Homoletica VII
Homoletica VII
Homoletica VII
I – HOMILÉTICA
1. Definição
oratória romana. Com efeito, porém, desde o primeiro século da Era Cristã,
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O alemão Stier, foi quem propôs Kerictica como nome que é uma
ensino."
cultura grega:
18.17);
20.11,24.26).
2. Origem da Homilética
Não podemos falar sobre Homilética, sem antes fazer um fundo histórico
da retórica e oratória.
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Desde os tempos mais remotos, quando o homem começou o convívio
3. A origem da Conversa
conversa.
4. A origem do Discurso
discurso. Não se sabe a origem exata, mas se tem uma idéia de como
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5. A origem da Retórica
suas teses. Não era só isso, além de tudo, caíam na graça do povo, sendo
todo país.
não lhe creditavam as condições mínimas para que pudesse atingir seu
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A determinação
sua dicção foi corrigida com seixos que colocava na boca e com os quais
almejava.
Definição
• Política
• Forense
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• Epidíca (demonstrativa)
A retórica teve início no ano de 465 a.C. Dois homens dotados de grande
alegando que, se fora bem instruído pelo mestre, estava apto a convencê-lo
partes:
• Proêmio (prólogo)
• Narração
• Argumento
• Observações adicionais
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• Peroração (epílogo)
A regra estabelecida por Córax tinha como objetivo proteger o povo dos
tiranos que utilizavam da oratória para tirarem proveito próprio. Por isso
que trapaceia com o povo. Sócrates se opôs a retórica dos sofistas por
causa do utilitarismo deles e de sua falta de ética, mas reconheceu que ela
Aos poucos a nova arte foi ganhando brilho e graça fazendo parte da
Demóstenes, Péricles e Sócrates, quando mais uma vez foi usada para a
6. A origem da Oratórica
belo e do justo.
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a partir do século IV a.C, retórica e oratória tornaram-se sinônimos para o
judaica: rei — sacerdote — profeta.
Pode-se dizer dos Sacerdotes que estes praticavam uma homilética da cele-
dados por Deus e registrados nos escritos sagrados — Torá (Lei), dos Nebiim
aos reis. Também era responsabilidade dos “anciãos de Israel”, isto é, dos
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relação à vontade divina. Deve-se acrescentar, a respeito dos profetas, que
mente (alguns chegavam a gritar, cf. Is 40.6), alguns poucos escreviam suas
tutas (Oséias), dando nomes-mensagens aos filhos (Is 7.3; 8.3; 7.14; 8.3s),
andando nus e descalços (Is 20), lavando cintos no Eufrates (Jr 13.1 – 11),
quebrando jarros (Is 19), carregando cangas no pescoço (Jr 27), trancando-
cabelo (Ez 5.1 – 3), comendo alimento de miséria (Ez 12.17 – 20), para citar-
formação da realidade.
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8. A Homilética Cristã
cipalmente, o próprio Jesus teria afirmado que sua missão consistia numa
pregador itinerante.
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A interpretação mais notável que os evangelhos fazem do estilo homilé-
xis, isto é, na maneira como ele combina palavra e ação: é, portanto, uma
rito Santo; pelo apelo à história e à profecia, como base da fé; pela citação
se referem.
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A pregação nos primeiros séculos: uma homilética familiar e
eloquente.
que tinha caráter informal, foi substituída pelo sermão, muito mais formal;
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9. A homilética medieval
O período de nove séculos que formam a Idade Média, que vai desde a
por um lado, e por uma mística inusitada, por outro. A homilia — como dis-
filosofia escolástica.
apresentar Cristo “de todo o seu coração”, convidando seus ouvintes para
seguirem a Cristo como ele mesmo o fazia. Essa postura não o protegia das
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Tais eram os pregadores místicos: faziam votos de pobreza e de casti-
sua humildade e pobreza. “Se os Escolásticos eram luz sem coração, os Mís-
tenha sido importante na história do cristianismo, ela nunca teve papel tão
nistrados e recebidos.
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No tempo de Lutero, era prática comum pregar-se um livro da Bíblia
de João oferecia a base para o sermão dos ofícios realizados aos sábados.
oral em relação aos outros meios de graça; (2) a Palavra de Deus deve con-
auditiva, linguística.
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11. A Homilética na pós-Reforma
de ortodoxias.
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John Wesley (1703 – 1791) e que pretendia “reformar a nação e, em particu-
auditório seleto dos templos foi substituído pela massa excluída pela igreja
oficial. A pregação passou a ser dirigida aos pobres, aos trabalhadores das
estrangeira
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De todas as formas, o evangelho chegava às regiões mais distantes do
globo, pregado por missionários que, além da Bíblia, traziam consigo toda
lho. O resultado foi uma ação missionária imperialista, cuja ênfase conversi-
que sua cultura de origem havia sido levantada por Deus para dominar o
mundo, outros, por sua vez, sequer tinham consciência de que o evangelho
nos séculos XIX e XX que Hobsbawn passou a designar esse período como à
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pentecostais e, mais recentemente, dos neopentecostais com suas incur-
das libertações, uma homilética dos carismas e uma homilética das mídias.
1. Homilética contemporânea
Após esta breve revisão histórica, conclui-se que não poderia haver uma
cumprir seu papel da maneira que julgava ser a mais adequada, influenci-
rejeitavam como filhas rebeldes. Mas de uma forma ou de outra, não pude-
cendo”.
Barth, cada forma da Palavra se relaciona com uma das pessoas da Trin-
dade: Deus, o Pai Criador com a Palavra revelada, Deus, o Filho Reconcilia-
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dor com a Palavra escrita e o Espírito Santo Redentor com a Palavra procla-
há de especial com a prédica é que esta “oferece o que o mundo não pode
“nós [os pregadores] não convertemos os outros, mas temos que nos con-
Para concluir, pode-se dizer, então, que a homilética é o exercício que cada
tempo e a sua gente, convertendo-se à Palavra, ao seu tempo e à sua gente, per-
manentemente.
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II – A PREGAÇÃO
homem.
retamente a escritura.
Homilética sem a unção do Espírito Santo é palha seca, comida sem sal e
1. Elementos da Pregação
1.1. O Assunto
pesquisador.
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O pregador sem convicção (só com a técnica homilética) é como um
1.2. As Palavras
da oração.
(sintaxe).
seus ouvintes numa atmosfera emocional, que facilita uma sábia decisão
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“Seja sua fala, melhor do que o silêncio ou então fique calado.”
Dionísio
1.3. O Texto
palavra que o pregador toma por tema para o sermão. Todas as pregações
motivos:
“um texto sem contexto pode ser mero pretexto”. O pregador deve ter
• Procurar não gritar é bem sugestivo, pois o grito demonstra aos ouvintes
falta de argumentos.
III – O PREGADOR
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O pregador precisa antes de falar de Deus aos homens, falar dos homens
a Deus. Ele precisa ter uma vida libada de oração. A aparência do pregador
também a demagogia.
1. Requisitos Pessoais
filiação;
devoção.
Tm 6.3,4);
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d) Dons Naturais: Raciocínio claro, rápido, vigoroso e lógico; imaginação
e) Cultura: o pregador deve ter uma boa e sólida cultura geral tanto bíblica
como secular;
2. Características do Pregador
No escopo espiritual:
c) Precisa sempre se manter aprovado por Deus (II Tm 2.15), pela Igreja,
No lar:
a) Ser Moderado
b) Ser compreensível
c) Ser responsável
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d) Ser o exemplo
e) Ser carinhoso
Na sociedade:
Na igreja:
a) Irrepreensível
b) Observador
c) Apresentável
d) Humilde
e) Sincero
a) Ser compreensivo
b) Ser obediente
Em relação ao Ministério:
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a) Cultivar amizades
d) Ajudar os companheiros
c) Não se exaltar
Em relação à Bíblia:
Em relação ao preparo:
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d) Deve ser equilibrado
Perfil psicológico:
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3. A Postura, O Corpo e a Roupa
ser conscientes; colocar as mãos nos quadris, cruzar os braços, por às mãos
naturais, disciplinados.
gravata, etc.
4. A Voz
A voz é um dos cartões de visita. Ela é muito importante e vai fazer com que o
auditório aceite o discurso. Para que o pregador obtenha sucesso com a sua voz,
vogais, faz pausa, tudo isso é muito importante para um bom desempenho da
pregação. O exercício mais importante é a leitura em voz alta. Leia para você
mesmo. Mas quais são os elementos que o pregador deve trabalhar na voz para
melhorar a dicção?
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Existem alguns fatores que podem ser analisados separadamente:
vocal (falar mais alto e mais baixo, mais depressa e mais devagar). Em
mais lentamente. Lembre-se, porém, que sempre a sua voz deve ser ouvida
por todo o auditório. Após este intervalo, volte ao seu ritmo normal de
muito treino para que você obtenha êxito. Porém, ao falar mais alto, a sua
você articula as palavras e sons, ou seja, sua dicção. Para melhorar bastante
rapidamente, em voz alta, sem titubear (pare para respirar quando for
de palavras.
principal. Sendo assim, o pregador deve cultivar o uso correto da sua voz.
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EXERCÍCIO
Tagarelarão.
frade;
será.
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IV – O SERMÃO
1. A Estrutura do Sermão
2. O Movimento do Sermão
3. A Peroração do Sermão
a) A recapitulação
b) Narração
c) Persuasão
d) Convite
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4. Como Fazer um Sermão
4.1. Construção
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4.3. Ordem Numérica dos Sermões
a) Os pontos principais são indicados, por algarismos romanos. Ex. I, II, III,
IV, V, etc.
etc.
c, d, etc.
Introdução
1. subponto
a. ponto de subponto
2. subponto
3. subponto
1. subponto
2. subponto
a. ponto do subponto
b. ponto do subponto
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3. subponto
1. subponto
2. subponto
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5.1. Tipos de Temas
d) O tema histórico
e) Tema imperativo
lições da vida humana nas suas relações com Deus e com a sociedade, pois
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d) Biógrafos: Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Davi, Daniel, Paulo e tantos
morais;
circunstâncias ou evento.
Espécies de Sermão
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sermão expositivo, cujos argumentos giram em torno da exposição
Palavra de Deus. "Cada sermão, pelo seu texto, pelo seu tema, pela sua tese
e pela sua argumentação, torna-se uma peça original, única, específica, que
divisão correta é:
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Título
Tema
Texto
Introdução
a) Exórdio
b) Introdução central
c) Intróito
Aplicação do Sermão
A conclusão do Sermão
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dá nome ao assunto em discussão. O título deve ser bem sugestivo,
uma parte apenas do título geral, também podendo ser chamado de título
parcial.
síntese do conjunto dele, enquanto que o assunto (corpo do sermão) vai ser
sobre a morte de Cristo, o tema geral seria A morte de Cristo, enquanto que,
Cristo. Com efeito, portanto, o tema viria primeiro e o título depois, sem que
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INTRODUÇÃO: É a parte inicial do corpo do sermão, a plataforma de acesso
cultura geral ou ambiental, esta parte do sermão pode ser chamada de:
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Os objetivos do sermão são dois: Persuadir e dissuadir. O alvo do
quando o pregador se obriga a fazer uma síntese de tudo o que disse, não
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importância da conclusão, e, como resultado, seus sermões, embora
Portanto, aconselha-se, por outro lado, uma boa conclusão; ela pode, às
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Editora.
Editora
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