Providências Esquemas
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Providências Esquemas
Assistente Convidada
Providências Cautelares
Porque é que elas existem? Regime Jurídico
Procedimentos Cautelares
MTS: A composição final de um litígio é algo que pode de- artigos 362.º a 409.º do CPC;
morar bastante tempo; é sempre necessário deixar as partes
expor as suas razões, é frequentemente necessário investigar os Características:
factos e é quase sempre necessário decidir reclamações e recursos
(...). i) Têm como finalidade evitar o periculum in
mora, nos termos do artigo 365/1.º e 368/1.º
Esta demora na satisfação judicial do interesse protegido cria o do CPC;
risco de um prejuízo ao seu titular (art. 362.º, n.º 1, e 368.º, n.º ii) Traduzem-se numa summaria cognitio, não
1: periculum in mora). só porque basta a mera justificação do direito
ameaçado (art. 365.º, n.º 1, 388.º, n.º 2, 392.º,
Por esta razão, a lei permite que, através de um processo mais n.º 2, e 405.º, n.º 2), mas também porque o
simples e rápido (art. 365.º, n.º 1 e 3: summaria cognitio) – mas, por procedimento cautelar é tramitado como um
incidente da instância (art. 365.º, n.º 3);
isso mesmo, menos seguro –, demonstrada a “probabilidade séria
da existência do direito” ameaçado, nos termos do art. 368.º, n.º iii) Têm como objecto um mero fumus boni
1: fumus boni iuris), o tribunal possa decretar uma tutela provisória iuris, dado que, para o decretamento da
que se destina a acautelar o efeito útil da acção, nos termos do art. providência, basta a verosimilhança forte da
2.º, n.º 2 in fine, isto é, a evitar que a composição definitiva seja existência do direito acautelado (art. 368.º, n.º
1);
inútil.
iv) Provisoriedade da Providência Cautelar:
364/4.º do CPC : porque se a tutela definitiva
Interesse Processual: Como outra forma de tutela judiciária,
não for concedida a tutela cautelar caduca
exigem o interesse processual do requerente. Como pressuposto (artigo 373/1/ al.c)), se a tutela definitiva for
processual da Providência Cautelar – tem de haver uma falta concedida então a tutela cautelar é substituída
de alternativa a essa providência. (caso típico: os alimentos provisórios – 384.º
do CPC passam a alimentos definitivos);
Finalidades
Arresto Arrolamento
Quando é que pode ser requerido? Quando o O que é e quando pode ser requerido? Aquele que tenha
credor tenha justo receio de perder a garantia direito a que lhe seja entregue um certo número de bens,
patrimonial do seu crédito por dissipação ou pode requerer, havendo justo receio de extravio ou
ocultação de bens por parte do devedor (art. dissipação deles, a sua descrição, avaliação e depósito: é o que
391.º1/1 do CPC); se chama arrolamento (art. 403.º, n.º 1 do CPC).
Objetivo: garantir o pagamento de dívidas – MTS: o arrolamento pode recair sobre documentos (art.
relação entre credor e devedor (≠ arrolamento); 403.º, n.º 1). Este arrolamento cumpre uma função paralela
à da realização antecipada da prova (cf. art. 419.º e 420.º),
Requisitos: Probabilidade da existência do distinguindo-se essas providências entre si pela circunstância
crédito + existência de justo receio de perda da de o arrolamento recair sobre provas pré-constituídas e de
garantia patrimonial; a antecipação da prova incidir sobre provas constituendas.
Enquadramento: Regime:
As providências cautelares têm como finalidade a prevenção do periculum
in mora, já que visam obviar a que a decisão proferida na acção principal se Segundo o disposto no art. 369.º, n.º 1 do CPC, em certos casos e
verificadas certas condições, o requerente é dispensado do ónus de
torne inútil. E as providências cautelares não podem também assumir uma
propositura da acção principal, sendo atribuído ao requerido que
outra função: a de se substituírem à própria tutela definitiva, ou seja, pretenda evitar a consolidação da providência decretada o ónus de
a de consumirem a necessidade da propositura de uma acção principal propor uma acção de impugnação.
destinada a confirmar a tutela provisória obtida através de uma dessas
providências.
O autor (requerente) da providência cautelar à se o juiz atingir um
grau de certeza à se estivermos a falar de providências
Requisitos: antecipatórias à se o autor/requerente pedir isso (p. dispositivo) =
Artigo 369.º, n.º 1 do CPC: pode haver inversão do contencioso.
1. Mediante Requerimento (p. do dispositivo) por parte do
requerente da providência/autor da providência; Em que consiste a Inversão? que não é nada mais nada menos do
que o nosso autor/requerente da providência cautelar ficar réu na
2. O juiz tem de formar convicção segura da existência do ação principal e o réu/requerido da providência cautelar fica o autor
direito acautelado: ou seja não basta a mera justificação (395.º, da ação principal porque ele vai contrariar, intentando a ação principal
388.º/2, 392.º/2 e 405/1.º do CPC) para haver inversão do aquilo que o autor/requerente disse na providência cautelar;
contencioso. Tem de haver prova stricto sensu;
Assim o autor/requerente da tutela cautelar deixa de ter o ónus
3. A providência decretada tem de poder substituir-se em tutela de propor a ação principal (lembre-se da instrumentalidade da
definitiva se o réu/requerido da providência omitir o seu ónus tutela cautelar) .
de propor a ação principal.
E se o requerido/réu da tutela cautelar não intentar a ação
principal quando é decretada a inversão do contencioso
(omissão do réu)? Então aí as providências consolidam-se como
Assim a inversão do contencioso só é admissível se a tutela cautelar tutela definitiva.
puder substituir a tutela definitiva que, se não tivesse havido inversão
do contencioso, o requerente teria o ónus de requerer na subsequente Finalidade da Inversão: evitar uma duplicação de alegações e de
acção principal. provas no procedimento cautelar e na subsequente ação principal.
MTS – é uma expressão da economia processual;
MTS: Por exemplo, não tem sentido admitir a inversão do contencioso quanto à
providência cautelar de arresto, pois que a garantia da garantia patrimonial que o credor
obtém através dessa providência não resolve o litígio entre ele e o seu devedor (que respeita,
não à garantia do crédito, mas ao próprio crédito). Fundamento legal: 376/4.º
CPC.