2 - A Revolução Dos de Um Talento

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Segundo Dia

A revolução dos de um Talento


Na parábola dos talentos o Senhor Jesus deixou claro que na vida da
Igreja existem três tipos de crentes: os que receberam 5 talentos, os que
receberam dois e aqueles que receberam apenas um talento.
O nosso conceito natural é que a igreja será forte se ela possuir muitos
membros de cinco talentos. Assim quando encontramos uma igreja local
viva e vibrante sempre pensamos que se trata de um povo talentoso. Mas
talvez não seja bem assim. O crescimento vitorioso da Igreja ou a sua
apatia não depende dos que receberam cinco ou dois talentos. A
responsabilidade total está sobre os que receberam um talento.
De geração em geração todas as dificuldades se encontram não com os
de cinco talentos, mas com os de um. A vida da igreja é arruinada quando
os de um talento enterram o seu talento. Mas uma verdadeira revolução
acontece quando os de um talento decidem desenterrar o seu talento. A
revelação acontece quando acreditamos no potencial dos de um talento
e os levamos a funcionar plenamente no corpo.
Um aspecto fundamental de nossa visão é o entendimento de que cada
crente é um ministro. Cada de um de nós é importante e útil na
edificação da casa de Deus. O problema é que a maioria dos crentes está
na categoria daqueles que receberam apenas um talento. Não são
grandes pregadores ou líderes extraordinários, mas são apenas gente de
um talento que, na maioria do tempo, nem está disposta a usá-lo.
Num ambiente assim parece muito difícil aplicar a visão de que cada um
deve ser um ministro. Nossa tendência é nos concentrar nos mais
talentosos e deixar de lado aqueles que parecem não responder
adequadamente. Mas o corpo de Cristo somente pode funcionar se os
membros de um talento forem ativados.

O que significa enterrar o talento?


Enterrar o talento significa se omitir e não cooperar para a edificação da
Igreja. Existem muitas razões que os servos de um talento apresentam
como justificativa para enterrarem o talento. A desculpa mais comum é
que eles possuem apenas um talento insignificante que não fará
nenhuma falta para o corpo da igreja. Há aqueles que se sentem
constrangidos e intimidados diante de outros mais talentosos que se
destacam. Muitos se justificam dizendo que nunca têm oportunidade
numa igreja que valoriza apenas os de cinco talentos.
Independente das desculpas, precisamos reconhecer que enterrar o
talento é um sério problema espiritual. Aquele que enterra o talento não
prejudica apenas a si mesmo, mas afeta todo o corpo.

a. Enterrar é sinal de morte


Tudo o que é morto é enterrado. Quando a Igreja se torna um grande
cemitério de dons, talentos e habilidades, então a igreja se enche de
morte.
O peso de morte vem sobre a Igreja quando os de um talento se
enterram no mundo. O problema é que os de cinco talento acabam
levando todo o peso. Poucos têm a exata percepção de como é pesado
um ambiente de morte.
Aqueles que ministram a palavra sabem o quanto é difícil pregar numa
igreja cheia de morte. Algumas vezes pensamos que a morte é por causa
da falta de oração e é verdade. Mas o ambiente de vida não depende
somente do quanto o líder ora, mas de quantos membros do corpo estão
orando. Quando temos muitos membros orando temos o corpo
funcionando e quanto mais vivo é o corpo, mais os membros funcionam
de forma saudável. E quanto mais os membros funcionam maior é o
ambiente de vida.

b. Enterrar é sinal de mundanismo


Claramente se enterrar é se integrar com essa terra caída e debaixo de
maldição.
Se aqueles que enterram o talento trazem a carnalidade para a vida da
Igreja, como proceder? Devemos aprender a equilibrar dons e
autoridade. Com relação ao dom precisamos dizer aos de um talento que
eles devem exercitar seu dom, mas se o fazem de forma carnal
precisamos exercer autoridade para dizer que não permitimos tal coisa
na vida da Igreja.
Quando falamos isso normalmente eles voltam, enterram seu talento
novamente e ficam passivos em casa. Então devemos mostrar-lhe que se
ele enterra o talento terá problemas com o Senhor, mas mesmo assim a
carnalidade não será permitida.

c. Enterrar é sinal de apatia


Precisamos dizer aos de um talento que o lenço serve para limpar o suor
e não para embrulhar o talento. Creio que a apatia é um sinal de
preguiça. Infelizmente muitos acham trabalhoso demais o serviço na
Casa de Deus.
Em Lucas 19 servo infiel entregou a a mina ao seu senhor embrulhada
num lenço. “Veio, então, outro, dizendo: Eis aqui, senhor, a tua mina,
que eu guardei embrulhada num lenço (Lc. 19:20).

d. Enterrar é sinal de rebeldia


Na parábola dos talentos em Mateus 25 o servo infiel disse que tinha
enterrado o talento porque sabia que o seu Senhor era severo.
Normalmente as pessoas que enterram o talento justificam-se dizendo
que a igreja ou a liderança é muito exigente e severa. Dizem que não
conseguem corresponder às expectativas por isso enterram o talento.
Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo
que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não
espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
Mt. 25:24-25
Precisamos mudar a nossa abordagem, nós temos receio de algumas
coisas. Primeiro temos receio de que os de um talento façam o trabalho
com uma qualidade ruim. Mas devemos trabalhar para treiná-los, mas
ainda assim precisamos ter paciência.
O segundo problema é que consideramos que aqueles de um talento são
carnais. Para resolver isso precisamos entender que há dois caminhos
que devem ser guardados na igreja todo o tempo: o caminho da função
ou dom e o caminho da autoridade. O que devemos fazer se os de um
talento se levantarem para desenvolverem o seu talento na carne? A
carne precisa ser tratada e a maneira como tratamos com a carne é
usando de autoridade.
Os de um talento devem usar seu dom, mas se o fizerem de maneira
carnal, então devem ser tratados com autoridade.
Pode ser que você peça para um irmão de um talento ficar responsável
pelo lanche na célula. Mas em vez de fazer isso com amor e boa vontade
ele se torna excessivamente duro e indelicado com os irmãos. Se um
irmão traz a carne para o trabalho na igreja precisamos dizer-lhe que
não permitiremos aquela atitude errada. Mas quando você decide
corrigi-lo ele imediatamente se recolhe, volta parta a sua casa e se recusa
a fazer o serviço na igreja. Precisamos ter paciência. Não podemos
desistir do corpo de Cristo. Devemos visitá-lo e mostrar-lhe que ficar em
casa não resolve o problema. Depois de insistir ele provavelmente
voltará para a célula, e possivelmente ainda continuará agindo na carne,
mas mesmo assim nós continuamos ensinando e mostrando que ele deve
fazer o serviço, mas não toleraremos que ele o faça na carne.
Lembre-se que o fato de alguém enterrar o seu talento já demonstra que
ele é carnal. Todo membro de um talento é também carnal. Quando
ativamos esse membro precisamos ficar atentos porque vai levantar
junto com ele. Nós tratamos com a carne, mas não rejeitamos o membro
de um talento. N´so precisamos ativar os de um talento para que o corpo
possa funcionar. Trabalhar na carne é ruim, mas enterrar o talento é
ainda pior.
A glória da Igreja é a plenitude dos membros funcionando. A multiforme
ação do corpo tendo cada membro funcionando de forma harmoniosa
traz a glória do céu como selo. Se cada membro exercer o ministério,
então teremos o corpo e a manifestação da glória da Igreja. Se desistimos
dos de um talento, vamos desistir da maior parte dos membros do corpo.
Se colocamos de lado a maior parte da igreja não podemos esperar a
realização de uma grande obra. Precisamos dedicar toda a nossa força e
todo o nosso empenho para levar cada membro a funcionar.
O grande desafio
Baseados na Parábola dos talentos podemos dizer que não há ninguém
na igreja com mais de cinco talentos, por outro lado não há ninguém com
menos de um talento. Qualquer filho de Deus, até aquele em pior
condição espiritual, possui pelo menos um talento. Não existem
membros inúteis no corpo.
Essa geração somente será conquistada se os de um talento se
levantarem. Essa geração somente será conquistada se levarmos todo o
corpo a funcionar. Nosso trabalho é ativar o corpo.
Só podemos dizer que a igreja acontece de forma prática quando os de
um talento saem para negociá-lo. Só há corpo quando cada membro
funciona. Quando um membro funciona por cinco, temos aí uma
aberração e não um corpo.
Não podemos nos acomodar trabalhando apenas com os de cinco
talentos. Esses são os que mais rapidamente respondem aos desafios da
Igreja e mais prontamente se dispõem ao trabalho. Os de cinco talentos
não exigem muito da liderança para serem motivados. O desafio do líder
são os de um talento, se ele falhar em levantá-los a sua liderança terá
fracassado. Se a igreja falhar em ativar os de um talento então terá
fracassado na sua missão de edificar o corpo.
O encargo apropriado nas células envolve a nossa capacidade de fazer
com que os de um talento funcionem. Precisamos ter esse encargo
porque praticamente todos os problemas da igreja vêm dos de um
talento. Por causa disso muitos desistem de trabalhar com esses irmãos.
Simplesmente nos dedicamos a aqueles que mais respondem. Essa é a
maneira do mundo trabalhar, mas não é a maneira do reino de Deus.
Nunca meneie a cabeça dizendo que tal irmão é inútil. Se disser que esse
ou aquele irmão é inútil, então você está acabando com a vida da Igreja.
Se você não é capaz de usar os de um talento, isso prova que você ainda
não está qualificado para ser um líder no corpo de Cristo. É preciso usar
todos os irmãos e irmãs, mesmo os que parecem inúteis. Precisamos
descobrir uma forma de envolvê-los. Devemos avaliar seu dom e usá-lo
nem que seja para uma atividade bem simples.
Um amigo meu amigo contou-me que anos atrás havia um irmão
deficiente em sua igreja. Sendo deficiente ninguém lhe pedia para fazer
coisa alguma na Igreja. Ele se sentia excluído. Acontecia que aos
domingos o pastor tinha o costume de fazer um breve culto de
evangelismo numa praça em frente ao prédio da Igreja. Num desses
domingo aconteceu de aparecer muita gente e a caixa de som não era
suficiente. O pastor pediu para que alguém arrumasse o cavalete para
que pudessem colocar a caixa em cima e assim o som propagaria mais
facilmente. Aquele garoto percebendo a necessidade imediatamente
pegou a caixa de som e a segurou nas costas durante toda a reunião.
Enquanto o pastor pregava ele começou a chorar e as pessoas pensavam
que ele estava sofrendo com peso da cixa, mas ele não permitiu que
ninguém pegasse a caixa de som. No final o pastor foi ter com ele e lhe
perguntou porque não tinha deixado ninguémpegar a caixa se ele estava
chorando enquanto a segurava. A resposta dele foi comovente. Ele disse:
“eu não estava chorando de dor, mas chorava porque finalmente
descobri a minha função na igreja”. Tem de haver um lugar para todos.
Lembre-se sempre que não existe servo que não tenha recebido pelo
menos um talento. Na Casa de Deus ninguém pode desculpar-se dizendo
que não recebeu talento algum. Todos os filhos são servos. Se são
membros do corpo então possuem um dom.
Aquele líder que pensa que há alguém a quem o Senhor não possa usar,
de fato não sabe nada a respeito da graça de Deus. Somos o que somos
pela graça, temos o que temos pela graça e somos usados pela graça.
Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi
concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos
eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. I Cor. 15:10
É verdade que alguns são colunas e carregam mais peso que os demais.
No entanto o que importa não é quanto peso você suporta, mas quantos
de um talento você consegue levantar para trabalhar.
Se você é o único que está ocupado durante todo o tempo, isso não é
igreja. Mas se você fica ocupado durante todo o tempo e também
consegue fazer com que os de um talento também trabalhem, então
teremos ali a igreja.

Martas e Marias
Nem sempre são os de um talento que querem se omitir, muitas vezes
nós mesmos não acreditamos neles. Precisamos permitir que façam
conforme sua capacidade limitada. Precisamos ter paciência para
esperar que aprendam. Talvez nunca façam com a excelência que
gostaríamos, mas não podemos impedi-los de usarem o seu talento.
Também devemos ter cuidado para não rotular o membro como alguém
que não tem jeito. Devemos usar de todos os meios para envolver o
membro de um talento.
Nem sempre os de um talento estarão aptos para as funções que mais
precisamos na Igreja. Normalmente eles se recusam a liderar, mas não
devemos desistir deles. Há muitas outras formas como eles podem
cooperar com o trabalho. Sei que a nossa visão é que todo crente pode
liderar, mas infelizmente nem todos se disporão a isso. Em vez de rotulá-
los e desistir deles, devemos envolvê-los naqueles serviços que eles
podem fazer sem precisar de muito treinamento.
Eu tenho dito muitas vezes no passado que na vida da Igreja a coisa mais
importante é gerar filhos e não fazer coisas. E isso está correto, no
entanto fazer coisas ainda continua sendo necessário. Em João 12 e
Marcos 14 temos um quadro da casa de Deus. Ali há a presença de Jesus
e precisamos de Marta e de Maria, de Lázaro e de Simão o leproso.
Maria aponta para a intimidade e a ministração, mas Marta simboliza o
serviço diaconal. Maria aponta para o sacerdócio, mas Marta nos fala do
trabalho dos levitas.
No ministério de Jesus os discípulos tinham de agir como Marta e Maria.
Na maior parte do tempo eles ministravam às pessoas, mas também
tinham que se envolver na organização.
Você deve se lembrar quando o Senhor multiplicou os pães. Naquele dia
houve necessidade dos discípulos distribuírem os pães e depois
recolherem doze cestos cheios num ocasião e sete cestos noutra. Sem
aquele trabalho de logística, o milagre da multiplicação não teria
alcançado as pessoas.
Numa outra ocasião, quando o Senhor estava diante do poço de Sicar em
Samaria, ele mandou que seus discípulos fossem comprar alimento (Jo.
4:8). Não sei porque foram necessários doze para fazer isso, mas
certamente podemos presumir um escolheu o produto, o outro
negociou, havia o responsável pelo pagamento e certamente muitos
carregaram. Há muito trabalho natural para ser feito na vida da Igreja.
Creio que os de um talento devem ser envolvidos nessas atividades.
Em Lucas 22:8 o Senhor mandou Pedro e João prepararem o lugar para
a ceia da Páscoa. Veja bem que a páscoa era o ponto mais importante, a
última ceia era o alvo do Senhor, mas se nãi tivessem arrumado a sala
nada disso teria acontecido. Depois em Atos 6 foi necessário levantar
diáconos para servirem às mesas.
Todos os irmão devem participar do serviço espiritual e também do
serviço prático. Todos devem ser Maria e Marta ao mesmo tempo. Mas
possivelmente os de um talento serão mais como Marta.

A missão é ativar o Corpo


O mundo será ganho pelo corpo, não apenas pelos membros mais
talentosos. As portas do inferno não resistem o corpo, mas elas resistem
quando apenas alguns membros talentosos se levantam.
Não pense que o fato de termos muitos crentes num local ali temos a
igreja. Somente o corpo de Cristo é a igreja, e o corpo depende do
funcionamento de todos os membros. A igreja é simplesmente todos os
de um talento servindo.
Essa é a revolução que veremos nesses dias. Não devemos depositar toda
a ênfase sobre os mais talentosos. Essa é a estratégia do mundo, não a
de Deus. A ênfase de Deus está sobre aqueles que para os homens não
possuem valor algum, sobre os que possuem apenas um talento.
No mundo a visão é escolher os mais talentosos, os mais habilidosos e
capazes. No mundo a visão é escolher apenas aqueles com quem nos
identificamos. No mundo a visão é descobrir o talento escondido, mas
na Igreja a visão é desenterrar o talento.
No dia em que todos os de um talento se levantarem então veremos que
o corpo de Cristo está entre nós, teremos a realidade da vida da Igreja.
Todo o nosso problema hoje é que temos procurado os de cinco e os de
dois talentos. Fazemos treinamento especial para eles e nos esquecemos
dos de um talento. Os de cinco e dois talentos não precisam muito da
nossa liderança, mas os de um talento são realmente difíceis de lidar.
Constantemente eles querem retroceder e enterrar o talento novamente.
A igreja não é uma questão de ter um trabalho realizado, mas é uma
questão de ativar todos os membros de um talento. Não devemos pensar
que uma vez que o trabalho está sendo feito tudo estará bem. Não é
assim. O nosso trabalho é levar o corpo a funcionar.
Temos a missão de ganhar a nossa geração e pensamos que uma vez que
a missão está sendo feitra não importa se muitos ou poucos estão
trabalhando. Mas isso é um engano. O alvo é ativar o Corpo.
A visão natural é usar a televisão para ganhar o país num dia, a visão de
Deus é que a obra deve ser feita através do corpo. Não creio em mídias,
creio no corpo. Não sou contra usar as mídias, sou a favor de ativar o
corpo.
Hoje se pudermos fazer uma escolha talvez separemos um pequeno
grupo para servir, mas o Senhor diz que todos são servos. Se o Senhor
assim decretou, então devemos permitir que eles sirvam.
Hoje temos diante de nós a visão de Deus para produzir uma revolução.
Que tipo de obra estamos fazendo? Há somente alguns que trabalham?
Há vários líderes talentosos que fazem todo o trabalho? E todos os servos
do Senhor tem um lugar nele? Nisso está o segredo do sucesso do
propósito divino. Se não pudermos resolver isso, não teremos a igreja de
forma vida e prática.
O corpo de Cristo não é uma doutrina, é algo vivo. Somente quando cada
membro funciona é que temos o Corpo de Cristo. Somente onde há um
corpo é que temos a igreja.
No passado abandonamos o sistema clerical, mas podemos voltar para
práticas antigas se focamos a nossa atenção num pequeno grupo
talentoso que funciona no lugar de toda a Igreja. Restabelecemos o
clericalismo quando apenas alguns cuidam do serviço que deveria ser de
todos.
Não adianta apenas pregar sobre o corpo, precisamos permitir que ele
se expresse e demonstre as suas funções. Não precisamos ter receio.
Uma vez que é o corpo de Cristo as unções aparecerão. Se de fato é o
corpo de Cristo devemos acreditar que ele pode funcionar.
Não devemos fazer o trabalho do Senhor tentando substituir os
membros, fazendo o trabalho no lugar deles. Preciso dizer que o trabalho
prioritário é levar o Corpo a funcionar. Uma vez que o corpo funcione
facilmente podemos ganhar a nossa geração.
Não use os de cinco talentos para abafar os de dois e nem use os de dois
para abafar os de um talento. Se você age assim você não é de fato um
servo do Senhor. Faça com que todos sirvam. Quando aqueles que você
julga inúteis começarem a servir, a igreja gloriosa aparecerá. A obra do
mundo é feita com os mais talentosos, mas a obra da Igreja é feita com
todo o corpo. A obra de Deus é feita com os de um talento.
É muito bom termos muitos como Paulo e Pedro, mas devemos admitir
que eles são bem poucos. No mundo todo a igreja está cheia de irmãos e
irmãs que possuem um talento. O que faremos com tais pessoas? Onde
vamos colocá-las? Quando o nosso ego for tratado, então acharemos um
meio de envolver a todos os de um talento.
Tenho descoberto no Senhor que na igreja não podemos usar um irmão
por considerá-lo útil e deixar outro de lado por considerá-lo inútil. No
corpo não pode haver membro algum colocado de lado. Todos os que
pertencem ao Senhor são membros do corpo. Todos precisam funcionar.
Hoje quando olhamos ao derredor ficamos perplexos nos perguntando:
“onde está a Igreja?” Parece que não há uma expressão viva do corpo de
Cristo na cidade. Isso acontece porque não acreditamos de todo o
coração que em uma igreja todos os membros possam funcionar.
Acredite em cada membro de todo o coração. Faça-o trabalhar
persuadindo-o por todos os meios possíveis. Não o substitua, não o
despreze, não o julgue intratável e desqualificado. Se Deus está em paz
de chamá-los para ser parte do corpo, você precisa estar em paz
treinando-os para isso.

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