História Do Maranhão
História Do Maranhão
História Do Maranhão
Invasão holandesa
Mas a estratégia não dera certo. A Companhia abusava nos preços e, por
vezes, atrasava os navios. Isso somado às péssimas condições de vida na
época, fizeram com que entre os colonos se criasse um clima de hostilidade
contra a Metropóle.
O movimento conseguiu fazer com que a Companhia fosse extinta mas não
foram atendidos sobre a expulsão dos jesuítas.
O intenso tráfego marítimo com a Metrópole, justificado pela maior proximidade com a
Europa, tornava mais fácil o acesso e as trocas comerciais com Lisboa do que com o sul
do país. Os filhos dos comerciantes ricos estudavam em Portugal.
Fidié teve que capitular, sendo preso em Caxias e depois mandado para
Portugal, onde foi recebido como herói. São Luís, a bela capital e tradicional
reduto português, foi finalmente bloqueada por mar e ameaçada de
bombardeio pela esquadra do Lord Cochrane, sendo obrigada a aderir à
Independência em 28 de julho de 1823.
A Balaiada
Apesar do povo ser "arrastado pelas grandes forças coletivas", o que Michelet
considera mais interessante no povo é a sua capacidade de ação, por esta
razão, segundo ele, o maior erro que as pessoas do povo podem cometer é
abandonar os "seus instintos" e lançar-se em busca das "abstrações e
generalidades", que, inversamente, caracterizam os homens das altas
sociedades, que os fazem ser, "homens de reflexão".
Entretanto, esta situação não é absoluta já que Beckman nunca completa esta
transição. Ele fica em uma situação intermediária entre o mundo da elite e o
mundo do povo, entre o seu status nobre de "homem de reflexão" e o
rebaixamento a "homem de ação". É esta localização especial que o habilita a
conduzir as multidões e, sob este aspecto, ele representa o protótipo do
herói.
Segundo o relato, fica claro que Beckman não teria tido o intento de instalar
uma nova ordem, mas, pelo contrário, restaurar a antiga. A manutenção da
ordem mínima, surge como um ponto de honra a ser preservado pelos
"melhores cidadãos", coisa muito diferente do que poderia fazer a "plebe".
Sobre revoluções, Lisboa não as apoia, sua atração pelo tema restringe-se às
discussões entre homens ilustrados, entre os "homens de reflexão", lugar
onde ele mesmo se situa, e de onde pode encontrar a legitimidade e a justiça
de uma revolução, que seria um movimento, como já se disse, voltado,
unicamente, contra as injustiças e a falta de liberdade política e econômica
para aqueles que identifica como cidadãos. Vai nesse sentido o liberalismo de
Lisboa.
Bibliografia
Foi uma farsa dos franceses, pois na verdade eles não tinham credencial
nenhuma e tanto é verdade , que Maria de Médicis, que reinava em nome de
seu filho, ainda menor, Luís XIII, estava ela há muito tempo negociando o
casamento dele com a princesa Ana d’Austria, filha de Felipe III, que era
portador das coroas Espanha e Portugal.
Nutria esse desejo de muito tempo e por isso, não iria autorizar um
aventureiro e conhecido pirata Daniel Ravardiere, inimigo da sua religião, a
invadir terras que eram da coroa portuguesa, desde a assinatura do Tratado
de Tordesilhas, homologado pelo Papa Alexandre VI, há 118 anos, isto é,
antes da descoberta do Brasil. O Maranhão já tinha tido, até então, vários
donatários.
Na ilha do Maranhão, já tinha existido a povoação de Nazaré, fundada pelos
náufragos remanescentes do afundamento dos navios da expedição
colonizadora de Aires da Cunha e isto mesmo foi dito por Jerônimo de
Albuquerque e Rararvardiere, como sólido e incontestável argumento de que
o Maranhão já pertencia a Portugal, cujos habitantes dessa povoação por falta
de meios, uns regressaram a Pátria e outros amasiaram-se com índias, daí
surgido uma tribo de índios ferozes, brancos, barbados que foram desimados
a ferro e a fogo em Peritoró, muitos anos depois pelos portugueses.
A Fonte das Pedras constava de alguns olhos d’água que escorria para o mar
que banhava as barracas, na época, onde se encontravam. Alexandre de
Moura fundeou sua esquadra na foz do rio Maioba, hoje Anil, em frente ao
Forte de São Luís, desembarcando imediatamente tropas especializadas
numa ponta da ilha de São Francisco, carregando estacas de faxina, dirigidas
pelo engenheiro-mor do Brasil, capitão Francisco Frias de Mesquita, que para
isso, havia se oferecido, ganhando apenas o soldo de soldado raso.
Os franceses durante os três anos e quatro meses que aqui passaram, não
trataram de erigir nenhuma cidade, como muita gente supõe. Construíram
apenas o Forte que era de madeira e que sete anos após os portugueses
erigiram outro de pedra e cal, já com o nome de São Felipe.
Em papelórios a guisa de ata, cujo original ninguém viu, ele figura como
“cavaleiro”. Já um de seus sócios de Diepe, é nesse papelório chamado
Barão de Molle. Sócio. Sim, porque a expedição foi financiada por esse barão,
Francisco de Rassilly, este católico, e os outros protestantes, e nunca pelo
Rei, acuados nas margens francesas do Canal da Mancha. Aqui, em São Luís
viviam os frades trazidos por Rassilly em desavença com os hereges de
Ravardiere e já estavam tramando a deposição deste na chefia.
Ravardiere não veio aqui estabelecer uma cidade, pois, tempo teve, mas fixar
uma feitoria de piratas, como ainda afirma Berredo, e explorar o terreno a cata
de minas e ouro, o que não conseguiu. Ravardiere daqui foi levado preso por
Alexandre de Moura para Lisboa, onde esteve guardado no Forte de Belém, à
margem direita do Rio Tejo, durante dois anos, segundo uns, e três segundo
outros.
Se fora um grande senhor, como querem seus afeiçoados fazer, crer, isso não
aconteceria, pois Luiz XIII era genro do rei espanhol e de Portugal, Felipe III,
que certamente intercederia por ele. Jerônimo de Albuquerque Maranhão,
como passou a chamar-se o fundador e construtor da cidade de São Luís,
nela faleceu, adotando também sua família o nome de Maranhão.
Essa discussão historiográfica nos interessa por demais, visto que, o tema em
questão Modernidade na Política Maranhense exige que se faça,
previamente, uma abordagem de natureza conceitual e metodológica acerca
da modernidade.
É-o devido ao homem” ( apud: BOTO, 1994,24 ). O ato social objeto de nosso
estudo, o então candidato ao governo do Estado, Sr. José Sarney, elegeu-se
com o slogan “Maranhão Novo”, ambicioso projeto político, coletivo,
arquitetado por um grupo de intelectuais maranhenses, cujo objetivo maior era
colocar o Maranhão na modernidade, e com isso resgatar agora para todo o
Estado do Maranhão e não só, para sua capital, São Luís, o título que outrora
tanto orgulho deu aos maranhenses “Atenas brasileira”. projeto esse que
como governador, o Sr, Sarney, torna-o pessoal. Mas o que sucedeu foi o
Estado do Maranhão ser roubado pela família Sarney transformando o
Maranhão em um descaso social, onde a pobreza e a insegurança predomina.
A origem do Maranhão tem por base a luta entre povos, a luta pelo território. No ano
do descobrimento do Brasil, os espanhóis foram os primeiros europeus a chegarem à
região onde hoje se encontra o Maranhão. Somente trinta e cinco anos depois, que os
portugueses tentaram ocupar o território, sem êxito.
Arquitetura
Chamada por um viajante francês de “ Pequena vila dos palácios de porcelana” , São
Luís tem o maior conjunto arquitetônico de origem portuguesa da América Latina. O
casario colonial do Centro Histórico da capital – e de algumas cidades do interior,
como Viana, Guimarães e Alcântara – é herança de um tempo de riqueza, quando o
Maranhão era um grande exportador de algodão e cana-de-açúcar.
Além das fachadas, os azulejos também eram utilizados em painéis dentro de casas e
igrejas. A arquitetura da época se caracteriza ainda pelo uso de pedras de cantaria
trazidas de Portugal, sacadas com balcões em ferro e mirantes.
Para concessão do título, também foi levada em conta a preservação dos prédios
antigos e a revitalização dos bairros que formam o Centro Histórico (especialmente a
Praia Grande, obra iniciada na década de 70 e retomada a partir de 1987, com o
Projeto Reviver, no governo do presidente José Sarney).
Carnaval
O desfile das escolas de samba é disputado atualmente por doze agremiações de São
Luís e São José de Ribamar, algumas com décadas de tradição e participação na folia.
Na passarela, também se apresentam os blocos afros e uma tradição carnavalesca:
os blocos tradicionais.
Esses grupos também fazem cortejos nas ruas do bairro histórico da Madre Deus e no
Maranhão têm um estilo único. Vestidos com roupas luxuosas, inspirados em trajes
do tempo do Império, os blocos tradicionais maranhenses têm, além do figurino, um
ritmo próprio, caracterizado pela forte e cadenciada percussão.
São João
No mês de junho, a temporada de festejos para Santo Antonio (dia 13), São João
(24), São Pedro (29) e no maranhão, São Marçal (30), reúne milhares de pessoas nos
arraiais para ver e acompanhar as danças tradicionais, além das saborosas comidas
típicas, vendidas em barracas de palha.
Festa do Divino
A Festa do Divino é uma das manifestações culturais e religiosas mais ricas e
tradicionais do Maranhão. Há indícios de que essa tradição teria chegado com a
colonização açoriana, no século XVII. Realizada em várias cidades, a festa em
homenagem ao Divino Espírito Santo ocorre em diferentes datas e de formas
variadas.
Em São Luís, essa manifestação é marcada pelo sincretismo religioso entre a religião
católica e os cultos de origem africana. Cada terreiro de mina realiza sua festa,
também associada a santos católicos e entidades espirituais. Uma das mais famosas é
a festa da Casa Fanti-Ashanti, dirigida por um dos pais-de-santo mais conhecidos de
São Luís, Pai Euclides.
É na temporada junina que as centenas de grupos reinam nos arraiais como principal
atração da cultura maranhense.
No enredo, o peão Pai Francisco mata o boi mais bonito da fazenda onde trabalha,
para satisfazer o desejo de sua esposa Catirina, que grávida, deseja comer a língua
do animal, estima do fazendeiro.
Sotaques
O bumba meu boi é brincados em diferentes estilos, conhecidos como sotaques. Cada
um tem ritmo, roupa, instrumento e coreografia próprios. Os principais são os de
matraca (ou da ilha), zabumba, orquestra, baixada e costa de mão (ou Cururupu).
Também há grupos mais recentes que não seguem um único sotaque e,
principalmente no interior do estado, outros que seguem estilo próprio, que não se
enquadra a nenhuma das categorias mais específicas.
Tambor de Crioula – Patrimônio Imaterial do Brasil
Manifestação cultural de matriz afro-brasileira, o tambor de crioula mistura dança,
canto e percussão de tambores. No carnaval, nos festejos juninos, em louvor a São
Benedito ou associado a outras festas, o tambor de crioula não tem data específica e
pode ocorrer ao longo de todo o ano, no interior de terreiros ou ao ar livre.
Com saias rodadas de chitão (tecido) florido, blusa branca com rendas e babados,
torso na cabeça e colares, as dançarinas do tambor de crioula, chamadas de
coureiras, se dispõem em formação circular e dançam diante dos percussionistas. Um
passo tradicional na dança é a punga, ou pungada, uma espécie de cumprimento –
feito com o toque do ventre – entre a coureira que vai sair da roda e outra que vai
dançar no centro da formação.
Reconhecimento
A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) define
como Patrimônio Cultural Imaterial “as práticas, representações, expressões,
conhecimentos e técnicas junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares
culturais que lhes são associados que as comunidades, os grupos e, em alguns casos,
os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural”.
Tambor de mina
Diferente do tambor de crioula, o tambor de mina não é dançado como simples
diversão e faz parte dos rituais da umbanda, religião afro-brasileira trazida pelos
descendentes negros de origem jeje e nagô. O culto é realizado nos terreiros, onde os
iniciados cultuam, invocam e incorporam entidades espirituais. Com roupas especiais
para a ocasião, os integrantes cantam e tocam instrumentos como tambores,
cabaças, triângulos e agogôs.
Entre as casas de culto religioso em São Luis, a mais antiga é a Casa das Minas,
fundada no século XIX. Comandada por mulheres, é uma casa de culto aos voduns
(entidades do reino africano de Dahomé atual Benin), pertencente ao vodum
Zomadônu, da família real de Davice. Único terreno de mina-jeje de São Luís é muito
visitada durante a Festa do Divino. Além da Casa das Minas, a Casa de Nagô e a Casa
Fanti-Ashanti também merecem destaque.
Com três mil metros quadrados de área construída e esculpido com o primor da
arquitetura neoclássica, o forte erguido em 1612 pelos franceses transformou-se em
um suntuoso palácio nos tempos do governador Joaquim de Mello e Póvoas, no ano
de 1766.
O prédio é um dos mais antigos construídos na Ilha de São Luís, é hoje vigiado por
duas imponentes estátuas de leões, em bronze, dispostas em frente à fachada e que
representam o poder executivo. Na entrada principal, uma escadaria é o caminho
para a ala nobre, com seus cinco salões principais.
O Palácio dos Leões é uma viagem extraordinária ao passado, arte, cultura e política
do Brasil.
Maranhão, um Brasil de descobertas
O Maranhão tem revelado ao mundo que, desde tempos antigos, cultiva a beleza e a
tradição. Aqui, você descobre que ser Amazônia e, ao mesmo tempo, Nordeste
resulta numa beleza natural com forte poder de atração.
Fonte: www.ma.gov.br
Maranhão
São Luís
O Pólo São Luís abrange os municípios que compõem a Ilha,a capital São Luís, São
José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, e a cidade Monumento de Alcântara.
São Luís foi fundada em 1612 por franceses, invadida por holandeses, mas
totalmente construída pelos portugueses.
Seu famoso conjunto arquitetônico, do Centro Histórico, com cerca de 5 mil imóveis
datados dos séculos XVII e XIX, remetem qualquer pessoa a um passado de muita
riqueza, onde barões e prósperos comerciantes acumularam fortunas.
Se a opção é a natureza, basta lembrar que São Luís está localizada numa ilha,
cercada de belas praias. Ponta D’ Areia, Calhau, Olho D’ Água e Araçagy são
algumas opções.
Fonte:www.turismo.ma.gov.br
Maranhão
O estado possui rotas ferroviárias e rodoviárias que se interligam e levam até São
Luís, onde fica o porto com capacidade para exportar toda produção do Maranhão e
estados vizinhos.
Vegetação: Mata dos Cocais a Leste, mangues no litoral, floresta Amazônica a Oeste,
cerrado ao Sul.
Maranhão
O objetivo deste trabalho é analisar algumas das significações que Lisboa emprestou
a “povo”, “moradores”, “cidadãos”, “plebe” e “turba”: a relação entre “povo” e “herói”
e seus conceitos de “ordem” e “desordem”.
Povo é o elemento passivo, apesar de agente da desordem, porque é nele que agem
as forças coletivas, não pode controlar as ações, ao contrário, é levado por elas,
tornando-se, então, a força incontrolável que irrompe em excessos e conduz à
desordem.
O sujeito da ação dos eventos narrados é Manuel Beckman, personagem que agrega
os valores capazes de lhe conferir a condição de um herói. Mesmo assim, com o
desenrolar dos acontecimentos, ele também passará a ser afetado pelas forras
coletivas.
Esta idéia nos permite uma aproximação com as observações de Michelet no livro “O
Povo”, de l846. Interessante porque, ambos se consideram liberais e poucos anos
separam as duas obras. Podemos usar, portanto, algumas chaves presentes em
Michelet para interpretar Lisboa.
Em ambos os escritores está presente a idéia de que o povo é arrastado por grandes
forças coletivas; bem como, a distinção que fazem entre “homens de reflexão”,
binômio de onde emergirá afigura do herói, ou para usar a denominação de Michelet,
do gênio individual.
Apesar do povo ser “arrastado pelas grandes forças coletivas”, o que Michelet
considera mais interessante no povo é a sua capacidade de ação, por esta razão,
segundo ele, o maior erro que as pessoas do povo podem cometer é abandonar os
“seus instintos” e lançar-se em busca das “abstrações e generalidades”, que,
inversamente, caracterizam os homens das altas sociedades, que os fazem ser,
“homens de reflexão”.
O limite a que chegou Michelet ao abordar o tema “povo” é revelado pela inversão
que faz: ao invés de colocar o homem de gênio no povo, coloca o povo dentro do
homem gênio.
O que importava era que não se subvertesse a rotina naquele lugar. A novidade
maléfica é a revolução que se anuncia através de uma série de pequenos incidentes
que acabam por degenera-se até causar a deflagração da desordem no sistema. É
exatamente isto que diz Francisco Lisboa “… em regra as crises natureza nunca
deixam de trazer consigo todos os elementos indispensáveis a seu completo
desenvolvimento”. Esta mentalidade é a marca da permanência e da continuidade
mantidas pela Corte como garantia da manutenção de seu poder.
As calamidades naturais entram no rol das causas gerais que se acumulam para agir
de uma só vez, culminando no processo incontrolável que escapa ao controle humano
e leva à revolução. O “povo” é o elemento impulsionado pelas “causas gerais”, não
possui ação própria, ele é mostrado como uma massa passiva pronta a ser conduzida.
Segundo o relato, fica claro que Beckman não teria tido o intento de instalar uma
nova ordem, mas, pelo contrário, restaurar a antiga. A manutenção da ordem
mínima, surge como um ponto de honra a ser preservado pelos “melhores cidadãos”,
coisa muito diferente do que poderia fazer a “plebe”.
O início dos infortúnios de Beckman dera-se com o rompimento com o acordo tácito
que mantinha as aparências “da aceitação voluntária do povo”.
Poderia parecer absurdo, que Lisboa acabe reverenciando a revolução pela sua
moderação, “respeito à vida”, à “fazenda” e aos direitos dos adversários”. O respeito
à “fazenda”, serve para diferenciar estas de outras revoltas menos nobres descritas
como “simples fatos materiais”, enquanto que, por outro lado, uma revolução feita de
idéias poderia, facilmente, permanecer restrita aos salões da República das Letras,
em perfeito isolamento dos ditames da tão temida necessidade. É ao intelecto que
deve estar ligada a revolução e não à necessidade. Esta é a divisão entre “homens e
reflexão” e “homens de ação”, de que nos fala Michelet, e que parece fornecer os
limites do mundo de Francisco Lisboa.
Bibliografia
Lisboa, J. Francisco. Crônica do Brasil colonial: apontamentos para a história do
Maranhão, Petrópolis: Vozes, l976.
Michelet, Jules. O Povo, SP: Martins Fontes, l988.
Localização:Região Nordeste.
Ponto mais alto:localizado na Chapada das Mangabeiras (804 metros)
Região Nordeste
Estados limítrofes Piauí, Tocantins e Pará
Mesorregiões 5
Microrregiões 21
Municípios 217
População
2006 estim. 6.184.538 hab. (10º)
Brasão do Maranhão
Habitante
Maranhense
Principais Municípios
São Luís, Imperatriz, Caxias, Codó, Santa Luzia, Bacabal.
Atividades Econômicas
extração de babaçu e cera de carnaúba, pecuária (bovinos, suínos), avicultura,
agricultura (milho, arroz, mandioca, feijão, algodão, cana-de-açúcar, laranja), pesca
(camarões, lagosta) e minerais (calcário, gás natural, gipsita, petróleo e sal marinho).
Geografia
Estado referente à região do Nordeste brasileiro. O Maranhão tem fronteiras estaduais
com os seguintes Estados: Piauí (ao leste), Tocantins (ao sudoeste) e Pará (ao
oeste). Ao norte, o Estado é limitado pelo Oceano Atlântico. São Luís é a capital do
Estado e sua cidade mais populosa, situada na região da costa atlântica,
apresentando um litoral bastante recortado.
Hidrografia
A rede hidrográfica maranhense é, em sua maior parte, pertencente à bacia do Norte
e Nordeste. Entre os principais rios do Estado se encontra o Paranaíba, dividido com o
Piauí na região fronteiriça entre os dois Estados. Outros rios que banham o território
do Maranhão são o Gurupi (zona de fronteira com o Pará), o Tocantins (zona de
fronteira do Maranhão com Tocantins), Turiaçu, Itapecuru, Pindaré, Grajaú e Mearim.
Outro fator condicionante do clima no Estado é sua posição geográfica, dividida entre
a área situada no complexo amazônico, ao noroeste, onde o clima tende à
caracterização como equatorial, e a área situada na região semi-árida do Nordeste
brasileiro.
Relevo
O relevo maranhense é basicamente dividido em duas grandes áreas: a região de
planície no litoral e a região de planalto nas demais áreas do Estado. A planície
caracteriza-se pela presença de tabuleiros (pequenos platôs) e baixadas alagadiças.
Esta região de planície chega a avançar, a partir de sua região central, em direção ao
interior do território. Quanto ao planalto, com forma tabular e de formação basáltica a
partir do mesozóico, há a presença de áreas de chapadas, com escarpas que
constituem, por exemplo,as serras da Desordem, da Canela e das Alpercatas.
Economia
As atividades econômicas predominantes no Estado do Maranhão são a agropecuária
e o extrativismo vegetal: o arroz é o principal produto agrícola, em conjunto com o
milho, a mandioca, o feijão e a cana-de-açúcar; o babaçu é o produto de extração de
extrema importância para a economia do Estado, seguido da carnaúba.
A pecuária regional tem os bovinos, caprinos, asininos e suínos entre seus principais
rebanhos.
Etnias
O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do país, o que pode ser
demonstrado pelo número de 68,8% de pardos auto-declarados ao IBGE, resultado
da grande concentração de escravos indígenas e africanos nas lavouras de cana,
arroz e algodão; os grupos indígenas remanescentes e predominantes são dos grupos
linguísticos Jê e Tupi. No tronco Macro-Jê destaca-se a família Jê, com povos falantes
da língua Timbira (Mehim), Kanela (Apanyekra e Ramkokamekra), Krikati, Gavião
(Pukobyê), Kokuiregatejê, Timbira do Pindaré e Krejê. No Tronco Tupi a família tupi-
guarani, com os povos falantes das línguas Tenetehára: Guajajara, Tembé e Urubu-
Kaapor, além dos Awá-Guajá e e um pequeno grupo Guarani. concentrados
principalmente na pré-Amazônia, no Alto Mearim e na região de Barra do Corda e
Grajaú.
Gentílico
Maranhense
Hora local
A mesma em relação a Brasília.
Hino do Maranhão
I
“Entre o rumor das selvas seculares,
Ouviste um dia no espaço azul, vibrando,
O troar das bombardas nos combates,
E, após, um hino festival, soando.
Estribilho
Salve Pátria, Pátria amada!
Maranhão, Maranhão, berço de heróis,
Por divisa tens a glória
Por nome, nossos avós.
II
Era a guerra, a vitória, a morte e a vida
E, com a vitória, a glória entrelaçada,
Caía do invasor a audácia estranha,
Surgia do direito a luz dourada.
III
Quando às irmãs os braços estendeste,
Foi com a glória a fulgir no teu semblante
E foi sempre envolta na tua luz celeste,
Pátria de heróis, tens caminhado avante.
IV
Reprimiste o flamengo aventureiro,
E o forçaste a no mar buscar guarida
Dois séculos depois, disseste ao luso:
– A liberdade é o sol que nos dá vida.
V
E na estrada esplendente do futuro,
Fitas o olhar, altiva e sobranceira,
Dê-te o porvir as glórias do passado
Seja de glória tua existência inteira.”
Fonte:www.achetudoeregiao.com.br
Maranhão
O encanto de São Luís e de Alcântara, onde a mistura entre negro, índios e brancos
resultou em um sólido e exuberante patrimônio cultural, vem, durante vários séculos,
impressionando muitos viajantes. Agora está se revelando, para pioneiros novos, o
grande potencial do Maranhão para o ecoturismo. Conhecer as maravilhas do Estado
exige espírito de aventura.
Cultura Popular
Bumba-Meu-Boi
O Bumba-meu-boi é uma das mais expressivas manifestações culturais do Maranhão.
Este espetáculo de música, dança, cantos e cores arrebata os sentidos e alegra as
noites de São João em São Luís.
Produto da mistura de brancos, negros e índios, estas influências estão presentes nos
diferentes estilos de boi – os chamados “sotaques”. São 3 os principais sotaques:
Boi de matraca: de marcada influência indígena, se caracteriza pela utilização da
matraca, um instrumento construído com pequenas tábuas que fazem a percussão;
Cada sotaque é uma batida, um ritmo diferente. E com o sotaque mudam também as
indumentárias, as cenografias e as toadas. O resultado é uma festa, uma mistura de
sons, ritmos e cores, que arrebata a assistência. Um espetáculo de grande beleza e
valor cultural inestimável.
São João
O São João do Maranhão é uma comemoração sem igual em todo o Brasil. A partir O
São João do Maranhão é uma comemoração sem igual em todo o Brasil. A partir da
segunda quinzena do mês de junho, a cidade de São Luís se transforma num grande
arraial.
Esta fantástica mistura de teatro, dança e folclore, com traços semelhantes aos autos
medievais, tem as suas origens perdidas no tempo. Mas até hoje ele empolga e
arrebata a assistência. Suas cores, a beleza das suas coreografias, o brilho das
fantasias, o esvoaçar das fitas e o som quente, forte e perturbador dos diferentes
“sotaques” do Bumba-meu-boi, arrasta o povo todo pelas ruas para acompanhar as
suas evoluções. É um espetáculo emocionante.
E tem mais cultura neste São João! Tem a sensualidade do Tambor-de-crioula, uma
dança herdada dos escravos e conduzida por tambores em um ritmo frenético, onde
as mulheres em movimento sensual, coroam a dança com uma “umbigada”, tem a
Dança do coco, o Lelê ou Pela porco, o Cacuriá, a dança de São Gonçalo, Bambaê de
caixa, a dança portuguesa e a tradicional quadrilha.
A presença do povo, a alegria dos participantes e todas estas atrações culturais fazem
da Festa de São João do Maranhão uma comemoração verdadeiramente diferente de
tudo o que você já viu!
Circuito Religioso
Os tambores ressoam no Maranhão durante o ano inteiro. A religiosidade do povo
maranhense se expressa através da devoção, da dança, da alegria das festas.
Mas o circuito religioso no Maranhão ainda tem mais comemoração! Como a Festa do
Divino, na cidade de Alcântara, os festejos de São Benedito, protetor dos escravos e a
festa em homenagem a São José de Ribamar, santo reconhecido pela fama de
milagreiro.
Fé, alegria e uma pluralidade de sons, ritmos e movimentos contribuem para fazer do
circuito religioso uma das grandes atrações culturais do Maranhão.
Festa do Divino
A Festa do Divino é comemorada durante o mês de maio em várias cidades do
Maranhão. Mas é em Alcântara que ela alcança todo o seu esplendor. Esta festa, que
reúne devoção e história, encontra no casario colonial e nas ruínas do tempo do Brasil
Império de Alcântara o cenário perfeito para nos transportar para uma época em que
ainda viviam reis e imperadores.
Numa comovente profissão de fé, grande número de fiéis dirigem-se à Casa dos
Milagres para depositar seus ex-votos. São cabeças, membros e órgãos do corpo
humano ou peças como casas ou embarcações, esculpidas em cera ou madeira,
simbolizando o agradecimento pela graça de curas alcançadas ou sonhos realizados.
Fonte:www.braziliantourism.com.br
Maranhão
Formação Histórica
Foram os espanhóis os primeiros europeus a chegarem, em 1500, à região onde hoje
se encontra o Estado do Maranhão.
Em 1535, no entanto, verificou-se por parte dos portugueses, uma primeira tentativa
fracassada de ocupação do território.
Foram os franceses que realizaram a ocupação efetiva iniciada em 1612, quando 500
deles chegaram em três navios e fundaram a França Equinocial.
Origem do nome
Maranhão
Do tupi, mba’ra, mar, e nã, corrente, rio que semelha o mar, primeiro nome dado ao
rio Amazonas.
Fonte:citybrazil.uol.com.br
Maranhão
A divisa fixada em 1494 pelo Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal para
dividir as terras ainda desconhecidas pelos europeus, cortava a linha do Equador em
um ponto qualquer afastado do Amazonas.
Ao longo de três décadas, ele enviou não menos de quatro frotas com mais de 3.000
colonos, que fundaram a cidade de Nazaré (muito provavelmente na localização atual
de São Luís) e três outros vilarejos, sob as ordens de seus próprios filhos, que ali
ficaram durante cinco anos (1555-60).
A falta de ajuda oficial e o precário conhecimento das rotas marítimas (por causa do
Gulf Stream era mais fácil ir de São Luís à Europa do que de São Luís para o resto do
Brasil!) contribuíram, pouco a pouco, para o desaparecimento destas colônias.
Depois de 1570, enquanto o Brasil já tinha cidades tão ricas quanto Salvador e
Olinda, toda a costa do Norte era uma região abandonada à própria sorte.
No dia 8 de setembro, foi concluído o Forte e Vila de São Luís, assim nomeado em
homenagem a Luís XIII (alguns anos mais tarde, no lado contrário ao Atlântico, na
embocadura do Senegal, uma outra cidade seria batizada com o nome de São Luís,
mas em homenagem a Luís XIV). O fato teve uma certa repercussão e provocou uma
crise diplomática, resultando, finalmente, na reconquista do Maranhão pelos
portugueses de Pernambuco, em 1615.
Fonte:www.topgyn.com.br
Maranhão
Economia
Possui indústrias diversas, destacando-se as de transformação de alumínio, alimentos
e madeiras. Também possui atividades de extrativismo do coco babaçu e da
agricultura da soja, mandioca, arroz, milho, e pecuária.
Localização
Limita-se com o Piauí, Tocantins e o Pará. Em 1612, colonizadores franceses queriam
fundar nesse território, a França Equinocial Brasileira. O Maranhão guarda as marcas
do passado, principalmente na arquitetura de sua capital, São Luís, que mostra as
marcas do Brasil Colonial.
O centro possui ruas estreitas e sobrados com fachadas de azulejos datados dos
séculos XVII a XIX. Alcântara, município de reduto negro, foi tombada pelo
Patrimônio Histórico Nacional pela riqueza de sua arquitetura que também revela o
passado histórico.
Amazônia Maranhense
No Maranhão a região amazônica propriamente dita é compreendida pelas regiões a
oeste do paralelo 44 menos os cerrados do sul-maranhense. inclui-se aí todo o litoral
ocidental até a baía do Tubarão (extensão do chamado litoral norte, que inclui São
Luís), toda a baixada maranhense (espécie de prolongamento das várzeas da bacia
amazônica e dos campos do Marajó), os vales dos extensos e perenes rios Gurupi,
Turiaçu, Pindaré, Grajaú e Mearim até mais ou menos a região de Grajaú, tornando-
se difícil muitas vezes definir onde começa um bioma e termina o outro. O traçado
que delimita o bioma nunca é retilíneo.
Assim sendo, a cidade de São Luís seria a terceira maior da Amazônica e um dos seus
portais litorâneos e Imperatriz a segunda maior do interior da Amazônia e um dos
seus portais interioranos.
Isso quer dizer que, no Maranhão, as áreas compreendidas por essas regiões que
hoje estão devastadas ou fragmentadas em sua maior parte (cerca de 69%, o pior
índice da Amazônia Brasileira), outrora foram cobertas pela mais exuberante floresta
tropical densa e ecossistemas associados.
Com a definitiva expulsão dos franceses em São Luís dá-se início a ocupação
portuguesa efetiva no Maranhão em particular e na Amazônia em geral.
Interior do Maranhão
Não só a capital encanta o visitante. O interior exibe belezas naturais exuberantes. A
Floresta dos Guarás, por exemplo, é recortada por baías e centenas de canais e furos.
Há fartura de peixes, caranguejos e aves que alimentam em manguezais.
Lençóis
Os Lençóis Maranhenses são também um pedaço dos grandes atrativos naturais. A
região forma um Parque Nacional (155 mil ha) com dunas. O delta do rio Parnaíba é
maravilhoso. A região de Carolina e os recifes do Parcel de Manoel Luís, onde se
encontra o maior banco de corais da América do Sul, são bons lugares para o
mergulho.
Conhecido também por “Terra das Palmeiras”, o Maranhão tem nas várias espécies
desta árvore a sua principal fonte de renda. Entre as mais significativas do ponto de
vista econômico está a palmeira do babaçu.
Lendas do Maranhão
Em memória deste feito, foi a Virgem aclamada padroeira da cidade de São Luís do
Maranhão, sobre a invocação de Nossa Senhora da Vitória.
Era voz corrente, então, que Donana Jânsen – como era comumente chamada –
cometia as mais bárbaras atrocidades contra seus numerosas escravos, os quais,
submetia a toda sorte de suplícios e torturas em sessões que, não raro, terminavam
com a morte.
Fonte:portalamazonia.globo.com
Maranhão
É interessante visitar:
Parque Nacional dos Lençóis Marañenses
A paisagem é deslumbrante, já que esta zona árida está repleta de oásis sombreados
por palmeiras e tem inumeráveis lagoas com águas azuis e verdes, que durante a
época de chuva, se contrastam com as dunas de areia branca.
O parque é muito extenso e não tem estradas para o acesso, e para conhecê-lo, é
aconselhável visitá-lo com um guia local em veículos quatro por quatro.
Alcântara
É uma cidade histórica com numerosos casarões coloniais.
Carolina
Nesta cidade existe formações geológicas de origem ainda inexplicáveis, e também
cascatas grandes, cavernas e covas com inscrições nas rochas.
Venha conhecer o Maranhão e descubra que além de seu rico Patrimônio Histórico,
Cultural e Arquitetônico, tem também, um extraordinário potencial sócio-ambiental
como o da Ilha dos Lençóis na Floresta dos Guarás. Sinta a adrenalina borbulhar
pelas suas veias ao ter a empolgante experiência de visitar uma das últimas
fronteiras descobertas pelo ecoturismo no Brasil!
Fonte:www.brasilcontact.com
História do Maranhão
Não existem evidências de que os espanhóis tenham chegado à costa norte do Brasil,
antes dos portugueses, como demonstrado no artigo Falsos Descobrimentos do
Brasil.
As primeiras tentativas dos portugueses de colonizar o atual território do Maranhão
ocorreram com a criação das Capitanias Hereditárias. Os primeiros colonos da
Capitania do Maranhão chegaram em 1535. Eram cerca de 900 pessoas e fundaram o
povoado de Nazaré, mas os ataques dos índios resultou na morte da maioria dos
colonos. Em 1538, os cerca de 200 sobreviventes retornaram a Portugal. Outras
tentativas ocorreram no século 16, mas sem sucesso.
No final do século 16, os franceses já exploravam o litoral norte brasileiro. Em 1612, eles
ocuparam parte da costa do Maranhão (Isle de Maragnan), fundaram a França
Equinocial e a cidadela deSão Luís. Os missionários capuchinhos franceses
conseguiram o apoio dos tupinambás. Os portugueses e espanhóis tentaram tomar o
território durante os anos seguintes.
Em 1614, forças portuguesas, comandadas pelo caboclo Jerônimo de Albuquerque
derrotaram os franceses na Batalha de Guaxenduba. Em novembro de 1615, o
comandante francês Daniel de la Touche de La Ravardière foi preso, enviado para
Lisboa e encarcerado na Torre de Belém.
Após a expulsão dos franceses, os portugueses iniciaram uma rápida colonização do
território. Além do pessoal vencedor das batalhas, chegaram cerca de mil colonos
dos Açores, em 1619. A Câmara de São Luís foi instalada no final do mesmo ano.
Em 21 de fevereiro de 1620, foi criado, por carta régia, o Estado do Maranhão, com
capital em São Luís, separado do Estado do Brasil. Outra carta régia, de 13 de junho de
1621, mudou o nome para Estado do Maranhão e Grão-Pará. Entretanto, o governo do
Estado somente foi instalado em 1623, por demora na chegada do governador
nomeado. Uma das razões para a separação era a difícil navegação até a Bahia. Além
disso, existia a vastidão das capitanias do norte.
Em 1641, São Luís foi invadida pelos holandeses, mas recuperada três anos depois.
O padre Antonio Vieira teve importante papel no Maranhão como missionário entre os índios.
Em 30 de agosto de 1677, foi criada a Diocese de São Luís do Maranhão, como sufragânea do Patriarcado de
Lisboa. Em 5 de junho de 1827, após a Independência do Brasil, tornou-se sufragânea da Arquidiocese de
São Salvador da Bahia. Em 1º de maio de 1906, subordinou-se à Arquidiocese de Belém do Pará.
Tornou-se a Arquidiocese de São Luís do Maranhão, em dois de dezembro de 1921.
Em 1751, a capital do Estado foi transferida para Belém e o nome do Estado passou a ser Estado do Grão-
Pará e Maranhão, invertendo a ordem dos nomes e envolvendo as duas capitanias do Grão-Pará e do
Maranhão.
Em 1772, foi criado o Estado do Maranhão e Piauí, separado do Grão-Pará. Entretanto, a separação só se
efetivou com a provisão de 9 de julho de 1774.
Em 1755, o Marquês de Pombal criou a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão,
promovendo o desenvolvimento da região e intensificando o comércio de escravos africanos. Essa empresa
entrou em processo de liquidação, em 1778, mas funcionou até 1784.
Em 10 de outubro 1811, a carta régia de D. João separou a Capitania do Piauí da administração do
Maranhão.
Em Sete de Setembro de 1822, o Príncipe D. Pedro rompeu com Portugal. O governo de algumas províncias
aderiram ao Príncipe, outros permaneceram leais a Portugal. A Bahia já estava em guerra desde junho,
Pernambuco lutava pela independência desde 1817. O Maranhão foi dominado pelas forças brasileiras em
1823.
Após 1889, com a República, o Maranhão tornou-se um estado do Brasil.
Com a assinatura do Tratado de Tordesilhas entre os portugueses e espanhóis por volta de 1494, a região
onde hoje se encontra o estado do Maranhão ainda não fazia parte do território brasileiro.
Entretanto, em 1534, o rei de Portugal D. João III dividiu o Brasil-colônia em Capitanias Hereditáriasa fim
de fazer um cerco no país e impedir a invasão de estrangeiros. Nesta divisão, o território do Maranhão foi
fragmentado, mas logo seria invadido pelos franceses por ter uma localização estratégica na região
Nordeste do país.
Em 1612, Daniel de La Touche comandou uma missão francesa até a ilha de Upaon-Açu e tornou-se um dos
fundadores do povoado da França Equinocial, chegando a construir o Fourt de Saint-Louis, nome dado em
reverência ao rei de seu país. Neste momento, nascia a futura capital do Maranhão: a cidade de São Luís.
Os portugueses decidiram reivindicar o território ocupado e expulsaram os franceses em 1615, sob comando
de Jerônimo de Albuquerque Maranhão, que lutou ao lado de algumas tribos indígenas. O nome que deu
origem ao estado tem relação com o Rio Marañón do Peru, que em linguagem tupi significa ‘mar’,
‘corrente’.
No ano de 1621, a Coroa portuguesa nomeou as divisões territoriais de Maranhão e Grão-Pará, para
defender a costa marítima do país e estabelecer contato com a metrópole, que estava centralizada na cidade
de Salvador.
Um novo movimento de expulsão por parte dos colonizadores portugueses se iniciou: em 1642, o capitão
Antônio Teixeira de Melo organizou uma expedição para enfrentar os holandeses, mas só conseguiu a
vitória efetiva dois anos depois.
Com a nomeação do Marquês de Pombal como Primeiro-Ministro português, o estado maranhense foi
subdividido em quatro capitanias: Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará.
Entretanto, com o fim do sistema escravocrata em 1888, o estado passou por um difícil período econômico e
só veio se recuperar no início do século seguinte, por volta de 1910, com a industrialização do material
têxtil.
O Maranhão é o segundo maior estado da região Nordeste e tem uma população estimada em 6,3 milhões de
habitantes.
Fontes:
http://www.mundi.com.br/Wiki-Maranhao-687.html
http://citybrazil.uol.com.br/ma/historia-do-estado