Os Três Ofícios de Cristo
Os Três Ofícios de Cristo
Os Três Ofícios de Cristo
Hebreus 1:1-4
• Baseada nas Escrituras, podemos dizer que Jesus tinha uma responsabilidade
tríplice – as de Profeta, Sacerdote e Rei.
• 1 – PROFETA: O profeta do Antigo Testamento era o homem que recebia a
palavra de Deus por meio de visões, sonhos e, até mesmo, pelas palavras do
próprio Senhor e levava com fidelidade ao povo.
• Portanto a idéia subjacente de um profeta é que ele é um canal ou meio de
comunicação através de quem a mensagem de Deus pode ser entregue ao
homem. Neste sentido, o serviço do profeta é o oposto do serviço sacerdotal,
cuja responsabilidade é representar o homem perante Deus.
• Ambos os ministérios igualmente pertencem a Cristo e juntos constituem dois
aspectos principais de sua obra redentora. Como Mediador, ele permanece
entre Deus e o homem e representa cada um junto ao outro. Deuteronômio
18:15-19 fala sobre como devemos agir em relação aos profetas. O significado
mais profundo desse teste é que, Cristo é um verdadeiro profeta, cada palavra
que ele falou certamente acontecerá.
• Ele mesmo aplicou o título de Profeta a si mesmo. (Mt 13:5, Lc 13:33). Outros
também o consideram um verdadeiro profeta (Jo 6:14). Cristo superou todos os
Profetas do Antigo Testamento. Jesus é a própria Voz de Deus falando a
Humanidade.
• Cristo exerce o ofício de Profeta (Deuteronômio
18:15). Através deste componente, Ele revela
perfeitamente a plena vontade de Deus. Este ofício
tem vários nomes: Cristo é um Mestre (Mateus 23:7-
8), o Apóstolo da nossa confissão (Hebreus 3:1), o
Anjo da Aliança (Malaquias 3:1), o Verbo de Deus
(João 1:1), a própria Sabedoria de Deus (1 Coríntios
1:24), e os Tesouros da sabedoria e do conhecimento
(Colossenses 2:3).
• Para ser o perfeito Profeta, Cristo tinha que ser tanto
Deus quanto homem. Foi necessário para Ele ser Deus,
para alcançar a compreensão e o ministério perfeitos
da vontade de Deus (João 1:18; 3:13; 1 Coríntios
2:11,16). Se ele não tivesse sido homem, Ele não
poderia ter devidamente declarada esta vontade para
o homem, através da Sua própria pessoa (Hebreus 1:1-
2).
2 – SACERDOTE
• Nenhum fato a respeito de Cristo é mais estabelecido do que o
seu sacerdócio. Ele é visto em vários tipos do Antigo Testamento,
e é a verdade essencial apresentada na epístola aos Hebreus.
Está declarado que o Messias deve ser um sacerdote da ordem
de Melquisedeque (Sl 110:4) e, portanto, é indestrutível
(Hebreus 7:16); estável e perfeito (Hebreus 7:18-19); eterno
(Hebreus 7:24); e perpétuo, não deixando nenhum espaço, ou
não tendo nenhuma necessidade por outros sacerdotes
(Hebreus 7:24-25). Jesus era da Tribo de Judá, não levita, por
isso ele é sacerdote da ordem de Melquisedeque. Mas em
apenas um aspecto ele se conformou como antítipo do padrão
sacerdotal de Arão, a saber, ele fez uma oferta a Deus. É verdade
que a oferta era ele próprio e assim tornou se tanto o ofertante
quanto a oferta. Ele foi tanto o sacerdote oficiante – segundo o
modelo de Adão – e o cordeiro sacrificado. Ele ofereceu a si
mesmo sem mácula a Deus (Ef 5:2)
• A execução do Seu ofício sacerdotal, Cristo é o Sacerdote, o
sacrifício, e o altar. Ele é o nosso Sacerdote, em ambas as
Suas naturezas (Hebreus 5:6). Ele foi o sacrifício,
principalmente em Sua natureza humana; as Escrituras
atribuem o Seu sacrifício primariamente ao Seu corpo
(Colossenses 1:22; Hebreus 13:12; 1 Pedro 2:24) e sangue
(Colossenses 1:20). Contudo, este sacrifício se tornou eficaz
por causa da natureza divina de Cristo, como o próprio Filho
de Deus (Atos 20:28; Romanos 8:3) – o que é corretamente
compreendido de acordo com a ideia do altar (Hebreus
9:14; 13:10,12,15). A função do altar é a de santificar a
oferta, garantindo-lhe uma dignidade além de si mesma
(Mateus 23:17). Nisto é demonstrada a razão pela qual
Cristo, como Sacerdote, teve que ser tanto Deus quanto
homem: se Ele não fosse homem, Ele não poderia ter feito
expiação pelo homem; se Ele não fosse Deus, o sacrifício
não teria sido suficiente
• O Sacerdote do A.T
– O sacerdote no AT era o homem que falava do povo
a Deus e o apresentava a Deus por meio dos
sacrifícios e ofertas no templo. Era um homem que
deveria ser ungido, consagrado e santificado para
apresentar o povo a Deus. Ex 28.41
• A Obra Sacerdotal de Cristo
– Enquanto os sacerdotes do AT ofereciam sacrifícios
imperfeitos e regulares, que não resolviam o problema do
pecado, Cristo, como Sacerdote, apresentou-se a si mesmo
como sacrifício perfeito e de uma vez por todas em favor
do homem. Hb 1.3; 7.24-28.
– Jesus era tanto o Ofertante quanto a Oferta, por isso
alcançou a salvação para o homem.
• 1. Jesus ofereceu um sacrifício perfeito pelo pecado (Expiação). A necessidade da expiacao
surgiu da pecaminosidade uni- versai da humanidade e de nossa incapacidade de enfrentar e
solu- cionar em definitivo o problema apresentado pelo nosso pecado*. O AT descreve
detalhadamente todo um sistema de sacrificios* que Deus concedeu a Israel, mostrando a
maneira completa de como a expia- cao temporaria do pecado deveria ser feita (Lv 17.11). A
matanca dos animais, em si, nao tinha nenhum valor intrinseco que fosse util para livrar o ser
humano do pecado (Hb 10.4); os sacrificios somente eram de proveito sagrado porque Deus
assim decidiu que fossem. O amor de Deus, nao o sangue de bodes e bezerros, e que afastava,
embora ainda nao definitivamente, o pe- cado; e, naturalmente, no caso, Deus procurava, da
parte de seus adoradores, uma disposicao cor- reta correspondente, de amor por Ele, traduzida
em coracao contrito e arrependimento (lRs 8.47; Ez 18.30,31). O sacrifício que Jesus ofereceu
pelos pecados não foi o sangue de animais como touros ou bodes: “... porque é impossível que o
sangue de touros e bodes remova pecados” (Hb 10.4). Em vez disso, Jesus ofereceu a si mesmo
como sacrifício perfeito: “... ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para
aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hb 9.26). Por isso convinha que em tudo fosse
semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus,
para expiar os pecados do povo. (Hebreus 2:17)
• 2. Jesus nos aproxima continuamente de Deus .(Ele nos Reconciliou com Deus). Os sacerdotes
do Antigo Testamento não apenas apresentavam sacrifícios, mas também compareciam de modo
representativo na presença de Deus, de tempos em tempos, em favor do povo. Mas Jesus faz
muito mais do que isso. Como nosso perfeito sumo sacerdote, ele continuamente nos conduz à
presença de Deus, de forma que não temos mais a necessidade de um templo em Jerusalém nem
de um sacerdócio especial que se coloque entre nós e Deus. Estávamos mortos em ofensas em
pecados, separados de Deus, mas ele nos Reconciliou. Porq)ue há um só Deus, e um só Mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. (1 Timóteo 2:5
• 3. Como sacerdote, Jesus ora continuamente por nós. (Nosso Intecessor) Outra função
sacerdotal no Antigo Testamento era orar a favor das pessoas. O autor de Hebreus nos diz
quejesus também cumpre essa função: “... também pode salvar totalmente os que por ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”(Hb 7.25). Paulo afirma a mesma coisa
quando diz que Cristo Jesus é aquele que intercede por nós (Rm 8.34).
3 – REI
• As Escrituras relaciona Cristo com o trono de
Davi e assevera que ele reinará nesse trono para
sempre. Isaías:6,7). Jesus é o Descendente de
Judá de quem o cetro jamais se apartará (49.10;
cf. Ap 5.5 e Hb 1.8) e que pisa sobre a cabeça da
serpente (Gn 3.15 ; cf. Cl 2.15), Jesus é o
vitorioso Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi
(Ap 5.11) e o soberano dos reis da terra (1.5),
que possui, reina e governa com cetro de ferro
sobre o reino do mundo (2.27; 11.15) e que julga
e guerreia com justiça (19.11)
• O governo de Cristo está acima de todos os homens
(Daniel 7:14; Apocalipse 17:14) – e até mesmo
sobre todo o mundo e suas criaturas (Efésios
1:21,22). Cristo governa tanto a atividade exterior
quanto a interior do homem (Romanos 14:17),
distribuindo tanto a vida eterna quanto a morte
(Apocalipse 1:18). Para os herdeiros do reino, Cristo,
como Rei, traz a grande paz e a mais perfeita alegria
(Isaías 9:6; Efésios 2:16; Hebreus 7:2). Novamente,
é necessário que Cristo seja Rei tanto como Deus,
quanto como homem: como Deus, com o intuito de
que Ele possa ser o Rei espiritual de nossas almas,
distribuindo a vida eterna e a morte; como homem,
para que Ele possa ser o Governante da mesma
natureza do Seu corpo.
Características do Reino de Cristo
• - É um Reino espiritual.
– O Reino do qual Cristo é Rei, é conhecido como Reino dos
Céus e Reino de Deus, mostrando o seu caráter espiritual.
Mt 13.11; Mc 4.10
• - É um Reino eterno.
– Cristo não é o Rei de um reino político e passageiro como
eram os reis do AT, mas de um reino que não é deste
mundo Jo 8.36, um reino eterno. Lc 1.33
• É um Reino presente e futuro.
– O Reino de Cristo é um reino que está presente
espiritualmente entre os homens Mt 12.28, mas, também,
é futuro, no sentido de que os homens farão parte dele na
eternidade. Mt 7.21
RESUMO:
• Como Profeta, ele nos revela a vontade e a
pessoa de Deus. Como Sacerdote, ele é
nosso mediador diante de Deus, oferecendo
a si mesmo, uma só vez, em sacrifício para
satisfazer a justiça divina e nos reconciliar
com o Pai e vivendo sempre para interceder
por aqueles que se achegam a Deus. Como
Rei, ele governa sobre o mundo, protege o
seu povo e conquista sobre seus inimigos.
Conclusão
• O ofício triplo de Cristo anuncia três verdades. Na primeira,
ele identifica o estado do homem e como ele é remediado
em Cristo. O homem sofre debaixo da ignorância, o que é
resolvido pelo ofício profético de Cristo; habita na alienação
em relação a Deus (esta comunhão é restaurada pela obra
sacerdotal de Cristo); e não possui nenhum poder para viver
uma vida santa (esta falta é retificada pela realeza de Cristo).
Na segunda, o ofício triplo de Cristo revela a maneira pela
qual a salvação é trazida para o homem. Ela é pregada por
Sua profecia; obtida por Seu sacerdócio; e aplicada pelo Seu
reinado. Finalmente, o ofício triplo expõe que a salvação é
realizada por Cristo. Cristo primeiramente ensinou aos outros
a vontade de Deus, e então ofereceu a Si mesmo, e
finalmente entrou para governar em Seu reino