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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Diagramas de interação
para o dimensionamento de pilares esbeltos
e seções de concreto de alta resistência
Agradecimentos
pós-graduação.
Aos meus pais e avós, exemplos de vida, e a toda minha família, pelo apoio,
compreensão e carinho.
Ao meu noivo Márcio, pelo amor, ajuda e paciência mesmo nos momentos
trabalho.
Resumo
Abstract
The use of high strength concrete is already a reality and many countries are
adapting their design codes to take into account the properties of this material. For the
design of slender columns and sections subjected to combined axial force and bending,
the most important property is the stress-strain relationship. While for normal concrete
the strain at ultimate, ε cu, can be considered constant and equal to 0,0035, for high
strength concrete ε cu depends on the concrete strength, decreasing as the strength
increases. For a concrete with fck of 80 MPa, for instance, ε cu is around 0,0022
according to the CEB Model Code (1990).
Stress-strain relationship with ε cu dependent of fck will affect the nondimensional
interaction diagrams for the design of slender columns and sections of high strength
concretes.
Nondimensional interaction diagrams moment-axial load-curvature (µ,ν,φ) and
diagrams moment-axial load-slenderness ratio (µ,ν,λ), for the design of slender
columns, and nondimensional interaction diagrams (µd,ν d) and (ν d,µdx ,µdy ) , for
compression plus axial and biaxial bending of sections, are constructed in this work.
The diagrams were constructed for concretes with strength between 50 MPa and 80
MPa, adopting suitable stress-strain relationships recommended by the CEB Model
Code 1990. The diagrams for slender columns were constructed with the aid of an
existing computational program developed in an earlier thesis, while the diagrams for
the design of sections were constructed with a new program, specially developed in this
work.
The results have shown that all these diagrams are affected, even when
presented in a nondimensional form, when stress-strain diagrams with ε cu dependent of
fck are adopted. The use of traditional nondimensional interaction diagrams, constructed
with ε cu constant and equal to 0,0035, may lead to errors against structural safety.
VI
Sumário
Lista de Figuras X
Lista de Tabelas XV
Capítulo I – Introdução 1
2.1- Introdução 3
a – Concreto 6
b – Aço 10
2.3.1 – Introdução 13
2.4.1 – Introdução 22
3.1- Introdução 35
a - Aço classe A 41
b - Aço classe B 41
3.7.1 – Introdução 42
4.1 – Introdução 50
4.2.1- Introdução 50
4.2.2 – Dados utilizados na obtenção dos diagramas para flexão composta reta
e apresentação das curvas 51
4.3.1- Introdução 64
4.3.2 - Dados utilizados para a obtenção dos diagramas para flexão composta
oblíqua e apresentação das curvas 66
Referências Bibliográficas 76
Lista de Figuras
Capítulo II
Figura 2.6 Curva tensão - deformação para tração segundo CEB (1990). 7
Figura 2.14 Comparação das curvas µ-ν-φ para ν=0,2 e concreto com
resistências de 30, 60 e 90MPa. 18
Figura 2.15 Região de fissuração das curvas µ-ν-φ para ν=0,2 e concreto
com resistências de 30, 60 e 90MPa. 19
XI
Figura 2.16 Comparação das curvas µ-ν-φ para ν=0,4 e concreto com
resistências de 30, 60 e 90MPa. 20
Figura 2.17 Comparação das curvas µ-ν-φ para ν=0,6 e concreto com
resistências de 30, 60 e 90MPa. 20
Figura 2.18 Comparação das curvas µ-ν-φ para ν=0,8 e concreto com
resistências de 30, 60 e 90MPa. 21
Capítulo III
Figura 3.11 Definição da equação da reta que passa por dois vértices
consecutivos. 48
Capitulo IV
Figura 4.5 Esforços numa seção sujeita a flexão composta com grande
excentricidade. 55
Figura 4.14 Dados utilizados para a obtenção das curvas das Figuras 4.15.a
e 4.15.b. 67
Lista de Tabelas
Capítulo II
Tabela 2.2 Casos analisados na obtenção das curvas µ-ν-λ (720 casos). 24
Tabela 2.3 Análise dos pontos nas curvas para le/h=40 (Figura 2.26). 33
Capítulo III
Capítulo IV
Tabela 4.1 Análise dos pontos nas curvas para o primeiro caso de
distribuição de armadura (Figura 4.7). 61
Tabela 4.2 Análise dos pontos nas curvas para o segundo caso de
distribuição de armadura (Figura 4.8). 61
Tabela 4.5 Análise dos pontos nas curvas para o primeiro caso de
distribuição de armadura (Figuras 4.14.a e 4.14.b). 73
XVI
Lista de Símbolos
Ac Área de concreto
As Área de armadura
M Momento fletor
MRx ,MRy ,NRz Esforços resistentes na seção de concreto nas direções x,y,z
N Força normal
- Letras gregas:
δ1 Relação entre d e h
λ Índice de esbeltez
Capítulo I – Introdução
É por isso que a maioria dos países desenvolvidos tentam adaptar suas normas
para este novo material, como é o caso do Código Modelo do CEB.
2.1 – Introdução
O concreto armado é um material não-linear, já que seus componentes aço e
concreto são não-lineares, ou seja, não existe linearidade entre suas tensões e
deformações, o que denomina-se não-linearidade física. No caso de pilares, também
deve-se levar em conta a não linearidade geométrica, ocasionada pelos deslocamentos
transversais ao seu eixo.
Observa-se que, para o concreto de 20MPa, quase não existem diferenças entre
as curvas, mas, para o de 80MPa, as diferenças aparecem em todo o trecho da curva,
principalmente no final, onde os valores das deformações últimas são bastante
diferentes, já que no caso do diagrama proposto pelo MC90-CEB, esta depende do valor
de fck.
4
Figura 2.1: Diferenças entre as relações tensão – deformação propostas pelo CEB-90 e
NBR-6118 para diferentes resistências do concreto.
d’
b A A
h
Figura 2.2: Seção transversal analisada por SMIDERLE (1998).
5
d’/h = 0,05
Resistências do concreto: fck = 20 MPa e 80 MPa
Aço: CA-50A
As = 2.A Ac = b.h
Na Figura 2.3 são apresentados alguns resultados obtidos por SMIDERLE (1998):
d’
A
b A A
A
h
Figura 2.4: Seção transversal utilizada para determinação das curvas.
d’/h = 0,10
Resistências do concreto: fck = 30 MPa, 60 MPa e 90 MPa
Aço: CA-50A
As = 4.A Ac = b.h M=M1 +M2
fyd = fyk / γs e fcd = fck / γc
Onde :
Nd Md A s fyd
νd = µd = 2
w=
b h fcd b h f cd A c fcd
Figura 2.5: Curva tensão - deformação para compressão segundo CEB (1990).
Figura 2.6: Curva tensão - deformação para tração segundo CEB (1990).
8
-1
2 εc 4 εc
2
1
σc = .ξ − 2
. + . − ξ . f cm (equação 2.3)
εc εc εc1 εc εc1
. . .
εc1 εc1 εc1
onde:
εcu Ec
2
εcu Ec
εc1 Ec1
4 . . − 2 . + 2 −
εc1 Ec1
ξ= (equação 2.4)
εcu Ec
2
2
. − 2 . + 1
ε
c1 E c1
e a deformação ε cu:
εcu 1 1 Ec
2
1 1 Ec 1
= . . + 1 + . + 1 − (equação 2.5)
εc1 2 2 Ec1 4 2 Ec1 2
Ec = αe . (f cm/f cm0 )
1/ 3
(MPa) (equação 2.6)
9
onde:
fcm0 = 10 MPa
α e=2,5 x 104 MPa.
0,1.fctm
σct = fctm - .0,00015 − εct (equação 2.9)
0,9.f ctm
0.00015 -
Ec
para 0.9fctm < σ ≤ fctm.
onde:
α fct,m=1,40 MPa e
fck0= 10MPa.
0,9.fctm
εct1 = (equação 2.11)
Ec
10
b - Aço
(a) (b)
Atualiza as características
geométricas e a matriz [T]
Verifica a i-ésima
Não Sim
iteração do critério de
convergência
2.3.1 - Introdução
d’
A
b A A
A
h
N= cte
M1 Elem. 6
Elem. 5
Valores
Elem. 4
Incrementados
C C
le Elem. 3
Elem. 2
M1 Elem. 1
Assim, fixado o valor de ν (da força normal N), as curvas foram obtidas para as
diversas taxas mecânicas de armadura (ω) sempre para a seção intermediária C-C.
N M A s f yd
Assim, ν = , µ= 2
eω=
b h fcd b h fcd Ac fcd
sendo M = M1 + M2 onde:
M1 - momento de primeira ordem (aplicado);
M2 -momento de segunda ordem (N. e2 )
µ
0.40 CC
BB w=1.0
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20 w=0.4
w=0.2
0.10 A
A
w=0.0
0.00
0.10 Fissuração
no Concreto
Na Tabela 2.1 são apresentados todos os casos analisados neste trabalho para a
obtenção das curvas µ -ν - φ.
16
fck=30MPa
ν = 0,2 fck=60MPa
fck=90MPa
µ
0.40
w=1.0
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20 w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
Figura 2.15: Região de fissuração das curvas µ-ν-φ para ν=0,2 e concreto com
resistências de 30, 60 e 90 MPa.
Da mesma forma como foi feito para ν=0,2, são apresentadas as curvas µ - ν - φ
comparando-se as três resistências para ν=0,4, ν=0,6 e ν=0,8 respectivamente (Figuras
2.16, 2.17 e 2.18). Nota-se que há uma tendência de aumento das diferenças entre as
curvas no estado limite último, com o crescimento da força normal ν, mas, de um modo
geral, o comportamento destas curvas é semelhante ao apresentado na Figura 2.14.
Vale ser dito também que as primeiras curvas µ - ν - φ (para ν=0,2, ν=0,4 e
parte de ν=0,6) foram obtidas com pilares esbeltos (λ≈138). Mas, com o aumento da
solicitação, o pilar muitas vezes passava a entrar em colapso por instabilidade, sem que
a seção analisada tivesse sua capacidade de carga esgotada (o pilar flambava sem que as
armaduras escoassem ou que o concreto esmagasse) inviabilizando a obtenção das
curvas. Assim, as demais curvas foram obtidas para as seções intermediárias de pilares
curtos (λ≈35).
20
µ ν =0,4
fck =30MPa
0.40 fck =60MPa
fck =90MPa
w=1.0
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20 w=0.4
w =0.2
0.10
w=0.0
Figura 2.16: Comparação das curvas µ-ν-φ para ν=0,4 e concreto com resistências de
30, 60 e 90 MPa.
µ
ν =0,6
0.40 fck =30MPa
fck =60MPa
w=1.0 fck =90MPa
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
µ
ν =0,8 fck =30MPa
0.40 fck =60MPa
fck =90MPa
0.30 w=1.0
w=0.8
0.20
w=0.6
w=0.4
0.10
w=0.2
w=0.0
0.00 (d/r) x 1000
Figura 2.18: Comparação das curvas µ-ν-φ para ν=0,8 e concreto com resistências de
30, 60 e 90 MPa.
22
2.4.1 - Introdução
Neste item, são apresentadas as curvas momento fletor - força normal - índice de
esbeltez, obtidas pelo modelo computacional para concretos com resistências de 30, 60
e 90 MPa.
d’
A
b A A
A
h
N
M1 Elem. 6
Elem. 5
Valores
Incrementados Elem. 4
C C Ponto de integração
le deslocado para a
Elem. 3
extremidade do elem.4
Elem. 2
M1
Elem. 1
Deve-se ressaltar que as curvas foram obtidas com momentos de primeira ordem
constantes ao longo do pilar conforme é mostrado na Figura 2.20.
M1 M1
M1 M1
Os pontos foram obtidos para dois pilares esbeltos (le/h=40 e le/h=25) e um pilar
curto (le/h=10), da seguinte maneira: fixavam-se os valores da força normal N
(escolhidos em ordem crescente, a partir de zero, de modo a varrer todo o eixo das
abscissas) e se fazia incrementar somente M1 até que atingisse o valor que conduzisse o
pilar à ruína. Em seguida calculavam-se os esforços reduzidos na forma adimensional ν
e µ1 gerando as curvas.
Na Tabela 2.2, são mostrados todos os casos analisados para a obtenção destas
curvas.
24
Tabela 2.2: Casos analisados na obtenção das curvas µ-ν-λ (720 casos).
µ1
0.40
le/h=40
w=1.0
0.30 w=0.8
w=0.6 A
0.20
w=0.4
Pontos de Mudança
na Trajetória
0.10
w=0.2
B
w=0.0
0.00
ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80
A Figura 2.21 mostra que, para todas as curvas (exceto a de ω=0), há uma
mudança mais brusca nos seus traçados exatamente na região assinalada na figura. A
fim de facilitar a análise do comportamento das curvas, foram tomados arbitrariamente
os pontos A e B.
Como já foi dito, cada ponto de qualquer uma das curvas representa um par de
esforços (ν e µ1 ) que leva o pilar à ruína, seja por esgotamento da capacidade de carga
de sua seção crítica (por esmagamento do concreto ou escoamento das armaduras) ou
27
por instabilidade da coluna. Assim, a análise dos pontos será feita por meio de gráficos
momento aplicado x deformações na seção intermediária do pilar (seção crítica), onde
se poderá acompanhar o comportamento das deformações no concreto e nas armaduras
à medida em que M1 vai sendo incrementado (já que N era sempre mantido com um
valor constante).
São apresentadas duas curvas de deformações no concreto, uma para cada face
do pilar. Também para as armaduras aparecem duas curvas, representando as
deformações nas duas porções de armadura dispostas de cada lado da seção.
Conclui-se assim, que no ponto A o que levou o pilar à ruína foi o esgotamento
da capacidade de carga da seção intermediária C-C, que se deu por escoamento das
armaduras.
28
ω=1.0
d’/h=0,10 - le/h=40
fck=30 MPa - Aço CA-50A
Deformação nas
µ1 armaduras
Deformação no
0.25
concreto
Escoamento da
Armadura
0.20 Comprimida Escoamento da
Armadura
Tracionada
0.15
0.10
Fissuração
0.05 no Concreto
µ1
0.06
Instabilidade
da Coluna
Escoamento da Fissuração
Armadura no Concreto
0.04 Comprimida
0.02
0.00
ε = -2.07 ε = 0.15 ε ‰
-3.00 -2.00 -1.00 0.00 1.00 2.00
Compressão Tração
Observa-se ainda que, após a fissuração do concreto, o pilar já não resiste mais a
tantos acréscimos de carga como no caso anterior e, para um momento de 0,052, já se
tem a ruína do pilar, sendo que a armadura só entra em escoamento no trecho
descendente da curva.
Pode-se concluir então que se trata de um caso de instabilidade da coluna, pois é
atingida a combinação crítica dos carregamentos capaz de gerar a instabilidade. Neste
caso os deslocamentos transversais do eixo do pilar vão crescendo cada vez mais rápido,
sem que seja possível à seção oferecer esforços resistentes capazes de equilibrar os
solicitantes.
30
µ1
le/h=25
0.40
fck=30MPa - d'/h=0,10 - Aço CA-50A
w=1.0
0.30
w=0.8
w=0.6
0.20 Mudança de
comportamento
w=0.4
0.10
w=0.2
w=0.0
ν
0.00
0.00
0.40 0.80 1.20
As curvas obtidas para el/h=10 estão mostradas na Figura 2.25. Para este valor
de le/h, não foi observado nenhum caso de instabilidade, sendo que a ruína do pilar se dá
por esgotamento da capacidade de carga da seção mais crítica do pilar, que continua
sendo a intermediária.
31
le/h=10
µ1
0.40
fck=30MPa - d'/h=0,10 - Aço CA-50A
w=1.0
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 1.60 1.80 2.00
fck=30MPa
µ1
0.40
fck=60MPa
fck=90MPa
w=1.0
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10
w=0.2
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80
Figura 2.26: Comparação das curvas µ−ν−λ para le/h=40 e f ck=30, 60 e 90MPa.
33
Tabela 2.3: Análise dos pontos nas curvas para le/h=40 (Figura 2.26).
0.30
w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10
w=0.2
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.40 0.80 1.20 1.60
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.40 0.80 1.20 1.60 2.00
3.1- Introdução
A seção transversal é definida como uma poligonal fechada, com seus vértices
descritos segundo um sistema global de coordenadas (X, Y, Z) e numerados no sentido
anti-horário, de acordo com a Figura 3.1, sendo que eventuais aberturas no interior da
seção são caracterizadas pela numeração dos vértices no sentido horário. Barras de
armadura são definidas como pontos localizados no interior da seção de concreto, onde
cada um corresponde a uma percentagem da área de armadura total As.
Y
4
3
9
8
5 10
7=12
11 2
1=6=13
X
Figura 3.1: Definição da seção.
36
Define-se como inclinação da linha neutra o ângulo que a reta da linha neutra faz
com o eixo x. A linha neutra define um terceiro sistema de coordenadas (ξ, η, ζ) com
origem no centro de gravidade (CG).
37
Diferente do que foi feito nas dissertações de FERREIRA (1986), MUSSO JR.
(1987) e KRÜGER (1989), não foi utilizado o parâmetro D (Tabela 3.1) proposto por
WERNER (1974, citado em FERREIRA, 1986) , já que este era apenas um artifício
para facilitar a resolução do problema e muitas vezes dependia de ε cu que era sempre
3,5‰. Quando se trata de concreto de alta resistência, ε cu não assume mais o valor de
3,5‰, mas depende do valor de fck, eliminando assim a vantagem do parâmetro D.
Então, optou-se neste trabalho pela utilização direta das deformações extremas
superior e inferior ε c e ε i , respectivamente, de acordo com o CEB-90 (Tabela 3.2) e
com a definição dos domínios de deformação correspondentes ao estado limite último
de resistência de uma seção conforme a Figura 3.4.
ε cu = 0,0035.
50
para 50 < fck ≥ 80 MPa (equação 3.4)
fck
0 0<ε
2
ε ε
σc(ε ) = 0,85.fcd 2 − - 2‰ < ε ≤ 0 (equação 3.5)
0,002 0,002
- 0,85.fcd εcu ≤ ε ≤ -2 ‰
Simplificando :
0 0<ε
σc(ε ) = 0,85.f cd (1000. ε + 250000. ε 2) - 2‰ < ε ≤ 0 (equação 3.6)
- 0,85.f cd εcu ≤ ε ≤ -2 ‰
D0 = 1000.ε 0 + 250000.ε 02
D1 = - 1000.χ 0 − 500000.ε 0. χ 0 (equação 3.8)
D2 = 250000. χ 02
Dois tipos de aços são considerados: classe A e classe B e para ambos são
adotados os diagramas simplificados de cálculo fixados pela NB-1.
fyk
fyd = , onde fy k é a resistência característica do aço e γs é o coeficiente de
γs
minoração da resistência característica do aço.
a- Aço classe A
fyd
onde : ε yd = (equação 3.10)
Es
b- Aço classe B
Es.ε para ε ≤ ε 1
- B + B2 - 4.A.C
σs(ε ) = sinal( ε ). para ε 1 < ε < εyd (equação 3.11)
2A
sinal( ε ).fyd para εyd ≤ ε ≤ 10 000
42
onde:
fyd
ε 1 = 0,7
Es
(equação 3.12)
fyd
εyd = 2 0 00
Es
1 1 1,4 0,49
A= 2
, B= − e C= −ε (equação 3.13)
(45.f yd ) Es 45.fyd 0,45
3.7.1- Introdução
NB
MRξ = ∫ σc(ε ).η.dA + ∑ ρi.As.σs(εi).ηi
Ac i =1
NB
MRη = − ∫ σc(ε ).ξ .dA +∑ ρi.As.σs(εi).ξi (equação 3.14)
Ac i =1
NB
NR ζ = ∫ σc (ε ).dA +∑ ρi.As.σs(εi)
Ac i =1
Escreve-se então:
NB
MRξ = MR ξI + MRξII + ∑ ρi.As.σs(εi).ηi
i =1
NB
MRη = MRηI + MRηII - ∑ ρi.As.σs(εi).ξi (equação 3.15)
i =1
NB
NR ζ = NR ζI + NRζII + ∑ ρi.As.σs( εi)
i =1
Substituindo as tensões definidas pelas equações 3.7 nas parcelas das equações
3.14 referentes ao concreto, obtêm-se os esforços seccionais resistidos pela região I e
pela região II respectivamente:
NR ζII = 0,85.f cd ∫ dA
AC2
ξk +1η m NS
ηi +1
1
∫ξ
k +1
Gkm = .ηm.dη (equação 3.20)
k +1 ηi
η = ηi + t 0 ≤ t ≤ ∆ηi
∆ ξi onde: ∆ξi = ξi + 1 - ξi (equação 3.21)
ξ = ξi + t
∆η i ∆ηi = ηi + 1 - ηi
∆η k+ 1
∆ξ m
.[ηi + t ] .dt
1
G km = ∫
k +1 0
ξi +
∆η
t (equação 3.22)
∆ξ
G00 = ξi + .∆η
2
∆η ηi + ∆η .∆η
G01 = ξi.ηi + + ∆ξ .
2
2 3
∆η 2 ηi2 + 2ηi. ∆η + ∆η 2 . ∆η
G02 = ξi. ηi2 + ηi.∆η + + ∆ξ .
3 2 3 4
∆η ∆η 3 ηi3 + ηi2. ∆η + 3ηi. ∆η 2 + ∆η 3 .∆η
G03 = ξi.ηi3 + 3.ηi2. + ηi.∆η + + ∆ξ .
2
2 4 2 4 5
∆ξ 2 ∆η
G10 = ξi.(ξi + ∆ξ ) + . (equação 3.23)
3 2
∆η ∆η ηi
∆η ∆η
G11 = ξi2.(ηi + ) + ξi.∆ξ .ηi + 2. + ∆ξ 2. + .
2 3 3 4 2
∆η 2 ∆η ∆η 2 ηi
2
∆η ∆η 2 ∆η
G12 = ξi2.(ηi2 + ηi. ∆η + ) + ξi.∆ξ .ηi2 + 4.ηi. + + ∆ξ 2. + ηi + .
3 3 2 3 2 5 2
3
∆ξ ∆ξ ∆η
G20 = ξi3 + 3ξi2 +
2
+ ξi.∆ξ + .
2 4 3
3 2
2 ∆ξ ∆ξ ξi ∆ξ ∆ξ 3 ∆η
3
2 2
G21 = ηi. ξi3 + 3ξi . + ξi.∆ξ + + ∆ η . + ξ i . ∆ ξ + 3ξ i . + .
2 4 2 4 5 3
e
47
NS2
MRξII = −0,85.fcd ∑ G01
j =1
NS2
MRηII = 0,85.fcd ∑ G10 (equação 3.25)
j =1
NS2
NR ζII = −0,85.fcd ∑ G00
j =1
Nestas equações, NS1 e NS2 são os números de segmentos de reta que definem
as regiões I e II respectivamente.
Na resolução destes somatórios é preciso primeiramente saber quais as regiões
(0, I ou II) que um determinado segmento da poligonal atravessa, conforme é mostrado
na Figura 3.10.
Observa-se pela Figura 3.10 (KRÜGER,1989) que o segmento 1-2 atravessa três
regiões distintas e que o segmento 2-3 está contido somente na região II e possui
vértices com a mesma ordenada (η2 =η3 ).
Então, para segmentos com ∆η =0 (mesma deformação), não há contribuição no
cálculo dos esforços resistentes, fazendo com que os polinômios da equação 3.23 sejam
identicamentes nulos. Mostra-se com isso, que é muito mais simples fazer a integração
em relação a η (MUSSO JR., 1987), que em relação a ξ, já que neste caso teria-se que
integrar os segmentos de fechamento entre as regiões 0 e I e entre I e II, o que
acarretaria um grande esforço computacional.
48
η - ηi ηi + 1 - ηi
= (equação 3.26)
ξ - ξi ξi + 1 - ξi
Figura 3.11: Definição da equação da reta que passa por dois vértices consecutivos.
ε0
η01 =
χ0
(equação 3.27)
2 0 +ε 0
η12 = 00
χ0
ξi + 1 - ξi
ξ 01 = ξi + (η01 - ηi).
ηi + 1 - ηi
(equação 3.28)
ξi + 1 - ξi
ξ 12 = ξi + (η12 - ηi).
ηi + 1 - ηi
Se não houver transição, o segmento estará todo contido numa das regiões 0, I
ou II e possui extremidades i e i+1.
4.1- Introdução
4.2.1- Introdução
MRx
µd = 2 (equação 4.1)
b.h .f cd
N Rz
νd = (equação 4.2)
b.h.f cd
A s.fyd
ω= (equação 4.3)
b.h.f cd
4.2.2- Dados utilizados para a obtenção dos diagramas para flexão composta reta e
apresentação das curvas
Como o diagrama tensão-deformação utilizado é o simplificado do CEB-90 (ε cu
dependente de fck) e não o proposto pela NBR-6118 (ε cu constante), não se tem mais só
um diagrama para qualquer resistência do concreto e sim um para cada valor de fck.
Então, foram escolhidos dois valores de fck para o concreto de alta resistência (65 e
80MPa) e comparou-se com as curvas já existentes (MUSSO JR.,1987 e FUSCO,1981)
para o concreto convencional, conforme as Figuras 4.7 e 4.8. Foram analisados dois
casos de distribuição de armadura, utilizando o aço CA-50A e os três valores diferentes
de d’/h citados abaixo:
1º Caso :
d’
b
A A
a)fck=65MPa e d’/h=0,05
52
b)fck=65MPa e d’/h=0,10
c)fck=65MPa e d’/h=0,15
d)fck=80MPa e d’/h=0,05
e)fck=80MPa e d’/h=0,10
f)fck=80MPa e d’/h=0,15
2º Caso :
d’
A
b
A A
A
a)fck=65MPa e d’/h=0,05
b)fck=65MPa e d’/h=0,10
c)fck=65MPa e d’/h=0,15
d)fck=80MPa e d’/h=0,05
e)fck=80MPa e d’/h=0,10
f)fck=80MPa e d’/h=0,15
Nas Figuras 4.3 e 4.4 são mostrados alguns exemplos desses diagramas, sendo
que todas as curvas geradas para o caso de seções submetidas a flexão composta reta
estão apresentadas no Anexo 3.
53
µd
0.60 Domínio 3
d’
w=1.0
b A
0.50 A
w=0.8
Domínio 4 h
Aço CA-50A
0.40 d’/h=0,05
w=0.6 fck=65 MPa
0.30
w=0.4 Domínio 2
Domínios
0.20 4a e 5 w=0.2
Domínio 1
w=0.0
0.10
0.00
νd
-2.00 -1.50 -1.00 -0.50 0.00 0.50 1.00 1.50
Figura 4.3: Exemplo de curvas de interação para o primeiro caso de distribuição de
armadura, f ck=65MPa e d’/h=0,05.
54
µd
0.40 d’
Domínio
w=1.0 b A
3 A
A A
0.30 w=0.8
h
Aço CA-50A
Domínio 4
d’/h=0,10
w=0.6 fck=80 MPa
0.20 w=0.4
Domínio 2
Domínios w=0.2
4a e 5
w=0.0
0.10
Domínio 1
0.00
νd
-2.00 -1.50 -1.00 -0.50 0.00 0.50 1.00 1.50
b
d' εc
εs R's ξ' x
As
x Rc h/2
d Md
LN
cg
Nd
h/2
As d' Rs
εs
Figura 4.5 : Esforços numa seção sujeita a flexão composta com grande excentricidade
εc εs ′
= = εs (equação 4.3)
x d − x x − d′
onde :
56
O coeficiente α 1 é tal que multiplicado pela tensão 0,85.fcd (Figura 4.6) fornece
a tensão média na zona comprimida e o coeficiente ξ ′ define o ponto de aplicação da
resultante Rc de compressão no concreto. A maneira como seus valores são obtidos será
mostrada mais adiante.
εc 0,85 fc d
ξ' x
2‰
Rc
ε(y) x
y σ(y)
α1 0,85 fcd
Nd
νd = (equação 4.8)
b.h. f cd
Md
µd = (equação 4.9)
b.h 2 f cd
A s . f yd
ω= (equação 4.10)
b.h. f cd
A ′s .f yd
′
ω′= (equação 4.11)
b.h. f cd
σs σ′
ν d = 0,85.α 1.ξ .δ 1 − ω . + ω '. s (equação 4.13)
f yd f' yd
σ σ′
µ d = 0,85.α 1.ξ .δ1 .(0,5 − ξ .ξ ′.δ1 ) + ω s + ω ' s .( 0,5 − δ ′1 ) (equação 4.14)
f f' yd
yd
x − ξ ′.x =
∫ σ (y).y.b.dy
0
(equação 4.17)
x
∫ σ (y).b.dy
0
σ (y) =
0,85.f cd
4
[
4ε (y) − ε (y) 2 ] para ε(y) ≤ 2%o (equação 4.18)
A deformação ε(y), escrita como uma função da variável y (Figura 4.6), é dada por
εc
ε (y) = .y (%o ) (equação 4.20)
x
ε c (6 − ε c)
α1 = para ε c ≤ 2‰ (equação 4.21)
12
58
−2
α 1 = 3ε c para ε c > 2‰ (equação 4.22)
3ε c
8− εc
ξ' = para ε c ≤ 2‰ (equação 4.23)
4(8 − ε c )
ε c (3ε c − 4 ) + 2
ξ' = para ε c > 2‰ (equação 4.24)
2ε c ( 3ε c − 2)
Cada diagrama é construído para uma disposição de armadura e valores de δ′, δ′1
e δ 1 prefixados. Cada curva no diagrama é obtida fixando-se valores para as taxas
mecânicas de armadura ω e ω′ e atribuindo-se valores para as deformações ε c e ε s de
forma a cobrir todos os domínios de deformação correspondentes ao estado limite
último. Com os valores dessas deformações, obtêm-se os valores de ξ (equação. 4.7) e
os valores dos coeficientes α 1 e ξ′ pelas equações 4.21 a 4.24. Finalmente, os valores
de µd e ν d são calculados pelas equações 4.13 a 4.15.
0.50
d’
b A A
3
0.40
h
Aço CA-50A
d’/h=0,10
0.30
2
0.20
5
1.0
0.10
0.8
w=
0.6
w=
0.4
w=
2
0.
w=
1
0 .0
w=
w=
0.00
νd
-2.00 -1.50 -1.00 -0.50 0.00 0.50 1.00 1.50
Figura 4.7: Comparação entre as curvas para o primeiro caso de distribuição de
armadura, valor de d’/h=0,10 e f ck ≤ 50MPa, 65MPa e 80 MPa.
60
µd
0.40 d’
b A
A A
A
h
0.30 Aço CA-50A
3 d’/h=0,10
4
0.20
2
5
0.10
1. 0
0.8
w=
0.6
w=
0. 4
w=
1
0. 2
w=
0 .0
w=
w=
0.00
νd
-2.00 -1.50 -1.00 -0.50 0.00 0.50 1.00 1.50
Essas figuras mostram que, como já observado no item anterior, nos domínios 1
e 2 não há diferença entre as curvas para fck ≤ 50MPa, 65 e 80 MPa. As diferenças
maiores aparecem nos domínios 3 e 4 e as curvas voltam a se encontrar no final do
domínio 5, que é o caso de compressão uniforme.
Observa-se também que as diferenças entre as curvas com resistências de 65 e
80 MPa tendem a aumentar com o aumento da taxa de armadura ω.
61
• Dimensionamento
Tabela 4.1: Análise dos pontos nas curvas para o primeiro caso de distribuição de
armadura (Figura 4.7).
Tabela 4.2: Análise dos pontos nas curvas para o segundo caso de distribuição de
armadura (Figura 4.8).
• Verificação
Para o caso de verificação da seção, dada uma inclinação e/h e uma taxa de
armadura ω, determinou-se para as curvas de fck ≤ 50MPa e fck = 80 MPa o valor da
carga ν d, com o intuito de se verificar a diferença entre elas (Tabelas 4.3 e 4.4),
sabendo-se que :
µd
e/h
νd
e
µd = ν d (equação 4.25)
h
Domínio e/h ω ν d50 (fck≤ 50 MPa) ν d80 (fck≤ 80 MPa) ν d50/ν d80
Domínio e/h ω ν d50 (fck≤ 50 MPa) ν d80 (fck≤ 80 MPa) ν d50/ν d80
4.3.1- Introdução
MRx
µdx = (equação 4.26)
Ac .h.f cd
M Ry
µdy = (equação 4.27)
Ac .b.fcd
N Rz
νd = (equação 4.28)
b.h.f cd
A s.fyd
ω= (equação 4.29)
b.h.f cd
4.3.2- Dados utilizados para a obtenção dos diagramas para flexão composta
oblíqua e apresentação das curvas
1º Caso : d’
. .
b
. .
h
Figura 4.12: Primeiro caso de distribuição de armadura analisado para seções
submetidas a flexão composta oblíqua.
67
a)fck=65MPa e d’/h=0,10
b)fck=80MPa e d’/h=0,10
2º Caso :
d’
A
b
A A
A
a)fck=65MPa e d’/h=0,10
b)fck=80MPa e d’/h=0,10
d’ . .
M dy
h
M dx
. . b
Figura 4.14: Dados utilizados para a obtenção das curvas das Figuras 4.14.a e 4.14.b
d’ . .
M dy
. . b
M dx
Aço CA-50A
µyd d’/h=0.10
0.5
ν d=0.2 ν d=0.0
0.4
w=
0.3 1 .2
0
1.
w= 1.0
8
0.
0.8
0.2 6
0.
0.
6
0.4
0.4
0.1 0.
2
0.2
0.0
0.0
0.
0
0.
0
µxd
2
0 .2 0.
0.1
4
0.
0.
4
6
0.
0 .6
0.8
0.2 0.
8 .0
w =1
=1 w
.0
0.3
0.4
ν d=0.4 ν d=0.6
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
d’ . .
M dy
. . M dx
Aço CA-50A
µdy d’/h=0.10
0.5
ν d=1.0 ν d=0.8
0.4
0.3
w=
4
1.
1.
w=
2
1 .0
1 .2
0.2
0
1.
0.
8
0.
8
6
0.
0.1 0.4
6
0.
0.
0.4 2
0.0
0.6
8
0.
0.8
0.1
1 .0
1.
0
1 .2
1.
2
4
1.
0.2 1.
4
6
1.
0.3
0.4
ν d=1.2 ν d=1.4
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
0.5
ν d=0.2 ν d=0.0
0.4
w=
0.3 1 .2
1 .0
w= 1.
0
8
0.
0.8
0.2 6
0. 0.
6
0.4
0 .4
0.1 0.
2
0.2
0 .0
0.0
0.
0
0.
0 µxd
0 .2
0.
2
0.1
4
0.
0.
4
6
0.
0.
6
8
0.
0.2 0 .8
0
w 1.
=1 w=
.0
0.3
0.4
ν d=0.4 ν d=0.6
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Figura 4.16.a: Comparação das curvas para o primeiro caso de distribuição de
armadura, valor de d’/h=0,10 e f ck igual a 65 e 80MPa.
71
µyd
0.5
ν d=1.0 ν d=0.8
0.4
0.3
4 w
1. =1
w= .2
1.
0.2 0
2
1.
0
1.
0.
8
8 0.
0. 6
0.1 0.
6
4
0.
4
0.
0.0
0.6 µxd
8
0.
0.8
0.1
1.0
1.
0
1 .2
1.
2
4
1.
0.2 1.
4
1 .6
0.3
0.4
ν d=1.2 ν d=1.4
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
fck ≤ 50 MPa
fck = 65 MPa
fck = 80 MPa
µyd
0.00
µxd
0.10
0.20
ν d=0.4
0.30
0.30 0.20 0.10 0.00
Nas Figuras 4.16.a e 4.16.b observa-se que, para todo o traçado das curvas, há
diferenças entre as curvas de fck igual a 65 e 80 MPa, sendo que a de resistência menor
permanece sempre acima e estas diferenças aumentam com o aumento da força normal
ν d e com o aumento da taxa de armadura ω.
O mesmo comportamento também pode ser observado em relação à comparação
entre o concreto com fck ≤50 MPa e o de alta resistência, mostrado na Figura 4.17.
Com o intuito de se quantificar estas diferenças, também neste caso foram
tomados cinco pontos arbitrariamente, conforme a Tabela 4.5. Ou seja, dados os
esforços adimensionais ν d, µxd e µyd, foram obtidos os valores de ω nas curvas com
fck ≤ 50 MPa (VENTURINI, 1990) e fck = 80 MPa (Figuras 4.15.a e 4.15.b).
73
Tabela 4.5: Análise dos pontos nas curvas para o primeiro caso de distribuição de
armadura (Figuras 4.15.a e 4.15.b).
A Tabela 4.5 mostra que, para todos os pontos considerados, a taxa de armadura
obtida nas curvas válidas para fck ≤ 50 MPa é menor do que a obtida nas curvas para
fck = 80 MPa, chegando a atingir valores inferiores à metade do valor obtido através do
modelo proposto pelo CEB-90. Observa-se ainda que o erro cometido, contra a
segurança, é maior na flexão composta oblíqua do que na flexão composta reta,
conforme mostrado anteriormente (Tabela 4.2).
74
Referências Bibliográficas
4. CEB (1990) - CEB - FIP - Model Code 1990 - Final Draft. Bulletin
d´Information n.203, Comité Euro-Internacional Du Beton, Paris.
µ
0.40
ν=0,2
w=1.0
fck=30MPa
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20 w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
µ
0.40 ν=0,2
w=1.0
fck=60MPa
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
µ
0.40
ν=0,2
w=1.0
fck=90MPa
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10 w=0.2
w=0.0
µ
0.40
ν=0,4
w=1.0
fck=30MPa
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20 w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
0.00
(d/r) x 1000
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00
81
µ
0.40 ν=0,4
w=1.0
fck=60MPa
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10 w=0.2
w=0.0
µ
0.40
ν=0,4
w=1.0
fck=90MPa
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10 w=0.2
w=0.0
(d/r) x 1000
0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
82
µ
0.40 ν=0,6
w=1.0
fck=30MPa
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
µ
0.40 ν=0,6
fck=60MPa
w=1.0
0.30
w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
µ
0.40
ν=0,6
fck=90MPa w=1.0
0.30
w=0.8
0.20
w=0.6
w=0.4
0.10 w=0.2
w=0.0
0.00
( d/r ) x 1000
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
µ
0.40
ν=0,8
fck=30MPa
0.30
w=1.0
w=0.8
0.20
w=0.6
w=0.4
0.10
w=0.2
µ
0.30 ν=0,8
w=1.0
fck=60MPa
w=0.8
0.20
w=0.6
w=0.4
0.10
w=0.2
w=0.0
µ
0.40
ν=0,8
fck=90MPa
0.30
w=1.0
w=0.8
0.20
w=0.6
w=0.4
0.10
w=0.2
µ1 le/h=40 f ck=30MPa
0.40
w=1.0
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10
w=0.2
w=0.0
0.00
ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80
µ1
le/h=40 f ck=60MPa
0.40
w=1.0
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10
w=0.2
w=0.
0.00
0 ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80
86
µ1
0.40 le/h=40 f ck=90MPa
w=1.0
0.30
w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10
w=0.2
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80
µ1
0.40 le/h=25 f ck=30MPa
w=1.0
0.30
w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10 w=0.2
w=0.0
ν
0.00
µ1
le/h=25 f ck=60MPa
0.40
w=1.0
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
0.10 w=0.2
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.40 0.80 1.20 1.60
µ1
0.40
le/h=25 f ck=90MPa
w=1.0
0.30 w=0.8
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.40 0.80 1.20 1.60
88
µ1
le/h=10 f ck=30MPa
0.40
w=1.0
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 1.60 1.80 2.00
µ1
0.40 le/h=10 f ck=60MPa
w=1.0
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 1.60 1.80 2.00
89
µ1 le/h=10 f ck=90MPa
0.40
w=1.0
w=0.8
0.30
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
0.10
w=0.0
0.00 ν
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 1.60 1.80 2.00
Anexo 3 – Diagramas de interação para seções submetidas a flexão composta reta com concreto de alta resistência
0.60 d’
w=1.0
b
0.50 A A
w=0.8
h
Aço CA-50A
0.40 d’/h=0.05
w=0.6
fck=65 MPa
0.30
w=0.4
0.20 w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
b
w=0.8 A A
0.40
h
w=0.6 Aço CA-50A
d’/h=0.10
fck=65 MPa
0.30
w=0.4
0.20 w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
νd
-2.00 -1.50 -1.00 -0.50 0.00 0.50 1.00 1.50
µd
0.50
d’
w=1.0 b
A A
0.40
w=0.8 h
Aço CA-50A
d’/h=0.15
w=0.6 fck=65 MPa
0.30
w=0.4
0.20
w=0.2
w=0.0
0.10
νd
0.00
w=1.0
b
A A
0.50
w=0.8 h
Aço CA-50A
d’/h=0.05
0.40
fck=80 MPa
w=0.6
0.30
w=0.4
0.20
w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
w=1.0
b
A A
0.40
w=0.8
h
Aço CA-50A
d’/h=0.10
w=0.6 fck=80 MPa
0.30
w=0.4
0.20
w=0.2
0.10 w=0.0
0.00
b
A A
w=0.8
0.30 h
Aço CA-50A
w=0.6 d’/h=0.15
fck=80 MPa
w=0.4
0.20
w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
A
b
w=1.0 A A
A
0.40
h
w=0.8
Aço CA-50A
d’/h=0.05
fck=65 MPa
0.30 w=0.6
w=0.4
0.20
w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
A
b
A A
w=0.8 A
0.30 h
Aço CA-50A
w=0.6 d’/h=0.10
fck=65 MPa
w=0.4
0.20
w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
A
b
A A
w=1.0 A
0.30 h
w=0.8 Aço CA-50A
d’/h=0.15
fck=65 MPa
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
A
b
w=0.8 A A
A
0.30 h
Aço CA-50A
w=0.6
d’/h=0.05
fck=80 MPa
w=0.4
0.20
w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
w=1.0 A
b
A A
A
0.30 w=0.8 h
Aço CA-50A
d’/h=0.10
w=0.6 fck=80 MPa
0.20 w=0.4
w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
A
b
A A
A
0.30 h
w=1.0
Aço CA-50A
d’/h=0.15
w=0.8
fck=80 MPa
w=0.6
0.20
w=0.4
w=0.2
w=0.0
0.10
0.00
µdy
0.5
ν d=0. ν d=0.
. .
M dy
d’
0.4
w= h
0.3 1 .2
M dx
1 .0
w= 1.
0
. .
8
0.
0.
8
0.2 0.
6
0.
b
6
0.4
0.4
0.1 0.
2
Aço CA-50A
0.
0.0
2
d’/h=0.10
fck=65 MPa
0.0
0. 0 0 .0
2
µdx
0 .2 0.
0.1 0 .4
0.
4
0. 6
0 .6
0.8
0.2 0.
8 .0
w= 1
1. w=
0
0.3
0.4
ν =0. ν d=0.
0.5 d
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
µdy
0.5
ν d=1.0 ν d=0.8
0.4
d’ . .
M dy
h
0.3 M dx
w=
.4
0.2
w
=1
1.
2
1.
0
1.
0
1.
2
. . b
0.
8
0.
8 6
0.
4
1.
0.2 1.
4
6
w 1.
=1
.6
8
1.
w=
0.3
0.4
ν d=1.2 ν d=1.4
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
µdy
0.5
ν d=0.2 ν d=0.0
0.4
d’ . .
M dy
h
0.3 w= M dx
1.
2
.0
=1 1.
0.2
w
0.
8 0.
6
0.
8
0
. . b
0.
6
4
0. 0.4
0.1 Aço CA-50A
2
0. d’/h=0.10
0 .2
0
0. fck=80 MPa
0.0
0. 0.
0 µdx
0
2
0.2 0.
0.1
4
0.
0.
4
0.
6
6
0. 0.
8
8 0.
0.2 w=
1 .0
1.
0 w=
0.3
0.4
ν d=0.4 ν d=0.6
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
µdy
0.5
ν d=1.0 ν d=0.8
0.4
d’ . .
M dy
h
0.3 M dx
0.2 1.
w=
4
1.
2
1.
0
w
=1
.2 . . b
0
1.
0.
8
0.
8
0.1 0. 6 Aço CA-50A
6
0. 0. d’/h=0.10
4
fck=80 MPa
4
0.
0.0
0.
6 µdx
8
0.8 0.
0
1.
0.1 1.
0
2
1.
4
1.
1.
2
1.
4
6
w= 1.
0.2 1.
6
1 .8
w=
0.3
0.4
ν d=1.2 ν d=1.4
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
µdy
0.5
ν d=0.2 ν d=0.0 M dy
d’
0.4 A
h A A
0.3 M dx
w=
.2 1.
=1 2
w
0
A
0.2 1. 1.
0
8
0. 0 .8 b
6
0.
0.
4
0.
6
0.1 2 0.
4
Aço CA-50A
0.
0 .2 d’/h=0.10
0
0. fck=65 MPa
0.0
0.
0 0.0
µdx
0. 2
2 0.
0.1 0.
4
4 0.
0.
6
6 0.
8
0.
8 0.
0
1. 1.
0 .2
0.2 w= =1
1. w
2
0.3
0.4
ν d=0.4 ν d=0.6
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
µdy
0.5
ν d=1.0 ν d=0.8 M dy
d’
0.4 A
h
A A
0.3 M dx
.6
=1 w
=1 A
w
.4
0.2 1.
4
1.
2
1.
2
1. 0 b
0.
0
1.
8
0.
8
6
0.1 0. Aço CA-50A
0.
6
0. 4 d’/h=0.10
4
0. 0.
2
fck=65 MPa
0.0
0. 6 µdx
8
0.
0.8
0
1. 1.
0.1 0 1.2
1.
4
1.
2
1.
4
w 6
=1 1.
.6 .8
0.2 =1
w
0.3
0.4
ν d=1.2 ν d=1.4
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
µdy
0.5
ν d=0.2 ν d=0.0 M dy
d’
0.4 A
h
A A
0.3 M dx
.2 w= A
0.2 w
=1 1.
2
0
1. 1.0
b
8
0.8
0.
6
0.
Aço CA-50A
0.
0.1 4
6
0. 0.
4
0.
2
0.
d’/h=0.10
0 2
0. fck=80 MPa
0.0
0.
2
0.
0 0.
0
0.
2 4 µdx
0.
0.
4
0.1
6
0.
0.
6
0.
8 0.8
0
1.
1.
w= 0 .2
1. =1
2 w
0.2
0.3
0.4
ν d=0.4 ν d=0.6
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
µdy
0.5
ν d=1.0 ν d=0.8 M dy
d’
0.4 A
h A A
0.3 M dx
A
0.2 w
.6
=1 =1
.4 b
w
1.
4
2
1.
1.
2 0
1.
0 Aço CA-50A
0.
0.1 1.
8
0.
8 6
0.
0.
6
0.
4 d’/h=0.10
4
0.
fck=80 MPa
0.0
0.
6
µdx
8
0.
0.
8
1. 0
1.
0
0.1 1.
2 4
1.
1. 1.
2
w 4 6
=1 1. 8
.6 1.
w=
0.2
0.3
0.4
ν d=1.2 ν d=1.4
0.5
0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
110
A.1- Introdução
O modelo considera a relação tensão - deformação do concreto na tração e na
compressão segundo as recomendações do MC90-CEB, leva em conta as não-
linearidades físicas do concreto e do aço, a não-linearidade geométrica da estrutura e a
fissuração do concreto. A consideração da relação tensão-deformação no concreto
proposta pelo MC90-CEB em substituição à parábola-retângulo da NBR-6118 (1978),
feita por CAMPOS (1993), leva a uma modelagem do concreto mais condizente com
resultados experimentais, principalmente no que diz respeito à resistência do concreto à
tração. Desta maneira, a distribuição das tensões nas seções transversais de uma peça
será feita considerando na mesma, a existência de trechos fissurados e não fissurados.
O programa baseia-se no método dos elementos finitos, para grandes
deslocamentos e pequenas deformações da estrutura. A resolução do problema da não
linearidade física e geométrica é feita a partir de uma formulação em termos de relações
tangentes para a aplicação incremental das solicitações, com iterações de equilíbrio
controladas por diversos métodos (KRÜGER, 1989). A versão utilizada do programa
PCFRAME leva em conta a possibilidade de formação de rótulas plásticas em qualquer
lugar do pórtico, pelo reposicionamento dos pontos de Gauss considerados para as
integrações numéricas.
Nos itens seguintes é feita uma descrição do modelo de acordo com o
apresentado na tese de LIMA JR. (1996).
u = u0 - y.v' 0
(equação A.1)
v = v0
L ∆ P
δπ = δ {∆ Θ}. ∫ [B].[C].[B ] .dx . − δ {∆ Θ}.
T
(equação A.4)
0 Θ M
L ∆ L
δπ = δ {∆ Θ}. ∫ [B].[D].[B ] .dx . + δ {∆ Θ}. ∫ {Φ ' }.Nx.{Φ ' } .dx
2 T T
0 Θ 0 (equação A.5)
P
− δ {∆ Θ}.
M
onde [D] é definida de modo idêntico à matriz [C], porém contendo o módulo de
elasticidade tangente Et do material em lugar do módulo secante Es.
Para facilitar a implementação computacional e a visualização dos termos
lineares e não lineares é feito um desdobramento do primeiro termo entre parênteses da
equação (A.5) em várias parcelas:
∆ P
δ 2π = δ {∆ Θ}.([ K11] + [K1n] + [K nn] + [ Kp]). − δ {∆ Θ}. (equação A.6)
Θ M
onde [K 11 ] é a matriz tangente do elemento que contém os termos constantes, [K 1n ] a
matriz tangente que contém os termos que variam linearmente com os deslocamentos,
[K nn ] a matriz tangente que contém os termos que variam quadraticamente com os
deslocamentos e, finalmente, a matriz [Kp ] é aquela que contém os termos que
dependem do esforço normal Nx
113
onde {∆d} representa o vetor dos incrementos dos deslocamentos nodais, {∆f}
representa o vetor das forças não equilibradas e [K T ] a matriz de rigidez tangente ou
incremental do elemento, definida por :
NB
MRξ = - ∫ σc(ε ).η .dA + ∑ ρi.As.σs(εi).ηi
AC i =1
(equação A.10)
NB
NR ξ = - ∫ σc(ε ).dA + ∑ ρi.As.σs(εi)
AC i =1
114
∂MR ξ ∂σc ∂ε NB
∂σs ∂ε
= − ∫ .
∂ε 0 AC ∂ε ∂ε 0 .η .dA − ∑
i =1
ρi.As. .
∂ε ∂ε 0
.ηi
∂NRζ ∂σc ∂ε
NB
∂σs ∂ε
= − ∫ .
∂ε 0 AC ∂ε ∂ε 0
dA − ∑ ρ i.As.
∂ε . ∂ε 0
i =1
(equação A.11)
∂MR ξ ∂σc ∂ε NB
∂σs ∂ε
= − ∫ .
∂χ 0 AC ∂ε ∂χ 0
.η .dA − ∑ ρi.As. . .ηi
i =1 ∂ε ∂χ 0
∂NRζ ∂σc ∂ε NB
∂σs ∂ε
= − ∫ .
∂χ 0 AC ∂ε ∂χ 0
dA − ∑ ρi.As. .
i =1 ∂ε ∂χ 0
KRÜGER (1989) mostra que estas integrais de área podem ser transformadas em
integrais em todo o contorno da seção transversal de cada elemento. Logo, a matriz
[RD] pode ser escrita genericamente:
∂σ
[RD] = ∫ {H}.
T
.{H} .dA (equação A.12)
∂ε
onde {H} representa o vetor de transformação das deformações no centro de gravidade
da seção transversal da peça, para um ponto qualquer da mesma.