2 - A Revolução Dos de Um Talento
2 - A Revolução Dos de Um Talento
2 - A Revolução Dos de Um Talento
Martas e Marias
Nem sempre são os de um talento que querem se omitir, muitas vezes
nós mesmos não acreditamos neles. Precisamos permitir que façam
conforme sua capacidade limitada. Precisamos ter paciência para
esperar que aprendam. Talvez nunca façam com a excelência que
gostaríamos, mas não podemos impedi-los de usarem o seu talento.
Também devemos ter cuidado para não rotular o membro como alguém
que não tem jeito. Devemos usar de todos os meios para envolver o
membro de um talento.
Nem sempre os de um talento estarão aptos para as funções que mais
precisamos na Igreja. Normalmente eles se recusam a liderar, mas não
devemos desistir deles. Há muitas outras formas como eles podem
cooperar com o trabalho. Sei que a nossa visão é que todo crente pode
liderar, mas infelizmente nem todos se disporão a isso. Em vez de rotulá-
los e desistir deles, devemos envolvê-los naqueles serviços que eles
podem fazer sem precisar de muito treinamento.
Eu tenho dito muitas vezes no passado que na vida da Igreja a coisa mais
importante é gerar filhos e não fazer coisas. E isso está correto, no
entanto fazer coisas ainda continua sendo necessário. Em João 12 e
Marcos 14 temos um quadro da casa de Deus. Ali há a presença de Jesus
e precisamos de Marta e de Maria, de Lázaro e de Simão o leproso.
Maria aponta para a intimidade e a ministração, mas Marta simboliza o
serviço diaconal. Maria aponta para o sacerdócio, mas Marta nos fala do
trabalho dos levitas.
No ministério de Jesus os discípulos tinham de agir como Marta e Maria.
Na maior parte do tempo eles ministravam às pessoas, mas também
tinham que se envolver na organização.
Você deve se lembrar quando o Senhor multiplicou os pães. Naquele dia
houve necessidade dos discípulos distribuírem os pães e depois
recolherem doze cestos cheios num ocasião e sete cestos noutra. Sem
aquele trabalho de logística, o milagre da multiplicação não teria
alcançado as pessoas.
Numa outra ocasião, quando o Senhor estava diante do poço de Sicar em
Samaria, ele mandou que seus discípulos fossem comprar alimento (Jo.
4:8). Não sei porque foram necessários doze para fazer isso, mas
certamente podemos presumir um escolheu o produto, o outro
negociou, havia o responsável pelo pagamento e certamente muitos
carregaram. Há muito trabalho natural para ser feito na vida da Igreja.
Creio que os de um talento devem ser envolvidos nessas atividades.
Em Lucas 22:8 o Senhor mandou Pedro e João prepararem o lugar para
a ceia da Páscoa. Veja bem que a páscoa era o ponto mais importante, a
última ceia era o alvo do Senhor, mas se nãi tivessem arrumado a sala
nada disso teria acontecido. Depois em Atos 6 foi necessário levantar
diáconos para servirem às mesas.
Todos os irmão devem participar do serviço espiritual e também do
serviço prático. Todos devem ser Maria e Marta ao mesmo tempo. Mas
possivelmente os de um talento serão mais como Marta.