Curso Intensivo - Apostila Auxiliar Veterinário

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Conteúdo

Módulo I - Introdução à Medicina Veterinária

AULA 1
Apresentação do Curso ......................................................................................................... 03
Tipos de estabelecimentos veterinários ................................................................................ 03
Definição de estabelecimentos e serviços ............................................................................. 04
Papel do Auxiliar Veterinário ................................................................................................. 07

AULA 2
História da Medicina Veterinária ........................................................................................... 09
Origem dos Cães e Gatos ....................................................................................................... 14
Origem do Cão ....................................................................................................................... 14
A origem das raças................................................................................................................. 15
Domesticação do Gato .......................................................................................................... 16

AULA 3
Conduta e Responsabilidade Profissional .............................................................................. 17
Posse Responsável ................................................................................................................. 19
Nutrição e Alimentação dos Cães e Gatos ............................................................................. 22
Tipos de Alimentação – Rações sólidas para Cães e Gatos .................................................... 23
Troca de rações ..................................................................................................................... 26
Malefícios da alimentação caseira ......................................................................................... 26

AULA 4
Saúde Pública......................................................................................................................... 27
Medicina Veterinária Preventiva ........................................................................................... 29
Uso Racional de Medicamentos ............................................................................................ 32
Causas de Intoxicação medicamentosa ................................................................................. 32

AULA 5
Avaliação online

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Aula 1
Apresentação do Curso
O curso intensivo de Auxiliar de Veterinário é uma formação profissional completa
voltada para área clínica e prepara o aluno para trabalhar assessorando o Médico
Veterinário. Esse curso é considerado um marco na história da Medicina Veterinária
brasileira, pois permitiu a criação de um novo personagem na rotina médica veterinária.
Assim como o enfermeiro é a base do serviço hospitalar na medicina humana, na
medicina veterinária esse representante é o Auxiliar Veterinário.

O grupo Profissão Auxiliar Veterinário já formou mais de 3 mil Auxiliares Veterinários no


país fortalecendo as suas habilidades somadas a forte paixão pela vida e o bem estar
animal. É contagiante ver cada aluno sendo o braço direito, o braço esquerdo, as pernas,
os olhos, os ouvidos, o olfato e até o coração do Médico Veterinário.

A nossa proposta é permitir a implantação de um enorme exército de pessoas do bem


qualificadas na luta pelos bichinhos.

O nosso curso intensivo de Auxiliar Veterinário irá lhe capacitar para trabalhar no mercado
PET, você poderá trabalhar em hospitais, laboratórios ou clinicas veterinárias, além é
claro de poder fazer como muito dos nossos alunos que estão empreendendo e abrindo
seus próprios negócios nessa área.

Tipos de estabelecimentos veterinários


Há vários tipos de serviços veterinários, os quais podem ser realizados em hospitais,
clínicas, lojas para comércio de produtos e animais de estimação e de prestação de
serviços como banho, tosa e hotelaria para animais de estimação.

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Definição de estabelecimentos e serviços
Hospitais Veterinários: Estabelecimentos
capazes de assegurar assistência médico-
veterinária curativa e preventiva aos animais,
com atendimento ao público em período
integral (24 horas), com a presença
permanente e sob a responsabilidade técnica
de médico veterinário.

Clínicas Veterinárias: Estabelecimentos


destinados ao atendimento de animais para
consultas e tratamentos clínico-cirúrgicos,
podendo ou não ter cirurgia e internações,
sob a responsabilidade técnica e presença de
médico veterinário.

Consultórios Veterinários:
Estabelecimentos de propriedade de Médico
Veterinário destinados ao ato básico de
consulta clínica, curativos, aplicação de
medicamentos e vacinações de animais,
sendo vedada a realização de procedimentos
anestésicos e/ou cirúrgicos e a internação.

Ambulatórios Veterinários:
Dependências de estabelecimentos
comerciais, industriais, de recreação ou de
ensino onde são atendidos os animais
pertencentes exclusivamente ao respectivo
estabelecimento, para exame clínico e
curativos, com acesso independente, vedada
a realização de procedimentos anestésicos
e/ou cirúrgicos e a internação.

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Clínica de especialidades:
São estabelecimentos destinados a prestar
atendimento integral em uma especialidade
de Medicina Veterinária.

Ambulância Veterinária:
Transporte para atendimentos rápidos em
casos de emergências e acidentes graves. De
acordo com o CFMV - Conselho Federal de
Medicina Veterinária, a ambulância veterinária
deve estar disponível em estabelecimentos
(como clínicas e hospitais do segmento) que
tenham o transporte de animais em estado
grave como parte de seus serviços oferecidos.

Unidade de transporte e remoção:


Veículo destinado à remoção de animais que
não necessitem de atendimento de urgência,
como vacinações e consultas não sendo
obrigatória a presença do veterinário.

Canil de criação: O estabelecimento onde são criados caninos com finalidades de


comércio.

Gatil de criação: O estabelecimento onde são criados felinos com finalidades de


comércio.

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Petshop: A loja destinada ao comércio de
produtos de uso veterinário, exceto
medicamentos, drogas e outros produtos
farmacêuticos, onde pode ser praticada a
tosa e o banho de animais de estimação.

Drogaria veterinária: O estabelecimento


farmacêutico onde são comercializados
medicamentos, drogas e outros produtos
farmacêuticos de uso veterinário.

Laboratório veterinário: O estabelecimento


que realiza análises clínicas ou de diagnóstico
referentes à veterinária.

Salão de banho e tosa: O estabelecimento


destinado à prática de banho, tosa e
penteado de animais domésticos.

Os estabelecimentos veterinários são obrigados, na forma da legislação vigente, a manter


um médico veterinário responsável pelo seu funcionamento.

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Papel do Auxiliar Veterinário

A ocupação Auxiliar Veterinário é reconhecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego


desde 2002 (Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) – 5193), sendo enquadrada
dentro do grupo "trabalhadores de serviços veterinários, de higiene e estética de animais
domésticos”.

O auxiliar veterinário é um importante membro das equipes funcionais de clínicas,


hospitais ou outros estabelecimentos veterinários e sua função como o próprio nome
indica, é auxiliar os Médicos Veterinários, sempre trabalhando sob sua orientação e
supervisão. De acordo com o artigo 47 da Lei de Contravenções Penais, qualquer prática
de auxiliares veterinários em áreas privativas e/ou peculiares à medicina veterinária
caracteriza exercício ilegal da profissão.

Dentre as atividades que podem ser feitas pelo auxiliar de veterinária, no que diz respeito
às outras áreas do pet shop, consultório, clínica e hospital estão:

Atender a clientes-proprietários dos animais


Buscar os animais
Conversar com os proprietários
Informar sobre normas e regulamentos do estabelecimento
Orientar sobre noções de saúde, higiene e alimentação
Indicar o atendimento do animal pelo médico veterinário
Entregar o animal
Orientar sobre cuidados especiais para estética
Orientar sobre tipos e raças de animais para aquisição
Administrar o local de trabalho
Solicitar material e medicamentos
Repor material e medicamentos
Controlar óbitos
Embalar cadáveres
Encaminhar os cadáveres para necropsia ou para a coleta de resíduos de saúde

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Enviar materiais coletados para os laboratórios
Limpar e lubrificar equipamentos
Observar condições físicas e neurológicas dos animais
Informar as condições de saúde dos animais ao veterinário
Auxiliar na coleta de materiais para a realização de exames
Controlar sinais vitais do animal, como temperatura, pulso, perfil capilar
Ministrar medicamentos sob a supervisão do médico veterinário
Fazer curativos
Alimentar os animais
Exercitar os animais
Higienizar o local de estada dos animais
Prestar primeiros socorros
Pesar o animal
Conter o animal
Montar a caixa de cirurgia
Dobrar panos, aventais e uniforme
Esterilizar materiais, instrumentos e o ambiente
Selecionar as caixas cirúrgicas
Preparar o material cirúrgico
Fazer a tricotomia de animais antes da cirurgia
Fazer a assepsia do animal
Auxiliar nos procedimentos de acesso intravenoso
Transportar o animal dentro do estabelecimento
Auxiliar no procedimento de intubação do animal
Posicionar o animal na mesa de cirurgia
Recolher o material utilizado (instrumentos)
Separar materiais descartáveis
Lavar os instrumentos cirúrgicos
Separar o lixo hospitalar
Embalar o lixo hospitalar para descarte

As competências e habilidades desejadas para o Auxiliar Veterinário são:


Amar os animais
Capacidade de Comunicação
Concentração;
Paciência
Autocontrole
Integridade;
Honestidade;
Dedicação;
Pontualidade;

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Responsabilidade;
Bom humor
Demonstrar competências pessoais
Demonstrar senso estético
Administrar conflitos
Demonstrar conhecimento teórico
Avaliar os riscos

Aula 2
História da Medicina Veterinária
A história da Medicina Veterinária teve início quando o homem primitivo começou a
domesticar o primeiro animal.

Especial menção merecem os códigos


de ESHN UNNA (1900 AC) e de
HAMMURABI (1700 AC), originários da
Babilônia, capital da antiga
Mesopotâmia, onde são registrados
referências à remuneração e às
responsabilidades atribuídas aos
"Médicos dos Animais".

Na Europa, os primeiros registros sobre


a prática da Medicina animal originam-
se da Grécia, no século VI a.C., onde em
algumas cidades eram reservados cargos públicos para os que praticavam a cura dos
animais e que eram chamados de hipiatras.

No mundo romano, autores como CATO e COLUMELLA produziram interessantes


observações sobre a história natural das doenças animais.

Na era cristã, em meados do século VI, em Bizâncio (atualmente Istambul), foi


identificado um verdadeiro tratado enciclopédico chamado HIPPIATRIKA, compilado por
diversos autores e que tratava da criação dos animais e suas doenças, contendo 420
artigos, dos quais 121 escrito por APSIRTOS, considerado no mundo ocidental, a partir
dos helenos, o pai da Medicina Veterinária. APSIRTOS nasceu no ano 300 da nossa era,
em Clazômenas, cidade litorânea do mar Egeu, na costa ocidental da Ásia Menor.

Estudou Medicina em Alexandria, tornando-se, posteriormente, Veterinário chefe do


exército de Constantino, o Grande, durante a guerra contra os povos Sarmatas do
Danúbio, entre 332 e 334. Após a guerra, exerceu a sua arte de curar animais em Peruza
e Nicomédia, cidades da Ásia Menor, criando uma verdadeira escola de hipiatras. Entre
os assuntos descritos por APSIRTOS, merecem referência o mormo, enfisema pulmonar,

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tétano, cólicas, fraturas, a sangria com suas indicações e modalidades, as beberagens, os
ungüentos.

Sua obra revela, enfim, domínio sobre o conhecimento prevalecente na prática hipiátrica
da época. Na Espanha, durante o reinado de Afonso V de Aragão, foram estabelecidos os
princípios fundamentais de uma Medicina animal racional, culminado com a criação de
um "Tribunal de Proto-albeiterado", pelos reis católicos Fernando e Isabel, no qual eram
examinados os candidatos ao cargo de "albeitar". Esta denominação deriva do mais
famoso Médico de animais espanhol, cujo nome de origem árabe era "EB-EBB-BEITHAR".

Em língua portuguesa, o termo foi traduzido para "alveitar", sendo usado em 1810 para
designar os Veterinários práticos da cavalaria militar do Brasil Colônia.

Na Europa, antes da criação das primeiras escolas de Medicina Veterinária, aqueles que
exerciam a empírica medicina animal eram denominados de MARECHAIS-FERRADORES
em países de língua latina, de "ROSSARTZ" na Alemanha e de "FERRIES" na Inglaterra.

A Medicina Veterinária moderna, organizada a surgimento partir de critérios científicos,


começou a desenvolver-se com o da primeira escola de Medicina Veterinária do mundo,
em Lyon-França, criada pelo hipologista e advogado francês CLAUDE BOUGERLAT, a partir
do Édito Real assinado pelo Rei Luiz XV, em 04 de agosto de 1761.

Este primeiro centro mundial de formação de Médicos Veterinários iniciou o seu


funcionamento com 8 alunos, em 19 de fevereiro de 1762.

Em 1766, também na França, foi criada a segunda escola de veterinária do mundo, a


Escola de Alfort, em Paris. A partir daí, com a compreensão crescente da relevância social,
econômica e política da nova profissão, outras escolas foram criadas em diversos países,
a exemplo da Áustria, em Viena, (1768), Itália, em Turim, (1769), Dinamarca, em
Copenhage, (1773), Suécia, em Skara, (1775), Alemanha, em Hannover, (1778), Hungria,
em Budapeste, (1781), Inglaterra, em Londres, (1791), Espanha, em Madri, (1792),
alcançando, no final do século XVIII 19 escolas, das quais 17 em funcionamento.

No Brasil
Com a chegada da família real ao Brasil, em 1808, nossa cultura científica e literária
recebeu novo alento, pois até então não havia bibliotecas, imprensa e ensino superior no
Brasil Colônia.

São fundadas, inicialmente, as Faculdades de Medicina (1815), Direito (1827) e a de


Engenharia Politécnica (1874).

Quanto ao ensino das Ciências Agrárias, seu interesse só foi despertado quando o
Imperador D. Pedro II, ao viajar para França, em 1875, visitou a Escola Veterinária de
Alfort, impressionou-se com uma Conferência ministrada pelo Veterinário e Fisiologista

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Collin. Ao regressar ao Brasil, tentou propiciar condições para a criação de entidade
semelhante no País.

Entretanto, somente no início deste século, já sob regime republicano, nossas


autoridades decretaram a criação das duas primeiras instituições de ensino de
Veterinária no Brasil, a Escola de Veterinária do Exército, pelo Dec. nº 2.232, de 06 de
janeiro de 1910 (aberta em 17/07/1914), e a Escola Superior de Agricultura e Medicina
Veterinária, através do Dec. nº 8.919 de 20/10/1910 (aberta em 04/07/1913), ambas na
cidade do Rio de Janeiro.

Em 1911, em Olinda, Pernambuco, a Congregação Beneditina Brasileira do Mosteiro de


São Bento, através do Abade D. Pedro Roeser, sugere a criação de uma instituição
destinada ao ensino das ciências agrárias, ou seja, Agronomia e Veterinária. As escolas
teriam como padrão de ensino as clássicas escolas agrícolas da Alemanha, as
"Landwirschaf Hochschule".

No dia 1º de julho de 1914, eram inaugurados, oficialmente, os curso de Agronomia e


Veterinária. Todavia, por ocasião da realização da terceira sessão da Congregação, em
15/12/1913, ou seja antes da abertura oficial do curso de Medicina Veterinária, um
Farmacêutico formado pela Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia solicitava
matrícula no curso de Veterinária, na condição de "portador de outro diploma do curso
superior". A Congregação, acatando a solicitação do postulante, além de aceitar dispensa
das matérias já cursadas indica um professor particular, para lhe transmitir os
conhecimentos necessários para a obtenção do diploma antes dos (quatro) anos
regimentares. Assim, no dia 13/11/1915, durante a 24ª sessão da Congregação, recebia
o grau de Médico Veterinário o senhor DIONYSIO MEILLI, primeiro Médico Veterinário
formado e diplomado no Brasil.

Desde o início de suas atividades até o ano de 1925, foram diplomados 24 Veterinários.
Em 29 de janeiro, após 13 anos de funcionamento, a Escola foi fechada por ordem do
Abade D. Pedro Roeser.

A primeira mulher diplomada em Medicina Veterinária no Brasil foi a DRA. NAIR EUGENIA
LOBO, na turma de 1929 pela Escola Superior de Agricultura e Veterinária, hoje
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

No Brasil, os primeiros trabalhos científicos abrangendo a patologia comparada (animal


e humana) foram realizados pelo Capitão-Médico JOÃO MONIZ BARRETO DE ARAGÃO,
fundador da Escola de Veterinária do Exército, em 1917, no Rio de Janeiro, e
cognominado PATRONO DA VETERINÁRIA MILITAR BRASILEIRA, cuja comemoração se dá
no dia 17 de junho, data oficial de inauguração da Escola de Veterinária do Exército
(17/06/1914).

(Informações extraídas de artigos do Médico Veterinário e Historiador Percy Infante Hatschbach)

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Desde 1917, data de formatura da primeira turma de Veterinária, até 1932, não havia
nenhuma regulamentação sobre o exercício da Medicina Veterinária.

Somente a partir de "09 DE SETEMBRO DE 1933", através do Dec. nº 23.133, do então


Presidente da República Getúlio Vargas, é que as condições e os campos de atuação do
Médico Veterinário foram normatizadas, conferindo-se privatividade para a organização,
a direção e a execução do ensino Veterinário, para os serviços referentes à Defesa
Sanitária Animal, Inspeção dos estabelecimentos industriais de produtos de origem
animal, hospitais e policlínicas veterinárias, para organizações de congressos e
representação oficial e peritagem em questões judiciais que envolvessem apreciação
sobre os estados dos animais, dentre outras.

Para o exercício profissional tornou-se obrigatório o registro do diploma, que passou, a


partir de 1940, a ser feito na Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário do
Ministério da Agricultura, órgão igualmente responsável pela fiscalização do exercício
profissional. O decreto representou um marco indelével na evolução da Medicina
Veterinária, cumprindo sua missão por mais de três décadas, e em seu reconhecimento
é que a data de sua publicação, 09 de setembro, foi escolhida para se comemorar o "DIA
DO MÉDICO VETERINÁRIO BRASILEIRO".

Em 23 de outubro de 1968, entra em vigor a Lei 5.517, de autoria do então Deputado


Federal Dr. SADI COUBE BOGADO, que dispõe sobre o exercício da profissão do Médico
Veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, transferindo
para a própria classe a função fiscalizadora do exercício profissional, vez que o Governo
sempre se mostrou inoperante nessa atividade.

A primeira Diretoria do Conselho Federal de Medicina Veterinária foi empossada em


1969, composta pelos seguintes Médicos Veterinários: Presidente: Ivo Toturella; Vice-
Presidente: Stoessel Guimarães Alves; Secretário-Geral: Hélio Lobato Valle e Tesoureiro:
Raimundo Cardoso Nogueira.

Dos Conselhos Regionais, através da Resolução nº 05/69, foram criados os do RS, SC, PR,
SP, RJ, MG, GO, MT, BA, PE, PB, CE e PA/AP. A primeira Diretoria empossada, foi a do
CRMV-RS, em 1º de setembro 1969, e a última foi do CRMV-TO, criado através da
Resolução nº 551/89.

Outros dados de interesse


A palavra "Veterinário" não existia no vocabulário da língua inglesa até 1748, quando,
então, foi traduzido o livro de "Vegesius Renatus", romano do século V a.D., que escreveu
um tratado tendo por título "Artis Veterinariae". Os leigos que curavam os animais eram
denominados de "ferers". Na idade Média chamavam-se de "ferrarius" as pessoas que
forjavam e aplicavam as ferraduras nos eqüinos.

Até hoje a tão conhecida seringa hipodérmica nasceu da mente criativa e inovadora de
um Médico Veterinário francês chamado TABOURIN.

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A Argentina foi o primeiro país sul-americano a criar uma Faculdade de Veterinária, no
ano de 1883, na Universidade de La Plata, Buenos Aires.

A primeira Faculdade de Zootecnia no Brasil foi fundada em Uruguaiana, Rio Grande do


Sul, em 13 de maio de 1966. A regulamentação da jovem profissão foi feita em 1968.
Atualmente, existem 21 estabelecimentos de ensino de Zootecnia em território nacional.

Ao se comemorar o cinquentenário da primeira regulamentação da Medicina Veterinária


no país (09 de setembro de 1933), decidiu o Conselho Federal de Medicina Veterinária
fundar a ACADEMIA BRASILEIRA DE MEDICINA VETERINÁRIA, o que foi feito através da
Resolução nº 424, de 9 de setembro de 1983, conforme competência que lhe reserva o
artigo 16, letra "f", da Lei nº 64.704, de 17 de junho de 1967. Por meio dessa Resolução,
ficou aprovado o anteprojeto do Estatuto da Academia, com passo inicial para seu
funcionamento efetivo.

É inusitado o fato de que uma invenção que muito contribuiu para o futuro do automóvel,
ou seja, o pneumático, tenha saído da mente criadora de um veterinário. Em 1889, J. B.
DUNLOP, um cirurgião veterinário de Belfort, Escócia, nascido em 1840, e falecido em
1921 na cidade de Dublin, idealizou um pneu oco, no interior do qual era introduzido ar
por meio de uma bomba especial. A partir desse protótipo, o invento mostrou-se
extremamente útil e funcional, fazendo com que os automóveis da época, simples e
desconfortáveis, aumentassem sua velocidade cerca de 4 km a mais por hora. Essas
qualidades determinaram sua popularidade, tornando-se peça indispensável,
substituindo os pneus maciços de borracha natural.

O serviço de Defesa Sanitária Animal do Ministério da Agricultura foi organizado em 1910


por um médico militar, Capitão Dr. João Moniz Barreto de Aragão, fundador da Escola
Veterinária do Exército na cidade do Rio de Janeiro.

O 1º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária foi realizado em 1922, tendo sido


organizado e presidido pelo prof. Américo de Souza Braga, grande batalhador da
profissão no Brasil. Foi, também, um dos fundadores da Faculdade Fluminense de
Medicina Veterinária, situada em Niterói, Rio de Janeiro, sendo seu Diretor até sua morte,
ocorrida em 9 de julho de 1947. Entre seus inúmeros trabalhos científicos destaca-se,
pela repercussão internacional, o livro em quatro tomos intitulados Soros, Vacinas,
Alérgenos e Imunógenos.

O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa começa a aplicação experimental de vacinas


bivalentes de vírus modificado na Colômbia e no Equador, e trivalentes (O.A.C) no Brasil.
Inicia-se em nosso país a primeira fase da Campanha Nacional contra a Febre Aftosa,
através do Rio Grande do Sul, em 1965.

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Origem dos Cães e Gatos

Para compreender esse assunto com mais clareza é necessário conhecer alguns conceitos
referentes a teoria da evolução das espécies, tais como Seleção natural e Seleção
artificial. Segundo essa teoria, que hoje é fortemente sustentada por inúmeras e
incontestáveis evidências (embora muitos ainda duvidem de sua veracidade), indivíduos
de uma mesma espécie, ou seja, indivíduos de uma população apresentam uma variação
natural. O ambiente é responsável por selecionar os indivíduos melhores adaptados, que
irão fornecer seus genes a geração seguinte, enquanto outros, menos adaptados,
desaparecem.

Origem do Cão
Durante cerca de 100 mil anos de nossa história
como espécie, o homem viveu sem habitação
fixa. Para sobreviver, permanecia em constante
movimento caçando animais, consumindo frutas
e outros recursos para alimentação.

Quando esses recursos se extinguiam,


imediatamente o homem migrava para uma nova
região onde iniciava uma nova exploração. Esse
tipo de prática é denominado NOMADISMO. No
entanto, cerca de 15 mil anos atrás ocorreu uma
grande mudança comportamental que interferiu de forma profunda nos rumos da
humanidade. O homem parou de migrar em busca de recursos e aprendeu a plantar,
dando início ao surgimento da AGRICULTURA, até aquele momento, rudimentar.

Com a possibilidade de plantar seus próprios recursos, os homens passaram então a se


agrupar e viver em pequenos vilarejos, abandonando a condição de nômade,
evidentemente mais custosa para sobrevivência (tanto caçar quanto coletar alimentos
era uma atividade muito trabalhosa e perigosa).

Nessas comunidades primitivas, havia produção de uma grande quantidade de lixo que
era descartado nas periferias, tais como restos de comida, frutas podres, ossos, etc. Lixo
para os seres humanos, porem comida grátis para uma série de animais que viviam na

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natureza ao redor. Entre esses animais estava o lobo, animal que tem um
comportamento anti-social, tendendo a fugir com a aproximação humana. É a partir
desse ponto que entra o conceito de SELEÇÃO NATURAL citado anteriormente. Dentre
uma população de lobos, havia aqueles que eram mais “mansos”, que conseguiam se
aproximar desses lixões para se alimentar e, conseqüentemente dos humanos.
Conseguiam se alimentar e se reproduzir melhor que os lobos com comportamento mais
anti-social, passando adiante os seus genes.

Com o passar do tempo já havia dois tipos de lobos: o original, totalmente selvagem e
aqueles mais amigáveis, que conseguiam estabelecer certa aproximação com os
humanos.

Um novo animal estava por surgir, o lobo selvagem (Canis lupus lupus) estava
gradativamente dando origem aos cães (Canis lupus familiaris), que além de
apresentarem uma significativa mudança comportamental, como o fato de se tornarem
mais amigáveis e aumentarem a complexidade do latido para comunicação com o
humano, também estavam adquirindo uma aparência bem distinta. Por exemplo, o corpo
e o cérebro estavam se tornando menos avantajados, já que para se alimentar de restos
fornecidos pelos humanos era necessário menos força física e inteligência destinada a
estratégias de caça, que por outro lado eram características essenciais para os lobos
predadores.

A origem das raças


Cerca de 9000 anos A.C, surge um novo avanço na
humanidade: a PECUÁRIA, trazendo na história
esta espécie de lobo mais adestrado, que passou a
cuidar dos rebanhos, onde, mais uma vez, hoje
temos tipos de pets que são ótimos para esta
finalidade. Alguns cachorros eram talentosos para
conduzir rebanhos, proteger ovelhas e bois. Estas
habilidades viraram um grande critério de seleção
entre os cães, sendo que os que mais se davam
bem entre as pessoas eram os que executavam
melhor essas tarefas. O homem passou a fazer uma
SELEÇÃO ARTIFICIAL, provocando cruzamentos
entre animais mais eficientes para execução de tarefas. A partir deste momento, os cães
começaram a se diversificar, dando início as primeiras raças.

Posteriormente, com o desenvolvimento do meio urbano, esse critério de seleção foi se


alterando. Os animais passaram a ser selecionados não somente pela sua função, mas
também pela impressão física que causava aos seus donos humanos, que iniciaram uma
busca desenfreada por variedade de aparência e beleza. Imagine por exemplo uma
ninhada onde os filhotes possuem uma orelha um pouco mais comprida que o
convencional. Seu criador, querendo evidenciar cada vez mais essa característica recorria

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ao INCESTO, cruzando indivíduos aparentados por várias gerações até tornar-se aquela
característica bem evidente, de forma que tivesse uma satisfação pessoal com a
aparência do animal que ele idealizou.

Esta pratica era altamente difundida nos canis, onde seus proprietários realizavam
constantemente cruzamentos entre irmãos, entre pais e filhos e até entre avós e netos,
tudo a fim de reforçar características pessoalmente desejáveis. Enquanto isso, animais
com aparência "indesejável" eram castrados ou sacrificados. Surgiram em pouco tempo
uma grande variedade de raças com as mais diversas aparências, porem essa busca
desenfreada pela variedade e pela beleza acabaria levando a vários problemas, pois como
todos nós sabemos esse tipo de cruzamento entre indivíduos aparentados pode gerar
diversos defeitos genéticos.

É por todos esses motivos que vemos constantemente casos de doenças genéticas nas
mais diversas raças. Por exemplo, 63% dos golden retrievers tem câncer, 47% dos são-
bernardos sofrem problemas nos quadris e 80% dos collies ficam total ou parcialmente
cegos.

A proximidade genética entre esses animais de raça é tamanha, que animais de raças
iguais em continentes diferentes são quase como se fossem irmãos. Por outro lado, os
chamados SRD ou cães “vira-latas” possuem uma alta variedade genética e, portanto
apresentam menos defeitos genéticos e podem ser mais resistentes a diversas
enfermidades.

Domesticação do Gato

A domesticação do gato foi consequência


da evolução de outras duas espécies: o
camundongo e, no reino vegetal, o trigo.
Há 12.000 anos, os caçadores-coletores do
Oriente Médio deixaram de ser nômades
para se fixar nas terras e se dedicar à
agricultura. Os estoques de cereais
acumulados após a colheita eram chamariz
para os ratos. Apareceu assim o
camundongo doméstico – uma espécie
menor que os roedores selvagens.

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Atraídos pelos ratos pequenos e pelos restos de comida, os felinos começaram a entrar
nos povoados. “Os gatos selvagens que conseguiam conviver melhor com o homem logo
proliferaram”, diz Eduardo Eizirik, especialista em biologia molecular de felinos, da PUC
do Rio Grande do Sul.

Como os gatos não atrapalhavam as pessoas e colaboravam para eliminar roedores e


pequenas cobras, a convivência prosseguiu sem conflitos. Posteriormente, a humanidade
se afeiçoou aos felinos. Gravuras e cerâmicas de 10.000 anos atrás mostram que eles já
faziam parte do cotidiano das aldeias. Em 2004, arqueólogos franceses descobriram na
Ilha de Chipre uma ossada humana sepultada ao lado de um pequeno gato. O achado, de
9.500 anos, leva a crer que já havia gatos nos primeiros barcos que povoaram as ilhas do
Mediterrâneo. Milênios depois, eles encantaram os egípcios, que há 4.000 anos os
mumificavam e representavam deuses em forma de felinos. Com a construção da árvore
genética dos cães e dos gatos, a ciência reconstitui de maneira cada vez mais precisa o
início da amizade entre essas espécies e a humanidade.

Há cães pequenos, como o chihuahua, e enormes, como o dinamarquês. Essa diferença


de tamanho não ocorre entre os gatos, cujas raças têm dimensões semelhantes e se
distinguem principalmente pelo comprimento da pelagem. A explicação para isso é que,
desde a pré-história, o ser humano realizou seleções artificiais dos cães na tentativa de
aumentar habilidades como o faro, a velocidade ao correr atrás da caça ou a
sociabilidade. Os gatos, por não serem tão “úteis”, passaram por menos seleções que os
cães. Isso também explica por que os gatos são mais independentes do que os cães e
sobrevivem mesmo sem a ajuda do tutor.

Aula 3
Conduta e Responsabilidade Profissional
No conjunto de regras de conduta ética do Auxiliar Veterinário inclui nunca se passar por
um veterinário, jamais prescrever medicações, não diagnosticar e nunca realizar
atendimentos em domicílio sem o acompanhamento do veterinário responsável; facilitar
o trabalho do médico- veterinário, sempre sob supervisão; denunciar às autoridades
competentes qualquer forma de agressão aos animais e ao seu ambiente.

De acordo com o artigo 47 da Lei de Contravenções Penais, qualquer prática de auxiliares


veterinários em áreas privativas e/ou peculiares à medicina veterinária caracteriza
exercício ilegal da profissão.

A importância dada aos animais de estimação pela sociedade e devido a importância da


Declaração Universal dos Direitos dos Animais, aumenta a cada dia a responsabilização
dos profissionais de medicina veterinária, quando estes provocam algum dano ao
paciente. Os proprietários de cães e gatos começam a questionar na justiça as
consequências de tratamentos e atendimentos prestados.

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O profissional médico veterinário na direção de hospitais, prática da clínica, assistência
técnica e sanitária de animais, está sujeito a sanções do Código de Defesa do Consumidor
por ser um prestador de serviços. O proprietário do animal/paciente que recebe
atendimento é o consumidor deste serviço.

Assim sendo, na verificação de supostos erros profissionais, é aplicada a teoria da


responsabilidade civil subjetiva, prevista no artigo 14, parágrafo 4º do Código de Defesa
do Consumidor, onde a culpa do profissional deve ficar suficientemente demonstrada,
em uma ou mais de suas modalidades: negligência, imprudência ou imperícia.

O ressarcimento do dano somente será determinado se verificadas três condições:

Comprovação do dano;
Culpa do profissional;
Nexo de causalidade entre a suposta lesão e a conduta do médico veterinário.
Quando o fato questionado ocorrer nas dependências de uma clínica, hospital, pet shop,
etc. poderá haver responsabilização objetiva da pessoa jurídica, neste caso, não é
necessário provar a culpa, basta que se comprove o dano para haver condenação da
instituição.

O prazo que o consumidor tem para ingressar em juízo questionando um tratamento


prescreve em três anos, de acordo com o Código Civil. No entanto, em razão do Código
de Defesa do Consumidor ser lei específica e favorável ao consumidor, poderá valer-se o
prazo de cinco anos para que o proprietário do paciente proponha uma ação para
reparação dos danos causados iniciando-se a contagem a partir do conhecimento do
dano e de sua autoria.

Diante do exposto, torna-se imprescindível que ao realizar o atendimento, o médico


veterinário preencha o prontuário do paciente de maneira minuciosa, para que possa
produzir uma defesa técnica de qualidade, por intermédio de seu advogado. De acordo
com o Código de ética. Estes documentos devem estar em conformidade com a
legislação, sendo, inclusive, vedado ao profissional deixar de elaborar prontuário
veterinário, consoante Código de Ética da profissão.

O prontuário deve conter a identificação completa do paciente e do proprietário,


anamnese, exame físico, relato sucinto dos sintomas feitos pelo proprietário do paciente,
exames complementares e seus resultados, diagnóstico e tratamento realizado. Sugere-
se a inclusão das informações relativas à evolução clínica do paciente discriminando
todos os procedimentos aplicados, com a anuência (assinatura) do proprietário
responsável neste documento, quando das consultas.

Assim sendo, para diminuir a possibilidade do Médico Veterinário sofrer um processo


judicial, sua atuação profissional deve ser pautada de acordo com as regras técnicas da
profissão.

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Posse Responsável

De acordo com estudos recentes, a companhia de cães e gatos para o ser humano produz
efeitos benéficos:

a) Efeitos psicológicos: diminui depressão, estresse e ansiedade; melhora o humor;

b) Efeitos fisiológicos: menor pressão arterial e frequência cardíaca, maior


expectativa de vida, estímulo a atividades saudáveis;

c) Efeitos sociais: socialização de criminosos, idosos, deficientes físicos e mentais;


melhora no aprendizado e socialização de crianças.

O estreitamento dos laços entre o homem e animais na atualidade, fez com que a
sociedade mudasse alguns hábitos comportamentais: menor número de filhos e mais
recursos em geral; atribuição ao animal de companhia a condição de membro da família;
que passa a viver mais dentro de casa do que fora; o animal de companhia ganha seu
lugar; passa a ser assistido na vida e na morte, fazendo parte do orçamento familiar.

Outro fator importante é o tratamento ético-jurídico que está sendo dispensado aos
animais de companhia, abordando as graves e atuais questões da superpopulação e do
abandono nas ruas das cidades, em resumo, aos maus tratos e crueldade
institucionalizada ou difusa na sociedade contra estes seres viventes e sensíveis
portadores de necessidades e direitos; buscando demonstrar as tendências atuais para a
resolução dessa urgente crise, além de propor políticas públicas que visem solucionar,
pelo menos, reduzir os impactos dessa drama.

Os cães e gatos podem ser classificados de acordo com seus hábitos de vida como
(Pasteur, 1999):

Domiciliados: São animais que dependem do proprietário, saindo do domicílio somente


acompanhados e contidos através do uso de coleira e guia, recebem vacinas e são
submetidos a controles clínicos periódicos. Assim sendo, podem ser considerados de
baixo risco para a transmissão do vírus da raiva.

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Semi-domiciliados: São animais que dependem do proprietário, mas permanecem fora
do domicílio, desacompanhados, por períodos indeterminados. Recebem vacinas e algum
tipo de cuidado.

Comunitários ou de vizinhança: São animais que não tem um proprietário, mas sim,
diversas pessoas que cuidam para que tenham alimentação. São mantidos soltos nas
ruas. Podem receber vacinas por ocasião de campanhas públicas, na dependência da
disposição de alguém que por eles se interesse.

Errantes ou não domiciliados: São animais independentes, vivem soltos nas ruas, em
sítios, chácaras ou fazendas. Não recebem qualquer tipo de atenção. Se alimentam de
restos de alimentos e se abrigam em locais públicos, edifícios abandonados e outros
pontos, competindo para a sobrevivência com animais de outras espécies.

Os animais semi-domiciliados, comunitários e errantes são considerados importantes na


transmissão da raiva e de outras zoonoses sendo que, nos dois primeiros tipos, essa
característica se ressalta pelo convívio mais estreito com o ser humano.

De acordo com o que foi falado anteriormente, a posse responsável dos animais é uma
alternativa para que haja controle de doenças e procriação desses animais.

A posse responsável significa: manter o animal dentro do espaço doméstico, a fim de


evitar transtornos relacionados com animais errantes - fornecer boas condições
ambientais: espaço adequado; higiene; cuidados para evitar a superpopulação; vacinar
regularmente o animal (contra a raiva e outras doenças); proporcionar ao animal
atividades físicas e momentos de interação com as pessoas, lembrando-se que o animal
só deve transitar em vias públicas utilizando coleira e guia; responsabilizar-se pela
limpeza dos dejetos de seu animal; evitar a procriação inconsequente, recolhendo o
animal nas fases de cio. O acasalamento deve ser planejado, garantindo assim, um futuro
saudável aos filhotes, no mínimo com os mesmos cuidados dados aos pais; e frequentar
regularmente o médico veterinário.

Gato ou cão solto nas ruas podem trazer muitos problemas: transmissão de doenças
como raiva, leptospirose, leishmaniose, toxoplasmose, entre outras; possibilidade de
sofrer acidente automobilístico bem como atacar outros animais ou pessoas. Sujeira em
vias públicas (dejetos fecais); destruição de sacos de lixo e pior, procriação sem controle,
agravando o problema da superpopulação de animais errantes.

Em resumo, a posse responsável de animais envolve as seguintes atitudes:

Higiene e prevenção de doenças - recolher as fezes que o animal deixa nas ruas,
calçadas, áreas verdes e praças durante o passeio.

Condução segura e adequada - ao levar o animal para passear, conduzi-lo com


coleira e guia e os cães de comportamento agressivo, utilizar a focinheira.

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Proteção e cuidados – nunca deixar cão solto na rua. Importante salientar que se
o cão atacar pessoas ou outros animais, o proprietário responderá por isso.

IMPORTANTE:
A castração é importante porque além de controlar crias indesejadas e evitar
animais abandonados nas ruas, contribui na prevenção de doenças como câncer
e tumores.

Os cuidados com a saúde do animal devem incluir: vacinas, vermífugos, boa


alimentação e água, abrigo de sol e da chuva, banhos.

Ao invés de comprar um animal, opte por adotar nos abrigos ou feiras de adoção.

Deve-se pensar bem antes de optar em ter um animal. Ele permanecerá sob sua
guarda durante muitos anos e sua saúde e bem estar dependerá de você.

Abandonar animal é um ato cruel e crime previsto na LEI DE CRIMES AMBIENTAIS nº 9605/98

Artigo 32 “Praticar ato de abuso ou maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,


domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime. Pena: detenção de 3 meses a 1
ano e multa.”

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Nutrição e Alimentação dos Cães e Gatos

Com a evolução das espécies dos animais domésticos, cães e gatos não podem ser
considerados carnívoros mais. Hoje em dia com a tecnologia aplicada no preparo de
rações sólidas, enlatadas e petiscos avançou de tal forma que os animais podem ser
considerados onívoros.

As rações comerciais são formuladas para conter os elementos necessários e as


quantidades precisas dos nutrientes para cada tipo de animal, atendendo à diversidade
de espécies. Em cada fase da vida, existem necessidades a serem cumpridas e que são
supridas com a variedade de alimentos disponíveis no mercado. Encontram-se também
alimentações para animais convalescentes e que estão passando por problemas de
saúde.

Observando as fezes, é permitido avaliar a digestibilidade dos alimentos ingeridos por


conta de suas características como, peso, textura, odor, cor, aspecto e quantidade. Os
alimentos podem ser classificados em secos, semi-úmidos e úmidos:

Alimentos secos: considerados aquelas que possuem menos de 15% de umidade,


como cereais, biscoitos e ração. Estes são menos perecíveis, de fácil
armazenamento, mais baratos, palatáveis, mais duros e menos odor. Auxiliam na
remoção de placas dentárias por serem abrasivos.

Alimentos semi-úmidos: considerados os que possuem entre 15 a 70% de


umidade, que geralmente são encontrados no mercado na forma de petiscos
enlatados ou em saches, com adição de acidulantes, estabilizantes e
conservantes.

Alimentos úmidos: considerados os que possuem acima de 70% de umidade,


como carnes, legumes e frutas frescas, carnes cozidas ou rações enlatadas, rica
em calorias e gorduras.

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Tipos de Alimentação – Rações sólidas para
Cães e Gatos
No mercado encontramos basicamente 4 tipos de rações sólidas que podem ser vendidas
em pacotes fechados ou a granel:

Ração Standard: também conhecidas como ração de manutenção. São rações de baixa
qualidade e possuem formatos aleatórios, muitos conservantes e corantes. Possuem
pouca fibra, vitaminas e são de baixa digestibilidade (é necessária ingestão de grande
quantidade para saciar a fome e ser nutrido de forma quase suficiente). Bastante
comprados por proprietários por serem de baixo custo (geralmente R$1,50/kg).

Ração Premium, Premium Especial e Super Premium:


Alimentos de excelente qualidade, ótima procedência, matéria prima de primeira
qualidade, completos para alimentação os animais. Possuem alta digestibilidade,
palatabilidade, muita fibra, vitaminas e sais minerais. Pouca ingestão é suficiente para
saciar e suprir a energia metabolizável do corpo. Produzem menos fezes, com menos
cheiro, textura firme e cor normal.

A diferença entre as rações Premium, Premium especial e Super Premium é a quantidade


de nutrientes encontrados.

São exemplos de rações Premium e Premium Especial:

Performance (2ª linha da Royal Canin)

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Golden, Golden Duo e Golden Power training (2ª linha da Premier)

Gran Plus (2ª linha da Natural)

São exemplos de rações Super Premium:

Royal Canin (indoor e raças específicas)

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Premier (ambientes internos e raças específicas)

Natural

Existem ainda rações terapêuticas para cães e gatos da linha da Royal Canin e Premier
que são administradas quando os pacientes estão enfermos e necessitam de cuidados
especiais, como por exemplo, a Urinary, Obesity, Gastro Intestinal, Renal, Cardio entre
outras.

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Rações enlatadas para cães e gatos

Petiscos para cães e gatos

Troca de rações
Normalmente quando se realiza a troca de uma ração que é dada a certo tempo, por uma
outra, ocorrem formações de gases intestinais e diarréia.

Isto é provocado pela mudança brusca da flora intestinal, mas não quer dizer que
prejudica fisicamente o cão ou gato, apenas gera um desconforto. O melhor método para
transferência de rações sem afetar os pets é na forma de desmame:

1º Dia: administração de 75% da ração normalmente dada, acrescida de 25% da nova ração;

2º Dia: administração de 50% da ração normalmente dada, acrescida de 50% da nova ração;

3º Dia: administração de 25% da ração normalmente dada, acrescida de 75% da nova ração;

4º Dia: administração somente da nova ração.

Malefícios da alimentação caseira


O principal malefício da administração de comida caseira é o desbalanceamento
nutricional. Não é recomendável dar aos animais restos de refeições humanas,
principalmente porque são preparadas com bastante sal, temperos (alho, cebola) e

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conservas. Outro fator é que a comida caseira não oferece todos os nutrientes diários
necessários aos cães e gatos. O desequilíbrio da comida caseira pode provocar doenças
hepáticas, pancreáticas, gastrointestinais, que futuramente necessitarão de tratamentos
médicos veterinários.

Um importante problema que ocorre na maioria das casas é administração de osso de


frango para os animais, principalmente para os cães. Os cães não têm paciência para
comer e quebram os ossos de frango com velocidade e engolem pedaços inteiros. Os
ossos de frango são ocos e finos e durante a trituração liberal lascas altamente afiadas, o
que pode provocar graves acidentes durante a deglutição ou digestão, pois podem
literalmente rasgar o esôfago, perfurar o estômago e intestinos, levando a um quadro
grave do animal. Ossos de frango nunca devem ser administrados para animais.

Aula 4
Saúde Pública
Saúde Pública Veterinária são atividades dedicadas à aplicação de habilidades,
conhecimentos e recursos profissionais veterinários para a proteção e melhoria da saúde
humana (FAO/OMS).

A medicina veterinária surgiu incialmente como promotora da saúde dos animais com o
objetivo de diminuir as enfermidades que os acometiam. Com o passar do tempo, houve
o aparecimento da medicina veterinária preventiva.

Segundo Burger (2010), a saúde animal e a saúde humana estão intimamente interligadas
em diferentes formas. As pessoas necessitam dos animais para a sua nutrição,
desenvolvimento socioeconômico e companhia. Entretanto, os animais podem transmitir
direta ou indiretamente enfermidades para os seres humanos, e da mesma forma,
existem enfermidades como a febre aftosa que pode ocasionar grandes perdas de gado
e de outros animais, reduzindo a disponibilidade de alimentos e culminando em grande
prejuízo econômico.

Um exemplo de como é importante a saúde pública veterinária: as zoonoses representam


75% das doenças infecciosas emergentes no mundo; 60% dos patógenos humanos são
zoonóticos e 80% dos patógenos que podem ser usados em bioterrorismo são de origem
animal.

O Médico e o Auxiliar Veterinário podem e devem atuar como agente de saúde pública
através não apenas da proteção específica, detecção e tratamento das infecções
zoonóticas dos animais, mas também pela orientação dada aos clientes e notificação
destas doenças às vigilâncias. No entanto, é frequente a falta de informação do próprio
profissional sobre a importância das zoonoses e de seu papel para a saúde pública.

As atividades do médico veterinário na saúde pública teve início com a higiene dos
alimentos. Com o uso dos novos conhecimentos de epidemiologia, começou a atuar no

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desenvolvimento de programas de controle de zoonoses. Desde então, os Médicos
Veterinários começaram a desempenhar diversas atividades nas áreas técnicas e
administrativas da Saúde Pública.

As principais atribuições do Médico Veterinário na Saúde Pública são:

Diagnóstico, controle e vigilância em zoonoses; sendo esta a de maior destaque;

Estudos comparativos da epidemiologia de enfermidades não infecciosas dos


animais em relação aos seres humanos;

Intercâmbio de informações entre a pesquisa médica veterinária e a pesquisa


médica humana;

Estudo sobre substâncias tóxicas e venenos provenientes dos animais


considerados peçonhentos;

Inspeção de alimentos e vigilância sanitária; atuando em algumas áreas que são


exclusivas de sua profissão.

Estudo de problemas de saúde relacionados às indústrias de produção de alimentos de


origem animal, incluindo o destino adequado de dejetos;

Supervisão da criação de animais de experimentação;

Estabelecimento de interligação e cooperação entre as organizações de Saúde


Pública e Veterinária com outras unidades relacionadas com animais;

Consulta técnica sobre assuntos de Saúde Humana relativos aos animais.

As atividades da saúde pública veterinária citadas são: as zoonoses, a higiene dos


alimentos e os trabalhos de laboratório, de biologia e as atividades experimentais. A luta
contra as zoonoses se constitui em uma das principais atividades da saúde pública
veterinária. Essas enfermidades constituem um importante fator de morbidade e
pobreza, pelas infecções agudas e crônicas que causam aos seres humanos e pelas perdas
econômicas ocasionadas na produção animal. A prevenção e a eliminação desse tipo de
enfermidade no homem dependem, em grande parte, das medidas adotadas contra
essas doenças nos animais.

Além das atividades relacionadas à sua profissão, como as citadas acima, a ampla
formação básica do Médico Veterinário em ciências biomédicas o torna apto para
desenvolver outras funções na Saúde Pública que são comuns também aos médicos e a
outros membros da equipe, a saber:

a. Epidemiologia em geral; incluindo doenças que não estão relacionadas diretamente


aos animais.

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b. Laboratório de Saúde Pública;

c. Produção e controle de produtos biológicos;

d. Proteção dos alimentos em geral;

e. Avaliação e controle de medicamentos em geral; sendo esta uma das funções da


Vigilância Sanitária.

f. Vigilância Ambiental; incluindo saneamento básico.

g. Pesquisa de Saúde Pública.

Atualmente, as atividades básicas de proteção da saúde animal, com especial atenção


para o combate às zoonoses fazem com que as percepções de saúde e doença da
Medicina Veterinária Preventiva sejam as mesmas da saúde pública veterinária formando
um modo único de pensar – a preocupação com a promoção da saúde na coletividade,
constituindo um estilo de pensamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde
Pública.

Medicina Veterinária Preventiva


Falamos sobre a medicina veterinária preventiva na saúde pública e agora falaremos da
prevenção de doenças nos animais. Atualmente a medicina veterinária preventiva vem
aumentando muito a longevidade dos animais nos últimos anos. É comum o atendimento
de animais de raças grandes com mais de 12 anos. Isso ocorre graças a medicina
veterinária preventiva que além de cuidar da saúde física, também previne problemas
mentais.

Agindo de forma preventiva, o animal pode viver de uma maneira mais saudável.

Em relação a saúde física, as seguintes medidas de prevenção devem ser adotadas:

Vacinação – cães e gatos devem ser vacinados a partir de 45 dias e após completar
o esquema de filhotes, revacinados anualmente (não esquecer que além da raiva,
existem outras doenças graves que podem ser evitadas através da vacinação)

Verminoses – todo filhote deve ser vermifugado e dependendo do “estilo de vida”


do animal vermifugar periodicamente (3/3 meses ou 6/6 meses ou anualmente)

Pulgas e carrapatos – se o filhote não apresenta parasitos, torna-se necessário


evitar. Antes de sair para passear comece a usar algum produto seguro (evite os
venenos), periodicamente. A maioria dos produtos do mercado recomenda
reaplicação mensal.

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Filariose – é um verme transmitido por mosquitos que pode se instalar no coração
e vasos de cães e GATOS. Doença de zona litorânea. Existem produtos preventivos
no mercado para aplicação mensal na pele ou ingestão (comprimidos ou
“biscoitos”).

Dieta – As rações são a melhor opção de uma dieta balanceada e ideal para seu
animal. Existem rações específicas para as diferentes idades, pesos (a obesidade
deve ser prevenida!!) e algumas dietas de tratamento (diabetes, doença renal,
hepática etc).

Esterilização – é a melhor maneira de prevenir gestações indesejadas e o abandono


de animais. Também é a única opção para prevenir o aparecimento de tumores de
mama nas gatas e cadelas, além de doenças uterinas e ovarianas (na fêmea) e
prostáticas e testiculares (no macho)

Acidentes – o uso de coleira e guia nos cães evitam atropelamentos, brigas entre
cães e agressões na rua. No caso dos gatos, as telas de proteção nos apartamentos
evitam a “síndrome do gato voador”.

Intoxicações – plantas comuns dentro de casa podem intoxicar cães e gatos, se


ingeridas (comigo-ninguém-pode, espirradeira, samambaia entre outras) assim
como medicamentos, produtos de limpeza, repelentes em aerossol, tinta, verniz,
creolina. Tome cuidado para não expor seu animal a estes tóxicos.

Bola de pelos – alguns gatos (em geral os peludos) formam no estomago de tanto
se lamber e engolir grande quantidade de pelos. A melhor maneira de evitar é
escovar MUITO o gato. Os pelos sairão na escova ao invés de serem ingeridos.
Existem rações e produtos no mercado que também ajudam a prevenir. Esta
recomendação também vale para evitar que os pelos dos cães se espalhem pela
casa e ainda ajuda a inspecionar a pele deles.

Dentes – é fundamental manter a higiene através da escovação. Além da


escovação, outro modo de prevenção é a oferta de alimentos e objetos que o cão
possa roer, como cenouras ou ossos (artificiais ou naturais) comprados em pet
shops. Roer é o modo de escovação natural do cachorro, que pode ajudar a
prevenir o tártaro e as cáries, embora não dispensem a prática da escovação!

Coração – algumas raças são propensas a desenvolver problemas cardíacos. Os


pequenos (poodles, yorkshires) costumam apresentar doenças valvulares e os
gigantes (dogue alemão) cardiomiopatias. É interessante fazer um check up
cardíaco (eletrocardiograma, rx de tórax e se necessário, ecocardiograma) a partir
dos 8 anos.

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Devido a socialização e humanização dos cães e gatos não precisam mais utilizar seus
hábitos de predadores e defender seu território para sobreviver. Assim sendo, eles
vivem muito mais, vivem ociosos, sem desafios e muitas vezes confinados dentro de
apartamentos sem ter contato com outros animais.

Sem ter como exercitar seus instintos naturais, muitas vezes eles expressam sua
frustração e tédio arranhando, roendo, comendo, lambendo as patas, uivando,
latindo, destruindo móveis, rodando, mordendo, etc.

Para evitar que isso aconteça, algumas práticas podem ser adotadas:

Socialize seu cão – desde filhote, apresente-o para amigos, crianças e outros
animais.

Manipule - desde filhote, mexa na boca, patas, orelhas, comedouros e objetos do


seu cão ou gato. Delicadamente, é claro. Ele deve ter a certeza de que você pode
e deve inspecioná-lo.

Brinque, dê atenção – é fundamental reservar um tempo para se divertir com seu


animal. Se você não tem tempo, não deve ter um animal de estimação.

Eduque- cães e gatos devem ser ensinados desde filhotes. Eles precisam saber o
que podem ou não fazer. O que é desejável ou não. Para nós, algumas atitudes
parecem obviamente erradas, mas para eles, não. Como por exemplo, fazer xixi
no tapete ou não pular nas visitas. Se não ensinarmos, eles não vão aprender.

Agressividade - nunca brinque de maneira agressiva com seu cão ou gato. Mesmo
aquelas mordidinhas de filhotes devem ser evitadas. Cabo de guerra também não
é recomendado, a não ser que você ganhe sempre.

Esterilização do macho - previne a marcação urinária. Quanto antes o cão ou o


gato for castrado, menos xixi pela casa toda.

Estimule a independência - não se despeça quando for sair, deixe seu animal por
alguns minutos em um cômodo diferente do seu, ofereça brinquedos interativos.

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Uso Racional de Medicamentos
Medicamentos sem prescrição Médico Veterinária é altamente danoso ao animal.
Animais padecendo não de doenças e sim das consequências de “tratamentos” indicados
por leigos sem compromisso com a vida e o bem-estar do paciente.

Na medicina veterinária, os
medicamentos são prescritos de
acordo com o peso exato do animal,
idade, espécie (cão ou gato),
condição do animal, e algumas vezes
até de acordo com a raça. As
medicações humanas, extremamente
comuns em quase todos os lares,
podem levar os animais a morte,
devido a super dosagem, os efeitos
colaterais negativos e os efeitos tóxicos. Quando se tem indicação, a dose seguida é
individual, e não pode levar por base nem ao menos doses pediátricas humanas.

A maioria das pessoas acha que administrando remédios de uso humano em doses
inferiores às dadas a crianças pequenas, por exemplo, não prejudicará o animal e que
poderá, ao menos, amenizar o problema até chegar no consultório do veterinário, mas
isso também é errado, pois pode comprometer ou dificultar o diagnóstico. “Quando um
animal chega na clínica, ministra-se um medicamento para mantê-lo hidratado, para
podermos averiguar o quadro e diagnosticá-lo corretamente. Se o proprietário dá um
remédio que altera as condições físicas do animal, fica complicado detectar o problema
logo, e demorando mais tempo, o animal corre mais risco de morte” - afirma o médico
veterinário Paulo J. Stravinwsky. Outra causa comum de intoxicação medicamentosa é o
oferecimento de medicamentos para gatos aos cães e vice-versa, pois o metabolismo das
duas espécies são muito diferentes. Remédios para sarnas de cães, por exemplo, são
nocivos aos gatos e antitérmicos à base de dipirona fazem mal aos gatos e não aos cães.

Causas de Intoxicação medicamentosa


Medicação dos animais pelos proprietários sem prescrição;

Venda de medicamentos sem prescrição Médica Veterinária – No caso de


antibióticos aumenta a chance de se ter bactérias resistentes.

Propaganda dos medicamentos para o público leigo são sempre alegres, felizes e
chamam a atenção (embalagens bonitas) favorecendo a venda desses
medicamentos.

Exposição fácil do produto para o tutor ficando normalmente em pontos


estratégicos para melhor visualização.

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