aos resultados físicos. Nada é tão valioso quanto o
autoconhecimento e a expansão das próprias capacidades de contribuir com os outros. Ele
busca transformação pessoal e espiritual, pois sabe que as recompensas individuais são muito
pequenas, se comparadas à realização maior que o impulsiona.
Valores
Para liderar grupos heterogêneos, ele aceita a diversidade como riqueza e promove o
que cada pessoa tem de melhor. Sua postura é inclusiva e apreciativa, movendo os outros para
frente. Ao invés de garantir a própria superioridade pela limitação ou diminuição dos outros,
promove o crescimento conjunto como objetivo maior. Ao facilitar para que todos se libertem de
seus medos e descubram a verdadeira vocação, conquista mais confiança e gratidão. Ou seja,
quanto mais auxilia seus aliados, mais fidelidade obtém.
Ele se preocupa com os outros sinceramente. Quando um dos aliados fraqueja, o líder
servidor estende a mão. Ao identificar os valores e a fragilidade de cada um, ele investe
naqueles que merecem a sua confiança. O líder servidor não exige a perfeição de ninguém, mas
o crescimento continuado, a força de vontade e o caráter são inegociáveis.
Doação
Servir aos outros é ser altruísta e não temer o abandono. O líder servidor tem
consciência da sua importância para o grupo e não precisa proteger posições. Ao contrário da
autoridade formal, ele não exerce um mandato passageiro ou vitalício. Sua influência é
permanente, na medida em que deixa um legado valioso para as futuras gerações de liderança
que ajuda a formar. Todo líder servidor é um mestre, que ensina princípios e valores através de
suas atitudes.
A humildade é necessária e deve ser a tônica, pois esse tipo de liderança se opõe ao
reconhecimento individual. Ao contrário, visa à duplicação, a continuidade e o aperfeiçoamento
de seus poderes, com a formação de novos líderes tão capazes ou melhores que seus
antecessores.
Confiança
O líder servidor luta por altos ideais, em defesa da honra e da dignidade humana. É um
agente de transformação do mundo pela sua força interior e pela demonstração do próprio
exemplo. Ele sabe exatamente sobre o que está falando. Compreende a sua missão e como
expressá-la com clareza. Sente-se livre e é feliz porque faz aquilo que realmente tem como
verdadeiro, valorizando a própria essência. Ele está tão seguro de si, que irradia sabedoria. É
organizado e coerente com suas ideias, e se comunica muito bem.
Sua vasta experiência contribui para que ele desenvolva uma poderosa intuição.
Atento a todos os detalhes, é capaz de analisar uma situação em instantes e reagir prontamente,
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de acordo com os princípios e valores que norteiam sua existência. É preparado para decidir
rapidamente em benefício do grupo, e costuma acertar com frequência.
Evolução
A atitude do líder servidor é muito similar a de pais e educadores. Ele não conduz suas
atividades de maneira ditatorial e impessoal, obrigando os outros a cumprirem suas tarefas, a
qualquer custo. Mais importante do que impor o que considera certo é dialogar e compartilhar
entendimentos. Afinal, o objetivo da liderança servidora é perpetuar e progredir. Imposições
limitam, causam rompimentos e abalam a confiança das relações.
Palavras e exemplos são as únicas armas que possui. O líder servidor não se utiliza de
nenhum outro meio para atrair e manter aliados. Por isso, não teme a oposição. Ao elevar sua
voz, é criticado pelos adversários, mas evita entrar em conflito com eles. Não desperdiça energia
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desnecessariamente, por questões menores. Ele sabe que a sua crença inabalável e a coerência
de suas ações incomodam os mais fracos, ao mesmo tempo em que fortalecem suas ideias,
apontando os caminhos que deve seguir. Os que ficam do seu lado, naturalmente, percebem sua
integridade e evoluem na mesma direção.
O líder servidor não se faz da noite para o dia. É um processo gradativo de conquista,
em que a consistência de suas ações vale mais que a dimensão de um determinado feito. Ele
atrai as pessoas e as mantêm próximas pela qualidade e continuidade das suas lições. Caso
contrário, não haveria por que permanecerem juntos.
Ele é sensível ao tempo e espera o momento certo para agir. É prudente e objetivo.
Usa o tempo a seu favor. O líder servidor cuida do solo e semeia todos os dias, pois sabe que
uma boa colheita só acontece após muito investimento. O líder servidor tem carisma, mas não a
usa apenas para despertar emoções. Ele sabe que o poder só tem valor se usado para ensinar
os outros, alcançando a mente e o coração de maneira equilibrada. Ele é criativo e
empreendedor. Reinventa o que considera inadequado. É um sonhador que toma providências
para realizar o que acredita ser o melhor.
Consistência
O líder servidor não espera ter todas as informações para entrar em ação. Sabe que os
pequenos progressos abrem caminho para novos aprendizados, que ampliam a visão e
fornecem recursos para seguir adiante. Por isso, ele dá sempre o primeiro passo.
A liderança servidora pressupõe estabilidade emocional, estratégia e firmeza de
princípios. Ninguém se sente seguro em acompanhar líderes volúveis, que mudam de opinião a
todo instante. Da mesma forma, os aliados devem ser autênticos e fiéis à causa que abraçaram.
A confiança é à base de todas as relações e deve se confirmar ao longo do tempo. Caso
contrário, não há como continuar na mesma empreitada.
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Ele é flexível e compreensivo. Não tem preconceitos, pois valoriza o talento natural e o
grau de compromisso, mais que a condição sociocultural ou a aparência. O que importa são as
virtudes reais de cada um. Ele se exprime com bondade e fala bem dos outros, evitando o
enfoque negativo. Quando faz críticas, são sempre construtivas, pois acredita sinceramente na
capacidade dos outros evoluírem também. Sua vontade é que cada ser humano possa revelar o
que tem de melhor, de mais elevado.
Quando surgem conflitos entre os seus aliados e seguidores, age como um pacificador,
gerando um sentimento de comunidade fraterna. Ele é generoso, iluminado e agregador,
buscando sempre uma solução cooperativa para preservar a harmonia das relações.
Ele não poupa esforços e sacrifícios durante a preparação, pois sabe que a
responsabilidade de liderar é muito grande. Ao aceitar o desafio de ensinar os outros, assume o
controle sobre a própria educação e se obriga a ser o melhor aprendiz.
Além de conhecer o que ensina, o líder servidor sabe a importância de ser o que ensina. Abre
mão do orgulho em função da responsabilidade que tem.
Dedicação
Ele enfatiza que a prática é a melhor forma de fixar novos conhecimentos. Sabe que a
intuição é resultado de uma exaustiva carga de treinamento. Por isso, promove o esforço
continuado.
Superação
O líder servidor consegue visualizar o êxito com tanta clareza que sente uma
motivação genuína a impulsioná-lo adiante. Isso é o que permite vencer as resistências. A visão
de longo prazo ajuda a superar todos os desafios e sacrifícios do caminho, com menos dor e
sofrimento. Ele tem iniciativa. Ninguém precisa motivá-lo, pois a energia que move o líder a fazer
vem de dentro. Parte da sua própria natureza. O líder servidor é humanitário e consciente de
suas responsabilidades perante o universo.
Gostaria de encerrar nosso curso com uma frase do maior líder de todos os tempos,
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Jesus Cristo.
“Qualquer um que queira ser um líder entre vocês deve primeiro ser o Servidor. Se
você opta por liderar, deve servir”.
REFERÊNCIAS
HUNTER, James, Como se tornar um Líder Servidor – Rio de Janeiro – Sextante, 2006.
BUAIZ, Sergio, Revista Vencer, matéria Liderança Servidora – Rio de Janeiro - Edição
número 45.
BAKER, W. Mark, Jesus, o maior psicólogo que já existiu – Rio de Janeiro, Sextante - 2005.
JONES, Laurie, Jesus, o maior líder que já existiu – Rio de Janeiro – Sextante – 2004.