Luta de Classes

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Luta de classes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Luta de classes, refere-se a um fenômeno social de tensão ou antagonismo que existe entre pessoas ou grupos de diferentes
classes sociais devido aos competitivos interesses socioeconômicos e desejos dessas pessoas diante da lógica do modo de
produção capitalista, dando forma a um conflito que se expressa nos campos econômico, ideológico e político. A visão de que a
luta de classes fornece a alavanca para mudanças sociais radicais para a maioria, é fundamental nos trabalhos de Karl Marx e do
anarquista Mikhail Bakunin.

O conflito de classes pode assumir muitas formas diferentes: violência direta, como guerras travadas por recursos e mão de obra
barata; violência indireta, como mortes por pobreza, fome, doença ou condições de trabalho inseguras; coerção, como a ameaça
de perda de empregos ou suspensão de investimentos importantes; ou ideologicamente, como livros e artigos. Além disso,
existem formas políticas de conflito de classe; legalmente ou ilegalmente pressionando ou subornando líderes governamentais
para a aprovação de legislação partidária desejável, incluindo leis trabalhistas, códigos fiscais, leis do consumidor, atos de
congressos ou outras sanções, injunções ou tarifas. O conflito pode ser direto, como com um locaute destinado a destruir um
sindicato, ou indireto, como com uma desaceleração informal na produção como forma de protesto contra os baixos salários dos
trabalhadores ou uso práticas trabalhistas injustas pelo capital.

Índice
Origens
Uso
Sociedades pré-capitalistas
Século XXI nos Estados Unidos
Sociedades capitalistas
Thomas Jefferson, Estados Unidos
Warren Buffett, Estados Unidos
Noam Chomsky
Max Weber, Alemanha
Primavera árabe
Socialismo
Perspectiva marxista
União Soviética e sociedades similares
Perspectivas não marxistas
Raça vs. classe
Cronologia
Antiguidade Clássica
Idade Média
Idade Moderna
Idade Contemporânea
Críticas
Divisão da sociedade
A questão de outras lutas políticas
A questão da participação no poder e no reformismo
Crítica liberal
Críticas sociológicas
A questão da homogeneidade das classes sociais
A questão das classes médias

Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Origens
Segundo pensadores como David Ricardo, Pierre-Joseph Proudhon, Karl Marx e Mikhail Bakunin, a luta de classes seria a força
motriz por trás das grandes revoluções na história, fornecendo a alavanca para radicais mudanças sociais. Esse conflito teria
começado com a criação da propriedade privada dos meios de produção. A partir daí, a sociedade passou a ser dividida entre
proprietários (burguesia) e trabalhadores (proletariado), ou seja, possuidores dos meios de produção e possuidores unicamente
de sua força de trabalho. Na sociedade capitalista, a burguesia retêm a mercadoria produzida pelo proletariado, e o produtor dessa
mercadoria recebe um salário que é pago de acordo com a qualificação profissional dele.

Muito antes de mim, historiadores burgueses haviam descrito o desenvolvimento


“ histórico dessa luta entre as classes, assim como economistas burgueses
haviam descrito sua anatomia econômica. Minha própria contribuição foi mostrar ”
que a existência das classes está simplesmente ligada a determinadas fases
históricas do desenvolvimento da produção; que a luta de classes conduz
necessariamente à ditadura do proletariado; que esta ditadura, em si, não
constitui mais que uma transição para a abolição de todas as classes e a uma
sociedade sem classes.
— Karl Marx - correspondência para Joseph Weydemeyer (5 de março de 1852) [1].
Outra característica importante do capitalismo é o conceito criado por Karl Marx da mais-valia. A mais-valia consiste
basicamente dessa porcentagem a mais que os capitalistas retiram da classe do proletariado. O acréscimo dessa porcentagem pode
ser atingida, por exemplo, aumentando o tempo de trabalho dos operários e mantendo o salário. A luta de classes, segundo Karl
Marx, só acabará com o fim do capitalismo e com o fim das classes sociais. O socialismo, que seria como uma fase de transição
do capitalismo para o comunismo, foi implementado em diversos países no século XX, a maioria porém reverteu novamente para
o capitalismo ou para um sistema econômico misto.[2] A proposta mais radical é abolição do Estado e sua reorganização
descentralizada em moldes federativos anarquistas. Embora essa última seja criticada por criar "microestados" sem um poder
central colocando o fim do poder estatal como uma utopia.[carece de fontes?]

Apesar de uma parte da história da humanidade, segundo Karl Marx, ter sido a história da luta de classes, a sociedade original,
segundo ele, não possuía divisões sociais. Ainda segundo Marx, as primeiras sociedades indígenas das Américas não possuíam
estratificação social, sendo o cacique e o pajé apenas figuras simbólicas. Isso se deveria ao fato de que, nesse estágio das forças
produtivas sociais, não havia praticamente excedente. Todos os membros da sociedade eram por isso obrigados a participar do
processo produtivo, de modo que era impossível a formação de uma hierarquia que diferenciasse as pessoas dessa sociedade.
Uma das primeiras formas de hierarquização dos membros foi a divisão homem/mulher, quando os homens começaram a
explorar as mulheres. A luta de classes origina-se, então, no momento em que a sociedade passa a ser composta de diferentes
castas.
Essa divisão dos membros em classes foi possibilitada quando as
forças produtivas atingiram um certo nível de produtividade, onde o
excedente já promovia maior segurança à sociedade em relação às
suas necessidades. Mas, apesar de garantir uma proteção em tempos
escassos, por exemplo, o excedente abriu a possibilidade do jogo
político. O controle sobre o excedente se desenvolve em conjunto
com a formação de uma minoria que ganha assim poder sobre todos
outros membros da sociedade. Dessa maneira origina-se uma
diferenciação quanto à tarefa social de cada membro. Entre as
diversas classes que podem se formar, estão sempre presente as
classes dos senhores (não-trabalhadores) e a classe trabalhadora.

Com o desenvolvimento das forças produtivas, a classe dominante


(diferente para cada período histórico) é posta em questão. As classes
de baixo reconhecem que a regência da classe exploradora torna-se
desnecessária para a continuação do desenvolvimento técnico,
enquanto esta tenta, por meios oficiais, manter seu poder. Nessas
épocas de desacordo entre as relações sociais de produção vigentes e
Ilustração "Pirâmide do Sistema Capitalista" no o patamar técnico dos meios de produção, a probabilidade de uma
jornal Industrial Worker, 1911, do Industrial revolução tende a ser maior. A antiga classe exploradora é, assim,
Workers of the World. Publicação que defende deposta, e uma nova entra em seu lugar. Dessa maneira, a história da
o sindicalismo e anticapitalismo. Inspirado num sociedade humana é a história de classes dominantes, uma após a
folheto do Union of Russian Socialists
outra.
divulgado em 1900 e 1901.

Uso
No passado, o termo "luta de classes" era usado principalmente por
socialistas, que definem uma classe por sua relação com os meios de
produção - como fábricas, terras e máquinas. Deste ponto de vista, o
controle social da produção e do trabalho é uma competição entre as
classes, e a divisão desses recursos envolve necessariamente
conflitos e causa danos. Pode envolver confrontos em pequena
escala, se intensificar em confrontos maciços e, em alguns casos,
levar à derrota geral de uma das classes concorrentes. No entanto, em
tempos mais contemporâneos, busca-se uma nova definição entre as
sociedades capitalistas nos Estados Unidos e outros países
ocidentalizados.

Greve geral em Minneapolis em 1934.


O anarquista Mikhail Bakunin argumentou que a luta de classes da
classe trabalhadora, camponesa e pobre teve o potencial de levar a
uma revolução social envolvendo a derrubada das elites governantes e a criação do socialismo libertário. Isso era apenas um
potencial, e nem sempre a luta de classes era, argumentou ele, o fator único ou decisivo na sociedade, mas era central. Em
contraste, os marxistas argumentam que o conflito de classes sempre desempenha o papel decisivo e fundamental na história dos
sistemas hierárquicos baseados em classes, como o capitalismo e o feudalismo.[3] Os marxistas referem-se a suas manifestações
abertas como guerra de classes, uma luta cuja resolução em favor da classe trabalhadora é vista por eles como inevitável sob o
capitalismo plutocrático.
Sociedades pré-capitalistas
Onde as sociedades são socialmente divididas com base em status, riqueza ou controle social da produção e distribuição, as
estruturas das classes surgem e, portanto, são covalentes com a própria civilização. Está bem documentado desde pelo menos a
Antiguidade Clássica europeia (Conflito das Ordens, Espártaco, etc.) [4] e as várias revoltas populares na Europa medieval tardia
e em outros lugares.

Uma das primeiras análises desses conflitos encontra-se no livro A Guerra Camponesa Alemã de Friedrich Engels.[5] Uma das
primeiras análises do desenvolvimento de classes como fator de conflitos entre classes emergentes está disponível em
Mutualismo: Um Fator de Evolução de Piotr Kropotkin. Neste trabalho, Kropotkin analisa a partilha de bens após a morte em
sociedades pré-classe ou caçadora-coletora, e como a herança produziu as divisões e os conflitos iniciais de classe.

Século XXI nos Estados Unidos


O bilionário e amigo de Warren Buffett, George Soros aborda o uso pejorativo do termo pelo direito conservador afirmando:
"Falando como a pessoa que seria mais prejudicada por isso, acho que meus colegas gestores de fundos de cobertura convocam
essa guerra de classe porque eles não gostariam de pagar mais impostos".[6]

Bill Moyers, por exemplo, pronunciou um discurso no Brennan Center for Justice em Dezembro de 2013, intitulado "The Great
American Class War", referente à luta atual entre democracia e plutocracia nos EUA.[7] Chris Hedges escreveu uma coluna para o
site Truthdig chamada "vamos ganhar esta guerra de classes que começou", citando o single da cantora Pink, "Get the Party
Started".[8] [9]

O historiador Steve Fraser, autor de The Age of Acquiescence: The Life and Death of American Resistance to Organized Wealth
and Power, afirma que o conflito de classes é inevitável se as condições políticas e econômicas atuais continuarem, observando
que "as pessoas estão cada vez mais cansadas... suas vozes não são ouvidas. E acho que isso só pode durar tanto tempo sem que
existam mais e mais surtos do que costumava chamar de luta de classes, guerra de classes."[10]

Sociedades capitalistas
O exemplo típico de luta de classes descrito é o conflito dentro do capitalismo. Este conflito de classe é visto principalmente entre
a burguesia e o proletariado, e assume a forma de desentendimento sobre horas de trabalho, valor dos salários, divisão dos lucros,
custo dos bens de consumo, cultura no trabalho, controle do parlamento ou burocracia e desigualdade econômica. A
implementação de programas governamentais que podem parecer puramente humanitários, como a prevenção de acidentes de
trabalho, pode realmente ser uma forma de conflito de classe.[11] No conflito de classes dos EUA, muitas vezes é observado em
conflitos capital-trabalho. Já em 1933, o representante Edward Hamilton da ALPA, (Air Line Pilots Association, International),
usou o termo "guerra de classes" para descrever a oposição da administração aérea nas audiências do National Labor Board
(Conselho Nacional do Trabalho) em Outubro daquele ano.[12] Além dessas formas cotidianas de conflito de classe, durante
períodos de crise, o conflito de classe revolucionário assume uma natureza violenta e envolve repressão, assalto, restrição de
liberdades civis e violência assassina, como assassinatos ou esquadrões da morte.[13]

Thomas Jefferson, Estados Unidos


Embora Thomas Jefferson (1743-1826) tenha presidido os Estados Unidos de 1801 a 1809 e, seja considerado um dos Pais
Fundadores, ele morreu com grandes dívidas. Quanto à interação entre as classes sociais, ele escreveu:

Estou convencido de que essas sociedades (como os índios), que vivem sem
“ governo, gozam em sua massa geral de um grau de felicidade infinitamente
maior do que aqueles que vivem sob os governos europeus. Entre os primeiros, ”
a opinião pública está no lugar da lei, e restringe a moral tão poderosamente
quanto as leis já fizeram em qualquer lugar. Entre estes últimos, sob pretexto de
governo, dividiram suas nações em duas classes, lobos e ovelhas. Eu não
exagero. Esta é uma imagem verdadeira da Europa. Assim sendo, creia no
espírito de nosso povo, e mantenha viva sua atenção. Não seja muito severo em
seus erros, mas corrija-os, iluminando-os. Se, uma vez que se tornem
desatentos para os assuntos públicos, você e eu, e Congresso e Assembléias,
juízes e governadores, todos se tornarão lobos. Parece ser a lei de nossa
natureza geral, apesar das exceções individuais; e a experiência declara que o
homem é o único animal que devora o seu próprio tipo, pois não posso aplicar
um termo mais ameno aos governos da Europa e à pilhagem geral dos ricos aos
pobres.
— Thomas Jefferson, Carta a Edward Carrington - 16 de Janeiro de 1787 [14].

Warren Buffett, Estados Unidos


O investidor, bilionário e filantropo Warren Buffett, uma das 10 pessoas mais ricas do mundo,[15] expressou em 2005, e
novamente em 2006, sua visão de que sua classe (a "classe rica") está travando uma guerra de classes contra o restante da
sociedade. Em 2005, Buffet disse à CNN: "É uma guerra de classes, minha classe está ganhando, mas ela não deveria estar."[16]
Numa entrevista concedida em Novembro de 2006 ao The New York Times, Buffett afirmou que "[aqui] é a guerra de classes,
tudo certo, mas é a minha classe, a classe rica, que está fazendo esta guerra e estamos ganhando."[17] Mais tarde, Warren doou
de metade de sua fortuna a causas de caridade através de um programa desenvolvido por ele e o [[magnata] dos softwares Bill
Gates.[18] Em 2011, Buffett rogou aos legisladores que "...parasem de mimar os super ricos."[19]

Noam Chomsky
Noam Chomsky, linguista, filósofo e ativista político americano criticou a luta de classes nos
Estados Unidos:

Bem, sempre há uma guerra de classes acontecendo.


“ Os Estados Unidos, numa extensão incomum, é uma
sociedade administrada por empresas, mais do que ”
qualquer outra. As classes de negócios tem muito
mais consciência de classe: eles constantemente
estão lutando uma guerra de classes amarga para
aumentar seu poder e diminuir o da oposição.
Ocasionalmente isso é reconhecido... Os enormes
benefícios concedidos aos muito ricos, os privilégios Noam Chomsky.
para os muito ricos aqui são muito além dos de outras
sociedades comparáveis e fazem parte da guerra de
classes em curso. Dê uma olhada nos salários do
CEO...
— Noam Chomsky [20].

Max Weber, Alemanha


Max Weber (1864-1920) concorda com as ideias fundamentais de Karl Marx sobre a economia provocar conflitos de classe, mas
afirma que o conflito de classe também pode resultar de prestígio e poder.[21] Weber argumenta que as classes provêm dos
diferentes locais de propriedade. Diferentes locais podem afetar em grande parte a classe de alguém por sua educação, e as
pessoas associadas.[21] Ele também afirma que o prestígio resulta em diferentes agrupamentos de status. Esse prestígio é baseado
no status social de seus pais. Prestígio é um valor atribuído que, muitas vezes, não pode ser alterado. Weber afirma que as
diferenças de poder levaram à criação dos partidos políticos.[21] Weber discorda de Marx sobre a formação das classes. Enquanto
Marx acredita que os grupos são semelhantes devido ao seu status econômico, Weber argumenta que as classes são em grande
parte formadas pelo status social.[21] Weber não acredita que as comunidades são formadas por uma posição econômica, mas por
um prestígio social semelhante.[21] Weber reconhece que há uma relação entre status social, prestígio social e classes.[21]

Primavera árabe
Numerosos fatores culminaram com o que se conhece como a Primavera Árabe. A agenda por trás do conflito civil e a derrubada
final dos governos autoritários em todo o Oriente Médio incluíram questões como ditadura ou monarquia absoluta, violações dos
direitos humanos, corrupção governamental (demonstrada pelos telegramas diplomáticos vazados pelo Wikileaks),[22] declínio
econômico, desemprego, extrema pobreza e uma série de fatores estruturais demográficos,[23] como uma grande porcentagem de
jovens educados mas insatisfeitos dentro da população.[24] Além disso, alguns, como o filósofo esloveno Slavoj Žižek atribuem
os protestos eleitorais no Irã em 2009 como uma das razões por trás da Primavera Árabe.[25] Os indutores das revoltas nos países
do norte da África e do Golfo Pérsico têm sido a concentração da riqueza nas mãos dos autocratas, no poder há décadas,
transparência insuficiente de sua redistribuição, corrupção e, especialmente, a recusa dos jovens em aceitar o status quo.[26] [27]

Uma vez as ameaças à segurança alimentar afetaram todo o mundo, os preços aproximaram-se dos níveis da crise de alimentos de
2007-2008.[28] A Anistia Internacional destacou o vazamento dos telegramas diplomáticos dos EUA, pelo Wikileaks, como o
catalisador das revoltas.[29]

Socialismo

Perspectiva marxista
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo, nascido na Alemanha que viveu a maior parte
de sua vida adulta em Londres, Inglaterra. No Manifesto Comunista, Marx argumentou
que uma classe é formada quando seus membros conseguem a consciência de classe e
a solidariedade.[21] Isso ocorre amplamente quando os membros de uma classe se
tornam conscientes de sua exploração e do conflito com outra classe. Uma classe então
realizará seus interesses compartilhados numa identidade comum. De acordo com
Marx, uma classe irá então agir contra aqueles que a estão explorando as classes mais
baixas.

O que Marx ressalta é que os membros de cada uma das duas classes principais têm
interesses em comum. Estas classes, ou interesses coletivos, estão em conflito com os
da outra classe como um todo. Isso, por sua vez, leva a conflitos entre indivíduos de Karl Marx em 1875.
diferentes classes.

A análise marxista da sociedade identifica dois grupos sociais principais:

Trabalho: (o proletariado ou os trabalhadores) inclui qualquer pessoa que ganhe seu sustento vendendo sua
força de trabalho e recebendo um salário pelo tempo de trabalho. Estes têm pouca escolha senão trabalhar para
o capital, já que normalmente não dispõem de nenhuma forma de sobreviver independentemente.
Capital: (a burguesia ou os capitalistas) inclui qualquer pessoa que obtém sua renda não do trabalho, tanto
quanto da mais-valia que eles apropriam dos trabalhadores que criam a riqueza. A renda dos capitalistas,
portanto, é baseada em sua exploração dos trabalhadores (proletariado).
Nem todas as lutas de classe são violentas ou necessariamente radicais, como acontece com greves e locautes. O antagonismo de
classe pode, em vez disso, ser expresso como a baixa moral dos trabalhadores, sabotagem e roubos menores, e abuso individual
de trabalhadores por autoridades menores e acúmulo de informações. Também pode ser expresso em maior escala por apoio a
partidos socialistas ou populistas. Do lado dos empregadores, o uso de empresas legais que reúnem sindicatos e o lobby para leis
anti-sindicais são formas de luta de classes.
Nem toda a luta de classes é uma ameaça ao capitalismo, nem mesmo à autoridade de um capitalista individual. Uma luta estreita
por salários mais altos por um pequeno setor da classe trabalhadora, o que muitas vezes se chama "economismo", dificilmente
ameaça o status quo. De fato, ao aplicar as táticas artesanais para excluir trabalhadores qualificados, uma luta econômica pode até
enfraquecer a classe trabalhadora como um todo dividindo-a. A luta de classes se torna mais importante no processo histórico à
medida que se torna mais geral, à medida que as indústrias são modernas e não artesanais, à medida que a consciência de classe
dos trabalhadores aumenta e se auto-organizam fora dos partidos políticos. Marx se referiu a isso como o progresso do
proletariado de ser uma classe "em si", uma posição na estrutura social, ser um "para si", uma força ativa e consciente que poderia
mudar o mundo.

Marx responsabiliza, em grande parte, a sociedade de capital industrial como a fonte da estratificação social, o que, em última
instância, resulta em conflitos de classes.[21] Ele afirma que o capitalismo cria uma divisão entre as classes que pode ser
claramente observada nas fábricas de manufatura. O proletariado está separado da burguesia porque a produção se torna uma
empresa social. A tecnologia presente nas fábricas contribui para esta divisão. A tecnologia aliena os trabalhadores, já que eles
não são mais vistos como tendo uma habilidade especializada.[21] Outro efeito da tecnologia é uma força de trabalho homogênea
que pode ser facilmente substituível. Marx acreditava que este conflito de classe resultaria na queda da burguesia e que a
propriedade privada se converteria em propriedade comum.[21] O modo de produção permaneceria, mas a propriedade
comunitária eliminaria a luta de classes.[21]

Mesmo depois de uma revolução, as duas classes se esforçariam, mas, eventualmente, a luta desapareceria e as classes se
dissolveriam. À medida que os limites da classe se quebrassem, o aparelho estatal desapareceria. De acordo com Marx, a
principal tarefa de qualquer aparelho estatal é defender o poder da classe dominante; mas sem qualquer classe, não haveria
necessidade de um estado. Isso levaria à sociedade comunista sem classes e, sem estado.

União Soviética e sociedades similares


Uma variedade de pensadores predominantemente trotskistas e anarquistas argumentam que o conflito de classes existia em
sociedades de estilo soviético. Seus argumentos descrevem como uma classe o estrato burocrático formado pelo partido político
dominante (conhecido como Nomenklatura na União Soviética) - às vezes denominado uma "nova classe" [30] - que controla e
guia os meios de produção. Esta classe dominante é vista como sendo contrária ao restante da sociedade, geralmente considerado
o proletariado. Este tipo de sistema é referido por eles como socialismo de estado, capitalismo de estado, coletivismo burocrático
ou sociedades de "novas classes". (Cliff; Ðilas 1957) O marxismo era um poder ideológico tão predominante no que se tornou a
União Soviética, uma vez que um grupo marxista conhecido como Partido Operário Social-Democrata Russo se formou no país,
antes de 1917. Este partido logo se dividiu em duas facções principais; os bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin, e os
mencheviques, liderados por Julius Martov.

No entanto, muitos marxistas argumentam que, ao contrário do capitalismo, as elites soviéticas não possuíam os meios de
produção, nem geravam mais-valias para a riqueza pessoal, como no capitalismo, já que o lucro gerado da economia era
distribuído igualmente na sociedade soviética.[31] Mesmo um trotskista como Ernest Mandel criticou o conceito de uma nova
classe dominante como um oxímoro. Ele disse: "A hipótese de que a burocracia seja uma nova classe dominante leva à
conclusão de que, pela primeira vez na história, somos confrontados com uma "classe dominante" que não existe como uma
classe antes de realmente governar."[32]

Perspectivas não marxistas


Comentaristas sociais, historiadores e teóricos socialistas comentaram sobre a luta de classes algum tempo antes de Marx, bem
como a conexão entre a luta de classes, propriedade e lei: Augustin Thierry,[33] François Guizot, François Mignet e Adolphe
Thiers. Os fisiocratas, David Ricardo, e depois de Marx, Henry George notou o distribuição inelástica da terra e argumentou que
isso criou certos privilégios (locação) para os proprietários de terras. De acordo com o historiador Arnold Toynbee, a
estratificação ao longo das linhas da classe aparece apenas dentro das civilizações e, além disso, só aparece durante o processo de
declínio da civilização enquanto não caracteriza a fase de crescimento de uma civilização.[34]

Proudhon, em sua obra O Que É a Propriedade? (1840) afirma que "certas classes não saboreiam a investigação sobre os títulos
pretendidos para a propriedade e sua história fabulosa e talvez escandalosa."[35] Enquanto Proudhon viu que a solução surgiria
quando as classes mais baixas criassem uma alternativa, a economia solidária, que centraria-se em cooperativas e locais de
trabalho autogeridos, que concorreriam e lentamente, substituiriam a sociedade de classes capitalista, o anarquista Mikhail
Bakunin, sob a influência de Proudhon, insistiu em que uma luta de classes maciça, da classe trabalhadora, camponesa e pobre,
era essencial para a criação do socialismo libertário. Isso exigiria um confronto (final) sob a forma de uma revolução social.

Os fascistas muitas vezes se opuseram à luta de classes e, em vez disso, tentaram atrair a classe trabalhadora, prometendo
preservar as classes sociais existentes e propuseram um conceito alternativo conhecido como colaboração de classes.

Raça vs. classe


Em consonância com a sua perspectiva internacionalista, o
marxismo ortodoxo e a maioria das tendências da esquerda,
rejeita o racismo, o sexismo, etc., como lutas dentro da ordem
capitalista que são distrações da luta de classes, o conflito real,
que impede que os antagonistas alegados atuem em seu interesse
de classe comum.

De acordo com Michel Foucault, no século XIX, a noção


essencialista de "raça" foi incorporada por racistas, biólogos e
eugenistas, que lhe deram o senso moderno de "raça biológica"
que foi então integrada ao "racismo estatal". Por outro lado,
Trabalhadores negros desempregados no calor do
Foucault afirma que, quando os marxistas desenvolveram o
verão na Filadélfia, Estados Unidos, 1973.
conceito de "luta de classes", eles foram parcialmente inspirados
pelas noções antigas e não biológicas da "raça" e da "luta racial".
Em uma carta a Friedrich Engels em 1882, Karl Marx escreveu: "Você sabe muito bem onde encontramos a nossa ideia de luta de
classes; descobrimos isso no trabalho dos historiadores franceses que falaram sobre a luta racial."[36] Para Foucault, o tema da
guerra social fornece o princípio primordial que liga a luta de classes e raças.[37]

Moses Hess, um importante teórico e trabalhista sionista do movimento socialista inicial, no epílogo do livro "Roma e Jerusalém"
(1862) argumentou que "a luta racial é primária, a luta de classes secundária... Com a cessação do antagonismo racial, a luta de
classes também se paralisará. A igualdade de todas as classes da sociedade seguirá necessariamente a emancipação de todas as
raças, pois ela se tornará uma questão científica da economia social."[38]

Nos tempos modernos, as escolas de pensamento emergentes nos EUA e noutros países sustentam o oposto como verdade.[39]
Argumenta-se que a luta racial é menos importante, porque a luta primária é a de classes, já que o trabalho de todas as raças
humanas enfrenta os mesmos problemas e injustiças.

Cronologia
Os conflitos com de fundo basicamente nacionalista não estão incluídos.

Antiguidade Clássica
Conflito das Ordens (República Romana, 494 a.C.-287 a.C.)
Guerras Servis (135 a.C.–132 a.C., 104 a.C.–100 a.C., 73 a.C.–71 a.C.)

Idade Média
Revolta camponesa de 1381
Jacquerie (1358)

Idade Moderna
Guerra dos Camponeses (1524-1525)
Guerra civil inglesa (escavadores, 1642-1649)

Idade Contemporânea
Revolução Francesa (1789) [40]
Revoluções de 1848
Comuna de Paris (1871)
Rebelião Camponesa Donghak (1894-1895)
Revolução Russa de 1905
Revolta dos Camponeses Romenos de 1907
Revolução Mexicana (1910-1920) A rebelião de György Dózsa, em
Revolução de Outubro (1917) 1514, espalhou-se rapidamente no
Revolta de Kronstadt (1921) Reino da Hungria, onde centenas
Greve geral de 1926 no Reino Unido de casas senhoriais e castelos
Guerra Civil Espanhola (1936-1939) foram queimados e milhares
Revolta de 1953 na Alemanha Oriental dentre a pequena nobreza
Revolução Cubana (1953-1959) morreram.
Revolução Húngara de 1956
Maio de 1968 (França)
Greve selvagens (Alemanha Ocidental, 1969)
Crise constitucional russa de 1993
Distúrbios de 2008 na Grécia
Revolução Quirguiz de 2010
Revolução Egípcia de 2011
Tumultos na Inglaterra em 2011
Fórum Social Mundial
Fórum Econômico Mundial

Críticas
Essas críticas podem ser divididas em dois pontos de vista gerais: aqueles que questionam a própria existência das classes sociais
como tais e, consequentemente, qualquer conflito central entre a sociedade e aqueles que rejeitam a função da luta de classes
como um fator determinante ("motor") da história.

Assim, por exemplo, Ludwig von Mises questiona o conceito de classes, pelo menos no sentido da linha que vai de Rosseau a
Marx, como baseado ou definido por fatores econômicos, afirmando que o fator determinante na oposição percebida é o fator
político-ideológico, que teria criado tal oposição.

Se você quiser aplicar o termo "luta" aos esforços que as pessoas fazem no
mercado, para garantir o melhor preço possível em certas condições, a
“ economia é um teatro de luta permanente de todos contra todos, e não um luta
de classes. O que tem sido capaz de agrupar os trabalhadores para fins de ação

comum, contra a classe burguesa, é a teoria da oposição insuperável dos
interesses de classe. O que fez uma realidade da luta de classes é a consciência
de classe criada pela ideologia marxista. É a ideia que criou a classe e não a
classe que criou a ideia.
— Ludwig von Mises [41].
Por outro lado, Karl Popper estima que conceitos como "luta de classes" têm uma
Ludwig von Mises.
função interpretativa da história (ver: Historiografia como meta-história em
Historiografia). Como tal, eles são perfeitamente "irrefutáveis". Mas é fácil cair no
erro "historicista" quando são usados como teorias ou fatores preditivos do desenvolvimento futuro de eventos. Em outras
palavras, Popper faz a distinção entre os elementos que nos permitem - de forma mais ou menos semelhante à que as teorias
cumprem na ciência - para interpretar os eventos de algum ponto de vista que nos interessa (sendo o método científico empregado
na eliminação de falácias e preconceitos) e teorias científicas. Tais fatores interpretativos têm, em sua opinião, uma diferença
essencial com as teorias da ciência: não são falseáveis ou refutáveis e, portanto, não se pode dizer que constitua uma explicação
científica da história (no sentido de mostrar ou descobrir as leis naturais que determinam o funcionamento do desenvolvimento
humano ou social), mas sim seriam um foco histórico ou narrativo de um determinado ponto de vista.[42]

Divisão da sociedade
O conceito de luta de classes foi criticado por dividir artificialmente a sociedade em dois campos hostis, além de defender o ódio
e a violência de classe. Esta é a censura tradicionalmente abordada pela direita conservadora ou liberal. Os conservadores
geralmente defendem o conceito de "colaboração de classes" que, de acordo com os defensores do conceito de luta de classes, é
apenas "a exploração de uma classe por outra". Pitirim Sorokin discorda da teoria marxista, que responsabiliza a luta de classes
como determinante dos rumos da história humana, afirmando que: "a cooperação entre as classes sociais, é um fenômeno ainda
mais universal do que o antagonismo entre elas."[43]

A Doutrina Social da Igreja também condena a luta de classes. Em sua famosa encíclica
Rerum Novarum, o Papa Leão XIII reconheceu a existência de duas classes:[44]

A violência das convulsões sociais dividiu o corpo


“ social em duas classes e cavou entre eles um imenso
abismo. Por um lado, uma facção, toda poderosa por ”
sua riqueza. Mestra absoluta da indústria e do
comércio, ela desvia o curso da riqueza e, de fato,
reúne todas as fontes. Está em suas mãos mais de
uma jurisdição da administração pública. Por outro
lado, uma multidão destituída e fraca, a alma
ulcerada, sempre pronta para a desordem. Papa Leão XIII.
— Papa Leão XIII [44].
Mas ele recusa a ideia de "luta" entre as duas.

No entanto, as conciliações do conceito de luta de classes e ideais cristãos foram tentadas, particularmente através da teologia da
libertação, desenvolvida nos anos 60 e 70 na América Latina. O Papa João Paulo II, no entanto, defendeu a manutenção da
doutrina social oficial da Igreja, declarando, por exemplo, em 2002, sobre a ocupação da terra no Brasil: "para alcançar a justiça
social, é necessário tornar-se além da simples aplicação de esquemas ideológicos decorrentes da luta de classes, por exemplo, a
ocupação da terra, que já condenei durante minha jornada pastoral de 1991."[45]. A doutrina social da Igreja é, portanto, opôs à
luta de classes a ideia de uma "associação de classes": "o trabalho de um e o capital do outro devem ser associados um ao outro,
uma vez que um não pode fazer nada sem a ajuda do outro" diz a encíclica Quadragesimo anno (§58) [44] publicada em 1931
pelo Papa Pio XI. A aplicação desta ideia pode ser encontrada na promoção do corporativismo cristão ou da associação capital-
trabalho defendida pelo gaullismo.

A questão de outras lutas políticas


O caso Dreyfus foi o grande caso da consciência do socialismo francês sobre o vínculo entre a luta política (neste caso, a defesa
da justiça e dos direitos humanos) e a prioridade doutrinal absoluta dada à luta de classes. Alguns socialistas hesitaram antes de se
comprometer com o capitão Alfred Dreyfus (oficial e burguês), julgando que, no caso de uma questão interna da burguesia, um
engajamento traria a luta de classes. Outros socialistas, como Rosa Luxemburgo ou Jean Jaures ("certamente, podemos, sem
contradizer nossos princípios e sem falhar a luta de classes, ouvir o choro da nossa piedade, podemos na luta revolucionária
manter as entranhas humanas"),[46] sentiram que a defesa de Dreyfus era compatível com a luta de classes.

Na sequência de Maio de 1968, alguns revolucionários criticaram os partidos marxistas ligados à luta de classes por terem
dificuldades em integrar as "novas lutas": feminismo, regionalismo, antirracismo, ecologia, etc.

A questão da participação no poder e no reformismo


O conceito de luta de classes também é criticado por socialistas reformistas ansiosos por realizar reformas sociais à frente do
"Estado Burguês". Este conceito, teoricamente, proíbe a colaboração dos ministros socialistas num governo burguês. Na França,
isto levou o partido socialista SFIO recusar a participação no governo após a vitória do Cartel des Gauches em 1924 e do Bloc
des gauches em 1932. Para resolver esta dificuldade doutrinária, o líder do SFIO, Leon Blum desenvolveu desde o do congresso
do SFIO de Janeiro de 1926, a distinção entre o "exercício do poder" (que pode tolerar um certo grau de colaboração de classe,
com o Parti républicain, radical et radical-socialiste em particular) e "conquista do poder" (resultante da luta de classes).[47]

Crítica liberal
Os defensores do liberalismo econômico desafiam a concepção marxista da luta de classes. Eles podem negar, ou elaborar uma
tipologia diferente, ou reduzir o seu alcance para o conflito sobre a distribuição do produto nacional (como Raymond Aron). Por
outro lado, Karl Popper escreveu que Marx estava correto "ao argumentar que a luta de classes e a união dos trabalhadores
seriam os principais agentes" da transformação do capitalismo.[48]

Críticas sociológicas
Outro grande eixo de crítica do conceito de luta de classes reside na validade da definição das próprias classes sociais.

O estudo das populações está cada vez mais refinado em resposta à crescente diversificação de situações e comportamentos
socioeconômicos (noção de segmentação da população).

A questão da homogeneidade das classes sociais


Alguns críticos questionaram, em particular, a homogeneidade de interesses e comportamentos existentes numa mesma classe
social. Para esses críticos, a noção de luta de classes é "simplista" [49] e, a divisão da sociedade entre trabalhadores e capitalistas
não corresponde à realidade. Neste, as pessoas com as mesmas funções estão em competição e, portanto, têm alguns interesses
conflitantes. Assim, observamos tensões protecionistas, que visam proteger empresas locais e, portanto, trabalhadores contra
outros trabalhadores, chefes contra outros chefes; tensões durante greves entre grevistas e não-grevistas; tensões entre aqueles que
estão integrados no sistema e aqueles que estão marginalizados (teoria insider-outsider). Segundo Pitirim Sorokin, "qualquer
grupo social organizado é sempre um corpo social estratificado. Não existe qualquer grupo social permanente que seja 'plano' e
no qual todos os membros são iguais."[50]
A questão das classes médias
Outras críticas baseiam-se no surgimento na segunda metade do século XX de uma grande classe média e o declínio quantitativo
da classe trabalhadora - na França em torno de 1970 - lançou um desafio sociológico-histórico para conceito de luta de classes.
Para alguns, essas evoluções sociológicas invalidam o conceito de luta de classes, que deve ser substituído por outros modos de
ação política (por exemplo, o reformismo sob a ação do Estado) ou outra forma de luta.

Para outros, o conceito de luta de classes permanece válido. A ideia da classe média foi levada em consideração por Karl Marx,
que sentiu que esta estava destinado a equiparar-se ao proletariado. No século XX, o economista Paul Boccara coloca a existência
de uma nova "classe salarial".[51]

Ver também
Agência
Análise de classe
Colaboração de classes
Consciência de classe
Escravidão do salário
Internacionalismo
Livre associação
Revolução mundial
Sociedade sem classes
Teoria da revolução permanente

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Ligações externas
Democracy Now! - 2008-2010 Study: CEOs Who Fired Most Workers Earned Highest Pay ("Estudo: CEOs que
demitiram mais trabalhadores ganharam os salários mais altos). (http://www.democracynow.org/2010/9/3/study_
ceos_who_fired_most_workers) 3 de Setembro de 2010, (em inglês) Acessado em 12/11/2017.

Friends of Blair Mountain (http://friendsofblairmountain.org/) - site que aborda a Battle of Blair Mountain (Batalha
do Monte Blair, 1921) o maior conflito trabalhista na história dos EUA. (em inglês) Acessado em 12/11/2017.

Truthdig - Let’s Get This Class War Started. ("Vamos Ganhar Esta Guerra de Classes que Começou"). (http://ww
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