3 Fase Do Modernismo
3 Fase Do Modernismo
3 Fase Do Modernismo
Os escritores desse período possuíam uma atitude mais formal, em oposição ao espírito radical, contestador e de
liberdade desenvolvido na Semana de 1922
Contexto Histórico
O momento em que surge a terceira geração modernista no Brasil, é o período menos conturbado em relação às outras
duas gerações.
Ou seja, é a fase de redemocratização do país, visto que em 1945 termina o Estado Novo (1937-1945) que fora
implementado pela ditadura de Getúlio Vargas.
Em nível mundial, o ano de 1945 é também o fim da segunda guerra mundial e do sistema totalitário do Nazismo.
Entretanto, tem início a Guerra Fria (Estados Unidos e União Soviética) e a Corrida Armamentista.
Características
As principais características da terceira geração modernista são:
Academicismo;
Passadismo e retorno ao passado;
Oposição à liberdade formal;
Experimentações artísticas (ficção experimental);
Realismo fantástico (contos fantásticos);
Retorno à forma poética (valorização da métrica e da rima);
Influência do Parnasianismo e Simbolismo;
Inovações linguísticas e metalinguagem;
Regionalismo universal;
Temática social e humana;
Linguagem mais objetiva.
Prosa Modernista
Lembre-se que o Modernismo no Brasil está dividido em três gerações, sendo a prosa o tipo de texto mais explorado
na terceira fase.
De tal modo, os tipos de prosa do período são classificados segundo sua temática:
Prosa Urbana
A principal caraterística da prosa urbana é sua ambientação nos espaços da cidade, em detrimento do campo e do
espaço agrário. Nesse estilo destaca-se a escritora Lygia Fagundes Telles.
Prosa Regionalista
A prosa regionalista absorve, por outro lado, aspectos do campo, da vida agrária, da fala coloquial e regionalista, por
exemplo, na obra de Guimarães Rosa.
Prosa Intimista
Por sua vez, a prosa intimista é determinada pela exploração de temas humanos e, portanto, é mais íntima, psicológica
e subjetiva. Esses aspectos são observados nas obras de Clarice Lispector e de Lygia Fagundes Telles.
Poesia Modernista
Ainda que a prosa tenha sido o tipo de texto mais explorado na terceira geração modernista, a poesia é apresentada
mediante aspectos de equilíbrio.
Por isso, os poetas dessa fase eram chamados de “Neoparnasianos”, ao fazerem referência as principais características
da poesia parnasiana:
João Cabral de Melo Neto (1920-1999): conhecido como “poeta engenheiro”, João se destacou na prosa e na
poesia pelo rigor estético apresentado em suas obras: "Pedra do Sono" (1942), "O Engenheiro" (1945) e "Morte
e Vida Severina" (1955).
Clarice Lispector (1920-1977): se destacou na prosa e na poesia com um caráter lírico e intimista: "Perto do
Coração Selvagem" (1947), "A Cidade Sitiada" (1949), "A Paixão Segundo GH" (1964), "A Hora da Estrela"
(1977).
João Guimarães Rosa (1908-1967): foi um dos maiores poetas do Brasil, sendo que a maioria de suas obras
são ambientadas no sertão. Destacam-se "Sagarana" (1946), "Corpo de Baile" (1956), "Grande Sertão:
Veredas" (1956), "Primeiras Estórias" (1962)
Ariano Suassuna (1927-2014): Defensor da cultura popular brasileira, Suassuna escreveu romances, peças de
teatro e poesias dos quais se destacam: "Os homens de barro" (1949), "Auto de João da Cruz" (1950), "O Rico
Avarento" (1954) e "O Auto da Compadecida" (1955).
Lygia Fagundes Telles (1923-): escreveu romances, contos e poesias sendo uma de suas marcas a exploração
psicológica das personagens em sua obra: "Ciranda de Pedra" (1954), "Verão no Aquário" (1964), "Antes do
Baile Verde" (1970), "As Meninas" (1973)